TRIBUNA DO PIRACICABA – A VOZ DO RIO – EDIÇÃO 276 – NOVEMBRO 2021

Bacia do Piracicaba, Novembro 2021 / Edição 276 – Ano XXVIII / Distribuição Dirigida Gratuita / Nas bancas: R$ 2,00

Causa

Efeito

Solução Páginas 2, 4 e 5

Aves do Piracicaba Página 12

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EDITORIAL

Causa, efeito e solução Se você já estava achando que a conta de energia estava cara, então prepara-te.

A previsão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) é de que haja um aumento de cerca de 21,04% na conta de energia em 2022.

Mesmo assim, se você é uma pessoa de posse e não está nem aí por esse aumento, e acha que esses 21,04% não é nada diante sua renda – então firma o corpo porque a coisa é muito maior que sua capacidade de raciocínio.

Uma vida melhor, mais saudável e mais barata, passa pelo reflorestamento. O mercado já sabe disso, e você.

Consequência da pior crise hídrica dos últimos 90 anos, o aumento no preço da conta de luz deve derrubar o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil em R$ 8,2 bilhões em 2021, e como consequência, a inflação sobre a energia elétrica deve resultar numa perda de 166 mil empregos até no fim do ano.

A conclusão está em um estudo publicado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) que também previu um impacto de R$ 14,2 bilhões

no PIB do ano que vem, ou seja, R$ 22,4 bilhões em dois anos.

Além do impacto no PIB, a confederação calculou ainda as consequências dos custos de energia na geração de empregos, consumo das famílias, exportação e outros, que devem gerar uma perda de 456 mil postos de trabalho.

Portanto, eu não acredito que você seja tão rico ou tão burro que de alguma forma não seja impactado por essa situação.

E qual a CAUSA disso

– mesmo que não seja somente uma causa, mas a principal passa pelo DESMATAMENTO. O EFEITO já está explícito no texto acima e reflete no caos econômico que vivemos.

Mas, o mais interessante disso tudo que apesar da complexidade do problema, a SOLUÇÃO a princípio é simples: REFLORESTAMENTO. O eu você faz importa PLANTE UMA ÁRVORE. Vamos voltar a falar disso nas próximas edições.

ESG – que bicho é esse que virou “moda”?

Você já ouvir esse termo? Não????

Infelizmente a maior parte da população (pode até ser mundial – mas vamos falar de Brasil) brasileira, fica totalmente alheia às causas que impactam diretamente o seu dia a dia; seja o aumento quase que semanal dos combustíveis, as bandeiras vermelhas na conta de energia e ou os preços galopantes nas prateleiras dos supermercados.

Uma coisa vai puxando a outra e como grande parte desses cidadãos ficam mais ligados no futebol, na novela, na nova onda da música sertaneja e ou nos BBB´s da vida, acabam contribuindo para esse caos econômico e social que impacta a todos – Se você não cuida do seu dinheiro e não se importa com seu espaço, deixa que eu cuido (Regra geral do mercado que visa somente o lucro).

Mas, como a casa planeta Terra é apenas um e é de todos, os que não usam viseiras vem ao longo do tempo estudando formas para mudar

esse quadro e, percebendo que, de alguma forma essa selvageria capitalista atinge a todos – inclusive o próprio mercado, desenvolveram esse tal de ESG. Mas que bicho é esse?

ESG já virou moda na Europa e nos EUA, e já que, como toda moda que pega lá, logo é assimilada aqui – precisamos esclarecer do que se trata antes que algum desavisado pense que é um novo modelito da Chanel ou um novo lançamento iphone ou ainda um novo clube de futebol formado por um sheik árabe.

Para esclarecer e apresentar esse “bicho”, o Tribuna vai trazer em 4 capítulos, de forma didática, o que você precisa saber sobre esse tema e como ele poderá transformar sua vida.

Então vamos lá.

O que é ESG e a sua importância nas empresas O ESG significa: Envi-

ronmental, Social and Governance. Ou seja, é uma avaliação da consciência coletiva de uma empresa em relação aos fatores sociais e ambientais. Por isso, em português, a sigla fica ASG: Ambiental, Social e Governança. Essa forma de pensar e levar o negócio é essencial para manter uma empresa em posição de competição no mercado. A empresa e seus produtos só terão real valor se estiverem relacionados com uma boa conduta ambiental e social onde atua, pois no final do processo essa relação atinge a todos.

Quais os benefícios das estratégias de ESG nas empresas: - Melhora desempenho financeiro; - Aumenta a confiança do investidor; - Garante a fidelidade do consumidor; - Fortalece imagem positiva da empresa; - Amplia retenção e satisfação de talentos; Reduz custos e desperdícios; - Assegura transparên-

cia; - Mitiga riscos.

