Edição 164 do Brasil de Fato MG

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Belo Horizonte, 2 a 8 de dezembro de 2016

Frente Brasil Popular se reúne em BH Nos dias 7 e 8 de novembro, em Belo Horizonte, no Sesc Venda Nova, ocorre a Plenária Nacional da Frente Brasil Popular. Em debate, o balanço da atuação da Frente e das forças progressistas e de esquerda no último período; a conjuntura, a tática, o programa e a organização da FBP para o próximo período e a 2ª Conferência Nacional da Frente Brasil Popular, que deve ser realizada no primeiro semestre de 2017.

Pedido de

impeachment

contra Temer Movimentos sociais e centrais sindicais devem protocolar, nos próximos dias, um novo pedido de impeachment contra o presidente não eleito Michel Temer. A ação será baseada nos crimes de responsabilidade cometidos pelo ex-vice no episódio envolvendo os ex-ministros da Cultura, Marcelo Calero, e da Secretaria da Presidência, Geddel Vieira Lima. A iniciativa resulta de uma articulação das forças sociais e parlamentares do PT e PCdoB. O pedido de afastamento deve tramitar em paralelo ao pedido já protocolado pelo PSOL.

Denúncias derrubam um ministro de Temer a cada mês CORRUPÇÃO Governo vai se desmanchando enquanto acusações batem à porta do presidente Valter Campanato / Agência Brasil

Pedro Rafael Vilela*, de Brasília (DF)

esde quando assuD miu o poder no lugar de Dilma Rousseff, derru-

bada pelo Congresso em maio, Michel Temer teve seis baixas em seu quadro de ministros, o que dá uma média de um afastamento por mês. Esse número já é considerado um recorde na história política recente do país. O que as baixas têm em comum é que decorreram de denúncias de desvios éticos ou de corrupção. O próprio presidente não eleito está envolvido em graves acusações. O ex-ministro Marcelo Calero, que pediu demissão após denunciar pressão sofrida pelo então secretário de governo, Geddel Vieira Lima, chegou a gravar conversas com o presidente, além de Geddel e Eliseu Padilha (Casa Civil), mas os áudios, que já estão nas mãos da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República, ainda não vieram a público. A gravação foi o estopim para que Geddel também pedisse demissão, na tentativa de diminuir o desgaste de Temer.

verno no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR) foi o primeiro ministro a deixar o cargo, uma semana após ter sido nomeado. Ele saiu depois da revelação de gravações feitas pelo ex -presidente da Transpetro, Sérgio Machado, em que Jucá afirma que o impeachment de Dilma era necessário para “estancar a sangria” causada pela Lava Jato, e impedir que ela atingisse outros políticos além dos petistas. ‘Advogado do diabo’

As gravações de Sergio Machado também derrubaram o ex-ministro da Transparência, Fabiano Silveira. Ele aparece em áudios dando conselhos ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB -AL), sobre como se deConfira as outras demis- fender das investigações sões de ministros no gover- conduzidas pela Lava Jato. no Temer.

‘Estancar a sangria’

Um milhão para a eleição

Ex-ministro do Turismo e um dos homens mais Ex-ministro do Planejamento e atual líder do go- próximos de Temer no go-

verno, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) pediu demissão depois de revelações feitas por Sergio Machado, em seu acordo de delação premiada. Segundo Machado, Alves teria recebido mais de R$ 1,5 milhão em doações eleitorais oriundas de propina paga por empresas investigadas pela Justiça. Operação ‘Abafa’

O ex-advogado-geral da União Fábio Medina Osório foi demitido em setembro após uma série de discussões com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Segundo Osório, o motivo das discussões foi um pedido feito por ele ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que a AGU tivesse acesso aos inquéritos da Lava Jato referentes a políticos com foro privilegiado. Osório chegou a dizer que o governo Temer quer “abafar” a Lava Jato. *Com informações do UOL.

MINAS

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Congresso compra briga com MP Câmara dos Deputados aprovou uma versão modificada do pacote de dez medidas propostas pelo Ministério Público (MP) para supostamente combater a corrupção. Entre as alterações feitas pelos deputados, está a inclusão de juízes e membros do Ministério Público como passíveis de punição por crimes de responsabilidade. Passaria a ser crime a atuação dos magistrados com motivação político-partidária, atitude da qual o juiz Sério Moro e outros ligados à Operação Lava Jato são acusados. A votação agora vai para o Senado, que rejeitou pedido de urgência para votar o tema. Procuradores e juízes ameaçaram renunciar caso o pacote seja aprovado com as mudanças feitas pelos deputados.

PIB tem maior queda desde 1996 O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, fechou o terceiro trimestre do ano com queda de 0,8% em relação ao trimestre anterior. O recuo foi de 2,9% na comparação com o terceiro trimestre de 2015, maior queda para este período desde 1996.


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