BOLETIM DIOCESANO - SETEMBRO E OUTUBRO DE 2012

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Ano 14, Nº 5 - Set. e Outubro de 2012 - Grajaú-MA, 06/11/12 - Tiragem: 900 exemplares

Celebração dos 25 anos de ordenação episcopal do bispo emérito Dom Serafim Spreafico

Ordenação episcopal - 1987 - Romaria Diocesana da Pastoral da Juventude - Ano da Fé - Encontros com as pastorais da Diocese - E muito mais

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Mensagem final do Sínodo dos Bispos - Roma: 07 a 28/10 2012 .Irmãos e irmãs,

“Graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo” (Romanos 1,7). Antes de voltar para as nossas Igrejas particulares, nós, Bispos vindos de todo o mundo que se reuniram à convite do Bispo de Roma, o papa Bento XVI para refletir sobre “a nova evangelização para a transmissão da fé cristã”, desejamos nos dirigir a todos vocês, a fim de sustentar e orientar a pregação e ensino do Evangelho nos diversos contextos em que a Igreja se encontra hoje para dar testemunho. Como a mulher samaritana no poço ... Como Jesus junto ao poço de Sicar, a Igreja também se sente obrigada a sentar ao lado de homens e mulheres de hoje. Ela quer tornar o Senhor presente em suas vidas, para que possam encontrá-lo porque o seu Espírito é a única água que dá a vida verdadeira e eterna. Só Jesus pode ler as profundezas de nosso coração e revelar a verdade sobre nós 2

mesmos: “Ele me disse tudo o que eu fiz”, confessa a mulher aos cidadãos seus companheiros. Esta palavra do anúncio está unida à pergunta que abre a fé: “ele poderia ser o Messias?” Isso mostra que quem recebe a vida nova do encontro com Jesus não pode deixar de proclamar a verdade e a esperança para outros. O pecador que foi convertido tornase um mensageiro da salvação e leva toda a cidade para Jesus. As pessoas passam do acolher seu testemunho para experimentar pessoalmente o encontro: “Já não acreditamos por causa da sua palavra, mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”. A nova evangelização Levar os homens e mulheres do nosso tempo à Jesus, para o encontro com ele é uma necessidade que toca todas as regiões do mundo, os da velha e os da recente evangelização. Em todos os lugares realmente sentimos a necessidade de reavivar uma fé que corre o risco de eclip-

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se em contextos culturais que impedem seu enraizamento nas pessoas, e sua presença na sociedade, a clareza do seu conteúdo e da coerência de seus frutos.

Os cenários social, cultural, econômico, civil e religioso mudaram e nos chama para algo novo: a viver a nossa experiência comunitária de fé de uma forma renovada e anunciá-la através de uma evangelização que é “nova em seu ardor, em seus métodos, em sua expressões “(João Paulo II, Discurso à Assembleia do CELAM XIX, Port-au-Prince, 9 de março de 1983, n. 3) como disse João Paulo II... O encontro pessoal com Jesus Cristo na Igreja

Não é uma questão de começar de novo, mas de entrar no longo caminho do anuncio do Evangelho com a coragem apostólica de Paulo, que iria tão longe a ponto de dizer: “Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho!” (1 Coríntios 9,16). Ao longo da história, desde os primeiros séculos da era cristã até o presente, o Evangelho tem edificado comunidades de crentes em todas as partes do mundo. Sejam elas pequenas ou grandes, são o fruto da dedicação de gerações de testemunhas de Jesus – missionários e mártires – que recordamos com gratidão.

... A obra da nova evangelização consiste em apresentar mais uma vez a beleza e novidade perene do encontro com Cristo ao coração muitas vezes distraído e confuso e à mente dos homens e mulheres do nosso tempo, sobretudo para nós mesmos. Convidamos a todos a contemplar o rosto do Senhor Jesus Cristo, para entrar no mistério de sua vida entregue por nós na cruz, confirmado na sua ressurreição dentre os mortos, como dom do Pai, e dada a nós por meio do Espírito. Na pessoa de Jesus, o mistério do amor de Deus Pai para toda a família humana é revelado. Ele não quer que permaneçamos em uma falsa 3


