Atratividade do Brasil como polo internacional de investimentos e negócios - 2ª edição

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ATRATIVIDADE DO BRASIL COMO POLO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS E NEGÓCIOS

Para seguir com essa agenda, as dificuldades a serem equacionadas pelos países são várias, como a existência de políticas protecionistas e subsídios existentes, a burocracia e as demandas setoriais da produção interna. Nesse contexto não houve mudanças significativas recentemente. No ranking de 183 economias do relatório Doing Business 2012, do Banco Mundial, o Brasil encontra-se muito mal posicionado no quesito comércio internacional, na 121ª posição. De acordo com os dados do relatório, para se exportar um contêiner padrão do Brasil, são necessários 7 documentos, 13 dias e US$ 2.215. E para se importar o mesmo contêiner para o País, são necessários 8 documentos, 17 dias e US$ 2.275. Em contraste, outros países da região conduziram esforços para fortalecer sua conexão global, como o acordo de livre comércio assinado entre Colômbia e Estados Unidos em 2012. Além disso, em termos mais amplos, continua em pauta a discussão sobre uma maior integração do Mercosul com a China e União Europeia. Para impulsionar seu crescimento econômico, o Brasil precisa colocar mais ênfase em competitividade e em uma diplomacia comercial de abertura de mercados - o que um dia foi a aspiração do Mercosul. Vinte e um anos após sua criação, o bloco tem dificuldades em adotar estratégias que aumentem o livre comércio entre seus membros e apresentem uma alternativa aos avanços dos Estados Unidos, que possuem tratados bilaterais com os países do arco do Pacífico, como Chile, Colômbia e Peru. Além do desafio de barreiras alfandegárias e burocracia, o comércio de bens sofre com a insuficiência da infraestrutura de logística. O nível de conexões por terra com países vizinhos é baixo: as ferrovias apresentam padrões de bitolas diferentes e manutenção precária, e as estradas enfrentam problemas de interrupções e baixa qualidade. Esse cenário também ocorre com a infraestrutura portuária, com pesquisa avaliando o Brasil com nota 2,6 em uma escala de 1 a 791. Os principais polos internacionais como Hong Kong, Cingapura, Estados Unidos e Reino Unido estão todos com pontuações iguais ou superiores a 5,6, mostrando a necessidade clara de melhoria nesse quesito. Algumas iniciativas positivas para tratar os gargalos de infraestrutura no Brasil têm sido tomadas, porém resultados mais efetivos demandam a conclusão de grandes obras. Por exemplo, os portos de Santos e São Sebastião passam por reformas e no Maranhão está sendo construído um dos maiores terminais do mundo para exportação de granéis. Também estão sendo planejados ou construídos importantes projetos ferroviários, como o ferroanel de São Paulo, a ferrovia Leste-Oeste, a Nova Transnordestina e a Ferrovia Norte-Sul (veja capítulo de Infraestrutura física para maiores detalhes sobre planos para a infraestrutura brasileira).

91 Fonte: The Global Competitiveness Report 2012-2013, Fórum Econômico Mundial


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