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Nossa Igreja
Revista Comemorativa
A Igreja vive
Expediente Paróquia N. Sra. Auxiliadora Catedral Metropolitana de Goiânia Avenida Universitária, Praça Dom Emanuel, s/n, Setor Central Goiânia - GO CEP: 74030-140 Fone: (62) 3223-4581 www.catedralgo.org.br E-mail: contato@catedralgo.org.br
A
Igreja no Brasil, ao propor a vivência do Ano Nacional do Laicato, e a Igreja no Centro-Oes-
te, o Ano Regional da Família, abrem-se à esperança de renovação, da mudança e do protagonismo dos cristãos leigos e leigas na Igreja e na sociedade.
Arcebispo Dom Washington Cruz Bispos auxiliares Dom Levi Bonatto Dom Moacir Silva Arantes Pároco Mons. Daniel Lagni Edição Assessoria de Comunicação Fúlvio Costa (MTB 8.674-DF) asscom@catedralgo.org.br
Ano Regional da Família
Marcos Paulo Mota (Estudante de Jornalismo)
gelho da família, alegria para o mundo”, e o lema,
Fotografias Rudger Remígio (Vicariato para a Comunicação-Vicom)
dos” (Fl 2,2). Ao longo de 2018, o objetivo geral
Projeto gráfico e diagramação Francisco Matias (MTB 1.748-MA) Revisão Jane Greco Impressão e acabamento Gráfica PUC Goiás (62) 3946-1803/3946-1892
O tema que norteia as atividades é “O Evan“Completai minha alegria permanecendo unido Ano da Família é celebrar a família e o cristão leigo promovendo seu protagonismo e missão de ser agente transformador da sociedade. Já os específicos visam promover ações celebrativas que coloquem em foco a alegria de ser família, promover o protagonismo dos agentes da Pastoral Familiar (PF), dar mais atenção à preparação para o matrimônio e fomentar a espiritualidade familiar.
Tiragem 1.500 exemplares
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
um tempo especial em 2018 Campanha da Fraternidade
Ano Nacional do Laicato Com o tema “Cristãos Leigos e Leigas, sujeitos na ‘Igreja em saída’, a serviço do Reino”; e o lema
A Campanha da Fraternidade da
“Sal da Terra e Luz do Mundo”, a iniciativa deseja
CNBB trabalha a temática: “Frater-
fazer crescer a consciência da identidade e da
nidade e superação da violência”. A
missão dos leigos na Igreja. O Ano do Laicato
proposta, além de mapear a violên-
fomenta em nós uma feliz e agradável expec-
cia, coloca também em evidência
tativa para, juntos, escutarmos o que diz o Es-
as iniciativas que existem para su-
pírito Santo aos nossos corações e assumirmos
perá-la, bem como despertar no-
a ação transformadora na Igreja e no mundo.
vas propostas com esse objetivo.
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Sumário
Horários de Missas
As missas na Catedral Metropolitana
PALAVRA DO ARCEBISPO
são presididas todos os dias nos seguintes horários. Segunda a sexta-feira: 6h40, 12h e às 19h Sábado: 6h40 e 18h Último sábado do mês: 16h
Dom Washington Cruz exorta comunidade paroquial a estar sempre de portas abertas (pág. 8 e 9) Dom Moacir Silva Arantes
Domingo: 7h, 8h30, 10h, 11h30, 17h e 19h
NOVENAS
Confissões
presidiu missa solene pelos 80 anos da Paróquia (pág. 32 a 35)
ESPECIAL
Terça a sexta-feira: Das 9h às 11h e das
Apresentamos momentos importantes da vida de
15h às 17h
Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, segundo arcebis-
Sábado: Das 9h às 11h
po de Goiânia (pág. 44 a 53)
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
ATUAÇÃO NA INTERNET Paróquia está presente na internet com site, redes sociais e transmissões ao vivo de missas solenes e dominicais (pág. 74 e 75)
Conheça todos os padres que
PADRES
fazem parte da história da nossa comunidade paroquial (pág. 54 a 56)
ANO NACIONAL DO LAICATO Nossos paroquianos dão testemunho de sua atuação e vida pastoral (pág. 50 a 55)
REFORMA Catedral passa por modernização em estruturas de iluminação, climatização e pintura (pág. 57 a 63)
HISTÓRIA PASTORAIS E MOVIMENTOS Linha do tempo relembra os fatos mais marcantes da Catedral de Goiânia (pág. 74 a 77)
Atuação pastoral de nossa comunidade se dá por meio de várias pastorais e movimentos. Conheça e participe de uma delas (pág. 97 a 107)
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Apresentação
Festa na Catedral Mons. Nelson Rafael Fleury
80 anos da nossa Paróquia “Eis como o Senhor Dom Abel consigna no Livro de Tombo o registro da Criação da Paróquia: ‘O Decreto da Criação da Paróquia Nossa Auxiliadora, de Goiânia foi expedido pela Cúria Arquidiocesana de Sant’Ana de Goiás, em vinte e dois de dezembro de mil novecentos e trinta e sete, sendo nomeados, respectivamente, Vigário e Coadjutor os Revmos. Cônego Abel Ribeiro e Padre Francisco de Sales Peclat, cujas Provisões se datam de vinte e dois de dezembro do mesmo ano de mil novecentos e trinta e sete. A Matriz, a Primeira de Goiânia, que também é o primeiro Templo Religioso da Nova Capital do Estado, está levantada nas proximidades do Palácio do Governo e fica em zona residencial, à rua dezenove, da Quadra
N
este ano de 2017 as festividades natalinas
trinta e um, em Lote vasto e bem situado.’
vão ser mais animadas na Paróquia da Ca-
Pode-se notar a agilidade da Igreja em
tedral. Vamos celebrar o aniversário de 80 anos
apoiar a construção da nova capital, dando
da nossa Paróquia, no dia 22/12 e os 50 anos da
a sua importante presença na nova cidade.
Consagração da Igreja Catedral, no dia 08/12.
Em 24 de outubro de 1933, é lançada a Pedra
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Fundamental da Cidade. No dia 24 de maio de
50 anos da Sagração da Igreja Catedral
1935, portanto, um ano e meio depois, é lançada a Pedra Fundamental da Primeira Igreja.
“Na planta piloto da Cidade de Goiânia,
E, no dia 24 de dezembro de 1937, pouco
está bem marcado o local destinado à futura
mais de quatro anos da Pedra Fundamental
Catedral. É a área em que atualmente está a
da Nova Capital, já se fez a Bênção da Igreja
Praça Germano Roriz, mais conhecida como
Provisória, criou-se a Paróquia Nossa Senhora
Praça do Cruzeiro, no Setor Sul. Dom Fernan-
Auxiliadora e foram nomeados seus primei-
do não quis enfrentar a construção de uma
ros dirigentes: Cônego Abel e Padre Peclat.”
Igreja Catedral. Achou mais conveniente, naquele momento, terminar a Igreja Paroquial de Nossa Senhora Auxiliadora, que estava servindo como Catedral provisória, e transformá-la em Catedral definitiva. E foi assim que, em 1966, graças ao empenho generoso do padre João do Carmelo Xavier, o Senhor Arcebispo consegue terminar as obras da Catedral, que foi sagrada no dia 08 de dezem-
A catedral em construção. Ao fundo, a primeira igreja.
bro de 1966, pelo Núncio Apostólico Dom Sebastião Baggio. E, desta data em diante, foi retirado o adjetivo “provisória” e a Igreja Matriz Nossa Senhora Auxiliadora tornou-se Catedral definitiva da Arquidiocese de Goiânia. O Senhor Arcebispo Dom Washington Cruz está desejoso de construir uma nova Catedral para Goiânia. Oxalá consiga realizar esse plano suntuoso. A cidade de Goiânia merece...” Louvemos ao Senhor por tantas graças derramadas sobre o seu povo eleito e que Nossa Senhora Auxiliadora, nossa Padroeira, nos dê sua bênção de Mãe amorosa.
A catedral em 1966.
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Palavra do Arcebispo
Dom Washington Cruz
De braços abertos, acolhamos a todos os irmãos elebramos os 80 anos de nossa Catedral
C
Deus? A explicação foi dada pelo próprio Jesus
Metropolitana, igreja matriz da Paróquia
ao nos ensinar o devido respeito à “Casa do Pai”,
Nossa Senhora Auxiliadora, que também com-
como lugar sagrado de oração e oblação, seja
pletou cinco décadas.
ocupando-se de frequentar as sinagogas, ler e
Essas trajetórias de serviço ao anúncio do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo inserem-se na história dos 60 anos de instalação da Arquidiocese de Goiânia, comemorados
discutir as sagradas escrituras com os sumos sacerdotes, seja expulsando os vendilhões do templo, que faziam da Casa de Deus um lugar de comércio e desrespeito.
também em 2017. Sua Santidade, o papa Fran-
Uma igreja é um lugar sagrado, cheio de
cisco, nos concedeu, pelo Ano Jubilar, a gra-
significados para os que a frequentam. Ali so-
ça de incluir a Catedral como templo digno da
mos acolhidos e acolhemos, nos encontramos
obtenção de indulgências plenárias pelos fiéis
com o Cristo na Eucaristia e com os irmãos, e
visitantes, cumpridas as condições necessárias
buscamos encontrar a nós mesmos, em nossa
para tal benefício.
imagem e semelhança com o Criador.
Mas, podem pensar alguns, o que representa
Em nossa Catedral, a exemplo de tantas ou-
um templo feito de tijolos e cimento, se acredi-
tras igrejas, as pessoas sentem-se na Casa do
tamos que somos templo do Espírito Santo de
Pai. Mesmo se não participar da vida da paró-
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
quia da qual a igreja é matriz, passando pela
conos, acólitos, coroinhas, secretárias e muitos
Catedral entre uma atividade e outra, no Centro
outros fiéis, a maioria voluntários. Agradece-
de Goiânia, o visitante sente-se acolhido, pela
mos a todos os que iniciaram, deram continui-
possibilidade de entrar a qualquer momento
dade e hoje fazem parte dessa história.
e fazer suas orações, ou somente colocar-se
Demos graças pelos 80 anos da nossa Ca-
em silêncio diante do Senhor, confiante em sua
tedral e os 50 anos da Paróquia Nossa Senhora
misericórdia infinita. Isso acontece com uma
Auxiliadora. Que essas datas renovem nossas
rápida visita ao Santíssimo ou nas celebrações do meio-dia, de segunda a sexta-feira, muito frequentadas por fiéis que aproveitam os intervalos do almoço para rezar. Há ainda os que preferem participar nos sábados, às 6h40 ou às 18h, sendo que, no último sábado do mês, acrescenta-se a opção das 16h. Aos domingos, buscando atender às
“... nossa
comunidade paroquial e a Catedral devem ser portas de acolhida ”
forças para a missão a que fomos chamados, fazendo desta comunidade um exemplo de vida cristã. Nossas festas jubilares e comemorativas nos colocam também diante das exigências atuais da evangelização. E que o passado, com suas cruzes e conquistas, seja entendido e celebrado como dom, consagrando o nosso presente como
demandas dos fiéis, há missas
tempo da graça de Deus. Aco-
em seis horários: 7h, 8h30, 10h,
lhamos, de braços abertos, os que chegarem
11h30, 17h e 19h. Para que todo esse atendi-
em nossa comunidade paroquial e na Catedral,
mento espiritual esteja disponível, são muitos
que devem ser portas de acolhida, a indicarem
os operários a cuidar da messe, cada um do-
o caminho para a verdade e a vida em plenitu-
ando seus melhores talentos. São padres, diá-
de, que é o Cristo Jesus. Que assim seja!
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Palavra do Pároco
Neste mesmo sentido, fundamentada nas mesmas convicções, a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, de longa data, tem sido sinal e referência para as gerações passadas e luz para os passos e escolhas das gerações futuras. Marco de fé, serviço a Deus no culto e apro-
Mons. Daniel Lagni
Q
ximação dos fiéis na vida eclesial e fraterna.
“Os eventos
ueridos irmãos e irmãs, Povo de Deus! Por ocasião dos 50 anos de Dedica-
ção e 80 da Criação da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora – Catedral Metropolitana de Goiânia, respectivamente nas datas de 8 de dezembro de 1967 e 22 de dezembro de 1937, juntos, como comunidade católica, entoamos hinos de ação de graças à Trindade Santa. Como
Igreja
missionária,
em
saí-
da, sempre atenta e na escuta da Palavra de Jesus, unidos e reunidos no amor de Cristo, nos propomos ser discípulos missionários,
misericordiosos
como
o
Pai.
passam, o processo permanece, o que nos levará a colher abundantes frutos de conversão pessoal e pastoral, com novo impulso na evangelização.”
Na celebração jubilosa desses eventos, fazemos memória de todos quantos, ao longo dos
Ao longo dos seus 80 anos, passo após pas-
anos, foram protagonistas da vida e constru-
so, dia após dia, vem sendo formada e cons-
ção desta Paróquia. Este é um tempo de graça,
tituída a comunidade dos seguidores de Je-
motivo de reavivamento de nossa fé, firmados
sus Cristo, Luz dos Povos. Ao redor da mesa
na esperança e solícitos na caridade. Tempo
da Palavra e da mesa da Eucaristia, celebran-
de ação de graças, de novo ardor missionário
do o “Mistério da Fé”, gerações inteiras desco-
e ação evangelizadora que leve nossa Igreja
briram e aprofundaram o sentido da fé cristã,
Mãe – a Catedral, cada dia mais para a missão.
formados na escola do seguimento de Jesus.
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Dentre as muitas iniciativas e realizações que constituem o patrimônio histórico, cultural e religioso desta Paróquia, destaca-se o serviço permanente e fiel no Sacramento da Penitência e na celebração cotidiana da Eucaristia. Há que se considerar, ainda, todo um trabalho e cuidado social, de promoção humana e caritativa, bem como a manutenção e assistência material a muitos irmãos pobres e excluídos. Os eventos passam, o processo permanece, o que nos levará a colher abundantes frutos de conversão pessoal e pastoral, com novo impulso na evangelização. Fica aqui registrado um sincero agradecimento a todos quantos nos precederam nesta árdua jornada. Os bispos, padres, diáconos, religiosas, agentes de pastoral que deixaram suas marcas pelo zelo pastoral e seu testemunho de vida no seguimento de Jesus Cristo. Ainda um grande muito obrigado aos dizimistas, benfeitores, servidores, pastorais, movimentos e grupos apostólicos que marcaram presença e ainda em nossos dias atuam nos vários serviços, sendo sinal do Reino de Deus entre nós. Obrigado, Mãe Auxiliadora, sempre solícita, que jamais nos desamparou. Avancemos para a outra margem. Duc in altum! Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!
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Novenas
1º DIA
Paróquia dá início à novena pelos 80 anos de sua criação Festa também celebra os 50 anos da Dedicação do Templo religioso da Catedral Metropolitana
N
a noite do dia 8 de outubro, a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (Catedral) deu início à novena pelos 80 anos de
sua criação e 50 anos da Dedicação do templo. A missa foi presidida pelo pároco, mons. Daniel Lagni, que dedicou sua homilia às leituras do 27º Domingo do Tempo Comum. “O tema da vinha é predominante na liturgia de hoje. Trata-se de uma parábola comum no Antigo e no Novo Testamento, da qual, primeiro os Profetas, depois Jesus, se serviram para falar do amor de Deus e da ingratidão do ser humano”, disse. “Jesus é o caminho a ser seguido por todos os que queiram realizar, na sua vida, a vocação humana e cristã. Se de fato realizarmos essa vocação, certamente a vinha do Senhor dará muitos frutos no seu tempo”, completou o raciocínio. O presidente da celebração ainda convidou todos os presentes a participarem da novena que começou naquela noite e seguiu até o dia 3 de dezembro, sempre aos domingos, às 19h, na Catedral Metropolitana.
