Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio – Abril de 2022 – Edição 281

Bacia do Piracicaba, Abril de 2022 / Edição 281 – Ano XXIX / Distribuição Dirigida Gratuita / Nas bancas: R$ 2,00

ABRIL – MÊS DA TERRA PARA A NATUREZA TUDO O QUE VOCÊ FAZ IMPORTA Páginas 2, 11 e 12

AVES DO PIRACICABA Página 7

Abril de 2022

Você precisa do meio ambiente equilibrado, já ele, não precisa de você de forma alguma.

Vamos deixar claro uma coisa – para a natureza, você e uma ameba é a mesma coisa, não faz diferença.

Então, para você que não está nem aí para as questões ambientais, fique sabendo que, a cada dia isso lhe custa mais caro e em algum momento você vai chorar por sua indiferença.

Na luta pela sobrevivência do dia a dia, misturado com um consumo desenfreado estimulado pelo sistema capitalista (para ter crescimento econômico é preciso ter consumo), a maioria da população

não está nem aí para questões ambientais.

Se por um lado existe essa classe que ignora a sustentabilidade por questões de sobrevivência, existe uma outra, a mais abastada, que acha que pode comprar tudo.

Não sabem os desavisados que, diante essa ignorância ecológica, a terra está entrando em um ciclo de desequilíbrio onde ninguém escapa e, justamente os mais abastados, que tem muito a perder, é que perderam tudo que pensam que tem.

A prova de que a maioria da população, autori-

dades, empresários, etc não estão nem ai, veio da participação pífia da população da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba (estimada em 800 mil habitantes) nas Oficinas e Consultas Públicas para discutir os estudos sobre o Prognóstico para a bacia do rio Doce e bacias afluentes, ocorrida dia 18 de abril, de forma virtual.

Na oportunidade foram acadêmicos de Belo Horizonte que protagonizaram uma defesa mais contundente para preservação dos nossos cursos d´água.

Infelizmente, hoje a maioria das pessoas vive em

cidades, onde a cada dia se distanciam do contato com a natureza. Em um passado recente a maior parte da população morava em cidades pequenas, ou na zona rural e sentia na pele a importância do meio ambiente para suas vidas.

Nas pequenas cidades, há uns 40 a 50 anos, as pessoas tinham o costume de buscar a água que precisavam no rio ou na fonte que passava ou brotava no quintal de casa.

Como hoje compramos a nossa comida no supermercado e a água chega às nossas casas pela torneira, acabamos nos

esquecendo que tudo o que comemos e bebemos vem da natureza.

Só lembramos da água quando ela falta na torneira.

Nosso corpo depende de uma natureza saudável para sobreviver.

A água que sai da torneira ou do chuveiro de nossas casas vem dos rios que passam pelas regiões onde moramos e precisa passar por uma usina de tratamento para a retirada das suas impurezas, pois já não é mais aquela água pura que nossos antepassados bebiam direto da fonte.

Nossos rios estão ficando cada dia mais poluídos, pois recebem a todo instante esgoto sem tratamento, produtos químicos eliminados pelas indústrias, agrotóxicos utilizados nas lavouras vizinhas que são levados pelas chuvas, e também lixo das cidades, jogado pelas pessoas diretamente na água ou que chega nela levado dos aterros sanitários e lixeiras das ruas pelas chuvas e enchentes.

Nascentes, córregos, ribeirões estão secando devido a ações irresponsáveis de mineradoras com aquiescência das autoridades.

Com a redução do volume das águas e o aumento cada dia mais de sua poluição será possível utilizar uma água vinda de rios ainda mais poluídos do que eles já estão hoje?

Haverá condições de tratar essa água a ponto de torná-la limpa para beber, tomar banho, lavar a nossa roupa, louça e casa?

O ciclo vicioso O desequilíbrio do clima torna a comida mais cara Se há grandes secas, ou chuvas em excesso, o crescimento regular das plantas fica comprometido, a produção dos alimentos diminui e torna-se insuficiente para alimentar toda população. Se há pouca comi-

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da, os preços sobem, e quem tem mais dificuldade para comprá-la são os pobres. Para aumentar a produção e seu lucro, muitos agricultores usam uma grande quantidade de agrotóxicos nas suas plantações, o que contamina a terra e os alimento que comemos, causando prejuízos a nossa saúde.

Como você pode perceber, não há como a humanidade sobreviver, ser feliz e saudável se ela não for capaz de preservar a natureza, pois existe uma relação de interdependência muito grande entre tudo o que existe (seres humanos, animais, vegetais, terra, ar e água).

Então, passou da hora de deixar de ser tolo e começar a fazer sua parte.

Para a natureza tudo o que você faz importa.

Se não sujar, já é uma grande ajuda.

EXPEDIENTE

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Expedição Piracicaba: Parceiros apresentam na Amepi a segunda fase do projeto O Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio, o CBH Piracicaba, o CBH Doce e a UNIFEI – Polo Itabira - Mestrado ProfÁgua, durante reunião ordinária da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba (Amepi), apresentaram no dia 31 de março, aos prefeitos e seus representantes, a segunda fase do projeto Expedição Piracicaba Pela Vida do Rio. Geraldo Magela Dindão Gonçalves, Jorge Borges, Flamínio Guerra Guimarães e o professor José Augusto Gonçalves, respectivamente, falaram por suas instituições.

O coordenador do projeto, editor do Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio, Dindão Gonçalves, abriu a apresentação falando da urgência em se trabalhar a revitalização da bacia hidrográfica – “para salvar os rios precisamos salvar os fios d´água e isso, a cada dia,

Presidente do CBH Doce, Flamínio Guerra e o presidente do CBH Piracicaba, Jorge Borges

vem sendo mais urgente”.