autonomia. Ao contrário, ele nos reconciliou consigo mesmo em um pacto de amor renovado. A Igreja é o espaço oferecido por Cristo na história, onde podemos encontrá-lo, porque ele lhe confiou a sua Palavra, o Batismo, que nos faz filhos de Deus, o seu Corpo e o seu Sangue, a graça do perdão dos pecados, sobretudo no sacramento da Reconciliação, a experiência de comunhão, que reflete o próprio mistério da Santíssima Trindade e da força do Espírito que gera caridade para com todos. Devemos formar comunidades acolhedoras em que todos os irmãos encontram uma casa, 4

experiências concretas de comunhão, que atraem o olhar desencantado da humanidade contemporânea com a força ardente do amor – “Vede como eles se amam!” (Tertuliano, Apologia, 39, 7). A beleza da fé deve brilhar em particular nas ações da sagrada Liturgia, sobretudo na Eucaristia dominical. É precisamente nas celebrações litúrgicas que a Igreja, revela-se como obra de Deus e faz com que o significado do Evangelho seja visível na palavra e gesto. Cabe a nós hoje tornar as experiências da Igreja concretamente acessíveis, multiplicar os poços onde os homens sedentos e

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mulheres são convidados a encontrar Jesus, oferecer oásis nos desertos da vida. As comunidades cristãs e, nelas, cada discípulo do Senhor, são responsáveis por isso: um testemunho insubstituível tem sido confiado a cada um, para que o Evangelho possa entrar na vida de todos. Isso exige de nós a santidade de vida. As ocasiões de encontro com Jesus e ouvir as Escrituras ... A leitura frequente das Sagradas Escrituras – iluminadas pela Tradição da Igreja, que nos as entrega e é a sua interpretação autêntica – não só é necessária para conhecer o conteúdo do Evangelho, que é a pessoa de Jesus no contexto de história da salvação. Ler as Escrituras também nos ajuda a descobrir oportunidades de encontrar Jesus, abordagens verdadeiramente evangélicas enraizadas nas dimensões fundamentais da vida humana: a família, o trabalho, a amizade, a várias formas de pobreza e as provações da vida, etc. Evangelizar nós mesmos abrindo-nos à conversão

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... Acreditamos firmemente que devemos converter-

nos primeiro para o poder de Cristo, o único que pode fazer novas todas as coisas, acima de toda a nossa existência pobre. Com humildade, devemos reconhecer que a pobreza e as fraquezas dos discípulos de Jesus, especialmente de seus ministros, pesam sobre a credibilidade da missão... Estamos convencidos de que o Espírito do Senhor é capaz de renovar sua Igreja tornando-a resplandecente, se o deixarmos moldar-nos. Isto é demonstrado pelas vidas dos Santos, a lembrança e a narração dois quais são um meio privilegiado da nova evangelização. Se esta renovação dependesse de nós, haveria sérias razões para duvidar. Mas a conversão na Igreja, assim como a evangelização, não ocorre principalmente por meio de nós, pobres mortais, mas sim através do Espírito do Senhor... Aproveitando as novas oportunidades para a evangelização no mundo de hoje Esta coragem serena também afeta a forma como olhamos para o mundo de hoje. Não somos intimidados pelas circunstâncias dos tempos em que vivemos. Nosso mundo está cheio de 5


contradições e desafios, mas continua a ser a criação de Deus. O mundo está ferido pelo mal, mas Deus o ama ainda. É o campo em que a semeadura da Palavra pode ser renovada para que ele dê frutos mais uma vez. Não há espaço para pessimismo nas mentes e corações daqueles que sabem que o seu Senhor venceu a morte e que o seu Espírito trabalha com força na história...

são da fé. A nova evangelização é impensável sem reconhecer a responsabilidade específica de anunciar o Evangelho para as famílias e para sustentá-las na sua tarefa de educação... A vida em família é o primeiro lugar em que o Evangelho encontra a vida comum e demonstra sua capacidade de transformar as condições fundamentais da existência no horizonte do amor...

