EDIÇÃO 265

Bacia do Piracicaba, Setembro de 2020 / Edição 265 – Ano XXVII / Distribuição Dirigida Gratuita / Nas bancas: R$ 2,00

VIAÇÃO CIPÓ ABRAÇA O PIRACICABA Página 5

ELEIÇÕES 2020 E O MEIO AMBIENTE Páginas 4 e 7

Aves do Piracicaba Página 8

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“Neve, ciclone bomba, tempestades, enchentes, seca severa, incêndios florestais devastadores: o clima enlouqueceu” Auqecimento Global vai tornando o clima mais extremo e todos os eventos serão mais intensos

recorrência a cada dez anos, e a estação de furacões com um furacão de intensidade máxima passa a apresentar dois ou três”, acrescenta o pesquisador.

Importância das Bacias hidrográficas “Um dos principais efeitos, seja decorrente do aumento ou diminuição de chuvas, está diretamente relacionado ao que se faz nas bacias hidrográficas. É preciso ter um planejamento para essas bacias, seja no sentido de armazenar água, ou de suportar grandes quantidades de chuva sem causar inundações. É um conjunto de ações que se fazem necessárias para lidar com a escassez e o excesso de água”, observa Barroso.

Um fenômeno do clima do qual pouco havia sido falado no Brasil, o ciclone bomba, com rajadas de vento que ultrapassaram 130 km/h, deixou um rastro de destruição em mais de 135 municípios catarinenses e dez mortes no meio do ano.

O ciclone bomba é, até aqui, era o fenômeno mais surpreendente de um ano marcado por eventos climáticos extremos no Brasil: as fortes chuvas que causaram enchentes e deslizamentos no Sudeste no início do ano; a estiagem que castiga o Paraná há meses e já é uma das piores da história; tornados que têm atingido o estado de Santa Catarina; a seca que provoca queimadas devastadoras no Pantanal; e a onda de frio recente que fez nevar em diferentes regiões do Sul.

Uma situação que não é diferente mundo afora, onde se intensificam os furacões, os grandes incêndios florestais e as temperaturas extremas.

Episódios que vão ao encontro de um alerta feito no início do ano pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU). “Infelizmente, esperamos ver muitos eventos climáticos extremos em 2020 e nas próximas décadas, alimentados pela emissão de níveis recordes de gases de efeito estufa que retêm o calor na atmosfera”, disse em janeiro o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.

Um estudo mostrou que, em quase quatro décadas, o número de cidades brasileiras afetadas por desastres naturais do-

brou, passando de aproximadamente 17 mil para quase 34 mil. Já o número de eventos ocorridos nesse mesmo período passou de 5 mil para cerca de 33 mil, indicando que muitas cidades sofreram mais de um desastre. Esse crescimento se acentuou principalmente na última década, com uma quantidade de eventos 120% maior que na década de 2000.

Aquecimento global intensifica fenômenos O coordenador de monitoramento da The Nature Conservancy Brasil, Mario Barroso, explica que essa análise é um indicativo de que eventos climáticos extremos tendem a se tornar cada vez mais frequentes.

“Há grandes indícios de que as alterações na

atmosfera geradas pelo aquecimento global são responsáveis por essa transformação, uma vez que causam mudanças na circulação de massas de ar frio e quente. Eventos meteorológicos inéditos ou de ocorrência muito rara acontecem quando há alterações de temperatura, por isso há uma tendência de eles aumentarem nas próximas décadas”, afirma.

“As mudanças climáticas provocadas pela ação humana influenciam a probabilidade e a severidade de eventos climáticos extremos.

Secas, chuvas intensas, ondas de calor e furacões são eventos que, dependendo da região, são esperados de tempos em tempos. No entanto, uma cheia ou seca extrema que ocorreria a cada cem anos passa a ter

Clima e economia O pesquisador enfatiza que as consequências dos eventos climáticos extremos vão muito além de prejuízos materiais e pontuais. “Uma estiagem prolongada afeta a produção de alimentos. Diminuindo a produção, aumentam os preços. Aí temos inflação alta, que desvaloriza os salários e, assim, toda a sociedade é afetada. Por isso, os governos precisam se preocupar também com os conflitos sociais decorrentes das mudanças climáticas.”

Como podemos nos precaver da fúria do clima?

Para os pesquisadores, há uma série de medidas que podem ser adotadas pelo poder público no sentido de mitigar as causas e efeitos dos eventos cli-

máticos extremos: atuação conjunta dos estados, elaboração de planos de atuação, monitoramento de áreas de risco, recuperação e preservação das florestas, investimento em matrizes energéticas renováveis. “Mas o principal, a meu ver, é a educação geral da sociedade: fazer com que ela entenda a relação entre o que ela faz na natureza e o que está acontecendo agora.

Esse entendimento é que vai gerar o aumento da conscientização e melhores respostas a esses eventos”, conclui Barroso.”