Já o presidente do CBH Doce, Flamínio Guerra, que em 2019 quando da primeira Expedição era o presidente do BH Piracicaba falou dos trabalhos realizados anteriormente e sobre a sequência das ações: “Todo levantamento realizado, todo trabalho de pesquisa, todos os resultados serão apresentados durante essa nova expedição quando faremos também a entrega do livro técnico científico com o registro de todos esses estudos”.

O professor José Augusto, coordenador técnico da Expedição, fez um breve relato do trabalho da UNIFEI no projeto, destacando o envolvimento do corpo acadêmico e citou a importância do trabalho realizado que, ao final acabou rendendo uma participação em um congresso ocorrido em Portugal que conquistou espaço em uma publicação internacional.

Riqueza da Bacia Ainda durante a apresen-

tação Dindão fez questão de destacar a riqueza da bacia, não apenas sob o ponto de vista hídrico, mas também cênico: “Temos um potencial fantástico, uma riqueza inimaginável, mas infelizmente o que poderia ser uma imensa indústria a ser explorada – a do turismo de esportes aquáticos, se encontra contaminada”, pontuou, complementando que a revitalização da bacia geraria só ganhos – tanto em questões de saúde, bem estar da população e divisas e o principal

– sobrevivência. “Somos água”, concluiu.

Encerrando a apresentação, o atual presidente do CBH Piracicaba, Jorge Borges, destacou o empenho dos organizadores do projeto e falou da importância dessa mobilização social em torno da bacia hidrográfica como sendo também uma das responsabilidades do comitê: “Deveriam ter mais ações como essa em prol de nossas águas”.

Diagnóstico Segundo a coordenação, de posse do diagnóstico da bacia, será apresentado às cidades quais problemas pontuais afetam a qualidade e a queda no volume das águas – quais setores responsáveis por cada situação e diante essa exposição convidar a todos os envolvidos a buscarem juntos soluções para mudar o atual quadro.

Editor do Tribuna, Dindão Gonçalves durante apresentação da Fase I da Expedição

Coordenação da Expedição se reúne com Igam ENCONTRO ACONTECEU NA CIDADE ADMINISTRATIVA E TRATOU DA SEGUNDA FASE DO PROJETO QUE APRESENTARÁ DIAGNÓSTICO DA BACIA

Dando sequência aos preparativos para colocar a Expedição Piracicaba de volta na estrada e nos rios que compõem a Bacia Hidrográfica do Piracicaba, a coordenação do projeto esteve na Cidade Administrativa se reunindo com o Instituto Mineiro de Gestão das Águas – Igam, objetivando alinhar ações.

Participaram do encontro, pela Expedição, o coordenador Geraldo Magela Dindão Gonçalves e o presidente do CBH Doce, Flamínio Guerra Guimarães.

Pelo Igam estiveram presentes Maria de Lourdes Amaral Nascimento, da Gerência de Apoio aos

Coordenação da Expedição se reuniu com representantes do Igam apresentando segunda fase do projeto

Comitês de Bacias Hidrográficas e Articulação à Gestão Participativa – GECBH, a analista ambiental Eloá, Allan de Oliveira Mota da Gerência de Planejamento de Recursos Hídricos – GPLAN e a coordenadora de jornalismo da Ascom/ Igam, Milene Duque.

Na pauta a participação

do instituto na Expedição nessa segunda fase da Expedição, mantendo um analista ambiental do órgão junto à equipe, conforme a primeira fase e ainda o apoio institucional do Governo de Minas através do órgão.

Durante a reunião, o presidente do CBH Doce, Flamínio Guerra, que na

primeira fase era Presidente do CBH Piracicaba, fez uma explanação dos trabalhos de 2019 e seus desdobramentos, citando as conquistas alcançadas pelo projeto em prol da revitalização e integração da bacia.

Já Dindão Gonçalves apresentou o novo modelo do evento 2022, que será

focado na realização de seminários em todos os municípios, quando serão apresentados os resultados das análises da qualidade das águas entre outros dados de vital importância para implementação de ações para recuperação ambiental da bacia.

Na oportunidade foi apresentado aos repre-

sentantes do Igam uma planilha com as demandas necessárias na implementação dos trabalhos a serem desenvolvidos pela Expedição.

A coordenação agora aguarda o posicionamento do instituto sobre sua atuação junto ao projeto que em 2019 contou com 82 parceiros.

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Amepi: CBH Piracicaba e CBH Doce anunciam investimentos

O engenheiro ambiental e sanitarista Heverton da Agedoce durante apresentação dos investimentos

Na manhã o dia 31 de março, durante reunião ordinária da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Piracicaba (Amepi) o CBH Piracicaba, através de seu presidente Jorge Borges, com a

participação do engenheiro sanitarista da Agedoce, Heverton Rocha e do presidente do CBH Doce, Flamínio Guerra Guimarães, apresentaram aos prefeitos presentes os programas hidro sanitários recém

lançados pelo comitê do Piracicaba.

Durante a reunião, o Presidente do CBH Piracicaba, Jorge Borges, agradeceu a Amepi pela parceria e falou da importância de se trabalhar coletivamente. Falou dos recursos

disponíveis para investimentos hidro ambientais que estarão sendo disponibilizados a todos os municípios da bacia.

Serão mais de 87 milhões destinados a programas de saneamento básico para a Bacia do

Piracicaba.

Já Flamínio Guerra complementou as informações sobre os investimentos em saneamento falando do Rio Vivo, que nesse caso trata-se de investimento em saneamento rural, frisando que

as empresas que executaram os serviços deverão ser conhecidas em breve.