Evangelização, a vida da família e consagrados

A comunidade eclesial e muitos agentes de evangelização

Desde a primeira evangelização, a transmissão da fé de uma geração para a seguinte encontrou um lar natural na família onde as mulheres desempenham um papel muito especial, sem diminuir a figura e a responsabilidade do pai. No contexto dos cuidados que cada família prevê para o crescimento de seus pequeninos, os bebês e as crianças são introduzidas para os sinais da fé, a comunicação das verdades primeiras, a educação na oração e no testemunho dos frutos do amor. Apesar da diversidade de suas situações geográficas, culturais e sociais, todos os Bispos do Sínodo reconfirmaram este papel essencial da família na transmis-

Nenhuma pessoa ou grupo na Igreja tem direito exclusivo sobre a obra de evangelização. É nas comunidades eclesiais que se têm acesso a todos os meios para encontrar Jesus: a Palavra, os sacramentos, a comunhão fraterna, serviço da caridade, da missão. Nesta perspectiva, o papel da paróquia surge acima de tudo como a presença da Igreja, onde homens e mulheres vivem “a fonte da aldeia”, como João XXIII gostava de chamá-la, a partir da qual todos podem beber, encontrando nela o frescor do Evangelho. Ela não pode ser abandonada, mesmo que as mudanças possam exigir que seja

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articulada em pequenas comunidades cristãs e capaz de criar vínculos de colaboração dentro de contextos pastorais maiores. Exortamos nossas paróquias para se juntar às novas formas de missão exigidas pela nova evangelização para o cuidado pastoral tradicional do povo de Deus. Estes também devem permear as várias expressões importantes da piedade popular... Que os jovens podem encontrar Cristo Os jovens são particularmente queridos para nós, porque eles, que são uma parte significativa da humanidade e da Igreja

de hoje, são também o seu futuro. Com relação a eles, os bispos estão longe de ser pessimistas. Questionadores sim, mas não pessimistas. Estamos preocupados porque os ataques mais agressivos do nosso tempo acontecem e convergem precisamente sobre eles. Não somos, no entanto, pessimistas, acima de tudo, porque o que se move nas profundezas da história é o amor de Cristo, mas também porque sentimos nos jovens aspirações profundas de autenticidade, de verdade, de liberdade, de generosidade, e porque estamos convencidos de que a resposta adequada é Cristo. Queremos apoiá-los em 7


sua busca e nós encorajamos nossas comunidades para ouvir, dialogar e responder com audácia e sem reservas para a difícil situação da juventude... O Evangelho em diálogo com a cultura e experiência humana e com as religiões

Agradecemos também por ter ligado este ano para a lembrança grata da abertura do Concílio Vaticano II, 50 anos atrás. Seu magistério fundamental para o nosso tempo brilha no Catecismo da Igreja Católica, que é proposto, uma vez mais, como uma referência segura da fé vinte anos depois de sua publicação. Estes são aniversários importantes, que nos permitem reafirmar nossa adesão aos ensinamentos do Concílio e nosso firme compromisso de continuar a sua implementação. Contemplando o mistério e estar ao lado dos pobres

A nova evangelização é centrada em Cristo e no cuidado com a pessoa humana, a fim de dar vida ao encontro real com Ele. No entanto, os seus horizontes são tão amplos quanto o mundo e além de qualquer experiência humana... Lembrando-se do Concílio Vaticano II e referindo-se ao Catecismo da Igreja Católica no Ano da Fé ... Agradecemos ao Santo Padre para o dom do Ano da Fé, um presente precioso para o caminho da nova evangelização. 8

Nessa perspectiva queremos indicar a todos os fiéis duas expressões da vida de fé que parecem particularmente importante para nós, para a testemunhar na Nova Evangelização. O primeiro é constituído pelo dom e experiência de contemplação. Um testemunho credível só pode surgir a partir de um olhar de adoração diante do mistério de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, somente a partir do silêncio profundo que recebe a única Palavra que salva, como um útero. Só este silêncio orante

