EXPRESSIONISMO NO BRASIL
HERANCASE
AFINIDADES
F981 e
Fundação Bienal de São Paulo. Expressionismo no Brasil: heranças e afinidades. São Paulo, Imprensa Oficial do Estado, 1985. 128p. 176 repr: 85b. p. + 9lcoL Catálogo da exposição realizada no Pavilhão Engenheiro Armando Arruda Pereira, dentro da 18? Bienal Internacional de São, Paulo, de 04 de outubro a 15 de dezembro de 1985.
L Expressionismo no BrasiL I. Fundação Bienal de São Paulo. n. Título. CDD: 759.06981 CDU: 7.036.7(81)
IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO S.A.IMESP
EXPRESSIONISMO NO BRASIL: HERANÇAS EAFINIDADES 18~
Bienal Internacional de São Paulo
de 4 de outubro a 15 de dezembro de 1985
Pavilhão da Bienal Parque Ibirapuera, São Paulo - Brasil
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Fundação Bienal de São Paulo 3
PATRocíNIO OFICIAL
Governo Federal Presidente José Sarney Ministério da Cultura Aluísio Pimenta, Ministro Ministério das Relações Exteriores Olavo Egydio Setubal, Ministro
Governo do Estado de São Paulo Governador André Franco Montoro Secretaria de Estado da Cultura Jorge de Cunha Lima, Secretário
Prefeitura do Município de São Paulo Prefeito Mário Covas Secretaria Municipal da Cultura Gianfrancesco Guarnieri, Secretário
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Diretoria Executiva Roberto Muylaert - Presidente Mário Pimenta,Camargo - 1.° Vice-presidente Pedro D Alessio - 2.° Vice-presidente Henrique Pereira Gomes João Augusto Pereira de Queiroz João Marino Stella Teixeira de Barros Thomaz Jorge Farkas Comissão de Arte e Cultura Sábato Antonio Magaldi - Presidente Ulpiano Bezerra de Meneses - Secretário Casemiro Xavier de Mendonça Fábio Luiz Pereira de Magalhães Glauco Pinto de Moraes João Marino Luiz Diederichsen Villares Renina Katz Sheila Leirner - Curadora Gera/18.a B/SP Curadores Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades Stella Teixeira de Barros Ivo Mesquita Assessoria Especial Renina Katz
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Pela 18.a vez acontece a Bienal Internacional de São Paulo, um sonho de Ciccilo Matarazzo tornado realidade em 1951 e mantido vivo ao longo de 35 anos de lutas. Naquela época só existia no mundo a Bienal de Veneza, criada em 1895. Hoje existem também as Bienais de Paris - França, Medellin - Colômbia, Cairo - Egito, Praga - Checoslováquia (Bienal das Pequenas Esculturas), Sydney Austrália, Havana - Cuba, Documenta de Kassel (quadrienal)Alemanha, além da Ouinqüenal de Toronto - Canadá, a partir de 1990. Essas manifestações de arte contemporânea são quase todas mostras oficiais, contando com 100% de recursos provenientes dos seus respectivos governos. A nossa exposição é exceção: uma realização da Fundação Bienal de São Paulo, contando em 1985 com 85% de recursos provenientes da área privada, não como mecenato, mas como investimento com retorno institucional para as empresas. O Pavilhão da Bienal tem hoje uma ocupação de 100% ao longo do ano, sendo 80% de seu espaço-tempo utilizado por iniciativas de caráter cultural e 20% por feiras industriais. Os custos da 18.a Bienal Internacional de São Paulo são cobertos da seguinte maneira: 15% de recursos públicos; 20% provenientes do patrocinador geral, o COMINO; 20% da cessão de espaço para feiras e exposições ao longo do ano; e 50% dos demais patrocinadores* e colaboradores, mais a arrecadação do próprio evento. Embora a utilização do Pavilhão da Bienal pelo setor industrial constitua uma pequena parcela do total, foi necessário um grande esforço administrativo interno para que as importantes feiras nacionais e internacionais pudessem acontecer no Ibirapuera.
O edifício foi preparado e equipado para atender a esses grandes eventos, e uma equipe foi formada para cuidar de nossa área de feiras e exposições, recuperando o Pavilhão da Bienal, na condição de segundo maior espaço de São Paulo, em área coberta. O setor de artes plásticas naturalmente continuou prioritário, realizando-se em 1984 a grande exposição 'Tradição e Ruptura" - e preparando-se, concomitantemente, a 18.a Bienal Internacional de São Paulo. Organizar uma Bienal é ao mesmo tempo um desafio preocupante e uma oportunidade gratificante. Talvez não haja no Brasil um outro evento com 35 anos de tradição, que reúna 46 países. E o prestígio da nossa Bienal Internacional firma-se cada vez mais, como se constata pelo crescente número de países participantes e de exposições especiais montadas. A 18.a Bienal, a primeira da Nova República, demonstra uma pujança que promete vida longa para a instituição. E os diversos países participantes, juntamente com o Brasil, são co-responsáveis por esse estado de espírito dinâmico e positivo que domina o evento. Seus esforços foram sensíveis, no sentido de que as representações estrangeiras trouxessem o que de melhor se adaptasse às condições específicas da nossa mostra e do nosso país. Nesse sentido destaca-se a volta de importantes países, ausentes das nossas Bienais por alguns anos e que retornam com representações de destaque. ''A Bienal é uma Festa" foi a frase que encontramos, logo no início da organização, para definir o que seria a sua 18.a versão em 1985. Ela reflete o espírito da mostra, que viria a ser desenvolvida com empenho, dedicação e até sacrifício, pela nossa valorosa equipe orientada pelo Conselho de Administração da Bienal, Diretoria Executiva, Comissão de Arte e Cultura, Curadoria Geral e Curadorias das diversas exposições. Outra definição importante, estabelecida desde o projeto original, foi a de que a 18.a Bienal seria antes de tudo brasileira, não só em sua concepção, projeto e montagem, como no sentido de reservar a maior área possível aos artistas nacionais e às nossas manifestações culturais vinculadas ao espírito da mostra. Foi assim que surgiram as exposições "Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades", "Turista Aprendiz", ''A Criança e o Jovem na Bienal", "Xilogravuras Populares Contemporâneas na Literatura de Cordel- anos 60/70", além de uma importante programação musical, integrada ao espírito da exposição. Procurou-se criar um evento de alta densidade, ao longo dos 30 mil m 2 da exposição e também no auditório contíguo situado no MAC - Museu de Arte Contemporânea da USP - , onde se sucedem as audições de música, performances, palestras, filmes e toda a sorte de manifestações ligadas à grande mostra de artes plásticas.
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* Na exposição especial "Expressionismo 1'10 Brasil Heranças e Afinidades" contamos com o patrocínio da Cia. Antárctica Paulista.
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Realizando uma Bienal a partir de uma experiência brasileira, geramos um grande interesse também por parte das centenas de estrangeiros que nos visitam, dentre artistas, jornalistas e pessoas ligadas à arte no mundo inteiro. Esse interesse independe das críticas favoráveis e desfavoráveis ou das polêmicas geradas, que fazem parte da tradição das bienais em geral. As dimensões da 18.a Bienal deram oportunidade a que se formasse uma grande equipe de especialistas na montagem de grandes exposições, cuja experiência poderá beneficiar outras instituições culturais. Nos países mais desenvolvidos discute-se hoje a validade das Bienais. Talvez porque ali já exista uma certa saciedade com relação às incontáveis manifestações artísticas contemporâneas à disposição do público em geral, sem muitas características que as diferenciem uma das outras. O caso do Brasil é bem diferente. Em nosso país a existência da Bienal Internacional se destaca como única manifestação periódica existente, com tal dimensão, abrangência e tradição. Seu papel de pioneirismo e de abertura para o mundo representou a grande influência de toda uma geração de artistas brasileiros, e ao mesmo tempo, um grande fator de atualização e conhecimento cultural para os visitantes de todo o Brasil, ao longo dos anos. Em uma nação em que as prioridades de caráter social precisam se sobrepor às culturais, a Bienal se orgulha de não onerar em demasia os cofres públicos. O Brasil consegue realizar uma exposição cujo custo é apenas um pequeno percentual do investimento requerido por Bienais de outros continentes. Isso contando com um número bem maior de países participantes em relação às outras importantes Bienais, e um público equivalente. Foi pensando primordialmente nesse público, batizado genericamente por nós - a partir da exposição ''Tradição e Ruptura" - como"visitante anônimo", que organizamos a 18~ Bienal Internacional. São esperadas duzentas mil pessoas, na maioria sem conhecimentos profundos sobre arte, mas que prestigiam e por isso justificam por si só a existência da Bienal Internacional de São Paulo. Elas encontrarão no pavilhão da Bienal 2.400 obras, representando 46 países e 400 artistas de quatro continentes. É para esse nosso público que a Bienal foi concebida, procurando ser didática, atraente e acessível, mas sem perda do rigor técnico que uma exposição desse nível deve manter, enquanto preserva a sua visão universalista e a sua condição de acontecimento de vanguarda. Um destaque todo especial foi dado às crianças, trazidas à Bienal em grande número, orientadas por uma monitoria especialmente treinada para conduzi-Ias. Ao se inaugurar o nosso principal evento, a maior ambição é conseguir, por meio dele, aguçar o espírito e a sensibilidade do "visitante anônimo". A ele é dedicada a 18.a Bienal Internacional de São Paulo. Assim como aos artistas, a razão de ser da nossa exposição.
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o primeiro passo, com respeito à realização da 18.a Bienal Internacional de São Paulo foi amarrar todos os objetivos mima só proposta organicamente entrelaçada e congruente, de modo que cada segmento tivesse a sua razão de ser dentro da totalidade do grande evento. Um dos propósitos era apresentar artistas individuais, movimentos e grupos históricos que realmente contribuíram não apenas para o desenvolvimento, mas sobretudo para o nosso entendimento da arte contemporânea. O 'papel básico de uma bienal, afinal, é auxiliar a compreensão da época artística que ela espelha. "O Homem e a Vida" é a designação para uma coleção de idéias definidas, conceitos críticos que propõem - de maneira empírica e não convencional uma empatia com o objeto de análise e, portanto, uma empatia com o espírito da época que ele traduz. Que outra corrente do passado poderia ter maior ligação com o estilo, as questões e o referencial histórico das mais recentes vertentes artísticas do que o expressionismo? Que outra postura senão a liberdade antiacadêmica de pesquisa, oposta aos ranços e à rigidez de certos historicismos científicos, permitiria associar o expressionismo ao espírito da 18~ Bienal, já que ela se pretende empiricamente análoga ao seu momento na arte? Nem uma outra tendência, talvez, se revelou em tão diversas e ao mesmo tempo tão relacionadas manifestações: do cinema, teatro e dança, à literatura, música e artes plásticas. Uma interdisciplinaridade muito enfatizada nesta 18.a edição da Bienal. Além do que, ao contrário do concretismo e neo-concretismo, arte cinética, construtivismo - e às vezes até do próprio expressionismo abstrato - o Expressionismo remete diretamente ao Homem e à Vida. Por uma simples questão de empatia imediata com está idéia, sobretudo quando ela implica em emoção e subjetividade. "Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades" é uma exposição que nasceu destas premissas, mas que também se configura agora como um evento autônomo. Busca apresentar ordenamente questões específicas de modo que fiquem criticamente claras para o público. Existe um imaginário expressionista brasileiro? Seria este o lado selvagem, irracional, de um Brasil conhecidamente concretista, positivista? Como é a passagem da modernidade à pósmodernidade? Qual a diferença entre os procedimentos plásticos, o estilo do chamado "novo expressionismo" e as linguagens do passado? Quais os seus pontos de contato e distanciamento? De que maneira o expressionismo é uma herança? Onde estão suas afinidades? "Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades" reflete o ponto de vista de seus curadores, Stella Teixeira de Barros e Ivo Mesquista. Como, aliás, deve ser qualquer exposição de arte. Mas, ao mesmo tempo, não pontifica. Está aberta a novas questões, propondo.uma continuidade reflexiva. Há ali, uma articulação não convencional dos trabalhos, que se inicia no presente e leva o espectador através da história - às fontes da sua alimentação. Esta articulação, novamente, segue o princípio básico da 18~ Bienal Internacional de São Paulo, que dota de maior e mais profundo significado a analogia de linguagens.
Não foi por acaso que - inicialmente - a mostra tinha seu nome no plural: "Expressionismos na Arte Brasileira do século XX". Além de apontar a interdisciplinaridade característica do movimento (se é que se pode chamar o expressionismo de movimento) o projeto preliminar de Luiz Carlos Daher, pretendia ser a expressão do tempo moderno e também contemporâneo, de sua pluralidade e fragmentação. Ele sabia perfeitamente - tanto quanto Stella e Ivo também souberam captar - qual a função, alcance e significado de uma exposição nos dias de hoje e a importância do próprio temperamento e da visão subjefiva para a verdade polêmica (e felizmente discutível) de sua realização. A morte de Luiz Carlos Daher no início deste ano foi um duro golpe. Extremamente aberto, criativo, jovial e entusiasmado, Daher havia compreendido perfeitamente o espírito do grande evento. O desejo de realizar a exposição de modo que ela fosse o análogo estilístico do próprio expressionismo estava de acordo com o seu temperamento livre e irreverente. A volta da pintura em novos moldes, a linguagem considerada como instrumento de mudança, a passagem de um trabalho a outro, o prazer reencontrado na execução artesanal da arte, a volta da metáfora e da metonímia, o clima antropológico (cuja reprodução está presente no espírito da 18~ Bienal Internacional de São Paulo) tudo isso fascinou Daher. Tudo isso produziu finas vibrações em sua sensibilidade. A ponto de ele realmente ver nas mais novas gerações e em seu individualismo, hedonismo e egolatria, entre muitas outras coisas, uma extensão vibrante das questões desenvolvidas no correr do século. Porém, tudo isso também produziu um fascínio muito grande sobre os curadores que retomaram o projeto inicial. Pois eles elaboraram uma nova exposição dedicada às heranças e afinidades do expressionismo, visando fortificar a ponte que liga o passado ao presente da arte. Sua pesquisa séria, dedicada e brilhante, seu esforço em resgatar um momento de enorme importância na nossa história, são uma justa homenagem a Daher. Arquiteto, artista, e um dos mais inteligentes pesquisadores brasileiros de arte.
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OSWALDO GOELDI Os trĂŞs staretzi s.d. xilogravura, 14,5 x 20 (n.o cat 159)
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Esta mostra é dedicada à memória do arquiteto Luiz Carlos Daher, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, intelectual e artista, primeiro estudioso do Expressionismo brasileiro como um todo. Despertou em seus contemporâneos o interêsse e a paixão - pois só qssim se pode entendê-lo - pelas realizações deste movimento. Preocupado com todas as formas da linguagem expressionista: arquitetura, artes plásticas, teatro, dança, literatura, música e cinema - sua idéia para uma exposição na 18.a Bienal pretendia a mesma abrangência, conforme projeto de sua tese de Doutorado na USP A presente exposição teve como ponto de partida os arquivos dele, que sua família gentilmente franqueou às .pesquisas desta curadoria. SI.B. e I.M. 11
MARCELO GRASSMAN N Sem título 1946 xilogravura, 29 x 18 (n.o cat.174)
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Cunhado na França, em 1901, para designar a produção artística dos fauves que, assumindo a totalidade da "obra expressante", caracteriza a matéria contra a forma, o termo Expressionismo alinha na história da arte um cânon estético e antropológico a mais de interpretação do mundo. Assim, Miguel Angelo opõe-se a Ucello, Rubens a Poussin, Delacroix a Ingres, Matisse a Braque. E entre nós, como esquecer os rostos deformados e os gestos torturados do Aleijadinho, como não atentar às representações aflitas do Cordel nordestino? Enquanto projeto das vanguardas históricas, a origem do Expressionismo está no movimento "Die Brücke" (A Ponte), fundado em Dresden, no ano de 1905. Não é difícil descobrir nele, e nos movimentos germânicos coevos, resíduos vivos do Romantismo, e mesmo do Gótico, entendidos como condição profundamente existencial do ser humano. O criador expressionista anseia dominar o real, sua angústia é ser envolvido pela realidade que o agride: "quer assuma a realidade, subjetivando-a conceitua Argan-quer projete-se sobre ela, objetivandose, o essencial é o encontro do sujeito e do objeto, seu corpo-a-corpo direto com a realidade". Em termos pictóricos isto explicita a liberação do quadro em relação ao objeto: as cores e pinceladas não mais exprimem emoções e sensações suscitadas pelo "motivo", mas emergem da ressonância que o objeto desperta na psique do artista, que por sua vez, comunica-as ao espectador. Em princípios de nosso século, que se pretende racionalista, e continuador da hercúlea tarefa de construção e transformação do mundo industrial e tecnológico, a corrente expressionista aparece, não como um estilo strictu senso, nem como o desabrochar puramente individualista, que aflorava da atmosfera amarga das crises embutidas na euforia dos tempos modernos: nele não existe deteminante artístico ou filosófico. Caracteriza-se muito mais por traços perpassados por uma multiplicidade de faturas aparentemente caóticas - que revelam paixão pelo arcaico e primitivo, fé na integração cósmica dos seres, e tensão entre liberdade e agrilhoamento, individual e coletivo, razão e instinto, idealism'o e anarquia. O Expressionismo está ancorado a uma idéia de revolução universal, que não se limita ao campo da estética, e por isso mesmo é permeável a todas as diferenças regionais e nacionais, que lhe imprimem caráter cosmopolita. Opõese a normas e convenções, com a violência dos impulsos primordiais, e cada obra sua tem como resultante, no dizer de Maurice Denis, "uma transposição, uma caricatura, o equivalente apaixonado de uma sensação recebida". A arte expressionista é antes de tudo uma arte de oposição, anti-positivista na sua origem, heterogênea nos seus conteúdos, que se manifesta em formas as mais diversas, embora sejam discerníveis algumas linhas comuns.