Com a palavra o engenheiro Heverton Rocha detalhou aos presentes o Programa de obras de expansão em saneamento básico (PROTRATAR), à Expansão de Serviço de Abastecimento de Agua (SAA) e Serviço de Esgotamento Sanitário (SEE) para os municípios que já tem projetos e o Programa de elaboração de projetos de implementação e/ou expansão em saneamento básico (PROJETAE), Expansão de Serviço de Abastecimento de Agua e Serviço de Esgotamento Sanitário.

Já foi iniciado pesquisas junto aos municípios buscando informações sobre as demandas de cada um.

São Gonçalo sediará a primeira feira tecnológica da região

Soluções inovadoras voltadas ao desenvolvimento da cidade surgirão de evento.

São Gonçalo do Rio Abaixo inova mais uma vez e sediará a primeira feira de startups da região. O evento START-SE acontecerá dias 10 e 11 de junho, no Parque de Exposições da cidade. Uma inovação da gestão pública municipal para inserir o município no circuito tecnológico. Organizado pelo Instituto de Geociências e Tecnologias - IGTECH – a proposta é um grande passo para introdução do município no conceito “Cidade Inteligente”, tornando-se assim, um pólo tecnológico.

De acordo com os organizadores, o START-SE é mais que um evento, é também uma oportunidade de negócios para a região e uma proposta

para novidades tecnológicas que trará soluções inovadoras voltadas ao desenvolvimento da cidade, através da gestão pública, gestão territorial, sustentabilidade e demais temáticas que envolvam o município.

Voltado para universitários, estudantes do Ensino Médio e técnico e população em geral, o evento é composto por palestras, salas temáticas, desafios, networks e outras atividades. Um circuito integrado às propostas de gerar soluções inovadoras, para problemas de ordem social e ambiental, buscando a participação dos são-gonçalenses que apontarão as demandas e estarão preparados para viver em um cenário novo de desenvolvimento.

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Realização da Expedição Piracicaba terá nova data PRAZO PARA ENTREGA DE LIVRO TÉCNICO POR EDITORA LEVA COORDENAÇÃO A PROMOVER ALTERAÇÕES A segunda fase da Expedição Piracicaba que estava programada para acontecer do dia 28 de maio a 5 de junho de 2022 terá sua data alterada, passando para 17 a 24 de setembro, no início da primavera.

As restrições provocadas pela pandemia vem sendo derrubadas em quase sua totalidade mas os seus reflexos vem causando transtornos em diversas áreas, na indústria, na educação, na economia, entre outras, conforme se acompanha nos noticiários e mesmo no cotidiano.

Um dos reflexos atinge a indústria gráfica, onde a maioria dos insumos são importados e isso impactou diretamente o planejamento da Expedição Piracicaba, já que a editora, conforme informou, não conseguirá entregar a publicação a tempo da Expedição.

O fato é que a nova fase da Expedição se baseia totalmente na apresentação e na entrega dos resultados dos trabalhos realizados em 2019 e estes estão concentrados nos 12 capítulos da publicação técnico-científica produzida pelos parceiros UNIFEI – CDTN – UFOP – SAAE - ITABIRA e pela equipe Registro do projeto con-

forme prefácio a seguir: Apresentação; Introdução; CAPÍTULO 1 - A Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba; C AP ÍTU LO 2 - As Expedições no Rio Piracicaba – Expedição Piracicaba 300 Anos Depois; CAPÍTULO 3 - Expedição Piracicaba – Pela vida do Rio – Diário de Bordo; CAPÍTULO 4 - Histórico da Ocupação da Bacia do Piracicaba; CAPÍTULO 5 - Uso e Ocupação do solo da Bacia; CAPÍTULO 6 - Atividade Socioeconômicas na Bacia; CAPÍTULO 7 - A Vazão nos rios da Bacia; CAPÍTULO 8 - Qualidades das águas nos rios da Bacia; CAPÍTULO 9- Microcontaminantes na Bacia; CAPÍTULO 10 - Águas Subterrâneas na Bacia; CAPÍTULO 11 - Análises Geoespaciais da Bacia Hidrográfica do Piracicaba; CAPÍTULO 12- Síntese das condições da bacia e CAPÍTULO 13 – Conclusões Gerais.

Esse trabalho, expresso em pouco mais de 200 páginas, depende de minucioso trabalho de edição, revisão, arte final,

Editoras informaram não conseguir entregar publicação dentro do prazo devido a escassez de insumos, na maioria importados. Na foto, esboço da capa do livro.

impressão e acabamento diante as dezenas de imagens, mapas, tabelas, que precisam de checagem precisa.

Para evitar atropelos, contratempos e garantir um trabalho de qualidade, que traduza a seriedade do projeto e a responsabilidade dos envolvidos, a coordenação, em comum acordo,

achou por bem promover essa mudança de data sem perda da essência da Expedição Piracicaba, que é mobilizar toda população da região em prol da revitalização dos cursos d´água da bacia hidrográfica.

“Esse espaço de tempo nos proporcionará condições melhores para levarmos um conteúdo

prático e assimilável a todos. Com certeza será um ganho a mais para a bacia”, comentou o coordenador Geraldo Dindão Gonçalves.

Jorge Martins Borges, presidente do CBH Piracicaba e Flamínio Guimarães Guerra, presidente do CBH Doce também compartilham a ideia de aproveitar a extensão do

prazo para a realização da segunda fase no enriquecimento do evento.

Já o professor Dr. José Augusto Gonçalves, coordenador técnico científico da Expedição entende que com esse prazo pode-se dedicar em produzir uma publicação ímpar que ficará para os anais da Bacia Hidrográfica do Piracicaba.

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MEDALHA DA INCONFIDÊNCIA

Prefeito Augusto é indicado para receber maior honraria dada pelo Governo do Estado de Minas Três prefeitos do Estado de Minas Gerais foram indicados através do Tribunal de Contas para receber a Medalha da Inconfidência, evento que é considerado um dos mais importantes do Estado.

