TRIBUNA DO PIRACICABA - A VOZ DO RIO - EDIÇÃO 279

Bacia do Piracicaba, Fevereiro de 2022 / Edição 279 – Ano XXIX / Distribuição Dirigida Gratuita / Nas bancas: R$ 2,00

os

28 an

CONTRIBUINDO PARA A MUDANÇA

AVES DO PIRACICABA Página 12

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Brasil pode ter o triplo de inundações por causa de aquecimento global RISCOS CLIMÁTICOS ESTÃO APARECENDO DE FORMA MAIS VELOZ E TENDEM A SE TORNAR MAIS GRAVES EM UM PRAZO AINDA MENOR O Brasil pode sofrer graves consequências devido ao avanço do aquecimento global. Entre elas está a possibilidade do país enfrentar o triplo de inundações, apontou o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês), divulgado pela ONU na última segunda-feira (28).

O documento alerta ainda que os riscos climáticos estão aparecendo de forma mais veloz e tendem a se tornar mais graves em um prazo ainda menor. E eventos climáticos recentes acendem o alerta. No domingo (27), a cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, chegou a bater 42,9 graus, se tornando a maior temperatura registrada no estado.

Há duas semanas, um temporal em Petrópolis matou pelo menos 229 pessoas. No início deste

ano, as chuvas também já haviam provocado estragos e tirado vidas em Minas Gerais, Bahia e São Paulo.

Mais vulneráveis serão os mais atingidos O estudo também concluiu que metade da população mundial é “muito vulnerável” aos impactos cruéis e crescentes da mudança climática, e a inação “criminal” dos governantes ameaça reduzir as poucas possibilidades de um “futuro habitável” no planeta.

“Eu vi muitos relatórios científicos durante minha carreira, mas nenhum como este”, reagiu o secretário-geral da ONU Antonio Guterres, que o descreveu como um “atlas do sofrimento humano e uma acusação que aponta para uma liderança falha em termos

climáticos”.

Questão de sobrevivência A temperatura do planeta aumentou, em média, +1,1 °C desde a era pré-industrial e o mundo se comprometeu em 2015, com o Acordo de Paris, a limitar o aquecimento abaixo de +2 °C, e se possível de +1,5 °C. Na primeira parte de seu relatório, publicado em

agosto do ano passado, os especialistas do IPCC estimaram que até 2030 - ou seja, dez anos antes do que se pensava - a temperatura atingiria o limite de +1,5 °C. Antes de um terceiro capítulo previsto para abril sobre as soluções para reduzir as emissões de gases de efeito estufa, o documento publicado nesta segunda-feira destaca que superar, ainda que de maneira temporá-

ria a barreira de +1,5 °C, poderia provocar danos “irreversíveis” a ecossistemas frágeis como os polos, as costas e as montanhas, com efeitos em cascata para as comunidades que vivem nestas áreas.

As consequências desastrosas aumentarão com “cada décimo adicional de aquecimento”. O relatório também prevê o desaparecimento de 3 a 14% das espécies terres-

Mudanças climáticas, estiagem, chuvas e desafios do saneamento As mudanças do clima têm provocado longos períodos de estiagem em contrapartida com momentos de fortes chuvas.

Os extremos vêm exigindo cada vez mais uma melhor gestão dos recursos hídricos brasileiros.

Apesar de contar com mais de 10% da água doce de todo o mundo, o Brasil precisa avançar na gestão dos recursos hídricos, já que esse volume está concentrado em 80% na bacia do Rio Amazonas, região com menos de 10% da população.

O Novo Marco Legal do Saneamento é um importante instrumento para que os municípios

se preparem adequadamente para os desafios que têm pela frente, principalmente diante das possibilidades de estiagem nas regiões metropolitanas brasileiras.

Um dos avanços da nova legislação é a possibilidade de uma nova estruturação da política de saneamento baseada na gestão associada, permitindo o agrupamento de entes federativos, por meio de consórcios públicos ou convênio de cooperação, para a busca de soluções comuns aos participantes. O incentivo aos agrupamentos municipais abre as portas para a prestação inte-

grada de obras e serviços de saneamento básico.

O novo modelo potencializa as operações regionalizadas por meio da união das cidades de uma mesma região, bacia hidrográfica ou região administrativa.

Assim, municípios menores podem usufruir de serviços de ponta similares aos das grandes cidades, que dispõem de melhores condições financeiras e maiores atrativos para a iniciativa privada, em um sistema de subsídio cruzado.

Esses agrupamentos podem, por exemplo, contar com empreendimentos para a troca de tubulações

antigas, que em parte significativa das cidades brasileiras já ultrapassam meio século de uso. As perdas de água são um dos problemas comuns desses antigos sistemas, e os municípios não poderão se furtar de resolvê-lo para alcançar uma boa gestão dos recursos hídricos. Na média brasileira, as perdas alcançam quase 40% da água tratada. Isso representa jogar dinheiro fora e está na contramão da eficiência esperada por essa nova fase do saneamento brasileiro.

O planejamento é outro pilar para garantir o atendimento das metas de 100% de abasteci-

mento de água tratada e 90% no esgotamento sanitário até 2033. Sem planos de pequeno, médio e curto prazo, pouco avançaremos. A redução das perdas de água é um dos assuntos prioritários para os municípios com o novo marco legal. O uso de novas técnicas deve ampliar as opções de troca de tubulações e reduzir significativamente o desperdício de recursos hídricos nos municípios, com preços competitivos. (*) Ricardo Lazzari Mendes, é engenheiro pela Escola de Engenharia de São Carlos da USP e doutor em engenharia hidráulica e sanitária pela Escola Politécnica da USP.

tres e alerta que até 2050 quase um bilhão de pessoas viverão em áreas costeiras de risco.