EXPEDIENTE

Tribuna do Piracicaba • Editor: Geraldo Magela Gonçalves • Diretor Geral: Rafaela Iara Pantuza Gonçalves • Comercial: contato@tribunadopiracicaba.com (31) 9 9965-4503 • Diagramação/Arte: Sérgio Henrique Braga • Impressão: Gráfica Bom Dia • Representante Comercial: Super Mídia Brasil - BH Bacia do Piracicaba Redação e Administração Rua Lucindo Caldeira, nº 159, Sl. 301, Alvorada, CEP.: 35930-028 João Monlevade / MG / Brasil (31) 9 9965-4503 • A Voz do Rio Online: www.tribunadopiracicaba.com Circulação: Bacia Hidrográfica do rio Piracicaba FUNDADO EM FEVEREIRO DE 1994 Razão Social : Drielle Pantuza GonçalvesMEI CNPJ 31.569.299/0001-23 Todos os Direitos Reservados contato@tribunadopiracicaba.com

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Rio Piracicaba sob 11 barragens interditadas Bacia do Piracicaba tem 11, das 42 das barragens de mineração interditadas no estado A Agência Nacional de Mineração (ANM), órgão que fiscaliza o setor no país, divulgou nessa quinta-feira (1º) a lista das barragens que não tiveram sua declaração de estabilidade atestada e que, por isso, estão interditadas. Ao todo, 45 estruturas estão impedidas de operar, sendo 42 delas localizadas em Minas Gerais. As outras estão nos estados de Amapá, Pará e Rio Grande do Sul. A declaração de estabilidade da barragem deve ser entregue obrigatoriamente duas vezes ao ano: a primeira em março e a segunda em setembro. O documento é emitido por uma auditoria terceirizada que deve ser contratada pelas mineradoras. Caso ele não seja entregue ou a avaliação conclua que a estrutura não tem estabilidade, a ANM determina a paralisação das operações.

A nova lista reúne as barragens que não foram aprovadas nas análises que deveriam ser apresentadas em setembro.

De acordo com o órgão, das 45 estruturas listadas, 36 já estavam paralisadas porque não haviam tido a estabilidade atestada em março. Com as novas avaliações, 391 barragens no país têm autorização para operar.

Barragens da Vale A mineradora com o maior número de estruturas interditadas é a Vale.

São 31 ao todo, todas em Minas Gerais. Nos últimos anos, a mineradora tem se envolvidos em grandes tragédias ambientais no estado. Em novembro de 2015, uma barragem da Samarco, joint-venture da Vale e da BHP Billiton, se rompeu em Mariana (MG) ma-

tando 19 pessoas e causando danos ao longo de dezenas de municípios da Bacia do Rio Doce.

Em janeiro de 2019, outro desastre causou 270 mortes: a ruptura de uma barragem da Vale em Brumadinho (MG).

Após essa segunda tragédia, um pente-fino levou à interdição de diversas barragens da mineradora. As paralisações foram determinadas não apenas pela ANM, mas também pela Justiça mineira, que atendeu a diversos pedidos formulados em ações movidas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para paralisar outras barragens e exigir a contratação de novas auditorias externas a fim de verificar a segurança das estruturas. Há casos em que a própria Vale se antecipou e interrompeu as operações.

Confira as 11 barragens da Vale que estão sem declaração de estabilidade na Bacia do Piracicaba: Barragem de Xingu - Mina Alegria

Nível de emergência 3

– Barragem Sul Superior da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais

Nível de emergência 2

– Barragem Sul Inferior da Mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais – Barragem Doutor da Mina de Timbopeba, em Ouro Preto – Barragem Xingu da Mina Alegria, em Mariana

Nível de emergência 1

– Barragem Campo Grande da Mina de Alegria, em Mariana – Dique 02 do sistema de barragens de Pontal, em Itabira – Barragem Norte/Laranjeiras da Mina Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo – Barragem Santana da Mina Cauê, em Itabira – Dique Borrachudo II da Mina Cauê, em Itabira – Dicão Leste da Mina Fazendão, em Catas Altas – Barragem Dique de Contenção Paracatu da Mina Fazendão, em Catas Altas Com informações: IstoÉ

Implantação da Brigada Florestal Voluntária avança Entidade ganha sala para administração e agora trabalha por sede operacional A Brigada Florestal Voluntária, de João Monlevade, já conta com uma sede administrativa e se organiza na busca de um local para o funcionamento da sua base operacional. Os brigadistas terão um escritório no mesmo prédio onde funciona a 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil, na rua Bernardino Brandão, bairro Rosário.

Uma sala foi cedida ao grupo, pela Contabilidade Arthuzo, proprietária do imóvel. “O objetivo é buscar formas de viabilizar uma sede operacional. Publicamos um edital para o curso de brigadistas e em breve teremos pessoas com treinamento, mas para que essa equipe possa trabalhar é necessário veículo e um

Descerramento simbólico da placa de lançamento oficial da Brigada Florestal

ponto de operações”, destacou o bombeiro civil Saulo Amaral, presidente da brigada.

O edital abriu inscrição para a entrada de voluntários interessados em fazer curso de brigadista e participar da iniciativa. As inscrições foram

encerradas no dia 21 de setembro e no dia 18, a fundação do grupo foi oficializada na reunião mensal do Conselho Comunitário de Segurança Pública da Região 1 de João Monlevade (Consep-1), na sede da Associação dos Municípios da

Microrregião do Médio Rio Piracicaba (Amepi), no bairro Aclimação, em João Monlevade.