Nova onda Para se ter uma ideia do tamanho dessa nova onda, segundo o JP Morgan, os investimentos ESG ultrapassaram US$ 45 trilhões em 2020 (90% na Europa e Estados Unidos), enquanto isso, o relatório de 2019 da GIIN estimou que o mercado de investimentos de impacto está em US$ 502 bilhões.

O que a sigla ESG quer dizer sobre uma empresa?

Sigla é usada para se referir às melhores práticas ambientais, sociais e de governança de um negócio -- mas também pode ser um critério para investimentos.

Entenda Se engana quem pensa que é obrigatório escolher entre construir um mundo mais sustentável ou ter bons resultados financeiros em uma empresa. Pelo contrário:

cuidar do meio ambiente, ter responsabilidade social e adotar melhores práticas de governança são, na verdade, fatores que ajudam no balanço das empresas -- e esse é um dos motivos para que termos como ESG tenham se tornado mais populares.

Um estudo realizado pela consultoria BCG, por exemplo, mostrou que empresas que adotam melhores práticas ambientais, sociais e de governança veem diversos impactos positivos, como maior lucratividade e até uma melhora em seu valor de mercado ao longo do tempo.

Em outras palavras, negócios que se comprometem com as melhores práticas de gestão acabam tendo uma operação mais sustentável em diversos aspectos, incluindo o econômico e na gestão de riscos -- e, como consequência, geram resultados melhores ao longo do tempo.

Continua na próxima edição.

EXPEDIENTE

Tribuna do Piracicaba • Jornalista responsável: Geraldo Magela Gonçalves RT MTE 0022005/MG • Diretor Geral: Drielle Pantuza Gonçalves • Comercial: contato@tribunadopiracicaba.com (31) 9 9965-4503 • Diagramação/Arte: Sérgio Henrique Braga • Impressão: Gráfica Bom Dia • Representante Comercial: Super Mídia Brasil - BH Bacia do Piracicaba Redação e Administração Rua Lucindo Caldeira, nº 159, Sl. 301, Alvorada, CEP.: 35930-028 João Monlevade / MG / Brasil (31) 9 9965-4503 • A Voz do Rio Online: www.tribunadopiracicaba.com Circulação: Bacia Hidrográfica do rio Piracicaba FUNDADO EM FEVEREIRO DE 1994 Razão Social : Drielle Pantuza GonçalvesMEI CNPJ 31.569.299/0001-23 Todos os Direitos Reservados contato@tribunadopiracicaba.com

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São Gonçalo poderá ter maior complexo de parques ambientais do estado Com o objetivo de implantar uma política pública de viés ecológico e ambiental o prefeito Raimundo Nonato – Nozinho, coloca em pauta na linha de ações de sua administração dois projetos ambientais que podem colocar a cidade como detentora do maior complexo de parques ambientais do estado.

Um já virou lei, referente a criação do Parque Natural Municipal do Peti e outro, que cria o Parque Ecológico de São Gonçalo do Rio Abaixo tramita na Câmara Municipal e deverá ir à plenário no próximo dia 2 de dezembro.

Com essas duas estru-

turas, serão quase 600 hectares de área preservada destinada ao lazer, turismo e educação ambiental.

Parque Natural Municipal de Peti já é realidade A Lei que cria o Parque Natural Municipal de Peti já foi publicada e o local, com área total estimada de 523 hectares, receberá investimento de mais de R$7 milhões para preparar o local para o uso e visitação.

Segundo a administração, o objetivo do parque é promover a qualidade de vida da comunidade e desenvolver e ampliar atividades e eventos culturais, artísticos, além de promover o ecoturismo.

Estação ambiental de Peti agora é Parque Natural Municipal

Parque Ecológico Municipal

Comissões da Câmara Municipal dão parecer favorável

Comissões da Câmara Municipal aprovaram o projeto e durante reuniao receberam esclarecimentos do professor Dr. Braulio Fonseca da UFMG

Agora Peti é Parque Natural Municipal de Peti.

Já o Parque Ecológico Municipal teve seu projeto de lei aprovado pelas comissões pertinentes na Câmara Municipal, devendo o mesmo ir a votação no plenário no dia 2 de dezembro.

Dr. Bráulio Magalhães Fonseca, professor do Departamento de Cartografia da

UFMG e coordenador do projeto de revisão do plano diretor do município, participou da reunião das comissões para falar sobre as desapropriações para criação do parque ecológico municipal.

Segundo Dr. Bráulio Fonseca, cada propriedade será analisada para definir o seu valor, que será também negocia-

do com o proprietário.

“Para chegar à negociação, é preciso passar pela apreciação e aprovação do projeto de lei”, explica. Dessa forma, todos serão procurados durante a etapa de trabalho de campo, e ressalta que as suas opiniões serão ouvidas, sendo possível fazer modificações no projeto que determina a

área do parque.

Neste primeiro momento, de acordo com o professor, é necessário entender a importância do parque para o município.

Com relação às propriedades vizinhas, o parque oferece a oportunidade de fomentar o empreendedorismo, além de sua segurança que será benéfica a todos ao seu redor.

