TRIBUNA DO PIRACICABA – A VOZ DO RIO - EDIÇÃO 263

Bacia do Piracicaba, Julho de 2020 / Edição 263 – Ano XXVII / Distribuição Dirigida Gratuita / Nas bancas: R$ 2,00

FOGO NÃO LIMPA...

MATA! A cultura de colocar fogo em lixo, pastagens e áreas de cultivo com a intenção de limpar, além de ser crime, causa danos irreparáveis ao meio ambiente, à saúde e à vida.

Páginas 3 e 7

Aves do Piracicaba

Cuidando das águas

Urubu-de-cabeça-preta, o faxineiro ambiental

Saneamento básico, preservação de matas e nascentes, valorizando a vida. Páginas 2 e 5

Páginas 8

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Falta de saneamento – desrespeito com as pessoas e com as águas Como já publicado em edições anteriores, apenas seis, das 21 cidades contam com Estações de Tratamento de Esgoto. As demais continuam lançando esgoto in natura nos cursos d´água e, como se não bastasse o esgoto, por falta de um trabalho efetivo de fiscalização, todo tipo de lixo tem seu destino final nos córregos e rios.

Após o CBH Piracicaba ter patrocinado Planos Municipais de Saneamento Básico para

praticamente todos os municípios da Bacia – investindo cerca de R$15 milhões – os prefeitos, em sua maioria, literalmente engavetaram esse trabalho – balizador para as ações de saneamento.

Se por um lado os gestores não se empenham em colocar ações de saneamento básico em prática, por outro a população se mostra alheia à situação – não sabendo ela que o preço a pagar por esse descaso vai muito além

da qualidade de vida – passa por situação de vida ou morte mesmo.

Agora surge o “Novo Marco Regulatório do Saneamento Básico”, onde se “promete” resolver todo o caos até 2033 – Esgoto, abastecimento de água e destinação do lixo.

Entre prós e contra se encontra uma população que não se importa – pelo menos é o que parece – em “defecar na própria água que consome”.

Vejamos as opiniões.

Entraves legais podem atrapalhar novo marco do saneamento

Saneamento aqui e acolá Luiz Pladevall (*) As demandas de saneamento básico estão por todas as regiões do território brasileiro, em pequenos e grandes municípios. A falta de abastecimento de água potável para 35 milhões de brasileiros e de esgotamento sanitário para outros 100 milhões parecem ser a face mais visível do problema. Sem sombra de dúvida, essas são duas das mais sérias marcas do nosso atraso, mas não são as únicas.

O Brasil conta com mais de 10% da água doce do planeta, mas 80% desses recursos estão concentrados na bacia do Rio Amazonas e distante das regiões metropolitanas do país. Por outro lado, temos um dos mais altos indicadores de perdas de água do mundo, uma média aproximada de 40% da água tratada some pelas fissuras e rachaduras das tubulações, que na maioria das cidades brasileiras tem mais de 30 anos de uso e precisam ser substituídas.

As mudanças climáticas têm provocado ainda longos períodos de escassez hídricas ou momentos de muitas chuvas, causando alagamentos históricos.

Essas são situações que presenciamos nos últimos anos e precisam ser encaradas como demandas da área.

O novo marco legal do saneamento promete ser um importante instrumento para mudar essa realidade com metas a serem cumpridas pelas concessionárias. Mas apenas uma nova lei não basta. O saneamento precisa se tornar uma política permanente do Estado, independentemente do governo e da sua cor partidária. Para isso, os diversos entes governamentais devem contar com um planejamento de curto, médio e longo prazos. Este deve ser um instrumento vivo, com revisões periódicas, perpassando por vários governos, e embasado em informações atualizadas, que tragam uma fotografia clara do objeto e seja capaz de contribuir para um diagnóstico preciso da nossa realidade.

Por isso, alcançar o abastecimento de água para 99% da população e 90% para a coleta e tratamento de esgoto até 2033, como estabelece o novo marco legal do saneamento, parece ser extremamente difícil de ser cumprido nos próximos 13 anos. Precisamos avançar no saneamento, mas com um planejamento sério, que realmente consiga atender às mais diversas demandas da população. (*) Luiz Pladevall é vice-presidente da ABES-SP (Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental).