Durante a reunião, o Consep-1 fez o descerramento simbólico da placa de fundação da brigada, com a presença da procuradora Jurídica da Prefeitura de João Monlevade, Racíbia Alves de Moura, da secretária de Meio Ambiente, Fernanda Ávila, e da juíza Nathália Moura de Souza.

Fernanda Ávila explicou que a iniciativa é importante para combater os incêndios em João Monlevade. “A demanda que enfrentamos no período de incêndio é muito grande. Atualmente, só conseguimos combater as queimadas por causa de uma parceria com a ArcelorMittal que nos apoia

com seus brigadistas”, afirmou a secretária.

Regional Embora tenha sido fundada em João Monlevade, a brigada pretende formar parcerias com

cidades de toda a microrregião do Médio Piracicaba. O objetivo é desenvolver um trabalho semelhante ao do Serviço Voluntário de Resgate (Sevor), mas voltado para o combate a incêndios florestais.

É preciso se preparar para os próximos anos, quando eventos como incêndios florestais se tornarão mais extremos

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Eleições 2020: população cobra mais investimentos em saúde As eleições estão ai, com candidatos prometendo mundos e fundos e eleitores cobrando muito de um tudo.

A saúde, como em todas as últimas eleições, se apresenta como o carro chefe, tanto das cobranças como das propostas.

Também não é pra menos, a cada dia a população fica mais doente, haja visto a proliferação das farmácias e também, sem saúde, nada mais importa.

Entretanto, vale lembrar que o melhor investimento em saúde não é ampliação de hospitais, contratações de mais médicos e enfermeiros, fornecimento de remédios e transporte para levar pacientes para tratamento em outras cidades – o melhor investimento é na prevenção – se não adoecer – melhor, além de ser muito mais eficiente e barato. Quem quer ficar doente?

Para alcançar resultados efetivos nesse trabalho de prevenção o primeiro passo é o investimento em saneamento básico – oferecendo não só água tratada à toda população, mas também tratando o esgoto, construindo Estações de Tratamento nas áreas urbanas e fossas sépticas nas comunidades rurais. Essa ação, por si só, já é mais que 80% da prevenção à inúmeras doenças que atinge as populações.

Enganando a população Como já publicado em edições anteriores, apenas seis, das 21 cidades da Bacia Hidrográfica do Piracicaba, contam com Estações de Tratamento de Esgoto, as demais continuam lançando esgoto in natura nos cursos d´água e, como

Imaginem se esse rio fosse limpo, quantas oportunidades seriam criadas, além da questão da saúde.

se não bastasse o esgoto, por falta de um trabalho efetivo de fiscalização e educação, todo tipo de lixo tem seu destino final nos córregos e rios.

Após o CBH Piracicaba ter patrocinado Planos Municipais de Saneamento Básico para praticamente todos os municípios da Bacia – investindo cerca de R$15 milhões – os prefeitos, em sua maioria, literalmente engavetaram esse trabalho – balizador para as ações de saneamento.

Se por um lado os gestores não se empenham em colocar ações de saneamento básico em prática, por outro a população se mostra alheia à situação – não sabendo ela que o preço a pagar por esse descaso vai muito além da qualidade de vida – passa por situação de

vida ou morte mesmo.

Muito além da saúde Apesar da questão da saúde ocupar grande parte dos programas de governo – muito pouco se vê sobre o saneamento básico – principalmente quando se fala em tratamento de esgoto – sendo essa umas das situações que mais geram doenças e, consequentemente, gastos – sem contar o sofrimento dos afetados – toda população – diga-se de passagem – a dengue está ai para mostrar – atingindo todos – pobres e ricos.

Já que a maioria dos gestores tem passado “batido” por essas questões, o Tribuna alerta os candidatos – investir na construção das ETE´s vai muito além da questão apenas da saúde – como se isso

racicaba, pode-se dizer sem dúvida, ser uma das mais belas do Brasil – nela se encontra a RPPN Caraça, parte do Parque Nacional Serra do Gandarela e Parque Estadual do Rio Doce, além de dezenas de pontos geográficos que merecem destaques, dezenas de cachoeiras e rios que oferecem ótimas oportunidades para prática de esportes aquáticos e lazer de graça para toda população.

Entretanto, essas oportunidades são ofuscadas devido a poluição que afeta praticamente toda bacia – principalmente por esgoto doméstico.

Com a construção das ETE´s, além de impactar diretamente na saúde de toda população e gerar economia aos cofres públicos – cria-se oportunidade para geração de emprego e renda com a exploração da indústria do lazer e do turismo.

não fosse o suficiente.

A cada R$1,00 investido em saneamento básico economiza-se R$4,00 em investimentos em tratamento de doenças causadas pela falta do saneamento.