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2º DIA
“A Igreja Catedral sempre oferece o banquete da Santa Missa aos seus filhos” muito importante o cató-
É
sobre as leituras do dia, sobre-
tia, que é o corpo de Cristo.
lico entender o valor da
tudo o Evangelho (Mt 22,1-14),
“A Eucaristia é o ícone do Rei-
missa, segundo mons. Luiz
destacando o banquete que o
no de Deus, a antecipação do
Lôbo. Ele lembrou que a Ca-
Senhor prepara aos seus. “A
Reino no meio de nós”, pon-
tedral conta com três missas
Igreja Catedral, a Igreja pa-
tuou. Com relação à parábo-
ao dia.
róquia, é aquela que sempre
la de Jesus sobre o banquete
oferece para seus filhos um
nupcial, em que o rei chamou
A segunda noite da nove-
banquete, que é a Santa Mis-
todas as pessoas para par-
na pelos 80 anos de criação
sa, que é a Eucaristia que nós
ticipar, mas ninguém foi, da
da Paróquia Nossa Senhora
celebramos. Nesse banquete,
mesma forma acontece em
Auxiliadora, e pelos 50 anos
nós saciamos a nossa fome e
nossos dias, segundo ele. “A
de Dedicação do templo, teve
sede”, refletiu, fazendo alusão
Igreja sempre nos oferece o
missa presidida, no dia 15 de
à festa que celebra a Catedral.
banquete da vida que é a Eu-
outubro, pelo pároco da Pa-
caristia e quantas vezes nós
róquia São Pedro Apóstolo, do
Mons. Luiz continuou sua
o rejeitamos? ”. Ele disse que
Bairro Feliz, mons. Luiz Lôbo.
homilia afirmando que o ban-
Deus está sempre a chamar,
Ele já foi pároco da Catedral
quete da Eucaristia contém
mas muitos não respondem.
por 28 anos (1984-2012). Du-
dois alimentos essenciais: a
Em diversas ocasiões, alguns
rante sua homilia, ele refletiu
Palavra de Deus e a Eucaris-
respondem como uma obri-
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gação: “Às vezes nós res-
da festa é justamente o amor,
posso estar tranquilo, como
pondemos por ser um man-
a veste da caridade; um cora-
se tivesse a minha salvação
damento da Igreja: Guardar
ção prepotente ou orgulhoso,
garantida”, explicou. Monse-
Domingos e festas de guarda.
vaidoso, cheio de maldade e
nhor Lôbo concluiu afirman-
Mas não por amor, com mo-
de pecado, nunca está pre-
do que mais importante que
tivação”.
parado para participar desse
o contrato para o banquete
banquete, por isso, é preciso
(Batismo, Primeira Eucaristia)
que aconteça uma conversão
é estar com a veste própria do
constante em nossas vidas”,
amor para participar.
“Um coração prepotente ou orgulhoso, vaidoso, cheio de maldade e de pecado, nunca está preparado para participar desse banquete”
exortou. Ao fim da missa, mons. Luiz No trecho do Evangelho
Lôbo agradeceu pela oportu-
É muito importante o ca-
em que Jesus diz que ‘muitos
nidade de celebrar na Cate-
tólico entender o valor da
são chamados, mas poucos
dral, por ocasião de festa tão
missa, segundo mons. Luiz
são os escolhidos’, conforme
importante e anunciou que
Lôbo. Ele lembrou que a Ca-
o monsenhor, a mensagem
no domingo seguinte (22),
tedral conta com três missas
é a seguinte: “Jesus não quer
mons. Aldorando Mendes ia
ao dia. Ainda sobre o Evange-
apontar uma massa condena-
presidir a terceira noite da no-
lho, o presidente da celebra-
da. Se poucos são escolhidos,
vena. A paróquia presenteou
ção continuou provocando
os outros estão condenados?
o celebrante com uma estola
os presentes sobre a veste
Não. Jesus quer dizer para nós
branca personalizada com a
que usamos para participar
o seguinte: a fé não se con-
imagem da Padroeira Nossa
do banquete do Senhor. “É
quista de uma só vez. Eu sou
Senhora Auxiliadora. As mis-
preciso que nós estejamos
batizado, sou católico, mas eu
sas das novenas foram cele-
com a veste própria para par-
preciso de conversão. Preci-
bradas sempre aos domingos,
ticipar do banquete e o traje
so de mudança de vida. Não
às 19h.
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
3º DIA
“O que é de Deus tem que ser dado sem medida” Missa foi presidida pelo colaborador, Mons. Aldorando Mendes
terceiro dia da Novena em preparação
O
só as sobras ou o bagaço que sobra de nós, deve-
aos 50 anos de Dedicação da Catedral e
mos dar a Deus nossas alegrias, não só as tristezas
80 anos da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora
e tribulações. Deus é amor e nos ama incondi-
aconteceu no dia 22 de outubro. A missa foi pre-
cionalmente. Como dar somente o que não nos
sidida pelo monsenhor Aldorando Mendes, que
interessa àquele que nos deu o maior bem que foi
há muito ajuda nos serviços pastorais da Cate-
a remissão dos nossos pecados?”, interpelou.
dral.
As leituras da liturgia da missa foram feitas por
À luz da Palavra de Deus, celebrada e meditada
integrantes do movimento Encontro de Casais da
no 29º Domingo do Tempo Comum, o presiden-
paróquia. Ao fim da celebração, um casal que par-
te da celebração refletiu que devemos dar a Deus
ticipa desse grupo tão importante para a vida da
o que é de Deus. “O que é de Deus tem que ser
comunidade entregou uma singela homenagem
dado sem medida. Nós não devemos dar a Deus
ao monsenhor Aldorando.
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4º DIA
“É muito bonito ver a comunidade reunida para celebrar a sua história” Em sua homilia, à luz da Palavra de Deus, padre Márcio falou muito sobre o amor
O
4º dia da novena em preparação para os 50 anos de dedicação da Catedral e 80 anos da criação da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora aconteceu no dia 29 de
outubro. A missa foi presidida pelo padre Márcio Celestino da Silva. Fiel colaborador no atendimento das confissões, ele é também administrador paroquial de duas paróquias, a Santa Rita de Cássia, em Araçu, e a Nossa Senhora da Abadia, em Itauçu. Em sua homilia, à luz da Palavra de Deus, padre Márcio falou muito sobre o amor, associando-o às comemorações vividas na comunidade paroquial. “É muito bonito ver a comunidade reunida em torno da Palavra de Deus e da mesa da Eucaristia, para celebrar uma festa tão importante para a história da Arquidiocese de Goiânia e da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora”. O presidente da celebração motivou a comunidade a anunciar sempre o maior dos mandamentos da lei de Deus. “Nós, cristãos batizados, somos anunciadores e devemos sempre seguir essa missão de comunicar a todo tempo o maior dos mandamentos da lei de Deus, que é o amor”. O Apostolado da Oração e o Grupo da Mãe Rainha participaram da liturgia, fazendo as leituras e a oração dos fiéis.
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
5º DIA
Novena celebrada na Solenidade de Todos os Santos A missa foi presidida pelo vigário paroquial, padre Zezão
N
a Solenidade de Todos os Santos, pa-
ma à santidade, mas não nos chama a sermos
dre Zezão presidiu o quinto dia da
fanáticos. Os santos foram pessoas concretas
novena em preparação para os festejos dos
que viveram de maneira firme a sua fé e nos
50 anos de Dedicação da Catedral e 80 anos
quais devemos nos espelhar”. Padre Zezão falou
da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora.
ainda sobre as várias situações de tribulações
Ao refletir com o povo de Deus presente na igreja, ele falou sobre a verdadeira vocação do cristão, que é viver a santidade. “Deus nos cha-
pelas quais temos passado nos últimos tempos. “Nós estamos vivendo muitos momentos de tribulações, e é nessa hora que devemos estar sempre de cabeça erguida olhando para Deus, o verdadeiro autor e princípio da vida”. Nesse quinto domingo de novena, as pastorais responsáveis pelas leituras foram o Terço dos Homens, que se reúne todas as quartas-feiras, após a missa das 19h, na Catedral; e também a Renovação Carismática Católica, que tem um grupo que se reúne às segundas-feiras, às 20h, e outro às quartas-feiras, às 16h.
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6º DIA
Vigilância e Prudência foram temas do Sexto Dia da Novena da Catedral Ao falar sobre a sabedoria, padre Geraldão disse que “ter um diploma não significa ser sábio, sabedoria vem como dom do Espírito Santo
C
elebramos, no domingo, 12 de novem-
nem a hora em que o Filho do homem virá”.
bro, o sexto dia da nossa novena domi-
Ao falar sobre a sabedoria, padre Geraldão dis-
nical em preparação para as festas da Paró-
se que “ter um diploma não significa ser sábio,
quia Nossa Senhora Auxiliadora. A celebração
sabedoria vem como dom do Espírito Santo;
foi presidida pelo vigário da Catedral, padre
todos somos sábios, todos recebemos os dons
Geraldo Francisco Pinheiro, mais conhecido
do Espírito Santo quando somos crismados”.
como padre Geraldão.
No sexto domingo da nossa novena, quem
Em sua reflexão sobre a liturgia do 32º Do-
esteve à frente da liturgia foi a Legião de Maria
mingo do Tempo Comum, ele falou muito so-
e a Pastoral da Melhor Idade. Essas duas pas-
bre a vigilância e a prudência que todo cris-
torais sempre se reúnem durante a semana, às
tão deve ter. “Temos o dever de ser vigilantes
18h, na Catedral, para rezar o Santo Terço.
e prudentes, pois não sabemos nem o dia e
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
7º DIA
“Façamos nossa parte para que Deus nos chame de servo bom e fiel”
O
sétimo dia de novena
bém costuma presidir a Santa
gado mau ouviu, ‘servo mau
foi presidido pelo pa-
Missa na Catedral, às quintas-
e preguiçoso’ e nem sermos
-feiras, ao meio-dia.
jogados na escuridão, onde
dre Jonisoncley, administrador paroquial da Paróquia Cristo Rei, em Aparecida de Goiânia. A pastoral respon-
Em sua homilia, o presidente da celebração refletiu
haverá choro e ranger de dentes”.
com a comunidade sobre a
A liturgia foi animada por
Parábola dos Talentos. “Deus
um coral de jovens e o gru-
nos dá talentos para que nós
po Jovens em Missão, que se
possamos
de
reúne aos domingos, às 17
Padre Jonisoncley é um
acordo com a sua vontade
horas. Os integrantes desses
fiel colaborador na nossa pa-
e quando vier para receber
grupos foram responsáveis
róquia, no atendimento das
o que é dele, que nos con-
pelas leituras desse dia da
confissões. O sacerdote tam-
vide a participar da sua ale-
nossa novena. No dia 26 de
gria”. O padre ainda comple-
novembro, oitavo domingo
tou: “Com certeza não vamos
da novena, Dom Levi Bonat-
querer ouvir o que o empre-
to, bispo auxiliar da Arquidio-
sável pela liturgia nesse dia foi o Grupo Jovens em Missão.
trabalhá-los
cese de Goiânia, presidiu a missa e a Pastoral do Dízimo foi a responsável pela liturgia.
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8º DIA
Novena é celebrada na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo
O
oitavo dia da Novena em preparação aos 50 anos de Dedicação da Catedral e os 80 anos da Paróquia Nossa Senho-
ra Auxiliadora aconteceu no dia 26 de novembro, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, com missa presidida por Dom Levi Bonatto, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiânia. Em sua homilia, Dom Levi explicou sobre a festa que foi celebrada naquele dia. “A solenidade que celebramos hoje é como uma síntese de todo o mistério salvífico. Com ela encerra-se o ano litúrgico. Depois de termos celebrado todos os mistérios da vida do Senhor, apresenta-se agora, Cristo glorioso, Rei de toda a criação e das nossas almas. Ainda que as festas da Epifania, Páscoa e Ascensão sejam também festas do Cristo Rei e Senhor de todas as coisas criadas, a de hoje foi especialmente instituída para nos mostrar Jesus como único soberano de uma sociedade que parece querer viver de costas para Deus”. O bispo convidou os fiéis presentes na celebração a escutar a voz do Senhor nessa solenidade tão importante. “Na festa de hoje, ouvimos o Senhor nos dizer, na intimidade do nosso coração: ‘Eu tenho sobre ti desígnios de paz, e não de aflição’. Devemos fazer o propósito de corrigir no nosso coração o que não estiver de acordo com o querer de Cristo”. O presidente da celebração orientou que devemos sempre pedir ao Pai que reforce em nós o desejo de colaborar com o anúncio da Boa-Nova. “Ao mesmo tempo, pedimos-lhe que nos reforce a vontade de colaborar na tarefa de estender o seu reinado ao nosso redor e em tantos lugares em que ainda não o conhecem. Foi para isso que nós, cristãos, fomos chamados. Essa é a nossa tarefa apostólica e a preocupação que deve consumir a nossa alma: conseguir que o Reino de Cristo se torne realidade, que não haja mais ódios nem crueldades, e que estendamos, pela terra, o bálsamo forte e pacífico do amor”, disse.
20
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
9º DIA
“Realizar uma reforma interior é a melhor atitude na espera pelo Senhor que vem”
N
o domingo (3), a Paróquia Nossa Senho-
isso é preciso olhar menos para os pecados
ra Auxiliadora (Catedral) encerrou a no-
dos outros e tomar a firme resolução de levar
vena pelos 80 anos de sua criação e 50 anos
a sério a vontade de Deus em relação a nós.
da Dedicação do templo. A missa foi presidi-
Realizar uma reforma interior é a melhor ati-
da pelo pároco, mons. Daniel Lagni, que, em
tude na espera pelo Senhor que vem”.
sua reflexão, à luz da Palavra de Deus, fez um convite a olharmos para a liturgia do primeiro domingo do Advento, em que celebramos a certeza de que “o Senhor vem”.
Ao falar sobre o Evangelho, o presidente da celebração mostrou algumas instruções que Jesus nos dá para vivermos bem esse tempo de espera da sua nova vinda. “No Evange-
“As leituras de hoje nos orientam como
lho de hoje, Jesus dá instruções a respeito de
viver à espera pela vinda do Senhor: romper
como se deve viver a espera pela sua nova
com o pecado e fazer a vontade de Deus, vi-
vinda. ‘O que vos digo, digo a todos, vigiai!’.
ver em atitude constante de conversão. Por
Isso quer dizer que, para a Igreja, Jesus deixou
21
a tarefa do serviço e da vigilância como servos e porteiros do Reino de Deus. Vigiar é a atitude de quem está sob a escuridão da noite, à espera da aurora do grande dia do Senhor, da vinda de Cristo, que a liturgia nos prepara com o Advento. É um tempo de espera e de esperança de tempos melhores. Vigilantes, fiquemos atentos ao serviço do Reino. Enquanto muitos outros dormem em berço esplêndido um sono profundo, nós devemos vigiar atendendo o último pedido de Jesus, ao concluir seu ministério aqui na terra”. A liturgia desse último domingo da nossa festa foi organizada pelo Ministério dos Leitores e também pela Pastoral do Curso de Noivos. Ao fim da celebração, mons. Daniel fez o convite para que todos pudessem participar das festividades e assim render graças a Deus por essas datas tão especiais. Na quinta-feira seguinte, dia 7, às 19h, aconteceu a solene celebração presidida por Dom Washington Cruz, arcebispo de Goiânia, em ação de graças por esses 50 anos. No dia 22 de dezembro, celebrou-se os 80 anos de criação da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, com a presidência de Dom Moacir Silva Arantes, bispo auxiliar da Arquidiocese.
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
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Solene Celebração pelos 50 anos de Dedicação do Templo
50 anos da Dedicação
Dom Washington Cruz exorta que Igreja seja samaritana e de portas abertas
N
a missa solene que marcou os 50 anos da Dedicação do templo da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, na noite do dia 7 de dezembro de 2017, presidiu a celebração,
o arcebispo metropolitano, Dom Washington Cruz, e concelebraram os bispos auxiliares, Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes. A missa contou com a participação do povo de Deus e do prefeito de Goiânia, Iris Rezende e sua comitiva de assessores. Ao fazer memória da Dedicação do templo da Igreja-mãe da Arquidiocese de Goiânia, Dom Washington fez agradecimentos ao primeiro arcebispo desta Igreja particular, dizendo que Dom Fernando Gomes dos Santos concluiu o templo, e o cardeal Sebastião Baggio, então núncio apostólico no Brasil, o consagrou naquele histórico 8 de dezembro de 1966.
23
Dom Washington também comentou as leituras do dia, explicando que assim como o Senhor escolhera o povo de Israel, para se dar a conhecer a todos os povos, nós também somos chamados a ser um povo acolhedor, justo e misericordioso. “Um povo que acolhe a todos, que não faz distinção de pessoas; um povo que, como Jesus, acolhe ricos, pobres, pecadores, excluídos, marginalizados e filhos pródigos que decidem retornar à casa do Pai, à comunhão com Deus”.
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Igreja misericordiosa a todos, que não exclui ninguém, em que todos podem encontrar um sinal do amor e da misericórdia de Deus. Ele exortou também que é “bom e desejável ter as portas da igreja-templo abertas, como recomenda o papa Francisco, Para seguir o exemplo de
se Deus não existisse, dos pe-
mas de pouco servirá, se as
Jesus, conforme o arcebis-
cadores, como fez Jesus. So-
portas da Igreja-comunidade,
po, é preciso servir, sobretu-
mos também chamados a ser
que é coração de cada um de
do aos mais necessitados e
uma Igreja samaritana que se
nós, não se abrirem também
aqueles que estão afastados.
detém diante dos que estão
para acolher”.
