Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio – Outubro de 2022 – Edição 287

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Bacia do Piracicaba, Outubro de 2022 / Edição
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Ano XXIX / distribuição dirigida - Desde 1994 AVES DO PIRACICABA Página 12 ESTAMOS PREPARADOS? Páginas 3, 4, 5 e 9

Expedição Piracicaba: municípios escolhem nova data

ao normal, mas o impac to da paralisação é senti do até hoje e o retorno à normalidade total ainda é uma busca.

De início, tentamos re alizar a Expedição em maio e junho, mas algu mas restrições sanitárias nos forçaram a adiá-la. Posteriormente, estabe lecemos uma nova data, de 17 a 24 de setembro, no início da primavera, porém, mais uma vez, fomos impedidos de re alizá-la diante da impos sibilidade de participa ção dos órgãos públicos devido às eleições, perí odo em que a legislação restringe uma série de atividades por parte do poder público.

Por fim, definimos em agosto por promovê-la de 19 a 26 de novembro. Entretanto, ao darmos sequência aos prepara tivos, deparamos com uma série de situações que não havíamos consi derado, sendo elas:

1 – Copa do Mundo de Futebol – O evento terá sua abertura oficial pra ticamente junto com a Expedição, no dia 20 de novembro, o que pre judicaria – e muito – o trabalho de mobilização.

ção.

4 – Fechamento de ano – Por último, detecta mos que no fim de no vembro tanto os serviços públicos quanto a ini ciativa privada iniciam os preparativos para encerramento do ano, promovem balanços e se movimentam para a realização de eventos de confraternização, situ ações que interfeririam também na mobilização. Diante do exposto, com a participação de todos, foi sugerido a nova data, junto à Semana Mundial da Água.

Os municípios da Bacia Hidrográfica do Rio Pi racicaba ficaram com a missão de definir a nova data para a segunda eta pa da Expedição Pira cicaba, sendo proposta para 20 a 26 de março de 2023, integrando o calendário municipal –já que nesse período é comemorada a Semana Mundial da Água.

Como o sucesso do pro jeto depende em grande parte da mobilização so cial e os municípios são o foco do trabalho, nada mais justo e salutar que estes definam a melhor data para conclusão des se trabalho.

Vale lembrar que o pro jeto Expedição Piracica ba envolve diretamente dezenas de profissionais,

uma universidade, pro fessores, estudantes e funcionários de prefei turas, e implica em des locamento de pessoal e montagem de estrutura, entre tantas outras ações que demandam tempo e recursos físicos.

A realização da segunda fase da Expedição Pira cicaba foi objeto de di versas alterações, devido

a situações que fogem ao controle da organização do projeto.

A princípio, ela seria reali zada em 2020 – logo após, portanto, à primeira, em 2019 –, foi abruptamente interrompida em razão da pandemia que praticamen te paralisou o mundo por mais de dois anos.

Em 2022, felizmente, a vida começou a voltar

2 – Conflito com calendá rio escolar – Como na Ba cia Hidrográfica contamos com inúmeras instituições de ensino, do nível básico ao superior, no período muitas destas instituições estarão desenvolvendo ati vidades de avaliação e/ou até de certificação/conclu são de cursos, o que afe taria muito o trabalho de mobilização.

3 – Clima / tempo – Nos sa temporada de chuvas inicia em novembro e, com a instabilidade cau sada pelo aquecimento global, não podemos prever com antecedência as condições do tempo, que também poderiam prejudicar a mobiliza

Outubro de 2022 2 • Jornalista responsável: Geraldo Magela Gonçalves - RT MTE 0022005/MG • Diretor Geral: Drielle Pantuza Gonçalves • Comercial: contato@tribunadopiracicaba.com / whatsApp (31) 9 9965-4503 • Impressão: Gráfica Bom Dia • Representante Comercial em BH: Super Mídia Brasil . Coluna Aves do Piracicaba João Sérgio • Circulação: Bacia do Piracicaba • Redação e Administração: Rua Lucindo Caldeira, nº 159, Sl. 301, Alvorada, CEP. 35930-028 João Monlevade / MG / Brasil (31) 9 9965-4503 • A Voz do Rio Online: www.tribunadopiracicaba.com • FUNDADO EM FEVEREIRO DE 1994 • Razão Social: A Voz do Rio Ltda. CNPJ 31.569.299/0001-23 • Todos os Direitos Reservados • contato@tribunadopiracicaba.com “As matérias assinadas e ou in-box não são de responsabilidade do jornal”. Tribuna do Piracicaba EXPEDIENTE

Cidades precisam se preparar para estação das chuvas

Ao longo do tempo, nos sa cultura no trato com as questões climáticas que nos afetam, não muda. Seja na época da seca com as queimadas destruindo nosso meio ambiente ou na épo ca das chuvas, com as águas lavando o solo nu e causando enchentes entre outras tragédias.

E o ciclo se repete – no caso da temporada das chuvas que se inicia ago ra, entra ano e sai ano e é a mesma coisa: Desliza mentos de encostas; inun dações de ruas pela lama vindas de loteamentos e áreas descobertas e en chentes atingindo centenas e ou milhares de pessoas. Continuando a repri se – vem a população lamentando a perda de seus bens, criticando as autoridades pela falta de investimento em preven ções e o poder público investindo recursos pú blicos para socorrer e posteriormente amenizar as perdas dos atingidos. Enfim – enxugando gelo.

Eventos extremos

Apesar dos constantes alertas, dos incansáveis avisos e das notícias di árias sobre a transforma ção do clima, todos ao nosso redor parecem não perceber o risco que es tamos correndo.

No início desse ano de 2022 tivemos inundações recordes – (1979 foi, até então, a pior cheia dos rios Piracicaba, Santa Bárbara e Doce).

Mas, mais que o recorde de inundação, a calami dade foi a prova de que a ciência não está en ganada quando avisou: “eventos serão extremos e mais constantes”.