Gerando emprego, renda e qualidade de vida O Tribuna promoveu durante a última semana de setembro uma “Viagem Virtual” pela Bacia Hidrográfica do Piracicaba através do Faceboock e Instagran, postando imagens capturadas durante a Expedição Piracicaba - Pela Vida do Rio, desde a nascente em Ouro Preto até a foz em Ipatinga – onde o Piracicaba se encontra com o Rio Doce.

As imagens encantaram a todos – a Bacia do Pi-

Dezenas de cachoeiras completam o cenário maravilhoso da bacia que tem um pontencial turístico inestimável. Na foto a cachoeira do Capivari, um dos contribuintes do Piracicaba

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Antônio Cota deixa a vida e entra para a história Obras destaque: Educação - Implantação do Projeto Curumim, Construção da Escola do Córrego São Miguel; Construção do Pré-Escolar D. Rita Martins (ao lado do Banco do Brasil); Ampliação e novas instalações da Secretaria de Educação; passarela de Bicas.

Saúde – Construção do Centro de Saúde; Construção do Posto de Saúde de Padre Pinto; ampliação do prédio do CRAS e auxílio financeiro constante ao hospital local.

“Saindo da vida para entrar para a história” – Rio Piracicaba parou no dia 14 de setembro para dar o último adeus a Antônio Cota, o prefeito eleito mais longevo da história do município, à frente do executivo municipal por quase 15 anos.

Antônio José Cota, 79 anos, morreu, por volta das 5h da manhã do dia 14 de setembro, no Hospital Margarida, em João Monlevade. Ele lutava contra um câncer há alguns anos.

O velório dele teve início às 14h e durou até as 16h, quando o corpo foi levado para o distrito de Padre Pinto “Caxambu”, onde o político nasceu.

Ao passar em frente à Prefeitura, o cortejo parou para uma homenagem com a execução do hino nacional.

Nem mesmo a pandemia causada pelo Covid19 impediu que a população comparecesse para homenagear o prefeito que fez história.

Aproximadamente 120 veículos formaram um comboio na MG123, que liga o Centro de Rio Pira-

cicaba ao distrito de Caxambu. O funeral chegou na igreja Nossa Senhora Auxiliadora, por volta das 16h30, onde a população prestou suas últimas homenagens ao político.

O inseparável chapéu branco, que marcou a trajetória política do prefeito, foi colocado sobre o caixão nas duas cerimônias. Durante o velório em Caxambu, a tradicional Guarda de Marujos Nossa Senhora do Rosário, prestou homenagens ao prefeito eleito em 2016 para o quarto mandato. Às 17h30, o corpo foi levado para o cemitério, onde a comunidade de Caxambu deu adeus ao prefeito.

Antônio Cota deixa esposa, dois filhos, cinco netos e um legado de inúmeras obras e realizações em Rio Piracicaba.

Político Considerado o mais vitorioso prefeito da história de Rio Piracicaba, Antônio Cota venceu quatro eleições e fez um suces-

sor. Ele administrou a cidade de 1993 a 1996 e, nesse último ano, elegeu um aliado.

De 2001 a 2004, Antônio Cota voltou à Prefeitura, sendo reeleito, depois, para o terceiro mandato, de 2005 a 2008. Antônio Cota só retornaria à Prefeitura em 2017, para o quarto mandato, após vencer as eleições em 2016, governando a cidade até 2019, quando teve de se afastar do cargo por conta da doença.

No total, governou Rio Piracicaba por 14 anos e oito meses, num período de quase 26 anos, entre 1993 a agosto de 2019, sendo o prefeito mais longevo do município eleito pelo voto popular.

Legado Além de ter governado Rio Piracicaba por quase quatro mandatos, Antônio Cota presidiu a Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Piracicaba (Amepi), em 1995.

Enquanto prefeito, juntamente com os prefeito Germin Loureiro – Bio,

de João Monlevade e Wilber José de Bela Vista de Minas, idealizou e doou o terreno onde a Amepi viria a construir o aterro sanitário, através do Consórcio Público de Gestão dos Resíduos Sólidos do Médio Piracicaba. No início, o consórcio era formado apenas por João Monlevade, Rio Piracicaba e Bela Vista de Minas, atualmente ele abrange as cidades de São Domingos do Prata, Nova Era e Alvinópolis.

Em Rio Piracicaba, as obras de sua gestão são inúmeras. Pavimentou ruas, construiu escolas, urbanizou bairros, levou energia elétrica e água tratada a diversas localidades rurais, além de implantar a coleta seletiva de lixo, construiu um dos melhores espaços de eventos da região, levou a Copasa aos distritos de Conceição de Piracicaba (Jorge) e Padre Pinto (Caxambu), praças em toda a cidade e sendo sua última obra a “Alameda da Estação”, no centro da cidade.

Saneamento básico - Fundador do Consórcio Intermunicipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Aterro Sanitário Controlado); abertura de poços artesianos e captação e distribuição de água em diversas localidades, (Pe. Bento, Boa Vista, Limeira, Fazenda Velha, Paraíso, Varginha entre outras comunidades); implantação da Ascaripi; construção de estação de tratamento de esgoto em Caxambu; construção de estação de tratamento de água em Caxambu e Conceição de Piracicaba.