Eis o significado de ser uma
caídos à beira do caminho;
Igreja de portas sempre aber-
uma Igreja que manifesta a
Concelebraram com o ar-
tas. “Um povo que acolhe os
compaixão, a misericórdia e a
cebispo, os bispos auxiliares,
que chegam, mas também sai
ternura de Deus”.
Dom Levi Bonatto e Dom Moacir Silva Arantes; o pároco da
para ir ao encontro dos que tam-
Catedral, monsenhor Daniel
mo dos afastados, dos indife-
bém disse que o coração do
Lagni; além de vários padres,
rentes, dos que vivem como
cristão é a casa que acolhe
diáconos e seminaristas.
estão fora, fazendo-se próxi-
Dom
Washington
25
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Homilia dos 50 anos da dedicação da Paróquia da Catedral
07/12/2017 Is 56,1.67 (pág. 236 da III Vol do Lecionário) Sl 83 (pág. 241 III Vol Lecionário) 1Pe 2, 4-9 (Pág. 244 do III Vol do Lecionário) Jo 2,14-22 (Pág 247 III Vol do Lecionário)
“A minha casa será chamada casa de oração de todos os povos” Revmo. Mons. Daniel,
C
Caríssimos Padres e Diáconos
Igreja comunhão, povo congregado em nome
Caríssimos Seminaristas,
do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Senhores Bispos,
Caríssimos Membros da Irmandade do Santíssimo Sacramento,
elebramos nesta Sagrada Eucaristia o cinquentenário da dedicação desta igreja
catedral, igreja-mãe da Arquidiocese, sinal da
Queremos fazer memória agradecida de Dom Fernando Gomes dos Santos, que concluiu esta Catedral e do Card. Sebastião Bag-
Irmãos e Irmãs em Nosso Senhor Jesus Cristo:
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gio, que a consagrou, na época Núncio Apostólico no Brasil.
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Escutamos na primeira leitura do profeta Isaías, a mensagem de Deus ao povo de Israel, que o Senhor escolhera, para, através dele, se dar a conhecer a todos os povos. O Senhor diz-lhe que deve ser um povo acolhedor, misericordioso e justo; um povo aberto para acolher todos aqueles que desejam unir-se a Ele para o servirem e para o amarem. A condição é a de que estejam dispostos a se converterem e a seguirem os caminhos da Aliança. Ninguém é excluído da comunidade da salvação, porque Deus é Deus de todos, ama a todos, a todos quer se conduzir ao seu “monte santo”. Também nós, povo da Nova Aliança, somos chamados a ser um povo acolhedor, justo, misericordioso como o é o Senhor nosso Deus. Um povo que acolhe a todos, que não faz distinção de pessoas; um povo que, como Jesus, acolhe ricos, pobres, pecadores, excluídos, marginalizados e filhos pródigos que decidem retornar à casa do Pai, à comunhão com Deus. Um povo que acolhe os que chegam, mas também sai para ir ao encontro dos que estão fora, fazendo-se próximo dos afastados, dos indiferentes, dos que vivem como se Deus não existisse, dos pecadores, como fez Jesus. Somos chamados a ser uma Igreja samaritana
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que se detém diante dos que estão caídos à beira do caminho; uma Igreja que manifesta a compaixão, a misericórdia e a ternura de Deus. O acolhimento e a proximidade fazem-se, antes de mais, com o coração. O coração do cristão é a “casa” que acolhe a todos, que não exclui ninguém, onde todos podem encontrar um sinal do amor e da misericórdia de Deus. É bom e desejável ter as portas da igreja-templo abertas, como recomenda o papa Francisco, mas de pouco servirá, se as portas da Igreja-comunidade, que é o coração de cada de um de nós, não se abrirem também para acolher. O apóstolo São Pedro, na segunda leitura, recordava-nos a nossa identidade eclesial de “pedras vivas”, de um “templo espiritual”, chamados a “constituir um sacerdócio santo”, e convida-nos a aproximarmo-nos sempre mais do Senhor, “pedra viva”; a “entrar na construção deste templo espiritual”; a consolidar e a crescer na nossa pertença à Igreja; a ser nela, membros vivos, não mortos, nem adormecidos. Cristo é “a pedra viva”, o fundamento da vida de cada um de nós, da Igreja, e da missão que somos chamados a realizar em comunhão). Quando Jesus purificou o templo, foi como se o dedicasse de novo, devolvendo-lhe o significado autêntico de casa de Deus e só assim de todos. Casa de fé e caridade, intimamente unidas e concordes, como pregou um dia Santo Agostinho, celebrando também a dedi-
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
cação dum templo, material e espiritualmente falando: “O que acontecia aqui quando este templo era construído, acontece agora quando se reúnem os que acreditam em Cristo”. Façamos então do templo, como das nossas vidas, espaços consagrados a Deus para se abrirem todos, no pleno coração do mesmo Deus, ou seja, na sua misericórdia, como o Papa Francisco constantemente insiste. Parte da vida social do povo judeu girava em torno do templo. Cada dia, de manhã e de tarde, ofereciam a Deus diversos sacrifícios, e muitos deles provinham de piedosos judeus que pediam a Deus um favor ou agradeciam a Ele por algum dom. Por este motivo, junto ao templo havia surgido um importante mercado, no qual vendiam os animais que depois eram oferecidos no templo. Cristo faz uma diferença radical entre o templo, casa de Deus e o templo, casa de comércio. O que começou como um simples serviço terminou em um conflito de interesses: os mercadores do templo viam seu trabalho não como um serviço ao templo, mas sim como uma forma de enriquecimento pessoal. Estavam no templo acidentalmente, porque era o melhor lugar para comercializar. Em vez de servir ao templo, se serviam do templo; em vez de buscar o proveito espiritual do povo, buscavam aproveitar-se do povo para conseguir mais riquezas. Nesta situação, Jesus se aproxima e faz com que vejam sua contradição: “Convertestes a casa do meu Pai, o templo, em uma cova de ladrões”. Ambas as coisas
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não podem conviver em um mesmo lugar: Ou com Deus, ou contra Deus. Também no templo do nosso coração pode estar acontecendo algo análogo: ao longo do dia diversos interesses nos movem, distintas preocupações, e podem ser contraditórias entre si. Quero ser um bom cristão, mas me interessa mais desfrutar de maneira egoísta do que fazer algo pelo bem dos outros. Cristo hoje quer entrar em nosso coração e Ao centro, o prefeito Íris Rezende com seus colaboradores
purificar-nos. Como em Jerusalém, faz um chicote, e nos entrega dizendo: Tu és livre, te dei o dom da liberdade. Sei que queres que reine em teu coração, mas vou continuar respeitando tua liberdade. Toma este chicote e decida quem vai reinar em teu coração, eu ou teu egoísmo, eu ou tua soberba, eu ou teu amor próprio desmedido. Em tuas mãos está a decisão. A quem vou deixar mandar em meu coração? Deus me fez livre, e respeitará esta liberdade, inclusive se uso-a para tirá-lo do meu coração. Mas, que pena usar este presente tão grande para desprezar aquele que me deu!
À esquerda, padre João de Bona, da Paróquia Nossa Senhora Rosa Mística
Nessa luta de cada dia temos um grande consolo: sabemos que Cristo vai vencer. “Destruí este templo e em 3 dias o levantarei”. Posso optar por expulsar Cristo do meu coração, destruindo o templo da minha alma, mas Ele voltará a chamar meu coração, voltará a oferecer-me seu amor, voltará a suplicar-me que deixe-o entrar. Cristo é todo-poderoso, pode fazer qualquer coisa, vencer qualquer dificuldade, mas sempre espera que eu diga: Senhor, quero deixar-te atuar. E com essa decisão, abro o caminho para que ele faça qualquer milagre. Basta que tenha fé. Purifiquemos nossos corações fazen-
Pároco, mons. Daniel Lagni, agradece a todos que participaram da festa
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do uma boa confissão, para assim abrir as portas a Cristo.
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Celebração pelos 80 anos de criação da Paróquia
Catedral Metropolitana: 80 anos semeando fé, amor e esperança Amadurecer a compreensão sobre o sentido da comunidade paroquial é muito importante para valorizar e viver a fé, conforme Dom Moacir
A
missa presidida pelo bispo auxiliar de Goi-
Deus pela presença dessa paróquia, a primeira
ânia, Dom Moacir Silva Arantes, na noite
de Goiânia, no centro da cidade.
do dia 22 de dezembro, selou as celebrações
Dom Moacir fez uma reflexão bonita e pro-
pelos 80 anos de criação da Paróquia Nossa
funda sobre o sentido da comunidade paro-
Senhora Auxiliadora e pelos 50 anos da Dedi-
quial, destacando a bondade de Deus em sua
cação do templo, que começaram com as no-
vida e na vida de tantas pessoas. “Em tudo Deus
venas, no mês de outubro. Foi uma noite festi-
se faz presente e sempre arranja um modo de
va que reuniu a comunidade para dar graças a
tirar um bem até mesmo de um mal que nós
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
provocamos”, afirmou. As igrejas construídas também são sinais do amor de Deus, conforme o bispo. “Quando nós nos reunimos para agradecer os 80 anos da criação, da instalação, da existência desta paróquia, nós entendemos que Deus olhou para uma porção deste povo e quis fazer deste povo um sinal. Quis fazer deste espaço um lugar do encontro com ele”, disse, referindo-se à Catedral. O presidente da celebração, continuando sua reflexão, também comentou que se as pessoas compreendessem o que é ter uma igreja perto de casa, sobretudo uma Catedral, com certeza os apartamentos ao redor estariam va-
“Como nós
temos motivos para ser agradecidos, por termos esta paróquia sob o patrocínio de Nossa Senhora Auxiliadora”
zios, alguns comércios fechados e todo o povo
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estaria na celebração. “Como nós temos moti-
para vivermos lá fora, sem nos perdermos, sem
vos para ser agradecidos! Por termos esta pa-
nos desviarmos de um propósito de felicidade”.
róquia sob o patrocínio de Nossa Senhora Auxiliadora, por termos tido, ao longo desses 80 anos, tantos homens e mulheres que aqui não apenas colocaram pedras para uma construção tão bela, mas que aqui também semearam experiências de fé, amor e de esperança que até hoje nutrimos”.
Dom Moacir finalizou dizendo que o conhecimento do valor de uma comunidade paroquial é muito importante. “Três pedreiros trabalhavam em uma mesma construção. Questionados sobre o que faziam, o primeiro respondeu que carregava pedras; o segundo que fazia uma construção; e o terceiro expli-
A importância de uma paróquia, segundo
cou que erguia uma grande Catedral na qual
Dom Moacir, tem uma explicação muito sim-
as pessoas pudessem entrar para conhecer,
ples: “porque cada igreja, cada lugar sagrado,
aprender a amar e a servir a Deus que lhes dará
é uma realidade fincada neste mundo onde
um dia um lugar no céu. “Três pessoas fazem a
vivem os homens. Por meio dela, nós entra-
mesma coisa, do mesmo modo, mas não com
mos para conhecer, experimentar e ansiar pelo
o mesmo entendimento. Isso vai nos ajudar a
mundo de Deus que já começa aqui, mas não
perceber que nós somos essas pedras vivas da
se esgota nesta realidade”. É ainda importante
nossa igreja. Enquanto essa compreensão em
a presença da paróquia” – continuou – “por-
nós não amadurecer, nós não conseguiremos
que é daqui que se derramam, desde o altar, as
florescer como Deus deseja”, concluiu.
bênçãos e as graças de Deus que nos nutrem
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Selo comemorativo
Após a celebração, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, por meio da diretoria regional dos Correios em Goiás, lançou o Selo comemorativo dos 80 anos de criação da paróquia, que foi obliterado por Dom Moacir; pelo pároco da Catedral, mons. Daniel Lagni; e pelos paroquianos: Nilda Rezende, Maria Aparecida Viana, Antônio Afonso Ferreira e Zaqueu Araújo Silva.
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Nossos Bispos
Arcebispo - Dom Washington Cruz, CP Lema: ““Praedicamus Crucifixum” (1Cor 1,23) “Anunciamos o Crucificado””
Dados Biográficos • Data de Nascimento: 25 de maio de 1946, Itabuna-BA • Data de Ordenação: 25 de julho de 1971 • Nomeação episcopal: 25 de fevereiro de 1987 • Ordenação episcopal: 9 de maio de 1987 • Nomeação para Goiânia: 8 de maio de 2002 • Início do ministério em Goiânia: 14 de julho de 2002
A
os 25 de maio de 1946, nasce Washington Cruz, na cidade de Itabuna, no estado da Bahia, filho de José e Dejanira Cruz.
É o sexto dos seis irmãos. Fez seus estudos primários no Colégio Divina Providência, em sua cidade natal. Muito cedo ingressa no seminário da Congregação da Paixão (Passionistas) onde cursa o 1° e 2° graus no Seminário São Gabriel em Osasco-SP. Aos 16 de janeiro de 1966, após um ano de Noviciado em Colombo-PR, faz os primeiros votos religiosos na Congregação Passionista. Em fevereiro de 1966 vai estudar em Roma, permanecendo por 8 anos na cidade eterna, onde cursa Filosofia (Bacharelado), Teologia e Especialização para Licenciatura em Teologia, na Universidade Lateranense.
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
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1971-1974 Ordenado sacerdote aos 25 de julho de 1971, na Catedral de São José, em Itabuna Bahia, pelas mãos de Dom Geraldo Pelanda, bispo Passionista. Em seguida volta para Roma, conclui seus estudos em 1974, quando regressa definitivamente ao Brasil.
1976-1978 Seu primeiro campo de trabalho é sua cidade natal, onde permanece por 2 anos e meio como pároco da Paróquia Santa Maria Goretti. Em 1976 foi para Jequié, como coordenador das Missões Populares, onde permaneceu até março de 1978, data em que é transferido para Salvador, onde permaneceu como pároco da Paróquia Boa Viagem, e formador dos jovens passionistas até a sua nomeação como bispo.
1987 Exerceu também a função de coordenador do Zonal VI (Regional Pastoral da Cidade Baixa), Salvador Bahia. Aos 25 de fevereiro de 1987 foi nomeado bispo para a Diocese de São Luís de Montes Belos, no Regional Centro-Oeste da CNBB. Aos 9 de maio de 1987, foi ordenado bispo na Catedral de Salvador-BA e aos 7 de junho de 1987, às 9h30, na Catedral São Luiz Gonzaga, toma posse na Diocese de São Luís de Montes
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2002 Dom Washington Cruz, na Arquidiocese de Goiânia Dom Antonio pela Arquidiocese e confiantes no pastoreio afável e seguro de Dom Washington. Todos se uniram à Trindade Santa, fonte e horizonte da Igreja de Goiânia, para juntos dizerem, numa só voz, a ele: “Seja bem-vindo, servidor do Evangelho!” Na Praça Dom Emanuel, em frente à Catedral, várias faixas assinadas pelas paróquias e movimentos e pastorais davam boas-vindas a Aos 8 de maio de 2002, foi nomeado arcebispo para a Arquidiocese de Goiânia e no dia 14 de julho do mesmo ano, tomou posse numa bonita celebração. Esta Celebração de Acolhida contou com a participação de inúmeras pessoas imensamente agradecidas pelo trabalho incansável e dedicação amorosa de
Dom Washington e agradeciam ao arcebispo emérito, Dom Antonio. Uma comissão de apoio distribuiu um guia da celebração e pedaços de tecido com as cinco cores dos continentes. Cerca de 3 mil pessoas assistiram à celebração. Também foram entregues ao público exemplares do jornal da Catedral Metropolitana de Goiânia, cuja man-
Belos, numa celebração presidida por Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, concelebrada por Dom Stanilau Van Mellis (bispo emérito da Diocese naquela época) e todos os padres da Diocese. Exerceu várias atividades como bispo: acompanhante da Pastoral da Juventude do Regional Centro-Oeste; acompanhante da Comissão Regional do Clero; membro da Comissão Episcopal do Seminário São João Maria Vianney, de Goiânia; presidente do Regional Centro-Oeste (1996-2003).
chete era uma saudação de acolhida ao novo arcebispo, além de um editorial assinado por Dom Antonio. As ruas no entorno da Catedral foram interditadas para abrir espaço ao público. Sob sol forte, os padres ficaram mais próximos do palco, que foi montado na porta da Catedral. Apesar do calor intenso, muitas pessoas permaneceram até a bênção final do novo arcebispo, que ocorreu por volta das 12h15. A partir daí, ele se desdobrou para abraçar uma enorme fila de pessoas que queriam cumprimentá-lo pessoalmente.