As crises "antenadas" no pré-guerra ganharam sua forma mais extrema nos horrores da guerra de 1914, provocando a sensação de que tudo fora em vão. Na arte se acentuaria a busca de formas puras de conhecimento e a procura de uma presença mais efetiva na política, que extrapola do plano renovador da linguagem artística, para a modificação da sociedade e da tradição cultural na procura de um mundo novo. O Expressionismo, cosmopolita na sua gênese, desdobra-se por diversos países europeus. Radicalizando a consciência libertária, protestatária, demolidora da arte, a negação pela negação, gera o grupo "Neue Sachlichkeit" (Nova Objetividade), que nos anos imediatamente posteiores à 1 .a Guerra emprega vorazmente os processos em voga, na ânsia de denúncia política, para significar o crespúsculo dos deuses, a infâmia do mundo. Este novo Expressionismo mostra-se capaz de incorporar diversas conquistas de linguagem para a constituição de sua estratégia: delineia um sincretismo que absorve desde a estruturação cubofuturista até os procedimentos automatistas preconizados pelo surrealismo. A produção plástica, que a partir desta experiência ganhou nomes de Realismo Mágico, Realismo Socialista, entre outros, vagou das diversas esquerdas à extrema direita. São propostas dessas correntes que Anita Malfatti e Lasar Segall introduzem e fazem repercutir nos primórdios do nosso Modernismo. Uma, carreando a tradição das cores fauvistas e da deformação expressionista; o outro, a experiência do engajamento vivida na Alemanha. A primeira exposição de Segall no Brasil data de 1913; a de Anita, depois de seus estudos em Berlim e nos Estados Unidos, de 1917. De permeio, o centenário de um marco em nossa cultura: o da Missão Francesa, aportada no Rio de Janeiro em 1816, criadora da Academia Imperial de Belas Artes. Não se pode deixar de refletir um pouco a pretexto dessas coincidências cronológicas. Se a Missão Francesa propiciou uma ruptura nos moldes culturais a que estávamos apegados desde primórdios do colonialismo português, o Modenismo engendrará outra; ao dar-se conta da inevitabilidade das influências alienígenas, os rapazes da Semana propõem a Antropofagia. Da parte destes, a consciência é plena: enquanto a Missão Francesa viera da Europa para o Brasil, os modernistas vão eles mesmos às fontes, de lá trazendo o que mais lhes apraz e o que melhor se adequa aos seus desejos e às suas utopias. É possível pensar num terceiro embate cultural, aquele advindo das Bienais de São Paulo, que, especialmente nas suas primeiras realizações, favorece uma'maior cosmopolitização, marca decisiva na produção de artes plásticas a partir de então, No Brasil, pereférico do sistema, distante dos centros emitentes de modelos estéticos, a cultura reflexa acaba por adquirir, queira-se ou não, conotações próprias: aqui, a antropofagia cultural sempre existiu. Nosso espelho nunca deixou de ser côncavo e deformante, jamais foi plano ou estático, passivamente receptor. Jamais devolveu tal qual a imagem primeira. Sempre vulneráveis às influências, nunca as assimilamos a frio: temperamos, nuançamos, deglutimos, relemos e recriamos - bem ou mal - à nossa maneira. Assim, a pintura saída da Semana de 22 é estruturada pela corrente cubo-futurista de um lado, e de outro pelo encontro com a paixão da anima expressionista. Esse sincretismo: Expressionismo/Cubismo/Futurismo abre por aqui as duas vertentes que balisam as artes visuais em sua produção moderna: Expressionistas e Construtivas.
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Um estado de espírito nacional A arte não é somente o testemuno oblíquo da história, é parte real desta. Nunca exprime diretamente a global idade do campo social. É sempre apanágio dos que detêm o poder e a riqueza, é inseparável das intenções do circuito que percorre. E estas intenções jamais se separam por sua vez do contexto social, político e psicológico de uma época. Muitos já narraram em pormenores e com acuidade a história do nosso Modernismo, suas imbricações e implicações culturais, sociais, políticas e econômicas. Vale lembrar que o Modernismo, quando aqui se instaura nas primeiras décadas do século, abre-se a experiências, inquietações, conflitos - e a uma nova estética. Não há propriamente influência imediata de teorias estéticas sobre os artistas, mas uma percepção destes em relação à arte que se libera do academicismo, numa reflexão que procura compreender e enunciar uma nova Weltanschauung criadora, no dizer de Mário de Andrade, "um estado de espírito nacional". Não cabe percorrer a trajetória do Modernismo uma vez mais. Cabe, isto sim, ressaltar alguns dos aspectos e das tendências expressionistas que se inserem no quadro geral desta história. O ensaísmo historiográfico-estético vem privilegiando as correntes oriundas do Cubismo, sem deter-se convenientemente nas expressionistas. Por isso, a exposição objetiva oferecer uma visão do Expressionismo - uma das vertentes da Modernidade internacional - e a marca decisiva dele na formação e no desenvolvimento das artes plásticas contemporâneas no Brasil. Não pretende inventariá-lo ou descrever visualmente sua evolução histórica, mas sim apontar alternativas que esse projeto suscita na constituição da visual idade brasileira, desde os antecedentes imediatos à Semana de 22, até o seu revival nos dias de hoje, como uma das expressões da Pós-modernidade, se é que assim pode ser chamada a produção que se segue ao longo ciclo do Modernismo. Se cada geração é moderna em relação à anterior, no momento em que se coloca como inaugural, o moderno não pertence mais ao passado, mas ao presente que se instaura. Nesse sentido o termo Pós-moderno perderia seu significado, porque moderno é sempre o presente - a não ser como designação unicamente operacional, que visa um modo de lidar com a contemporaneidade, na medida em que esta se opõe, ou melhor, se sobrepõe ao período antecedente que se autodenominou Modernista.
A Pós-modernidade: grau zero da pintura Abrangendo generoso panorama da produção nacional, a mostra aspira oferecer um roteiro de captação retiniana da realidade plástica capaz de propiciar a leitura do que é próprio do fazer expressionista: deformação, incisão, energia alucinante, subversão da matéria pictórica, ironia, grandiloquência, busca da monumental idade, poética do feio, atmosfera apocalíptica, emergência do "eu" psicanalítico, busca de poéticas pessoais e intransferíveis, tensão entre indivíduo e mundo em crise. Descreve, assim, percurso que vai do hoje ao ontem, ao anteontem. Iniciando-se com a "cena contemporânea", inscrita no circuito da 18.a Bienal, seu primeiro instante oferece-nos fragmentos da estilhaçada superfície pósmoderna, traços e signos duma tradição expressionista: a máscara que vemos, a expressão que temos.
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A Pós-modernidade pode ser entendida como uma série de sintomas que, diversos do período anterior, indicam uma produção outra, distante de um projeto de transformação do mundo através da arte. Deste modo, a pintura enreda-se hoje na malha da cor, e trabalha a superfície transpondo para o espaço pictórico o caos circundante. Cria obras onde não há ponto de repouso para o olhar, pois obriga-o a percorrer a tela incessantemente, qual redemoinho, devolvendo ao observador sua situação: propõe o grau zero da pintura. Fazendo referências ao Cubismo e ao Expressionismo, os artistas contemporâneos requerem um olhar obrigatório de exame para dentro da obra. Tratase de uma pintura fundamente pensada e construída que não deixa de ser conceitual - onde as citações têm a função de definir uma forma de expressão mais articulada nas suas estruturas: uma abstração explosiva, enquanto projeta no espaço da tela o espaço exterior. Prerrogativa peculiar desta espécie de implosão é o emprego dinâmico da superfície pictórica para forçar o olho fruidor a ir de dentro para fora e de fora para dentro da tela. Ao contrário da Modernidade que buscou trabalhar os significantes, dando-lhes novos significados, a Pósmodernidade trabalha os significantes por estes mesmos significantes. Enquanto a primeira buscava a renovação da linguagem, a segunda realiza-se na simples operação desta. Não há possibilidades além da própria pintura, conforme já se haviam dado conta os expressionistas abstratos da Escola de Nova York. Na pintura pósmoderna, as imagens constituem em fatos em si, estruturas puramente abstratas, que se voltam para a própria pintura. Apesar disto, como diria Barthes, "elas recomeçam a significar: significam que não significam nada': isto é, incarnam o próprio conceito da fatuidade, na medida em que as pinturas nada mais querem ser que pinturas. Fruto da memória informatizada, do museu imaginário, a obra de arte pós-moderna requer do espectador uma atitude de crítica e conhecimento. A obra pretende dar nova vida a história da arte, despertando nela o já cristalizado: citando-a, inverte o eixo da invenção, reinventa e sublima o já conhecido, reinstaura o tempo cíclico. Assim, o artista celebra-se a si mesmo, reconhecese e se faz reconhecer dentro de um universo sem limites e sem projetos pré-determinados.
o projeto modernista Contemplar o nosso legado modernista implica em abandonar o tempo cíclico retomado pelo Pós-moderno, e voltar ao tempo linear, progressista, do primeiro. O retorno ao tempo cíclico desvelou a crise enfrentada pelo Modernismo em sua incapacidade de solucionar os próprios conflitos, de levar a termo seu projeto utópico de
CANDIDO PORTINARI (*) Enterro na rede 1944 óleo s/tela, 180 x 220 cal. Museu de Arte e São Paulo Assis Chateaubriand
realização estética e cultural. O projeto enunciado pelo movimento modernista pode ser sintetizado nas palavras de Mário de Andrade, como "a fusão de três princípios fundamentais: direito permanente à pesquisa; atualização da inteligência artística brasileira; estabilização de uma consciência criadora nacional". É bem verdade que cedo Mário se deu conta do potencial "destruidor da Modernidade... porque o pragmatismo das pesquisas sempre enfraqueceu a liberdade de criação" do movimento. Não foi à toa que considerou seu "período heróico" apenas aquele que vai da exposição de Anita à Semana de 22. Exagêro, talvez, do mestre. A "heroicidade" prolonga-se a nosso ver por todo o 1.° Tempo Modernista, incorporando a Antropofagia, no final da década de 20.
Mas a herança primeira do Expressionismo modernista remonta à pintura solar, de pinceladas rápidas, de Anita, e ao rigor formal dos tons velados e temas sombrios de Segall. Se nenhum dos dois permaneceu fiel ao que mostrou neste "período heróico", Anita por pressões externas, Segall por extasiamento ante as cores tropicais (apesar de haver retornado à verve expressionista à época da 2.a Grande Guerra), ambos já haviam imprimido marcas na pintura brasileira. O terreno mostrou-se fértil e não poucos artistas enveredaram por essa trilha, mesmo que, no mais das vezes, apenas em incursões temporárias. São pouquíssimos mesmo os artistas que permanecem de modo contínuo no estrito fazer expressionista: Marina Caram de cuja obra
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insistentemente emerge a miséria da condição humana; e a pintura em vôo livre que vai da côr luminosa à atmosfera rarefeita e desmaterializada de Iberê Camargo, são duas dessas excessões. De Segall, o ideá rio expressionista herdou, além da acuidade e do rigor formal e pictórico, o engajamento na temática realista; de Anita, o engajamento na linguagem pictórica da desmaterialização do objeto. Mas foi a anima expressionista vinculada às preocupações sociais que
com mais força vicejou nas décadas subseqUentes. Desde Di Cavalcanti, artista voltado à constituição da expressividade brasileira, a uma arte com o nosso jeito de ser, a criação plástica voltou-se para os procedimentos e imagens capazes de apreender a realidade de uma sociedade em crise permanente, crise tanto política e social, quanto de identidade cultural. Com Portinari, ponto de convergência do Modernismo e elemento catalizador de um modo de ser brasileiro, essa herança se configura
EMILIANO DI CAVALCANTI Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 30,9 x 20,9 col. particular, SP (N? cat.134)
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através de um realismo expressionista. Utilizando a dE;formação plástica ao mesmo tempo que a recuperação de elementos clássicos (obviamente não como mero exercício de estilo) Portinari atinge - como por exemplo nos murais do Ministério de Educação e na série dos Retirantes - uma ambigUidade tencionada, que, como aponta Mário Pedrosa, longe de se prender literalmente ao assunto, não quer demonstrar coisa alguma, mas exprimir e interpretar uma realidade. É o momento em que os artistas mostram-se comprometidos com a história do seu tempo, atuando com seu trabalho em apoio às forças transformadoras da sociedade, dedicados à construção de um mundo melhor. Este realismo, de raízes no Naturalismo do século XIX, aparece como alternativa à crise, à angústia, ao desespero. Demonstra insistência nos temas religiosos, desenv01ve o gosto pelas cenas populares, exalta o regionalismo, denuncia os males da sociedade. Nele, o invisível se manifesta somente através do mundo objetivo, e as pinturas são materialisticamente imponentes. A arte coloca-se a serviço da maior penetração do tema. No Modernismo brasileiro, isto significou a conversão da questão estética puramente cognitiva para uma esfera política e pragmática. Nesta produção reside a aspiração simbólica de um povo-nação, a brasilidade, onde a realidade fornece um tema que o artista remete ao imaginário. Espraia-se generosamente por todos os modos do fazer artístico e explicita a questão apontada por Manuel Bandeira: "O espírito feroz da pátria se apossou de todos, inclusive dos socialistas. Nas nações beligerantes, o movimento nacionalista assumiu naturalmente as formas do patriotismo agressivo. Em países mais remotamente interessados, como foi o caso do nosso, o sentimento nativista exprimiu-se nas artes por uma volta aos assuntos nacionais".