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Preocupação com recursos hidricos é destaque em abertura do 1º Fórum das Águas Evento ocorreu no dia 19 de novembro e discutiu situação da Microbacia do Córrego dos Coelhos Especialistas ambientais, produtores rurais, educadores e políticos discutiram no dia 19 de novembro a situação da Microbacia do Córrego dos Coelhos, durante a realização do 1º Fórum das Águas. O evento foi sediado pela Câmara Municipal de João Monlevade e transmitido ao vivo pelo canal do Legislativo no Youtube.

A Microbacia do Córrego dos Coelhos abrange uma área aproximada de oito quilômetros quadrados entre os municípios de João Monlevade e São Gonçalo do Rio Abaixo. Cerca de dez mil pessoas residem nos nove bairros localizados na região somente pelo lado de João Monlevade.

Dividido em dois blocos – manhã e tarde, o destaque da primeira parte do Fórum foi a preocupação da administração do prefeito de João Monlevade, Dr. Laércio Ribeiro, em investimentos e ações de preservação do meio ambiente. O vice-prefeito, Fabrício Lopes, participou da abertura do Fórum e pontuou sobre a questão. Ele, ao comentar sobre a Microbacia do Córrego dos Coelhos, enfatizou que “no governo Laércio e Fabrício, a preocupação com o meio ambiente é total”. Também elogiou a participação dos presentes no debate e destacou que a administração está lisonjeada e honrada em poder participar das discussões. “Talvez muitos de nós não vamos colher os frutos, mas va-

Evento aconteceu na sede do legislativo monlevadense.

mos deixar este legado e transformar vidas futuras. Somos parceiros da comunidade para unirmos forças e manter a qualidade de vida numa bacia tão importante”, ponderou.

O vereador Thiago Titó, autor das denúncias de assoreamento e destruição da mata ciliar do Córrego dos Coelhos, ressaltou que após visitar o local para constatar as reclamações ficou assustado com a situação. “O rio Santa Bárbara vem sofrendo com a falta de cuidado ao longo dos anos. Esse fator, infelizmente, contribuiu para que no futuro tenhamos uma má qualidade da água consumida. A água é fonte de vida e merece total atenção neste caso”, falou.

Morador da região, o parlamentar Rael Alves sugeriu que seja feito um levantamento para recuperar as nascentes que estão na região do Córrego dos Coelhos. Ele também mencionou a importância

em incentivar os proprietários onde há cursos d´água para que façam o cercamento e plantio de vegetação para a proteção das nascentes.

Já o presidente da Câmara, Gustavo Maciel, destacou que a crise hídrica é pauta recorrente.

Para ele, a participação da sociedade é essencial na discussão do tema.

Em relação à Microbacia do Córrego dos Coelhos, Maciel disse que é imprescindível a busca de recursos para a proteção do curso d´água.

“Vamos construir juntos um projeto para captar os investimentos necessários”, disse.

Palestrantes A manhã do Fórum das Águas também foi marcada por palestras. O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio Piracicaba, engenheiro Jorge Martins Borges, abriu os trabalhos com contextualização do atual

cenário ambiental, com ênfase na produção de lixo, consumo de água e a necessidade de alimentação humana. Ele destacou a importância do envolvimento de todos nas discussões da questão e resolução dos problemas. Borges também instigou o público a pensar sobre “qual rio nós temos, qual queremos e qual podemos ter”.

Representando a Unifei, o engenheiro florestal e professor doutor, Gláucio Marques, foi enfático em falar que “a crise hídrica é um mal que precisamos combater”.

Ele destacou ainda a necessidade de se cuidar dos solos, com plantio de vegetações, possibilitando que as águas corram com tranquilidade e não sejam agredidas como tem sido no mundo todo.

“Não podemos tapar nossos olhos para estes problemas. Para proteger nossas águas temos que proteger nossas florestas e começar a reflorestar onde perdemos essa co-

bertura”, pontuou.

Pela UEMG Monlevade, o professor Rafael Moraes comentou sobre a importância do uso de dados de georeferenciamento para planejamento mais efetivo de recuperação das bacias hidrográficas. Conforme explicou o educador, os dados possibilitam ações mais planejadas e com melhor resultado.

Também presente ao evento, o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce (CBH Doce), Flamínio Guerra, destacou investimentos na recuperação da Microbacia do Córrego dos Coelhos.

Segundo ele, o CBH vai desenvolver um projeto de saneamento em benefício da localidade.

“Temos outros investimentos para a bacia, foi publicado edital para contratar uma empresa que dará andamento ao projeto Rio Vivo, que consiste no cercamento de nascentes, saneamento rural e controle de

sedimentos [barraginhas e caixas secas] em 17 propriedades que estão no entorno da microbacia. Vamos atuar a partir de 2022. É o dinheiro da cobrança pelo uso das águas retornando para os municípios”, destacou.