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Bispo Auxiliar - Dom Levi Bonatto Lema: “Non mea sed tua voluntas” (Lc 22,42) “Não a minha vontade, mas a tua”
Dados Biográficos • Data de Nascimento: 6 de dezembro de 1957, São José dos Pinhais (PR) • Data de Ordenação: 15 de setembro de 1995 • Nomeação episcopal: 8 de outubro de 2014 • Ordenação episcopal: 14 de dezembro de 2014 • Início do ministério em Goiânia: 26 de janeiro de 2015
F
ilho de São José dos Pinhais (PR), Dom
do Centro Universitário Esplanada e do Centro
Levi Bonatto nasceu em 6 de dezembro
Cultural Alfa. Por último, antes de ser ordena-
de 1957. Estudou filosofia no Studium Genera-
do bispo, foi capelão do Centro Cultural Ma-
le da Prelazia, em São Paulo (SP) e teologia na
rumbi, coordenador da Sociedade Sacerdotal
Pontifícia Universidade Santa Cruz, em Roma.
“Santa Cruz” no estado do Paraná e confessor
Tem ainda doutorado em Economia pela Uni-
no Seminário Maior “São José”, da Arquidioce-
versidade Federal do Estado do Paraná (1981)
se de Curitiba (PR).
e em Direito Canônico pela Pontifícia Universidade da Santa Cruz, de Roma (1995).
Foi nomeado bispo auxiliar de Goiânia em 8 de outubro de 2014 pelo papa Francisco e
Foi ordenado padre em 15 de setembro de
ordenado em São José dos Pinhais, em 14 de
1995, na Basílica de Santo Eugênio, em Roma.
dezembro do mesmo ano, sob a imposição
Após uma breve passagem por Madri, na Es-
das mãos do arcebispo de Goiânia, Dom Wa-
panha, retornou ao Brasil designado para tra-
shington Cruz, CP. Começou o ministério em
balhos pastorais na Prelazia da Opus Dei, em
26 de janeiro de 2015. Seu lema episcopal é
São José dos Campos (SP), onde foi capelão
“Não a minha vontade, mas a tua”.
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Bispo Auxiliar - Dom Moacir Arantes Lema: In simplicitate cordis (Cl 3,22) “Com simplicidade de coração”
Dados Biográficos • Data de Nascimento: 3 de junho de 1969, Itapecerica (MG) • Data de Ordenação: 14 de agosto de 1999 • Nomeação episcopal: 11 de maio de 2016 • Ordenação episcopal: 13 de agosto de 2016 • Início do ministério em Goiânia: 26 de agosto de 2016 ilho de Bento Alves Arantes e Irene Pinto de
F
(CNBB). Ele foi nomeado bispo auxiliar de Goi-
Araújo, Dom Moacir Silva Arantes, 47 anos, é
ânia pelo papa Francisco, no dia 11 de maio de
o 13º de 15 irmãos. Formou-se em filosofia e te-
2016, e ordenado na igreja matriz de São Ben-
ologia em Belo Horizonte (MG) e foi ordenado
to, em sua terra natal, Itapecerica (MG), no dia
padre em 14 de agosto de 1999. Já foi pároco,
13 de agosto do mesmo ano, sob a imposição
administrador paroquial e vigário em seis mu-
das mãos do bispo emérito de Divinópolis (MG),
nicípios da Diocese de Divinópolis, bem como
Dom José Belvino do Nascimento, e dos bis-
reitor dos seminários diocesanos, membro do
pos coordenantes, Dom José Carlos de Sou-
conselho presbiteral e coordenador da Pastoral
za Campos (diocesano de Divinópolis) e Dom
das Vocações e ministérios da diocese.
Washington Cruz, arcebispo de Goiânia e res-
Foi assessor eclesiástico da Pastoral Familiar
ponsável pelo pedido ao papa de um segundo
no Regional Leste 2 (Espírito Santo e Minas Ge-
bispo auxiliar. Tomou posse no dia 26 de agosto
rais) e por último assessor nacional da Comis-
de 2016, na Catedral Nossa Senhora Auxiliadora,
são Episcopal Pastoral para a Vida e a Família,
em Goiânia. Seu lema episcopal é In Simplicita-
da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil
te Cordis (Com simplicidade de coração).
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|
Especial Dom Antonio
Dom Antonio Ribeiro:
A
ntes do episcopado, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira foi vigário geral da Arquidio-
cese de Goiânia e, portanto, ficou à frente da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (Catedral), nos anos de 1957 a 1961. O segundo arcebispo de Goiânia sempre teve um carinho especial pela Catedral. Primeiro, por ser a igreja-mãe da Arquidiocese. Segundo, por ter dedicado ali longos anos do seu ministério, seja nos primeiros anos do seu episcopado, como também nos últimos dias de sua vida, presidindo e con-
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
segundo arcebispo de Goiânia
celebrando missas, como também atendendo
um tema, desta vez homenageou o emérito”
confissões. Em 2016, a Arquidiocese de Goiâ-
(Jornal Encontro Semanal, edição 109, de 19
nia celebrou os 90 anos dele. “O lema episcopal
de junho de 2016).
‘Para que todos sejam um’, do querido arcebis-
Após 56 anos de episcopado com serviços
po emérito de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de
prestados à Igreja de Goiânia e à Diocese de
Oliveira, ressoou nos dias 10 a 12 de junho, por
Ipameri, Dom Antonio faleceu no dia 28 de fe-
ocasião das celebrações dos seus 90 anos de
vereiro de 2017, em Goiânia. Depois das cele-
vida. Atendendo ao pedido do nosso arcebis-
brações fúnebres, a Igreja se despediu dele no
po Dom Washington Cruz, a data foi celebrada
dia 2 de março. A missa foi presidida por Dom
em três grandes momentos. A Reunião Mensal
Washington e concelebrada pelos bispos au-
de Pastoral, que normalmente aborda mais de
xiliares, Dom Levi e Dom
Moacir, e por vá-
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Dom Antonio Ribeiro (à esquerda), ao lado do primeiro arcebispo de Goiânia, Dom Fernando Gomes dos Santos (à direita)
rios bispos do Regional Centro-Oeste da CNBB (Goiás e Distrito Federal) e de outros regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, além do Clero Arquidiocesano e Religioso e de outras dioceses. Dom Washington dedicou sua homilia a agradecer pela unidade que Dom Antonio tanto semeou e pela pastoral engajada que ele disseminou durante os 16 anos em que esteve à frente da Arquidiocese. “Agradecemos seu empenho pelo esforço e grande amor a Jesus e à Igreja. Durante seu ministério, enfrentou imensos desafios sociais e pastorais, por isso seu pastoreio foi profético nas duras realidades
Nosso coração sofre, de certa forma, pela falta
das periferias de Goiânia e das cidades do in-
da sua presença física, mas a fé projeta sobre
terior. Enquanto ainda ressoam os festejos da
nossa dor a luz serena da salvação”, afirmou.
comemoração dos 90 anos de Dom Antonio,
Dom Washington pediu que nenhum cristão
nos convocam para esta celebração eucarísti-
veja a morte como uma parede intransponível,
ca, mistério de amor do nosso querido irmão.
mas como um horizonte de esperança”.
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Cronologia Nascimento: 10 de junho de 1926 Local: Orizona-GO Filiação: José Ribeiro de Oliveira e Luiza Marcelina de Castro Ordenação presbiteral: 2 de abril de 1949 Local: Mariana-MG Nomeação episcopal: 25 de agosto de 1961 Ord. episcopal: 29 de outubro de 1961 Local: Goiânia Data da renúncia: 8 de maio de 2002. Estudos Filosofia – Seminário Central, Ipiranga, São Paulo-SP (1943-1944); Teologia – Seminário São José, Mariana-MG (1945-1948) Atividades antes do episcopado: secretário da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Goiânia-GO (1949); reitor e professor do Seminário Santa Cruz, Silvânia-GO (1950-1955); vigário de Orizona-GO, professor no colégio local (1955-1957); pároco da Catedral de Goiânia (1957-1961); vigário geral da Arquidiocese de Goiânia (1958-1961). 47
Atividades como bispo: bispo auxiliar de Goiânia (1961-1976); administrador apostólico de Goiás-GO (1966-1967); administrador apostólico de Itumbiara-GO (1972-1973); membro da Comissão Representativa da CNBB; membro da Comissão Episcopal para Traduções de Textos Litúrgicos; membro do Conselho Estadual de Educação de Goiás; Padre Conciliar (1962-1965); bispo de Ipameri (1976-1986); membro do Conselho Fiscal da CNBB (2 mandatos); presidente do Regional Centro-Oeste da CNBB (1976/1980 a 1983 e 1989 a 1991); arcebispo de Goiânia (1986 a 2002). Escritos de sua autoria: Semana Santa sem padre, Diocese de Ipameri-GO; Carta Pastoral sobre eleições, Ipameri-GO; artigos e cartas circulares, Goiânia; pronunciamentos vários, Goiânia e Ipameri.
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
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Dom Antonio Ribeiro de Oliveira: luminoso exemplo Mons. Aldorando Mendes
A
pontando o dedinho para o crucifixo na parede de sua casa – na Fazenda Pontinhas – Orizona (GO), ele, o pequenino Antonio, ainda nos braços de sua santa mãe Dona Luiza – perguntou-lhe: “quem é ele?”. E Dona Luiza, com a firmeza reveladora de sua profunda fé e de seu esposo, Senhor José Ribeiro, e de toda a família, respondeu: “Aquele é o bom Pai do Céu. É o bom Deus. É Jesus!”. Foi ali, de pequenino, nos braços de sua mãe que Dom Antonio começou a longa trajetória de fascinação, de encantamento e de intimidade com Jesus, o Filho de Deus. Dom Antonio exemplificava assim de modo vivo, concreto, o que estava pregando ali para os casais – do Encontro de Casais da Catedral: “É a família, a primeira Educadora da Fé. É no seio da família cristã que devem acontecer as primeiras experiências de
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Dom Antonio Ribeiro, ao centro, com seus pais e irmãos
fé, de Deus. É na família que se tem intimidade com Deus – que se inicia a transmissão da fé... É sobre os joelhos de papai e mamãe que rezam, que se experimenta a grandeza da fé, do amor da intimidade com Deus-Amor. É na família – o fundamental laboratório criado por Deus que se aprende, aqui na terra, por antecipação, a vida futura do Paraíso. “É Deus-Amor – que conhece a família – que a planejou como uma obra-prima
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do amor, símbolo, modelo de todos os seus outros desígnios, é com o amor que Ele poderá curar de novo as chagas da família hoje”. No ano de 1948, com colegas do Seminário Menor Santa Cruz, de Silvânia, tive a grande alegria de vir participar do grandioso evento eclesial que aconteceu em Goiânia: o Congresso Eucarístico. Eu, com 12 anos, cursando a 2ª série do ginasial. Foi aí que vi pela primeira vez o subdiácono Antonio Ribei-
ro. Ele, no altar monumento, servindo no solene pontifical presidido por Dom Jaime de Barros Câmara, cardeal arcebispo do Rio de Janeiro. Foi então que exclamei: “Nossa!... Como ele é alto!”. Em 1949, alguns do Seminário Santa Cruz fomos transferidos para o Seminário Menor de Mariana (MG). Foi lá que, aos 2 de abril, na Sé Catedral, tive a alegria indelével de participar da solene celebração de sua ordenação presbiteral. Eu tinha o olhar sempre fixo nele, pois “era nosso... de Goiás”. Comentei: “Nossa!... Parece um Santo!”. Anos mais tarde, retorno ao Seminário Santa Cruz em Silvânia, tendo-o como reitor e professor de Teologia e Espiritualidade. Eu o avaliava com positivo orgulho: “Nossa!... que memória e inteligência privilegiadas!... E que sabedoria incrível!”. Apreciando a apaixonada e dinâmica participação dele em quase todas as modalidades de esportes, sobretudo no futebol... (“sai da frente!”...), eu concluí: “Nossa!... como é veloz... atlético!”.
Ouvindo suas inflamadas e sólidas pregações aos seminaristas, aos colegas, aos padres, aos diocesanos – aos casais nos frequentes Encontros de Casais que eu seguia pela Pastoral Familiar – eu me confirmava: “Nossa!... Que bela e profunda intimidade ele tem com Deus!...”. O tempo correu... e ele, na Diocese de Ipameri, sofre o acidente que lhe trouxe consequências sérias na sua saúde. Precisou então de bengala, de andador, de cadeira de rodas, mas sempre se movendo com serenidade e profunda paz interior. Paz de quem bem entende de cruz, paz de quem está familiarizado com Cristo na Cruz. Então, eu o contemplo nessa situação e confirmo para mim mesmo: “Nossa!... como ele entende da arte de carregar a Cruz de Cristo e como Cristo!”. Então, eu sempre o vi como um mestre que nos ensinou com autoridade, pois não precisava de muitas palavras. Continuava ensinando com a vida... e, finalmente, posso afirmar com a mais profunda convicção: “Nossa!... ele é de fato um gigante da santidade!
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Dom Antonio, companheiro de jornada Mons. Nelson Rafael Fleury
Dom Antonio (o primeiro da esquerda para a direita), e Mons. Nelson (o segundo).
C
onheci Dom Antonio no longínquo ano de 1936, no Seminário Preparatório “Jesus Adolescente”, em Bonfim, hoje Silvânia. Ele com dez e eu com oito anos de idade. Juntos, percorremos todos os anos de nossa formação sacerdotal: o Ginasial, no Seminário Santa Cruz, em Silvânia, e no Menor, de Mariana (MG). O curso superior de Filosofia e Teologia nós fizemos no Seminário Central do Ipiranga, em São Paulo e Seminário Maior São José, em Mariana. Depois de ordenados padres, fomos trabalhar juntos no Seminário Santa Cruz, em Silvânia. Com a morte de Dom Emanuel, em
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1955, ficamos muito perto de Dom Abel, administrador da Arquidiocese. Nós fizemos ainda parte do Conselho de Consultores, com reuniões em Goiânia, Silvânia, Pirenópolis e Ipameri. Com a chegada de Dom Fernando, Dom Antonio assumiu a paróquia da Catedral e logo depois foi nomeado vigário geral da Arquidiocese e, em seguida, bispo auxiliar, em 1961. No ano seguinte Dom Fernando me convocou para a Cúria, como chanceler e secretário da Arquidiocese, e eu voltei à companhia de Dom Antonio até 1975. Em 1976, ele me convidou para o seu novo ministério em Ipameri, onde eu fiquei por seis anos, ajudando na Cúria e na Catedral.
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O esporte sempre foi uma atividade fundamental na vida do seminário
Quando Dom Antonio voltou para Goiânia como seu 2º arcebispo, mais uma vez fui chamado à Cúria, onde permaneci durante todo tempo do seu pastoreio. Nessas minhas desalinhavadas palavras escritas eu procurei mostrar que, realmente, eu tenho a honra de conhecer muito bem o querido amigo e irmão. E procurei mostrar também como sempre estive ao seu lado no benemérito serviço à Diocese de Goiás, à Diocese de Ipameri e à Arquidiocese de Goiânia. Essa foi a grande lição para a minha vida de padre, que me passou o Sr. Arcebispo Dom Antonio: servir. Para nós, padres, ser ministros de Deus é fundamental. Se perdemos o sentido do serviço, perdemos, também, o sentido de nossa consagração sacerdotal. Dom Antonio: Prosit. Um grande abraço deste velho irmão, companheiro de jornada.
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Padres
Monsenhor Daniel Lagni Pároco atual Incardinado no Clero Arquidiocesano. Gaúcho de Paraí, tomou posse no dia 7 de agosto de 2016.
Vigários e colaboradores atuais
Mons. Aldorando Mendes
Pe. Jonisoncley Santos Carvalho
Pe. José Gonçalves Pinheiro (Zezão)
Pe. Márcio Celestino da Silva
Mons. Jean Biraud
Pe. Geraldo Francisco Pinheiro
Mons. Nelson Rafael Fleury
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Pe. Rogério Lavisch
Párocos anteriores
Padre Carlos Gomes Silva Do Clero Arquidiocesano. Baiano de Santa Maria da Vitória. De 13 de julho de 2013 até 4 de agosto de 2016.
Cônego João do Carmelo Xavier Do Clero Diocesano. Paraibano. De dezembro de 1964 a abril de 1969.
Monsenhor Luiz Gonzaga Lôbo Do Clero Diocesano. Goiano de Pirenópolis. De dezembro de 1984 até janeiro de 2012.
Monsenhor Antonio Ribeiro de oliveira Do Clero da Arquidiocese. Goiano de Orizona. Era, também, vigário-geral. De agosto de 1957 a setembro de 1961.
Monsenhor Aldorando Mendes Do Clero Diocesano. Mineiro de Uberlândia. De agosto de 1971 a dezembro de 1984.