O saneamento básico é o primo pobre da infraestrutura. Historicamente, é o setor que menos recebe investimentos. Guardadas as devidas proporções e peculiaridades, é esperado que a reforma regulatória aprovada recentemente pelo Senado Federal (PL 4.162/2019) possa gerar benefícios para a sociedade em uma dimensão similar ao que ocorreu no mercado de telecomunicações: o fim do monopólio e um novo marco regulatório viabilizaram bilhões em investimentos privados e eliminaram filas de espera por serviços de telefonia.

Para Venilton Tadini, presidente-executivo da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e ex-diretor de Planejamento e Infraestrutura do BNDES, as chances do Novo Marco Legal do Saneamento Básico superar o atraso do setor no médio e longo prazo são reais, mas é necessário aguardar as percepções iniciais do setor e de possíveis novos investimentos, algo que não será realizado de imediato. Especialistas e empresários há anos buscam remover travas ao investimento nas áreas de água, esgoto e resíduos sólidos. “O otimismo de agora é justo, mas é preciso não baixar a guarda. Entre a nova lei e o último domicílio a ser atendido, a luta será muito longa. O histórico brasileiro de reveses neste setor é grande”, comenta Tadini.

Em 2007, quando foi promulgada a atual lei de diretrizes nacionais, também ocorreu comemoração, mas depois foram regulamentados dispositivos que restringiram a atração do setor privado para, ao lado de companhias públicas eficientes, promover a expansão do atendimento e a universalização. De 2007 até 2020, houve poucos avanços, como mostram os números do IBGE e do Instituto Trata Brasil: o capital privado atende apenas 15% do mercado (contra 75% no caso das companhias estaduais) e há ainda 100 milhões de brasileiros sem coleta de esgoto.

EXPEDIENTE

Tribuna do Piracicaba • Editor: Geraldo Magela Gonçalves • Diretor Geral: Rafaela Iara Pantuza Gonçalves • Comercial: contato@tribunadopiracicaba.com (31) 9 9965-4503 • Diagramação/Arte: Sérgio Henrique Braga • Impressão: Gráfica Bom Dia • Representante Comercial: Super Mídia Brasil - BH Bacia do Piracicaba Redação e Administração Rua Lucindo Caldeira, nº 159, Sl. 301, Alvorada, CEP.: 35930-028 João Monlevade / MG / Brasil (31) 9 9965-4503 • A Voz do Rio Online: www.tribunadopiracicaba.com Circulação: Bacia Hidrográfica do rio Piracicaba FUNDADO EM FEVEREIRO DE 1994 Razão Social : Drielle Pantuza GonçalvesMEI CNPJ 31.569.299/0001-23 Todos os Direitos Reservados contato@tribunadopiracicaba.com

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Saiba como denunciar queimadas Incêndios são frequentes nesta época do ano e a maioria causada pela ação humana De acordo com o levantamento do Corpo de Bombeiros, de janeiro a dezembro de 2019, foram 18.657 incêndios em Minas Gerais contabilizados pela corporação. Do mês de janeiro a abril de 2019, 2.293. Em 2020, de janeiro a abril, já ocorreram 1.327 incêndios.

Isso é crime e pode ser denunciado à Polícia Militar (PM) pelo 190 ou pelo 181. Os bombeiros também podem ser acionados. Ainda tem aquelas pessoas que colocam fogo em acumulados de lixo próximos de mata. se a pessoa for pega, ela pode pegar de dois a cinco anos de prisão, dependendo do dano e da área destruída.

Segundo os bombeiros, o principal fator continua sendo a ação humana, seja direta ou indiretamente. Grande parte dos incêndios em vegetação poderiam ter sido evitados. A população costuma colocar fogo para realizar limpeza de terrenos e acaba perdendo o controle rapidamente, podendo atingir até residências.

Cuidados que devem ser tomados Não inicie queimadas, principalmente próximo

Podemos saber como o incêndio começa, mas impossóvel prever como ele termina. Evite queimadas.

a áreas de vegetação; Não queime lixo, terrenos ou pastagens; Não jogue bitucas de cigarro na mata, nas ruas ou em beira de estradas; Não deixe garrafas de vidro em áreas de vegetação (o sol faz o efeito lupa e pode iniciar um incêndio).

Consequências das queimadas Considerando apenas o aspecto da retirada da vegetação original, as quei-

madas provocam a alteração e o equilíbrio dos ecossistemas das mais distintas paisagens, uma vez que impacta diretamente, na manutenção da fauna, na circulação de águas superficiais e subterrâneas, nas condições de temperatura e umidade, na liberação de vapor de água na atmosfera.