Já o engenheiro ambiental e sanitarista da Agência de Águas do Rio Doce (Agedoce), Heverton Rocha, citou a mineração como um dos fatores que provoca maiores impactos ambientais, mas enfatizou ainda que o esgoto é o grande poluente das águas.

“Apenas 23% de todo esgoto da Bacia do Rio Doce é tratado”, informando da necessidade urgente de reverter o quadro e, ao falar do evento, colocou a agência à disposição para apoio aos projetos sanitários para a microbacia.

Por fim, o assessor de Comunicação da Prefeitura de João Monlevade, Geraldo Magela Dindão, destacou a importância da mobilização de toda a população para a recuperação da Microbacia do Córrego dos Coelhos. “O problema é sério e complexo mas a solução é simples, passa pelo reflorestamento. É preciso ter árvores, que fazem segurar o mineral mais precioso que temos que é a água. O Córrego dos Coelhos nasce puro e o desafio é que ele também chegue puro na foz do rio Santa Bárbara. Só vamos conseguir sucesso se mobilizarmos toda a população neste tema. Se queremos salvar o rio Doce, o rio Piracicaba, temos que salvar o fio d água”, finalizou.

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Segundo bloco

Propostas para recuperação da Microbacia do Córrego dos Coelhos O 1º Fórum das Águas Microbacia do Córrego dos Coelhos terminou com a apresentação de diversas propostas para a recuperação do curso d´água. Os participantes do evento, após discussão dos problemas e exposição da situação atual da microbacia, apresentaram uma série de ações que começam a ser desenvolvidas nos próximos dias.

Os problemas mais graves registrados ao longo da localidade são o desmatamento das APP´s (Áreas de Preservação Permanentes) assoreamento dos cursos d´água, esgotamento sanitário, a ausência de mata ciliar, a disposição inadequada de resíduos sólidos, além de bota-fora e ocupação irregular das margens dos cursos d´água.

Para sanar as questões, a primeira ação proposta é a realização de um diagnóstico da Bacia, com mapeamento das características de relevo, uso e ocupação do solo, caracterização morfométrica e hidrológica, entre outros. Também foi sugerida a identificação de proprietários rurais, dos sitiantes e dos moradores que residem no entorno dos cursos d´água, construção de uma Estação de Tratamento de Esgoto – ETE para atender a região, a criação de um decreto municipal para o cumprimento da NBR 9642, que são normas para cuidados com a rede pública de esgoto e NBR 8160 – Sistema Predial, bem como a realização de trabalho de educação ambiental com a população sobre o descarte correto de resíduos.

O reflorestamento de todas as APPs também foi

Tratando o córrego dos Coelhos, o curso d´água poderá ser novamente usado pela comunidade como lazer, como faziam antigamente.

No segundo bloco participantes apresentaram propostas para intervenções na microbacia.

Área de abrangência da Microbacia do Córrego dos Coelhos.

um dos destaques das propostas apresentadas, sendo essa ação colocada como primordial para salvar os cursos d´água.

O ambientalista e um dos coordenadores do Fórum das Águas, Geraldo Magela Gonçalves Dindão, reforçou que o evento cumpriu o seu objetivo ao propor a construção de uma consciência ambiental na bacia, além de integrar as instituições

ra das Barracas, esteve representada no Fórum pelo vice-prefeito Leandro Amora de Castro (Léo Amora), pelo presidente da Câmara Municipal vereador Diego José Ribeiro e pelos vereadores Cássio Túlio Rodrigues, Gladston Marcelo de Castro e Marcos Antônio Bicalho (Kito).

Os políticos são-gonçalenses participaram ativamente dos debates visando contribuir com a busca de soluções que beneficiam diretamente as comunidades que representam.

que trabalham pelo desenvolvimento sustentável da região.

São Gonçalo do Rio Abaixo presente A cidade de São Gonçalo do Rio Abaixo, que tem parte de seu território dentro da Microbacia do Córrego dos Coelhos, precisamente parte da comunidade de Santa Rita de Pacas e a Ser-

Técnicos, políticos e comunidade participaram de forma presencial e virtual.

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Prefeitura de Rio Piracicaba apresenta o projeto da nova “Codorna” Denominado agora de “Centro de Eventos Educacionais” espaço poderá atender a diversas finalidades A Prefeitura de Rio Piracicaba apresentou em meados desse mês de novembro o projeto da nova “Codorna”, que agora receberá o nome de “Centro de Eventos Educacionais”.

Para quem não conhece a tradicional “Barraquinha da Codorna”, trata-se de um espaço onde, durante os festejos da bissecular manifestação cultural religiosa “Jubileu do Bom Jesus”, parte da população, piracicabenses ausentes e visitantes se reúnem, além de acontecerem também outros eventos culturais.

A obra que será no mesmo local da atual “Codorna” terá dois pavimentos,

sendo que na parte térrea o espaço continuará sendo utilizado para receber as tradicionais barraquinhas durante os festejos populares.