Habitação - Construção e reforma de mais de 300 casas populares.

Esporte - Construção do Ginásio Poliesportivo, iluminação do campo de futebol, construção de quadras poliesportivas no Córrego São Miguel (escola), no bairro de Fátima e em Caxambu; cobertura da quadra de Caxambu.

Urbanismo - Construção da Alameda da Estação, Construção da Praça Maria do Rosário Caldeira (centro), reforma das praças da Matriz , Praça Costa e Silva (próximo ao cemitério), Praça N. Sra da Conceição (Distrito Conceição de Piracicaba / Jorge), pavimentação com bloquetes de diversas ruas na Serra Pelada, Cohab, Estiva, Córrego São Miguel, Caxambu, Conceição de Piracicaba (Jorge), bairro de Fátima, Chacrinha, extensão e construção de rede elétrica na área rural, asfaltamento de ruas no centro da cidade, parte da rua Emília de Freitas, ruas de Caxambu e Conceição de Piracicaba (Jorge), recapeamento asfáltico das ruas do Centro da Cidade e do Distrito de Padre Pinto (Caxambu); calçamento com bloquetes Rua Diogo Vasconcelos, Rua Dom Bosco (Pe. Pinto), Rua H (Jardim das Rosas), Ruas no Fundão e na Chacrinha.

Outras obras: Construção do Parque de Exposição; Velório Municipal; construção de novas pontes na Ponte Saraiva e Ponte do Barandão, construção de mata-burros por toda Zona Rural, bueiros e colocação de tubulões em diversos pontos da área rural, implantação do sistema de gerenciamento de frota para melhor manutenção e controle de gastos com veículos, aquisição de palco de estrutura metálica entre outras.

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Dr. Gentil: Condenação por improbidade pode chegar a R$200 mil Ex-prefeito impugna ação de cobrança pedindo revisão de cálculo e pede conciliação.

Intimado a pagar, ele ignorou prazo recebendo mais 10% de multa sobre a condenação Ignorando a intimação da justiça, o ex-prefeito Gentil Alves, que tenta mais uma vez voltar ao comando da cidade, teve sua condenação acrescida de 10% de multa pelo não ressarcimento aos cofres públicos dos valores definidos pelo TJMG. O valor anterior, que se fosse pago voluntariamente, era de R$181.801,20, passa agora para R$199.981,32 – a serem restituídos aos cofres públicos.

O ex-prefeito foi condenado a recolher os valores diante o processo Nº 500025780.2020.8.13.0557, por Improbidade Administrativa, conforme intimação abaixo: Requerente: Ministério Público - Requerido: Gentil Alves Costa 1. INTIME-SE o executado a, em quinze dias, pagar o débito, sob pena de multa de dez por cento e de honorários advocatícios de dez por cento (art.

523, caput e § 1º, do CPC), ciente de que o prazo de quinze dias para apresentação de impugnação terá início no dia subsequente ao término do prazo para pagamento voluntário (art. 525, caput, do CPC), devendo a Secretaria realizar a intimação... TÁBATA CRESTANI - Juíza de Direito Entretanto, o ex-prefeito, conforme certidão do MPMG, ignorou a intimação e apesar de ter sido contatado por esse periódico, questionado sobre o fato, também não se manifestou.

Já a secretaria do Ministério Público expediu a seguinte certidão: “Certifico que o executado, devidamente intimado, via sistema, para cumprimento da sentença (pagar em 15 dias o débi-

1.0557.15.000688-9/001 0006889-86.2015.8.13.0557 (1) rendeu ao ex-prefeito Gentil Alves, uma condenação por “Improbidade Administrativa”, por violação aos Princípios Administrativos ocorrida no mandato exercido entre 2012 a 2016.

O Desembargador Maurício Soares deixa claro em seu voto: “Ora, é indubitável a ocorrência das inúmeras práticas irregulares apontadas nos autos, mesmo estando o réu ciente da sua obrigação, enquanto gestor público, de zelar pela moralidade em todos os atos e procedimentos relativos ao exercício de sua função administrativa, e pela estrita subsunção de suas decisões às normas le-

O ex-prefeito Gentil Alves condenado por improbidade administrativa

gais. Sendo assim, restou caracterizado o dolo genérico”, comenta.

Continuando o desembargador relata: “Não se pode concluir que no caso ocorreu o simples despreparo técnico do gestor municipal e dos servidores que lhe auxiliaram, tendo em vista que, como explicitado, não se está diante de uma ilegalidade isolada, mas da prática reiterada de procedimentos eivados de vício, e não apenas formais, que certamente não podem ser entendidos como meras irregularidades, revestindo-se sim de caráter ímprobo, sendo imperiosa a condenação nas sanções previstas na Lei n. 8.429/92.”, concluiu à época.

Cálculo do valor da condenção sem a multa pelo não pagamento

to), quedou-se inerte. Certifico que os autos aguardarão o prazo de eventual impugnação a vencer em 07 de outubro”. - Secretária do MPMG. Diante dos fatos, o ex-prefeito, entrou com impugnando requerendo audiência de conciliação e que seja reconhecido o próprio cálculo.