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pode impedir que a palavra de salvação seja perdida no meio dos muitos barulhos que invadem o mundo... O outro símbolo de autenticidade da nova evangelização tem o rosto dos pobres. Colocarse ao lado daqueles que estão feridos pela vida não é apenas um exercício social, mas acima de tudo um ato espiritual, porque é o rosto de Cristo que resplandece no rosto dos pobres: “O que você fez para um destes irmãos meus, você fez por mim” (Mateus 25,40)... Para as Igrejas nas diversas regiões do mundo A visão dos Bispos reunidos na assembleia sinodal abraça todas as comunidades eclesiais espalhadas pelo mundo. Sem desconhecer a diversidade, sua visão procura ser abrangente, porque o chamado a encontrar Cristo é um... A estrela de Maria ilumina o deserto Chegando ao fim desta experiência de comunhão entre os Bispos de todo o mundo e de colaboração com o ministério do

Sucessor de Pedro, ouvimos ecoar em nós o comando real de Jesus aos seus apóstolos: “Ide e fazei discípulos de todas as nações [ ...] e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos “(Mt 28:19,20)... Esta presença enche nossos corações de alegria. Grato pelos dons recebidos dele nestes dias, nós levantamos a ele o hino de louvor: “Minha alma proclama a grandeza do Senhor [...] O Poderoso fez em mim grandes coisas” (Lc 1,46. 49). A figura de Maria nos guia no nosso caminho. Nossa jornada, como o Papa Bento XVI nos disse, pode parecer um caminho através do deserto, sabemos que devemos levá-lo, trazendo o que é essencial: o dom da companhia Jesus, a verdade de sua palavra, a pão eucarístico que nos alimenta, a comunhão da comunhão eclesial, o impulso da caridade. É a água do poço, que faz o deserto florescer. Como as estrelas brilham mais intensamente durante a noite no deserto, assim a luz de Maria, a Estrela da nova evangelização, brilha no céu do nosso caminho. Nela confiamos. 9


Nossa Pastoral Cidade de Tuntum sedia a Romaria Diocesana da Pastoral da Juventude

Centenas de jovens de quase todas as paróquias da Diocese de Grajaú participaram da Romaria Diocesana da Pastoral da Juventude que foi realizada dia 27 de outubro na cidade de Tuntum-MA. A abertura aconteceu na tarde de sábado em um ginásio poliesportivo com música e apresentação criativa das paróquias. Ainda pela tarde o grupão foi divido por paróquia e deslocado para alguns bairros para visitas e para evangelização nas famílias. A noite foi celebrada a 10

Santa Missa em frente à paróquia de São Raimundo Nonato, presidida pelo bispo dom Franco Cuter e concelebrada por frei Leonardo Trotta, padre Edmilson Ferreira e padre Edgar da Silva, assessor diocesano da Pastoral da Juventude. O pároco local, frei Leonardo, explanou palavras de agradecimentos. Após a Missa os jovens saíram em caminhada pelas ruas da cidade, cantando e dançando, mostrando toda a sua energia e louvando a Deus. Foram mostrados no percurso alguns vídeos sobre a Jornada Mundial da Juventude.

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O final da passeata marcou também o final da Romaria, onde todos se despediram com uma bênção.

Encontros com as pastorais da Diocese são realizados em Barra do Corda

Os encontros diocesanos com as coordenações das pastorais aconteceram em dois finais de semana no centro diocesano de formação em Barra do CordaMA. Nos dias 19 e 20 de outubro estiveram reunidos a Infância e Adolescência Missionária (IAM), Pastoral da Juventude, Pastoral Litúrgica, representante da Pastoral Indigenista, Pastoral Familiar, Pastoral do Idoso, Pastorais Sociais e Pastoral da Criança. 78 pessoas estiveram presentes.

Nos dias 26 e 27 de outubro se reuniram a representante da Pastoral da Educação, Pastoral Catequética, Pastoral dos Surdos, Pastoral do Dízimo e Pastoral da Comunicação (PASCOM), com participação de 36 pessoas. O último encontro contou com a presença do bispo dom Franco Cuter, que acompanhou a reunião da Catequese no qual é assessor. O coordenador diocesano de pastoral, padre Marcos Bassani, esteve presente nos dois finais de semana, com destaque para sua assessoria no encontro das Pastorais Sociais. Estes encontros tiveram como objetivos principais a elaboração do relatório anual das atividades realizadas este ano e o planejamento para 2013. Cada coordenador diocesano teve um espaço de 5 minutos na Assembleia Diocesana de Pastoral, que aconteceu de 08 a 11 de novembro, para expor este relatório e planejamento.