Na parte superior um amplo auditório poderá ser utilizado para várias atividades, ampliando as possibilidades de realizações de eventos, recebendo e acolhendo nossos munícipes.

Abandono Apesar de ser um espaço que recebe milhares de pessoas da cidade, da região, do estado e do país, todos os anos, do final de abril e principalmente nos dias 1, 2 e 3 de maio,

o local não recebia uma intervenção digna desde a administração Jorge Machado – 1980 a 1986, ou seja, há 35 anos.

Tendo como carro chefe alimentação, com o famoso “Frango Frito”, a cozinha do local já não atendia a demanda em todos seus aspectos, seja sanitário e ou de logística.

Os banheiros se apresentavam em estado deplorável e o espaço não comportava o fluxo de pessoas.

Agora a cidade recebe um projeto digno da população, dos visitantes e das manifestações culturais da cidade graças a sensibilidade e visão da atual administração.

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Restrições para pesca

Piracema tem início em 1° de novembro e traz restrições de pesca Começou a valer no dia 1º de novembro a restrição de pesca de peixes nativos nas bacias hidrográficas do Estado de Minas Gerais. Durante a Piracema, período de migração dos peixes para reprodução, os rios das bacias do Estado passam a ter restrições de pesca.

A limitação na atividade pesqueira em Minas Gerais se estenderá até 28 de fevereiro de 2022, conforme determinam as portarias 154, 155 e 156, publicadas em 2011 pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).

Durante a piracema, a pesca só é permitida para espécies exóticas (espécies não nativas que foram introduzidas pelo homem) e híbridas, no limite de três quilos diários. A atividade pesqueira também só pode ser realizada em trechos com distância mínima de 1 mil metros a montante e a jusante dos rios, represas, barragens e lagoas, para garantir a reprodução dos peixes na cabeceira dos corpos d’água.

Os equipamentos permi-

informações sobre as regras durante o período da piracema podem ser consultadas no site do IEF. Migração

tidos durante a piracema são: linha de mão com anzol, vara, caniço simples, carretilha ou molinete de pesca, com iscas naturais ou artificiais.

Fica proibido o uso de redes e demais equipamentos que possam capturar diversas espécies, como as migradoras e em risco de extinção.

Para portar o pescado e equipamentos de pesca, no entanto, ainda que em situações em que a

atividade é autorizada, é importante que o pescador porte e mantenha atualizada a carteira de pesca amadora. O documento pode ser obtido a partir do preenchimento do formulário disponível no site do IEF. Já quem comercializa, explora, industrializa e armazena peixes deve se registrar junto ao IEF. Os estoques de peixe in natura, congelados ou não, provenientes de

águas continentais, existentes nos frigoríficos, peixarias, colônias e associações de pescadores devem ser informados ao órgão.

A exigência também incide sobre os estoques armazenados por pescadores profissionais, entrepostos, postos de venda, depósitos e câmaras frias, em posse de feirantes, ambulantes, bares, restaurantes, hotéis e similares. Outras

A piracema, palavra de origem tupi, significa “subida ou saída dos peixes”, e é o período no qual ocorre o movimento de várias espécies de peixes em direção às cabeceiras dos rios com o objetivo de continuarem o ciclo reprodutivo. Estes peixes são conhecidos como migradores, como o dourado, surubim, curimatã e tantos outros. Os peixes migradores são as espécies mais conhecidas e valorizadas na pesca profissional e amadora do país, devido à importância na alimentação humana.

Próximo do início do período de chuvas, em meados de setembro, diversas espécies começam esse movimento de subida, perdurando até o final da época de chuvas, em meados de março e abril, em busca de melhores condições ambientais para reproduzir. As primeiras enchentes de um rio, que ocorrem nas chuvas de verão, funcionam como gatilho para o início da migração. A adequada temperatura e a menor transparência das águas também são importantes características para começar a movimentação dos peixes em direção a regiões de corredeiras.

As mudanças causadas pela chegada das chuvas nos corpos d’água é um sinal usado pelas espécies migradoras para começarem a percorrer grandes distâncias ao longo dos rios, nadando contra a correnteza, desovando a montante no próprio rio

ou em planícies de inundações e em tributários.

Estes ambientes são conhecidos como “berçários” porque abrigam os ovos, as larvas e os juvenis por um longo período.

Diferente do que acontece com a reprodução dos peixes dos países temperados, os peixes do Brasil necessitam desse livre trânsito do local de onde vivem para o local de reprodução, além da garantia desse retorno ao ambiente de origem quando finalizam a piracema.

“Extensos trechos de rios livres e ambientes marginais são fundamentais para perpetuação dessas espécies, que dependem desses ecossistemas. A pesca nesse período acaba afetando os peixes que estão aptos a se reproduzirem e isso dificulta a manutenção das populações de espécies migradoras nos rios.” explica o gerente de Conservação e Restauração de Fauna Aquática e de Pesca do IEF, Leandro Carmo Guimarães.