E pela segunda vez na história do município de Rio Piracicaba um chefe do Executivo irá receber a maior honraria dada pelo

Governo do Estado de Minas. O Prefeito Antônio Cota também foi condecorado no ano de 1995, sendo na ocasião indicado pelo então Deputado Agostinho Patrus.

A Medalha da Inconfidência foi criada em 1952 pelo governador Juscelino Kubitschek, a medalha tem quatro graus: Grande Colar, Grande Medalha, Medalha de

Honra e Medalha da Inconfidência. A cerimônia é realizada tradicionalmente em 21 de abril, Dia da Inconfidência Mineira, movimento de independência que teve como epicentro a cidade de Ouro Preto, no século XVIII. Todos os anos, a capital do Estado é simbolicamente transferida para Ouro Preto durante a celebração.

O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Gilson Soares Leme, lembrou que a Medalha da Inconfidência é a maior comenda concedida pelo Estado de Minas Gerais.

“Os agraciados, indicados pelo Conselho, são pessoas que trabalharam durante o ano em favor do Estado e de nossa população”, destacou.

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Amplitude e energia: a Águia-cinzenta e a Expedição Piracicaba Texto: Marcelo Vasconcelos. Fotos: João Sérgio

Piracicaba: Um rio que nasce a mais de 1.700 m de altitude e desemboca a cerca de 210 m no Rio Doce, percorrendo mais de 240 km por trechos serranos, bordas de chapadas, mares de morros e vales encaixados e com mais de 5 mil quilômetros quadrados de área de drenagem. Imaginem a amplitude e a vastidão

percorrida pela Expedição Piracicaba para monitorar quase toda a bacia. Foi necessário percorrer longas distâncias, durante muitos dias, para se obter dados e informações sobre a qualidade de nosso rio.

Assim é a vida de nossa “Ave Símbolo” da Expedição Piracicaba: a águia-cinzenta (Urubitinga

coronata). Com uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo do Brasil Central à Argentina, este magnífico rapinante vive desde as mais altaneiras serras de nossa bacia, até as baixadas quentes.

Consta que um único exemplar pode ocupar milhares de hectares.

E a força do Rio Piracicaba? Com a diferen-

ça de altitude de mais de 1.500 m, estamos tratando de uma bacia com alto potencial hidroelétrico e não é à toa que nela já foram implantadas usinas para o aproveitamento de tanta energia.

Mais uma vez, nossa águia-cinzenta assim se relaciona com esta característica do rio: é uma ave enérgica, capaz de cobrir ampla área diariamente, voando dezenas de quilômetros em busca de suas presas ou pares reprodutivos.

De maneira semelhante à bacia e à águia-cinzenta, a Expedição Piracicaba vai requerer uma energia incalculável. Corre rio, voa águia e muito sucesso para a Expedição!

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Prefeitura de Rio Piracicaba em ação DOIS PROJETOS DO MUNICÍPIO SÃO FINALISTAS NO “PRÊMIO MINEIRO DE BOAS PRÁTICAS” Com recorde de inscritos e alta qualidade técnica das práticas apresentadas, a etapa de seleção dos projetos do X Prêmio Mineiro de Boas Práticas na Gestão Municipal 2022 conta com dois projetos da prefeitura de Rio Piracicaba.

A comissão de avaliação da premiação analisou 421 projetos inscritos nesta edição de 2022 tendo 27 classificados para a etapa final.

O “Prêmio Mineiro de Boas Práticas na Gestão Municipal” foi dividido em nove eixos, e a premiação acontecerá durante o 37º Congresso Mineiro de Municípios, em junho de 2022.

O Prêmio, já em sua décima versão, tem a finalidade de incentivar os integrantes das prefeituras dos municípios mineiros a contribuírem para a modernização da gestão e a melhoria da qualidade dos serviços públicos.

Rio Piracicaba teve os projetos “Empreender para melhor viver” e “Saltando para o futuro” classificados como finalistas.

“Empreender para melhor viver” O projeto é desenvolvido pela Secretaria Municipal de Administração, Desenvolvimento Econômico e Turismo e conta com a parceria da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e visa, através de pro-

Administração comemora a classificação de dois projetos no Prêmio Mineiro de Boas Práticas

moção de mão de obra qualificada fomentar o empreendedorismo e o desenvolvimento econômico local.

No ano de 2021 foram ofertados pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social os cursos de Confecção do Vestuário Feminino, Produção de Laticínios e Afins / Doce de Leite, Produção de Salgados e Doces de Festa e Produção Artesanal de Alimentos, tendo um total de 69 (sessenta e nove) participantes, atendendo a região central da cidade, os distritos e demais comunidades como Ponte Novinha, Bom Jesus e Gomes de Melo.

Após a finalização do curso, a prefeitura oferece o suporte ao empreendedorismo incentivando a continuidade da produção e a formalização de possíveis novos empreendimentos. Para tanto, realiza-se reunião com os participantes dos cursos para que se tenha feedback do aprendizado,

bem como a intenção de se colocar em prática o conhecimento adquirido agora com a mão de obra qualificada. É o empreendedorismo ganhando forma e favorecendo o desenvolvimento econômico local.

“Saltando para o futuro” A Prefeitura de Rio Pi-

lares de política pública promovendo ações organizadas, onde são trabalhados temas como a disciplina, interação social, competição saudável, resgatando valores morais como respeito à Família e ao próximo, e com isso retirar as crianças da ociosidade, sendo o projeto uma forma de ajuda positiva na educação e claro, na saúde dos

de Rio Piracicaba, segue em total empenho realizando os serviços de manutenção e recuperação das estradas vicinais. No período de chuvas, as estradas sofrem grandes erosões, por isto a ação está sendo feita nesse momento de estiagem para recuperação dos trechos mais críticos das estradas que ligam a sede aos distritos e comunidades, bem como realizar o trabalho preventivo.