Outras consequências preocupantes podem decorrer das queimadas: -Diminuição da biodiversidade.

-Emissão de gases po-

luentes na atmosfera, piorando a qualidade do ar.

-Aumento das doenças respiratórias – em razão dos gases e partículas nocivas.

-Danos ao patrimônio público e privado - cercas, casas, rede de energia elétrica.

-Agravamento do aquecimento global contribuindo para elevação da temperatura.

-Diminuição da fertilidade do solo que perde matéria orgânica e umidade.

-Intensificação da erosão nas

áreas atingidas pelo fogo.

Outros efeitos das queimadas Outros pontos que sofrem muito em consequência da queimada são o ciclo do carbono e o ciclo hidrologia.

No ciclo hidrologia ocorre a precipitação (chuva) como consequência da evaporação das águas dos oceanos. Parte dessa água é captada pela vegetação e a outra é absorvida pelo solo, onde

tem destino ao lençol freático, mas a queimada deixa o solo ressecado impedindo este processo de infiltração.

Quanto ao ciclo do carbono, a queimada libera gases contendo o elemento carbono, em especial CO2 (gás carbônico) e CH4 (metano). Tais gases são bloqueadores de calor e seu acúmulo na atmosfera pode alterar o balanço de energia do planeta e aumentou a temperatura média da superfície (efeito estufa)

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Carregado de processos e com uma condenação, Gentil Alves lança pré-candidatura Outros quatro pré-candidatos, Alvício Bibiano, Augusto Henrique, Tarcísio Bertoldo e Willian Anastácio se apresentam com ficha limpa O Tribuna do Piracicaba, diante da proximidade das eleições 2020, promoveu uma pesquisa junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) objetivando conhecer a situação jurídica de cada pré-candidato a prefeito, prestando um serviço de informar ao leitor eleitor sobre a “ficha” de cada um, facilitando com isso a escolha de um representante no próximo pleito que acontece no dia 15 de novembro.

Os nomes que se apresentaram em Rio Piracicaba até o momento foram os de Alvício Bibiano Tikin, Augusto Henrique da Silva, Gentil Alves Costa, Tarcísio Bertoldo e Willian Anastácio.

Dos cinco nomes pesquisados, quatro caíram no vazio, não sendo apresentado nenhuma ação registrada no site do TJMG, sendo eles Augusto, Tarcísio, Tikin e Willian. Já quando é digitado o nome Gentil Alves Costa, mesmo filtrando a pesquisa, a página aparece praticamente cheia.

Ex-prefeito de Rio Piracicaba por dois mandatos, o médico Gentil Alves Costa aparece en-

de Minas Gerais (TCE-MG). Quatro denúncias, conforme informado pela consulta eletrônica ao site do tribunal, figuram como aguardando “análise”, “parecer/despacho” e “elaboração de registro”. Uma delas encontra-se arquivada.

As denúncias questionam editais de licitação e a contratação de professores temporários pela Prefeitura de Rio Piracicaba quando Gentil era prefeito.

O médico Gentil Alves enfrenta uma avalanche de processos junto ao TJMG e ao TCE.

Pré-candidato é questionado volvido como réu em diversos processos e pesa contra ele pelo menos uma condenação.

Processos em primeira e segunda instância Quando se faz uma busca pelo nome de Gentil no sistema do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a primeira reação é de susto ante o volume de processos exibido, 32 no total. Mas, ao se filtrar a busca, devido às ações já arquivadas, chega-se ao também surpreendente número de oito processos em primeira instância e três em

Alvício Bibiano Tikinho é ficha limpa.

segunda instância, com uma condenação.

Os processos tratam de irregularidades como Improbidade Administrativa, Violação aos Princípios Administrativos e Danos ao Erário Público.

Condenação Um dos processos (Processo Apelação Cível 1.0557.15.000688-9/001 0006889-86.2015.8.13.0557 (1)) teria rendido uma condenação por “Improbidade Administrativa” e, segundo informações veiculadas, a mesma já teria transitada em julgado (sentença final,

Augusto Silva é ficha limpa.

sem possibilidade de recursos) contra o ex-prefeito, por violação aos Princípios Administrativos ocorrida no mandato exercido entre 2012 a 2016.

