TRIBUNA DO PIRACICABA - A VOZ DO RIO - OUTUBRO - EDIÇÃO 275

Bacia do Piracicaba, Outubro 2021 / Edição 275 – Ano XXVIII / Distribuição Dirigida Gratuita / Nas bancas: R$ 2,00

Chuvas não causam destruição!

Páginas 2, 7, 8 e 10

Aves do Piracicaba Página 6

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A chuva e a miopia de todos A Cidade vai se construindo num desordenado danado: aterra brejo, constroem em área de risco sob olhar míope das autoridades, e a cidade vai, invade encostas, desmata morros, polui rio, entope de asfalto tudo quanto pode, finge que não vê os córregos e acumula, dia após dia, lixo, cujo destino certo é entupir bueiro e assorear os cursos d´água. Aí vem a abençoada chuva, e o que era para ser dádiva vira caos.

Barrancos caindo; comércios e escola alagadas; lama toma conta de ruas e avenidas, em mui-

Chuva é dádiva, é vida, benção.

tos lugares a água dá no joelho e adentra as casas; andar de carro e de moto é um. Isso é filme repetido, não é novidade para ninguém, os serviços de Meteorologia reprisam mais que novelas da Globo: novembro, dezembro, janeiro e fevereiro são meses de chuva. E atualmente, com a crise hídrica nos assustando e rondando nossos bolsos com tarifas amargas de energia elétrica, nada mais esperado que as chuvas para encher os reservatórios.

Para quem tem acordado desse transe estranho que atinge o ser moderno

e percebido a falta que a chuva faz, ver o céu descer ao chão deveria ser alegria e euforia. Chuva é frescor frente ao calor do verão, é reservatório enchendo, é água na torneira, é verde no pasto e na plantação, alimento no prato, luz acesa no quarto e peito cheio de cheiro de chão molhado. Chuva é menino brincando na enxurrada, é cachoeira da “Santa” que volta a brotar, é nascente que se recarrega.

Chuva é a terra dando a luz, vida nascendo e também é esperança.

Mas se a chuva é certa na sua época por que

quando chove as cenas se repetem?

A resposta está no descaso. Se não se projetou uma cidade e não se concertou o que de errado já é percebido, há muitos que perdem os pertences para água; se não se trabalhou a educação ambiental, o lixo volta para dentro de casa; se não houve respeito, a natureza dá seu jeito de cobrar a conta. É uma culpa compartilhada: é minha, é sua que lê esse texto, das empresas e do Poder Público. A única que não tem culpa nessa triste história é a abençoada chuva.

Chovendo no molhado?

Para demonstrar como os governos vêm ignorando alertas sobre mudança climática e o planejamento integrado das cidades, o manifesto mais contundente vem sempre dos próprios rios.

As enchentes que em 2018/19 atingiram as regiões metropolitanas de São Paulo e Belo Horizonte, e esse ano vários pontos do país, deixaram evidente o quanto as nossas cidades estão despreparadas para eventos climáticos extremos. Cientistas e especialistas têm alertado que esses eventos tendem a se intensificar daqui para frente e se repetir em intervalos cada vez mais curtos.

Para demonstrar como esses alertas e o planejamento integrado das cidades, regiões metropolitanas e bacias hidrográficas não são priorizados pelos governos, o manifesto mais contundente vem sempre dos próprios rios. As águas ressurgem violentamente após as chuvas, demonstrando que canalizar, tampar e retificar rios, ocupando suas margens, é um erro. Esse modelo urbanístico, que escondeu e estreitou os rios, roubou-lhes suas matas ciliares e impermeabilizou o solo, não se adequa às mudanças climáticas.

As enchentes não podem

Praça Sete em Monlevade – O Córrego Carneirinhos não comporta as águas que deveriam infiltrar na terra.

ser atribuídas somente às chuvas, por mais intensas que são, pois há um vasto acúmulo de conhecimento, de recomendações técnicas e planos para solucionar esse problema, como o de macro e micro drenagem. Essas técnicas reúnem um conjunto de ações e estratégias que precisam ser implementadas de forma integrada e continuada. A segurança hídrica depende da gestão integrada da água e do solo e da proteção das matas, em especial nas áreas de manancial.

Neste momento é muito importante redobrar a

atenção para a necessidade de ações preventivas. A própria ONU (Organização das Nações Unidas) recomenda a urgente adoção de soluções baseadas na natureza para que as cidades possam se adaptar às mudanças do clima.

As várzeas e áreas verdes exercem a função de esponja, aumentando a infiltração da água no solo. Por esse motivo, é urgente a recuperação dessas áreas, em especial nos trechos alterados por ocupações irregulares, com realocação e reassentamento das moradias existentes para

áreas seguras, dotadas de saneamento básico e infraestrutura. É preciso também cobrar das autoridades atenção para o aumento de ocupações irregulares em áreas de risco e sem serviços de saneamento básico.

Já passou da hora de as cidades brasileiras aplicarem um desenvolvimento que seja, de fato, justo, inclusivo e sustentável.

Conceito cidade esponja As leis de uso do solo devem ser analisadas com maior critério para estimular o planejamento das cidades com ampliação de áreas verdes, de pavimentos permeáveis, calçadas e telhados verdes, sistemas de bacias de contenção e ecopiscinões associados a praças e jardins de chuvas, parques e equipamentos de convívio social e lazer. Essas medidas podem trazer melhorias no microclima e na saúde, e contribuir para minimizar os impactos de eventos extremos como esses.