RENINA KATZ Favela s.d. xilogravura, 29,7 x 27 (n° cat. 211)
Um capítulo gravado A gravura, sobretudo a xilo, sempre foi um meio privilegiado pelos expressionistas, que na incisão viam não só o veículo de transmissão do seu ideário, mas também a retomada do rigor artesanal, abandonado pela divisão acadêmica entre pintura e desenho. Nela viam também a possibilidade de democratizar o acesso às obras de arte por meio da reprodução. A gravura em madeira trazia consigo referências à arte popular, anônima, e permitia procedimentos mais diretos, que acentuavam a linguagem expressionista. As cores e a luminosidade da terra brasileira que afetaram a pintura de Segall parecem não ter interferido na sua gravura. A pintura não só adquiriu outras tonalidades, como voltou-se nos anos 20 e 30 para temas mais amenos, nas cenas bucólicas de Campos do Jordão ou mesmo na figura do negro de Bananal (1927). Ao contrário, na gravura permanece a temática diretamer)te vinculada ao Expressionismo, como o sofrimento apático e dorido dos emigrantes ou a desesperança dos prostíbulos do Mangue. Já na obra gráfica de Goeldi é a profunda ironia de um mundo às avessas que vem à tona. Mordaz, contundente, busca nos recônditos da alma seus próprios horrores: caveiras travestidas de grã-finos, peixes fantasmagóricos que perseguem pescadores, vento e chuva que arrastam e lavam o mundo. Essa ironia da inversão, que se estende às suas aquarelas e desenhos, contrapõe-se à ironia boêmia, demolidora e caricatural dos desenhos de Di Cavalcanti e Augusto Rodrigues. Na obra de Goeldi o homem está só e o mundo é indecifrável; ela desnuda a anatomia metafísica do drama e introduz a representação de uma realidade anímica, que posteriormente constituirá, através de artistas atuantes a
partir do final da década de 40, o Realismo Mágico, com seus bestiários (já conhecidos na tradição do Cordel), com o universo mítico da religiosidade popular e do inconsciente coletivo, as incursões pelo fantástico. A problemática social foi um tema caro aos gravadores expressionistas: pungente na obra de Segall, deita raízes com Lívio Abramo e Axl Leskoschek, artistas militantes por excelência. A obra de Lívio Abramo nos anos 30 e 40 encontra os mecanismos primários de elaboração da imagem na simplicidade da vida proletária dos subúrbios (série Operários) e na militância, denuncia a monstruosidade da guerra (série Espanha). Expressionista na maneira de ser, sua produção desenvolveu· se dos temas sociais para um quase abstracionismo temático, de ricos efeitos gráficos, depois dos anos 50. Professor, legou a seus alunos, assim como Leskoschek, menos um estilo, antes disciplina e rigor formal. A partir de Abramo e Leskoschek, a gravura deixa de se restringir ao múltiplo do objeto artístico, prolifera-se na ilustração de livros, jornais e revistas, que passam a contar com a colaboração de um sem número de artistas, confiantes na adequação deste meio de expressão à transmissão de suas idéias. Os caminhos abertos por Segall, Goeldi, Abramo e, posteriormente, Leskoschek elevaram a gravura à categoria de linguagem expressiva nacional por excelência, constituindo uma tradição na formação dos artistas até os dias de hoje.
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Dentro da clave expressionista de envolvimento político-social aparecem também os temas da vida urbana, característicos do Modernismo: flagrantes de interior, do trabalho, da vida nas ruas, da paisagem citadina, dos subúrbios, das favelas. Paralelamente, reafirma-se a exaltação do popular, dos costumes reg ionais, das festas, como dimensão fundamental e integradora do homem e da terra brasileira nas atividades
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desenvolvidas pelo Atelier Coletivo do Recife, pelos Clubes de Gravura gaúchos, pelo grupo que gravitou em torno da revista Joaquim de Curitiba, do atelier de Mário Cravo Jr. e da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, entre outros. No e,ntanto, esta "crônica" tende muitas vezes a folclorizar e mitificar seus conteúdos, na medida em que os e'steticiza e faz deles um recorte idealizado da candente realidade social.
Se por um lado a gravura revelou-nos um grande número de artistas importantes, ainda que quando não mais se ocupando dela, despertou uma nova consciência, da responsabilidade social e profissional do artista. Por outro, significou o esgotamento desta vertente ética do realismo verista - sem contudo ausentar-se das diversas formas do presente da produção artística, porém inscrevendo-se numa outra discussão dentro da contemporaneidade. De Anita à Abstração Se a pintura brasileira até os anos 40 caracteriza-se por um apego irrestrito à figura, traduzindo um nativismo que correspondia não só ,à estética local mas também ao espírito engajado no populismo, a década de 50 encontrou na Abstração, trazida pelas Bienais, a renovação da estética brasileira e sua equivalente político-social na liberdade do desenvolvimentismo do pós-guerra e do fim da ditadura de Vargas. Entretanto, a Abstração não trazia um vocabulário desconhecido: nos Salões de Maio e nas poucas exposições estrangeiras que aqui aportaram, essa tendência já fora mostrada. Não seria de todo irracional pensar numa aproximação dos nossos "coloristas" com o Abstracionismo: desde Anita, a pincelada e a deformação era dado lançado, ao mesmo tempo que a cor e a forma expunham-se à experiência abstrata. Porém, nenhum artista chegou realmente perto, apesar de timidíssimas e irrelevantes incursões de uns poucos deles na área, ainda antes da 2~ Grande Guerra. O que interessa à Pós-modernidade na pintura de Anita Malfatti é o enunciado de uma abstração. O legado imediato de sua obra é perceptível de forma esparsa, descontínua, e constitui um universo de artistas solitários, voltados à especulação, à subjetividade - se quisermos - do próprio fazer artístico, dos elementos que são característicos deste tipo de pintura pura: Flávio de Carvalho, De Fiore, Iberê, Bakun. Convergem todos à transversal idade introduzida no projeto modernista pela sistematização do Informalismo e a eclosão do Expressionismo Abstrato. Não se trata de atribuir paternidades, pois a arte concreta também é abstrata, mas sim alinhar interesses por procedimentos artísticos, marcados pela anarquia das nossas emoções, buscando uma linguagem fundada no ideário de Kandisnky, na arte como necessidade interior. Lembremo-nos também da importância renovada do retrato, relativamente ao Expressionismo nacional. Não o I retrato tal como o século XIX cultivara, mas como explosão libertária, numa era em que a fotografia já se encarregara do documental. É o predomínio do retrato psicológico, do auto-retrato irônico, das possibilidades caprichosas da máscara, como ambíguo descompromisso com a identidade, como deformação voluntária desta. São os nomes de Pancetti e Guignard que cabe mencionar em primeiro plano nessa tendência, que todavia não se esgota neles.
WESLEY DUKE LEE Tríptico: O guardião; A guardiã; As circunstâncias 1966 técnica mista, 197X107; 150X56; 136x60 (n? cat. 221)
Não seria de somenos apontar ainda a retratística de Flávio de Cavalho, cuja produção foi da maior relevância: retratos psicológicos, animistas, que deixam entrever o equilíbrio da alma condicionada ao corpo; suas pinturas conservam a mesma força dos desenhos, mas nelas mais se acentua a força interior, que parece transbordar através das cores. É como se as imagens se anulassem, para ceder lugar, num dado momento, exclusivamente ao inconsciente (sem jamais perderem, contudo, não só a forma figurativa, como também a marca decisiva do personagem-modelo - e por isso a resultante é sempre persona). Sua produção pictórica é, como ele próprio definiu, a de um artista "expressionista/surrealista": suas figuras, seus retratos, seu traço nervoso transmitem dramaticidade admirável e dimensão que extrapola qualquer intenção realística. Foi preciso esperar a veiculação de idéias, propiciada pela expansão dos meios de comunicação e pela implantação das Bienais de São Paulo, para que a Abstração - racional ou irracional, cezanneana ou expressionista, tal como é revista e reconsiderada depois de 1945 - propusesse novas soluções, quer através do Informalismo europeu e do Expressionismo Abstrato norteamericano de um lado, quer do Construtivismo, ainda, de outro. Embora fiel à tradição francesa do nosso Modernismo, as Bienais foram responsáveis pela introdução entre nós do Expressionismo Abstrato, que, rompendo"Com o evolucionismo da Abstração européia, trouxe ao fazer artístico elementos como vitalidade e improvisação, e comunicou aos artistas nova e insuspeita dimensão da liberdade formal. A abstração como eclosão de uma poética, como intuição criadora, como necessidade de expressão pictórica, indica até certo ponto uma universalização da arte. Mas não deixa de indicar também uma dimensão que é enfaticamente nacional - no que diz respeito à educação e temperamento - de cada artista empenhado em explorar a agilidade e a dinâmica da nova linguagem, a criação de imagens significativas e culturalmente participantes, num momento de adestramento e disciplina do criador. De Luiz Áquila a Anita Malfatti, a pintura expressionista informa sobre o desejo de pintar, a vontade de conhecer e exaltar a realidade, ao expressar a radicalização da dimensão profunda e desconhecida do espírito humano. O percurso da exposição circunscreve algumas das heranças e afinidades do Expressionismo no Brasil. Heranças e afinidades que repercutem, além do universo das artes plásticas, na criação verbal de um Carlos Drummond de Andrade. Assim, é em Sentimento do Mundo, livro de 1940, que se lêem os versosprecisamente dedicados a Portinari - carregados do pathos mesmo que então alucinava as telas do pintor de Brodósqui: "Minha fadiga encontrará em ti o seu termo, minha carne estremece na certeza de tua vinda. O suor é um óleo suave, as mãos dos sobreviventes se enlaçam, os corpos hirtos adquirem fuidez, uma inocência, um perdão simples e macio... Havemos de amanhecer. O mundo se tinge com as tintas da antemanhã e o sangue que corre é doce, de tão necessário para colorir tuas pálidas faces, aurora." Talvez a história da arte seja, parafraseando Jorge Luis Borges, a história de algumas metáforas. As obras expostas é que podem rastrear um dos capítulos desta lonºa história, que ainda não foi inteiramente contada.
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LíVIO ABRAMO AGUILAR - VIGYAN ANTONIO HENRIQUE AMARAL LUIZÁOUILA MACI EJ BABI NSKI MIGUEL BAKUN ANTONIO BANDEIRA BARRIO GLÊNIO BIANCHETII BOI SHEILA BRANNIGAN FRANCISCO BREN NAN O ANTON 10 CABRAL CALASANS NETO JOÃO CÂMARA IBERÊ CAMARGO MARINA CARAM FLÁVIO DE CARVALHO SÔNIA CASTRO NEWTON CAVALCANTI MÁRIO CRAVO JÚNIOR FRANCISCO CUNHA DAREL ERNESTO DE FlORI EMILIANO DI CAVALCANTI CLÁUDIO FONSECA SIRON FRANCO RUBENS GERCHMAN OSWALDO GOELDI DANÚBIO GONÇALVES CLÓVIS GRACIANO IVALD GRANATO MARCELO GRASSMAN N RUBEM GRILO MÁRIO GRUBER JORGE GUINLE FILHO JOHAN N GÜTLlCH HANSEN - BAHIA ABELARDO DA HORA JOSÉ CLÁUDIO RENINAKATZ VICENTE KUTKA KARIN LAMBRECHT WESLEY DUKE LEE AXL LESKOSCHEK JORGE DE LIMA
20
MARIA LÍDIA MAGLlANI ANITA MALFATII EMERIC MARCIER MANOEL MARTI NS FÁBIO MIGUEZ YOLAN DA MOHALYI MOUSSIA ISMAEL NERY FERNANDO ODRIOZOLA RUBENS OESTROEM LUCIANO PINHEIRO LUIZ PIZARRO CÂNDIDO PORTINARI POTY CARLOS PRADO NUNO RAMOS AUGUSTO RODRIGUES SANTE SCALDAFERRI LASAR SEGALL DANIEL SENISE IVAN SERPA FLÁVIO - SH IRÓ FRANCISCO STOCKINGER VASCO PRADO CARLOS VERGARA GUIDOVIARO WELLlNGTON VIRGOLlNO WEGA LUISEWEISS
JORGE GUINLE FILHO Uma pequena odisséia 1984 óleo s/tela, 145x130 (n? cat. 188)
Nota; as reproduções com ( *) não constam da exposição.
21
JORGE GUINLE FILHO Sereias 1985 óleo s/tela, 160x240 (n? cat. 189)
LUIZÁQUILA Urgência 11985 acrílica s/tela , 240x260 (n° cat. 028) 22
IBERÊ CAMARGO Hora 1984 óleo s/tela, 80 x 160 (n? cat. 084)
AGU ILAR-VIGYAN Einstein/silêncio 1983 acrí lica s/tela, 160x180 (n? cat. 017)
23
VICENTE KUTKA Prá VeZe, Metrópolis 1985 técnica mista s/tela, 250x140 (n? cat. 217) 24
RUBENS OESTROEM Máscaras 1984 acrílica s/lona, 130 x 140 (n? cat. 262)
DANIEL SENISE Sem título 1984 acrílica s/tela, 144x154 (n? cat. 308) 25
LUiz PIZARRO Figura (nu no sofá) 1985 acrílica s/eucatex, 122,2 x 175,5 (n.o cat. 269)
MACI EJ BABI NSKI Sem título c.1983 óleo s/tela, 135 x 205 (n? cat. 032)
26
RUBENSGERCHMAN
Voyeur Amador 1985 acrílica s/eucatex, 97 x 103
(n° cal. 147)
27
MACIEJ BABINSKI Sem título 1982 óleo s/tela, 150 x 185 (n~ cat. 031) NUNORAMOS Sem título 1984 esmalte sir)tético s/papel, 240 x 210 (n~ cat. 287)
ANTONIO HENRIQUE AMARAL Desenho 1980 pastel s/papel, 100,5x65,5 (n~ cat. 021)
28
FRANCISCO CUNHA Nine Sinatra's songs 1985 acrĂlica s/tela, 180 x 140
(n? cat. 115)
29
AGU ILAR-V IGYAN Sem título 1975 esmalte sintético s/tela, 160X179,8 (n? cat. 014)
BOI
Nú no sofá (Lei la) s.d. acrílica s/tela, 120x200 (n? cat. 051)
30
WESLEY DUKE LEE o macaco s.d. tĂŠcnica mista s/tela, 185x240 (n? cat. 220)
31
CLÁUDIO FONSECA Sem título 1984 acrílica s/tela, 210 x 146 (n? cat. 140)
FÁBIO MIGUEZ Paisagem 1984 óleo s/tela, 130x11O,5 (n? cat. 250)
32
ANTONIO CABRAL
Sem t铆tulo (retrato) 1984 贸leo s/tela, 107 x 81 ,5 (n? cat. 064) 33
BARRIO O demiurgo ou transfiguração luminosa de um momento... ao amanhecer...1982 RUBENS GERCHMAN O Ford vermelho 1983 acrílic·a s/tela, 139x 256 (n? cat. 146)
34
acrílica s/cartão, 106x148 (n? cat. 047)
KARIN LAMBRECHT Resta pensar em seu vagar e seu encontro: o amor de Anita. Série "A Fertilidade de Anita" 1985 óreo sftela, 170x315 (n? cat. 218)
LUCIANO PINHEIRO Altar 1981 acrílica s/tela, 90x180 (n? cat. 266)
35
AGU ILAR-VI GYAN Sem t铆tulo 1969 贸leo s/tela, 180 x 180 (n.o cat. 013)
36
IVAN SERPA Sem't铆tulo 1963 贸leo s/tela, 124x155 (n? caL 309)
37
FLÁVIO-SH IRÓ Sem título 1962 óleo s/cartão, 64,7X48 (n? cat. 318)
IVALD GRANATO O ratão 1973 técnica mista s/eucatex , 79,6 x 122 (n? cat. 169)
38
FLÁVIO-SHIRÓ Horas de Xauén 1965 óleo s/tela, 121 x 193 (n? cat. 319)
IVAN SERPA Sem título 1963 óleos/tela, 95x114,5 (n° cat. 310)
39
ANTONIO BANDEIRA La grande ville 1965 贸leo s/tela, 97X162 (n? cat. 045)
ANTONIO BANDEIRA . Cidade 1957 贸leo s/tela, 100 x 82 _ _""""-......._ _ _ _ _-':....:....----::."""-~-'---=----------''--...L-r:---' (n? cat. 043) 40
W Campo de papoulas 1963 贸leo s/tela, 200 xi 00 (n.o cat. 339)
41
IBERÊ CAMARGO Objetos em tensão 111969 óleo s/tela , 93 x 132 (n? cat. 082)
IBERÊ CAMARGO Sem título 1972 óleo s/tela, 115 x 200 ' (n? cat. 083)
42
AGUILAR-VIGYAN Sem título 1966 esmalte s/tela, 96,5x129,5 (n? cat. 012)
IBERÊ CAMARGO Expansão 1964 óleo s/tela, 80,5x138,5 (n? cat. 081)
43
YOLAN DA MOHALYI Sem t铆tulo s.d. 贸leo s/tela, 80,6 x 99,6 (n~ cat. 252)
44
..