Portanto, podemos nos

preparar para novas ocorrências desse porte.

Os avisos

O recente forte calor no hemisfério norte que le vou a milhares de mor tes no Canadá, França, Reino Unido entre ou tros países e causou in cêndios gigantescos em toda Europa, Austrália e EUA, furacões, ciclones e tufões que arrasaram as Costas da América Central e EUA e os lon gos períodos de estiagem no Brasil são alguns dos sinais inequívocos das mudanças climáticas no cotidiano das cidades.

Diante desses aconteci mentos é necessário que as cidades se preparem para essa temporada e já comecem a desenvol ver seus planos de con tingências – se já não o fizeram. (Veja ações e obras para redução de impacto das chuvas nas cidades nesta edição).

O prejuízo é de todos, mas os pobres sofrem mais

Eventos climáticos ex tremos causam impactos socioeconômicos signi ficativos. A OMM (Or ganização Meteorológi ca Mundial) relata que o

número de desastres re lacionados ao clima au mentou cinco vezes nos últimos 50 anos, ceifan do, em média, a vida de 115 pessoas (dia) e cau sando US$ 202 milhões (+ de R$1 bi) em perdas diárias (OMM, 2021).

À medida que a ciência de atribuição continua a melhorar, as evidências da ligação entre as mu danças climáticas induzi das pelo homem e os ex tremos observados, como ondas de calor, chuvas intensas e ciclones tro picais, se fortaleceram (IPCC 2021 - Intergover nmental Panel on Clima te Chance ou Painel In

tergovernamental sobre Mudanças Climáticas). Embora os eventos cli máticos extremos possam afetar qualquer pessoa, são as populações mais vulneráveis do mundo, particularmente aquelas que vivem na pobreza e comunidades marginali zadas, que sofrem mais.

As cidades se tornaram as primeiras a responder às mudanças climáticas porque são responsáveis por até 70% das emissões causadas pelo homem e seus bairros e sistemas de infraestrutura crítica são frequentemente altamen te vulneráveis. Atual mente, elas abrigam 55% da população global, cerca de 4,2 bilhões de pessoas, e o número de moradores urbanos deve aumentar para 68% até 2050 (Nações Unidas, 2019). Portanto, agora é a hora de integrar adap tação e mitigação, junta mente com o desenvol vimento sustentável, no ambiente urbano sempre dinâmico. (Confira ou tras informações sobre o tema nesta edição).

Respeite as orientações da Defesa Civil

Uma das atitudes mais saudáveis e responsáveis que o cidadão deve to mar é obedecer e seguir as orientações da Defesa Civil de sua cidade.

O “Órgão Municipal de Proteção e Defesa Ci vil” é o responsável por coordenar as ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e recuperação das comu nidades e áreas atingi das por desastres, no âmbito dos territórios do município.

Eles deverão estar prepa rados para trabalhar na

prevenção em eminen tes situações de risco e atender a população em

casos de calamidades. Para que a Defesa Civil consiga desenvolver seu

trabalho com eficiência é necessário que as prefei turas ofereçam suporte compatível com as situ ações e que a população atenda às recomenda ções e comunicados dela diante as ocorrências.

Perdas evitáveis

Um exemplo de falta de participação da po pulação e que levou a grandes perdas aconte ceu durante as cheias do Rio Piracicaba em João Monlevade. De posse das informa

ções meteorológicas e hidrológicas, a Defesa Civil da cidade, conhe cendo todas as áreas de risco, emitiu alerta aos moradores dessas áreas com antecedência maior que 24 horas e posterior mente insistiu que todos retirassem, ordenada mente, seus pertences e saíssem de suas casas. Entretanto, após muito trabalho, incluindo com a participação do prefei to Dr. Láercio Ribeiro e do vice-prefeito Fabrí cio Lopes, que também orientaram os morado

res, estes resistiram e, ao final, o rio subiu e a maioria tiveram grandes perdas.

Como a previsão é de que os eventos climáti cos se agravem, é preci so que haja colaboração da população para que haja o mínimo de perda possível em caso de ca lamidades.

Geralmente a Defesa Ci vil de cada cidade tem um telefone específico para contato. O geral –para a Defesa Civil Esta dual é o 199 e o Corpo de Bombeiros

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Com as mudanças ClimátiCas, temporada pode trazer eventos extremos e mereCem mais atenção do poder públiCo e população As enchentes de 2022 foram recordes, superando as de 1979, ou seja, há 43 anos. Na foto uma das cidades mais atingidas, Rio Piracicaba. Barcos e botes foram vitais no resgate das pessoas ilhadas, mas faltaram barcos e motores potentes para vencer correntezas.
é o 193.
População precisa atender às orientações da Defesa Civil. Em João Monlevade o Prefeito Dr Laércio e seu vice, Fabrício Lopes acompanharam todo trabalho.

As enchentes são fenômenos naturais, mas podem ser intensificadas pelas práticas humanas

As enchentes são fe nômenos naturais, mas podem ser intensificadas pelas práticas humanas no espaço das cidades. O problema das enchentes passou a ser algo comum na vida das populações de algumas cidades. In felizmente, todo o ano é a mesma coisa: entre os meses de dezembro e fevereiro, os noticiários são tomados por proble mas relacionados com a elevação dos cursos d´água e a inundação de casas e ruas, desencade ando uma série de tragé dias, que, quase sempre, poderiam ser evitadas.

Causas das enchentes

Para fins didáticos, dividi mos a ocorrência das en chentes em dois tipos de causas principais: as na turais e as antrópicas, pois estamos falando de um fenômeno comum na na tureza, mas que é intensi ficado pela ação humana.