Ordem Franciscana Secular acolhe 3 novos membros em Grajaú Três pessoas fizeram a profissão definitiva na Ordem Franciscana Secular (OFS) de 11


Grajaú. A cerimônia aconteceu no dia 03 de outubro com a celebração da Santa Missa na Cate-

estudos com as mestres de formação. São elas: Vânia Barros de Jesus, Ana Marta Dias de Sousa e Maria Coraci dos Santos Cunha.

Ordem Franciscana Secular de Grajaú perde a senhora Raimundinha Luz dral de Nosso Senhor do Bonfim, presidida por frei Luís Giudici. São elas: Carmem Ângela Alves, Maria de Jesus dos Santos Oliveira e Silvana Miranda do Nascimento.

Na mesma celebração outras três pessoas fizeram a chamada “vestição”, que significa iniciar o processo de iniciação à vida franciscana. A profissão definitiva somente deve acontecer após 1 ano de participação nas reuniões da Ordem e fazendo os 12

A senhora Raimundinha Luz, membra da Ordem Franciscana Secular de Grajaú há 52 anos, faleceu dia 27 de agosto aos 77 anos, por falência múltipla dos órgãos. Ela nasceu em Grajaú aos 13 de março de 1935. Era viúva de Otávio Alves de Almeida, falecido em 2001, e mãe de 6 filhos. Muito amigo de Raimundinha e de sua família, padre Ermando da Conceição Nascimento, pároco da paróquia de São Sebastião da cidade de Presidente Dutra, veio a Grajaú para se despedir de sua amiga e para presidir a Santa Missa de corpo presente. Raimundinha Luz tinha uma grande amizade com o saudoso médico e missionário frei Alberto Beretta. Ela deixou guar-

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dadas várias cartas que ele enviava da Itália durante o período em que estava doente por causa do derrame. As mesmas foram digitalizadas e enviadas para o processo de beatificação deste servo de Deus.

À frente Raimundinha Luz, Atrás sua filha. (Foto início dos anos de 1980). A Missa de corpo presente aconteceu na manhã do dia 28 de agosto na Catedral de Nosso Senhor do Bonfim. Logo depois o enterro foi realizado no cemitério central da cidade de Grajaú.

Ano da Fé

“Em Nazaré, conforme seu costume, no dia de sábado, foi à sinagoga e levantou-se para fazer a leitura. Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, encontrou o lugar onde está escrito: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Nova aos pobres: enviou-me para proclamar a libertação aos presos e, aos cegos, a recuperação da vista; para dar liberdade aos oprimidos e proclamar um ano de graça da parte do Senhor”. Depois, fechou o livro, entregou-o ao ajudante e 13


sentou-se. Os olhos de todos, na sinagoga, estavam fixos nele. Então, começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir” (cf. Lc 4, 14-21; Isaías 61,1-2). Celebrar O Ano da Fé é muito mais do que viver 365 dias como um ano civil, não é um tempo cronológico, mas um “ano da graça do Senhor”. É um Kairós, um tempo em que Deus através da Igreja nos chama para si, para determinada graça que quer renovar ou derramar sobre nós em vista de nossa conversão e de sua Vinda próxima, seguindo a necessidade dos tempos. Segundo a Tradição, o povo Hebreu vivia a cada sete anos um ano sabático, onde durante aquele ano, libertavam-se os presos, perdoavam-se as dividas, e tudo que os animais e a terra produziam pertencia ao Senhor. Era um ano de perdão e ação de graças. Reavivar o dom da fé através do encontro com a Pessoa de Cristo: Também o homem contemporâneo pode sentir de novo a necessidade de ir como a samaritana ao poço, para ouvir Jesus 14

que convida a crer n’Ele e a beber na sua fonte, donde jorra água viva: Jesus respondeu: “Todo o que bebe desta água, terá sede de novo; (cf. Jo 4, 14). Devemos readquirir o gosto de nos alimentarmos da Palavra de Deus, transmitida fielmente pela Igreja, e do Pão da vida, oferecido como sustento de quantos são seus discípulos (cf. Jo 6, 51). De fato, em nossos dias ressoa ainda, com a mesma força, este ensinamento de Jesus: “Trabalhai, não pelo alimento que desaparece, mas pelo alimento que perdura e dá a vida eterna” (Jo 6, 27).