EXPEDIENTE

Tribuna do Piracicaba • Jornalista responsável: Geraldo Magela Gonçalves RT MTE 0022005/MG • Diretor Geral: Drielle Pantuza Gonçalves • Comercial: contato@tribunadopiracicaba.com (31) 9 9965-4503 • Diagramação/Arte: Sérgio Henrique Braga • Impressão: Gráfica Bom Dia • Representante Comercial: Super Mídia Brasil - BH Bacia do Piracicaba Redação e Administração Rua Lucindo Caldeira, nº 159, Sl. 301, Alvorada, CEP.: 35930-028 João Monlevade / MG / Brasil (31) 9 9965-4503 • A Voz do Rio Online: www.tribunadopiracicaba.com Circulação: Bacia Hidrográfica do rio Piracicaba FUNDADO EM FEVEREIRO DE 1994 Razão Social : Drielle Pantuza GonçalvesMEI CNPJ 31.569.299/0001-23

Os rios vem se manifestando, lançando suas águas contra tudo pela frente.

Todos os Direitos Reservados contato@tribunadopiracicaba.com

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Mina Apolo: Vale inicia nova investida Ambientalistas contra-atacam e prometem resistência em todas as frentes Um megaprojeto da mineradora Vale denominado “Apolo”, locado entre as cidades de Caeté e Santa Bárbara (inicialmente o projeto abrangia mais cidades) mais uma vez toma conta dos noticiários diante sua dimensão e também frente ao impacto ambiental que o empreendimento representa.

O nome do projeto, “Apolo”, que na mitologia Grega representa o Deus da Guerra, pode ser mera coincidência, mas o que se desenha, assim como foi desde o nascimento da ideia de se minerar no entorno da Serra do Gandarela, é uma verdadeira “guerra” entre a mineradora, ambientalistas, entre a água e a escassez hídrica.

No início de setembro a Vale protocolou na Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais - SEMAD, o novo Estudo de Impacto Ambiental – EIA e Relatório de Impacto Ambiental – RIMA para a retomada do licenciamento do Projeto Apolo que segundo ela tem um “novo conceito”.

O projeto, que teve seu licenciamento iniciado em 2009, teria passado por diversas revisões para atender às mudanças na legislação e solicitações da sociedade civil. “A nova proposta é resultado de pesquisas e evoluções nas práticas de engenharia para uma mineração mais segura e sustentável”, informa a empresa.

O novo Projeto Apolo está localizado entre os municípios de Caeté e Santa Bárbara e consiste na implantação de mina, usina e ramal ferroviário de 8 km para conexão à Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM). O empreendimento prevê a produção de cerca de

Águas ainda límpidas, classe especial, e em grande volume ajudam a manter a segurança hídrica de duas grandes bacias hidrográficas

14 milhões de toneladas de Sinter Feed por ano à umidade natural, ou seja, sem uso de água no beneficiamento do minério de ferro.

Ao Tribuna do Piracicaba a empresa fala em “novo conceito do Projeto Apolo, agora sem barragem”.

Segundo a Vale, a proposta atual incorpora soluções para uma operação mais sustentável para o meio ambiente e mais segura para trabalhadores e comunidades e informa ainda que o projeto não interfere nos limites do Parque Nacional da Serra do Gandarela.

Ainda conforme a empresa a versão atual também traz reduções significativas na área do projeto, no consumo de água e na emissão de carbono. “O novo Projeto Apolo ocupa uma área 32% menor do que a proposta inicial de 2009, passando de 2.000 hectares para 1.368 hectares. A área do empreendimento também não interfere com os limites do Parque Nacional da Serra do Gandarela, criado em 2014 com uma área de 31.270 hectares, dos quais cerca de 15.000 hectares estão em processo de possível doação pela Vale para o ICMBio”, pontua a empresa.

Segundo a Vale o consumo de água reduziu em cerca de 90% devido ao

processamento a seco do minério de ferro. “Atualmente, a necessidade do insumo para o projeto está prevista em aproximadamente 100 m³/h, contra 1.900 m³/h estimados em 2009.

Números A empresa informa que a previsão de investimento para implantação do projeto é de US$ 800 milhões, mais de R$4 bilhões. O empreendimento deve gerar cerca de 2.600 empregos temporários no pico das obras, com priorização de mão de obra local. Na fase de operação, serão cerca de 740 vagas de empregos.

O novo Projeto Apolo irá gerar cerca de R$ 151 milhões em impostos (CFEM e TRFM) e adição de R$ 5,8 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro por ano.

vil, para esclarecimento de dúvidas e discussão de soluções relacionadas ao projeto. A Vale reforça sua atuação pautada pelo diálogo, transparência e escuta ativa nos territórios onde está presente”, concluiu a assessoria da empresa.

Para especialistas o discurso não convence Para inúmeros cientistas, entre estes, biólogos, geólogos, botânicos, zoólogos entre outros o que a empresa chama de novo projeto foi apenas uma forma de dar prosseguimento com sua “sede” por minério em detrimento da sobrevivência de milhões de pessoas que dependem da água

produzida na região da Serra do Gandarela, não importando se reduziu a área a ser minerada e ou o consumo de água para as operações, sendo que o que se tem que considerar é o impacto de qualquer intervenção na região, que precisa ser protegida a qualquer custo.

“Fábrica” de água Com áreas conservadas de Cerrado e Mata Atlântica, 270 cavernas localizadas, mais de 300 espécies identificadas entre onças parda e pintada, lobo-guará, veado campeiro e anta, a serra do Gandarela abriga ainda um dos sistemas mais ameaçados do país: a canga.