Causas naturais das enchentes

Em geral, os rios pere nes – isto é, aqueles que nunca secam durante o ano – costumam ter dois tipos de leito: um me nor e principal, por onde a água corre durante a maior parte do tempo, e um maior e comple mentar, que é inundado apenas em períodos de cheias. Essa manifesta ção é mais comum em áreas planas, também chamadas de planícies de inundação. Observe o esquema a seguir: Esquema de um rio, com o seu leito maior e me nor representados. Na representação acima, temos um corte transver sal do curso de um rio em que estão representa dos os seus leitos maior e menor. Eventualmen te, dependendo do curso d’água e das condições

meteorológicas e locais, o leito maior é inundado, provocando as cheias em sua área. O período em que isso ocorre varia de rio para rio e, quando não é muito comum, o leito do rio pode ocupar algumas casas, vilas e até cidades, que são surpreendidas pe las cheias naturais even tuais. Em alguns casos, cidades inteiras ficam em baixo d´água.

Causas antrópicas das enchentes

A interferência humana sobre os cursos d’água, provocando enchentes e inundações, ocorre das mais diversas formas. Em casos extremos, porém menos comuns, tais situa ções podem estar relacio nadas com rompimentos de diques e barragens, o que pode causar sérios danos à sociedade. Mas, quase sempre, essa ques tão está ligada ao mau uso do espaço urbano.

Poluição - Um problema que parece não ter uma solução rápida é o elevado índice de poluição, causa do tanto pela ausência de consciência por parte da população quanto por sis temas ineficientes de cole ta de lixo ou de distribui ção de lixeiras pela cidade. Além do mais, há proble mas causados pela polui ção gerada por empresas e outros órgãos. Com isso, ocorre o entupimento dos bueiros, que seriam res ponsáveis por conter parte da água que eleva o nível

dos rios. Além disso, o lixo gerado é levado pe las enxurradas e contribui ainda mais para elevar o volume das águas.

Drenagem - A ocor rência de enchentes nas cidades também pode estar relacionada com problemas nos sistemas de drenagem. Às vezes, não há bueiros ou outras construções que seriam responsáveis pela con tenção ou desvio da água que corre para os rios, provocando a cheia de les. Além disso, somente a construção de bueiros e sistemas de drenagem pode não ser suficiente, isso porque as demais ações antrópicas podem elevar gradualmente a vazão das enxurradas ao longo dos anos, fazendo com que as drenagens existentes não consigam atender toda a demanda. Ocupação desordena da - Outra questão é a ocupação irregular ou desordenada do espaço geográfico. Como ex plicamos, algumas áreas correspondem ao leito maior de um rio que, es poradicamente, inunda. Com a ocupação irregular dessas áreas – muitas ve zes causada pela ausên cia de planejamento ade quado –, as pessoas estão sujeitas à ocorrência de inundações. Além disso, a remoção da vegetação que compõe o entorno do rio pode intensificar o processo, pois ela teria a função de reter parte dos sedimentos que vão para

o leito e aumentam o ní vel das águas. Impermeabilização do solo - Apesar de todos os problemas acima men cionados, a causa consi derada principal para as enchentes é, sem dúvida, a impermeabilização do solo. Com a pavimenta ção das ruas e a cimenta ção de quintais e calçadas, a maior parte da água, que deveria infiltrar no solo, escorre na superfície, pro vocando o aumento das enxurradas e a elevação dos rios. Além disso, a impermeabilização con

tribui para a elevação da velocidade desse escoa mento, provocando ero sões e causando outros tipos de desastres ambien tais urbanos.

Como combater as enchentes?

Existem inúmeras me didas de combate às enchentes. A cidade de Belo Horizonte, por exemplo, contratou, em outubro de 2013, alguns “olheiros”, que são fun cionários encarregados de detectar o início de inundações em áreas de risco. Eles teriam a função de minimizar os efeitos da “inundação relâmpago”, aquela que ocorre em um curtíssi mo período de tempo.

Outras ações envolvem a construção de barra gens e o desassoreamen to do leito dos rios, em que todos os sedimentos existentes no fundo dos cursos d’água são remo

vidos, aumentando a sua profundidade.

Mas todas essas medidas são paliativas, ou seja, são apenas para mini mizar ou combater uma situação já existente. A melhor forma de lidar com esse problema, na verdade, é realizar uma devida prevenção, que pode ocorrer por meio de medidas como estas:

- Construção de sistemas eficientes de drenagem;

- Desocupação de áreas de risco;

- Criação de reservas flo restais nas margens dos rios;

- Diminuição dos índices de poluição e geração de lixo;

- Planejamento urbano mais consistente.

O problema das enchen tes é crônico em muitas cidades brasileiras. As inundações, além de da nos materiais, podem provocar doenças, como a leptospirose. Portanto, trata-se também de uma questão de saúde pública.

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A ocupação de áreas alagáveis, pertecentes ao leito maior do rio sempre sofrerão com as cheias. Na foto o Bairro Amazonas, em João Monlevade. Em Rio Piracicaba o bairro Louis Ensch (Samitri) se encontra no leito maior do Piracicaba e sempre sofre com as enchentes. Tudo que fazemos volta de alguma forma. O desmatamento, as queimadas, tudo contribui para as calamidades.

Soluções de engenharia para evitar tragédias no período chuvoso

No início de cada ano no Brasil, com as chuvas de verão, infelizmente é muito comum vermos tragédias relacionadas ao período. Só em 2022, cidades como Petrópolis (RJ), Franco da Rocha (SP), Rolim de Mou ra (RO), Inconfidentes (MG) e diversos muni cípios na Bahia já so freram as consequências deste problema.

As causas

Em primeiro lugar, é pre ciso entender a origem do problema que na maioria das vezes estão relacio nadas com as ocupações irregulares em áreas de encosta e às margens dos cursos d´água onde deve riam haver vegetação e matas ciliares.

A falta de preservação ambiental dos rios assim como os locais onde o lixo é descartado, assim como a falta de sanea mento são outros fatores graves que acabam por potencializar as tragé dias. Com essa degrada ção, em caso de eventos com chuvas em gran des volumes, acontece a inundação muito maior do que em condições normais. No caso das en costas que além de serem ocupadas irregularmente, recebem um acumulo de lixo, provocando o movi mento de massa e desli zamento de terra.