Ainda segundo a condenação, o valor atualizado a ser devolvido aos cofres públicos (Prefeitura de Rio Piracicaba) seria de mais de R$ 180 mil reais.

Denúncias no Tribunal de Contas O nome de Gentil Alves Costa também aparece em cinco denúncias apresentadas ao Tribunal de Contas do Estado

Diante a situação, abrindo espaço para o posicio-

namento do ex-prefeito Gentil Alves, o Tribuna do Piracicaba entrou em contato com o pré-candidato informando sobre os processos e a condenação, questionando sobre os fatos apresentados.

A solicitação foi encaminhada na sexta-feira, 24, às 12:07 horas, dando um prazo para respostas até a segunda-feira as 10:00; sendo aguardado retorno até a terça-feira, mas até o fechamento da edição o pre-candidato não havia respondido às demandas. O Tribuna deixa suas páginas à disposição para a manifestação das partes citadas.

Saiba mais Improbidade Administrativa: ato ilegal ou conduta inadequada que causa danos à administração pública.

Danos ao Erário Público: Ações que causam perda dos recursos financeiros da administração pública por meio de uso de recursos públicos para fins particulares, aplicação irregular de verba pública ou facilitação do enriquecimento de terceiros à custa do dinheiro público.

Violação dos Princípios da Administração Pública: Condutas que violam os princípios de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições públicas.

Tarcísio Bertoldo, é ficha limpa.

Willian Anastácio é ficha limpa.

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No “balé eleitoral” a busca da formação de pares continua Por Dindão Tão logo entrou 2020, marcando o início do ano de eleições municipais, começou também o que se pode chamar de “balé” eleitoral, com os pretensos candidatos buscando as melhores pistas (ou partidos) para ingressarem e também os melhores parceiros para composição de chapa, no caso dos candidatos a prefeito.

Nessa pista, uns dançam mais que outros.

Enquanto alguns estão envolvidos em constantes trocas de parceiros à procura do “par perfeito”, outros já se apresentam alinhados e fechados, mostrando uma chapa consistente e definida. Há também quem nem parceiro encontrou.

Desde o início de sua caminhada, Augusto, novidade das eleições desse ano, apresentou uma chapa completa, tendo como pré-candidata a vice-prefeita a contabilista Aparecida Araújo, que trabalha diretamente com diversos produtores rurais de Rio Piracicaba.

Aparecida é filha do popular “Zé Araújo”, também conhecido como “Criu”, ex-juiz de paz na cidade.

Segundo Augusto, desde quando decidiu colocar seu nome à disposição para concorrer ao executivo municipal, ele iniciou a busca pelo “par perfeito” e encontrou em Aparecida Araújo todas as qualidades para tal, como capacidade, convergência de ideias e honestidade.

Dentre os pré-candidatos que ainda não definiram um parceiro de chapa, se encontra o empresário e advogado Alvício Bibiano, o Tikin. Ele tem demonstrando cautela, vem estudando o cenário e até o momento não apresentou o “parceiro” ideal

Aparecida Araújo e Augusto, primeiros a definir chapa à pre-candidatura

para compor sua chapa.

Já o ex-prefeito Gentil Alves, que no início do mês teve anunciado sua dupla perfeita com o então pré-candidato Willian Anastácio, viu o casamento se desfazer ainda na “Lua de Mel”.

O pré-candidato Willian Anastácio mostra que não se firma com os parceiros escolhidos. Se a dança não dá liga, parte em busca de outro – em menos de dois meses já está em sua terceira formação.

Willian iniciou sua busca em abril, tendo como pré-vice o vereador Hugo Pessoa, do distrito de Conceição de Piracicaba (Jorge). Entretanto, foi chamado para dançar pelo ex-prefeito Gentil Alves e, deixando a cabeça de chapa e o parceiro Hugo de lado, aceitou o convite.

Como já dito acima, o casamento com Gentil Alves não passou das núpcias e a aliança foi desfeita, tendo início um namoro com o então pré-candidato a prefeito Tarcísio Bertoldo.