*Com informações da AFP

EXPEDIENTE

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São Gonçalo implanta Educação Ambiental nas escolas e realiza “Aula Magna” Com os diversos investimentos e ações na área de Meio Ambiente do município, e principalmente com a iminente implementação de parques ecológicos na cidade, a Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo, por meio de parceria entre as Secretarias de Educação e Meio Ambiente, incluiu a Educação Ambiental na grade curricular das escolas são-gonçalenses.

Por meio da Secretaria Municipal de Educação, a Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo realizou no dia 25 de fevereiro, a aula inaugural da nova disciplina da matriz curricular da rede municipal de ensino. A aula foi ministrada pelo, professor do Instituto de Geociências da UFMG e Conselheiro do Instituto de Gestão Territorial e Geotecnologias (Igtech), Bráulio Magalhães Fonseca, no auditório do Centro Cultural e transmitida pelo Instagram da Prefeitura.

O evento contou com a presença do prefeito Raimundo Nonato de Barcelos (Nozinho), da secretária de Educação, Lucinda Imaculada de Barcelos Santos, da secretária de Meio Ambiente, Eunice Florência dos Santos e professores das escolas integrais do município onde, inicialmente, contarão com a disciplina de Educação Ambiental.

Para a secretária de Educação, São Gonçalo do

Nívia Leles Acom PMSGRA

Disciplina será introduzida inicialmente nas escolas integrais

Rio Abaixo sai na frente ao implementar a disciplina na rede de ensino.

“São Gonçalo tem a tradição de trazer inovações para a matriz curricular e a Educação Ambiental é mais uma novidade para a educação das crianças são-gonçalenses”, disse.

Já Nozinho destacou que a Educação, em toda a sua estrutura, é fundamental para a formação do caráter e de pessoas conscientes. “Expor a criança aos ensinamentos da Educação Ambiental desde cedo vai formar um adulto mais consciente, respeitador e protetor do meio ambiente”, disse o prefeito.

Educação Ambiental Inicialmente, a disciplina será implantada nas três escolas de tempo integral do município, do 1º ao 5º ano, com aulas semanais e práticas de campo. As

atividades incluem visitações ao Viveiro Municipal e Aterro Sanitário, além dos demais equipamentos de Meio Ambiente de São Gonçalo.

Com a implantação da disciplina, haverá nas escolas o processo de triagem do lixo reciclável e, assim como no Projeto Ecorlim, que destina parte dos recursos provenientes da venda dos recicláveis aos funcionários que trabalham no manejo do lixo, cada escola receberá recurso proveniente do material para o desenvolvimento dos projetos ambientais pelos alunos.

Da Redação Um exemplo que deve ser seguido por todos os gestores conscientes com a situação crítica em que o planeta atravessa.

“O que você faz importa”. Com esse lema a Na-

tional Geographic vem incentivando a todos a fazer um mínimo que seja para ajudar salvar o planeta, mostrando que independente da ação, qualquer que seja faz uma grande diferença.

A atitude do prefeito Nozinho em implantar a disciplina na grade curricular do município é uma ação impactante e contribuirá e muito para a melhoria da condição ambiental da cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo.

28 ANOS DE MUITO TRABALHO Mais que simplesmente reportar, informar e destacar, o Tribuna do Piracicaba contribuiu e contribui para transformar.

Além de denunciar degradadores, evitar degradações, promover atividades e campanhas educativas, o Tribuna participou de inúmeras ações e diversos processos que culminaram com a criação de instrumentos que impactam diretamente o meio ambiente da Bacia do Rio Piracicaba, como o processo de implantação do Aterro Sanitário Controlado, o primeiro consórcio do tipo no estado de Minas Gerais, Mata Ciliar em grande extensão do rio Piracicaba e acompanhamento do enquadramento do Rio Piracicaba.

Além disso, ao longo dos anos, dezenas de campanhas em prol das comunidades da bacia foram lançadas e apoiadas pelo jornal.

Expedição Piracicaba Além de apoiar a Expedição Piracicaba – 300 Anos Depois, realizada pelo engenheiro ambiental Cláudio Bueno Guerra em1999, o Tribuna promoveu, 20 anos depois, juntamente com o CBH Piracicaba a Expedição Piracicaba – Pela Vida do Rio em 2019 e agora terá sua segunda etapa lançada em maio deste ano.

28 anos - A voz do Rio Após 28 anos, o Tribuna do Piracicaba continua sendo o porta voz de toda bacia do rio Piracicaba.

Ao longo dos 28 anos, enquanto buscávamos trabalhar pelas causas ambientais vimos ano a ano o volume de água do rio reduzindo.

Entre projetos, campanhas, seminários, palestras e tantas outras ações em prol do rio, percebemos que poucas ações obtiveram efetivo resultado, apenas a crua realidade dita pelo engenheiro Henrique Lobo, que prevê que, caso nenhuma drástica ação fosse feita, o Piracicaba secaria até 2030, daqui a 8 anos.

Confiamos no CBH Piracicaba e no CBH Doce que poderão contribuir para mudança desse quadro.

Aula Magna de Educação Ambental aconteceu no anfiteatro do Centro Cultural

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Equipe da Defesa Civil e mergulhadores recebem moção de aplausos da Câmara de São Gonçalo do Rio Abaixo Durante reunião ordinária da Câmara Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo, a equipe da Defesa Civil Municipal foi homenageada com a moção de aplausos de autoria do Presidente da Casa, vereador Diego José Ribeiro (PDT), pelo seu grande empenho, dedicação e bravura ao servir à população durante as chuvas e as inundações que assolaram a cidade em janeiro. Foram também homenageados os três mergulhadores que fizeram as buscas da são-gonçalense Raíssa, recebendo a moção de aplausos do Secretário da Mesa Diretora, vereador Marlon Túlio Pessoa Costa (PL).