Nesse caso das ocupa ções irregulares, o poder público é permissivo e deixa que as pessoas ocupem áreas que não podem ser habitadas, na maioria das vezes regi ões com grandes decli ves e áreas de inundação do próprio rio e no final a conta cai no bolso do contribuinte.

A falta de planejamento urbano e a ocupação ir regular, portanto, são a causa das tragédias.

A engenharia pode ofe recer algumas soluções que auxiliam no comba te às enchentes. Confira quais são:

Projetos de macrodrenagem

Conforme vão crescendo toda cidade deveria ter no mínimo um projeto bási co de macrodrenagem.

O que acontece hoje é que cada vez mais vão se construindo bairros e loteamentos de forma desordenada e, conse quentemente, há aumen to da área impermeabi lizada. Quando chega a temporada das chuvas, a água que cai não é mais absorvida pelo solo e ela vai se acumulando, as enxurradas vão aumen tando de volume e velo cidade, os bueiros, além de tomados por lixo des

cartados irregularmente pela população, não fo ram dimensionados ade quadamente e não são mais suficientes para a vazão d’água, aí tem iní cio aos desastres.

Diante a situação é ne cessário responsabilida de, ousadia e empenho do poder público para in vestir em projetos como construção de estruturas capazes de reduzir o im pacto das chuvas, como piscinões e praças dre nantes. Escadas hidráu licas, que direcionam a água e diminuem a velo cidade da queda também são obras importantes para reduzir a força das águas.

Desassoreamento dos rios

Quando um rio apre senta assoreamento, é

por conta de algum de sequilíbrio, portanto é importante identificar as causas e iniciar um tra balho nestas para depois atuar na limpeza do lei to destes cursos d´água, pois senão seria enxugar gelo, pois teria que fazer sempre esse processo. Para desenvolver esse projeto é necessário pro mover um estudo que demanda a participação de profissionais de ge ografia, topografia, hi drologia, meteorologia, entre outros.

Aumento de área verde

Uma das principais cau sas das enchentes passa pela impermeabilização das cidades – cada vez mais fica difícil ter so los que absorvam a água de chuva. Portanto, uma das soluções mais práti cas é a preservação das áreas verdes e, caso não exista na cidade, a im plantação delas. Reflorestamento de áreas verdes são soluções per feitas, já que as árvores são as melhores aliadas na contenção das águas. Pavimentos permeáveis São práticas que deve riam ser adotadas nos novos loteamentos, já

que a maioria das cida des já se encontram com suas ruas e avenidas consolidadas.

Reservatórios ou caixas de retenção

Esta solução apontada consiste em caixas de retenção dentro de con domínios ou mesmo em quintais.

Captação e aproveitamento de água de chuva

O poder público poderia incentivar a população a usar bombonas para aproveitar a água da chuva que, ao fazer uma filtragem simples, além de ajudar a diminuir o volume naquele momen to, caso seja implemen tada em escala, o mora dor ainda economiza na conta de água.

Praças inundáveis

Uma solução que pode auxiliar no combate às enchentes são as praças inundáveis ou “water Squa res”. São áreas projeta das para funcionar como um reservatório d’água durante as chuvas. É

como se fosse um anfite atro baixinho, que pode ter campo de esporte ou de lazer. Este espaço re tém a água e, posterior mente, vai drenando-a para as cisternas, de ma neira a esvaziar na meia hora seguinte depois que parou a chuva. Ela segura um pouco a água, não jo gando dentro da rede de captação de macrodrena gem diretamente.

Ações conjuntas

Para a efetividade de redução do impacto das chuvas nas áreas urbanas é necessário porém que as obras de engenharia façam parte de um con junto de ações, ou seja, planejamento urbano não permitindo a ocupa ção de encostas e à beira de cursos d´água e uma campanha de educação ambiental eficiente para descarte adequado do lixo, preservação dos rios e conservação da mata ciliar.

Sem a conscientização desses problemas, não acontecerá avanços, pois a solução dessa questão vai além da engenharia e passa principalmente pela gestão pública.

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Preservar as matas em topos de morro, em encostas, as matas cilares e no entorno das nascentes contribuem para preservação e evitam tragédias. Jardins drenantes ou de chuvas contribuem de forma prática e barata com a redução do impacto das chuvas nas cidades. Estruturas conhecidas como escadas hidráulicas também são soluções simples e de baixo custo para reduzir a velocidade das águas.

Novo trevo de São Gonçalo do Rio Abaixo avança

obra de grande porte na br 381 garantirá segurança e faCilitará aCesso ao distrito industrial e futuro parque urbano da Cidade

Mais um grande investi mento da administração da cidade de São Gon çalo do Rio Abaixo, que tem como “maestro”, o prefeito Nozinho, vai se desenhando na BR 381.

O novo trevo da cidade.

A obra que irá causar grande impacto em toda infraestrutura da cidade já chama a atenção há algum tempo em quem

transita pela rodovia fe deral BR 381 chegando a São Gonçalo do Rio Abaixo e muitos pensa vam que até se tratava da continuidade da duplica ção da estrada através do Governo Federal.

O novo trevo, além de propiciar segurança a to dos os transeuntes, irá fa cilitar o acesso a pontos importantes do município

e facilitará o escoamento da produção de toda a re gião. O novo acesso, que teve as obras iniciadas há cerca de três meses ainda contribuirá para a preser vação do Centro Históri co, pois evitará o trânsito de veículos de grande porte na área, já que li gará a rodovia a avenida Contorno Oeste. A previ são orçamentária da obra

é de aproximadamente R$27 milhões.

As máquinas não param e cerca de 65 trabalha dores se empenham em cumprir as etapas da obra. A construtora Vale Verde, empresa respon sável pela execução do trevo, mobilizou diversos equipamentos que estão trabalhando na infraes trutura, serviços de dre

nagem e terraplenagem.