O Prefeito Augusto destacou a ação: “Muitos são os contratempos, mas com muito esforço e trabalho estamos garantindo uma melhor trafegabilidade para os motoristas, moradores e produtores rurais da nossa cidade. È um trabalho contínuo, que será realizado o ano todo, conforme a necessidade da população, seja durante e ou após o perí-

Projeto Saltando para o futuro.

racicaba por meio da Secretaria de Educação implantou o projeto baseado em um entendimento de que o esporte está muito além de mero lazer, sendo um dos pi-

participantes.

Foram contratados técnicos para várias modalidades, proporcionando crianças, jovens e adultos à prática esportiva combatendo a vida sedentária.

Em um contexto geral, o “Saltando para o futuro” busca também a revelação de grandes talentos através do esporte, mas também trabalha na formação de cidadãos de bem.

odo das chuvas”.

Abastecimento de água potável para mais de 60 famílias Uma ação da Prefeitura

de Rio Piracicaba, através da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura, Divisão de Política e Desenvolvimento rural está beneficiando comunidades rurais com a perfuração de poços artesianos.

A ação foi iniciada no dia 4 de abril, sendo a primeira etapa de perfuração dos poços artesianos, conforme o projeto de abastecimento de água nas comunidades de Cabeceira Grande, Domingos José, Buraco dos Coelhos e entornos.

Na segunda etapa serão realizados testes de vazão para verificar se a quantidade de água é compatível com a demanda local e se a mesma atende os parâmetros de qualidade para consumo. Os testes em questão servirão de base para o planejamento da terceira etapa deste trabalho, onde serão instalados os reservatórios e confeccionado uma rede de distribuição, que irá beneficiar diretamente mais de 60 famílias.

Estas obras buscam solucionar uma demanda por água de qualidade nestas comunidades, que por sua vez, vem enfrentando, com dificuldades a escassez, há muitos anos. O Prefeito Augusto disse sobre essa ação: “Em resultado esperamos propiciar da melhor forma qualidade de vida e desenvolvimento às comunidades rurais de Rio Piracicaba”.

Manutenção das estradas rurais Projeto “Empreender para melhor viver”

A Prefeitura Municipal

Poços artesianos estão sendo abertos na zona rural

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Vereadores de São Gonçalo cobram ações da Vale MAIS EMPREGOS PARA A POPULAÇÃO LOCAL E INVESTIMENTOS EM OUTRAS ÁREAS SÃO SOLICITADOS PELOS EDIS RISCO DAS BARRAGENS

Prefeitura e Vale alinham ações para simulado em maio

Vereadores de São Gonçalo do Rio Abaixo cobram da Vale mais empregos para a população local

No dia 8 de abril os vereadores de São Gonçalo do Rio Abaixo reuniram-se com o analista de relações institucionais da Vale S/A, Pedro Scaldini, para cobrar ações que promovam a geração de emprego para a população são-gonçalense. O representante da empresa foi à Câmara Municipal a pedido do Presidente da Casa, vereador Diego José Ribeiro (PDT), por meio do ofício enviado em fevereiro.

A iniciativa do encontro surgiu após a Consórcio Mina Fábrica, empresa terceirizada da Vale, ter divulgado várias vagas de empregos, mas exigindo como requisito necessário “a residência nas cidades de Barão de Cocais, Santa Bárbara e Catas Altas”, excluindo então o município de São Gonçalo. Os vereadores tentaram obter esclarecimentos com a Vale e a contratada, mas não tiveram um retorno satisfatório. Além disso, os vereadores se queixam que, atualmente, os trabalhadores são-gonçalenses na Vale são ainda minoria, enquanto boa parte da Mina do Brucutu está

localizada no município.

Logo, eles exigem que as ações da Vale e de suas contratadas sejam iguais em todas as cidades, sem distinção.

De acordo com Pedro Scaldini, a Vale não teve conhecimento prévio do anúncio dessas vagas, e ressaltou que a empresa é completamente contra qualquer tipo de discriminação nas contratações, seguindo uma política de não segregar nenhuma cidade, e com o compromisso de contratar a mão de obra local. Ele também esclareceu que a Consórcio Mina Fábrica e as demais terceirizadas foram acionadas e orientadas para que tal erro não ocorra novamente.

Sendo assim, os vereadores questionaram quando haverá as vagas para o povo de São Gonçalo.

Segundo Scaldini, estão previstas novas contratações para diversas áreas a partir de julho deste ano, priorizando 60% da mão de obra de São Gonçalo, e também dos municípios de Santa Bárbara e Barão de Cocais. Além disso, o analista propõe agir para pensar em conjunto, en-

tre a Vale, as terceirizadas e o Legislativo Municipal, para dar um maior retorno à população.

Os vereadores pediram mais oportunidades de primeiro emprego para aqueles que ainda não têm experiência no mercado de trabalho ou em sua área, sugerindo assim programas de trainees e de estágios, com a possibilidade de a pessoa ser efetivada futuramente na empresa. Com isso, os vereadores requerem que as vagas de estágio tenham uma maior divulgação em São Gonçalo, e reforçaram mais uma vez a prioridade de contratar os cidadãos locais.

Ainda sobre o assunto, os vereadores solicitaram o apoio da Vale em cursos de capacitação para a população, para que as suas habilidades sejam constantemente aprimoradas de acordo com as demandas de trabalho.