Realizada no dia 3 de março, a sessão contou com a presença de todos os vereadores, do Prefeito Municipal, Raimundo Nonato Barcelos (Nozinho-PDT), do Vice-Prefeito, Leandro Amora de Castro (Léo-PSB), da Secretária de Governo, Joceline Keles, da Secretária de Trabalho e Desenvolvimento Social, Norma Torres, e dos membros da Aciasgra, que também vieram prestigiar os homenageados.

Defesa Civil A equipe da Defesa Civil é composta por Jean Joseph Martins de Lima, Messiana Bicalho Souza, Brenner Júlio Silva, Marcos Antônio Bicalho Souza, Breno Vinícius Bicalho Leite, Marcílio Geraldo Torres, Mirlene Cristina Soares e Elizette da Conceição Honório. Representando a organização, o coordenador Jean agradeceu pela moção e ressaltou que este “foi um mo-

Acom CMSGRA - Gisela

Equipe da Defesa Civil recebe Moção de Aplausos da Câmara Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo

Mergulhadores Em seguida, o Secretário da Mesa Diretora, vereador Marlon Túlio Pessoa Costa (PL), foi à tribuna expressar o seu imenso respeito e admiração aos mergulhadores José João de Freitas, Rogério Silveira e Vanderlei Pereira da Silva pelo “seu empenho e bravura durante as buscas da nossa querida são-gonçalense Raíssa”.

Ainda segundo o vereador, com esta moção, eles são “um grande exemplo de solidariedade, ousadia e coragem”.

Presidente da Câmara

Equipe de mergulhadores recebem Moção de Aplausos da Câmara Municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo

mento inédito e especial que só foi possível graças ao apoio de todos os envolvidos, citando o Prefeito, Vice-Prefeito, secretários, vereadores, bombeiros, Polícia Militar, funcionários de vários setores, familiares e os voluntários”. Além disso, ele afirma que, diante do cenário da enchente, teve a convicção de que a união de todos e o conjunto de ações preventivas tomadas dias antes das cheias do Rio Santa Bárbara foram

primordiais para amenizar a situação. Mais uma vez, agradeceu pela confiança depositada à Defesa Civil, reconhecendo também o desempenho e o bom trabalho de sua equipe, “que estará sempre disposta à população não somente em casos de urgência ou emergência, como também no decorrer do cotidiano”.

Prefeito Na tribuna, o Prefeito Nozinho disse que

a Prefeitura Municipal trabalha com ações de prevenções contra cenários de enchente, e tem prestado toda assistência necessária aos atingidos.

Além disso, conta que procurou a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para executar estudos que visam a propostas e ações que amenizarão os impactos, evitando também que a situação se repita.

Nozinho classificou os homenageados como exemplos de cidadãos

são-gonçalenses, ressaltando a destreza da equipe da Defesa Civil durante as inundações e dos mergulhadores que procuraram a Raíssa.

Segundo o Prefeito, a cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo aprova as suas ações e lhe agradece. Por fim, deseja que “esta noite fique registrada na história do município pela gratidão e espontaneidade de tantas pessoas que se dedicaram a amenizar a dor do próximo”.

Ao fazer uso da palavra, o Presidente da Câmara, vereador Diego José Ribeiro (PDT) emitiu o seu agradecimento e congratulações à equipe da Defesa Civil, como também a todos os funcionários da Prefeitura e aos cidadãos que se mobilizaram para atender à população durante as inundações.

Segundo o vereador, todos são “um exemplo de união e solidariedade”.

Além disso, parabenizou e agradeceu os mergulhadores pelo seu empenho e bravura durantes as buscas da jovem Raíssa, e destacou que “as suas ações representam a força, a união e a solidariedade da nossa sociedade, e tenham certeza de que as suas estimadas contribuições ao nosso amado município jamais serão esquecidas”.

Os demais vereadores presentes, que também discursaram na tribuna, parabenizaram e agradeceram a todos que se mobilizaram durante as inundações e as buscas pela Raíssa, ressaltando a importância do trabalho voluntário no município.

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Reunião na Câmara aborda as ações e planejamento futuro para o Parque do Areão Na manhã da sexta-feira, 25, vereadores da Câmara Municipal de João Monlevade se reuniram com o presidente da Comissão de Revitalização do Parque do Areão, Geraldo Magela (Dindão), para ouvir as informações sobre o projeto e o andamento dos trabalhos. O encontro foi em atendimento ao requerimento do vereador Revetrie Teixeira (MDB) e contou com a presença dos vereadores Belmar Diniz (PT) e Thiago Titó (PDT) e de assessores parlamentares.

O vereador Revetrie Teixeira solicitou a presença do então responsável pelo projeto de revitalização do Areão, já que o servidor está se desligando do serviço público municipal: “Precisamos saber como está o projeto, o que foi feito, o que está em andamento e o que foi planejado e

As ações e planos para o Parque do Areão foram tratados durante reunião.

quem estará dando continuidade ao trabalho do Dindão”, explicou.

Durante a explanação, Dindão distribuiu um relatório aos presentes contendo informações sobre o planejamento, propostas e ações desenvolvidas até o momento.

Ele relatou que, apesar de estar se desligando do serviço público, não se desligará do Areão, continuando a apoiar voluntariamente, assim como sempre fez ao longo dos

últimos 20 anos.

O desligamento do governo se dá devido a um acordo feito entre Dindão com Dr. Laércio no início do governo – que ficaria apenas um ano, já que tem compromisso com a Expedição Piracicaba – que retorna esse ano.

Os trabalhos de Revitalização do Parque do Areão agora ficam sob a responsabilidade do Secretário de Meio Ambiente, Samuel Domingos da Silva.