O novo trevo da BR-381 é uma obra realizada com recursos próprios da Prefeitura e contará com passagem superior, duas rotatórias laterais nos dois sentidos e pas sagem através de túnel por baixo da rodovia, promovendo mais segu rança e um melhor aces so à cidade. De acordo

com a Secretaria de Obras, análises de solo são feitas periodicamen te para regularidade na execução de cada etapa. Ainda de acordo com a Secretaria, as próximas etapas de trabalho serão a execução dos ramos vi ários laterais para que se desvie o trânsito para exe cução da obra de arte espe cial e túnel de passagem.

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Rio Piracicaba: 309 anos de fundação e muita história

prefeitura promove grande evento para marCar data após dois anos sem Comemorações devido a pandemia

região! As boas novas ultrapassam nossas fron teiras físicas. Esta flor está deixando que os ventos levem seu pólen, suas sementes! E o que dizer de nosso festival gastronômico?! Comi das de qualidade, bebi da farta, organização, e muita atividade cultural. Que shows meu amigos, que shows! Desculpem -me os outros sem tirar o mérito, mas o Alceu Valença teve a honra de colocar a cereja no topo do bolo. Alegria, alegria, alegria!”.

de Alceu Valença, que levou milhares de pira cicabenses e visitantes à Praça Maria do Rosário Caldeira encerrando as

comemorações do ani versário do então “Ar raial de São Miguel do Piracicaba” – hoje cida de de Rio Piracicaba.

Com uma programa ção extensa atendendo a “gregos e troianos” a prefeitura de Rio Piraci caba, sob essa nova ges tão, mostrou mais uma vez a que veio.

Há muito os piracica benses reclamavam da falta de investimento em eventos culturais de qualidade e o governo atual está mostrando que quer fazer, sabe fazer e o melhor – a cada dia vem buscando aprimorar.

A programação para os 309 anos, festa realiza da sempre no dia 29 de setembro, teve um pou co de tudo – começando pelo esporte, com a tra dicional Corrida Rústica de São Miguel e a final

da Copa São Miguel. Dando sequência diver sas atrações privilegian do os artistas locais fo ram preenchendo o dia e todo fim de semana, pas sando pelo palco os sho ws do grupo “Oba Oba Samba House”, “Régis Danese” e o mais aguar dado na cidade e em toda região “Alceu Valença”. Além do variado menu artístico, a cidade tam bém foi presentada com o “Festival Gastronômi co - Um Rio de Sabores” que esse ano foi com pletamente reestrutura do com pratos e delícias gastronômicas a nível nacional.

Além da estrutura que permitiu a todos os inte

ressados pudessem fazer a degustação dos varia dos pratos com conforto, o evento apresentou ain da uma atração à parte, a “Cozinha Show”, com um Chefe de Cozinha convidado executando uma receita ao vivo dado oportunidade de todos experimentarem o prato preparado.

O prefeito Augusto Hen rique não poderia de deixar sua declaração de amor pela cidade: “Hoje eu quero falar de propor cionar felicidade e re ceber felicidade! Assim como comemoramos o aniversário de pessoas queridas com festança, como e porque deixar passar batido, nossos 309 anos? De forma alguma permitiria isto! 309 anos de muita história, tem pos bem vividos! Temos sim, muito que celebrar! Celebrar o dom da vida, nossa vinda a este mun do, pra fazermos a dife rença! Está florescendo uma linda flor no seio de nosso Estado. Sim, Rio Piracicaba é a flor de Mi nas! Que está florescen do no canteiro do Médio Piracicaba reivindicando seu espaço e sua impor tância para toda nossa

Com sucesso de críti ca e público, o evento culminou com o show

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Público lotou a praça Maria do Rosário Caldeira e o entorno cantando em uníssono os sucessos de Alceu Valença. Durante o show de Alceu Valença, a vice-prefeita Apareida Araújo e o prefeito Augusto Henrique, se pronunciaram desejando um feliz aniversário a toda cidade. Estrutura do Festivlal Gastronômico encantou a todos, oferecen do beleza para os olhos, conforto e praticidade para os expositores.

PREfEITuRA DE RIO PIRACICABA EM AçãO Asfaltamento da estrada do “Jorge” perto da sede do município

“Desde o início do nosso Governo já deixei bem claro nossa proposta real de promover o que nunca foi feito em Rio Piracicaba. Por isso a população nos escolheu para administrar o muni cípio, pois acreditou em nossa proposta. E leva mos esse compromisso para uma gestão séria com o dinheiro público para atender o que a po pulação precisa e anseia há tanto tempo e nunca foi feito”. Com essas de clarações o Prefeito Au

gusto destaca os investi mentos que estão sendo feitos em todos os cantos da cidade.

Uma das obras, o tão aguardado asfalto do dis trito de Conceição de Pira cicaba “Jorge”, até a sede está em fase de conclusão.

“Essa é uma obra com plexa, rica em detalhes técnicos em um projeto muito bem elaborado em toda sua execução, e sendo feito com 100% de recursos próprios do município”, revela o prefeito.

OuTRAS OBRAS

Morro do Urubu - Ou tra reivindicação dos moradores da zona rural também foi atendida. Trata-se ,de um antigo pro blema no conhecido “Mor ro do Urubu” em Ponte No vinha, onde através de uma solução criativa, marca do governo municipal, foi fei to um calçamento altamen te reforçado, desde o início até o final do trecho onde o tráfego de veículos. principalmente pesados, era sempre comprome tido em qualquer época do ano, seja no período chuvoso (com barro) ou na seca com acúmulo e excesso de poeira. Calçamento na comu-

nidade de Domingos José - O Prefeito Au gusto Henrique, a Vice Aparecida Araújo e o Secretario de Obras Os valdo Pires, estiveram recentemente visitando a obra de calçamento em “Domingos José”, obra esperada há décadas pela comunidade local.