Diante desse indefinição, entramos em contato com o pré-candidato Willian Anastácio buscando esclarecer os motivos desse vai e vem, já que a janela de definições se encontra perto de se fechar e o mesmo nos concedeu uma entrevista

que segue: Tribuna - Na dança das Cadeiras, você, inicialmente, apresentou uma chapa tendo como seu vice o vereador Hugo Pessoa. Posteriormente mudou, largando a cabeça de chapa e assumindo a posição de vice numa chapa encabeçada pelo médico Gentil Alves Costa. Pouco tempo depois mudou novamente – agora retornando a cabeça de chapa tendo o vereador Tarcísio Bertoldo numa possível vaga de vice. Qual motivo te levou a ter desistido de encabeçar uma chapa e ter fechado com Dr. Gentil (PSDB), considerando que seu eleitorado – a princípio, se apresentava como de esquerda e o médico estar atolado em processos?

Willian Anastácio - A aliança com o Dr. Gentil não estava anulando a minha posição na cabeça da chapa. E sim estaríamos numa aliança para uma administração pública compartilhada.

Tribuna - Logo após ter fechado com Dr. Gentil, por duas vezes, você divulgou vídeos elogiando o médico e posteriormente desfez a parceria.

O que o levou a romper tão recente aliança?

Willian Anastácio - Os elogios que fiz à pessoa do Dr. Gentil são ver-

dadeiros e não os retiro.

Indiferente de estarmos juntos na política ou não, Dr. Gentil terá sempre o meu respeito. A minha saída da composição da chapa se deu pelo fato de atender o anseio de grande parte do eleitorado que já vem acompanhando minha trajetória política desde a última

eleição em 2016. Esta pré-candidatura a prefeito é uma forma de atender a vontade popular que foi manifestada após a divulgação da aliança.

Essa manifestação popular não foi contra a pessoa do Dr. Gentil e sim um desejo que retomasse a cabeça de chapa e desse seguimento àquilo que idealizei e me preparei para Rio Piracicaba.

Tribuna - Você acha que os inúmeros processos e uma condenação recente poderão prejudicar muito a campanha do Dr. Gentil? Teria sido esse um dos motivos pelo qual você preferiu abandonar a parceria?

Willian Anastácio - Em relação aos processos citados, eu não tenho conhecimento da veracidade dos fatos. E não tenho nada a dizer. Cabe a jus-

tiça. Já a minha saída da aliança se deu unicamente pela observação do cenário político para atender a vontade do povo.

No fechamento da edição, foi confirmado pelo vereador Tarcísio Bertoldo, que também representa o distrito de Conceição de Piracicaba (Jorge), que estaria assumindo a vaga de pré-candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por Willian Anastácio.

Sobre a falta de conhecimento dos processos, vale ressaltar que os mesmos são públicos, bastando interesse de qualquer cidadão buscar informações sobre os gestores da coisa pública.

E o “baile” segue com a plateia assistindo a desenvoltura dos pares para ver quem realmente permanecerá na “pista eleitoral” até 15 de novembro.

Alvício Bibiano Tikin ainda não definiu parceiro de chapa

Após saída de Willian, o médico Gentil Alves ainda não apresentou substituto na chapa

Tarcísio Bertoldo agora é o novo vice na chapa encabeçada por Willian Anastácio

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Cerca de uma tonelada de lixo e retirado da represa de Peti Ação, realizada pela terceira vez esse ano, é promovida pela Asbap Membros da Associação Santabarbarense de Proteção à Bacia do Peti (Asbap) e voluntários realizaram no último sábado, 25 de julho, uma ação ambiental recolhendo lixo do lago da represa de Peti, sendo essa, a terceira ação de faxina desse ano, segundo o presidente da entidade, Carlos Mackllany. O evento acontece desde 2014.

Segundo informações de Mackllany, nesse último evento foram recolhidos cerca de uma tonelada de lixo, merecendo destaque para as embalagens de isopor: “Percebemos que dessa vez se destaca um lixo antigo, que estava há mais tempo no lago, mas o lixo recente podemos citar as marmitas de isopor – foi uma grande quantidade desse lixo novo”, informou.

Por outro lado o presidente da Asbap comemora a redução do lixo: “Percebemos que com o passar do tempo o volume de lixo vem diminuindo, isso acredito ser o reflexo dos movimentos e campanhas que desenvolvemos: “Fazemos sempre uma roda de viola na região, todo mês, como forma de integrar e conscientizar a comunidade do entorno da barragem”, comentou Mackllany que disse ainda que já existe muita pesca esportiva – no estilo pesque e solte, mas lamenta a existência também da pesca predatória – acreditando ser por falta de consciência e fiscalização.