Padre Tennyson de Oliveira Do Clero da Arquidiocese. Goiano de Pirenópolis. De março a junho de 1957 e de março a dezembro de 1964.
Cônego Alberto Mendes Do Clero Diocesano. Goiano de Buriti Alegre. De abril de 1969 a agosto de 1971
Padre Alípio Martinez Frade agostiniano. Espanhol. De outubro de 1955 a março de 1957.
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Padre José Jesuflor Do Clero Diocesano. Cearense. De abril de 1952 a setembro de 1955.
Cônego Carlos Plangger Do Clero Arquidiocesano. Tirolês. De março de 1950 a março de 1952.
Padre José Quintiliano Leopoldo e Silva Salesiano da inspetoria de São Paulo. Paulistano. De março de 1949 a fevereiro de 1950.
Padre Pedro Pinto Ferreira Salesiano de Dom Bosco. Paulistano. De fevereiro de 1947 a março de 1949.
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Padre Jacinto Fagundes Do Clero diocesano de Uberaba (MG). Mineiro do Triângulo. De fevereiro de 1943 a fevereiro de 1947.
Padre Osvaldo Sergio Lobo Sacerdote Salesiano. Goiano de Silvânia. De novembro de 1942 a fevereiro de 1943.
Padre João Pian Sacerdote da Congregação Salesiana. Italiano. Foi, também, um dos fundadores do Ateneu Dom Bosco. De maio de 1941 a novembro de 1942.
Cônego Abel Ribeiro Camelo Do Clero Arquidiocesano de Goiás. Goiano de Silvânia. Era, também, vigário-geral. De dezembro de 1937 a maio de 1945.
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Reforma
Cristo é a luz da Igreja
U
m projeto antigo de pelo menos 20 anos atrás, segundo o Sr. Josino Luiz Neto, membro da equipe de reforma, está em exe-
cução desde 2017 na Catedral Metropolitana. Dividida em três etapas, a reforma começou no mês de agosto. Mas por que demorou tanto? Primeiro porque é um projeto que exige muito recurso financeiro. Segundo porque era necessário estudar qual o melhor projeto a implementar. E por fim era indispensável compor a equipe de reforma, condução e execução da obra. Tudo isso veio a acontecer no ano passado, com as bênçãos de nossa padroeira, Nossa Senhora Auxiliadora.
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Primeira etapa - Iluminação Teve início com a limpeza do telhado. Em seguida foi preparada toda a infraestrutura elétrica, iluminação interna e externa, de comunicação, sonorização, internet e a parte de instalação de câmeras.
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Segunda etapa - Climatização
Foi iniciada com a colocação e substituição da fiação e tubulações de água. Essa parte já está instalada para receber os climatizadores de teto, que são modelos mais econômicos e eficientes que os de parede.
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Terceira etapa - Pintura
Pintura interna e externa da Catedral. Deverá ser iniciada após a conclusão definitiva das duas etapas iniciais. O projeto prevê a modernização de toda a fachada e detalhes internos e externos.
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O projeto luminotécnico é de autoria da arquiteta Fabiana Trindade Longhi, do Escritório Longhi Arquitetura, em parceria com o arquiteto Fábio da Costa Sotero, do Escritório Fábio Sotero. Ambos são especialistas em Espaço Litúrgico e Arte Sacra e Restauro Arquitetônico.
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Sr. Josino (membro da Comissão de Reforma); Fabiana (arquiteta); Fábio (engenheiro civil).
Iluminação Em entrevista, Fabiana explicou que o prin-
nação das naves, do transepto e do presbitério
cípio dessa parte da reforma é “Cristo luz da
são indiretas, exceto no ambão que tem luz di-
Igreja”. A luz era uma deficiência da Catedral.
reta. Nas colunas foram colocadas landelas e
Havia muita luminosidade branca e direta e
dentro delas projetores que fazem a ilumina-
isso foi abandonado. O altar foi destacado com
ção da nave. “Eles jogam luz para o teto, para a
uma iluminação mais forte por se tratar do es-
nave central e rebatem; nas naves laterais eles
paço mais importante do templo. Por isso, foi
jogam luz na parede e, nos transeptos, jogam
realçado. Nas naves laterais foi colocada uma
para as paredes. No fundo do templo há dois
iluminação indireta para proporcionar um am-
projetores que fazem também essa iluminação
biente de oração mais confortável. Toda ilumi-
para que o foco não seja direcionado ao chão.
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Fabiana complementou a explicação técnica dizendo que a nova iluminação da Catedral é uma iniciativa inédita em Goiânia. Isso porque as nossas igreja ainda adotam uma iluminação branca e direta. “Nossa iluminação é indireta e pode parecer que a igreja está escura, que há menos luz que antes, mas é o contrário. Temos mais luminosidade porque a luz vai e é rebatida. Isso traz um clima orante, de aconchego, que acalma e desacelera, sobretudo porque a luz é amarela”, explicou.
CFTV e sonorização Fábio Cabral Pereira, engenheiro civil e sócio
uma melhor acústica. Tudo foi feito sob padrões
da empresa Conceito A Engenharia, é o res-
técnicos exigidos. “Segurança é algo que prio-
ponsável técnico pelo projeto elétrico, CFTV,
rizamos nos projetos. Antes havia na Catedral
rede de dados e pela fiscalização da obra. Ele
uma fiação que não correspondia aos padrões
que conduziu o projeto de cálculo de potência,
de hoje, até porque a época em que foi insta-
uso de energia, dinâmica e capacidade de cada
lada não se seguiam essas normas. Mas hoje
luminária. O CFTV corresponde às câmeras de
é impensável desenvolver um grande projeto
segurança do patrimônio e às câmeras para
sem seguir à risca aquilo que exige a NBR, (nor-
transmissões ao vivo das celebrações e para vi-
ma técnica brasileira). Alguns exemplos do cui-
deoconferências. Fiação de som e parte elétrica
dado com essas normas são a fiação com capa
foram todas feitas de modo embutido. As caixas
dupla, com espessura adequada e quadro de
de som foram recolocas nos espaços para dar
energia próprio e separado da Cúria”, explicou.
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História
Criação da Paróquia
O
Decreto da criação da Paróquia de Nossa Senhora Auxiliadora, de Goiânia, foi expe-
dido pela Cúria Arquidiocesana de Santa’Ana de Goiás, em 22 de dezembro de 1937, sendo nomeados respectivamente vigário e coadjutor os Revmos. Cônego Abel Ribeiro (primeiro vigário) e padre Francisco de Sales Peclat, cujas provisões se datam de 22 de dezembro de 1937. A Matriz, a primeira de Goiânia, que também é o primeiro templo religioso da nova capital do estado, recebeu cerimônia da bênção no dia 24 de dezembro de 1937 e teve novenário e missa presidida pelo padre Peclat. A Comissão Organizadora dos festejos foi presidida pela Exma. Sra. Gersina Borges Teixeira. Seus primeiros dirigentes foram o cônego Abel Ribeiro e o padre Peclat.
Antecedentes O terreno onde hoje se encontra a Catedral
terrenos pertenciam, principalmente, às fazen-
Metropolitana Nossa Senhora Auxiliadora era
das Botafogo, Macambira e Vaca Brava. Parte
uma área de terras que pertencia às fazendas do
delas, cerca de dois alqueires, o Sr. Andrelino
Sr. Andrelino de Morais, membro da tradicional
doou à Igreja Católica, destinando-os às obras
família goiana Rodrigues de Morais. No início da
religiosas.
década de 1930, quando a Comissão de Estudos para a localização da futura capital do estado de Goiás optou pela região da Campininha, no município de Campinas, imediatamente o governo estadual providenciou a desapropriação da área na qual seria construída a nova cidade. Esses
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Em 1947, a empresa Coimbra Bueno e Cia. Ltda. apresentou a planta geral de urbanização de Goiânia. Nessa planta são destacados os pontos de convergência de cada Setor, entre eles, a Praça da Catedral, no Setor Sul. O terreno doado à Igreja era extenso e incluía as duas
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quadras adjacentes à Praça do Cruzeiro, onde
da a Sra. Ambrosina, esposa do então governador
hoje está a Paróquia São José e o Colégio Maria
de Goiás, Jerônimo Coimbra Bueno, e como vi-
Auxiliadora, no Setor Sul. Além de todo o espaço
ce-presidente, a Sra. América do Sul Roriz.
ocupado pelos prédios da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), incluindo a Praça Universitária. O local escolhido pelo então arcebispo de Goiás, Dom Emanuel Gomes de Oliveira, para ser edificada a Igreja Matriz da primeira paróquia de Goiânia, que mais tarde seria
A planta da Catedral foi escolhida pelo próprio arcebispo. O projeto é de autoria do arquiteto salesiano padre Consolini. A princípio, seria a Matriz da Paróquia São João Bosco, dos Padres Salesianos, em São João del-Rei (MG).
a sua Catedral, foi a quadra residencial que fica
O estilo da Catedral de Goiânia é o moderno-
entre as ruas 10, 14, 19, 20, no Centro. Antes de
-eclético, com influência de alguns estilos eu-
decidir por essa área, cogitou-se a construção
ropeus da arte sacra moderna, como o neorro-
da Igreja Paroquial na quadra 81, da Avenida
mântico, neobasilical, neogótico. Alguns chegam
Tocantins, entre as ruas 3 e 29, projeto que foi
a entrever, nas alterações que sofreu a planta ori-
abandonado.
ginal, o desejo de colocar na obra alguma coisa do estilo art déco, usado nos prédios da Praça
Edificação
Cívica, como marca de Goiânia, embora o estilo não tenha exercido nenhuma influência na arte sacra. Há quem associe a torre da Catedral a características das primeiras construções da capital. No início das obras, o arcebispo queria localizar a igreja bem na ponta da quadra, voltada para a Rua 20. Ele desejava que os lotes que davam para a Rua 19 não fossem atingidos pela construção. Mas o então governador Coimbra Bueno,
No dia 18 de maio de 1947, o arcebispo de
que era perito no assunto, convenceu-o a loca-
Goiás escolheu e nomeou os membros da co-
lizar a igreja no centro da quadra, tornando-a a
missão que assumiriam a tarefa de obter os re-
mais destacada das construções vizinhas. A obra
cursos financeiros para a construção da Catedral.
ficou alguns anos só nos alicerces e, em 1949,
Além do arcebispo Dom Emanuel, participou
durante o paroquiato do padre José Quintiliano,
dessa reunião também o seu auxiliar, Dom Abel
teve início o levantamento das paredes, o que foi
Ribeiro Camelo. A comissão foi nomeada de Pro
noticiado no jornal O Popular.
Erigenda Ecclesia. Como presidente, foi escolhi-
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ficou pouco tempo porque foi sagrado bispo em 1961, e o padre João do Carmelo Xavier. Com os esforços da Comissão das Obras da Catedral, no dia 10 de maio de 1956, Dom Abel procedeu à bênção e à inauguração da Catedral, com a presença de autoridades, associações religiosas e muitos fiéis. No dia 8 de dezembro de 1966, o então núncio apostólico no Brasil, o cardeal Dom Sebastiano Baggio, sagrou a Catedral. Foram 19 anos, dos alicerces à sagração. A partir desse rito litúrgico, a Igreja Nossa Senhora Auxiliadora constituiu-se Catedral definitiva da Arquidiocese.
Imagem da Padroeira Uma preciosidade da Igreja Catedral é a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, Padroeira da Arquidiocese e da cidade de Goiânia e orago Em 1955, com a morte do arcebispo Dom
da nossa paróquia. Essa imagem era venerada
Emanuel, Dom Abel foi eleito vigário capitular.
na Igreja Matriz de Nossa Senhora Auxiliadora,
Ele se dedicou ao projeto de reformulação da
no Bairro do Bom Retiro, na capital paulista. Os
estrutura física da Província Eclesiástica, com a
paroquianos costumavam chama-la de “Ima-
criação da Arquidiocese de Goiânia. Ele deveria
gem do Milagre”, porque, numa procissão pelas
agir rapidamente para que o primeiro arcebispo
ruas do bairro, a imagem foi carregada sem ter
da Arquidiocese de Goiânia pudesse encontrar,
sido fixada no andor. Eles só perceberam isso ao
na sua chegada, pelo menos uma Catedral pro-
chegar na igreja, quando ao descer o andor a
visória estruturada, embora inacabada. De 1950
imagem ameaçou cair e foi amparada pelos cir-
a 1955, passaram pela paróquia o cônego Carlos
cunstantes. Em 1942, o arcebispo Dom Emanuel
Planger, o padre Jesuflor, o padre Alípio Marti-
Gomes de Oliveira pediu ao pároco do Bom Re-
nez, o cônego Antonio Ribeiro de Oliveira, que
tiro que nos emprestasse aquela bela imagem
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
da Virgem Auxiliadora para uma
Despois das festividades, a Ima-
missão muito especial: presidir às
gem não foi devolvida à Igreja do
comemorações do “Batismo Cul-
Bom Retiro. Um amigo de Dom
tural” da nova capital do estado de
Emanuel, morador de São Paulo,
Goiás.
mandou esculpir uma belíssima cópia da Virgem Auxiliadora para
Essa imagem foi colocada no
a Matriz do Bom Retiro. E, assim,
altar preparado na Praça Cívica,
essa querida Imagem está conos-
onde foi celebrada a Santa Missa
co desde 1942. Ela está entroni-
de inauguração oficial da cidade,
zada em nossa Catedral. Muitas
no dia 5 de julho de 1942. Presi-
vezes, no final das celebrações, a
diu a Celebração Eucarística o
comunidade costuma estender
arcebispo de Cuiabá, Dom Fran-
os braços em sua direção, fazen-
cisco de Aquino Correa, membro
do-lhe sua consagração pessoal e
da Academia Brasileira de Letras.
pedindo-lhe a bênção.
Invocação a Nossa Senhora Auxiliadora Essa invocação Mariana tem raízes já no século XVI Diante do perecimento de diversas nações cristãs, o Papa Pio V tomou a decisão de organizar uma esquadra para resgatar os cristãos que estavam sob o jugo da escravidão muçulmana. E para isso, invocou o auxílio da Virgem Maria. E a vitória não tardou a chegar, no mesmo ano derrotaram os muçulmanos, e afastaram a perseguição do povo. Em agradecimento a Nossa Senhora, acrescentou a invocação, “auxiliadora dos cristãos” às ladainhas loretanas. Contudo, quem instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi o Papa Pio VII, em 1816. Outro episódio importante aconteceu no século XIX. Napoleão I, dominado pela ganância de conquistar mais terras, estava empenhado em invadir os estados pontifícios; inclusive por esse motivo foi excomungado pelo Sumo Pontífice. No entanto, para dar o “troco”, o imperador francês mandou sequestrar o Papa Pio VII, levando-o para a França, onde permaneceu preso por cinco anos, sofrendo toda espécie de humilhações. Ainda assim, apesar de
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todo sofrimento, o Papa não
o eclesiástico. A fundação de
cobertas de ex-votos com as
perdeu a fé, e recorreu à inter-
sua família religiosa, que difun-
palavras: “Graça recebida de
cessão da Virgem Santíssima,
de pelo mundo o amor a Nos-
Maria”. Sim, tal é exatamente
prometendo coroar solene-
sa Senhora Auxiliadora, deu-se
minha condição; não encon-
mente a imagem de Nossa
sob o ministério do Conde
tro nada em mim em que não
Senhora de Savona logo que
Cavour, no auge dos ódios
possa escrever: “Graça recebi-
estivesse livre. E assim acon-
políticos e religiosos que cul-
da de Maria”. Os bons pensa-
teceu. Com o fracasso, Napo-
minaram na queda de Roma e
mentos que saem de meus lá-
leão acabou cedendo ao de-
destruição do poder temporal
bios, a boa vontade que sinto,
sejo do povo e libertou o Papa
da Igreja.
os piedosos sentimentos do
Pio VII. Este, voltou a Savona para cumprir sua promessa. Deste modo, instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, fixando-a no dia de sua entrada triunfal em Roma, dia 24 de maio, como uma maneira de confirmar e perpetuar mais uma graça alcançada por meio da intercessão de Nossa
Dom Bosco ensinou aos membros da família Salesiana a amarem Nossa Senhora, invocando-a com o título de AUXILIADORA. Pode-se afirmar que a invocação de Maria como título de Auxiliadora teve um impulso enorme com Dom Bosco.
graças recebidas de Maria”. A força que possuo, o divino emprego que exerço, o hábito religioso que envergo: “São graças recebidas de Maria”. Lede na fronte, lede em meu coração, lede em minha alma; não vede vós lá escrito: “Graças recebidas de Maria Santís-
São Leonardo (1676-1751), o
Senhora.
coração que me animam: “São
sima?” (VtMM, p. 229)
santo da Via-Sacra e da ImaOutro grande testemunho
culada Conceição, falando das
E assim, Nossa Senhora
da intercessão de Nossa Se-
graças que recebeu da Santa
continua “auxiliando” os cris-
nhora Auxiliadora dos Cristãos
Mãe de Deus, dizia:
tãos desde toda a história da
podemos encontrar na história de Dom Bosco. Dom Bosco adotou essa
“Quando penso nas graças que tenho recebido de Deus pela intercessão de Maria San-
invocação para sua Congre-
tíssima,
gação Salesiana, num período
uma dessas igrejas onde se
em que acontecia uma gran-
venera qualquer imagem mi-
de luta entre o poder civil e
lagrosa e cujas paredes estão
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comparo-me
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
com
Igreja até os dias hoje, e isso o fará sempre. Não deixemos nunca de clamar por sua intercessão. Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!