Essa formação é como

uma crosta ferruginosa que fica por cima do solo, resistente à erosão e porosa - permite que a água da chuva infiltre e forme grandes aquíferos. Ela é encontrada em poucos lugares do país e corre o risco de sumir por, numa triste coincidência, ocorrer em zonas de interesse da mineração.

“Daqui saem as águas que abastecem duas bacias hidrográficas importantes para o país, a do Doce e do São Francisco, ambas já bem impactadas por rejeitos da mineração”, informa o geólogo Paulo Rodrigues. É do rio das Velhas, afluente do São Francisco, que vem a água que abastece 70% da população de Belo Horizonte, além de outras cidades da região metropolitana. Esse rio poderá ser impactado com o projeto Apolo.

Além da ameaça à região Metropolitana de Belo Horizonte a região da Bacia do Piracicaba seria impactada imediatamente tão logo se inicie as intervenções na região pleiteada, segundo especialistas, com redução considerável do volume das águas que formam os mananciais que abastecem cerca de 800 mil pessoas, incluindo o Vale do Aço.

Diálogo com a comunidade A Vale iniciou, em julho, apresentações do novo conceito do Projeto Apolo para comunidades vizinhas ao empreendimento, entidades civis e para o poder público municipal de Caeté e Santa Bárbara. “A empresa manterá o relacionamento com esses grupos, além de outros setores da sociedade ci-

Serra do Gandarela é um verdadeiro berçário de águas

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Cenibra apresenta Programa de Educação Ambiental para a comunidade Servidores da Prefeitura de Nova Era visitam áreas verdes de Rio Piracicaba

Secretária de Meio Ambiente recebe servidores novaerenses

Programa de Educação Ambiental da CENIBRA é uma das exigências para a Empresa renovar a licença ambiental de suas operações

Para que o negócio da Cenibra seja sustentável, a Empresa assume uma série de compromissos de responsabilidade ambiental com as comunidades de sua área de atuação. Dentre eles, está o Programa de Educação Ambiental (PEA), cujo objetivo é conscientizar a população e os empregados para as melhores práticas de uso responsável dos recursos naturais, de modo a conciliar desenvolvimento socioeconômico e conservação ambiental.

Por isso, no dia 26/10/2021, a Cenibra fez a apresentação do PEA para toda a co-

munidade. O evento ocorreu de maneira remota, em duas sessões. Uma voltada para os moradores de Belo Oriente, sede da Fábrica, e outra para o público em geral e a comunidade escolar, principalmente para as comunidades onde se localizam as plantações de eucaliptos.

O PEA é também um compromisso assumido para a manutenção do licenciamento das operações industrial e florestal da Cenibra. Trata-se de um conjunto de iniciativas e processos de ensino-aprendizagem que contemplam os trabalhadores e a população

envolvida nas atividades da Empresa, proporcionando condições para que possam compreender como evitar, controlar e mitigar os impactos socioambientais, bem como fortalecer as potencialidades locais, fomentando uma concepção integrada do patrimônio ambiental.

Nos próximos anos, a Cenibra continuará desenvolvendo projetos educativos para empregados e comunidades, com destaque para professores e alunos das escolas públicas. Serão realizados treinamentos, visitas técnicas, oficinas

e outras ações de conscientização do público para a importância da conservação da fauna, flora, solo e água e o uso sustentável das riquezas naturais.

O PEA da Cenibra pretende contribuir para a criação de novas habilidades capazes de tornar as pessoas ecologicamente prudentes, a fim de evitar ou minimizar danos e riscos ambientais. Para a Empresa, a educação ambiental deve promover valores, atitudes, práticas e comportamentos que sejam benéficos para a natureza.

As praças municipais de Rio Piracicaba continuam chamando a atenção, não apenas de cidadãos piracicabenses e visitantes, mas também de outros municípios.

No dia 27 de outubro, os servidores municipais da Prefeitura de Nova Era, Helvécio e Ariane, vieram ao município buscar informações e orientações a respeito do manejo das áreas verdes do município.

A Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, Daiana Mendes, responsável pela equipe de jardinagem que cuida da manutenção das praças municipais, recebeu servidores da cidade vizinha que foram conduzidos às praças da área central do município.

Segundo Daiana, o trabalho que resulta na beleza das praças é uma ação compartilhada, pois não apenas o poder público deve promover a manutenção da área verde, mas a população deve também participar, não jogando lixo no chão, não pisando na grama e fazendo bom uso do local – “quesitos que felizmente podemos contar com a nossa população”, enfatizou a secretária.

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Prefeitura de João Monlevade e CBH Doce assinam convênio Recursos de R$417 mil aportados pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce serão revertidos em prol da Microbacia do Córrego dos Coelhos O prefeito de João Monlevade, Dr. Laércio Ribeiro (PT), assinou, no dia 21 de outubro, um Termo de Colaboração Técnica com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Doce e com a Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Agevap), filial Governador Valadares. A assinatura ocorreu no gabinete do chefe do Executivo monlevadense.

O convênio assinado contou com a anuência do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba (CBH-Piracicaba/MG) e objetiva realizar, de forma conjunta, atividades vinculadas à projetos hidro-ambientais.