Nesse último evento, participaram cerca de dez pessoas, inclusive o empresário e presidente da Câmara Municipal de Barão de Cocais, vereador João Batista Pereira que elogiou a atitude da

associação: “Foi um dia de trabalho bem proveitoso. Sabemos da necessidade da preservação dessa riqueza, e com isso, recolhemos mais de 1 tonelada de lixo da represa do Peti e ao longo das nascentes” explicou.

João Batista aproveitou para chamar a atenção dos usuários da represa, para que as pessoas mantenham uma consciência de preservação do local: “Agredir o meu ambiente é agredir a nós mesmos. O que a gente percebe é que vem ocorrendo uma agressão muito grande nas cabeceiras

da represa; peço que as pessoas se manifestem no sentido de não poluir.

Queremos ver a represa preservada”, falou.

Peti Com uma área de 1.280 hectares, sendo 605 hectares de área terrestre e 675 hectares de espelho d´água, a Reserva de Peti, que se encontra na divisa dos municípios de Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo, encanta quem a conhece, sendo um dever de todos a sua preservação.

Até uma televisão foi retirada do lago

Peti representa importante recurso da Bacia do Piracicaba, retendo grande parte do esgoto das cidades de Barão de Cocais e Santa Bárbara

Eleições 2020 e a Psicologia do voto - Linguagem não verbal – O corpo fala Em tempo de pandemia e isolamento social, a imagem digital será tudo.

Os políticos se valem cada vez mais da psicologia de massas para exercer influência sobre seus eleitores. É uma ferramenta sutil, mas muito eficiente.

A linguagem não verbal é empregada como uma ferramenta de comunicação e nessas eleições especificamente, com o isolamento social devido a pandemia do novo corona vírus, que impedirá as reuniões, comícios e visitas domiciliares, a campanha será, basicamente, feita através das redes sociais.

As imagens serão a base de tudo – sejam estáticas, em forma de artes gráficas e ou através de vídeos, onde o candidato tentará aproximação do eleitorado e ainda conquistar o mesmo utilizando as ferramentas descritas.

Entretanto – para ter sucesso somente lançando mão de conhecimento profissional.

Se a produção do material tem sua relevante importância - devido a atração visual, a linguagem não verbal é o fator principal para a conquista do eleitor.

Presidente da ABASP destaca a participação da comunidade local e de conservacionistas de Barão de Cocais e Santa Bárbara na limpeza da lagoa

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Voluntários sempre atendem ao chamado para limpar o lago de Peti

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Redução do desmatamento e do tráfico de animais pode evitar pandemias Cientista brasileira integra grupo de especialistas que mostra como os danos econômicos e a perda de vidas têm custos maiores que o controle ambiental Locais limítrofes a florestas tropicais, onde mais de 25% da vegetação original foi perdida, tendem a ser focos de transmissões virais entre animais e humanos.

Estudo publicado na revista Science e assinado por uma equipe internacional e interdisciplinar de cientistas e economistas – entre eles a brasileira Mariana Vale, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – mostra como investimentos por parte de governos de todo o mundo para coibir o tráfico de animais selvagens e frear a destruição de florestas tropicais podem prevenir futuras pandemias. O custo é elevado, em torno de 22 bilhões de dólares, mas irrisório se comparado aos 2,6 trilhões de dólares perdidos para a COVID-19 e às mais de 600 mil mortes que o vírus já causou.

Os especialistas argumentam que o custo total das medidas preventivas recomendadas para os próximos 10 anos corresponde a apenas 2% dos custos eventuais estimados para combater a pandemia da COVID-19, os quais, segundo alguns economistas, poderiam superar valores entre 10 e 20 trilhões de dólares.

No artigo, os especialistas observam que o SARS-CoV-2, o HIV, o Ebola e outros vírus que passaram de hospedeiros animais para os seres humanos no último século tiveram relação com o contato próximo entre pessoas e animais silvestres, como morcegos e primatas, entre outros. Em alguns casos, os animais infectaram humanos diretamente; em outros, a via de infecção foi indireta, por meio de animais domésticos con-

sumidos por humanos.

Os autores do artigo observam também que locais limítrofes a florestas tropicais, onde mais de 25% da vegetação original foi perdida, tendem a ser focos de transmissões virais entre animais e humanos. Morcegos, por exemplo, que são os prováveis reservatórios de Ebola, SARS e do vírus que transmite a COVID-19, passam a se alimentar nas proximidades de povoados quando o seu hábitat florestal é perturbado pela construção de estradas, extração de madeira e outras atividades humanas.