Condenado O processo

número

Linha dura

Justiça Eleitoral multa quatro candidatos piracicabenses O Juiz Eleitoral Estevão José Damazo, da 150ª Zona Eleitoral, em João Monlevade, a qual Rio Piracicaba está subordinada, mostrou a que veio e não está aliviando para nenhum candidato.

Em menos de um mês ele já autuou quatro candidatos da cidade por propaganda extemporânea.

Foram autuados os então à época pré-candidatos a

prefeito – Alvício Bibiano – Tikinho – 1 multa (recorreu) . Gentil Alves Costa – 2 multas (perdeu prazo de recurso) e Augusto Henrique – 3 multas (recorreu).

Esse posicionamento da justiça eleitoral deixa claro que os casos que extrapolarem o limite permitido pela legislação, não serão tolerados e serão tratados com rigor.

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Projeto Piracicaba ganha apoio de peso – Toledo e Viação Cipó

Toledo entrevista Dindão, coordenador do Projeto Piracicaba, às margens do referido rio, em João Monlevade.

O Projeto Expedição Piracicaba – Pela Vida do Rio acaba de ganhar um apoio de peso – trata-se da revista televisiva semanal “Viação Cipó”, capitaneada pelo apresentador Otávio di Toledo e exibida aos domingos pela TV Alterosa/SBT. No dia 24 de setembro, o programa que esteve filmando em João Monlevade e gravou um bloco especial com o coordenador da Expedição e editor do Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio, jornalista Geraldo Dindão Gonçalves.

As filmagens aconteceram às margens do Rio Piracicaba bem próximo à usina da PCH Piracicaba, sediada na histórica e icônica edificação construída pelo Visconde de Mauá no lugar das Forjas Catalãs de Jean de Monlevade.

Durante as filmagens Toledo deixou claro a preocupação do programa para com as “nossas

águas”: “Uma das causas que o Viação Cipó defende são os nossos rios – e estamos aqui às margens desse belo rio – o rio Piracicaba que o Dindão vai falar sobre”, apresentou.

Dindão discorreu sobre a importância histórica e econômica do Piracicaba além de destacar, mais que essas questões, a importância biológica do curso d´água para a vida como um todo. “É importante sempre lembrar que Minas Gerais praticamente nasceu na Bacia do Piracicaba – esse rio nasce entre Ouro Preto e Mariana – primeiras cidades de Minas – a partir desse rio, as “Entradas e Bandeiras” se aprofundaram no interior do estado indo até o Rio Doce”, informou.

Dindão lembrou também que a Bacia do Piracicaba detêm o maior parque siderúrgico da América Latina e que a maior parte das minas da Vale se encontram na Bacia do Piracicaba.

Ainda durante as filmagens, Toledo, que exaltou a beleza natural do local, indagou se haveria condições de uso; sendo informado sobre a

poluição por esgoto doméstico entre outros que afetam toda bacia e que impossibilitam seu uso para diversas atividades: “Imaginem se houves-

sem tratamento dos esgotos em todas as cidades – além de termos um fantástico espaço de lazer – lindo e maravilhoso, para práticas de esportes aquáticos, pesca, banhos, existiria ainda uma indústria gerando emprego e renda – sem contar a questão da saúde”, destacou Dindão lembrando que para cada R$1 real investido em saneamento básico economiza-se R$4 reais em despesas com tratamento de saúde.

“Cuidar do meio ambiente e do rio é uma questão de economia também”, destacou Toledo.

Aproveitando o programa, Dindão fez uma breve apresentação do projeto Expedição Piracicaba – Pela Vida do Rio e seus objetivos e agradeceu ao apoio disponibilizado pelo programa Viação Cipó: “Nosso objetivo é que até 2030 tenhamos estações de tratamento de esgoto em toda bacia”, concluiu.

Além das gravações no Rio Piracicaba, onde foi

apresentada a Expedição Piracicaba e o projeto “Eco barreira”, o “Viação Cipó” gravou a inauguração do atacadão “MartMinas”, a igreja São José Operário, a Fazenda Solar de Jean de Monlevade e uma receita no tradicional Bar e Restaurante “Pé de Porco”.

O programa produzido em João Monlevade ainda não tem data definida para ir ao ar.

Saiba mais: Sem interrupção desde 2003, o “Viação Cipó” traz para o público Mineiro o resgate de sua identidade cultural, lindas paisagens, tradições da cultura, culinária, curiosidades, além de registrar as riquezas materiais, naturais e imateriais de Minas.

O programa é apresentado por Otávio di Toledo, jornalista e historiador, que também se destaca no Alterosa Esporte há mais de 20 anos.

Bastidores da gravação, quando Toledo fala sobre a importância da preservação das águas.

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Novos prefeitos precisam atentar para a mobilidade urbana A bicicleta merece especial atenção, além de ecologicamente correta, ela gera saúde e desafoga o trânsito Os futuros gestores das cidades da Bacia do Piracicaba assumirão em 2021 cidades com graves problemas de mobilidade urbana e que, por menor que sejam, já enfrentam esse problema.