No caso de João Monlevade, foi definido como prioridade o projeto hidrosanitário da Microbacia do Córrego dos Coelhos que consistirá na realização de estudos topográficos e geotécnicos, planos de trabalho e execução de projetos, cadastros técnicos e obras para a implantação, expansão e adequação de sistemas de efluentes domésticos que contemplam as vertentes que convergem para o córrego. Ele abrange os bairros Boa Vista, Campo Alegre, Cidade Nova, Industrial, Ipiranga, Nova Cachoeirinha, Ponte Funda e Recanto Paraíso. O investimento estabelecido no Termo é de R$ 417 mil.

De acordo com o prefeito Laércio Ribeiro, a assinatura do documento é um momento de grande importância para a administração, pois não se trata apenas de uma questão de meio ambiente, mas, sim, de saúde pública. “Estou muito

uma mudança de concepção e investimento no futuro da região. Os trabalhos são intensamente monitorados e o objetivo é fazer mais com menos”, destacou.

O diretor do DAE, José Afonso Martins comemorou o convênio celebrado e lembrou também que ele vem de encontro com o evento que se encontra em construção pelo DAE – Prefeitura e Câmara – Fórum das Águas, que tratará justamente da recuperação da bacia supra citada.

O presidente do CBH Doce fala sobre a importância dos investimentos em projetos hidro ambientais

satisfeito com essa parceria e agradeço a todos pelo empenho. Temos que ter um olhar apurado para essa questão. Tratar e levar água de qualidade para a população é um de nossos objetivos. É o marco de um novo tempo em nosso município. A região é muito visível e é até um trabalho didático cuidar dessa microbacia”, afirmou.

Já o vice-prefeito Fabrício Lopes (Avante) destacou o empenho do governo na elaboração e execução de projetos

voltados para o saneamento básico e meio ambiente. “Esse é um momento histórico e agradeço a todos pelo empenho na questão, secretários, DAE e todos os envolvidos. Monlevade pode se tornar uma vitrine nesse tema para outros municípios”, enfatizou.

O presidente da Câmara Municipal de João Monlevade, Gustavo Maciel (Podemos), parabenizou o governo pela iniciativa e também frisou a importância do convênio.

“Parabenizo o prefeito Laércio Ribeiro e equipe pela iniciativa. São obras que, muitas vezes, deixam de ser feitas por outros governos porque não aparecem, não possuem tanta visibilidade, porém, são extremamente necessárias e os problemas que envolvem as bacias e microbacias afetam a todos”, disse o parlamentar.

O presidente do CBH-DOCE e ex vice-prefeito de Nova Era, Flamínio Guerra Guimarães, também des-

tacou a importância da parceira realizada e fez uma breve explanação sobre os ganhos de Monlevade e região com o a assinatura do Termo. “É uma satisfação enorme estar aqui hoje firmando essa importante parceria. A Agevap está entre as melhores agências do Brasil, com 18 anos de experiência. Essas parcerias são fundamentais, pois proporcionam a viabilização de recursos para a execução de importantes projetos. É

Representantes do DAE, prefeitura e CBH Doce participaram da solenidade de assinatura.

Presenças Também estiveram presentes à assinatura do Termo o vereador Belmar Diniz (PT), o diretor do Departamento de Águas e Esgotos (DAE), José Afonso Martins, os servidores da autarquia, Gilmar Rodrigues da Silva e Lucas Costa Bicalho, o secretário municipal de Meio Ambiente, Samuel Domingos da Silva, o assessor de Comunicação do Executivo, Geraldo Magela Dindão Gonçalves e o chefe de Gabinete Geraldo Giovani Silva.

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O enigmático cuitelão – “Quase ameaçado de extinção” Texto: Marcelo Vasconcelos – Fotos: João Sérgio / Marcelo Vasconcelos A ave que aqui apresentamos não tem cores chamativas e é relativamente calma, podendo passar desapercebida ao observador pouco atento. Apesar disso, o cuitelão (Jacamaralcyon tridactyla) é uma das aves mais interessantes da Mata Atlântica.

Originalmente, ocupava uma área bem mais ampla, com registros históricos nos estados do Espírito Santo, São Paulo e Paraná. Embora tenha desaparecido de várias regiões, a espécie persiste em áreas degradadas das bacias dos rios Doce (Minas Gerais) e Paraíba do Sul (Rio de Janeiro). Nas úl-

timas décadas, o cuitelão também tem sido encontrado em diversas loca-

lidades da Bahia e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, incluin-

do parques urbanos da capital mineira. Por ter sido extinto em vários locais e persistir em áreas sujeitas à intensa degradação antrópica, o cuitelão é uma espécie enigmática, não se sabendo, até o momento, detalhes de seus requerimentos ecológicos.

O que sabemos, até então, é que a espécie vive em grupos familiares, geralmente de quatro a 10 aves. São comumente vistos pousados em cipós nas bordas de capoeiras e na copa das árvores.

Emitem um canto bastante característico e de fácil reconhecimento (ver exemplos em: https:// www.wikiaves.com.br/

midias.php?tm=s&t=b).

Sua alimentação consiste principalmente de insetos que são apanhados em pleno voo, incluindo borboletas, mariposas, moscas, libélulas, cigarras, percevejos e aleluias.

Seus ninhos são feitos em cavidades de barrancos localizados em margens de rios e beiras de estrada. Por estes motivos, o cuitelão pode sofrer com a perda de sítios reprodutivos com a implantação de hidrelétricas (que alagam seus barrancos em margens de rio) ou com atropelamentos.

O cuitelão conta com registros recentes nos seguintes municípios que integram a nossa bacia

do Piracicaba: Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Coronel Fabriciano, Itabira, Jaguaraçu, João Monlevade, Mariana, Marliéria, Nova Era, Ouro Preto, Rio Piracicaba, São Domingos do Prata, São Gonçalo do Rio Abaixo e Timóteo.