Mariana Vale, professora do Departamento de Ecologia da UFRJ, afirma que “a relação entre desmatamento e tráfico de animais silvestres e o surgimento de doenças emergentes é muito bem estabelecida.

Mesmo assim, ações ambientais estão essencialmente fora da agenda de prevenção de pandemias. A boa notícia é que investir entre 22 e 31 bilhões de dólares por ano em programas para monitorar e reduzir essas atividades pode diminuir substancialmente as chances de algo como a COVID-19 acontecer novamente.”

De acordo com a pesquisadora, as nações desenvolvidas poderiam pagar a maior parte desse plano de prevenção, que é uma fração do que perdem com pandemias. “Os 22 bilhões de dólares anuais para a prevenção de pandemias são menos de 1% do gasto dos EUA com o setor militar, por exemplo, e a COVID-19 é, sem dúvida, uma ameaça muito maior para a vida dos americanos que alguma guerra iminente”, ressalta Vale.

Além da cientista da UFRJ, estão entre os coautores da análise ecólogos, médicos, infectologistas, economistas e ambientalistas de diversas universidades – entre elas Duke, Princeton, Harvard, Rice, George Mason, Boston, Illinois, Wisconsin-Madison (EUA) e Duke Kunshan (China) – e organizações sem fins lucrativos, como a Conservation International, o Instituto Earth Innovation, a EcoHealth Alliance, o Safina Center e, ainda, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF do Quênia).

Outras recomendações presentes no artigo são: Investir entre 217 e 279 milhões de dólares anualmente em medidas precoces de detecção e controle. Isso inclui a criação de um acervo sobre genética viral, que poderia ser usado para identificar a fonte de novos patógenos emergentes cedo o bastante para desacelerar ou cessar sua propagação e, finalmente, acelerar o desenvolvimento de testes sorológicos para monitorar surtos futuros e de vacinas para preveni-los.

Investir 19 milhões de dólares por ano em programas para combater o comércio de animais silvestres na China e educar consumidores e caçadores sobre os riscos potenciais.

Investir 19 bilhões de dólares por ano em programas e políticas que poderiam reduzir em até 50% o desmatamento tropical em áreas críticas.

Alocar 852 milhões de dólares por ano para reduzir a propagação de vírus em transmissões interespécies, como ocorre na criação de animais domésticos para consumo humano.

Por Sidney Coutinho

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Prevenção aos incêndios florestais é meta da ArcelorMittal Monlevade Assim como nos anos anteriores, a ArcelorMittal Monlevade está reforçando as ações de prevenção e combate a incêndios florestais nas áreas do entorno da usina. Entre os meses de julho e outubro, período em que o clima é mais seco e a tendência ao surgimento de queimadas é maior, a empresa manterá estruturada uma Brigada de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e reforçará a abertura de aceiros.

A atuação da Brigada será no perímetro que abrange a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), uma área de preservação permanente com 518 hectares sob responsabilidade da ArcelorMittal Monlevade, e áreas de mata pertencentes à empresa próximas a períme-

RPPN da ArcelorMital cobre parte da Monlevade e recebe atenção especial nessa época

João Monlevade realiza campanha “Monlevade sem fogo”

Prefeitura de Monlevade lançou campanha contra queimadas

A Prefeitura de João Monlevade, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, em parceria com a Polícia Militar de Meio Ambiente, Brigada Florestal, Setor de Patrimônio da ArcelorMittal, Conselho de Segurança Pública (CONSEP), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e empresa ADPA iniciaram a campanha “Monlevade Sem Fogo é um Dever de Todos”.

A campanha teve início na manhã do dia 22, no bairro Areia Preta, quando aconteceu uma mobilização com orientações

tros urbanos.

A ArcelorMittal também atuará em conjunto com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de João Monlevade por meio da campanha “Monlevade sem fogo é um dever de todos”, uma força-tarefa com foco na prevenção de incêndios e educação ambiental.

Para que o combate às queimadas seja efetivo, a colaboração da comunidade também é fundamental. Todos podem e devem colaborar evitando comportamentos que possam iniciar um incêndio florestal, como fazer fogueiras e descartar lixo na natureza. Importante sempre lembrar que provocar incêndio florestal é crime e pode gerar danos irreparáveis à fauna e a flora.

sobre o projeto.