Abel (Índio do Forró) coordena a limpeza do Areao

Propostas, ações e projetos Na oportunidade, Dindão informou que as benfeitorias e obras no Parque serão entregues em etapas. Segundo ele, o sistema de iluminação do local será todo instalado com cabeamento subterrâneo. Além disso, já está sendo trabalhado junto ao setor de Tecnologia do Executivo, a implantação de câmeras de vigilância do projeto

“Cidade Mais Segura”.

Dindão lembrou que após a implantação do projeto de iluminação e sistema de vigilância, programado para ser entregue no aniversário da cidade, a população já poderá começar a utilizar o Parque para a prática de diversas atividades ao ar livre como corridas, caminhadas, passeios, andar de bicicleta, fazer as trilhas, entre outros.

“Com total segurança e tranquilidade, sob vigilância 24 horas pelo Polícia Militar”, disse.

Além disto, Dindão relatou que já está em andamento a contratação da empresa que irá desenvolver os diversos projetos que o parque necessita, como empresa para recuperação das áreas degradadas, cercamento do escadão e a construção de uma pista de bicicleta “pump track”, empresa para a reforma

do Núcleo Municipal de Educação Ambiental do Areão (NUMEAR) entre tantos outros.

O vereador Revetrie Teixeira falou da felicidade em saber que a cidade terá um espaço propício para a prática de atividades além da preservação ambiental.

O parlamentar Belmar Diniz informou que irá protocolar na Casa a intenção de elaborar um projeto de lei que garanta o tombamento do espaço e das construções que serão feitas.

Dindão relatou também que o executivo tem como prioridade a criação de uma Fundação ou Instituto para gerir o Parque. A proposta é para evitar que os espaços construídos sejam modificados e que as obras, que porventura não estejam concluídas, tenham a garantia de continuidade nas gestões futuras.

Dindão distribuiu relatórios, uma prestação de contas, aos presentes

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Elisângela Bicalho assume Comunicação da Prefeitura de João Monlevade DINDÃO, CONFORME COMBINADO COM PREFEITO, DEIXA PASTA PARA SE DEDICAR À EXPEDIÇÃO PIRACICABA Heverton Elias - Acom PMJM

A jornalista Elisângela Bicalho Silva é a nova assessora de comunicação da Prefeitura de João Monlevade. Graduada em Jornalismo e pós-graduada em Comunicação Contemporânea e Informação Visual pela PUC Minas, ela atua há 23 anos na área, sendo seis anos lecionando no curso de Jornalismo do IES/Funcec e 21 dedicados a assessorias de comunicação de órgãos públicos e privados.

Elisângela assume o lugar do ambientalista e também jornalista Geraldo Magela Gonçalves (Dindão). Ele atuou à frente da Assessoria por 13 meses e deixou a pasta, após acor-

Elisângela assume o lugar de Dindão. Na foto junto ao vice-prefeito Fabrício Lopes e o prefeito Dr. Laércio Ribeiro.

dado com o prefeito Dr. Laércio Ribeiro, devido a compromissos com a Expedição Piracicaba, que retorna esse ano depois de ter sido pausada por causa da pandemia.

Elisângela Bicalho pontuou que dará continui-

dade às atividades que vêm sendo realizadas na Assessoria de Comunicação. “Dindão fez um excelente trabalho e conduziu muito bem a equipe. É um time de profissionais altamente qualificado do qual tenho muito

orgulho de fazer parte.

Estou muito feliz com o convite e sei dos desafios e responsabilidades da pasta. Conto com apoio do secretariado para atender à altura todas as demandas”, disse.

Para Dindão, que pela

primeira vez atua no serviço público, a participação no governo foi e continuará sendo uma experiência marcante: “foram meses de muito aprendizado, principalmente em um ano em que vivemos o momento

mais cruel da pandemia.

Dias tensos. Agradeço a todos que fizeram parte dessa caminhada, desde o prefeito e vice, à equipe da Acom, ao secretariado e à população, motivo do trabalho realizado”, concluiu.

O prefeito Dr. Laércio Ribeiro agradeceu a dedicação de Dindão ao governo municipal e enfatizou que continua contando com a participação dele na administração com sugestões e ideias. Ele também ressaltou a experiência profissional de Elisângela Bicalho. “São dois profissionais excepcionais e tenho certeza que a Comunicação está em boas mãos”, finalizou.

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Fórum Permanente dos Prefeitos da Bacia do Rio Doce INCLUSÃO DO MUNICÍPIO DE RIO PIRACICABA É APROVADA POR UNANIMIDADE Chefes do executivo municipal de Minas Gerais e do Espírito Santo estiveram reunidos no dia 14 de fevereiro, no Sesc da Praia Formosa, para participarem do 13º Fórum Permanente dos Prefeitos da Bacia do Rio Doce. Mais de 45 gestores se reuniram com o objetivo de discutir os impactos do rompimento da barragem de Mariana.

Também participaram do encontro o Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o Governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, deputados Federais e Estaduais, o secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano do Espírito Santo, Marcus Vicente, a secretária de Estado de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo, vereadores, secretários municipais e

Prefeito de Rio Piracicaba Augusto Henrique comemorou a inclusão da cidade no Fórum Permanente

entre outras autoridades mineiras e capixabas.

Municípios incluídos Durante o encontro foi realizada a votação e a aprovação, por unanimidade, da inclusão dos municípios mineiros de Rio Piracicaba, cidade homônima ao principal afluente do Rio Doce, Açucena, Dom Silvério

e São João do Oriente no Fórum Permanente dos Prefeitos da Bacia do Rio Doce.

O prefeito de Rio Piracicaba, Augusto Henrique Silva, presente no encontro, comemorou o ato: “Com isso, a partir de agora, o município pode pleitear recursos como Saneamento Básico junto à Fundação Renova. Vale destacar que nosso município não foi atingido diretamente pela lama da Samarco, mas foi defendido e acatado, que o nosso rio é um dos principais afluentes do rio Doce, sendo assim indispensável também para o seu tratamento”, informou.

o primeiro município capixaba a receber o Fórum Permanente dos Prefeitos do Rio Doce.