Até pouco tempo, o cuitelão era tratado como uma espécie ameaçada de extinção. No entanto, na última revisão global, concluiu-se que a espécie ficaria mais bem categorizada como “quase-ameaçada”. De qualquer maneira, a população total é estimada em menos de 5.400 indivíduos, merecendo todo cuidado e atenção.

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Chuvas - Rio Piracicaba dá o “tom” no que diz respeito a prevenção “Chuvas não causam estragos” - o que causa estragos é a falta de planejamento urbano e o despreparo para lidar com o tempo das águas - que é sinônimo de vida. genheiro ambiental, Augusto Henrique, atual prefeito da cidade, era o Secretário de Meio Ambiente e Coordenador da Defesa Civil Municipal.

A atuação da Defesa Civil piracicabense, na ocasião, além de ser elogiada pela população local, chamou a atenção de to-

Abençoada seja a chuva. Entramos no período da dádiva.

O Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio, atento às questões relacionadas às águas, acompanha de perto a preparação das cidades para o enfrentamento do período chuvoso – que se inicia em outubro indo até março do ano subsequente – dentro das previsões normais.

Eventos extremos vem acontecendo com mais

frequência e cada vez com maior intensidade.

Em Rio Piracicaba, durante o período de chuvas intensas do final de 2018 e começo de 2019, a cidade foi acometida por uma enchente de grandeza catastrófica.

Muitas residências sofreram com alagamento e diversas famílias foram atingidas. No entanto, a situação poderia ter sido

agravada caso não fosse a atuação da Defesa Civil do município, que se preparou e antecipadamente removeu inúmeras famílias de forma ordenada e controlada, oferecendo o máximo de conforto e segurança diante a situação crítica. Isso porque a Defesa Civil local opera trabalhos preventivos durante todo o ano.

Naquela ocasião, o en-

dos os gestores e de moradores das cidades vizinhas, diante o resultado alcançado pelo exemplar modelo de trabalho.

Diante do fato, quando a região entra em novo período de chuvas, o Tribuna procurou ouvir o prefeito Augusto que, apesar da tenra idade,

conta com a voz da experiência no que diz respeito a planejamento.

Com conhecimento de causa, na próxima página o prefeito discorre sobre tópicos que envolvem todo o processo de construção de um planejamento fadado ao sucesso.

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“Pensar as cidades se tornou um compromisso cada vez mais relevante” “O processo de urbanização é um fenômeno mundial, que avança a passos rápidos. O mundo está progressivamente se tornando urbano. Pensar as cidades se tornou um compromisso cada vez mais relevante, já que o crescimento acelerado, aliado a ocupação desordenada, tem sido o principal responsável pelos eventos naturais com consequências catastróficas. O alagamento por exemplo, faz parte do regime espontâneo do rio, porém, as inundações e desastres ocorrem quando há ocupação humana próximo às beiras de rios, ribeirões e córregos. Obviamente, não se pode culpar a chuva, pois é importante para o ciclo da água, faz parte do processo essencial à manutenção da vida na terra, permitindo a sobrevivência de grande quantidade de espécimes da flora e fauna terrestre.

Sem planejamento urbano adequado, chuvas de verão são ameaças.

A intensidade das adversidades causadas pela chuva em diversas cidades evidencia a falta do planejamento e medidas preventivas de curto e longo prazo. O modo prevalecente da utilização e ocupação do solo em diversos locais não leva em consideração as necessidades que os rios, córregos e cursos de água têm de se movimentar no decorrer das chuvas intensas.

Em nossa cidade, as áreas mais críticas são as casas às margens do Rio Piracicaba e córregos, além das residências localizadas próximas a encostas e morros. A equipe da Defesa Civil realiza inspeções nestes locais durante todo ano e orientam as famílias sobre os perigos, reco-

A cidade homonima foi tomada pelo Rio Pracicaba, sem o devido planejamento, o impacto seria devastador

mendando também a adoção de ações preventivas como desobstrução de calhas para uma drenagem adequada, canalização de águas da chuva, que evitem que sacos de lixo que ficam nas calçadas não sejam arrastados por enxurradas e não entupam os bueiros.

Além disso, medidas de correção também são tomadas.

Quando nos deparamos com residências que apresentam rachaduras e danos estruturais graves, telhado com infiltração e risco de queda, ou encostas com risco iminente de deslizamento, um relatório é redigido e encaminhado à Assistência Social Municipal, que realiza análise sócio econômica familiar.

Caso preencham todos os requisitos, respeitando as diretrizes e normas estabelecidas, a Prefeitura Municipal se dispõe a doar alguns tipos de materiais de construção

para esta família de baixa renda, como areia, cimento, brita, telhas, madeiras para telhado, portas e janelas. Essas patologias devem ser corrigidas antes do período chuvoso, assim conseguimos evitar que mais pessoas sejam afetadas, minimizando possíveis danos e tragédias.

Plancon e Nupdec´s Neste ano a Defesa Civil e Prefeitura Municipal

continuam se preparando para o período chuvoso, que se estende de outubro a março, com maior evidencia em novembro e janeiro, mas principalmente no mês de dezembro. Temos de estar preparados, pois existe sempre uma imprevisibilidade do que pode ocorrer.