Fiscalização Mesmo antes do período da piracema, a Subsecretaria de Fiscalização Ambiental (Sufis) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) realiza ações de vigilância. No período de 16 a 27 de outubro foram feitas ações nas regiões do Rio São Francisco e em Ipatinga. “As ações consistem em orientações quanto à necessidade de realizar a declaração de estoque de pescado”, explica o diretor de Inteligência e Ações Especiais da Sufis, Bruno Zuffo.

Também estão sendo feitas fiscalizações para verificação do cadastro e registro aquáticos.

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Saneamento Básico - Prefeitura dá início a estudos para construção de ETE nos Distritos Vai chover.... fique em alerta *Medidas de prevenção que dependem de todo cidadão

Prefeito Augusto assina o termo de cooperação técnica.

A Prefeitura de Rio Piracicaba, por meio da sua Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura assinou, no dia 5 de novembro, Termo de Colaboração Técnica com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e com a Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap), filial Governador Valadares.

O convênio assinado contou com a anuência do Comitê da Bacia Hi-

drográfica do Rio Piracicaba (CBH-Piracicaba/ MG) e objetiva realizar, de forma conjunta, atividades vinculadas à projetos hidro-ambientais.

O valor do convênio é de R$ 252.864,03.

O valor será investido em saneamento básico, para a elaboração de projeto de ETE - Estação de Tratamento de Esgoto em Padre Pinto (Caxambu) e Conceição de Piracicaba (Jorge).

A Agevap - Associação Pró-Gestão das Águas

da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul é a nova entidade delegatária e equiparada às funções de Agência de Água na Bacia Hidrográfica do Rio Doce.

A instituição, que possui ampla experiência em outras regiões do país, firmou contratos de gestão junto à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e sucederá o Instituto BioAtlântica (IBIO) que atuava ante-

riormente na região.

A assinatura do termo de parceria é um importante passo para a despoluição dos cursos d´água na cidade e consequentemente para a melhoria da qualidade de vida da população.

Participaram do encontro para assinatura do termo: Aparecida Araújo, vice-prefeita; Heverton Rocha, engenheiro da Agevap; Augusto Henrique, Prefeito e Daiana Mendes, Secretária de Meio Ambiente e Agricultura.

- Verifique se os bueiros de sua rua estão livres e desentupidos.

- Limpe as calhas do telhado de sua casa.

- Pode árvores que possam oferecer riscos durante ventanias.

- Mantenha sempre um membro da família em alerta.

- Fique atento às informações que chegam das autoridades.

- Não jogue lixo em terrenos baldios ou na rua.

- Não jogue sedimentos, troncos, móveis, materiais e lixo nos rios, pois afetam o curso desses.

- Ao realizar uma obra, certifique-se de que os resíduos serão depositados em locais adequados.

- Não jogue lixo nos bueiros.

- Limpe o telhado e as canaletas de água.

- Não construa próximo a córregos. *O que fazer se o risco de alagamento for iminente

Vice-prefeita Aparecida Araújo, engenheiro da Agevap Heverton Rocha, prefeito Augusto Henrique e a secretária de Meio Ambiente Daiana Mendes.

- Não deixe crianças em casa sozinhas.

- Mantenha sempre prontos água potável, roupa e remédios, caso tenha que sair rápido de casa.

- Avise vizinhos, corpo de bombeiros e a Defesa Civil sobre o perigo, no caso de casas construídas em áreas de risco e em áreas afetadas pela enchente.

- Convença as pessoas que moram em áreas de risco a saírem de casa durante as chuvas.

- Coloque documentos e objetos de valor em um saco plástico bem fechado e em local protegido.

- Salve e proteja, antes de tudo, sua vida, a de seus familiares e amigos.

- Tenha um lugar previsto e seguro, onde você e sua família possam se alojar.

- Desconecte os aparelhos elétricos das tomadas e não utilize eletrodomésticos que tenham sido molhados: há risco de choque elétrico.

- Feche o registro de água.

- Não deixe crianças brincando na enxurrada ou nas águas dos córregos: elas podem ser levadas pela correnteza ou contrair doenças como hepatite e leptospirose.

- Não construa em cima ou embaixo de barrancos.

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Em parceria com prefeituras, Cenibra recupera estradas rurais O estado de conservação das estradas rurais influi diretamente no meio ambiente, na qualidade de vida dos moradores da região, no turismo e no custo do transporte. Trechos de estradas ruins causam danos aos veículos e, às vezes, até impossibilitam o tráfego.

Pensando nisso, e ciente da relevância socioeconômica que sua atuação representa para os municípios localizados em sua área de abrangência, a Cenibra firmou convênios com prefeituras de algumas cidades da sua área de atuação para melhorar as condições de trafegabilidade nas estradas municipais não pavimentadas

lidade social para contribuir, de maneira prática, para a melhoria da qualidade de vida das comunidades”, comenta Emanuel Machado Siqueira, especialista de Infraestrutura.