Temos acompanhado a luta de todos os gestores e o encontro tem apontado caminhos para que as cidades atingidas pelo maior desastre ecológico do país possam voltar a se desenvolver”, destacou o prefeito de Aracruz, Dr. Coutinho.

O prefeito de Fundão Gilmar Borges falou do objetivo do fórum. “Estamos discutindo sobre um desastre ecológico de grande magnitude e que afetou muitas cidades mineiras e capixabas”, comentou.

Para o secretário de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano do Espírito Santo, Marcus Vicente, os prefeitos capixabas e mineiros têm

uma grande responsabilidade em discutir um assunto como esse.

Já o Governador Renato Casagrande destacou a parceria do Governo do Estado com os prefeitos participantes do fórum.

“O governo do Espírito Santo, junto ao Governo de Minas, está buscando agilidade na realização da repactuação, para que assim, os municípios possam receber os recursos aplicados pelas empresas envolvidas no desastre”.

Joaquim Leite, Ministro do Meio Ambiente, falou das ações propostas pela sua pasta, de união de todos.

Renova André Freitas, presidente da Renova, comentou os investimentos já

realizados pela empresa aos municípios atingidos pelo desastre. “Esse encontro é uma pauta importante para que a repactuação seja destinada aos municípios e possamos fechar os pontos em aberto”.

Prefeito de Goiabal O Presidente do Fórum e prefeito de São José do Goiabal (MG) José Roberto Gariff Guimaraes ressaltou a importância da recuperação socioeconômica e ambiental dos municípios atingidos. “Uma das primeiras coisas que devem ser reparadas, é que quando ocorreu a tragédia, naquela época, os municípios atingidos não foram ouvidos, e o Fórum vem buscar essa reparação e repactuação”, ressaltou.

Luta Autoridades políticas de Minas e Espírito Santo participaram do Fórum presidido pelo prefeito de Goiabal, Beto Guimarães

“É uma honra poder ser

Evento contou com a participação do Governador do Espírito Santo, secretários estaduais e municipais e prefeitos de Minas e do Espírito Santo

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Prefeitura de Rio Piracicaba em ação

Ações emergenciais após as enchentes Uma dos primeiros atos executados pela Administração do município após as enchentes que ocorreram no dia 10 DE JANEIRO foi encaminhar, em uma ação coletiva juntamente com o Presidente da Câmara Vereador Nozinho e a líder de Governo Cidinha, ofícios no dia 14 DE JANEIRO ao Senador Carlos Viana, ao Deputado João Vítor Xavier e Deputado Tito Torres que posteriormente encaminhou a solicitação ao Governador Romeu Zema. Os pedidos foram para que a CEMIG e COPASA desse a isenção do pagamento das taxas por um período de três meses aos afetados pelas enchentes e também para a liberação de saque do FGTS junto à Caixa Econômica Federal.

Curso cuidador de idosos Mais uma parceria entre Prefeitura Municipal, SENAR/MG e ACIARP onde foi realizada mais essa capacitação gratuita onde foi capacitado mais 10 profissionais para o mercado de trabalho. O Prefeito Augusto destacou o empenho da Administração Municipal em ações como essa: “Desde o ano passado, nossa equipe havia incluído no planejamento a implementação desse curso, o que ocorreu agora, durante essa semana. Estaremos anunciando em breve, mais duas capacitações gratuitas para esse curso, pois existe uma demanda muito grande em nosso município, tanto de pacientes quanto de pessoas que precisam ser capacitadas”.

Entrega de kit’s escolares Assim que as aulas escolares iniciaram, a Prefeitura iniciou a entrega dos kit’s com materiais escolares. Todos os alunos da rede municipal de ensino receberam o kit composto por materiais conforme a faixa etária e série. Nele tem cadernos, lápis, borracha, bolsinha, giz de cera, massinha, lápis de cor, canetas, réguas entre outros. “É minha proposta de governo elevar o nível da educação cada dia mais, pois acredito que só assim mudaremos a realidade social de nossa nação. E assim, estivemos na escolinha Dona Rita para realizar a distribuição dos primeiros kit’s”, relatou com muita alegria o Prefeito Augusto.

Doações aos atingidos O Prefeito Augusto recebeu pessoalmente doações que foram arrecadadas através das Associações Comerciais de toda a região para serem destinadas às famílias dos três principais bairros que tiveram as suas residências atingidas pelas enchentes. O material arrecadado foi tintas, pinceis e rolos de pintura. “Em nome de todas as famílias, queremos agradecer à ACIARP e também a todos que contribuíram para essas doações que será de grande valia para os atingidos”, relatou Augusto.

Projeto para centro de esportes Foi entregue ao Executivo Municipal no início desse mês o projeto finalizado que foi idealizado para o Centro de Esportes. É um projeto no qual contempla quadra de areia, pista de skate, pista de caminhada, quadra esportiva, lanchonete entre outros.

Estavam presentes na reunião: o Prefeito Augusto, o chefe de divisão de Esporte e Lazer, Wagner Braga, a chefe de divisão de Gestão Urbana, Bruna Elias e representantes da empresa Cadris Design e Build.

Parceria com faculdade dinâmica O Prefeito Augusto, a Vice-Prefeita Aparecida Araújo, a Secretária de Saúde Eliete Araújo e a Chefe de Divisão de Atenção Básica em Saúde Ariadny Siqueira estiveram com o Diretor Geral da Faculdade Dinâmica, o senhor José Cláudio Maciel de Oliveira, para ofertarem no município, espaço para estudantes do curso de medicina da faculdade.