“A obra está sendo rea lizada a todo vapor e em breve será entregue para os moradores. A nossa administração vem traba lhando a cada dia em bus ca de proporcionar uma melhor qualidade de vida para todos os moradores de nossa cidade”, desta cou o prefeito Augusto.

EVENTOS

Tradicional Corrida Rústica das Crianças do “Quilombo Caxambu” é realizada

A “Rústica das Crianças”, realizada no distrito de Padre Pinto – Quilombo de Ca xambu, em sua 12ª edição, a cada ano vem atraindo mais e mais atletas e esse ano con tou com a participação de 150 inscritos. Mais de 100 competidores estiveram presen tes na competição que é apoiada por toda co munidade que doaram kits para distribuição entre as crianças.

O evento contou ainda com apoio da Polícia Militar e da Prefeitura Municipal de Rio Pi racicaba através da Divisão de Esporte La zer, sendo um marco no Quilombo Caxambu no dia 12, comemorando o Dia das Crianças com esporte e lazer e o dia da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida.

A tradicional corrida, que acontece desde 2008 foi idealizada pelos professores de Edu cação Física Daniel e Sérgio Pio “Gicaí”, ambos nascidos e criados no “Quilombo de Caxambu” – Padre Pinto.

Prefeitura realiza II Torneio Leiteiro entre fazendas

Produtores rurais de Rio Piracicaba participaram do “II Torneio Leiteiro entre Fazendas” realizado pela Prefeitura Municipal através da Divisão de Política e Desenvolvimento Rural.

Durante a solenidade para entrega da premiação, ocorrido no Parque de Exposição Antônio Maria Cota, no início de outubro, estiveram presentes o Prefeito Augusto Henrique, a Vice Aparecida Araújo, secretá rios municipais, servidores, vereadores além de produ tores rurais.

Fazendo uso da palavra, o Prefeito Augusto destacou a importância da realização do torneio leiteiro como for ma de incentivo aos produtores de buscarem um melho ramento na produção de leite no município, e que a atu al administração estará sempre ao lado deles para que a cada dia busquem a melhoria em suas propriedades.

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Secretário de Obras, prefeito e vice visitam as intervenções em Domingos José Obras se encontram em ritimo acelerado. Rústica das Crianças em Caxambu já virou tradição no dia 12 de outubro. II Torneio Entre Fazendas já se firma como mais um evento agropecuário da cidade.

Prefeitura de João Monlevade elabora Plano de Ação para período chuvoso

A Prefeitura de João Monlevade já planeja suas ações para a che gada da estação das chu vas. Uma reunião com representantes de vários setores e secretarias do Executivo para debater o assunto, apresentar pro postas e discutir planos de ações para a resolu ção de possíveis proble mas advindos das chu vas foi realizada no dia 25 de outubro na Casa da Cidadania, no bairro Belmonte.

A reunião contou com a participação das secre tarias municipais de As sistência Social, Educa ção, Serviços Urbanos, Assessoria de Governo, Defesa Civil, Centro de Referência Especializa do de Assistência Social (Creas) e Centro de Refe rência da Assistência So cial (Cras). O grupo foi denominado de Comis são de Sistematização e Orientações Normativas.

Na ocasião, foi apre sentado um Modelo de Plano de Ação, com 16 iniciativas envolvendo diversos setores da Pre feitura. Também foram constituídos e organiza dos três subgrupos, se parados em áreas, sendo elas: Abrigamento, Ope racional e de Sistemati zação Legal.

Também foram sugeri dos e discutidos vários locais que podem servir de abrigos para famílias que possam ficar desa brigadas em virtude das chuvas e de possíveis enchentes do Rio Piraci caba, além das formas de distribuição de alimen tos e donativos.

De acordo com a secre tária municipal de Assis tência Social, Marinete Morais, organizadora do encontro, o objetivo foi planejar para que sejam tomadas decisões acerta das em relação ao apoio, auxílio e assistência ade quada às famílias. “A

ideia é iniciar e apresen tar o nosso plano de ações para o período de chuvas, em que muitas famílias podem precisar do poder público. Temos que estar preparados para dar todo o suporte, com respostas rápidas e eficazes. Vamos realizar reuniões sistemá ticas, elaborar escalas de plantão e planos de traba lho”, destacou.

Já o coordenador da De fesa Civil Municipal, Edemir Alves da Silva, alertou que há previsão de chuvas intensas a par tir do dia 15 de novem bro, inclusive, com índi ces históricos, os maiores dos últimos 30 anos.

“Posso afirmar que o po der público nunca esteve tão presente junto à po pulação para a resolução de problemas acarretados por chuvas e enchentes. Não faltaram empenho humano, dedicação e

equipamentos no ano passado. Porém, temos que aprofundar nossas discussões para corrigir mos os erros, reparar e evitar algumas falhas e estarmos bem prepara dos”, afirmou Edemir. Na reunião ficou defini do que serão realizadas reuniões com as comu nidades mais afetadas pelas chuvas, como as dos bairros Santa Cruz e Centro Industrial, no início do mês de novem bro. A próxima reunião do grupo de discussões será realizada no dia 4 de novembro.

Equipe da Defesa Civil passa por capacitação

Já no dia 26 de outubro, a equipe da Defesa Ci vil da Prefeitura de João Monlevade participou de treinamento e capacita ção com temáticas rela

cionadas ao período chu voso. O treinamento foi direcionado aos órgãos dos municípios que in tegram a Associação dos Municípios da Microrre gião do Médio Rio Pira cicaba (Amepi) e ocorreu na sede da entidade, em parceria com a empresa Solveri Solutions.

Segundo o coordenador da Defesa Civil Muni cipal, Edemir Alves da Silva, “a capacitação é essencial para o planeja mento de ações, como os planos de preparação e resposta ao período chu voso”. Ele lembrou tam bém que em João Monle vade diversos setores da administração municipal já estão se mobilizando e preparando ações para resolução de possíveis problemas advindos das chuvas. O primeiro en contro setorial ocorreu nesta semana.