Outros projetos para a cidade Além da geração de emprego, os vereadores cobraram também mais apoio da Vale S/A aos projetos culturais dos

artistas locais. Mais especificamente, o Legislativo Municipal solicita parcerias de cunho social com a Vale, incluindo também o Poder Executivo, voltadas à população em situação de vulnerabilidade. Assim, os vereadores sugeriram também a criação de projetos para os jovens, trabalhando em conjunto com as secretarias municipais de cultura, de educação e de esportes, e com as escolas no município. Ou seja, a ideia é que a empresa patrocine artistas locais que carecem de apoio, como também projetos culturais que promovam principalmente a formação dos jovens são-gonçalenses.

Para isso, os vereadores propõem também um canal de comunicação mais acessível entre a Vale e os artistas.

De acordo com Scaldini, a Vale pretende apoiar em breve projetos voltados à cultura, aos idosos e, agora, aos esportes, por meio de parcerias com entidades de fora do município que, consequentemente, contratarão a mão de obra local para realizar as atividades.

A Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo, através da Procuradoria Jurídica, Saúde, Meio Ambiente, Educação e Trabalho e Desenvolvimento Social se reuniram com a Vale no dia 8 de abril, na Sala de Reuniões do Gabinete.

O intuito do encontro foi alinhar as ações referentes ao simulado de evacuação que ocorrerá em 28 de maio. Na ocasião, foram apresentados os dados atualizados pela empresa que executa o Plano de Emergência de Barragem de Mineração (PAEBM), junto aos municípios onde atuam.

Foram tratados, entre outros assuntos, as pro-

postas de evacuação, Postos de Comando e Acolhimento e o apoio das equipes da prefeitura, sob orientação da Defesa Civil. A empresa apresentou também a atualização da sinalização de evacuação que está em execução. As placas orientativas somam 351 em áreas públicas e 168 em áreas privadas.

Outras ações previstas para o Dia D de simulação do Plano acontecem dia 28 de abril, com um Seminário Orientativo transmitido pela internet, voltado às comunidades e autarquias envolvidas e posterior encontro presencial com às comunidades em maio.

Vale debate com prefeitura ações para novo simulado de evacuação diante a risco de rompimento de barragens

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“Entre Serras da Piedade ao Caraça” GOVERNO DE MINAS RECONHECE A REGIÃO COMO PRODUTORA DE QUEIJO MINAS ARTESANAL O governador Romeu Zema anunciou, no dia 19 de abril, em Caeté, o reconhecimento de mais uma região produtora de Queijo Minas Artesanal (QMA), conforme portaria publicada pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

A região “Entre Serras da Piedade ao Caraça” contempla os municípios de Catas Altas, Barão de Cocais, Santa Bárbara, Rio Piracicaba, Bom Jesus do Amparo e Caeté.

A localização, entre as serras da Piedade e do Caraça, acabou dando origem ao nome da região recém reconhecida.

A região “Entre Serras da Piedade ao Caraça” passa a ser a 10ª região de Minas Gerais reconhecida oficialmente como produtora de Queijo Minas Artesanal. Mais nove regiões já são reconhecidas como produtoras do tradicional queijo mineiro: Araxá, Campos das Vertentes, Canastra, Cerrado, Diamantina, Serra do Salitre, Serro, Triângulo Mineiro e Serras da Ibitipoca.

A caracterização da região como produtora de Queijo Minas Artesanal foi concedida pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), por meio de portaria do IMA, entidade vinculada ao órgão, e teve como base um estudo técnico produzido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), também vinculada à Seapa.

Novos mercados Para o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Almeida Fernandes, o reconhecimento da região como produtora de Queijo Minas Arte-

pode impulsionar ainda mais a geração de emprego e renda para os produtores e desenvolvimento para os municípios.

Queijos artesanais em MG

Dircilene, produtora de QMA de Rio Piracicaba, vice-prefeita de Rio Piracicaba, Aparecida Araújo, governador Zema, Maria G. Aráujo e Pedro Caldeira da Queijaria Trilhos de Ferro e o engenheiro da Emater de Rio Piracicaba, Gustavo Victer Caldeira Barbosa.

sanal é muito importante para que os produtores possam sair da informalidade e tenham acesso a novos mercados.

“Com a caracterização e conseguindo a habilitação sanitária, o produtor poderá comercializar seu queijo em todo o território nacional com o Selo Arte. Minas Gerais é o estado que possui o maior número de queijarias com este selo, que habilita a comercialização em todo o país. É muito importante ver estas políticas públicas saírem do papel e chegarem diretamente ao produtor, por meio das nossas vinculadas Emater-MG, Epamig e o IMA”, ressaltou.

História secular O produtor Pedro Henrique e sua família têm uma história secular com a produção de queijo, no município de Rio Piracicaba.

Há pouco mais de cinco anos, ele resgatou a tradição de fazer queijo maturado na tábua e, a partir daí, surgiu o interesse de legalizar a produção.

O processo de legaliza-

ção se iniciou em 2019 e, no final do ano passado, conseguiu o Selo Arte, que habilita a comercialização do queijo artesanal em todo o país. Em sua avaliação, o reconhecimento traz oportunidades para os produtores.

“A partir de hoje, nosso produto passa a ter mais valorização no mercado.

As cidades que estão situadas em uma região reconhecida como produtora de Queijo Minas Artesanal ganham visibilidade”, afirmou.

também se iniciou com as expedições em busca de ouro e território”, explica a coordenadora do estudo e engenheira de alimentos da Emater-MG, Fernanda Faria Quadros.

Benefícios da caracterização A caracterização das regiões produtoras de queijos artesanais é um processo de resgate da história e da cultura de um determinado território. Além disso, serve

como um estímulo para os produtores investirem na atividade, na medida em que podem colocar em seus rótulos o nome da região em que é produzido.

