Billboard Brasil - Abril de 2011

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LANÇAMENTOs

Reis e rainhas

Pet Shop Boys

The Kinks

EMI-Odeon

fOTO: Alasdair McLellan/divulgação

Ultimate

Pra pegar os fãs

90 billboard brasil Abril 2011

GHOST BLUES

You Really Got Me – The Story Of The Kinks Coqueiro Verde

The Story of Rory Gallagher & The Beat Club Sessions ST2

Em pouco mais de 80 minutos o filme tenta contar a história dos Kinks. A banda britânica que abalou o Reino Unido nos anos 60 não teve muito sucesso no restante do mundo, mas durou até o fim do século passado e influenciou artistas de várias gerações. O documentário parece um programa de TV, com narração em off que acompanha apresentações ao vivo, clipes, bastidores de shows e declarações dos integrantes. Com som de baixa qualidade, edição confusa e problemas nas legendas, o DVD tem a seu favor o fato de a banda ter pouco material lançado no Brasil, especialmente em vídeo. Entre trechos e apresentações na íntegra, são mais de 20 músicas. Entre elas, claro, o hit maior “You Really Got Me” e a bonita “Celluloid Heroes”. H.C.

O material aqui é tão vasto quanto a cabeleira do ex-guitarrista dos Guns N'Roses. O DVD traz um making of das gravações do álbum Slash, de 2010, clipes, canções ao vivo e um faixa a faixa do álbum. Um CD ainda traz músicas extras de Slash. No documentário, o guitarrista quase não fala – deixa a tarefa para o também vasto rol de convidados do álbum, como Iggy Pop, Ozzy e Dave Grohl. Como se não bastasse, os convidados da festa de lançamento, como Ron Wood e Brian May, fazem pontas de elogios. Mike Portnoy, do Dream Theater, chama Slash de “Jimmy Page e Keith Richards da nossa geração”. Não é para tanto. Falta a força criativa dos dois – mas isso não é problema pra quem tem R.O. um milhão de amigos.

Reality estranho

Trata-se de uma edição de luxo que junta CD de greatest hits (com a inédita “Together”) e DVD para comemorar os 25 anos de carreira dos fofos Neil Tennant e Chris Lowe. Mas está nesta página porque o que importa, no caso, é a maravilhosa reunião de imagens registradas pela BBC ao longo de toda a carreira do duo inglês e mais o show de 2010 em Glastonbury. A incrível perspectiva de tempo proporcionada pela seleção de 27 participações em produções da TV estatal britânica (com direito a ótimas versões exclusivas, desde “Opportunities” ao vivo até a macumba pra turista ultra kitsch de “Se A Vida É”) evidencia sua importância para além de emblemas dos anos 80, quando reinaram nas rádios brasileiras. Tirando uma ocasional ombreira no sobretudo de Neil e as caracterizações de marinheiro (Querelle?) de Chris, eles surgem surpreendentemente sóbrios, como uma espécie de Soft Cell menos pervertido (cof, cof ) e apenas ocasionalmente culpado (“It’ A Sin” e “What Have I Done To Deserve This?”, que aparece com participação deliciosa de Dusty Springfield, velha felina). Soltaram a franga paulatinamente, e viraram coisa de nicho. De qualquer modo, são muitos hinos de geração sequenciados – e se as novas gerações não acompanharam o brilho de lampejos recentes como “Love Etc.”, por Pedro Só pior para elas, né não?

O MELHOR GALLAGHER

The Pixies

Mina das minas

Justin Bieber

loudQUIETloud – a film Coqueiro Verde about The Pixies

Biebermania!

“Eu sou uma pessoa boa. Eu tenho uma atitude mental positiva. Eu sou bonito.” Cenas como a do vocalista Frank Black repetindo mantras de autoajuda no ônibus da turnê mostram a descoberta principal de loudQUIETloud: a vida dos integrantes dos Pixies é tão estranha quanto a sua música. O DVD documenta a turnê de reunião em 2004. A baixista Kim Deal toma bronca da mãe porque dorme demais, o baterista David Lovering revela sua paixão pela mágica e pela detecção de metais e o guitarrista Joey Santiago, mais centrado, tenta segurar as pontas. Além do reality show, os shows com clássicos barulhentos do grupo, como “Gouge Away” e “Wave Of Mutilation”, R.O. fazem o filme valer a pena.

Justin Bieber é a maior mina de ouro do pop atual. Essa é a lição de Biebermania!, comprovada não só pelos depoimentos mas também pela existência do DVD. Poucos artistas têm uma história que torne interessante um documentário com produção fraca. Em vez de imagens inéditas do cantor, há “dramatizações” desfocadas de atores digitando no laptop de óculos escuros. De qualquer forma, a narrativa cobre bem a trajetória do cantor com depoimentos de executivos, jornalistas e artistas que o conheceram antes da fama. A entrevista mais chocante é com um fã de 32 anos que diz não ter medo de admitir ser fã de Bieber pros seus manos. O restante serve para as minas ouvirem de novo a história do rapaz de ouro. R.O.

VideoBrokers


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