~
ANTONIO BANDEIRA Sem título 1951 óleo s/tela s/papelão, 46,2 x 55,6 (n? cato 041)
45
SHEILA BRANNIGAN Sem título 1964 óleos/tela, 149 x 119 (n? cat. 053)
SHEILA BRANNIGAN Composição 1965 óleos/tela, 117 x 146,5 (n? cat. 055)
46
IVANSERPA A grande cabe莽a 1964 贸leo s/tela, 200 x 180 (n.o cat. 312)
47
SI RON FR/\NCO Sem t铆tulo 1981 贸leo s/tela, 135 x 155 (n? cat. 143)
SIRON FRANCO Sem t铆tulo c.1977 贸leo s/tela, 58 x 71 (n? cat. 141)
48
JOÃOCÃMARA (*) Uma hora de piedade. Série "Cenas da Vida Brasileira", 1974/76 litografia
RUBEM GRILO A beira da piscina 1982 xilogravura, 20 x 25 (n? cat. 181)
49
LUISEWEISS Caveira 1985 xilogravura, 20 x 25,5 (n? cat. 343)
SANTE SCALDAFERRI O homem porco no orelhão 1985 óleo s/tela, 60 x 50 (n ,Ocát. 295)
MARIA LíDIA MAGLlANI Figura sorridente 1985 vinil s/tela, 140x103 (n? cat. 232) 50
FRANCISCO BRENNAND Mercúrio aprisionado 1978 cerâmica (alto toga), h. 160
(n ~ cat. 57)
FRANCISCO BRENNAND Mulher 1980 cerâmica (alto toga), h. 120 (n~ cat. 58)
51
~ACIEJ BABINSKI
, em título 1963 agua-forte 22 8 (n~ cat. 037) , x27,9
ANTONIO HENRI ~ravura 1963 QUE AMARAL xilogravura 80 (n~ cat. 023) x 52,5
~ACIEJ BABINSKI
, em título 1963 agua-forte 193x2 (n~ cat. 034) , 4,6
52
MARI NA CARAM Solid達o I c.1972 desenho, 69,2 x 37,4 (n? cat. 089)
53
JOÃO CÂMARA Tríptico 1966/67 óleo s/made ira , 160x110 (n .? cat. 71)
54
RUBENSGERCHMAN Palmeiras e Flamengo 1965 贸leo s/tela, 191 x 278 (n? cat.145)
CARLOS VERGARA A patronesse de mais uma campanha paliativa 1965 贸leo s/tela, 141 x146 (n? cat. 325) 55
FRANCISCO STOCKI NGER Sem título 1960 xilogravura, 28,S x 20,1 (n? cat. 324)
HANSEN-BAHIA (*) Crucificação s.d. (c.1964)
xilogravura 56
ABELARDO DA HORA Hiroshima 1956 cimento banhado a รกcido, h.110 col. do artisrta, PE
57
58
FERNANDO ODRIOZOLA Paisagem 1975 贸leos/madeira, 29,3x128 (n? cat. 258)
SONIA CASTRO
(*) Sem t铆tulo 1968 xilogravura, 39,8x32
<-,
,," (.,
r. 59
WELLlNGTON VIRGOLlNO
Cortador de cana. Álbum Clube de Gravuras do Recife 1957 xilogravura, 32,5x25 (n? cat. 335)
RENINAKATZ Fome e frio 1953 xilogravura, 18,7x15 (n? cat. 213)
GLÊNIO BIANCHETIl A sesta. Álbum de Gravuras Gaúchas 1951 lineogravura,15,5x23 (n? cat. 048)
MÁRIO GRUBER
Moleque Cipó s.d. gravura em metal, 28,3x19,5 (n? cat. 187)
60
DANÚBIO GONÇALVES
Zorreiros, Série "Xarqueadas" 1953 xilogravura, 18x25 (n? cat. 162)
VASCO PRADO
Corujas. Série "Negrinho do pastoreio" 1954/55 xilogravura, 20,5 x 25,2
(n.o cat. 284) 61
MIGUEL BAKUN A porta dos sonhos s.d. 贸leo s/tela, 54,5 x 45 (n? cat. 039)
62
JOSÉ CLAUDIO Moça no atelier 1952 óleo s/eucatex, 52 x 45 (n? cat. 207)
EMERIC MARCIER O quarto 1943 óleo s/tela, 33,5 x 46 (n? cat. 244) --~.-~~~~--------~
63
MARCELO GRASSMANN Sem título 1954 xilogravura, 35 x 49,5 (n? cat. 180)
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MÁRIO CRAVO JR. (*) Cabeça de exú s.d.
nanquim e guache s/papel, 56x77
NEWTON CAVALCANTI Ceia dos monstros s.d. xilogravura, 25,5 x 29,5 (n? cat. 108)
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GUIDOVIARO Homem sem rumo 1940 贸leo s/tela, 72x59,2 (n掳 cat. 326)
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IBERÊ CAMARGO Lapa 1947 óleo s/tela, 73 x 60 (n:' cat. 077)
JOHANN GÜTLlCH Família 1950 óleo s/tela, 150,7x145,3 (n:' cat. 194)
POTY Cã.o danado. Álbum Edições Joaquim 1943 gravura em metal, 16X12,5 (n? caL 277)
POTY Trem noturno. Álbum Edições Joaquim 1942 gravura em metal, 20 x 15,5 (n° cat. 279)
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GUiDOVIARO (*) Em família sd. aquarela, 32 x 49 cal. Museu Guido Viaro, PR
69
CLテ天IS GRACIANO
Quatro cavalei ros 1950 テウleo s/tela, 54 x 46 (n~ cat. 167)
CLテ天IS GRACIANO
Figuras 1941 guache, 46 x 52 (n~ cat. 168) 70
JORGE DE LIMA
Crucifica莽茫o 1944 贸leo s/tela, 64 x 80 (n? cat. 231)
CARLOS PRADO Varredores 1935 贸leo s/tela, 81 x101,5
(n? .cat. 280) 71
MANOEL MARTINS Sem título s.d. linoleogravura, 14 x 18 (n° cat. 246)
MANOEL MARTINS Construção/contrastes s.e linoleogravura, 24,8 x 18,5 (n° cat. 245)
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AXL LESKOSCHEK
AXL LESKOSCHEK
Ilustração, "O eterno marido", Dostoiévski 1943
Ilustração, "Os irmãos Karamázovl, Dostoiévski 1944
xilogravura, 15,7 x 9,8
xilogravura, 12,2x9,8
(n° cat. 223)
(n° cat. 224)
AXLLESKOSCHEK Ilustração, "O adolescente", Dostoiévski 1945 xilogravura, 10,5 x 9,5
(n° cat. 227)
AXLLESKOSCHEK Ilustração, "Os demônios': Dostoiévski s.d. xilogravura, 16X9,5 (n° cat. 228) 73
CÂNDIDO PORTINARI
Pranto 1947 óleo s/tela, 80 x 65 (n? cat. 273)
CÂNDIDO PORTINARI
O anjo mau 1944 óleo s/tela, 100x80,5 (n? cat. 272) 74
CÂNDIDO PORTINARI Nova York 1940 óleo s/papel colado s/madeira, 44,5 x 37 ,2 (n? cat. 270)
75
LíVIO ABRAMO Espanha 1937 xilogravura, 13,5x19,2 (n? cat. 005)
LíVIO ABRAMO Meninas de fábrica 1935 xilogravura, 13,7x18 (n? cat. 002)
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OSWALDO GOELDI Sem título s.d. xilogravura, 25,8 x 30,2 (n? cat. 159)
LASAR SEGALL Emigrante debruçado na murada 1929 xilogravura, 18 x 24,5 (n? cat. 307)
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OSWALDO GOELDI Mulher s.d. aquarela, 26,5 x 20,5 (n.o cat. 153)
78
OSWALDO GOELDI Sem tĂtulo s.d. nanquin s/papel, 17,2x 15,5 (n? cat. 148)
OSWALDO GOELDI Seis figuras s.d . nanquin s/pape'l , 24,3x32 ,1 (n? cat. 149)
79
AUGUSTO RODRIGUES
(*) O burguĂŞs 1937 nanquin s/papel, 30 x 26 col. do Artista, RJ
80
EMILIANO DI CAVALCANTI Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 30,9x20,9 (n° cat. 130)
EMILIANO DI CAVALCANTI Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 30,9x20,9 (n? cat. 131) 81
ERNESTO DE FlORI Paisagem de Santo Amaro s.d. 贸leo s/tela , 45 x 60 ~::::L.:':":':"':':""';'-:;';''''':'''____;'''''_ _ _ _~~''''''''-.i.~~___-'-''''''''--' (n ? cat. 121)
ERNESTO DE FlORI Figuras no restaurante s.d. 贸leo s/tela , 87,9 x 109,4 (n ? cat. 120)
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ERNESTO DE FlORI Homem sentado 1938 bronze. h, 76,6 (n? cat. 123)
83
ERNESTO DE FlORI Mulher 1943 贸leo s/tela, 110x90,5 (n? cat. 122)
84
FLÁVIO DE CARVALHO Nuvens de desejo 1949 óleo s/tela, 58,5 x 72 (n? cat. 096)
FLÁVIO DE CARVALH O De manhã cedo 1931 óleo s/tela, 49 x 36,5 (n? cat. 094)
85
FLÁV IO DE CARVALH O Retrato 1933 óleo s/tel a, 45 x 32 (n? cat o095)
Retrato de Eunice Porchat c.1935 óleo s/tela, 65 X 50 (n° cat. 253)
86
EM ILI ANO DI CAVALCANTI Mesa de bar 1929 贸leo s/tela, 44 x 36 (n? cat. 126)
87
EMILIANO DI CAVALCANTI Composição 1941 óleo s/tela , 126 X 192 (n° cat. 129)
EMILIANO DI CAVALCANTI Gafieira s.d. óleo s/tela, 63,5 x 80 (n? cat. 127)
88
EMILIANO DI CAVALCANTI Figura na cama 1926 desenho (cor), 18 x 12 (n? cat o139)
ISMAEL NERY A fam铆lia s.d. 贸leo s/tela , 37 x 47 (n? cat. 255)
89
ISMAEL NERY Auto-retrato s.d. 贸leo s/tela, 36,2 x 26
(n掳 cato 256)
90
AN ITA MALFATII Cabeça de mulher 1915/16 carvão s/papel, 62,6x47 ,8 (n? cat. 243)
AN ITA MALFATII O homem de 7 cores 1915/16 carvão e pastel s/papel , 60,7 x 45 . (n' o cat. 239)
AN ITA MALFATII Mário de Andrade s.d. (1921/23) óleo s/tela, 51 x 44 (n? cat. 238)
91
AN ITA MALFATII Nu masculino (exibindo musculatura) 1915 carvão s/papel, 56 x 42,5 (n° cat. 241)
ANITA MALFATII Mulher de cabelos verdes 1915/16 óleo s/tela, 61 x 51 (n? cat. 236) 92
AN ITA MALFATIl Nu feminino 1915/16 carvão e pastel s/papel , 60 ,5 x 45 (n? cat. 240) .
AN ITA MALFATII Nu masculino (marchando) 1915/16 carvão s/papel , 62 x 47,5 (n? cat. 242)
AN ITA MALFATII o barco 1915 贸leo s/tela, 46x40,5 (n掳 cat. 235)
93
LASAR SEGALL Dois meninos com pás c. 1920 pastel , 50 x39,5 (n° cat. 303)
LASAR SEGALL Nu no quarto 1916 aquarela, 44 ,8 x 29,2 (n? cat.300)
LASAR SEGALL Refugiados 1922 aquarela, 64 x 48 (n? cat. 301)
LASAR SEGALL Retrato de Margareth 1913 óleo s/tela, 70 x 50 (n? cat. 298) 94
95
BOI ANTONIO CABRAL FRANCISCO CUNHA DANIEL SENISE KARIN LAMBRECHT NUNO RAMOS FÁBIO MIGUEZ BARRIO LUCIANO PINHEIRO WESLEY DUKE LEE
•
SIRON FRANCO MARIA LíDIA MAGLlANI SANTE SCALDAFERRI JOÃOCÃMARA CARLOS VERGARA RUBENS GERCHMAN FERNANDO ODRIOZOLA ABELARDO DA HORA
LUISE WEISS RUBEM GRILO ANTONIO HENRIOUE AMARAL MÁRIO GRUBER CALASANS NETO SÔNIA CASTRO RENINA KATZ WELLlNGTON VIRGOLlNO DANÚBIO GONÇALVES FRANCISCO STOCKINGER GLÊNIO BIANCHETII VASCO PRADO HANSEN - BAHIA
•
I
LUIZÁOUILA AGUILAR - VIGYAN VICENTE KUTKA JORGE GUINLE FILHO RUBENS OESTROEM IBERÊ CAMARGO MACIEJ BABINSKY RUBENS GERCHMAN LUIZ PIZARRO FRANCISCO BRENNAND
LASAR SEGALL OSWALDO GOELDI LÍVIO ABRAMO AXL LESKOSCHEK
IVALD GRANATO AGUILAR - VIGYAN FLÁVIO - SHIRÓ WEGA IBERÊ CAMARGO SHEILA BRANNIGAN ANTONIO BANDEIRA YOLANDA MOHAL YI IVAN SERPA
IBERÊ CAMARGO JOSÉ CLÁUDIO EMERIC MARCIER GUIDOVIARO MIGUEL BAKUN MARCELO GRASSMANN MÁRIO CRAVO JR. NEWTON CAVALCANTI MANOEL MARTINS MARINACARAM POTY GUIDOVIARO DAREL
I
JOHAf\lN GÜTLlCH JORGE DE LIMA EMILIANO DI CAVALCANTI LASAR SEGALL CARLOS PRADO CLÓVIS GRACIANO CÂNDIDO PORTINARI EMILIANO DI CAVALCANTI ERNESTO DE FlORI MOUSSIA ISMAEL NERY FLAVIO DE CARVALHO ANITA MALFATII
3?