Ganhos ambientais

Máquinas da Cenibra trabalham na preservação e manutenção de estradas rurais em parceria com os municípios.

e compartilhadas.

O convênio trata-se do fornecimento pela prefeitura de agregado siderúrgico, material produzido por siderúrgicas no processo de transforma-

ção da escória de aciaria, para ser usado no revestimento primário de estrada, e da disponibilização de equipamentos e mão de obra pela Cenibra.

Além das manutenções, a Empresa executa as adaptações necessárias para melhorar a trafegabilidade. “Constantemente a Cenibra procura exercer sua responsabi-

A conservação do bom estado das estradas traz ganhos ambientais expressivos, como o controle de erosão e perda de solo, a recuperação das áreas marginais às estradas e a diminuição do assoreamento de córregos e rios. Para a Cenibra e todos que usam as estradas para transporte, os benefícios também são muitos, com desta-

que para a redução do consumo de combustível e a melhor preservação dos veículos. Por fim, essas manutenções impactam de forma positiva, especialmente, a vida dos moradores rurais e o seu desenvolvimento.

A utilização do agregado siderúrgico dá melhor suporte na estrada, independentemente das condições climáticas. Além disso, sua aplicação proporciona a oportunidade de reciclagem de um material que, com aplicação inadequada, pode representar um passivo ambiental, no que diz respeito ao descarte, ao mesmo tempo que proporciona uma economia financeira.

Oak Energia apresenta a 3ª Edição Feira de Sustentabilidade da Bacia do Piracicaba Veja as principais atrações da 3ª Edição:

Programação

A Oak Energia apresenta à população da Bacia do Piracicaba a Feira de Sustentabilidade da Bacia do Piracicaba em sua 3ª Edição.

O evento acontece, mais uma vez, 100% online e será realizado no dia 4 de dezembro de 2021 a partir das 8h no seguinte endereço eletrônico: https://oakenergia.com.br/feiradesustentabilidade Boas práticas e ações sustentáveis serão apresentados objetivando uma vida mais saldável e ambientalmente correta.

- Palestras: 7 palestras de pessoas que aplicam ações e práticas sustentáveis; - Mesa redonda: teremos mesas redondas para trocas de conhecimentos e para realizar bate papo com os palestrantes; - Áreas de networking: criaremos áreas aconchegantes para proporcionar um bom bate papo entre a organização, os apoiadores, os patrocinadores e, claro, os participantes; - Oficinas “faça você mesmo”: construiremos juntos itens domésticos que ajudarão a tornar nossas residências ainda mais sustentáveis; - Estande virtual: exposições de trabalhos artesanais de moradores da Bacia do Piracicaba e de empresas com práticas sustentáveis; - Sorteio de brindes: ao longo da Feira teremos sorteios de diversos brindes entre todos os participantes.

Venha fazer parte da Feira de Sustentabilidade da Bacia do Piracicaba 3ª Edição.

Palestrantes já confirmados até o momento na 3ª Edição da Feira de Sustentabilidade da Bacia do Piracicaba.

A Feia conta com o patrocínio da ArcelorMittal, Ecori e com o apoio do Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio.

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Secretaria de Meio Ambiente de João Monlevade intensifica ações Desde o início do ano, a administração Laércio Ribeiro vem dando atenção especial às ações ambientais no município. Para incrementar a pasta, o prefeito solicitou que fosse seguido critérios técnicos para que fossem preenchidas as vagas dentro do organograma da secretaria, sendo para tanto conduzido ao cargo de secretário um engenheiro ambiental, ocupado hoje por Samuel Domingos.

A Secretaria conta ainda com mais três engenheiros ambiental, técnicos em meio ambiente e especialistas na área.

Com o novo quadro de profissionais, a secretaria, que, apesar de ainda estar se adequando à uma nova realidade, vem intensificando suas ações na busca de um meio ambiente mais equilibrado para a cidade, conforme segue: Treinamento Servidores da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e fiscais de posturas da Prefeitura de João Monlevade participaram de um treinamento neste mês de novembro. As atividades foram realizadas no auditório Leonardo Diniz, sob coordenação do tenente da Polícia Militar do Meio Ambiente, José Flávio da Silva.

O encontro teve como objetivo discutir situações do cotidiano do setor e servirá para melhoria da fiscalização. É o que explica o secretário municipal de Meio Ambiente, Samuel Domingos da Silva.

Para o fiscal de posturas da Prefeitura, Vanderlei Prudêncio dos Reis, a iniciativa foi bastante positiva e vai ajudar muito a equipe nas de-

Tenente Flavio da PMamb durante treinamento

mandas externas.

Reciclagens e coletas especiais Pilhas e baterias Pilhas e baterias que já não são mais úteis podem ser descartadas de forma correta em ecoponto instalado na Secretaria Municipal de Meio Ambiente de João

Monlevade. A ação é uma parceria com a empresa Green Eletron, que promove a gestão da logística reversa desses materiais.