Oração a Nossa Senhora Auxiliadora Dom Bosco Ó Virgem poderosa, Tu, grande e ilustre defensora da Igreja. Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos, Tu, terrível como um exército em ordem de batalha, Tu, que só destruístes todas as heresias em todo o mundo, Ó Senhora, nas nossas angústias, Nas nossas lutas, nas nossas aflições e tentações, Defendei-nos do inimigo, E na hora da nossa morte, Acolhe a nossa alma no paraíso. Amém!
Paroquianos veneram imagem em procissão de entrada durante novena à Padroeira
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Tour pela Catedral
A verdadeira Cruz de Cristo
N
a Catedral de Goiânia há um minúsculo fragmento da “Verdadeira Cruz” de
Cristo, cravado no pé da cruz que beijamos, na Sexta-feira Santa, ao celebrar a memória da Paixão do Senhor. Foi o arcebispo Dom Fernando Gomes dos Santos quem nos trouxe de Roma essa preciosa relíquia, venerada com carinho pelos nossos paroquianos.
O conjunto artístico A nossa Catedral conserva, com muito carinho, o conjunto artístico formado pelo altar da Capela do Santíssimo, pelo Sacrário, pela lâmpada do Santíssimo, por seis castiçais e pelo Crucifixo do altar-mor, bem como pelo pedestal do Círio pascal. É uma obra de metal e madeira projetada pelo monsenhor Rudolf Telmann e confeccionada pelos hansenianos internos da Colônia Santa Marta. O altar da Capela do Santíssimo, por muito tempo, foi o altar-mor da Catedral, dentro da estrutura antiga da Igreja.
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
A cátedra episcopal A palavra Catedral vem de cátedra, que significa cadeira. Todas as igrejas catedrais e somente elas têm a cadeira onde o bispo, sucessor dos apóstolos, se assenta para ensinar e proclamar a doutrina dos apóstolos enviados por Cristo para anunciar o Evangelho a todas as nações da terra. A cátedra é o símbolo da missão de ensinar que compete aos bispos. A cátedra episcopal de nossa Igreja Catedral tornou-se muito especial dia 15 de outubro de 1991, quando, por algumas horas, passou a ser a Cátedra de São Pedro. Está fixada na cadeira episcopal do arcebispo de Goiânia uma placa com os seguintes dizeres: “Esta cadeira foi a Cátedra de São Pedro no dia 15 de outubro de 1991, quando Sua Santidade o Papa João Paulo II presidiu em Goiânia a celebração da Palavra para cerca de 500 mil fiéis”.
A sepultura dos três arcebispos No recinto da parte oeste do piso da igreja, onde fica a cátedra episcopal, encontram-se as sepulturas do Senhor Dom Emanuel Gomes de Oliveira, arcebispo de Goiás; a de Dom Fernando Gomes dos Santos, primeiro arcebispo de Goiânia; e de Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, segundo arcebispo desta Arquidiocese.
Cruz arquiepiscopal Usa-se quando o arcebispo, já tendo recebido do papa seu pálio pastoral, dirige-se à igreja para celebrar alguma cerimônia litúrgica. Por exemplo, quando o arcebispo metropolitano faz ingresso solene na igreja, sendo recebido pelo clero e povo (Cerimonial dos Bispos, 62). Logo em seguida, dando início à cerimônia, a cruz simples deve estar presente na procissão. A cruz arquiepiscopal, também presente nos brasões das arquidioceses metropolitanas, é uma insígnia do arcebispo.
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Primeiro e único órgão de tubos do estado de Goiás No coro da Catedral há um órgão de tubos, o único do estado de Goiás. O instrumento, da família dos aerofones, é acionado pelos seus teclados. O som é gerado pelo ar que precisa ficar mantido sob pressão dentro de um ou vários reservatórios para então ir, somente aos poucos, sendo liberado, fluindo em direção aos tubos, os quais soarão.
Sinos No alto da torre da Catedral de Goiânia, há um conjunto de quatro sinos que foram fundidos em Orléans, na França, pelas mãos do fundidor Dominique Bollee. Neles está inscrito: “Fui concebido na França para unir minha voz às dos sinos das torres do Brasil inteiro. Ano 2007”.
Sala de confissões A Sala de confissões da Catedral fica atrás do altar. Os padres confessores atendem semanalmente, de terça a sábado, nos períodos da manhã e da tarde. Confira mais na página de confissões.
Fonte: Livro Notas Históricas/Mons. Nelson Rafael Fleury
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80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Vitrais Nossa Catedral conta com seis conjuntos de vitrais sobre os mais diversos temas dos evangelhos: Bodas de Caná, Multiplicação dos pães, Ressurreição de Lázaro, Transfiguração, Discípulos de Emaús, Anunciação do Anjo, Nascimento de Cristo, entre outros. As obras são do arquiteto especialista em arte-sacra, Wilson Jorge. O projeto teve início em 2001, na gestão do então pároco, mons. Luiz Gonzaga Lôbo, e só foi concluído em julho de 2014, na administração do padre Carlos Gomes. Para que o conjunto estivesse me perfeita harmonia, o atual pároco, mons. Daniel Lagni, com a comunidade, colocou os vidros coloridos nas portas e janelas dos fundos da igreja. Na imagem ao lado, apresentamos apenas alguns dos vários vitrais.
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Linha do tempo
1933
24 DE OUTUBRO Lançamento da Pedra Fundamental da cidade.
24 DE MAIO
1935
Lançamento da Pedra Fundamental da primeira igreja de Goiânia.
1937
22 DE DEZEMBRO Expedição do decreto de criação da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, de
24 DE DEZEMBRO
1937
Goiânia e nomeação do vigário e coadjutor, respectivamente cônego Abel Ribeiro e padre Francisco Sales Peclat.
Cerimônia da bênção da igreja matriz (templo antigo).
1955
12 DE MAIO Morte do único arcebispo de Goiás, Dom Emanuel Gomes de Oliveira.
74
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
1956
26 DE MARÇO Criação da Arquidiocese de Goiânia.
10 DE MAIO Eleição de Dom Abel Ribeiro Camelo, como vigário capitular. conclusão em parte das obras da Catedral e bênção e inauguração, com a presença de autoridades, associações religiosas e muitos fiéis.
25 DE AGOSTO
1956
1957
1961
16 DE JUNHO Chegada do primeiro arcebispo de Goiânia, Dom Fernando Gomes dos Santos.
Sagração do Cônego Antonio Ribeiro de Oliveira como bispo.
1966 08 DE DEZEMBRO Sagração da Catedral pelo cardeal Dom Sebastião Baggio, núncio apostólico no Brasil. Ao todo se foram 19 anos, dos alicerces à sagração desta igreja.
75
1985
12 DE JANEIRO
1986
1º DE JUNHO Morte e sepultamento de Dom Fernando Gomes dos Santos, primeiro arcebispo de Goiânia.
Chegada do segundo arcebispo de Goiânia, Dom Antonio Ribeiro de Oliveira.
1991 15 DE OUTUBRO Visita do papa São João Paulo II à nossa cidade de Goiânia.
8 DE MAIO Renúncia de Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, segundo arcebispo de Goiânia, por motivo de idade, 75 anos, conforme prescreve o Código de Direito Canônico.
2002
2002
14 DE JULHO Chegada do terceiro arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz.
76
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
2010
19 DE MARÇO Acolhida do bispo auxiliar, Dom Waldemar Passini Dalbello, pela Arquidiocese de Goiânia
3 DE DEZEMBRO Nomeação de Dom Waldemar Passini Dalbello com bispo coadjutor de Luziânia (GO).
2014
2015
6 DE JANEIRO Chegada à Arquidiocese de Goiânia, do novo bispo auxiliar, Dom Levi Bonatto.
2016 26 DE AGOSTO Chegada à Arquidiocese de Goiânia, do segundo bispo auxiliar, Dom Moacir Silva Arantes.
2017 28 DE FEVEREIRO Falecimento do arcebispo emérito Dom Antonio Ribeiro de Oliveira, segundo arcebispo de Goiânia.
Fonte: Livro Notas Históricas/Mons. Nelson Rafael Fleury
77
|
Novo site e atuação nas redes sociais
Por ocasião dos seus 80 anos, Catedral de Goiânia ganhou novo site na internet
A
Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, Catedral Metropolitana de Goiânia, lançou, no dia 12 de junho de 2017, seu
novo site na internet pelo endereço www.catedralgo.org.br. A página, que está no ar desde 2004, foi totalmente reformulada.
Novas páginas e funcionalidades foram
xados; a página de liturgia, em que as pessoas
acrescentadas, como por exemplo, as homilias
interessadas podem ajudar em diversas fun-
do arcebispo metropolitano, Dom Washington
ções: leitura, entrega do jornal da Arquidio-
Cruz, que estão disponíveis em texto, arquivo
cese, animação, acolhida, etc. Quem também
PDF e áudios MP3, para serem ouvidos e bai-
desejar ser dizimista pode fazê-lo por meio
78
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
do site. Basta cadastrar todos os dados neces-
Católica, à evangelização pelas novas tecno-
sários e se dirigir, quando quiser, à Secretaria
logias, sobretudo no ano de 2017, que foi tão
Paroquial para devolver o dízimo e ajudar na vida pastoral da Catedral. O novo site também possibilita aos internautas saber de maneira rápida os horários de missas
diárias,
confis-
sões, cursos de noivos e batismo, ler os trechos do evangelho do dia, e conhecer e ajudar a
importante para a Arqui-
O site hoje é um importante meio de comunicação para a divulgação, mas, além disso, é um meio eficaz de evangelização
construir a história deste religioso
da
cidade
hoje é um importante meio de comunicação para a divulgação de informações sobre a programação pastoral, horários de missas, mas, além disso, é um meio eficaz
de
evangelização.
O novo site vai nos dar a oportunidade de celebrar e divulgar melhor alguns eventos importantes que dizem respeito à Arquidio-
que é o primeiro templo
diocese de Goiânia. “O site
cese e à Paróquia Nossa Sede
Goiânia.
nhora Auxiliadora, Catedral. O novo site nos dá
Para o pároco da Catedral, mons. Daniel
possibilidades para fazer com que nossas ce-
Lagni, o novo site é uma resposta da Igreja
lebrações alcancem mais pessoas”, destacou.
79
Redes Sociais catedralgo/ onde também
“um dom de Deus, e também
de Goiânia também evan-
atualiza
com
uma grande responsabilidade”
geliza por meio das redes
postagens diversas de mis-
(Mensagem de Sua Santidade
sociais. No Facebook, a pa-
sas, celebrações e encontros
Papa Francisco para o 50º
róquia está no endereço ht-
das pastorais e movimentos.
Dia Mundial das Comunica-
tps://www.facebook.com/
A proposta de evangelizar
ções Sociais – Comunicação
CatedralDeGoiania/. Nesse
nesse ambiente está em con-
e Misericórdia: um encontro
espaço, além de publicações
sonância com o que pede o
fecundo, 8 de maio de 2016).
diárias, são feitas também
papa Francisco. Segundo ele,
A Catedral de Goiânia se
as transmissões ao vivo das
“as redes sociais são capazes
dedica a evangelizar pelas
missas. A Catedral está pre-
de favorecer as relações e
redes sociais, por meio da
sente ainda no Instagram,
promover o bem da socieda-
produção de conteúdo em
no seguinte endereço: ht-
de”. Ele também disse que as
textos, imagens e vídeos, dia-
tps://www.instagram.com/
comunicações modernas são
riamente.
Além do site, a Catedral
80
diariamente
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Acompanhe-nos!
|
Publicações pelos 80 anos
Paróquia produziu material de divulgação por ocasião dos seus 80 anos
D
iversos materiais impressos foram produzidos pela Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, com o objetivo de fazer chegar a todos, as celebrações pelos 80 anos da criação da paróquia e os 50 anos de dedicação do templo. A arte foi preparada pelo design gráfico Carlos Henrique, do Vicariato para a Comunicação (Vicom), da Arquidiocese de Goiânia. O material traz as cores do site da Catedral na internet, que são oriundos das cores das vestes da imagem de Nossa Senhora Auxiliadora. Apresenta também a logomarca das duas datas comemoradas. A oração que vai nesta página e na contracapa desta revista foi escrita pelo nosso arcebispo Dom Washington Cruz, especialmente para ser rezada após as celebrações das novenas.
Catedral
Metropo litana de Goiânia
Criação anos Da Dedicação Paróqu da ia Sra. Au Nossa xiliadora Novena em prep aração às celebraçõ es – 8/10 a 3/12, às ‘‘A exempl 19h o de Maria , discípulos – 08/10 : 27º Domi Missionár ngo do Te Mt 21,33 ios’’ mpo Comu -43 – Mo – ns 7 de dez
embro
de 1966
22 de dez
embro
Concele
brações
de 1937
15/10: 28 m . Daniel º Mt 22,1- Domingo do Temp o Comum – 22/10 14 – Mons. Luiz Lobo : 29º Mt 22,15 Domingo do Temp o Comum – 29/10 -21 – Mons. Ald orand : 30º Mt 22,34 Domingo do Temp o -40 – Pe. o Comum – 05/11 Márcio : 31º Domi ngo do Te Mt 5,1-12 mpo Comu – 12/11 a – Pe. Zezão m : 32º Mt 25,1- Domingo do Temp o Comum – 19/11 13 – Pe. Geraldo : 33º Domi ngo do Te Mt 25,14 mp -30 o Comum – Pe. Jonis – 26/11 oncley : 34º Nosso Se Domingo do Temp nh Mt 25,31 or Jesus Cristo Re o Comum i do Unive – 03/12 -46 – Dom Levi rso, solen : 1º Domi idade ngo Mc 13,33 -37 – Mo do Advento ns. Danie l
solenes
– padres – 07/12 , diáconos : Quint , seminar Santo Am a-feira – Véspera istas e po brósio, me da Solen vo de De Mt 7,21.2 idade de mória – Mi 4-2 Imaculad us ssa 7 – Do de 50 an – 08/12 a Conceiç os de De : Sexta-fe m Washington ão dicação ira – Missa às da Cated 06h40 e Imaculada Conceiç ral, às 19 – 17/12 12h – Mi h ão de No : Doming ssa solen ssa Senh e, às 19h o – Canta ora, solen Catedral ta de Na idade Metropo tal – 22/12 litana de : Sexta-fe Go ira – 3ª sem iânia, às 20h – Missa de Ellen Lara ana Aç e grupo Lc 1,46-5 ão de Graças pe do Advento cantoria los 80 an 6 – Cated APOIO os de Cri ral Metro açã politana de Goiân o da Paróquia N. ia, às 19h Sr.ª Auxili adora
81
|
Depoimentos dos Paroquianos
Alice Alves Bandeira Campos, 81 anos Ex-secretária voluntária
E
u nasci em Nova Aurora, distrito de Catalão. Em Goiânia, comecei a participar primeiramente da Paróquia Coração de Maria e,
em seguida, da Catedral. Aos 35 anos de idade comecei a trabalhar na secretaria paroquial, voluntariamente. Eu fazia de tudo um pouco, desde serviços gerais até a contabilidade. Na época, o pároco era o mons. Luiz Lôbo e eu exerci esse trabalho por 22 anos. A Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora representa uma mãe para mim e o mons. Lôbo, um pai, apesar de ele ter idade para ser meu filho. Hoje, com 81 anos de idade, não consigo mais participar da vida paroquial, mas eu fui muito feliz nessa igreja. Às pessoas que participam dessa comunidade, quero dizer que o Jesus que está lá, é o Jesus verdadeiro, por isso valorizem essa presença real de Deus em suas vidas.