1? andar Térreo 96
./
CATALOGO
ABRAMO, LíVIO 001
Cubatão 1933 xilogravura, 22 x 14 col. Bruno Musatti, SP
002
Meninas de fábrica 1935 xilogravura, 13,7 x 18 col. Museu de Arte Moderna, SP
003
Operário 1935 xilogravura, 18,5 x 18 col. Bruno Musatti, SP
004
Sem título 1935 xilogravura, 13,2 x 12,5 col. Rodolpho Ortemblad Filho, SP Espanha 1937 xilogravura, 13,5 x 19,2 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
005
006
Três mulheres em desespêro 1940 xilogravura, 21,8 x 28 col. Museu de Arte Moderna, SP
007
Sem título 1943 xilogravura, 16 x 11,6 coleção particular, SP
008
Sem título 1943 xilogravura, 16x 11,3 coleção particular, SP
009
Sem título 1943 xilogravura, 14 x 10,8 coleção particular, SP
010
Sem título 1943 xilogravura, 16,7 x 11,5 coleção particular, SP
011
Sem título 1943 xilogravura, 16 x 11,7 coleção particular, SP
AGUILAR-VIGYAN; José Roberto Aguilar/ Swami Antar Vigyan, dito 012
Sem título 1966 esmalte s/tela, 96,5 x 129,5 col. João Manoel Sattamini, RJ
013
Sem título 1969 óleo s/tela, 180 x 180 col. Luisa Strina, SP
014
Sem título 1975 esmalte sintético s/tela, 160 x 179,8 col. Sylvia Monteiro, SP O artista quando jovem na grande cidade 1976 acrílica s/tela, 180 x 160 col. Haron Cohen, SP Mad São Paulo em novembro 1980 óleo e acrílica s/tela, 160 x 180 col. Joachim José Esteve Jr., SP
015
016 007
017
Einstein/silêncio 1983 acrílicas/tela, 160x 180 col. Haron Cohen, SP
97
AMARAL, ANTONIO HENRIOUE Abreu 018
Auto-retrato 1983 óleo s/tela, 180 x 180 col. do artista, SP
019
Desenho 1980 pastel s/papel, 65,5 x 102,5 col. do artista, SP
020
Desenho 1980 pastel s/papel, 102,5 x 65,5 col. do artista, SP
021
Desenho 1980 pastel s/papel, 100,5 x 65,5 col. do artista, SP
022
Desenho 1980-81 pastel s/papel, 65,5 x 102,5 col. do artista, SP
023
Gravura 1963 xilogravura, 80 x 52,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
024
A grande mensagem 1967 xilogravura, 70 x 44,9 col. do artista, SP Ouoque tu, Brutus 1967 xilogravura, 70 x 45 col. do artista, SP País da Margarida, festival da alegria 1968 xilogravura, 64 x 45,4 col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
025
026
ÁOUILA da Rocha Miranda, LUIZ 018
027
Sem título 1983 acrílica s/tela, 240 x 260 col. Rubem Breitmann/João Manoel Sattamini, RJ
028
Urgência 11985 acrílica s/tela, 240 x 260 col. do artista, RJ Urgência 111985 acrílica s/tela, 240 x 260 col. do artista, RJ
029
BABINSKI, MACIEJ Antoni 030
Sem título c.1982 óleo s/tela, 125 x 185 col. Joachim José Esteve Jr., SP
031
Sem título 1982 óleo s/tela, 150 x 185 col. Joachim José Esteve Jr., SP
032
Sem título c.1983 óleo s/tela, 135 x 205 col. particular, SP Sem título 1963 água-forte, 18,5 x 15,5 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
033
034
Sem título 1963 água-forte, 19,3 x 24,6 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
035
Sem título 1963 água-forte, 24,8 x 23,7 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
036
Sem título 1963 água-forte, 29,1 x 23,7 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
037
Sem título 1963 água-forte, 22,8 x 27,9 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
038
Portão s.d óleo s/tela, 66 x 54 col. Maria de Lourdes C.S. Gomes, PR
BAI<'UN, MIGUEL 036 98
039
A porta dos sonhos s.d. óleo s/tela, 54,5 x 45 col. Maria de Lourdes C.S. G.omes, PR
040
Sapucaia s.d. óleo s/tela, 66,5 x 54 col. Maria de Lourdes C.S. Gomes, PR
041
Sem título 1951 óleo s/tela s/papelão, 46,2 x 55,6 col. Adolpho Leirner, SP
042
Paisagem atormentada 1953 óleo s/tela, 54 x 65 col. Gilberto Chateaubriand, RJ
043
Cidade 1957 óleo s/tela, 100 x 82 col. Particular, SP
044
O vegetal branco 1958 óleo s/tela, 131 x 168 col. Museu de Arte Moderna da Bahia, BA
045
La grande ville 1965 óleo s/tela, 97 x 162 col. Raul Souza Dantas Forbes, SP
BANDEIRA, ANTONIO
BARRIO de Souza Lopes, Arthur Alípio 046
Mescal1982 acrílicas/cartão, 120x 150 col. Galeria ARCO - Arte Contemporânea, SP
047
O demiurgo ou transfiguração luminosa de um momento... ao amanhecer... 1982 acrílica s/cartão, 106 x 148 col. Galeria ARCO - Arte Contemporânea, SP
048
A sesta. Álbum de Gravuras Gaúchas 1951 lineogravura, 15,5 x 23 col. Museu de Arte Contemporânea de OI inda, PE Trançando couro. Álbum de Gravuras Gaúchas 1951 lineogravura, 23 x 18 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
BIANCHETTI, GLÊNIO Alves Blanco
049
050
Fazendo marmelada. Álbum de Gravuras Gaúchas 1952 lineogravura, 18,5 x 23 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
051
Nu no sofá (Leila) s.d. acrílica s/tela, 120 x 200 col. Museu de Arte de São Paulo ''Assis Chateaubriand SP
052
Figura 1975/82 óleo e acrílica s/tela, 205 x 120,3 col. José Kalil Filho, SP
053
Sem título 1964 óleo s/tela, 149 x 119 col. Fernando Millan, SP
054
The godders 1964 óleo s/tela, 149 x 119 col. Fernando Millan, SP
055
Composição 1965 óleo s/tela, 117 x 146,5 col. Museu de Arte de São Paulo, "Assis Chateaubriand", SP
056
Sem título s.d. óleo s/tela, 190 x 150 col. Maureen Bisiliat, SP
BOI; José Carlos César Ferreira, dito
BRANNIGAN, Sheila Patrícia
053
99
BRENNAND, FRANCISCO de Paula Coimbra de Almeida 057
Mercúrio aprisionado 1978 cerâmica (alto fogo), h.160 cal. do artista, PE
058
Mulher 1980 cerâmica (alto fogo), h.120 cal. do artista, PE
059
Cabeça 1982 cerâmica (alto fogo), h.96 x 045 cal. do artista, PE
060
Luxúria 1984 cerâmica (alto fogo), h.130 x 045 cal. do artista, PE
061
Netuno s.d. cerâmica (alto fogo), h.190 cal. do artista, PE
CABRAL, ANTONIO Hélio 062
Sem título (flores) 1984 óleo s/tela, 113 x 85,5 cal. Fernando Millan, SP
063
Sem título (figura) 1984 óleos/tela, 113x85,5 cal. Fernando Millan, SP
064
Sem título (retratQ) 1984 óleo s/tela, 107 x 81,5 cal. Fernando Millan, SP
CALASANS NETO, José Júlio de
063
065
Grande gruta 1962 xilogravura, 35 x 47 cal. do artista, BA
066
Luz da gruta 1962 xilogravura, 45 x 28 cal. do artista, BA
067
Reflexo da cidade 1962 xilogravura, 34 x 22 cal. do artista, BA
068
Pedra e luz 1962 xilogravura, 20 x 46 cal. do artista, BA Musgo do litoral 1962 xilogravura, 20 x 45 cal. do artista, BA
069
070
Litoral 1962 xilogravura, 19 x 47 cal. do artista, BA
CÂMARA Filho, JOÃO 071
Tríptico 1966/67 óleo s/madeira, 160 x 110 cal. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
072
Auto-retrato litográfico 1970 litografia, 16 x 22,5 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
073
Figura de quatro olhos 1970 litografia, 16 x 22,5 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
074
Figura com espelho 1970 litografia, 16 x 23 cal. Museu de Arte Contemporânea de OI inda, PE
075
Nu-casal 1970 litografia, 16,5 x 23 cal. Museu de Arte Contemporânea de OI inda, PE
CAMARGO, IBERÊ Bassani 076
100
Peixes 1945 óleo s/tela, 47 x 52 cal. Museu de Arte Moderna da Bahia, BA
077
Lapa 1947 óleo s/tela, 73 x 60 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
078
Poços de Caldas 1959 óleo s/tela, 65 x 92 col. Sr. e Sra. Paulo Egydio Martins, SP
079
Estrutura dinâmica 1961 óleo s/tela, 116 x 164 col. João Leão Sattamini, RJ
080
Figuras 111964 óleo s/tela, 93 x 133 col. Afonso Henrique Costa, RJ
081
Expansão 1964 óleo s/tela, 80,5 x 138,5 col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
082
Objetos em tensão 111969 óleo s/tela, 93 x 132 col. Afonso Henrique Costa, RJ Sem título 1972 óleo s/tela, 115 x 200 col. João Leão Sattamini, RJ
083
084
Hora 1984 óleo s/tela, 80 x 160 col. João Manoel Sattamini, RJ
085
Retrato de Xico Stockinger 1984 óleo s/tela, 90 x 65 col. Francisco Stockinger, RS
086
Perfis 1984 óleo s/tela, 93 x 132 col. Sr. e Sra. Daniel Yoschpe, RS
087
Hora 11983 óleo s/tela, 80 x 138 col. João Manoel Sattamini, RJ
CARAM Loureiro, MARI NA 088
Mercado amoroso 1967 desenho e aquarela s/papel, 105,5 x 73,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
089
Solidão I c.1972 desenho, 69,2 x 37,4 col. particular, SP
090
Solidão" c.1972 desenho, 69 x 57 col. particular, SP
091
Menino com borboleta 1954 desenho, 94,5 x 63 col. da artista, SP
092
Os revoltados 1954 desenho, 94,5 x 63 col. da artista, SP
093
Fé 1954 desenho, 94,5 x 63 col. da artista, SP
CARVALHO, FLÁVIO DE Resende 094
De manhã cedo 1931 óleo s/tela, 49 x 36,5 col. Renato Magalhães Gouvêa, SP
095
Retrato 1933 óleo s/tela, 45 x 32 col. Sr. e Sra. Paulo Egydio Martins, SP
096
Nuvens de desejo 1949 óleo s/tela, 58,5 x 72 col. Marcus Camargo Arruda, SP
o.
097
Mulher reclinada 1930 aquarela, 18,5 x 39,1 col. particular, SP
098
Retrato de Sangirardi Jr. 1939 aquarela, 44 x 31 col. Israel Dias Novaes, SP
092
101
CASTRO, SON IA 099
Mis en page 1966-67 xilogravura, 96 x 66 col. da artista, BA
100
Mis en page 1966-67 xilogravura, 66 x 96 col. da artista, BA
101
Mãe 1969 xilogravura, 96 x 66 col. da artista, BA
102
Velha 1975 xilogravura, 100 x 70 col. da artista, BA
CAVALCANTI, NEWTON 103
Sem título s.d. xilogravura, 22,1 x 22,5 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
104
Sem título s.d. xilogravura, 29 x 21,7 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
105
Sem título s.d. xilogravura, 23 x 31 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
106
Sem título s.d. xilogravura, 20,8 x 15,5 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
107
A donzela e o d.ragão s.d. xilogravura, 22,3 x 29,7 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
108
Ceia dos monstros s.d. xilogravura, 25,5 x 29,5 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
CRAVO JR., MÁRIO 105
109
Filha de Xangô 1947 desenho, 53 x 36 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe
110
Homem (figura de candomblé) 1948 desenho, 50 x 46 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe
111
Cabeça 1949 desenho, 30 x 21 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe
112
Rosto de mulher 1949 desenho, 53 x 45 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe
113
Rosto de mulher 1952 desenho, 41 x 25 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, Pe
CUNHA Borges, FRANCISCO José 114
Nine Sinatra's songs 1985 acrílica s/tela, 180 x 140 col. do artista, ·RJ
115
Nine Sinatra's songs 1985 acrílica s/tela, 180 x 140 col. do artista, RJ
116
O anúncio 1956 desenho, 33 x 25 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
117
Sem título (estudo) 1968 talho doce aquarelado, 30 x 59,5 col. Antonio Luiz Teixeira de Barros Jr., SP
118
Sem título 1970 talho doce, 39 x 49,3 col. Antonio Luiz Teixeira de Barros Jr., SP
DAREL Valença Lins
102
DE FlORI, ERNESTO 119
120
São Jorge e o dragão s.d. óleo s/tela, 93 x 75 cal. Museu de Arte de São Paulo "Assis Chateaubriand", SP Figuras no restaurante s.d. óleo s/tela, 87,9 x 109,4 cal. Aparício Basílio da Silva, SP
121
Paisagem de Santo Amaro s.d. óleo s/tela, 45 x 60 cal. José Geraldo Scarano, SP
122
Mulher 1943 óleo s/tela, 110 x 90,5 cal. Raul Souza Dantas Forbes, SP
123
Homem sentado 1938 bronze, h. 76,6 cal. Paulo Kuczynski, SP
124
Homem andando c.1945 bronze, 94 x 32 x 55 cal. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
DLCAVALCANTI; EM ILlANO Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, dito 125
Ouro Preto 1921 óleo s/tela, 42 x 54 cal. Museu de AI"te Moderna da Bahia, BA
126
Mesa de bar 1929 óleo s/tela, 44 x 36 cal. Gilberto Chateaubriand, RJ
127
Gafieira s.d. óleo s/tela, 63,5 x 80 cal. Raul Souza Dantas Forbes, SP
128
Auto-retrato do artista quando menino 1932 óleo s/madeira, 54,5 x 42 cal. particular, SP
129
Composição 1941 óleo s/tela, 126 x 192 cal. Museu de Arte do Rio Grande do Sul, RS
130
Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 30,9 x 20,9 cal. particular, SP Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 30,9 x 20,9 cal. particular, SP
131
125
132
Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 30,9 x 20,9 cal. particular, SP
133
Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 30,9 x 20,9 cal. particular, SP
134
Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 30,9 x 20,9 cal. particular, SP
135
Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 32,1 x 23,8 cal. particular, SP
136
Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 32,1 x 23,8 cal. particular, SP Sem título 1935/40 nanquim s/papel, 32,1 x 23,8 cal. particular, SP
137
137
138
Casal no mangue 1942 nanquim e lápis de cera s/papel, 33 x 27 cal. particular, SP
139
Figura na cama 1926 desenho (cor), 18 x 12 cal. Marcos Marcondes, SP
140
Sem título 1984 acrílica s/tela 210 x 146 cal. Thomas Cohn Arte Contemporânea, RJ
FONSECA, José CLÁUDIO Cavalcante da
103
FRANCO, SIRON 141
Sem título c.1977 óleo s/tela, 58 x 71 col. Rubem Breitman, RJ
142
Sem título s.d. óleo s/tela, 80,5 x 64,5 col. Haron Cohen, SP
143
Sem título 1981 óleo s/tela, 135 x 155 col. Sr. e Sra. Francisco de Assis Esmeraldo, SP
144
O apicultor 1983 óleo s/tela, 180 x 170 col. Raul Souza Dantas Forbes, SP
GERCHMAN, RUBENS
144
145
Palmeiras e Flamengo 1965 óleo s/tela, 191 x 278 col. Adolpho Leirner, SP
146
O Ford vermelho 1983 acrílica s/tela, 139 x 256 col. Elizabeth Esteve, SP
147
Voyeur Amador 1985 acrílica s/eucatex, 97 x 103 col. George Esteve, SP
GOELDI, OSWALDO
151
148
Sem título s.d. nanquim s/papel, 17,2 x 15,5 col. particular, SP
149
Seis figuras s.d. nanquim s/papel, 24,3 x 32,1 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
150
Casal de grã-finos s.d. nanquim s/papel, 29,5 x 23 col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
151
Pescador e peixes s.d. nanquim s/papel, 21,2 x 31,6 col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
152
Figura no beco s.d. nanquim s/papel, 31,2 x 21,7 col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
153
Mulher s.d. aquarela, 26,5 x 20,5 col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
154
Cabeça de pássaro s.d. aquarela e nanquim s/papel, 24,8 x 19,7 col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
155
Casas e postes s.d. carvão s/papel, 33,9 x 25 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
156
Mulher com tigre s.d. carvão s/papel, 25 x 33,5 col. Patrícia Mendes Caldeira, SP
157
Sem título s.d. xilogravura, 20,7 x 27,4 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
158
Sem título s.d. xilogravura, 20,8 x 26,9 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
159
Sem título s.d. xilogravura, 25,8 x 30,2 col. Museu Nacional de Belas Artes, RJ
160
Os três staretzi s.d. xilogravura, 14,5 x 20 col. particular, SP
161
Zorreiros. Série "Xarqueadas" 1953 xilogravura, 20 x 27 col. do artista, RS
156
GONÇALVES, DANÚBIO Villanil
104
162
163
164
165
Zorreiros. Série "Xarqueadas" 1953 xilogravura, 18 x 25 col. do artista, RS Matambreiros. Série "Xarqueadas" 1953 xilogravura, 15,5 x 18,5 col. do artista, RS Tirador de carretilha. Série "Xarqueadas" 1953 xilogravura, 17 x 26,5 GOl. do artista, RS Carneadores. Série "Xarqueadas" 1953 xilogravura, 19 x 25 col. do artista, RS
GRACIANO, CLÓVIS 166
Homens e fios elétricos 1946 óleo s/tela, 55,3 x 46,3 col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
167
Quatro cavaleiros 1950 óleo s/tela, 54 x 46 col. Museu de Arte de São Paulo 'Assis Chateaubriand", SP
168
Figuras 1941 guache, 46 x 52 col. Eduardo dos Santos, SP
165
GRANATO Filho, IVAl_D 169
170
171
172
O ratão 1973 técnica mista s/eucatex, 79,6 x 122 col. do artista, SP Revi goramento 1973 técnica mista s/eucatex, s/madeira, 146 x 103 col. do artista, SP 1? de outubro (I e 11) 1973 técnica mista s/eucatex, 113,7 x 120,8 col. do artista, SP BURS 1973 técnica mista s/madeira, 140 x 72 x 28 col. do artista, SP
GRASSMANN, MARCELO 173
Sem título 1945 xilogravura, 21,5 x 16,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
174
Sem título 1946 xilogravura, 29 x 18 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
175
Sem título 1946 xilogravura, 29,5 x 29,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
176
Toco perdido 1946 xilogravura, 34,5 x 21,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
177
Sem título 1949 xilogravura, 25 x 20,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
178
Sem título 1949 xilogravura, 25 x 21,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
179
Sem título 1952 xilogravura, 24,5 x 27 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
180
Sem título 1954 xilogravura, 35 x 49,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
172
GRILO, RUBEM Campos 181
A beira da piscina 1982 xilogravura, 20 x 25 col. do artista, RJ 105
182
183
184
O golpe militar 1984 xilogravura, 23 x 33 col. do artista, RJ Picadeiro com leões amestrados 1984 xilogravura, 22 x 30 col. do artista, RJ O executivo 1985 xilogravura, 20 x 25 col. do artista, RJ
GRUBER Correia, MÁRIO 185
Idílio 1956 gravura em metal, 25 x 31 col. particular, SP .