Temendo chuvas intensas, estado intensifica fiscalização de barragens

período Com maior ConCentração de Chuvas oCorre entre os meses de novembro e fevereiro e a baCia do piraCiCaba Conta Com algumas barragens em níveis de alerta

O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) concluiu, no dia 21 de outubro, a 4ª edição da Operação Especial Preventiva Inte grada de Fiscalização de Barragens. A ação con junta do Governo do Estado promoveu, de 17 a 21, vistorias em 15 barragens de rejeitos e cinco estruturas de contenção à jusante localizadas em 11 municípios. O objetivo foi verificar o estado de conservação, segurança e estabilidade das estrutu ras para o próximo período chuvoso.

Além dos fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Se mad) e representantes do Núcleo de Gestão de Barragens (Nubar), da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), a operação preventiva contou também com a participação da Polícia Militar de Meio Ambiente (PMMAmb), Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil (Compdecs).

Ao longo dos cinco dias de operação, quatro equi pes multidisciplinares formadas por representantes de todos os órgãos envolvidos na ação, realizaram diligências nos municípios de Barão de Cocais, Brumadinho, Congonhas, Igarapé, Itabira, Itabi rito, Itatiaiuçu, Nova Lima, Ouro Branco, Ouro Preto e Sabará.

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A Amepi promoveu uma capacitação para as equipes de Defesa Civil da região. Equipe de João Monlevade, sob coordenação de Edemir Alves participaram da capacitação. As barragens, método ultrapassado, ainda coloca em risco a vida de milhares de pessoas e a vida de rios.

Câmara aprova projeto de conscientização, prevenção e combate à prática de queimadas

de iniCiativa do vereador gustavo prandini, proposta prevê Campanhas eduCativas no muniCípio

Na reunião ordinária do dia 19 de outubro, a Câ mara Municipal de João Monlevade aprovou em primeiro turno o Proje to de lei nº 1.300/2022, de iniciativa do verea dor Gustavo Prandini (PTB), que inclui no Ca lendário Oficial da cida de, um mês para cons cientização, prevenção e combate à prática de queimadas no municí pio de João Monleva de. Inicialmente seria setembro, mas devido o início da temporada das secas, o mês está sendo alterado para maio.

A proposta é para que sejam realizadas campa nhas educativas nas es colas, sobre o perigo das

Vereador fernando Linhares trabalha para proteção de curso d´água

Piracicaba na represa do Jacui, é de catego ria especial e ao longo dos anos vem sofrendo com o lançamento de lixo em suas margens e conforme demonstrado pelo vereador o local se transformou num verda deiro bota-fora.

Diante da situação o edil se

empenhou e vem ofician do o executivo municipal para promover a recupera ção e a proteção do local. Entretanto foi verificado que a área é de proprieda de da ArcelorMittal.

Diante dos fatos, o exe cutivo não se furtou em contribuir com a preser vação do curso d´água e

promoveu a total limpe za da área, mas não po deria fazer o cercamento por se tratar de terreno particular.

Diante dos fatos o verea dor informou ao Tribuna que já acionou a empresa solicitando o cercamen to da área para proteger o local.

queimadas e suas con sequências para a saúde das pessoas, o compro metimento do meio am biente e o risco da extin ção de espécies vegetais e animais. Além disso, a matéria prevê a orien tação aos servidores e prestadores de serviços da Administração Mu nicipal sobre a proibição de colocar fogo em ter renos, áreas públicas e nos materiais resultantes de limpeza realizada, en tre outras ações.

De acordo com Prandi

ni, o projeto tem como objetivo conscientizar a população acerca dos malefícios das queima das para a saúde e meio ambiente. Ainda segundo o parlamentar, já existe uma lei que configura como crime a prática de queimada. “Apenas a po sitivação da lei não é su ficiente. Exemplo disso é que a Secretaria Muni cipal de Meio Ambiente contabilizou, apenas en tre janeiro e agosto deste ano, 52 notificações de queimadas”.

Desde o início de maio desse ano o vereador Fernando Linhares vem se empenhando com o propósito de proteger o curso d´água situado à avenida Jacui, no bairro Jacui, via que liga o bair ro ao trevo da cidade de Rio Piracicaba.

O curso d´água em ques tão, que desagua no Rio

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Antes.... Depois Prandini quer maior envolvimento de toda sociedade no combate às queimadas. Vereador Fernando Linhares informou que já slicitou da ArcelorMital o cercamento da área.

Comitês acompanham andamento de programas de recuperação do Rio Doce

Conselheiros perCorreram diversas Cidades da baCia para Conferir ações levadas adiante pela fundação renova

Entre setembro e ou tubro de 2022, conse lheiros dos comitês que compõem a bacia hi drográfica do Rio Doce percorreram diversas ci dades para acompanhar o andamento dos pro gramas de recuperação e reparação previstos no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) ce lebrado após o rompi mento da barragem de Fundão, em Mariana, le vados adiante pela Fun dação Renova.

As visitas fazem parte da iniciativa VimVer e fo ram iniciadas na região de Mariana. Em seguida, os conselheiros passaram pelo médio Doce, por Go vernador Valadares, até chegarem à foz, em Re gência, no Espírito Santo.

Na região de Mariana foram visitadas as obras de reassentamento em Bento Rodrigues e as áreas de reflorestamen to. No médio Doce foi mostrada ao grupo a construção da captação

alternativa destinada ao abastecimento de água em Governador Valada res. Na porção capixaba foram apresentados os programas de recupera ção de nascentes, expe riências de plantio em áreas de recarga hídrica, estação de coleta de es goto e a estação de mo nitoramento qualitativo e sistemático da água na foz do rio Doce.