O secretário municipal de Meio Ambiente, Samuel Domingos, explica que pilhas e baterias não devem ser descartadas junto ao lixo doméstico, pois podem causar con-

taminação. “Os materiais possuem substâncias químicas tóxicas que em contato com a natureza podem contaminar rios, córregos, solo e o lençol freático, causando sérios problemas de saúde nas pessoas e animais”, enfatizou Samuel.

Para eliminar este material de maneira adequada, evitando sua exposição ao meio ambiente e danos à saúde das pessoas, quem tiver pilhas e baterias em casa pode levar os materiais à Secretaria de Meio Ambiente.

Cartelas de remédios vazias Há dois meses, parceria com o Lions Clube Monlevade Centro e Associação dos Trabalhadores de Limpeza e Materiais Recicláveis de João Monlevade (Atlimarjom), é desenvolvida uma campanha de conscientização para arreca-

dação de cartelas de remédio vazias.

A intenção é recolher o material para a compra de cadeiras de rodas. É necessário uma tonelada de cartelas para cada cadeira e, até o momento, a doação soma 300 quilos.

Os interessados em participar da arrecadação das cartelas podem entregar as blísters na Secretaria de Meio Ambiente. Também há ponto de arrecadação na sede da Prefeitura de João Monlevade e em farmácias da cidade.

A Reciclagem de Blister proporciona um aproveitamento de 100% do material reciclado, separando o PVC do alumínio de forma correta e ambientalmente adequada.

A secretaria fica na rua Gomes Batista, N° 122, Bairro Nossa Senhora da Conceição, pouco acima da Matriz de Carneirinhos. Para outras informações o telefone é o (31) 3852-3151.

Lâmpadas

Recipiente adequado para recolhimento de pilhas e baterias. Novos ecopontos serão instalados.

A Secretaria de Meio Ambiente também recolhe lâmpadas queimadas fluorescentes de vapor de sódio, mercúrio e de luz mista. O ponto de coleta também fica no órgão. Se o descarte das lâmpadas queimadas for feito corretamente, todos os componentes podem ser reaproveitáveis. O vidro e pó fosfórico são utilizados na fabricação de cerâmica e vitrificação de azulejos.

Já os componentes metálicos são encaminhados para a indústria de fundição e automotiva e os plásticos são granulados e revendidos para diversos segmentos industriais.

Cerca de 300 quilos de cartelas de remédios vazias já foram recolhidas.

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Pica-pau-dourado-grande

Uma das aves mais raras do planeta ainda resiste na Bacia do Piracicaba Texto: Marcelo Vasconcelos / João Sérgio – Fotos: João Sérgio

Na ampla faixa ocupada originalmente pela Mata Atlântica, as florestas de baixa altitude foram as que mais sofreram devastação devido, principalmente, à facilidade de ocupação pela população humana. Ao contrário, as íngremes ladeiras das Serras do Mar e da Mantiqueira, assim como encostas do Espinhaço, são as áreas onde mais se vê cobertura florestal neste domínio.

Assim, espécies da fauna e da flora restritas às florestas de baixada da Mata Atlântica são geralmente mais raras do que aquelas que vivem em regiões serranas. Este

é o caso do pica-pau-dourado-grande (Piculus polyzonus), uma das aves mais ameaçadas da Mata Atlântica que vive em florestas bem preservadas, geralmente abaixo de 400 m de altitude.

Distribuído originalmente nos estados da Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a espécie já desapareceu de muitas áreas devido aos desmatamentos, não sendo registrada no último estado há pelo menos três décadas.

Por este motivo, é considerada como espécie “em perigo” de extinção no Brasil. Em Minas Gerais, é conhecido em apenas duas Unidades de Conser-

vação: O Parque Nacional do Caparaó e o Parque Estadual do Rio Doce.

Neste último foram feitos os registros que ilustram essa coluna, numa expedição realizada por nosso fotógrafo, em julho do corrente ano.

Apesar de ser uma espécie muito tímida, arisca e de buscar refúgio nas sombras das altas copas dos remanescentes florestais onde ainda sobrevive, conseguimos bons registros que revelam muito de sua beleza, do “dourado” que figura em seu nome popular, ao requinte de seus olhos azuis, passando pelas minúcias de sua bela plumagem.

Conseguir um registro desse raríssimo e arredio pica-pau já é um grande feito, mas o sucesso dessa expedição superou nossas melhores expectativas, pois não só conseguimos apresentar aos caríssimos leitores a beleza dessa espécie sensacional, como conseguimos também o registro do casal (o macho diferencia-se principalmente pela presença de um topete vermelho).

Este registro reforça a importância do Parque Estadual do Rio Doce para a conservação de várias espécies da Mata Atlântica de baixada no estado de Minas Gerais e em todo o planeta.