Os estudantes poderão atuar nas unidades de atendimento básico com foco na prevenção, como os realizados nas UBS´s. Por ser considerado uma espécie de estágio a atividade desenvolvida não é remunerada. O internato é uma parte obrigatória para conclusão do curso de medicina e pode ser exercido apenas por alunos cursando os dois anos finais da graduação.

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RPPN Fazenda Macedônia, exemplo de responsabilidade socioambiental

Sede da RPPN Fazenda Macedonia da Cenibra

Em janeiro é celebrado o Dia Nacional das Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), uma categoria de Unidade de Conservação (UC) criada em áreas privadas, por iniciativa dos proprietários de terra, que reconhecem o valor ambiental daquela localidade e assumem o compromisso de proteger a natureza.

Na Cenibra, a data possui especial relevância, pois a empresa assume publicamente o compromisso de garantir a sustentabilidade em todos os processos, por meio de iniciativas que mantenham a harmonia nas relações com o meio ambiente e as comunidades.

A RPPN Fazenda Macedônia é um exemplo da responsabilidade socioambiental da Empresa.

Localizada à margem direita do Rio Doce, no município de Ipaba, a RPPN Fazenda Macedônia conta com uma área total de aproximadamente 3 mil hectares, dos quais cerca de 50% estão cobertos com vegetação nativa. No restante da área, os projetos de reflorestamento com eucalipto são implementados utilizando as mais modernas técnicas, com o objetivo de obter a máxima produção de madeira e manter a ca-

pacidade produtiva do ambiente.

A área de florestas nativas da Fazenda Macedônia, com cerca de 1.500 hectares, é um dos principais remanescentes de Mata Atlântica no Estado. Parte dela (560 hectares) é reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), pelo IBAMA, por meio da portaria Nº 111, de 14 de outubro de 1994.

Na Fazenda Macedônia é desenvolvido, desde

1990, o pioneiro Projeto de Reintrodução de Aves Silvestres Ameaçadas de Extinção, o Projeto Mutum. Realizado em parceria com a Sociedade de Pesquisa do Manejo e da Reprodução da Fauna Silvestre (CRAX), por meio de um acordo de cooperação técnico-científica, já possibilitou a soltura do Mutum-do-sudeste (Crax blumenbachii), do Macuco (Tinamus solitarius), da Capoeira (Odontophorus capuei-

Projeto Mutum é um dos estudos desenvolvidos na Fazenda Macedônia

ra), do Jaó-do-sul (Crypturellus n. noctivagus), do Inhambuaçu (Crypturellus obsoletus), do Jacuaçu (Penelope obscura bronzina) e da Jacutinga (Aburria jacutinga).

A Fazenda Macedônia é considerada, ainda, uma área de Alto Valor para Conservação (AVC), uma terminologia utilizada que designa áreas consideradas notavelmente significativas ou de extrema importância biológica, ecológica, social ou cultural. No caso específico da Fazenda

Macedônia, o principal atributo que a confere como uma AVC é a presença de espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção. Os estudos e monitoramentos da biodiversidade já realizados na RPPN possibilitaram, até o momento, o registro de 282 espécies de aves, 51 espécies de mamíferos, 33 espécies de répteis e 41 espécies de anfíbios, sendo que 21 espécies de aves e 11 de mamíferos encontram-se presentes em listas oficiais de es-

pécies ameaçadas de extinção na natureza.

Em 2009, uma nova espécie de bambu herbáceo, batizada de Eremitis magnifica, foi descoberta na RPPN Fazenda Macedônia, por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). O registro da descoberta foi oficializado com a publicação na revista científica internacional Phytotaxa, da Nova Zelândia.

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São Gonçalo terá novo simulado de rompimento de barragem em maio PREFEITURA, VALE E CEMIG ALINHAM AÇÕES PREVENTIVAS PARA TREINAMENTO Pensando nas ações preventivas quanto aos riscos de rompimento de barragens, a Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo, representada pela Defesa Civil, reuniu-se com Vale e Cemig no dia 18 de fevereiro, com o objetivo de alinhar procedimentos. Na ocasião, a Vale apresentou o Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), através do gerente de Relações Institucionais, Pedro Scaldini, Tiago Costa e Marcos Silveira, os quais gerenciam o Plano. Eles mostraram dados sociais, treinamentos, áreas de comprometimento da Barragem Sul, pontos de encontro e cronograma aos presentes.

Os representantes da

Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig), os engenheiros de Planejamento Energético, Renato Júnior Constâncio e Bruno Onuhuoora se apresentaram como mais um agente externo nas ações do PAEBM em São Gonçalo, devido as atividades da Hidrelétrica de Peti.

A Companhia foi convidada a participar do processo, inclusive da execução do simulado externo, previsto para o mês de maio.

Barragens Cinco estruturas de barramentos se encontram acima da cidade de São Gonçalo, apesar que as autoridades trabalham com apenas duas sob risco. São elas: Sul, Norte Laranjeiras e Torto, Barragem 3 e PCH Peti.

Representantes da Vale, Cemig e prefeitura promovem reunião para alinhar informações

Prefeitura fará estudo para prevenção de enchentes em São Gonçalo do Rio Abaixo NOZINHO RESSALTOU A BUSCA DE SOLUÇÕES PARA PROTEGER A CIDADE E OS SÃO-GONÇALENSES A Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo não mede esforços para promover a qualidade de vida da população e tem como ponto crucial as cheias do rio Santa Bárbara que causaram, novamente, grandes transtornos à população no início de janeiro. Assim, entre as diversas ações para tranquilizar os cidadãos, a administração realizou na noite do dia 9 de fevereiro, um bate-papo esclarecedor com o doutor Bráulio Magalhães Fonseca, professor do Instituto de Geociências da UFMG e Conselheiro do Instituto de Gestão Territorial e Geotecnologias (Igtech). Transmitido ao vivo pelos canais das re-

Cidade sempre sofreu com enchentes, mas situação vem se agravando com o aumento populacional e assoreamnto do rio

des sociais da Prefeitura, Instagram e Facebook, o professor falou sobre o

tema “Questões envolvidas no processo de inundações e cheias fluviais

em São Gonçalo do Rio Abaixo”.