186
Rua Xavier da Silveira 1956 linóleo, 31,5 x 40 col. particular, SP
187
Moleque Cipó s.d. gravura em metal, 28,3 x 19,5 col. Haron Cohen, SP
GUINLE Filho, JORGE 188
Uma pequena odisséia 1984 óleo s/tela, 145 x 130 col. Victor Arruda, RJ
189
Sereias 1985 óleo s/tela, 160 x 240 col. João Leão Sattamini, RJ Sexta feira 1985 óleo s/tela, 190 x 340 col. João Leão Sattamini, RJ Folhetim 1985 óleo s/tela, 240 x 190 col. João Leão Sattamini, RJ
190
191 193
185
GÜTLlCH, JOHANN Keszy 192
Sem título 1949 óleo s/tela, 150,5 x 145,5 col. Fernando Millan, SP
193
Sem título 1950 óleo s/tela, 103 x 97 col. Fernando Millan, SP
194
Família 1950 óleo s/tela, 150,7 x 145,3 col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
HANSEN-BAHIA; Karl Heinz Hansen, dito
106
195
Navio negreiro 1957 xilogravura, 33 x 18 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
196
Navio negreiro 1957 xilogravura, 34 x 21 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
197
Navio negreiro 1957 xilogravura, 19 x 32 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
198
Navio negreiro 1957 xilogravura, 33 x 18,5 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
199
Navio negreiro 1957 xilogravura, 21 x 17 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
200
Navio negreiro 1957 xilogravura, 20 x 32 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
201
Navio negreiro 1957 xilogravura, 19 x 14,5 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
HORA, ABELARDO Germando DA 202
A fome e o brado 1947 cimento, 92 x 59 x 56 cal. do artista, PE
203
Menino de mucambo 1952 bronze, 57,6 x 17,5 x 14 cal. do artista, PE Enterro de camponês 1953 gravura em placa de gêsso, 37,2 x 52,2 cal. do artista, PE Desamparados 1957/1981 cimento, 64,5 x 61 x 32 cal. do artista, PE Estela para mulheres e crianças abandonadas 1979 cimento, 144 x 64,5 x 42 cal. do artista, PE
204
205
206
JOSÉ CLÁUDIO da Silva 207
Moça no atelier 1952 óleo s/eucatex, 52 x 45 cal. do artista, PE
208
Mulher fazendo telha 1953 óleo s/tela, 80 x 60 cal. do artista, PE Motor no rio madeira 1976 óleo s/eucatex, 80 x 115 cal. do artista, PE Moça de vestido laranja 1982 óleo s/eucatex, 91 x 122 col. do artista, PE
209
210
KATZ, RENINA
214 211
Favela s.d. xilogravura, 29,7 x 27 cal. Haron Cohen, SP
212
Favela s.d. xilogravura, 30,5 x 19,5 cal. Domingos Tadeu Chiarelli, SP
213
Fome e frio 1953 xilogravura, 18,7 x 15 cal. José Mindlin, SP Retirantes s.d. xilogravura, 14 x 19,5 cal. Domingos Tadeu Chiarelli, SP
214
KUTKA Neto, VICENTE 215 216
217
Z one from the heart 1984 técnica mista s/tela, 129 x 208 cal. Daniela Libman, SP O corsário azul 1984 técnica mista s/tela, 107 x 157 col. José Pascovitch, SP Prá VOZe, Metrópolis 1985 técnica mista s/tela, 250 x 140 cal. do artista, SP
LAMBRECHT, KARIN Marilin Haessler 218
Resta pensar em seu vagar e seu encontro: o amor de Anita. Série "A fertilidade de Anita" 1985 óleo s/tela, 170 x 315 cal. da artista, RS
219
Arkadin d'y Saint Amere 1962-64 têmpera s/tela, 154 x 153,2 cal. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
220
O macaco s.d. técnica mista s/tela, 185 x 240 cal. particular, SP
LEE, WESLEY DUKE
107
221
Tríptico: O guardião; A guardiã; As circunstâncias 1966 técnica mista, 197 x 107; 150 x 56; 136 x 60 col. Luisa Strina
222
A explosão 1976 acrílica s/tela, 190 x 140 Sr. e Sra. Paulo Egydio Martins, SP
223
Ilustração, "O eterno marido", Dostoiévski. 1943 xilogravura, 15,7 x 9,8 col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
224
Ilustração, "Os irmãos Karamázovi", Dostoiévski. 1944 xilogravura, 12,2 x 9,8 col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
225
Ilustração, "Os irmãos Karamázovi", Dostoiévski. s.d. (c.1944) xilogravura, 15 x 11 col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
226
Ilustração, "O adolescente", Dostoiévski. 1945 xilogravura, 11 x 9,8 col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
227
Ilustração, "O adolescente", Dostoiévski. 1945 xilogravura, 10,5 x 9,5 col. José Roberto Monteiro Soares, RJ Ilustração, "Os demônios", Dostoiévski. s.d. xilogravura, 16 x 9;5 col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
LESKOSCHEK, AXL
228
229
230
Ilustração, "Os demônios", Dostoiévski. s.d. xilogravura, 16 x 9,4 col. José Roberto Monteiro Soares, RJ Ilustração, "Os demônios", Dostoiévski. s.d. xilogravura, 16 x 9,8 col. José Roberto Monteiro Soares, RJ
LI MA, JORGE Mateus DE 231
Crucificação 1944 óleo s/tela, 64 x 80 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
MAGLlANI, MARIA LíDIA
233
227
232
Figura sorridente 1985 vinil s/tela, 140 x 103 col. da artista, SP
233
Modelo 19. Série Anotações-figuras 1983 pastel s/papel, 70 x 100 col. da artista, SP
234
Sem título. Série Anotações-figuras 1983 lápis de cera s/papel, 70 x 100 col. da artista, SP
235
O barco 1915 óleo s/tela, 46 x 40,5 col. Raul Souza Dantas Forbes, SP
236
Mui her de cabelos verdes 1915/16 óleo s/tela, 61 x 51 col. Ernesto Wolf, SP
237
Rochedo 1915/16 óleo s/tela, 30,6 x 40,5 col. Antonio Maluf, SP
238
Mário de Andrade s.d. (1921/23) óleo s/tela, 51 x 44 col. particular, SP O homem de 7 cores 1915/16 carvão e pastel s/papel, 60,7 x 45 col. Sr. e Sra. Roberto Pinto de Souza, SP
MALFATTI, ANITA Catarina
239
240
108
Nu feminino 1915/16 carvão e pastel s/papel, 60,5 x 45 col. Aparício Basílio da Silva, SP
241
Nu masculino (exibindo musculatura) 1915 carvão s/papel, 56 x 42,5 col. Gilberto Chateaubriand, RJ
242
Nu masculino (marchando) 1915/16 carvão s/papel, 62 x 47,5 col. Marta Rossetti Batista, SP
243
Cabeça de mulher 1915/16 carvão s/papel, 62,6 x 47,8 col. Israel Dias Novaes, SP
244
O quarto 1943 óleo s/tela, 33,5 x 46 col. José Paulo Gandra Martins, RJ
MARCIER, EMERIC
MARTINS, MANOEL Joaquim 245
Con'strução/contrastes s.d. linoleogravura, 24,8 x 18,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
246
Sem título s.d. linoleogravura, 14 x 18 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
247
Sem título s.d. linoleogravura, 17,8 x 13,8 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
248
Retirantes s.d. linoleogravura, 18 x 24 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
249
Samba s.d. linoleogravura, 22 x 26,5 col. Pinacoteca do Estado de São Paulo, SP
MIGUEZ, FÁBIO Marques 250
Paisagem 1984 óleo s/tela, 130 x 110,5 col. Subdistrito Comercial de Arte, SP
251
Sem título 1947/1948 óleo s/tela, 72 x 59 col. José Scarano Gravura 1957 técnica mista s/teia, 48,5 x 64,5 col. Museu de Arte Moderna da Bahia, BA
MOHALYI, YOLANDA Lederer
251 254
252
252A Sem título s.d. óleo s/tela, 80,6 x 99,6 col. Mauro Lindemberg Monteiro, SP
MOUSSIA von Rilsenkamp Pinto Alves 253
254
Retrato de Eunice Porchat c.1935 óleo s/tela, 65 x 50 col. Eunice Porchat, SP Retrato de Carlos Pinto Alves déc.'30 óleo s/tela, 64 x 50 col. da artista, SP
NERY, ISMAEL 255
A família s.d óleo s/tela, 37 x 47 col. Rodolpho Ortemblad Filho, SP
256
Auto-retrato s.d. óleo s/tela, 36,2 x 26 col. Aldo Narcisi, SP
257
Duas cabeças s.d. óleo s/tela, 39,2 x 30 col. Aldo Narcisi, SP 109
ODRIOZOLA, Fernando 258
Paisagem 1975 óleo s/madeira, 29,3 x 128 col. Fernando Millan, SP
259
Sem títu lo 1977 óleo s/eucatex, 78,8 x 57 col. Antonio Maluf, SP
260
Sem título 1977 óleo s/eucatex, 79,5 x 59,5 col. Haron Cohen, SP
OESTROEM, RUBENS 261
262
Proeminência 1984 acrílica s/lona, 145 x 205 col. do artista, SC Máscaras 1984 acrílica s/lona, 130 x 140 col. do artista, SC
263
Flamingo 1984 acrílica s/lona, 145 x 130 col. do artista, SC
264
Barriga 1984 acrílica s/lona, 130 x 140 col. do artista, SC
PINHEIRO, LUCIANO 265
Uma exposição 1980 acrílica s/tela, 60 x 80 col. do artista, P~
266
Altar 1981 acrílica s/tela, 90 x 180 col. do artista, PE
267
Passagem 1982 acrílica s/tela, 60 x 90 col. do artista, PE
268
Narciso 1984 acrílica s/tela, 165,3 x 125 col. do artista, RJ
269
Figura (nu no sofá) 1985 acrílica s/eucatex, 122,2 x 175,5 col. do artista, RJ
PIZARRO, LUIZ Antonio Ferreira
PORTINARI, CÂNDIDO Torquato 270
Nova York 1940 óleo s/papel colado s/madeira, 44,5 x 37,2 col. Rodolpho Ortemblad Filho, SP
271
Os espantalhos 1940 óleo s/tela, 81 x 100 col. Gilberto Chateaubriand, RJ
272
O anjo mau 1944 óleo s/tela, 100 x 80,5 col. Sr. e Sra. loannis Bethanis, SP
273
Pranto 1947 óleo s/tela, 80 x 65 col. João Carlos Leite Bastos, SP
274
Coveiros. Álbum Edições Joaquim s.d. monotipia, 20 x 15 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
275
Barbeiro. Álbum Edições Joaquim s.d. gravura em metal, 14,5 x 20 col. Museu de Arte Contemporânea de OI inda, PE
276
Caldeiras. Álbum Edições Joaquim s.d. gravura em metal, 20 x 15,5 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
271
POTY; Napoleon Potyguara Lazzarótto, dito
110
277
278
Cão danado. Álbum Edições Joaquim 1942 gravura em metal, 16 x 12,5 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE Macumba. Álbum Edições Joaquim 1945 gravura em metal, 16 x 12,5 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
279
Trem noturno. Álbum Edições Joaquim 1943 gravura em metal, 20 x 15,5 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
280
Varredores 1935 óleo s/tela, 81 x 101,5 cal. Aparício Basílio da Silva, SP
281
Nu feminino c.1941 óleo s/tela, 73 x 54 cal. Aparício Basílio da Silva, SP
282
Maternidade 1946 óleo s/cartão, 61 x 42 colo particular, SP
PRADO, CARLOS da Silva
PRADO, VASCO 283
284
285
286
Negrinho no tronco. Série "Negrinho do pastoreio" 1954/55 xilogravura, 20 x 25 cal. do artista, RS Corujas. Série "Negrinho do pastoreio" 1954/55 xilogravura, 20,5 x 25,2 cal. do artista, RS A casa. Série "Negrinho do pastoreio" 1954/55 xilogravura, 20,5 x 25,2 cal. do artista, RS As apostas. Série "Negrinho do pastoreio" 1954/55 xilogravura, 20,5 x 25,5 cal. do artista, RS
RAMOS, NU NO Alvares Pessoa de Almeida 287
Sem título 1984 esmalte sintético s/papel, 240 x 210 cal. Subdistrito Comercial de Arte, SP
288
Casal 1934 desenho, 18 x 15 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
289
Artista cantando 1937 desenho, 18 x 19,5 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
290
Caricaturas 1945 desenho, 22 x 21 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
291
Casal 1947 desenho, 26 x 17 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
292
Rapaz s.d. desenho, 16 x 13,5 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
293
Homem com cara feia s.d. desenho, 36 x 20 cal, Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
294
Redação de jornal s.d. desenho, 28 x 36,5 cal. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
RODRIGUES, AUGUSTO
SCALDAFEFml, SANTE 295
O homem porco no orelhão 1985 óleo s/tela, 60 x 50 cal. do artista, BA
111
296
Eu mexo muito bem 1985 óleo s/tela, 60 x 50 col. do artista, BA
297
Eu também sei fazer pose 1985 óleo s/tela, 50 x 60 col. do artista, BA
SEGALL, LASAR 298
Retrato de Margareth 1913 óleo s/tela, 70 x 50 col. Simão Guss, SP
299
Deux êtres (Os amantes) 1919 óleo s/tela, 100 x 80 col. Ernesto Wolf, SP
300
Nu no quarto 1916 aquarela, 44,8 x 29,2 col. particular, SP
301
Refugiados 1922 aquarela, 64 x 48 col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
302
Grupo em um interior c.1922 bico de pena e aquarela, 36,4 x 46,9 col. particular, SP
303
Dois meninos com pás c.1920 pastel, 50 x 39,5 col. particular, SP
304
III Classe 1928 ponta sêca, 28 x 32,5 col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
305
Grupo de emigrantes no tombadilho -1111929 ponta sêca, 27,5 x 33 col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
306
Emigrantes com lua 1926 xilogravura, 24,5 x 18 col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
307
Emigrante debruçado na murada 1929 xilogravura, 18 x 24,5 col. Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
SENISE, DANIEL 308
Sem título 1984 acrílica s/tela, 144 x 154 col. Rubem Breitmann/João Manoel Sattamini, RJ
SERPA, IVAN Ferreira 309
Sem título 1963 óleo s/tela, 124 x 155 col. Lygia Serpa, RJ
310
Sem título 1963 óleo s/tela, 95 x 114,5 col. João Leão Sattamini, RJ
311
Eles e elas 1965 óleo s/tela, 90 x 100 col. Gilberto Chateaubriand, RJ
312
A grande cabeça 1964 óleo s/tela, 200 x 180 col. Lygia Serpa, RJ
313
Cabeça 1964 óleo s/tela, 100,4 x 114,9 col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
314
Sem título 1964 óleo s/tela, 95 x 114,5 col. João Leão Sattamini, RJ
313
SHIRÓ, FLÁVIO
112
315
Mergulho na Pituba 1959 óleo s/tela, 130 x 151 col. João Leão Sattamini, RJ
316
Noturno 1959 óleo s/tela, 191 x 130 col. João Leão Sattamini, RJ
317
Sem título 1961 óleo s/tela, 74 x 93,5 col. João Leão Sattamini, RJ
318
Sem título 1962 óleo s/cartão, 64,7 x 48 col. Afonso Henrique Costa, RJ
319
Horas de Xauén 1965 óleo s/tela, 121 x 193 col. João Manoel Sattamini, RJ
STOCKINGER, FRANCISCO 320
Sem título 1958 xilogravura, 30 x 20 col. Danúbio Gonçalves, RS
321
Sem título 1958 xilogravura, 19,5 x 30 col. Danúbio Gonçalves, RS
322
Sem título 1959 xilogravura, 25,5 x 14,5 col. Danúbio Gonçalves, RS
323
Sem título 1959 xilogravura, 23 x 24 col. Danúbio Gonçalves, RS
324
Sem título 1960 xilogravura, 28,5 x 20,1 col. Museu de Arte Contemporânea da U.S.P, SP
VERGARA, CARLOS 325
A patronesse de mais uma campanha paliativa 1965 óleo s/tela, 141 x 146 col. Adolpho Leiner, SP
VI ARO, GUIDO
322
326
Homem sem rumo 1940 óleo s/tela, 72 x 59,2 col. Museu Guido Viaro, PR
327
No barc.1950 grafite s/papelão, 25,7 x 22,7 col. Museu Guido Viaro, PR
328
Na escola 1955 cera s/papelão, 22,5 x 19,8 col. Museu Guido Viaro, PR
329
Figuras (três cabeças) c.1960 nanquim s/papel, 30,8 x 21 col. Museu Guido Viaro, PR
330
Najanela 1950 zincogravura, 12,9 x 9 col. Museu Guido Viaro, PR
331
Natividade 1950 zincogravura, 15,8 x 20,2 col. Museu Guido Viaro, PR
332
Conversa déc. '50 zincogravura, 14,8 x 10 col. Museu Guido Viaro, PR
333
A carta déc. '50 água-forte, 17 x 20,7 col. Museu Guido Viaro, PR
334
Lázaro déc. '50 água-forte, 30 x15 col. Museu Guido Viaro, PR
VI RGOLl NO de Souza, WELLI NGTON 335
Cortador de cana. Álbum Clube de Gravuras do Recife. 1957 xilogravura; 32,5 x 25 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
336
Barqueiros. Álbum Clube de Gravuras do Recife. 1957 xilogravura, 28 x 19,5 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
113
337
Construção. Álbum Clube de Gravuras do Recife. 1957 xilogravura, 30 x 36,5 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
338
Horticultores. Álbum Clube de Gravuras do Recife. 1957 xilogravura, 23,5 x 32 col. Museu de Arte Contemporânea de Olinda, PE
WEGA Néri Gomes Pinto 339
Campo de papoulas 1963 óleo s/tela, 200 x 100 col. Antonio Maluf, SP
340
Paisagem imaginária 1969 óleo s/tela, 120 x 130 col. Museu de Arte Moderna, SP
341
Desfiladeiro dos ventos 1975 óleo s/tela, 120 x 130 col. da artista
WEISS, LUISE
342
114
342
Peixe 1985 xilogravura, 21 x 28 col. da artista, SP
343
Perfil com águia 1985 xilogravura, 25 x 21 col. da artista, SP
344
Caveira 1985 xilogravura, 20 x 25,5 col. da artista, SP
345
Figura sentada 1985 xilogravura, 22,5 x 25 col. da artista, SP
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Elefante 1985 xilogravura, 20 x 25 col. da artista, SP
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Sombras 1985 xilogravura, 19 x 25 col. da artista, SP
ABRAMO, LíVIO Araraquara,SP, 1903 Gravador, desenhista, pintor, jornalista e professor. Um dos implantadores da gravura moderna no Brasil, iniciou-se nessa técnica como autodidata em 1926, quando a pintura e o desenho ainda eram suas preocupações maiores. Na passagem dos anos 20/30, visitou uma exposição de gravuristas alemães em São Paulo - entre eles Kollwitz, Feininger, Schmidt-Rotluff, Emil Nolde e Erik Hekelde grande impacto para sua obra futura. Por influência de Segall registrou de modo expressionista, tipos e paisagens dos arredores paulistanos (década de '30). Colaborou com o "Teatro da Experiência" de Flávio de Carvalho (1933) como decorador. Produziu entre 1935-38 a série "Espanha", veemente protesto contra as atrocidades da guerra civil espanhola, em meio a outros temas como "Operários", "Macumba", "Rio", "Festa". Ilustrou livros de importantes aujores nacionais. Em 1950 seguiu para a 'Europa dom prêmio de viagem obtido no S.NAM. Apartir de 1962, tornou-se diretor da área de artes plásticas e visuais da MissãoCultural Brasileira em Assunção, Paraguai, onde reside até hoje. Desde 1935 vem apresentando-se em mostras coletivas, salões e individuais pelo Brasil e no exterior, tendo recebido importantes premiações, entre elas a de melhor gravador nacional na II Bienal de São Paulo (1953).