A região situada entre as serras da Piedade e do Caraça é reconhecida como um dos mais importantes patrimônios naturais, históricos e religiosos de Minas Gerais com forte vocação turística. A caracterização da região como produtora de uma iguaria tão enraizada na história mineira

Levantamento da Emater-MG indica que, no estado, há 7.063 estabelecimentos destinados à produção dos diversos tipos de queijos artesanais.

Neste grupo, o destaque é o Queijo Minas Artesanal. São 3.103 agroindústrias em Minas Gerais. A produção estimada é de 21,8 mil toneladas por ano, o que representa 65,2% da produção dos queijos artesanais das agroindústrias familiares.

Nas entrevistas com os produtores atuais e os antigos que não mais produzem, mas são guardiões da história local, foram identificadas, desde os primórdios da atividade, as principais características que definem o Queijo Minas Artesanal: utilização de leite cru, o pingo (fermento natural) e o processo de maturação, também conhecido na região como “queijo de tábua” ou queijo amarelo.

Tradição regional Conforme pesquisa realizada pela Emater-MG, a história da produção de queijos na região “Entre Serras da Piedade ao Caraça” está atrelada à mineração, desde a época do Ciclo do Ouro.

“Com o surgimento das pequenas vilas e povoados, surgiu a necessidade de prover alimentos para as pessoas que vinham trabalhar no local. A produção de queijo passou a ser adotada como forma de conservação do leite, uma vez que a pecuária

Rio Piracicaba esteve representada durante evento em Caeté, junto ao governador Romeu Zema

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Mudanças climáticas já começam a mudar sua vida ESCASSEZ DE ÁGUA POTÁVEL, AUMENTO DAS INUNDAÇÕES E DO NÍVEL DO MAR, ALÉM DA INSEGURANÇA ALIMENTAR, SÃO ALGUMAS DAS CONSEQUÊNCIAS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS Mudanças climáticas, como o próprio termo indica, referem-se a mudanças no clima que estão ocorrendo em todo o planeta e que apresentam efeitos que já podem ser vistos em várias de suas partes. Extinção de várias espécies, derretimento das geleiras e aumento do nível do mar são apenas algumas das consequências desencadeadas pelo aumento da temperatura global. Talvez você permanece alheio, mas mesmo assim não terá como escapar dos efeitos desse desequilíbrio.

Para fornecer uma ideia prática de como estas mudanças podem afetar a vida dos seres humanos e outros organismos do planeta, listamos aqui alguns tópicos.

Aquecimento global O aquecimento global nada mais é do que uma intensificação do chamado efeito estufa. Esse efeito é um fenômeno natural e importante para a Terra, pois permite que o planeta fique aquecido, entretanto, a sua intensificação é prejudicial.

O efeito estufa acontece, pois na atmosfera há a presença de gases, chamados de gases de efeito estufa, que garantem que parte do calor que chega ao planeta fique retido.

O aumento desses gases leva a uma maior retenção de calor e, portanto, ao aumento da temperatura (veja figura).

Quando falamos em aquecimento global estamos referindo-nos a um aumento anormal da temperatura média do nosso planeta. Para ter-se uma ideia, a temperatura média global de superfície aumentou aproximada-

neta sofrerão ainda mais com a falta de água. Sendo assim, a água potável, que já é escassa em algumas regiões, poderá ser motivo de mortes e de disputas políticas. Além disso, com o aumento da seca, a ocorrência de incêndios poderá ser mais frequente, ocasionando perda de biodiversidade e ameaçando a vida da população.

Sem comida, sem saúde

mente 0,74 ºC nos últimos 100 anos, e pesquisas indicam que esse aumento está muito relacionado à ação do ser humano, que, ao longo dos anos, aumentou suas emissões de gases do efeito estufa, como o gás carbônico.

Segundo o Greenpeace, as emissões de gases do efeito estufa aumentaram ao longo dos últimos 10 anos mais rapidamente que durante todo o período entre 1970 a 2000. Isso significa que, se não controlarmos as nossas emissões de gases, enfrentaremos, provavelmente, consequências devastadoras.

Preocupados com as mudanças no clima que estão ocorrendo no mundo, vários governantes e instituições traçam metas e planos a fim de evitar que as consequências sejam ainda mais graves.

Consequências das mudanças climáticas

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC) é um órgão das Nações Unidas que tem como função fazer avaliações de informações científicas sobre as alterações climáticas. Periodicamente, o painel publica relatórios que mostram dados importantes sobre as mudanças climáticas e suas consequências.

No Quinto Relatório de Avaliação do IPCC, por exemplo, o órgão deixou claro que, se medidas urgentes não forem tomadas para estabilizar as emissões dos gases até 2100, o aumento da temperatura global excederá 2 ºC dos níveis pré-industriais. Esse aumento poderá ser catastrófico.

Impáctos Os maiores castigados

pelas mudanças climáticas serão provavelmente os países tropicais, tais como o Brasil. Segundo os relatórios do IPCC, poderão ocorrer uma série de inundações, em virtude da intensificação das tempestades, e períodos longos de estiagem.

Nessas duas situações, a pecuária e a agricultura poderão ser prejudicadas, assim como a sobrevivência de diversas espécies.

Além disso, algumas regiões poderão sofrer com a grande quantidade de chuvas, o que ocasionará deslizamentos constantes de terra e aumento das enchentes.

Outro ponto alarmante diz respeito às áreas costeiras, que sofrerão com o aumento do nível do mar, graças ao degelo das geleiras ocasionado pelo aumento da temperatura média do planeta.