Os números refletem uma situação grave, onde motoristas sofrem com a perda de tempo no trânsito e sem lugar para estacionar; usuários de transporte público com as péssimas condições e insuficiência de ônibus; e pedestres e ciclistas com a falta de respeito e espaço para circular com segurança pela cidade.

Juntos, todos sofrem com a poluição, a degradação dos ambientes de convivência e o aumento da agressividade nas ruas.

Por outro lado, por todo o mundo, o uso da bicicleta vem sendo tratado como um importante indicador de qualidade de vida, havendo um

consenso crescente entre técnicos, gestores e urbanistas sobre a necessidade de inclusão definitiva deste modal nas políticas urbanas.

Com a ameaça de contaminação pelo novo coronavirus, o distanciamento se faz necessário e vital – o que pede evitar o uso do transporte público. O uso da bicicleta se tornou então um caso de saúde pública.

Mobilidade Urbana No início de 2012 entrou em vigor a Política Nacional de Mobilidade Urbana que, entre outras diretrizes, indica a “prioridade dos modos de

transportes não motorizados sobre os motorizados”, sugerindo aos gestores públicos atenção especial à mobilidade por bicicletas como alternativa para as cidades.

Inúmeras cidades da bacia, apesar de grande adesão da população, ainda não conseguiram incluir a bicicleta de maneira efetiva nas políticas de transporte, sem nenhuma infraestrutura cicloviária.

Para atender essa demanda crescente, as cidades precisam de gestores dispostos a investir efetivamente na mobilidade por bicicletas, oferecendo condições de articulação com o transporte coletivo e realizando ações em todas as regiões das cidades.

O Tribuna do Piracicaba – A Voz do Rio apresenta aqui um conjunto de propostas que deverão nortear o trabalho de gestores comprometidos as com a melhoria da qualidade de vida destas cidades:

Propostas 1) Desenhar um plano cicloviário para toda a cidade baseado em estudos e pesquisas, criando uma rede de ciclovias, ciclofaixas e rotas de bicicleta que garantam deslocamentos seguros e confortáveis aos cidadãos. Executar o plano de acordo com os prazos anunciados para projetos e obras.

2) Aumentar em 1% por ano o orçamento municipal de transportes destinado à mobilidade por bicicletas por meio do Plano Plurianual, atingindo 4% do total de recursos em 2024.

3) Promover a participação da sociedade civil (ciclistas), no Conselho Municipal de Transportes, garantindo o acesso fácil à informação e estabelecendo mecanismos efetivos de diálogo formal com a sociedade sobre programas, projetos e ações de interesse dos ciclistas.

4) Integrar a bicicleta ao transporte público, criando redes cicloviárias ao redor dos terminais (pontos) de ônibus e estação ferroviária. Instalar e manter bicicletários integrados aos terminais e estações, que sejam gratuitos, adequados à demanda e com o mesmo horário de funcionamento do transporte coletivo.

5) “Acalmar” o trânsito, com adoção do limite de velocidade, e instalação de dispositivos como rotatórias, faixas de pedestre elevadas, sinalização horizontal e outros.

6) Garantir a travessia segura de pedestres e ciclistas em locais de risco.

7) Desestimular o uso do automóvel, aumentando as restrições de circulação e estacionamento em via pública, ampliando calçadas e calçadões e dando prioridade absoluta aos investimentos no transporte coletivo e na mobilidade de pedestres e ciclistas.

A ciclovia deixa o trânsito mais humano

9) Desenvolver campanhas e programas permanentes de educação para todos que participam do trânsito, privilegiando o deslocamento seguro de pedestres e ciclistas. Intensificar a fiscalização dos comportamentos que colocam em risco a vida e ampliar as ações para locais e horários que hoje não têm fiscalização (noites, regiões periféricas e interior dos bairros).

10) Melhorar a convivência dos serviços de transporte público sobre pneus (ônibus e taxis) com as bicicletas, implantando programas de educação e reciclagem permanente de todos os condutores. Garantir condições adequadas de trabalho aos motoristas, privilegiando a direção segura em detrimento da pressa.

Setembro de 2020

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“Entre baleias e estrelas” – piracicabense lança sua primeira obra literária

Luisa Viana Melo - Luel - iniciando uma viagem sem volta pela literatura, lançando seu primeiro livro.

Uma obra inspirada nos mistérios e nas belezas das montanhas de Minas Gerais, na fé e religiosidade de seu povo, nas ladeiras históricas de Ouro Preto e nas belezas naturais que cercam lugares especiais, como a cidade de Catas Altas e o Santuário do Caraça. Essa é a atmosfera do livro “Entre baleias e estrelas”, primeira obra literária da rio piracicabense Luiza Viana Melo, de 31 anos, carinhosamente conhecida como Luel.

O livro “Entre baleias e estrelas” será lançado oficialmente em Rio Piracicaba, terra natal de Luíza, no próximo dia 16 de outubro, às 9 horas, na sede da Aciarp (Associação Comercial Industrial e Agropecuária de Rio Piracicaba).