Também foi apresentado o projeto de implementação de um sistema para mensurar variações climáticas sazonais e a poluição do ar provocada por queimadas, em tempo real. O projeto foi desenvolvido pelo professor da UFOP, Edgar Saraiva, em conjunto com outros professores e alunos. O objetivo é investigar a correlação de gases tóxicos das queimadas com as epidemias que incluem doenças respiratórias no município de João Monlevade.

Conforme a secretária

de meio ambiente, Fernanda Ávila, “a campanha teve início no bairro Areia Preta, em virtude da região apresentar constantes focos de incêndio.

Nesse período de tempo seco, em que as queimadas são mais comuns, é importante que todos os organismos ambientais, entidades e a população em geral trabalhem juntos evitando queimadas em lixo, matas e lotes. Denúncias devem ser feitas pelo 181 (Disque Denúncia) ou na Secretaria de Meio Ambiente pelo telefone 3852-3151”, afirmou a secretária.

Reforço com contratação temporária de brigadistas O Estado já deu início às ações de prevenção e combate aos incêndios florestais. O Instituto Estadual de Florestas (IEF) já providenciou a contratação temporária de profissionais para atuarem como brigadistas nas Unidades de Conservação Estaduais (UCs) de Minas Gerais. Os profissionais serão contratados por um período de 100 dias, prorrogável conforme interesse da administração pública, nos termos da legislação vigente.

Foram disponibilizadas 265 vagas para Brigadistas de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, que atuarão nas UCs e nas Unidades Operacionais da Força Tarefa Previncêndio, em atividades de prevenção, monitoramento e combate aos incêndios florestais.

De acordo com o Diretor de Unidades de Conser-

Governo estadual promove treinamento com o projeto Previncêndio

vação do IEF, Cláudio Castro, a contratação dos brigadistas é indispensável para aumentar a capacidade do Estado no enfrentamento do período crítico de incêndios, que vai se intensificando a partir de junho, atingindo o pico de ocorrências nos meses de

setembro e outubro. “Os profissionais serão distribuídos nas unidades de conservação, de acordo com o planejamento elaborado a partir de critérios como os registros históricos de ocorrência e conforme a vulnerabilidade das unidades”, explicou.

Julho de 2020

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Urubu-de-cabeça-preta, um grande aliado Fotos: João Sérgio

Nessa edição vamos falar da ave que creio ser a mais útil do Brasil, o urubu-de-cabeça-preta, mais conhecido simplesmente como urubu.

O urubu-de-cabeça-preta é uma ave grande, chega a pesar mais de 2 kg e ter uma envergadura de asas de quase um metro e meio. É um exímio planador, chegando a atingir grandes altitudes, aproveitando-se das correntes térmicas ascendentes.

O urubu faz parte de uma família que possui 6 espécies no nosso país.

Além do urubu-de-cabeça-preta, temos o urubu-de-cabeça-amarela, o urubu-de-cabeça-vermelha, o urubu-rei, o urubu-da-mata e o condor-dos-andes. Dessa lista somente as duas últimas espécies não ocorrem na bacia do Piracicaba. Para

muitos (senão todos), pode parecer incrível o condor-dos-andes na lista de aves brasileiras. Realmente é incrível, mas a maior ave de rapina do mundo já foi registrada duas vezes no Brasil, em Mato Grosso e no Paraná, próximo às suas fronteiras com os países andinos vizinhos. E por último temos o urubu-da-mata que ocorre na região amazônica.

O urubu-de-cabeça-preta desempenha papel fundamental no equilíbrio do meio ambiente. Conforme nos informa o site http://www.avesderapinabrasil.com o urubu é responsável pela eliminação de 95% das carcaças de animais mortos na natureza. Com isso, eles ajudam a prevenir a propagação de doenças, eliminando bactérias que poderiam

adoecer ou matar muitos animais selvagens e domésticos. Estudos demonstraram que em áreas onde não há urubus, as carcaças levam até três ou quatro vezes mais tempo para se decompor.

Há histórias de graves problemas sanitários em regiões onde as aves necrófagas (que se alimentam de carniça) foram eliminadas.

Hoje se fala tanto da importância das abelhas para a humanidade; arrisco a dizer que estamos no mesmo nível de dependência quanto aos urubus, por questões diferentes, obviamente.

Então caros amigos leitores, podemos ver até beleza, além da utilidade, desses reis do céu, demonstrando que toda função é nobre, nas engrenagens da vida.