82
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Lorraine Vieira Nascimento, 27 anos Paroquiana
E
u vim do interior, com 10 anos de ida-
da Catedral. Ali aprendi com mons. Luiz Lôbo
de, e encontrei na Catedral uma segun-
o amor pelos pobres, a obediência à Igreja e a
da casa e uma segunda família. Assim posso
beleza da liturgia. Nesta igreja fui feliz como
resumir minha relação com a Paróquia Nos-
coroinha e participei da Infância Missioná-
sa Senhora Auxiliadora. Minhas tardes, após
ria, conheci meus padrinhos de Crisma, Rute
as aulas, eram dedicadas a escutar os cau-
e João, que para mim são modelos de vida
sos gostosos de mons. Nelson, de perguntar
conjugal e de caráter, enfim, ali fiz amizades
os significados dos afrescos e vitrais criados
que cultivo até hoje. E assim como eu, muitos
pelo arquiteto Wilson Jorge e de ajudar nas
também têm histórias sobre a Catedral, por-
pequenas coisas da secretaria. Cresci dentro
que esta comunidade é alegre e acolhedora.
83
Manoel Moreira da Silva, 81 anos Ministro da Sagrada Comunhão Eucarística
E
stou na Paróquia desde 1958. Eu fui seminarista noviço da Congregação dos Padres Claretianos e resolvi desfazer dos votos e voltar para Goiânia. Participei primeiramente da Paróquia
Coração de Maria e, depois, o então cônego Antonio Ribeiro de Oliveira, me convidou para trabalhar na Catedral, pois esta paróquia estava precisando de alguém que entendesse de liturgia para auxiliar nas celebrações. O cônego Antonio também me ajudou a encontrar um emprego em um banco, mas jamais deixei de participar da paróquia. A Catedral é para mim uma mãe, principalmente por eu ter sido também membro do Encontro de Casais que restaurou muitas famílias não só na paróquia, mas por toda a Arquidiocese, como também do Movimento dos Focolares, dos Irmãos do Santíssimo. Aqui exerci também o Ministério da Sagrada Comunhão Eucarística.
84
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Francisca da Veiga Fleury (Dona Titinha), 92 anos Paroquiana e musicista
C
omecei a participar da paróquia em 1941, quando
me mudei da cidade de Goiás para Goiânia. Naquela época era uma capelinha onde hoje é o Edifício Dom Abel, prédio este que recebeu esse nome em homenagem ao primeiro vigário da paróquia. Eu costumava frequentar a Catedral nas reuniões e missas, acompanhando as Filhas de Maria. Havia uma senhora que tocava nas missas o órgão, mas ela faleceu e o cônego Abel me pediu para assumir a função. Mas eu me casei e como meu esposo era promotor de justiça, deixamos Goiânia por 18 anos. Depois que retornei, assumi de novo e, desde então, toco nas missas da manhã, às 7h e aos domingos, às 8h30.
85
Antônio Dias de Carvalho Paroquiano, ex-membro dos Irmãos do Santíssimo e do Apostolado da Oração u e minha esposa, Nilda
E
Cruz. Participamos da cons-
um sonho ver essa nova re-
Rezende Dias, participa-
trução do Centro Pastoral
forma. Queremos ter a opor-
mos da comunidade há 53
Dom Antonio e acompanha-
tunidade também de ver o
anos, antes de existir a Cate-
mos a construção da Casa
telhado novo. A Catedral re-
dral. Quando foi construída a
Paroquial Mater Salutis. Eu
presenta para nós a vida de
nova igreja, eu ajudei na aqui-
fui responsável, por muito
comunidade, a vida de ora-
sição dos bancos, algo de que
tempo, de apagar as luzes e
ção, a religiosidade, e a família,
me orgulho muito. Conhe-
fechar a igreja. Tivemos tam-
pois os padres que passaram
cemos Dom Fernando, Dom
bém participação na aquisi-
por aqui foram se tornan-
Antonio e Dom Washington
ção dos vitrais e para nós é
do nossa família também.
Sr. Antônio Dias e Dona Nilda com filhos, netos e bisnetos, na Catedral Metropolitana. Lugar especial para toda a família
86
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Rute Vaz de Morais Alves, 60 anos Paroquiana
É
com muita alegria que eu sirvo na Catedral há mais de 20 anos. Nós, eu e meu esposo João Caetano, já participamos do Encontro
de Casais e depois ficamos colaborando na realização do Encontro. Tempos depois, passamos a colaborar na parte administrativa da paróquia. Já fizemos parte também do Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística e das Exéquias. Temos alegria em poder servir, e hoje somos voluntários, mais diretamente na Casa Paroquial Mater Salutis. Para nós, prestar o serviço à Igreja é estar cada dia mais próximo do céu. A Catedral é uma extensão da minha família e da minha vida e eu colaboro aqui onde eu precisar servir, estarei fazendo para ajudar quem precisar de mim, porque eu sirvo os irmãos por meio da minha Igreja.
87
|
Artigos
Sr. José Rodrigues Carneiro: marco luminoso na história da Catedral
M
uitas pessoas desfilaram pela minha vida no período em que passei como pároco na Catedral. Recordo, encantado, tantos talentos variados, gestos de bondade, de dedicação aos irmãos... Fidelidade encantadora ao Evangelho, desenrolados no desapego e num silêncio humilde... Para mim, foi um grande dom de Deus ter encontrado entre pessoas esplêndidas, o Sr. José Rodrigues Carneiro, falecido em 1983: “Sr. Carneiro”, como o chamavam. Observava aquele senhor idoso, sério, voz grave e tranquila. Sempre trajado com paletó e gravata, passando pela nave da igreja em direção à capela do Santíssimo, onde se demorava por bons momentos. Interessou-me a sua história: Ceará, Brasília, aposentadoria, Goiânia. Aos sábados voltava da chácara trazendo muita fruta para os internos do Abrigo Sagrada Família.
88
Mons. Aldorando Mendes Colaborador
Além da doação, ia dar atenção a cada um dos internos. Os velhinhos ficavam presos ao calendário da semana esperando a chegada do sábado, dia da infalível e agradável visita. Um dia, surpreendeu a diretoria do Abrigo. Disse: “Até agora, dei coisas”, “mas quero dar mais: o meu tempo”. Desde então, aos sábados, lá estava ele com os apetrechos para cortar cabelo e barba dos que o desejassem. Um dia, tomei a decisão de o abordar. “Sr. Carneiro”, vejo que o senhor tem um bonito trato com Jesus na Eucaristia”. Aceita o convite da Catedral para exercer o sagrado serviço de ministro extraordinário da Sagrada Comunhão Eucarística?”.
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Aceitou com uma restrição: “Que ninguém me peça para ir ao microfone para fazer leitura. Não consigo!”. “Fique tranquilo, Sr. Carneiro, eu disse. Para esse serviço o grupo da liturgia dispõe de boa equipe de leitores!”. Ele foi servidor constante e fiel. Assumiu o atendimento no Hospital Araújo Jorge, então sob cuidados pastorais da Catedral. Numa reunião de avaliação, um dia, verificamos a estatística de enfermos atendidos naquela época nos seus domicílios pela paróquia por meio da ação dos Ministros da Eucaristia: em torno de 58. E era um grupo de 13 ministros. Perguntei ao Sr. Carneiro: “E no Hospital Araújo Jorge?” Quantos consegue atender?
Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora (Catedral): 80 anos
Mons. Nelson Rafael Fleury Colaborador Ele disse: ”Visito todos os internos, toda quarta e sexta-feira: em torno de 60!” Mas não era visita de beija-flor. Sr. Carneiro encantava a todos com quem conversava pela capacidade de escuta profunda, pois ouvia com o coração e a mente, sem pressa. Ouvia atento até o fim, transformando o ouvir na arte de participar daquilo que lhe era comunicado. Ouvia mais e falava menos para acolher tudo o que se lhe dizia. Em seguida, ”procurava se colocar no lugar do outro”, e lhe vinham palavras sábias para encaminhar o desenrolar da situação nas mãos de Deus. O tempo passa... Mas tenho sempre presente na minha vida de padre as lições desse leigo impregnado da presença de Deus.
pedra fundamental da
A
Mais tarde, os vereadores
cidade de Goiânia foi
deram-lhe o título de pa-
assentada no dia 24 de ou-
droeira da cidade e declara-
tubro de 1933. No dia 24 de
ram feriado municipal o dia
maio de 1935, foi fincada a
de sua festa litúrgica, 24 de
pedra fundamental da pri-
maio.
meira Igreja de Goiânia. Em 1937, no dia 22 de dezembro, foi criada a primeira paróquia da nova capital, que escolheu,
como
patrona,
Nossa Senhora Auxiliadora.
Eis como Dom Abel Ribeiro Camelo, bispo auxiliar da Arquidiocese de Goiás, consigna, no livro do tombo, o registro da criação da Paróquia: “O Decreto da
89
criação da Paróquia de Nos-
progredindo aos poucos e,
vas normas da liturgia ema-
sa Senhora Auxiliadora, de
após mais de 10 anos de tra-
nadas do recente Concílio
Goiânia, foi expedido pela
balho, o Sr. Dom Abel, no dia
Vaticano II. O padre Carme-
Cúria
de
10 de maio de 1956, proce-
lo, incansável na empreitada
Sant’Ana de Goiás, em 22 de
deu à bênção e inauguração
que lhe fora cometida pelo
dezembro de 1937. A Matriz,
da Catedral, com a presença
Sr. arcebispo, aos poucos,
a primeira de Goiânia, que
de autoridades, associações
sem interromper o uso do
também é o primeiro Tem-
religiosas e muita gente.
templo, levou avante os tra-
Arquidiocesana
plo religioso da nova capital do estado, está levantada nas proximidades do Palácio do Governo, e fica em zona residencial, à rua 19, quadra 31, em lote vasto e bem situado.”
A igrejinha da rua 19 foi nossa Igreja Matriz durante 20 anos: do dia 22 de dezembro de 1937 a 10 de maio de 1956. Tenho muitas saudades da nossa igrejinha, onde rezei muitas missas e
balhos: trocar todo o piso; colocar o altar-mor no centro da nave; revestir as paredes internas com a fixação das cruzes de mármore preto para a Unção Sagrada do Templo; colocar os bancos de mogno; o órgão de tu-
A cerimônia da bênção
exerci o ministério sacerdo-
da nova matriz obedeceu a
tal. Fiquei muito triste quan-
um grandioso programa, re-
do me disseram que ela ha-
alizado juntamente com as
via sido demolida... Ficamos
tradicionais festas natalinas
sem a mais preciosa relíquia
Desse modo, no dia 8 de
do ano de 1937.
dos primórdios da Igreja na
dezembro de 1966, a nos-
nova capital...
sa Catedral foi Sagrada pelo
Essa
simpática
cape-
la, construída na rua 19, foi
Em 1964, o Sr. arcebispo
nossa matriz provisória e
Dom Fernando Gomes dos
sede paroquial por longos
Santos nomeou o padre
20 anos. Somente no ano
Carmelo pároco da Cate-
de 1947, 10 anos, portanto,
dral, com a missão especial
depois da criação da pa-
de concluir os trabalhos de
róquia, foram lançados os
construção da Catedral (a
alicerces da atual igreja. As
torre) e fazer a adaptação
obras da construção foram
do interior da igreja às no-
90
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
bos; reformar a rede elétrica e o som; construir a capela do Santíssimo etc.
cardeal Dom Sebastião Baggio, na oportunidade, Núncio Apostólico no Brasil. E, a partir dessa data, o Sr. arcebispo tirou o adjetivo “provisória” da Catedral, tornando-a a Catedral definitiva da Igreja particular de Goiânia. O primeiro, foi o mons.
Os “vigários” da Catedral nesses 80 anos Abel; o atual, mons. Da-
esses dedicados obreiros do
niel Lagni, é o 17º. Quatro
Reino do Senhor.
vigários eram padres sale-
A comunidade paroquial nunca se omitiu, atendendo
Todos os vigários, ao lon-
generosamente aos apelos
go dos anos, tiveram um
da coordenação. Se for leva-
cuidado especial com a
do avante o projeto de uma
conservação de nossa Igre-
nova Igreja Catedral mais
Um grupo eminente de
ja, realizando as reformas
suntuosa para nossa cidade,
sacerdotes colaborou com
necessárias e as emergên-
a Paróquia Nossa Senhora
os vigários e prestou um
cias inesperadas que sur-
Auxiliadora, a primeira de
excelente reforço às ativi-
gem nas grandes obras de
Goiânia, continuará como
dades ministeriais da pa-
uso constante, como é o
uma bela Igreja Matriz, para
róquia. Nossa comunidade
caso de uma igreja que é
atendimento de seus queri-
agradece e reza por todos
usada diuturnamente.
dos paroquianos.
sianos; um era agostiniano. Todos os outros eram do clero diocesano.
91
Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora: nossa “Onde dois ou mais estão unidos em meu nome, paróquia eu estou no meio deles” (Mt 18,20).
Mons. Aldorando Mendes Colaborador a Igreja, Cristo ressuscitado está
N
trouxe a seguinte definição: “Comunidade de
presente. Nós, na comunidade
comunidades: uma nova Paróquia”. Ela compa-
paroquial, vivemos dessa fonte bendita.
rou a paróquia a uma “estação”, onde se vive de
Temos nossa genealogia em Deus: Deus
forma provisória, pois o cristão é caminheiro. Ele
Pai, Filho e Espírito Santo. Um Deus-Co-
segue o caminho da salvação (cf. At 16,17), con-
munidade, que criou o homem à sua
ceito ligado à acolhida daqueles que estão em
imagem: pessoas destinadas a serem
peregrinação. É uma hospedaria que acolhe os
Comunidade, alegre comunidade dos
viajantes para a pátria celeste. Ela não é morada
filhos de Deus.
definitiva e nem apenas um lugar de passagem
Existe a Igreja onde está presente o Senhor Jesus Ressuscitado. A paróquia é chamada a acolher, proteger esta pérola de tamanho valor: o Cristo presente. No entanto, ela também tem a missão de
nidade, amizade e comunhão. Ela é lar, casa, hospedaria, estação que prepara aqueles que buscam uma comunhão plena, guiados pela fé em Jesus Cristo.
comunicar à rede de pequenas comu-
Venha você também, paroquiano amigo,
nidades pontilhadas nos quarteirões, ou
abastecer-se nesta fonte: Deus, Comunidade
nas capelas do território paroquial, a al-
Divina. Venha descobrir sempre mais a alegria
tíssima experiência dessa realidade.
de viver em comunhão com tantos irmãos em
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na sua 52ª Assembleia
92
onde os viajantes não criam relações de frater-
busca da vivência do Evangelho, em comunidade. Façamos juntos essa caminhada.
Geral, realizada em Aparecida-SP, de 30
Deus abençoe você, paroquiano amigo, e to-
de abril a 9 de maio de 2014, aprofun-
dos os seus caros familiares. Que Ele lhes dê a
dou largamente essa realidade e nos
alegria e a paz.
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora: nossa paróquia II Mons. Aldorando Mendes em se limitar ao episódio das Bodas de
S
que nos cercam e nos influenciam, por
Caná da Galileia (Jo 2,5), Nossa Senhora
considerações utilitárias, pela acomo-
está dizendo a todos nós paroquianos e fre-
dação: “todo mundo faz assim!”... ou: “a
quentadores da Catedral: “Façam tudo o que
moda agora é deste jeito!”...
ele mandar!”
Mas aqui, na comunidade paroquial,
Podemos notar que esta simples frase, pro-
somos alertados a abrir o Evangelho,
nunciada por uma pessoa que fala sem querer
a buscarmos novamente suas antigas
impor nada, é verdadeiramente uma frase re-
e eternas palavras, cheias de vida, que
volucionária. Se respondermos positivamente
cada vez nos parecem novas. E vamos
a ela, haverá uma reviravolta em nossa vida.
perceber, como que por encanto, que
Nossos lares terão mais paz e a alegria do Cris-
nossa vida se transforma, dia a dia: as-
to. E a mesma figura que a pronunciou, na apa-
sim como aqueles servos na aldeia de
rência tão frágil e meiga, é que dará força de
Caná da Galileia viram, com admira-
fazê-lo e de recomeçar a cada momento.
ção, que aquela água que colocaram
Na realidade, diante dessa ordem, podemos ter uma ideia de quão pouco espaço ocupa Jesus em nossa vida e de quanto, mesmo sendo cristãos, nós O colocamos distante da nossa vida real. Nos pequenos e grandes problemas que enfrentamos, ou na orientação, nas deci-
nos grandes vasos se transformou em vinho, “do melhor”, ao atenderem Maria; perceberemos, também nós, como nossos lares, nossas famílias, nossa comunidade paroquial se transformarão em reino de amor.
sões das questões que nos atropelam a cada
É o que desejo para mim e para
dia, somos levados a nos deixar guiar pelo nos-
todos vocês, irmãos da Paróquia da
so modo de sentir humano, pelas ideologias
Catedral.