E a questão, então posta por aqueles que O escutavam, é a mesma que colocamos nós também hoje: “Que havemos nós de fazer para realizar as obras de Deus?” (Jo 6, 28). Conhecemos a resposta de Jesus: “A obra de Deus é esta: crer n’Aquele que Ele enviou” (Jo 6, 29). Por isso, crer em Jesus Cristo é o caminho para se poder chegar definitivamente à salvação (cf. Porta Fidei n°3).

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“Quero confiar à Santíssima Mãe de Deus todas as dificuldades que vive o nosso mundo na busca de serenidade e de paz; os problemas de tantas famílias que olham para o futuro com preocupação, os desejos dos jovens que se abrem à vida, os sofrimentos dos que esperam gestos e escolhas de solidariedade e de amor. Quero confiar à Mãe de Deus também este especial tempo de graça para a Igreja, que se abre diante de nós. Vós, Mãe do ‘sim’, que escutastes Jesus, falai-nos d’Ele, contai-nos sobre vossa estrada para seguilo no caminho da fé, ajudai-nos a anunciá-lo para que cada homem possa acolhê-lo e se tornar morada de Deus. Amém!” (Papa Bento XVI).

O Ano da Fé, proclamado oficialmente pelo Papa Bento XVI em Roma no dia 11 de outubro, foi aberto em âmbito nacional durante a Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, no Santuário Nacional, no dia 12 de outubro durante a missa das 10 horas.

Devemos viver este Ano da Fé abrindo o nosso coração ao convite da Mãe Igreja, para aprofundar a nossa fé.

Na Missa Solen e o reitor do Santuário Nacional, Pe. Darci Nicioli, leu a mensagem especial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) assinada pelo Cardeal Raymundo Damasceno Assis, presidente da CNBB e Arcebispo de Aparecida. Na nota, Dom Raymundo explica que foi convidado pelo Santo Padre, o Papa Bento XVI para concelebrar a Missa de Abertura do Ano da Fé em Ro-

Fonte: (blog.cancaonova.com/ padreluizinho).

Ano da Fé é aberto no Brasil durante Missa Solene da Padroeira em Aparecida-SP

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ma, por isso, não esteve presente na solene Celebração de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Na mensagem, o presidente da CNBB expressa o desejo da Igreja do Brasil para a celebração deste Ano.

Para finalizar a nota, o presidente da CNBB, Dom Raymundo, invocou a proteção da Mãe Aparecida para todo o povo brasileiro. “Invocamos sobre a Igreja no Brasil a proteção da Virgem Aparecida, ela que ‘acreditando n’Aquele que gerou, concebeu-o também num ato de fé’ (Santo Agostinho, Sermo 215). Acompanhe-nos ela, ao longo deste Ano, sendo nossa mestra na fé, que consiste em estar à disposição para que se cumpra também em nós a vontade de Deus (cf. Lc 1, 38)”. Fonte: (www.a12.com).

“A Presidência da CNBB deseja a todas as Igrejas locais do Brasil que esse Ano seja, como indicou o Santo Padre, ‘um momento de graça e de compromisso para uma conversão a Deus cada vez mais completa, para fortalecer a nossa fé n’Ele e para O anunciar com alegria ao homem do nosso tempo’ (Bento XVI, Homilia, 16 de outubro de 2011)”.

EXPEDIENTE

Redação:

Marcelo Cavalcante e colaboradores Desenho, direção e diagramação eletrônica: Marcelo Cavalcante.

Logotipo Ano da Fé Da Diocese de Grajaú EDITA: SETOR DE COMUNICAÇÃO DIOCESE DE GRAJAÚ Pça. Dom Roberto Colombo, 60 Cidade Alta - Cx. Postal 13 65.940-000 - Grajaú-MA Fone: (99) 3532-6278 Fax: (99) 3532-6405 E-mail: curia@diocesegrajau.org.br Portal na Internet: www.diocesegrajau.org.br


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