Para o prefeito, Raimun-

do Nonato de Barcelos – Nozinho - após a união de todo secretariado no apoio aos atingidos e socorro financeiro aos que tiveram prejuízos é o momento de buscar soluções amplas e, se possível definitivas para proteger a cidade e moradores. “Temos compromisso com a seriedade e a busca de soluções comprovadamente técnicas para resolver o problema das enchentes. Nada de mágica, de irresponsabilidade política ou de tentar enganar quem lhe confiou o voto”, esclarecendo, o motivo pelo qual propôs o bate-papo com o doutor Bráulio, um estudioso da cidade desde 2010,

a fim de apontar as melhores ações.

Bráulio Magalhães, por sua vez, explanou sobre a evolução territorial do município ao longo dos anos e as avaliações recentes feitas por sua equipe com relação ao rio Santa Bárbara e os fenômenos externos que influenciam seu comportamento. Ele explicou que a curto prazo, na época de seca, será feito um estudo de volumetria do rio para iniciar um processo de desassoreamento do mesmo. A partir de então, conhecer a dinâmica do rio para propor posteriormente uma drenagem pluvial, renaturalização de canais e outras ações.

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Estudo encontra elementos tóxicos em rios próximos a mineradoras após enchentes PESQUISADORES SUSPEITAM QUE MATERIAL POSSA ESTAR SENDO DESPEJADO NOS RIOS DURANTE AS ENXURRADAS POR NEGLIGÊNCIA DAS EMPRESAS Água que causa coceira e diarreia, lama com cheiro de óleo que quando seca parece cimento.

Dados inéditos de um estudo realizado por pesquisadores mineiros e de outros estados, com apoio do Núcleo de Análise de Resíduos e de Pesticidas da Universidade Federal do Maranhão, revelam que a água que chegou até alguns rios de Minas Gerais com as enchentes de janeiro contém elementos químicos como arsênio, ferro, manganês e chumbo acima dos valores máximos permitidos nas legislações vigentes para qualidade da água.

Essas substâncias são comuns em rejeitos do beneficiamento de minério e em excesso podem causar danos à saúde. Ao serem identificadas em rios próximos a mineradoras, levantam suspeitas de que esse material possa estar sendo despejado nos rios por negligência das empresas.

As amostras de água foram coletadas nos dias 16, 17 e 28 de janeiro nas cidades e nos distritos de Piedade do Paraopeba (Brumadinho), Nova Lima, Macacos (São Sebastião das Águas Claras), Rio Acima, Honório Bicalho e Raposos e em São Joaquim de Bicas.

Os rios cujas águas foram analisadas pertencem à bacia do rio Paraopeba e à bacia do rio das Velhas, ambas parte do quadrilátero ferrífero-aquífero, região onde se concentra grande parte das barragens de mineração do estado. Uma outra fase da pesquisa vai analisar também o que há no solo vindo dessas enchentes e contará com amostras vindas de João Monlevade (rios Santa Bárbara e

Lama pesada cheia de minério deixada pelas águas formando um rastro de destruição.

Piracicaba), Rio Piracicaba, Nova Era entre outras.

“O cheiro, a textura e a cor da lama e da água já indicavam uma quantidade significativa de elementos que poderiam ser metais e metaloides tóxicos”, explica a professora e pesquisadora da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) Dulce Maria Pereira, uma das responsáveis pelo estudo.

Segundo ela, esses materiais existem de forma natural, mas situações como atividade minerária podem inseri-los nos solos e rios e causar a contaminação das águas e da superfície no entorno.

“Há uma mudança significativa que é o resultado de várias interações físico-químicas, e o que se tem ali está longe da normalidade do material de uma lama normal, que se encontra na natureza, sobretudo nos rios.” Água tóxica Após a análise química da água, os pesquisadores encontraram ferro, manganês e estanho em todas as amostras e arsênio, chumbo e zinco em parte delas. As quantidades de arsênio, ferro, manganês e chumbo ultrapassaram os valores máximos permitidos pela Deliberação Normativa do Conselho

Estadual de Política Ambiental (Copam 01/2008) e pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos de Minas Gerais.

O geólogo Paulo Rodrigues, do Pesquisa em Educação, Mineração e Território (EduMiTe), que também participou do estudo, explica que o teor do minério de ferro exigido no mercado internacional é alto e muitas áreas mineradoras já não atingem esses dados naturalmente, sendo necessário um processo de beneficiamento para a “elevação forçada dos teores”, que envolve o uso de produtos tóxicos e eventualmente libera elementos tóxicos do próprio material beneficiado.

“O que é interessante para a mineradora? É a venda do produto beneficiado. Isso dá dinheiro.

O rejeito dá despesa. É o passivo ambiental. Então, para essas empresas, quanto menos tiver que investir na segurança do rejeito, melhor!”, afirma Rodrigues.

Ao demonstrar a presença dessas substâncias nos rios após as enchentes, os resultados das análises químicas das amostras também indicam, segundo pesquisadores, uma possível negligência das mineradoras ao não monitorarem os efeitos das fortes chuvas em suas barragens, permitindo a

descida para os rios de rejeitos de minério de ferro e de outros materiais possivelmente tóxicos.

De acordo com o coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, Marcelo Seluchi, as chuvas, apesar de fortes, estão dentro do esperado para a região nesta época — a tendência, no entanto, é que, com o aumento da temperatura e a intensificação das mudanças climáticas, eventos como esses se tornem cada vez mais frequentes.