93
Antônio César Caldas Pinheiro Doutor em documentação, membro do IPEHBC/PUC Goiás
A Igreja e a nova capital de Goiás
década de 30 seria um marco na história
A
mento. Sempre solícita, a Igreja se fez presente
de Goiás. A construção da nova capital,
em diversos momentos importantes da histó-
pensamento acalentado desde o século XVIII,
ria de Goiânia. Celebrou com fé a inauguração
começava a se tornar realidade. A Igreja Ca-
oficial da nova capital, em 1942, solenidade
tólica, na pessoa do arcebispo Dom Emanuel
chamada carinhosamente de o “Batismo Cul-
Gomes de Oliveira, ao ser chamada para co-
tural de Goiânia”. Em 1948, carreou para Goiás
operar com aquele momento histórico, au-
o olhar católico do Brasil, com a realização do
xiliou desde a primeira hora, mesmo porque
Congresso Eucarístico de Goiânia e, em 1958,
Dom Emanuel, então arcebispo de Goiás, fora
realizou a quarta reunião da CNBB na cidade,
sempre um entusiasta pelo progresso da ter-
convidando o episcopado nacional aqui reu-
ra goiana e sabia que a nova capital carrearia
nido a conhecer a construção de Brasília, en-
para o Brasil Central uma onda de desenvolvi-
tão canteiro de obras e esperanças do País.
94
80 anos | CATEDRAL METROPOLITANA | N. Sra. Auxiliadora
No campo educacional, o trabalho da Igreja
nas, em 1948; o Maria Auxiliadora, das Irmãs Sa-
Católica em Goiânia foi fecundo. Até a década
lesianas, em 1956; o Colégio Marista, dos Irmãos
de 1960 foram criados vários colégios religiosos
Maristas, em 1962, e o Colégio Santo Agostinho,
que atendiam as famílias que aqui chegavam.
dos Eremitas de Santo Agostinho, em 1964.
O Colégio Santa Clara, fundado pelas Irmãs da
Em 1937, foi criada, sob o patrocínio da pri-
Terceira Ordem Seráfica, hoje Franciscanas da
meira dama, Dona Gercina, a Santa Casa de
Ação Pastoral, atuava em Campinas desde 1921
Misericórdia de Goiânia, que no início esteve
e foi o primeiro colégio católico a atender à nova
sob a direção das Irmãs Missionárias Agosti-
capital. Em 1937, foi fundado o Colégio Santo
nianas e, posteriormente, a partir de 1942, com
Agostinho, das Irmãs Agostinianas Missionárias;
os trabalhos assumidos pela Congregação das
o Ateneu Dom Bosco, dos Padres Salesianos, em
Filhas de São Vicente de Paulo que naquele
1941; o Externato São José, das Irmãs Dominica-
mesmo ano fundou a escola de Enfermagem.
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A Igreja criou ainda, em Goiânia, algumas faculdades. Em 1959, com a reunião de algumas
Catedral Metropolitana de Goiânia na década de 1950
delas, foi possível a criação da primeira Universidade do Centro-Oeste do Brasil, a hoje Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Foram, por ordem: Faculdade de Enfermagem, criada em 1944; Faculdade de Filosofia, 1948; Faculdade de Farmácia e Odontologia, 1945 (posteriormente incorporada à UFG); Faculdade de Ciências Econômicas, 1951; Faculdade de Belas Artes, 1952; Faculdade de Serviço Social, 1957; Faculdade de Direito, 1959. Dom Emanuel ainda deixou alguns estudos e documentos para a implantação da Faculdade de Medicina que seria criada mais tarde como integrante da UFG. Em 1956, foi criada a Arquidiocese de Goiânia, sendo a nova capital elevada à condição de sede metropolitana. No ano seguinte, 1957, tomou
OREMOS POR GOIÂNIA
posse o seu primeiro arcebispo, Dom Fernando
Senhor Jesus Cristo, pelo mistério da en-
Gomes dos Santos (1957 – 1985), sucedido por
carnação cresceste em sabedoria e graça na
Dom Antonio Ribeiro de Oliveira (1985 – 2002)
cidade de Nazaré, percorreste as cidades de
e Dom Washington Cruz, nosso atual pastor.
Cafarnaum, de Caná, de Jerusalém, e tantas
Sem dúvida, a Igreja Católica tem prodigalizado a sua contribuição para com o progresso de Goiânia, cidade que viu nascer
e
cujo
panha
com
zelo
desenvolvimento e
especial
acom-
solicitude.
outras vilas, aldeias e cidades, curando, restaurando, ensinando, libertando, salvando e dando a vida pela vida de muitos. Nós, confiantes, humildemente Te pedimos: Entra e permanece no coração de Goiânia. Abençoa todos os seus habitantes. Guarda, em Teu amor, todos,
Dom Washington, por ocasião dos 80 anos
vivos ou falecidos, que moraram e edificaram
de Goiânia, legou aos goianienses uma ins-
esta cidade, em seus 80 anos de história. Pela
trutiva Carta Pastoral intitulada Deus te aben-
intercessão de Tua e nossa Santa Mãe Auxilia-
çoe, Goiânia!. Ele termina essa carta com
dora, Padroeira de Goiânia, concede-nos um
uma bela oração que bem demonstra o sen-
futuro de paz, de justiça, de pão, de fraternida-
timento e zelo da Igreja arquidiocesana para
de, de beleza, de vida e de felicidade. Amém.
com a sempre nova capital de nosso Estado.
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Pastorais e Movimentos
Apostolado da Oração Oração e ação é o lema do Apostolado da Oração. É um movimento de espiritualidade apostólica, cujos membros são fiéis associados que oferecem diariamente a si mesmos e se unem a Cristo no sacrifício da missa. Buscam todos os dias crescer na vida apostólica, colaborando para a salvação do mundo. Dedicam-se a oração perseverante, vida eucarística intensa, fidelidade à Igreja e devoção ao Espírito Santo, ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria. Reunião: toda primeira 6ª-feira do mês, após a missa das 6h40 Coordenadora: Cida Viana. Contato: (62) 3225-2395
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Catequese Caminho que educa, na fé, crianças, jovens
da catequese. A Catedral dispõe de turmas
e adultos. É o processo em que aprendemos
de catequese que atende desde crianças,
os ensinamentos de Jesus pela Bíblia e pelos
a partir dos 5 anos de idade, até adultos.
ensinamentos da Igreja. O centro da catequese é a pessoa de Jesus Cristo. Para receber os Sacramentos da Iniciação Cristã: Batismo
Encontros: quartas-feiras, das 19h às 20h30, para todas as turmas, no Centro Pastoral Dom Antonio
(para os que não foram batizados enquanto
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crianças), Primeira Eucaristia e Crisma, é ne-
Coordenadora: Sandra Godoy
cessário participar dos encontros semanais
Contato: (62) 3541-8471
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Coroinhas e acólitos São adolescentes e jovens que dedicam suas vidas a servir a comunidade, de modo especial no altar. Eles auxiliam o padre ou o diácono nas missas. Além desse trabalho específico, os coroinhas também auxiliam nos demais serviços, zelam pelos ambientes de oração, para que a comunidade possa ser favorecida nos momentos de oração comunitária. Eles também são defensores da Eucaristia, a exemplo do seu padroeiro, São Tarcísio, que é celebrado no dia 15 de agosto, portanto, Dia do Coroinha. Dia e horário das reuniões: sábado, às 16h, no Centro Pastoral Dom Antonio Coordenadora dos Coroinhas: Edna Moreira Contato: (62) 9 8403-6393 Coordenador dos Acólitos: Rafael Pires Contato: (62) 9 8424-8239
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Irmãos do Santíssimo Promover e incrementar o culto a Jesus
e Hora Santa Eucarística toda quinta-feira
sacramentado. Essa é a missão da Irman-
que antecede a última sexta-feira do mês,
dade do Santíssimo Sacramento. As bases
participar assiduamente da Santa Missa.
dessa associação de fiéis foram lançadas na Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em 13 de junho de 1944, pelo padre Jacinto Fagundes (ex-vigário). Naquela épo-
Reuniões: quinta-feira que antecede a 1ª sexta-feira de cada mês, às 19h, na Catedral
ca, inscreveram-se sete irmãos. Hoje a ir-
Diretor Espiritual: Mons. Nelson Rafael
mandade conta com 90 membros. Eles
Fleury
têm várias obrigações, entre elas, comparecer de opa (vestimenta vermelha), nas exposições e horas santas solenes, participar da bênção do Santíssimo Sacramento
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Coordenador (Provedor): Antônio Afonso Contato: (62) 3261-3245
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Jovens em Missão Na Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro, o papa Francisco fez uma grande convocação a toda juventude: “De forma especial, queria que este mandato de Cristo –‘Ide’ - ressoasse em vocês, jovens da Igreja na América Latina, comprometidos com a Missão Continental promovida pelos bispos”. Nesse intuito, o projeto Jovens em Missão, do Setor Juventude da Arquidiocese de Goiânia, tem por finalidade propor um método que seja eficaz e insira cada vez mais nossos jovens na vida e missão da Igreja. O projeto forma comunidades de vivência cristã jovem, fundamentada sobre quatro alicerces: vivência da Palavra de Deus, partilha de vida, conhecer e aprofundar a Doutrina dos Apóstolos, organizar e vivenciar momentos de convivência fraterna e ação solidária. Reuniões: todos os domingos, às 17h, no Centro Pastoral Dom Antonio Coordenadores: Adelino Patrocínio Júnior e Clara Assis Contato: (62) 9 8167-2613
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Legião de Maria Com o auxílio da Virgem Maria, os legionários, como são conhecidos, têm o objetivo de combater, por meio da oração, tudo aquilo que vai contra os projetos de Deus e nos afastam de uma “vida em plenitude” (Jo 10,10). Reuniões: todas as quartas-feiras, das 8h30 às 10h, no Centro Pastoral Dom Antonio Coordenadora: Maria Margarida Contato: (62) 3218-3400
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Ministros da Eucaristia A partilha do Corpo de Cristo é uma das incumbências dos ministros
extraordinários
da
Sagrada
Comunhão
Eucarísti-
ca (MESCE). Eles têm a função de ajudar o sacerdote a distribuir a comunhão aos fiéis durante as celebrações e também de levá-la aos enfermos que não podem participar das missas. Dia e horário das reuniões: terceira 5ª-feira de cada mês, às 20h, no Centro Pastoral Dom Antonio Coordenador Geral: Joaquim Coelho
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Movimento Mãe Rainha Nasceu em 2012, na Paróquia Nossa Se-
há o Santuário da Mãe Três Vezes Admirá-
nhora Auxiliadora. Atualmente é formado
vel. No mundo já são mais de 150 santuá-
por 60 famílias que recebem, com grande
rios semelhantes. Todo dia 18 de cada mês,
alegria, a Imagem Peregrina da Mãe Três
é feita a renovação de amor a Nossa Se-
Vezes Admirável no seu lar, permanente-
nhora por essas famílias. Rezam ainda, dia-
mente. O movimento tem por missão ir ao
riamente, o terço, às 18h. Interessados po-
encontro dos homens e mulheres, tomá-los
dem se inscrever na Secretaria da Catedral.
sob sua proteção e caminhar com eles ao encontro de Deus, nosso Pai. A devoção nasceu na Alemanha, em Schoenstatt, onde
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Reuniões: todo dia 18 de cada mês, às 18h (Terço) e às 19h (Missa) - Catedral.
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Pastoral do Dízimo Serviço da Igreja que tem a missão de conscientizar os paroquianos sobre sua responsabilidade com a comunidade. Afinal, todos somos Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora. O dízimo é uma experiência de fé que torna concreto e possível o sonho de fraternidade. Com a sua devolução, desenvolvemos iniciativas em três dimensões: religiosa, que atende aos fundamentais requisitos da Igreja, tais como, o salário do padre, manutenção da igreja (luz, água, telefone, funcionários); social, que ajuda aos pobres, viúvas, órfãos e na assistência aos doentes; e missionária, que contribui para uma catequese eficaz, na formação de catequistas e encontros de formação de animadores, e para a diocese, na ajuda ao seminário e na capacitação dos missionários leigos. Coordenadores: Mura e Pepeu Contatos: (62) 9 9948-8180 e 9 9916-8295
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Pastoral da Saúde Organização cívico-religiosa, sem fins lucrativos, de atuação em âmbito nacional e de referência internacional, comprometida em defender, preservar, cuidar, promover e celebrar a vida de todo o povo de Deus, independente de classe social ou credo. Atua em três dimensões: solidária, comunitária e político-institucional. A Pastoral da Saúde visita e, quando necessário, realiza oração para os enfermos internados nos hospitais e os que estão hospedados nas casas de apoio. Ações: todas as terças-feiras, às 13h30 Coordenadora: Fátima Maria Pereira Contato: (62) 9 8426-2816
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Terço dos Homens Movimento que vem ganhando cada vez mais força na Igreja, o Terço dos Homens reúne homens de todas as idades que, com fé e devoção a Nossa Senhora, rezam a poderosa oração mariana e meditam os principais mistérios da redenção de Cristo. A missão do Terço dos Homens é resgatar para o seio da Igreja homens dedicados à formação da família e de uma sociedade verdadeiramente cristã. Dia e horário das reuniões: todas as quartas-feiras, após a missa das 19h, na Catedral Coordenador: Guilherme Calafiori Contato: (62) 9 8405-7177
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Nossa estrutura
Secretaria Paroquial
O atendimento da Secretaria Paroquial se dá de 2ª a 6ª-feira, no horário das 8h às 12h, e das 13h às 18h. Aos sábados, das 8h às 11h.
Endereço: Praça Dom Emanuel, s/n, Setor Central Telefone: (62) 3223-4581 CEP: 74030-140
Zaqueu Araújo Silva (secretário financeiro), João Caetano Alves (voluntário), Paula de Godoy (Secretária Paroquial), Clésio Machado Pereira (Sacristão) e Brener Benigno Brito Santos (Auxiliar de serviços gerais).
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Centro Pastoral Dom Antonio (CPDA)
O espaço é utilizado para a catequese, reuniões de pastorais, do Encontro de Casais e para os encontros do grupo de jovens. No CPDA acontece ainda diversos eventos promovidos pelas pastorais e movimentos, como almoços, confraternizações e festas. O espaço ainda é alugado para eventos esporádicos. O CPDA é alugado para grupos de outras
paróquias
promoverem
reuni-
ões e/ou encontros. Para alugar o espaço, é necessário verificar a disponibilidade de data, ligando para Dona Glenilia.
Funcionamento: 2ª a 6ª-feira, das 16h às 22h. Sábado: 14h às 20h Endereço: Rua 24, nº 25 - St. Central, CEP: 74030-060 Marcelo Benigno Brito
Telefone: (62) 3224-7268
Recepcionista do CPDA
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Agradecimentos
“A Igreja é um templo aberto a todos” (Papa Francisco)
Rudger Remígio (fotógrafo), Marcos Paulo Mota (estudante de jornalismo), Jane Greco (revisora), Fúlvio Costa (editor) Não está na foto, mas contribuiu muito para o resultado final deste trabalho Francisco Matias (diagramador).
A
todos os paroquianos que fazem desta comunidade uma igreja toda particular. Sim, a Catedral de Goiânia é formada por leigos e leigas que passam e ficam. Os cristãos que participam conosco pertencem a este território paroquial, mas também vêm de diversas paróquias e aqui encontram um lugar todo especial. A “igreja do bispo”, assim, se faz a igreja de todos nós, povo de Deus. Convidamos, portanto, todos a seguirem a exortação do papa Francisco, “os cristãos devem sentir-se parte da Igreja sem ficarem apenas pela porta de entrada”. E aqueles que se sentem Igreja devem abraçar as pessoas que vêm a esta comunidade em busca de conforto que só a oração, o silêncio, a Eucaristia podem oferecer. Estejamos abertos à mensagem do Santo Padre: “a Igreja é um templo aberto a todos”. Obrigado por terem contribuído para esta publicação na qual apresentamos a rica história da Paróquia Nossa Senhora Auxiliado-
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ra. Destacamos, de modo especial, o Mons. Daniel Lagni, pároco desta comunidade, que não mediu esforços para que esta publicação acontecesse. Agradecemos também à Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás), que imprimiu gentilmente todos os exemplares. Os 80 anos da nossa querida comunidade, com certeza, ficarão marcados por todas as celebrações participadas, pelas tantas homilias proferidas, pela divulgação feita. Como nosso arcebispo também orientou, mantenhamos as portas da nossa paróquia sempre abertas e, sobretudo, os nossos corações abertos ao amor de Deus que nos encontra quando vamos ao encontro do próximo. “O coração do cristão é a casa que acolhe a todos, que não exclui ninguém, onde todos podem encontrar um sinal de amor e da misericórdia de Deus. É bom e desejável ter as portas da Igreja templo abertas”.
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A equipe de edição
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