As áreas secas do pla-

Diante desse quadro tão assustador, não é difícil concluir que diversas espécies de plantas e animais entrarão em extinção. Fato esse que já é possível observar nos dias atuais. Além disso, a produção de alimentos poderá diminuir, uma vez que qualquer mudança climática afeta diretamente o cultivo de diversas espécies. Com isso, ocorrerá uma dificuldade de acesso à alimentação, não somente aliada à baixa produção mas também pela possível elevação dos preços.

Não podemos esquecer-nos também de que a saúde humana pode ser afetada gravemente com as alterações climáticas.

Problemas tais como insolação, alergias, doenças transmitidas por mosquitos (como a dengue e a malária), desnutrição e fome podem ser intensificados devido ao aumento da temperatura global.

Apesar de serem inevitáveis alguns dos problemas relatados, a diminuição da emissão de gases de efeito estufa é necessária para que a intensidade desses problemas seja diminuída.

Além disso, é fundamental que todos os pa-

íses estejam juntos para tomar decisões que poderão ajudar as populações a enfrentarem todos os problemas que estão por vir.

Acordo de Paris O Acordo de Paris é um documento, assinado em 2015 por 195 países, que tem como objetivo principal a tomada de medidas para lidar com as alterações climáticas. Esse acordo firma o compromisso entre os países de lutar para que o aumento da temperatura média do planeta fique abaixo de 2 ºC dos níveis pré-industriais.

Para garantir o sucesso do acordo, cada país participante construiu seus próprios compromissos. No caso do Brasil, por exemplo, o país comprometeu-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis, de 2005 até 2025. Para garantir que essa meta seja alcançada, o país comprometeu-se ainda a aumentar a participação de bioenergia sustentável na sua matriz energética e a realizar restaurações de mais de 10 milhões de hectares de florestas.

De acordo com a ONU, para que possamos limitar o aumento da temperatura global para abaixo de 2 ºC, é essencial que o mundo transforme seus sistemas de energia, indústria, transporte, alimentos, agricultura e silvicultura. Percebemos, portanto, que os esforços não são pequenos e que há a necessidade de que todas as nações abracem essa causa, a fim de garantirmos um planeta melhor para a nossa e as futuras gerações.

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Todos querem um meio ambiente saudável e equilibrado É só chegar um feriado que a maioria esmagadora da população procura um “paraíso pessoal” para fugir da rotina maçante do dia a dia. Seja uma praia – que são os destinos mais procurados, seja uma cidade turística no país ou aos mais abastados, no exterior, seja em um sítio, cachoeira, lago, montanha, enfim, todo mundo quer buscar novos ares.

Tão logo chegam ao destino, começam a partilhar imagens nas Redes Sociais, mostrando quão belo é o lugar que escolheram.

Entretanto, a maioria, nem mesmo pratica ações para manter o local visitado conforme o encontrou. É comum, principalmente em eventos específicos como um “réveillon” na praia, garis recolhendo toneladas de lixo na manhã seguinte, de pessoas que na virada pediram um mundo melhor em seus desejos.

O porquê das pessoas não se importarem com o Meio Ambiente Todos sabemos que o ser humano é a principal causa da poluição, deixando por onde passa, um rastro de destruição.

Quais são os motivos desse desrespeito com o Meio Ambiente? Diante de tantas informações e notícias que evidenciam um colapso natural, qual é o problema das pessoas?

Uma pesquisa sobre o tema conclui que 82%

isso priorizamos aquilo que nos é mais fácil e cômodo.

- Falta empatia: Somos o povo que menos importa com o próximo, exceto em situação de calamidade onde se diz sermos solidários, sendo que poderíamos ser solidários antes do caos.

Enfim, todos esses tópicos convergem na construção de um sistema As praias são o destino preferido da maior parte da população que, apesar de dizer amar uma praia, as fazem de lixeiras.

dos brasileiros se importam com a preservação ambiental. Porém, o discurso se encontra distante da prática. Falar que se importa é uma coisa, mas, realizar uma mudança de hábito é outra história.

O Brasil é o país que mais desmata no mundo, reciclamos apenas 5% do lixo que produzimos e elegemos governos com claro descaso por questões ambientais e que deixam a “boiada passar”. Enfim, a hipocrisia.

Listamos algumas razões pelas quais as pessoas não se interessam pela prática da preservação ambiental: - O ser humano prioriza problemas imediatos: As mudanças climáticas, por exemplo, parecem algo muito distante e acabam não representando, de fato, uma ameaça para muitos.

- Desconexão com a natureza: Cuidamos ape-

nas daquilo que conhecemos e temos vínculo.

Quanto mais distantes do meio natural, menos as pessoas se importam com sua conservação.

- A população não tem conhecimento suficiente: Conhecimento é diferente de informação.

Enquanto a informação está cada vez mais acessível, ainda não está claro para muitos as reais causas, consequências e soluções.

- Muitos não sofrem ou percebem diretamente as consequências: O problema do plástico no oceano, por exemplo, despertou incômodo nas pessoas quando começaram a literalmente ver o lixo na praia e nas ruas de sua cidade. Só dão valor a água quando a fonte seca.

- É mais trabalhoso sair da zona de conforto: Como humanos otimizamos ao máximo nosso gasto de energia e por

social baseado na irresponsabilidade com o planeta, onde nós mesmos, distanciamos de uma qualidade de vida igualitária e ecologicamente correta, além de aproximarmos de um apocalipse de escassez dos recursos naturais.

Portanto, se faltou água, se a dengue acometeu um filho, se o rio transbordou e inundou sua

casa, se a enxurrada carregou lama pra dentro de sua empresa, se o calor está insuportável, se a energia está cara e os alimentos estão por hora da morte, tudo isso é de inteira responsabilidade daquele que não busca viver em harmonia com o meio ambiente – transformando as informações obtidas em conhecimento prático.