Nosso PLANCON (Plano de Contingência) está em fase de adaptação, e nos próximos dias, profissionais especializados contratados pela Prefeitura estarão na cidade para reconhecer e analisar o mapeamento de risco, a fim de assinalar quais medidas de preparação devem ser idealizadas. Além disso, será realizado uma pesquisa e catalogação da população vulnerável, que são as crianças, os idosos, pessoas com necessidades especiais, cadeirantes e acamados que se encontram em área de risco. Essas pessoas, em um momento de emergência são os primeiros que devem ser assistidos.

Este ano a novidade foi a formação dos NUPDEC’s, que são núcleos comunitários de voluntários, com representantes de cada bairro, da qual a finalidade é desenvolver um procedimento de orientação permanente em conjunto

à população, e tem como intuito a prevenção e mitigação dos riscos e desastres nas regiões de maior vulnerabilidade no município.

No dia seis deste mês de outubro ocorreu a primeira reunião. Os voluntários são peças fundamentais no trabalho da Defesa Civil, já que o desenvolvimento de ações de conscientização e mobilização dentro das comunidades, contribuem muito para esclarecer os cidadãos sobre condutas adequados em caso de adversidades. Os voluntários, juntamente com a equipe da Defesa Civil Municipal receberão treinamento em primeiros socorros e curso de brigadista florestal, além de vínculos com o SEVOR (Serviço Voluntário de Resgate) com sede em João Monlevade.

Outro aliado importante, lançado em 2017, é o sistema de envio de mensagens de alertas de riscos meteorológicos por SMS. O serviço é gratuito para toda população, disponibilizado pelo Centro de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad). Para receber as mensagens de alerta pelo celular, basta se cadastrar no sistema enviando uma mensagem de texto informan-

Augusto Henique, então coordenador da Defesa Civil em 2019, durante atividades na cidade junto à Defesa Civil Estadual. Hoje prefeito, vem investindo mais em planejamento e ações de prevenção.

do o CEP de Rio Piracicaba, 35940000 para o número 40199. Os alertas são enviados sempre quando são identificadas situações de riscos e ameaças em função de desastres naturais. Hoje temos aproximadamente 800 pessoas cadastradas, porém queremos que este número se multiplique casa vez mais.

Em agosto deste ano, a Prefeitura Municipal participou do Chamamento Público nº 01/2021, que trata da distribuição de kits para estruturação das Coordenadorias Municipais de Proteção de Defesa Civil (COMPDEC). O edital determinou critérios técnicos para a estruturação das Coordenadorias Municipais de Proteção e Defesa Civil no Estado de Minas Gerais.

Após envio de diversos documentos, a Prefeitura de Rio Piracicaba foi comtemplada e receberá no próximo mês uma Caminhonete S10 cabine dupla, um notebook, coletes e uma trena digital, que serão utilizados pela Defesa Civil Municipal.

O veículo garantirá uma melhor assistência em situações emergenciais durante períodos de chuvas e demais situações adversas. A Defesa Civil somos todos nós! Trabalhamos para evitar e prevenir acidentes. Nós evitamos e prevenimos acidentes quando preservamos: nossa vida, nosso patrimônio e nosso meio ambiente!”, concluiu o prefeito.

Fica como exemplo de um sistema que, com apenas vontade política e aplicação de um conhecimento já existente, se consegue prevenir e amenizar os impactos de eventos climáticos que a cada dia ficam mais previsíveis.

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Programa Rio Vivo se prepara para implantação dos projetos Mais de 2.500 propriedades serão beneficiadas em 20 municípios da Bacia e, para agilizar processos, a primeira ação contemplará a proteção de 30 nascentes por município O CBH Piracicaba, através do Programa Rio Vivo, se prepara para iniciar a implantação dos projetos desenvolvidos junto às propriedades rurais da bacia.

Após enfrentar uma série de adversidades, como atrasos na mudança de Agência de Águas e ainda a pandemia, enfim está em andamento a publicação de edital par contratação de empresas para desenvolverem os trabalhos.

Serão investidos cerca de R$ 55 milhões em ações de promoção do saneamento urbano e rural, controle de geração de sedimentos, recuperação de nascentes e educação ambiental.

Inicialmente, após debates, chegou ao consenso que, devido ao atraso no projeto e para beneficiar todos os municípios serão realizadas as operações de recuperação de nascentes, iniciando com 30 nascentes por município: “Dessa forma poderemos atender todos os municípios da bacia em curto espaço de tempo e, terminada essa primeira leva, reiniciamos com as demais nascentes até concluir as mais de 5 ml nascentes em cerca de 2.500 propriedades cadastradas”, informa Flamínio Guerra, presidente do CBH Doce.

O membro do CBH Piracicaba, jornalista responsável pela “Voz do Rio”, Geraldo Magela Dindão Gonçalves, foi um dos defensores de se iniciar o Rio Vivo recuperando nascentes: “Precisamos gerar volume de água para o Piracicaba que a cada dia vem minguando e protegendo essas nascentes, com pouco tempo elas dobram sua produção e a partir daí pode-

te do Rio Vivo. Em um segundo momento serão desenvolvidos a remediação de áreas degradadas geradoras de sedimentos, com foco em barraginhas (P12) e ainda sistemas de tratamento de esgoto além de construção de sistemas de tratamento de água (P42).

Critérios de priorização e cidades contempladas

O então presidente do CBH Piracicaba, Flamínio Guerra, entregando o Diagnóstico e o CAR a proprietários rurais em Rio Piracicaba, durante Expedição Pela Vida do Rio.

remos iniciar os demais programas objetivando proteger as águas e consequentemente a vida”.

As intervenções serão iniciadas ainda esse ano.