Luíza Melo, que também é advogada e possui diversas crônicas escritas, trabalha a produção de outros livros, entre eles, a obra “A marca de biquíni”, em produção e ainda sem data para ser publicada. A autora, que atualmente reside em Belo Horizonte, também publica seus textos na plataforma digital Wattpad.

A obra Segundo Luíza, o ponto de partida da história de “Entre baleias e estrelas” é o estado de Minas Gerais e seu principal objetivo foi escrever sobre um universo regional. “Queria colocar no papel uma das muitas versões que

Minas Gerais abriga. Seria uma forma de homenagear não só esta terra, mas o modo de vida de quem a habita”, afirma.

A autora também descreve a forma de produção de sua primeira obra publicada. ”Queria escrever o regional, sem firulas, sem conectivos chiques

Catas Altas e a Festa do Vinho e ainda o Caraça tem espaço vip na obra.

que ninguém usa. Queria ver no papel uma história nossa, mineira. Nesse processo, para criar ‘Entre baleias e estrelas’ eu fiz muita pesquisa de campo sobre um pedacinho de Minas que se tornou meu combustível. E descobri muitas coisas gigantes sobre esse tal pedacinho

e seus entornos”, destaca.

Luíza também salienta que as cores, os sons, o espírito comunitário, a riqueza natural de Minas Gerais e a cultura universitária das cidades históricas inspiraram a obra. “O Caraça ganhou um capítulo especial no livro e a Festa do Vinho em Catas Altas foi

o cenário para uma prova de amor”, lembra.

A autora ainda exalta e valoriza a produção literária nacional. “Vem comigo nessa viagem e vamos incentivar os autores nacionais, porque o Brasil merece ser contado por uma pluralidade de vozes”, destaca Luel.

Palavra da autora Para o meu livro nascer foi preciso muito mais do que uma imaginação fértil e um coração apaixonado pela literatura e pela língua portuguesa.

O “Entre baleias e estrelas” foi escrito de 2015 a 2018 e de lá para cá foram 2 anos trabalhando no texto e buscando publicar a obra em meio a tudo, incluindo um país atravessado por uma pandemia, crise econômica e profundo processo de desvalorização da educação, da cultura e da ciência.

Tudo isso tem sido possível porque não estou sozinha. Conto com o apoio que recebi aqui de vocês e especialmente dessas mulheres talentosas que estão na foto acima e gostaria de dedicar esse momento a elas. Obrigada por tornarem meu projeto real; obrigada pelo trabalho de qualidade; por tudo que aprendi com vocês nesse processo; pela compreensão, pela parceria!

1. Leida Reis: @paginas_editora e @livraria_paginas 2. Laura Cohen: leitura crítica 3. Sarah Guedes: ilustração da capa.

4. Débora Mini: booktrailer 5. Claudia Rezende: edição 6. Letícia Ianhez: arte do mapa Com carinho e borbolhas, LUEL

Setembro de 2020

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Muito comum, mas não menos gracioso – o caga-sebo Hoje vamos falar de um passarinho muito comum, que provavelmente todos que prestem um mínimo de atenção na

Natureza já viram (talvez sem saber de quem se tratava, até agora pelo menos). Hoje vamos falar da cambacica ou,

como é mais conhecida na nossa região, caga-sebo (Coereba flaveola).

O caga-sebo pode ser encontrado em praticaJoão Sérgio

mente todo Brasil (só não é encontrado nas regiões mais densamente florestadas da Amazônia) e, onde houver flores, lá estará ele. Dessa sua predileção alimentar surgiu mais um de seus vários nomes populares, chupa-mel. Também gosta de frutas e eventualmente se alimenta de insetos.

Macho e fêmea são idênticos, dizemos nesses casos que não possuem dimorfismo sexual. Outra curiosidade dessa espécie é que possui mais de 40 subespécies diferentes em toda sua área de ocorrência, que vai do sul dos EUA, passando pelo Caribe e América Central, até a Argentina.

Se no seu quintal tiver alguma flor, fique de

olho nessa pequena ave, que não chega a pesar mais de 10 gramas e mede pouco mais de 10 centímetros de comprimento. Impossível não lembrar do meu saudoso avô, Sr. Zizi, cujo apelido era caga-sebo, em homenagem ao diminuto pássaro.

Com seu bico pontiagudo, o caga-sebo perfura o cálice das flores para alcançar o néctar. Também frequenta bebedouros de beija-flores, competindo com eles a água açucarada.

Queimadas Peço licença para falar brevemente sobre um tema que angustia a todos nós que admiramos

nossa Natureza.

Quantas formas de vida estamos perdendo com as queimadas!

O fogo dizima indistintamente plantas, animais e até mesmo vidas humanas. Heróis que bravamente sucumbem lutando contra esse produto da ignorância humana.

Os incêndios não só aniquilam, de forma terrível, vidas. O fogo destrói nascentes, empobrece o solo, polui o ar, incrementa o efeito estufa, num desastroso círculo vicioso que tende a piorar a cada ano, caso as luzes da sabedoria não toquem os que promovem esse crime contra a casa que Deus preparou, ao longo de milhões de anos, para todos nós.