AGUILAR-VIGYAN, José Roberto Aguilar/Swami Antar Vigyan, dito
mática que se verifica em suas telas atuais mais próximas do ideário surrealista. Expõ.e com regularidade em várias capitais do Brasil, apresentando-se também em individuais, salões e coletivas no exterior.
ÁQUILAda Rocha Miranda, LUIZ Rio de Janeiro, RJ, 1943 Pintor, desenhista, cenógrafo e professor. No Riode Janeiro frequentou o curso de pintura de Aloísio Carvão no Museu de Arte Moderna e o cursode desenho de Tiziana Buonazola. Em 1962 transferiuse para Brasíliaonde assistiu, como aluno livre, aos cursos do Instituto de Arte e Arquitetura da UnB. Viajou sucessivamente para Paris (1965), como bolsista do Governo Francês, trabalhando na Cité Internacionale des Arts; Lisboa (1967), pela Fundação Gulbenkiàn, onde ingressou no atelier de gravura em metal da Cooperativa de Gravadores Portugueses; e Londres (1972), estudando litografia na Slade School of Fine Arts. Em 1979 retornou definitivamente ao Rio de Janeiro, atuando como professor na Escola de Artes Visuais e como cenógrafoe ilustrador. Numa abstração expressionista, vigorosa, sua obra pictórica se constitui a partir de cores quentes em convulsão, com pinceladas largas e gestuais que vão se compondo de maneira geometrizante, quase construtiva. Expôs pela primeira vez no Rio, na passagem dos anos 1959/60 e, desde essa época, vem apresentando-se em individuais, salões e coletivas pelo Brasil e exterior.
S. Pau/o, SP, 1941. Pintor, gravador, performermulti-mídia. Integrante do Grupo Kaos, liderado por Jorge Mautner, no final dos anos 50, começou a apresentar seu trabalho plástico em 1963. Autodidata, inicialmente ligado ao realismo fantástico, passou a dedicar-se às experiências de pintura a pistola em quadros de grandes dimensões, rumo a um abstracionismo expressivo permeado de grafismos e explosões energéticas. Um dos primeiros a utilizar o vídeo como linguagem artística no Brasil, organizou o I.' Encontro Internacional de vídeo-arte de São Pau10(1978). Criou a Banda Performática e oCircoAntropofágico (Teatro Ruth Escobar, 1977 - ópera conceituai). Realizou inúmeras individuais e participou , de mostras coletivas no Brasil (entre elas a Bienal de São Paulo na qual foi duas vezes premiado)e no exterior (Bienal de Paris, 1965). Nos últimos tempos, sua pintura tem sido fortemente influenciada pela filosofia Rajneesh, da qual tornou-se adepto.
BABINSKI, Maciej Antoni Varsóvia, Polónia, 1931 Desenhista, pintor e gravador. Após um período de sete anos (1940-47) em que residiu na Inglaterrá, transferiu-se para o Canadá onde iniciou-se nas artes com o pintor John Lyman. Estudou desenho e gravura na Montreal School of Artsand Design, participando do movimento artístico local. Em 1953 veio para o Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro, quando recebeu orientação de Oswaldo Goeldi. Dedicando-se principalmente à gravura, produziu um universo sombrio e angustiado povoado por monstros e figuras, muitas vezes próximas de um Kubin, Goeldi ou Grassmann (anos '50 e'60). Em suas pinturas e aquarelas mais recentes, soltou-se em imagens luminosas, coloridas e fortemente gestuais. Desde 1956 vem participando de salões e coletivas. Expôs individualmente pela primeira vez na E.N.BA em 1.955, apresentando-se em diversos estados brasileiros e no exterior. Vive em Uberlândia, MG.
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AMARAL, ANTONIO HENRIQUE Abreu
S. Paulo, SP, 1935 Gravador, desenhista e pintor. Iniciou-se em gravura com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do MAM. deS. Paulo(1957)ecomShiko Munakata no Pratt Graphic Art Center, em Nova York, dois anos após. Realizou sua primeira individual no MAM. -SPem 1958, expondoaseguir noChilee Êstados Unidos. Expressionista, em suas gravuras 'iniciais desenvolveu uma temática social agressiva, transposta depois para a pintura. No final dos anos '60 e no transcorrer da década seguinte, desenvolveu a série das "Bananas", numa aproximação às idéias veiculadas pelo lropicalismo e, numa referência mais remota, às figuras antropofágicas de Tarsila do Amaral, com a mesma pujançacro-
BAKUN, MIGUEL Marechal Mal/et, PR, 1909 - Curitiba, PR, 1963 Pintor e desenhista. Ex-aprendizde alfaiate em Ponta Grossa e ex-grurnete da Marinha de Guerra no Rio de Janeiro (onde travou contato com o pintor Pancetti). Após um acidente que o obrigou a abandonar áMarinha, radicou-se em Curitiba (1930) onde, incentivado por Groff e Guido Viáro, passou a se
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dedicar profissionalmente às artes. Autodidata, estudioso dos problemas da pintura, manteve uma atividade artfstica ininterrupta, participando de grande número de coletivas e salões, ehtre outros os Salões Oficiais do Clube Concórdia, nos quais obteve premiações (1947-62). Sua obra, de forte apelo expressionista e marcada por uma existência mística, privilegiou paisagens suburbanas de Curitiba, marinhas, retratos e naturezas-mortas. Após uma vida tortuosa e de grandes privações, põs fim à sua existência suicidando-se em seu atelier (1963). Em 1980, uma retrospectiva de sua obra inaugurou a "Sala Miguel Bakun" em Curitiba.
BANDEIRA, ANTONIO Fortaleza, CE, 1922 - Paris, França, 1967 Pintor e desenhista. Iniciou-se na pintura praticamente como autodidata. Fundou com alguns artistas de Fortaleza o Centro Cultural Cearense de Belas Artes (depois Sociedade Cearense de Artes Plásticas) participando de seus salões (1942-45). Após uma individual no IAB. - RJ (1945), recebeu bolsa de estudos do governo francês. Em Paris (1946) frequentou a ~cole Nationale Superleure des Beaux Arts e as aulas livres de desenho da Académie de la Grande Chaumiére. Ligou-se a Wols e Bryen (fins dos anos '40), formando o grupo BANBRYOLS (que jamais chegou a expôr junto, devido à morte de Wols em 1951). Retornou ao Brasil (1950) onde atuou até 1954 executando murais e expondo em mostras individuais. Regressou à Europa com auxílio do "Prêmio Internazionale Fiat di Torino': obtido na 11 Bienal de S. Paulo (195"3), fixando-se em Paris. Em seus trabalhos iniciais apresentou paisagens e marinhas de caráter expressionista, inspiradas na rica natureza de seu estado natal. Foi em Paris que adquiriu sua verdadeira expressão, filiando-se à abstração informalista em voga na França naquele momento. Sua pintura tomou corpo sob a influência tachista de Wols, dissolvendo formas numa atmosfera ricamente colorida. Expõs individualmente e em salões e mostras coletivas no Brasil e no exterior.
BARRIO de Souza Lopes, Artur Alípio
BIANCHETTI, GLÊNIOAlves Branco Bagé, RS, 1928 Pintor, desenhista, gravador, tapeceiro e professor. Iniciou seus estudos de pintura com o Prof. José Morais ainda em Bagé (1946) quandO organizou, com um grupo de jovens, um atelier coletivo. Transferindo-se para Porto Alegre, ingressou no Instituto de Belas Artes (1947) e mais tarde num curso de gravura ministrado por Iberê Camargo. Fundou em 1950 oClube de Gravura de PortoAlegre,juntamente com outros artistas gaúchos, responsável pela grande difusão das artes gráficas naquela cidade e de repercussão nacional pela defesa de uma arte figurativa no momento de maior abrangênciado abstracionismo geométrico informal no Brasil. Foi diretor do Museu de Arte do RS (60), transferindose no ano seguinte para Brasília onde dedica-se ao magistério das Artes na UnB, desde sua formação. Sua obra, configurada num realismo expressionista de temática gaúcha, documentou situações cotidianas da vida rural do RS (anos'50). Nos últimos tempos, desenvolve a linha dos expressionistas modernos na pintura, trabalhando com diversidade détemas. Realizou exposições individuais e coletivas.
BOI, José Carlos Cézar Ferreita, dito Marília, SP, 1944 Pintor e desenhista. Começou a pintar em 1965, a partir de sua convivência com Dudi Maia Rosa, na época iniciando-se como artista plástico. Em 1968 realizou estudos de desenho e composição na Chovinard Art School da Califórnia. Ingressou como aluno na Escola Brasil (SP), que tinha como professores Fajardo, Baravelli, Nasser e José Resende, integrando-se ao corpo docente no período 1973-1974. Foi um dos fundadores da Cooperativa dos Artistas Plásticos de São Paulo. Mantém-se fiel aos temas desenvolvidos desde o início de sua carreira: paisagens, ambientes, figuras, objetos, preocupado com a fidelidade cromática e, principalmente, com a luz. Desde 1965 participa de salões e coletivas. Na última individual em São Paulo (1982) apresentou a série "O caminho da luz". Vive em São Paulo.
Pôrto, Portugal, 1945 Pintor, desenhista, performer multi-mídia. Vindo para o Brasil, começou a desenhar por volta de 1967 no Rio de Janeiro. Nesse ano, ingressou na Escola de Belas Artes (abandonando-a algum tempo dapois) e realizou sua primeira participação numa coletiva, na Galeria Gemini -RJ.lnicialmente trilhando os caminhos da nova figuração. desenvolveu no percurso da década de '70, situações ambientais e manifestações públicas nas ruas, praias, praças e museus do Rio de Janeiro. Editou livros de feitura artesanal, assim como filmes, fotos, bandas magnéticas e VIs., registros de seu trabalho. Considerado um dos introdutores da arte conceitual no Brasil, em 1975 transferiu-se para Paris. Atualmente divide sua residência entre o Rio de Janeiro e Amsterdam, onde vive desde 1980. Nos últimos tempos vem desenvolvendo uma pintura de caráter eminentemente expressionista, à exemplo das "máscaras" de sua Série Africana e dos últimos trabalhos expostos em S. Paulo. comoo "Retrato de mulher d'apfes Picasso': Vem apresentando-se individualmente no Brasil e Europa e participando de mostras coletivas.
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BRANNIGAN, SHEILA Patrícia Chester, Inglaterra, 1914 Pintora e desenhista. Veio para o Brasil em 1957, fixando-se em São Paulo, depois de residir na Suiça - quando começou a pintar - e em Paris, onde frequentou os ateliers de André Lhote, Henry Goetz e a Academia La Grande Chaumlére, por quase dois anos. Seus desenhos, criados a partir de traços finos, econômicos, incisivos, inserem-se numa linguagem informalista que evolui para um figurativismo de formas livres e dinãmicas, o mesmo ocorrendo com as pinturas, das mais características do expressionismo abstrato no Brasil. Desde fins da década de '50, vem apresentando sua obra em individuais, salões e coletivas pelo Brasil e no exterior. Atualmente reside em Londres. BRENNAND, FRANCISCO de Paula Coimbra de Almeida Recife, PE, 1927 Pintor e ceramista. Iniciou seus-estudos de pintura com Álvaro Amorim no Recife (1945). A partir de 1949 realizou sucessivas viagens à Europa, aperfeiçoando-se com André Lhote e Fernand Léger em Paris (1949-52). Fêz estudos de cerâmica na Itália e pesquisas livres na Espanha, Bélgica e Suissa.