Rio Vivo O Projeto Rio Vivo contempla três programas / ações: Programa de Controle das Atividades Geradoras de Sedimentos (P12), Programa de Saneamento Básico (P42) e Programa de Recomposição de APPs e Nascentes (P52).

Principal ação ambiental trabalhada pelo CBH Piracicaba, o Rio Vivo engloba diversas iniciativas que visam aumentar a disponibilidade hídrica, promover o saneamento rural e reduzir a geração de sedimentos em estradas rurais. A primeira fase do programa, que foi a elaboração dos projetos, foi concluída na Bacia do Piracicaba em 2019.

Ainda em 2019, durante a Expedição Piracicaba – Pela Vida do Rio, foram entregues os Diagnósticos das propriedades e os Cadastros Ambiental Rural – CAR, a todos os proprie-

tários selecionados.

Cinco mil nascentes protegidas A primeira etapa, já concluída, contempla o diagnóstico das propriedades rurais e os projetos das intervenções ambientais. Agora serão implantados projetos de recuperação de nascentes (P52) – por meio do cercamento e, caso

necessário, revegetação das mesmas.

Serão cerca de cinco mil nascentes protegidas em mais de 2.500 propriedades rurais nos 20 municípios contemplados, sendo em média 150 propriedades beneficiadas em cada município no final das intervenções.

Outras etapas Mais duas etapas são par-

Os imóveis rurais foram escolhidos de acordo com a localização na bacia. Foram priorizadas as microbacias de captação de água, para que as ações implantadas tragam resultados positivos para toda a população, evitando-se, entre outros problemas, prejuízos no abastecimento em períodos de seca.

Na Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba foram cadastrados mais de 2.500 imóveis rurais nos municípios de Catas Altas, Santa Bárbara, Barão de

Cocais, Bom Jesus do Amparo, São Gonçalo do Rio Abaixo, Rio Piracicaba, João Monlevade, São Domingos do Prata, Bela Vista de Minas, Nova Era, Itabira, Alvinópolis, Antônio Dias, Jaguaraçu, Marliéria, Timóteo, Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e em parte do município de Mariana.

R$55 milhões em caixa Para o desenvolvimento do Projeto Rio Vivo, os recursos já estão garantidos em caixa, totalizando cerca de R$55 milhões.

O início dos trabalhos agora depende das formalidades que o serviço público exige – formatação dos editais de chamamento; licitação para execução dos trabalhos; início da execução dos projetos e acompanhamento dos trabalhos – que deverão ser realizados com total participação dos produtores rurais.

Primeiras ações do Rio Vivo serã a recuperação, revitalização e proteção de nascentes em toda bacia hidrográfica

Outubro de 2021

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Minério: Reservas atuais declaradas para Morro Agudo / Água Limpa vão até 2027 Vale responde questionamentos do Tribuna sobre vida útil das minas piracicabenses e alteamento de barragens

Segundo a Mineradora Vale as reservas atuais prospectadas na cidade de Rio Piracicaba irão até 2027

Que minério só fornece uma safra todo mundo já sabe, entretanto o que as populações que vivem sob o pó e a lama dessa atividade econômica não sabem é quando, verdadeiramente, essa safra findará. Em algum momento essas populações são tomadas por “boataria”, ou hoje “fakenews”, alarmando sobre o fim da exploração, gerando especulações diversas.

Nesses três últimos meses a cidade de Rio Piracicaba foi tomada por um desses boatos – não é a primeira vez. A “fake” apontava os ano de

2022/2023 como o último suspiro de um mina que já está aberta desde os anos 60.

Diante as especulações o Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio, procurou a empresa para esclarecer os fatos conforme segue: Tribuna do Piracicaba - A empresa estaria encerrando as atividades na cidade de Rio Piracicaba? O minério de Morro Agudo / Água Limpa teria se exaurido?

O que de fato está acontecendo?

Vale - Com base na última Declaração de Re-

servas emitida no dia 23/03/2021, a mina de Água Limpa/Morro Agudo tem uma reserva declarada de 54 milhões de toneladas, o que projeta uma vida útil até 2027 de nossa operação. Vale destacar que, continuamente, realizamos estudos e pesquisas que visam ao refinamento do conhecimento geológico, geotécnico e ao estudo da viabilidade econômica da mina, segundo premissas de mercado, como o preço e demanda, por exemplo, questões estratégicas, tais quais o custo de extração, licenciamentos

Alteamento da Barragem do Diogo seria para garantir a produção.

críticos, avanços tecnológicos e socioambientais, e legislações aplicáveis, as quais podem mudar, sensivelmente, as projeções de vida das minas, aumentando ou reduzindo os recursos e reservas e, definindo, por consequência, a longevidade do empreendimento.

Tribuna do Piracicaba – Sobre o alteamento da Barragem do Diogo – poderia informar sobre essa obra? qual o motivo dessa obra já que circula informações que as atividades de extração estariam com dias contados?

Vale - A Vale atua ativa-

mente para melhorar a eficiência dos seus processos e a sustentabilidade dos seus negócios, investindo em soluções que possibilitem a continuidade operacional das suas unidades. Nesse contexto, será realizado o alteamento da barragem Diogo, na Mina Água Limpa. Essa obra tem o objetivo de aumentar a capacidade do reservatório e ampliar a vida útil da estrutura, possibilitando a manutenção dos empregos e impostos gerados pela operação da unidade.