A seguir alguns depoimen tos dos conselheiros que participaram das visitas:

Ronevon Huebra, CBH-Piranga

“É importante podermos visitar a foz do rio Doce e ver de perto os progra mas ali desenvolvidos. O trabalho que precisa ser feito para que as águas cheguem com qualidade ao oceano é complexo.”

Geraldo Magela Din dão Gonçalves, CBH -Piracicaba “Sempre falo que para conhecer o rio nada me lhor do que navegar nas

suas águas. Hoje, fazendo essa visita, estamos co nhecendo a bacia do rio Doce – desde suas nas centes até a foz. Isso é im portante, pois abre uma porta para o diálogo. So bre as obras de recupera ção coordenadas pela Re nova, conhecemos apenas uma fração e percebemos que, um dos maiores gar galos para a efetividade das ações passam pela burocracia e pela falta de participação da socieda de organizada”.

Gisleno Castro, CBH

-Santo Antônio

“É importante termos conhecimento das inicia tivas de recuperação e, assim, divulgarmos para a sociedade o trabalho que é realizado.”

Jonas Rajão, CBH

-Santo Antônio

“A visita é muito impor tante para termos a di mensão do rio Doce e sua abrangência – para nós, que estamos lá no início, na bacia hidrográfica do

rio Santo Antônio, chegar à foz nos permite dimen sionar os impactos cau sados pelo rompimento e conhecer as ações que estão sendo feitas.”

Karone Marllus, CBH Manhuaçu

“A participação no pro grama VimVer, da Fun dação Renova, com a participação do CBH Manhuaçu, é, sem dúvi da, uma excelente opor tunidade para ver de perto as ações de reparo do desastre ambiental, especialmente no conta to direto com as pessoas e comunidades atingi das. As visitas também permitem que, como membros do comitê, pos samos testemunhar mais precisamente o que vem sendo efetivamente feito e, claro, apontar, criti camente, o que necessita ser melhorado, além de novas estratégias para, pelo menos, minimizar o grande impacto socio ambiental causado.”

Cenibra cria Assessoria de Sustentabilidade

Alinhada às melhores práticas de mercado e atenta às demandas da sociedade por um mun do mais sustentável, a Cenibra promoveu uma reestruturação interna para efetivar uma nova unidade organizacional: a Assessoria de Susten tabilidade.

Sob o comando de San dro Morais Santos, até então gerente do Depar tamento de Meio Am biente e Qualidade, a As sessoria será responsável por nortear as ações de sustentabilidade da Empresa, por meio de boas práticas que asse gurem maior integração entre a estratégia em

De acordo com o Asses sor, sustentabilidade sig nifica gerar resultado para o negócio, contribuindo para a sociedade. A nova unidade organizacional terá uma visão de longo prazo, focada em alocar

recursos em investimen tos sustentáveis.

A Assessoria contará com três coordenações: “Co municação Corporativa”, “Governança e Complian ce” e “Socioambiental”.

A coordenadora de Go vernança e Compliance, Sandra Maria Henrique,

chega ao novo cargo com a missão de asse gurar o alinhamento das melhores práticas de governança corporativa com a gestão dos proces sos, buscando minimizar os riscos, melhorar os resultados e otimizar o valor da Cenibra e suas

Edson Valgas, coordena dor Socioambiental, as sume a nova função com o desafio de promover as

melhores práticas socio ambientais corporativas, buscando melhorar os resultados, minimizar os riscos socioambien tais e manter um bom relacionamento com as comunidades. “Nosso desafio é contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população inserida no território de atuação da Empresa, agindo de forma ética e em conformidade com as regras, normas e leis aplicáveis ao negócio Cenibra”, explica.

A Coordenação de Comu nicação Corporativa terá o comando interino do novo assessor até a defi nição de um novo nome.

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Representantes dos Comitês na Foz do Rio Doce, em Regência (Linhares), Espírito Santo.
presarial e os processos organizacionais.
subsidiárias. “Nossa visão é conduzir a Em presa a um modelo de referência em governan ça corporativa e gestão integrada”, afirma. Funcionários da Cenibra responsáveis pela nova pasta criada na empresa.

Gaturamo-verdadeiro, um belíssimo imitador

Texto e fotos: João Sérgio

Caros amigos leitores, esse mês venho lhes apresentar um belo e ta lentoso passarinho, o ga turamo-verdadeiro (Eu phonia violacea).

Além de suas cores mar cantes, esse passarinho se destaca pela capaci dade de imitar outras aves. Em poucos minu tos podemos escutá-lo imitando mais de dez espécies diferentes! Há ainda relatos de gatu ramos que imitam aves de rapina para espantar passarinhos em fruteiras e assim diminuir a con corrência pelo alimento! Incrível, né?! O mundo das aves, como toda a Natureza, é fascinante!

O gaturamo-verdadeiro, como muitas espécies, possui o que chamamos

dimorfismo sexual, que nada mais é que a dife rença entre os sexos.

A fêmea não possui as cores chamativas do macho e por um grande motivo, é ela quem cho ca os ovos. Imaginem se ela tivesse as cores vi brantes do macho, seria

rapidamente detectada por predadores e o ninho ficaria vulnerável. Além de fascinante, a Nature za é sábia...

No Wikiaves temos re gistros para Timóteo, São Gonçalo do Rio Abaixo, São Domingos do Prata, Marliéria, Ipa

tinga, Coronel Fabricia no e Antônio Dias, mas certamente o leitor/ob servador poderá encon trar essa linda espécie em qualquer município da bacia, desde que haja algum fragmento flores tal por perto.

É relativamente comum

encontrar o gaturamo -verdadeiro se alimentan do das frutinhas que algu mas epífitas produzem, já o observei nessas condi ções em plena região cen tral do Rio de Janeiro.

Taí mais um bom moti vo para mantermos e até plantarmos árvores por

perto. Sem árvores não temos chances de encon trar não só o gaturamo mas uma infinidade de outras espécies.

E como não sonhar com um futuro melhor ouvin do o belo canto dos pás saros sob a sombra de uma árvore?

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