Após a enchente, várias empresas alegaram que “choveu demais e que não estavam preparadas; então aconteceram todos esses problemas”, critica o engenheiro e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Bruno Milanez, que há anos acompanha a situação das barragens no estado. “O que a gente viu acontecer parece ser mais uma falta de preparo das mineradoras para a situação e que as mineradoras estão querendo colocar os problemas na conta dos eventos extremos.”

Para o pesquisador do Instituto Federal de Minas Gerais Daniel Neri, que estuda conflitos socioambientais no quadrilátero ferrífero, se for comprovado que existe algo nas águas ou no solo após as enchentes que exponha as pessoas a situações de adoecimento, a polícia ambiental, os órgãos de licenciamento e a própria Agência Nacional de Mineração (ANM) precisam ser acionadas.

ANM Em nota, a ANM afirmou realizar “visitas de vis-

toria e acompanhamento dos empreendimentos minerários, avaliando as condições e fazendo exigências quando verificadas situações anômalas”, mas que a análise de água e outros materiais é uma atribuição específica dos órgãos ambientais.

No caminho da lama No mapeamento do Sistema de Gestão de Segurança de Barragem de Mineração (SIGBM) da ANM, é possível identificar que a maior parte das barragens em Minas Gerais está dentro do quadrilátero ferrífero-aquífero.

Ou seja, na mesma região onde se concentra grande parte das barragens de mineração há, também, importantes bacias hidrográficas, como as bacias do Rio Doce, das Velhas e do Paraopeba, Piracicaba, com seus rios e afluentes — não por acaso, rios em que foram encontradas amostras de água contaminada. “O caminho da lama é o caminho dos rios. E o caminho da lama também mostra a questão da segurança hídrica, lembrando que as bacias do rio Doce e Paraopeba já sofreram impactos com desastres de barragens da Samarco, em Mariana, e Vale, em Brumadinho”, frisa a pesquisadora Daniela Campolina, do EduMiTe, que também participou do estudo.

Em outros municípios atingidos pelas chuvas, mais pessoas integraram uma rede de coleta inédita de solo pós-enchente, que ajudou os pesquisadores — a coleta da água foi feita exclusivamente pelos especialistas. Segundo os organizadores da força-tarefa de pesquisa, foram recolhidas amostras de 63 pontos que tiveram suas

coordenadas confirmadas por GPS. “O que chama a atenção é que a população ribeirinha disse que o cheiro da lama parece de óleo”, diz Geraldo Magela Gonçalves, jornalista e conselheiro do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba, que também participou como voluntário da força-tarefa de recolhimento das amostras. “Logo após a cheia, locais onde havia plantações simplesmente secaram, matou tudo.”

Ele conta que normalmente, quando há uma cheia, o rio vai baixando e vai “lavando” a lama que ficou pelo caminho.

“Só que dessa vez esse material praticamente cimentou. Em João Monlevade [município na bacia do rio Piracicaba], o pessoal teve que levar um caminhão com bomba de alta pressão para desobstruir os bueiros”.

Estudo A rede que recolheu as amostras de água e de solo é coordenada e composta pelos pesquisadores Dulce Pereira, ex- diplomata e professora da UFOP, coordenador do Núcleo de análises de resíduos e pesticidas, Ulisses Nascimento da UFMA; Daniela Campolina, Paulo Rodrigues e Lussandra Gianasi do Pesquisa em Educação, Mineração e Território (EduMiTe); professora Adriana Monteiro do Laboratório de Solos e Meio Ambiente da UFMG; Luciano Corrêa integrante do MovSAM e integrantes do Projeto Manuelzão da UFMG. Parte dos recursos para viabilizar os estudos veio do gabinete da Deputada Federal Área Carolina do PSOL.

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Sabiá-una: um belo e excelente cantor Fotos: João Sérgio

Texto e fotos: João Sérgio Na minha opinião, um dos mais belos sabiás brasileiros, lembrando que existem 17 espécies do gênero Turdus na lista de aves brasileiras, o mesmo de nossa estrela do mês, o sabiá-una (Turdus flavipes). Outras 5 espécies completam a família Turdidae, somando 22 espécies de sabiás desse nosso imenso país.

O macho (que ilustra nossa coluna) possui o belo contraste do preto (una, em Tupi Guarani) com um amarelo intenso presente no bico, ao redor dos olhos (anel perioftálmico) e nos pés (flavipes, que em latim significa pés amarelos). Já a fêmea possui tons marrons e a garganta estriada.

Como seus “primos”, é excelente cantor, possuin-

do vasto repertório. Seus dons artísticos incluem também a imitação de outras aves. Esse sabiá é pura arte, da beleza ao canto.

Onívoro, já o observei alimentando-se de minhocas em Itatiaia/RJ e de frutos de uma palmeira numa movimentada rua do bairro Flamengo, na segunda metrópole nacional! Fato que me deixou perplexo, pois o sabiá-una é uma ave tipicamente florestal, encontrado geralmente na copa das altaneiras árvores da Mata Atlântica. O Rio possui muitas matas, mas ali não havia nenhuma por perto.

Na nossa região já o encontrei na região da serra do Seara (divisa dos municípios de Rio Piracicaba e João Monlevade), no Wikiaves também já foi registrado em Antônio

Dias, Bela Vista de Minas, Catas Altas, Ipatinga, Itabira, Marliéria, Ouro Preto e Santa Bárbara.

Um dado interessante desse sabiá é que ele desce pouco ao solo, diferentemente dos seus conhecidos primos, que adoram saltitar em busca de minhocas e de outros pequenos animais. Outra curiosidade dessa belíssima ave é que ela faz movimentos migratórios altitudinais. No inverno costuma migrar das regiões serranas para regiões mais baixas. É isso caríssimos leitores, esperamos que a beleza dessa ave toque os corações sobre a necessidade de preservação de nossas matas, seu habitat e de muitas outras joias aladas que temos o prazer de apresentar mensalmente a vocês.

Até a próxima!