A barragem Diogo foi construída pelo método jusante e é a principal estrutura utilizada para conter o rejeito fino gerado pelo processo de beneficiamento do minério de ferro produzido na Mina Água Limpa, unidade localizada nos municípios de Rio Piracicaba e Santa Bárbara (MG). Por meio do alteamento, já previsto no projeto original da estrutura, a barragem ganha longevidade para continuar operando.

As obras de alteamento da barragem Diogo, que contemplam ainda adequações do sistema extravasor e do canal de restituição, iniciaram em setembro de 2021, com previsão de conclusão em abril de 2022. Serão gerados cerca de 100 vagas de emprego temporárias, com priorização de mão-de-obra local. A Vale adotou as melhores práticas de engenharia e de segurança para preservar a integridade da estrutura, dos empregados e da comunidade.

A barragem Diogo tem Declaração de Condição de estabilidade (DCE) positiva, recebe Inspeções rotineiras de campo e monitoramento permanente por uma série de instrumentos e pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG). A estrutura tem Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) implementado, com rotina mensal de testes de sirenes e realização de simulados.

Outubro de 2021

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Fórum das Águas: Evento acontece dia 19 de novembro Microbacia do Córrego dos Coelhos será estudada na busca de sua revitalização, comissão se concentra nos preparativos para acontecimento hídrico do ano

Enquanto alguns proprietários mantêm a cobertura vegetal, protegendo os mananciais...

I° FÓRUM DAS ÁGUAS – “MICROBACIA DO CORRÉGO DOS COELHOS” Objetivo: Apresentar a realidade da Microbacia do Córrego dos Coelhos e buscar soluções para sua revitalização, buscando, além da sua recuperação ambiental, proteger e melhorar a condição de captação da Estação de Tratamento de Água (ETA) Pacas, onde é a foz desse curso d´água com o Rio Santa Bárbara.

Data: 19 de novembro de 2021 Horário: 8h00 às 17h Local: Câmara Municipal de João Monlevade Outros desnudam a terra, e o córrego, já sem mata ciliar, é assoreado

Diante o levantamento de tantos problemas que culminam com o assoreamento do Córrego dos Coelhos e consequentemente do Rio Santa Bárbara, foi proposto por vereadores e gestores do DAE e da Secretaria de Meio Ambiente a criação de um Fórum para ampliar o debate na busca de soluções, nascendo então o Fórum das Águas – que neste momento tratará da Microbacia do Córrego dos Coelhos.

Convidada a participar da organização do Fórum, a Câmara Municipal, através de seu presidente, vereador Gustavo Maciel, abraçou a ideia e colocou a Casa Legislativa à disposição da causa: “Uma das minhas bandeiras é o meio ambiente e principalmente a questão hídrica que

nossa cidade vive, com constantes falta de água e atualmente convivemos ainda com o risco de rompimento de barragens que pode afetar toda nossa população, portanto não podemos ter hora melhor para ampliarmos esse debate”, disse o presidente que será o anfitrião do Fórum.

Em recente visita à micro bacia, equipe da Assessoria de Comunicação do Executivo esteve guiada pelo vereador Rael Alves, morador da região, promovendo filmagens de todas as nascentes contribuintes do Córrego dos Coelhos.

Durante trabalho, a equipe ouviu moradores antigos da localidade que relataram sobre a queda no volume de águas dos nascedouros, outrora volumosos e falaram da

tristeza de verem inúmeras nascentes secarem.

O levantamento é parte do trabalho que está sendo desenvolvido para ser apresentado durante um painel no Fórum das Águas.

Já no dia 26 de outubro, a Comissão organizadora se reunião na sede do legislativo quando fecharam a lista de palestrantes, debatedores e convidados.

A reunião contou com a presença do vereador Gustavo Maciel, presidente da Casa Legislativa, do vereador Thiago Titó, do diretor do DAE José Afonso Martins e do servidor da autarquia Lucas Bicalho, do Secretário Municipal de Meio Ambiente, Samuel Domingos e do Assessor de Comunicação do Executivo Municipal, Geraldo Dindão Gonçalves.

Programação 8h – Recepção - Ambientação 1° Bloco 8h30 às 9h – Abertura 9h às 11h – Painel / Contextualização Apresentação da atual situação da Microbacia.

Responsáveis – DAE – SEMMA - ACOM Especialistas na área de recursos hídricos discorrem sobre os problemas apresentados pelo painel.

Convidados: CBH Piracicaba; CBH Doce; Age-Doce; UEMG; UNIFEI; UFOP 11h às 11h30 – Participação dos convidados presentes na plateia com inscrição de perguntas dirigidas aos palestrantes 11h30 às 13h – Livre - Almoço 2° Bloco 13:30 h às 16h - Momento de construção / Trabalho em grupos Os convidados divididos em quatro grupos, assessorados pelos palestrantes, discutem sobre o problema e constroem propostas para a solução da Bacia dos Coelhos.

3° Bloco 16h às 17h - Apresentação dos grupos.

Os grupos apresentam as propostas que irão compor o protocolo de ações e metas para a recuperação da Microbacia do Córrego dos Coelhos.

17h - Encerramento Convidados •Arcelor Mittal •Vale •MCI •Prefeito e vice prefeito de João Monlevade •Polícia Militar do Meio Ambiente •Câmara dos Vereadores •UEMG •UFOP •DOCTUM •UNIFEI •Representantes das comunidades dos bairros Cachoerinha; Boa Vista e Cidade Nova.

Organização: •DAE- Departamento de Águas e Esgoto; •Prefeitura de João Monlevade (Secretaria Municipal de Meio Ambiente); •Câmara Municipal de João Monlevade.

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