Executou trabalhos murais em cerâmica em diversos ediffcios públicos e particulares nas Cidades de Recife, Sâo Paulo, Rio de Janeiro e Miami (USA). Sob influência da literatura de cordel e de todo o universo cultural nordestino, preocupou-se· em transmitir - com suas pinturas, cerâmicas e murais - mensagens acerca do meio natural em que . vive: a paisagem, a sociedade, a religião e a história épica de Pernambuco. Vem participando de salões e coletivas desde 1947, recebendo premiações. Apresentou-se em inúmeras individuais pelo Brasil. CABRAL, ANTONIO Hélio Marília, Sp, 1948 Pintor, professor e arquiteto. Formou-se em arquitetura pela FAU-USP(1970-197 4). Por esse tempo, desenvolveu projetos editoriais experimentais com Flávio Motta. De 1973 a 1984, atuou como professor de pintura e desenho em instituições culturais, especialmente na Pinacoteca do Estado de São Paulo e Museu Lasar Segall sendo que, neste último, foi também orientador do atelier de artes plásticas e organizador de diversas mostras temporárias de arte brasileira. Desenvolveu seu trabalho plástico a partir de referências intencionais à história de nosso modernismo. Atualmente, incursionando por um figurativismoexpressionista degrande consistência, apresenta telas de colorido intenso numa atmosfera sensorial e romântica. Realizou individuais em São Paulo, Marília e Rio de Janeiro, e vem participando de exposições coletivas desde 1970.
CALASANS NETO, José Júlio de Salvador, BA, 1932 Gravador, pintor, ilustrador e cenógrafo. Iniciou-se em pintura no atelier de Genaro de Carvalho. Posteriormente, interessou-se pela xilogravura frequentando as aulas de MárioCravoJúnior na Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia. Participou intensamente do mOvimento de renovação das artes e das letras de seu estado, fundando a revista "Mapa", dedicada aos intelectuais baianos da década de'50ea Editora Macunaímaque seespecializou em livros de artista. Ilustrou obras literá' rias, em especial de autores baianos, ecriou cenários para teatro e cinema. Artista figurativo, de temática inspirada no casario, aspectos e personagens do rico imaginário baiano, variou de um realismo expressionista das primeiras fases até um certo fauvismo em sua produção mais recente. Realizou exposições individuais em museus e galerias do Brasil, além de figurar em vários salões de arte. Seus trabalhos também foram vistos em mostras na Europa e E.UA
CÂMARA Filho, JOÃO João Pessoa, PB, 1944 Desenhista, pintor e gravador. Entre 1960 e 1963, frequentou o curso livre da Escola de Belas Artes da U.F.P. em Recife. Em Salvador, com Henrique Oswald e Emanoel Araújo, aperfeiçoou-se na técnica xilográfica. Juntamente com Adão Pinheiro e outros artistas locais, fundou o Atelier Coletivo da RibeiraemOlinda(1964)edoisanosapósoatelier "+ Dez" com Anchises Azevedo, Delano e Maria
Carmen (1966). Ensinou pintura na Universidade da Paraíba (1967-70). Formou-se em psicologia pela Universidade Católica de Pernambuco (1968). A partir de 1970 dedicou-se à litografia, montando atelier com Delano, transformado depois na Oficina Guaianases de Gravura (Olinda). Sua expressão se configurou a partir de uma perspectiva sociológica. A figura humana - sempre otema principal - aparece com humor e ironia, como na série "Cenas da Vida Brasileira", vigoroso painel da era getulista. Nos últimos tempos, discursando sobre a sensualidade e o ato de pintar, idealizou a série "Dez casos de amor e uma pintura de Câmara". Realizou diversas individuais e vem participando de salões e coletivas no Brasil e no exterior, recebendo importantes.premiações.
CAMARGO, IBERÊ Restinga Sêca, RS, 1914 Pintor, gravador, desenhisw e professor. Iniciou·se em pintura na Escola de Artes e Ofícios de Santa Maria(RS), e fêz o cursotécnicode arquitetura no Instituto de Belas Artes de Porto Alegre. Nessa cidade recebeu orientação do pintor João Fahrion. Com uma bolsa de estudos transferiu-se para o Rio de Janeiro (1942) onde constituiu, com outros artis· tas, o Grupo Guignard. Orientado por Guignard e Hans Steiner, realizou suas primeiras experiências com gravura. Em 1947, com oóleo ')\ Lapa", recebeu no Salão de Arte Moderna o prêmio de viagem ao estrangeiro. Na Europa estudou pintura com Giorgio de Chirico e André Lothe, afrêsco com AntônioAchillee materiais de pintura com Leone Augusto Rosa, aperfeiçoando-se em gravura com Carlo Alberto Petrucci (1948/49). Passando por uma figuração expressiva nos primeiros anos ('40), sua obra paulatinamente foi incorporando elementos abstracizantes, culmínando nos "Carretéis" ('50/'60), gênese de sua produção mais contemporânea, marcada por um expressionismo abstrato, em telas de cores escuras, permeadas por signos e figuras sugeridas. Desde 1942 vem realizando exposições individuais e participações em salões e mostras coletivas pelo Brasil e no exterior. Reside em Porto Alegre, RS.
de Durham e frequentando a King Edward the Seventh School of Fine Arts (Inglaterra). Retor· nou ao Brasil fixando·se em S. Paulo (1922) e parti· cipando de vários concursos com projetos ousa· dos que o colocaram como um dos precursores da modern'a arquitetura nacional. Aderindo à antropofagia Oswaldiana, defendeu teses antropofágicas em congressos de arquitetura no início dos anos '30. Foi um dos fundadores doC.A.M. -Clube dos Artistas Modernos (1932) e do Teatro da Experiência (1933). Em sua obra pictórica e desenhos, captou a psicologia da figura humana, numa linguagem expressionista pela deformação das imagens e pelo uso transgressivo da cor. É famosa a sua "Série trágica", desenhos de sua mãe agonizante (1947), de forte apelo dramático. Cenógrafo, figurinista, escritor, decorador de bailes carnavalescos, escultor, foi vigoroso animador do meio artístico paulistano nas décadasde'30,'40 e '50, sendo con· siderado, inclusive, um introdutor do happening no país. Além de inúmeras individuais (a primeira em 1934, fechada pela polícia), participou de salões e coletivas. Na 17.' Bienal de São Paulo, foi organiza· da uma grande retrospectiva de sua obra.
CUNHA Borges, FRANCISCO José Rio de Janeiro, RJ, 1957 CASTRO, SONIA Salvador, BA, 1934 Gravadora, desenhista e pintora. Iniciou-se na pintura em 1954 quando ingressou na Escola de Belas Artes da Universidade da Bahia. Obteve seus primeiros ensinamentos em artes gráficas no M.A.C. de São Paulo, com Hedwig Ziegler, então de passagem pelo Brasil (1958), e na Fundação Armando Álvares Penteado. Em Salvador estudou gravura com Henrique Oswald por cinco anos. Trabalhando principalmente com xilogravuras e produzindo uma arte de expressão sintética e'incisiva, revela um forte sentido humano e social em suas figuras sofridas e universais. Vem participando de coletivas e salões desde 1955, tendo realizado individuais em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Atualmente leciona na Universidade Federal da Bahia.
CARAM Loureiro, MARINA Sorocaba, SP. 1925
CAVALCANTI, NEWTON Bom Conselho, PE, 1930
GravadOra, desenhista e pintora. Foi apresentada ao mundo artístico por Oswald de Andrade e Pietre Maria Bardi em 1951, quando realizou sua primeira exposição individual no Museu de Arte de São Paulo. Logo em seguida, com uma bolsa de estudos concedida pelo governo francês, permaneceu cerca de um ano e meio estudando em Paris, de onde retornou em 1953. Trabalhando uma figuração de características expressionistas dentro de uma temática eminentemente social, apresentou em seus trabalhos o registro do popular (os personagens anônimos das grandes cidades e das manifestações folcióricas), numa configuração dramática, acentuada pela atmosfera sombriaque, em geral, predomina em sua obra. Além de mostras individuais, vem participando de sa· lões e coletivas pelo Brasil e no exterior. Vive em São Paulo, SP.
Gravador, desenhista, pintor, escultor e professor. transferindo·se para o Rio de Janeiro, iniciou sua formação artística frequentando o atelier de Rai· mundo Cela (1952). Nessa mesma época estudou xilogravura com Oswaldo Goeldi. Por dois anos curo sou a E. N. B.A. (1954/55). Fêz estudos na área de arte-educação, dedicando-se ao magistério a partir de 1960, tendo atuado em instituições no Rio, Niterói e Brasília. Na década de '70 realizou viagens de aperfeiçoamento para a Inglaterra, Itália, Alemanha e Portugal. Incursionando pelo cinema, criou argumentos e ambientações para filmes de curta e longa metragem. Fêz ilustrações para jornais, revistas e livros. Expressionista na tradição de Goeldi e Grassmann, seus trabalhos são marcados pela tradição popular do Nordeste (especialmente nos anos '50) e pelo fantástico e mitológico, compondo uma verdadeira iconografia da tragédia humana. Desde 1958 vem realizando exposições individuais e participando de coletivas.
CARVALHO, FLÁVIO DE Resende Barra Mansa, RJ, 1899· Valinhos, SP. 1973 Engenheiro civil, arquiteto, pintor, desenhista, escultor, cenógrafo e escritor. Estudou na Europa, formando·se engenheiro civil pela Universidade
Cozzo. No ano seguinte, expôs individualmente pela primeira vez em Salvador. Durante seis meses estudou com o escultor iugoslavo Ivan Mestrovic na Siracuse University (USA), fixando·se posteriormente em Nova York (1947 -49). De volta a Salvador, participou ativamente do movimento de renovação nas artes plásticas locais. Em 1955 defendeu tese e tornou-se livre docente na Escola de Belas Artes da U,F,BA. No biênio 1964/65 residiu na Alemanha. Foi diretordo MAM-BA(1966-67), exercendo outros cargos públicos. Nessa trajetória utilizou os meios de expressão com absoluta liberdade e grande espírito de investigação. Em seus desenhos, gravuras e esculturas (em que utilizou os mais diferentes materiais), variou na temática de um figurativismo inspirado em aspectos da cultu· ra popular e erudita às mais inusitadas composi· ções abstracionistas. Foi um dos pioneiros em ex· posições ao ar livre no país, tendo realizado inúmeras esculturas para logradouros públicos e instituições particulares. Expõe regularmente em individuais e mostras coletivas no Brasil e no exterior.
Pintor e arquiteto. Formado em arquitetura pela Universidade Santa Úrsula do Rio de Janeiro (1982), iniciou-se em desenho e pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (1980·1982) estu· dando com John Nicholson e LuizÁquila, entre outros. Neo-expressionista da chamada "Geração 80", pesquisa em suas telas planos e texturas, a partir de formas figurativas que exploram os clichês românticos como temática. Desde 1982 vem participando de salões e mostras coletivas.
DAREL Valença Lins Palmares, PE, 1924 Desenhista, gravador, pintor e professor. Ainda menino foi admitido no Escritório Técnico da Usina Grande em Pernambuco, como aprendiz de desenhista (1937). Transferiu-se para Recife, frequentandoa Escola de Belas Artes local (1941/42). Iniciou seus estudos de gravura no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro com Henrique Oswald (1948). Por essa época, conheceu Oswaldo Goeldi de quem recebeu importantes ensinamentos. No início dos anos '50 interessou-se pelas técnicas litográficas. Dedicou-se intensamente à ilustração de jornais, revistas e obras literárias, e ao magistério das artes em instituições de nível superior. Com prêmio de viagem ao estrangeiro (SNAM-1957) permaneceu dois anos na Europa, quando manteve contato com Giorgio Morandi. Gravador, desenvolveu sua obra a partir de afinidades com o universo fantástico de Kubin e com as soluções plásticas de Goeldi. A partir de sua vivência européia, voltou·se mais para o desenho produzindo- especialmente - paisagens urbanas num grafismo ágil e nervo· so, insinuando edifícios, ruas e casaríos, vistos do alto, à distância. Atualmente, a figura humana reaparece em seus trabalhos, numa atmosfera erótica e intimista, com a presença constante da cor. Tem realizado individuais e participado de salões e coletivas no Brasil e no exterior, recebendo importantes premiações, entre elas a de melhor desenhista nacional na Bienal de S. Paulo de 1963.
CRAVO Júnior, MÁRIO Salvador, BA, 1923 Escultor, gravador, desenhista e professor. Autodidata, trabalhou por algum tempo com o santeiro Pedro Ferreira. Em 1946 seguiu para o Rio de Janeiro onde estagiou no atelier do escultor Humberto
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DE FlORI, ERNESTO Roma, Itália, 1884 - São Paulo, SP, 1945
FRANCO, SIRON Goiás, GO, 1947
GONÇALVES, DANÚBIOVillamil Bagé, RS, 1925
Escultor e pintor. Frequentou aAcademia de Artes de Munique, onde estudou desenho e pintura com Olto Greiner (1903). Em Roma (1904) travou contato com a obra do pintor expressionista suiço Ferdinand Hodler. No período 1911-1914, estabeleceu-se em Paris onde conheceu Matisse, Picasso e outros. Nessa época, abandonando a pintura, passou a produzir esculturas com o auxílio de Hermann Haller. Em 1915, na Alemanha, combateu como soldado pelo exército alemão. Entre 1913 e 1935, expôs sua obra escultórica em coletivas por diversas cidades européias. Chegando ao Brasil em 1936, prosseguiu sua trajetória de escultor já definidia no clima cultural da Alemanha, com influências, também, de Rodin. Retomou a pintura, sempre marcada pelo expressionismo de Hodler, com a presença constante da figura humana, registrando outras vezes, paisagens, naturezas mortas e cenas de São Jorge e o Dragão. Expôs individualmenteemS. Paulo(1936/37, 39, 41 e44)e RiodeJaneiro (1937). Participou dos Salões de Maio e da Família Artística Paulista, entre outros, constando várias retrospectivas de sua obra como a Sala Especial da Bienal de Veneza (1950) e no MAC-USP (1975).
Pintor, desenhista e gravador. Iniciou-se em pintura no atelier de D.J. Oliveira e Cleber Gouveia em Goiânia (1959), passando a viver do seu trabalho. Em 1970 transferiu-se para São Paulo, onde frequentou o atelier de Bernardo Cid, por um ano, retornando então para a capital goiâna. Em 1976, com prêmio obtido no XXIV S. N .AM., viajou para a Europa, residindo em diversas cidades do continente. Sua obra, e especialmente suas pinturas, registra os arquétipos universais da tragédia humana: o poder, o medo, o conflito entre o individual e o coletivo, são expressos com agressividade e violência cromática. Expôs pela primeira vez em Goiânia (1967). Vem participando de mostras individuais e coletivas no Brasil e exterior, recebendo importantes premiações, dentre elas o Prêmio Internacional de Pintura na XIII Bienal de S. Paulo (1975).
Pintor, desenhista, gravador e professor. Residindo no Rio de Janeiro (1935-50), estudou pintura e desenho com Cândido Portinari (1943) e com Roberto Búrle Marx. Ingressou na Fundação Getúlio Vargas, onde recebeu orientação de Carlos Oswald, Axl Leskoschek e Tomás Santa Rosa. Em 1950-51, viajou pela Europa, aperfeiçoando-se na Académie Julien de Paris. Devolta ao Brasil, fixou-se no Rio Grande do Sul participando do Clube da GravuradePortoAlegre. Em 1951 foi um dos fundadores do Clube de Gravura de Bagé. De 1962 a 1964 recebeu ensinamentos de litografia de Marcelo Grassmann e Edmundo Brasil. Vem atuando como professor no atelier livre da Prefeitura de Porto Alegre (do qual é diretor) desde 1963 e no Instituto de Artes da U.F.R.S. (1969-71). Ao desenvolver uma expressão figurativa de grande densidade, privilegiou a temática gaúcha, especialmente nos aspectos sociais do trabalho, como nas séries "Xarqueada" e "Mineiros" dos anos '50. Vem realizando exposições individuais e participando de coletivas pelo Brasil e no exterior (com oClube da Gravura), desde 1944.
DI CAVALCANTI; Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque Melo, dito Rio de Janeiro, RJ, 1897 - 1976 Pintor, desenhista, caricaturista, jornalista e escritor. Iniciou-se como ilustrador e chargista autodidata na imprensa carioca. Expôs pela primeira vez no Salão dos Humoristas, RJ (1916). Transferindo-se para São Paulo, frequentou a Faculdade de Direito, conhecendo pessoas integradas aos meios jornalístico e artístico de então, entre elas Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Ferrignac. Ilustrou diversas revistas da época, expondo em 1917 e 1921. Um dos organizadores da Semana de Arte Moderna de 1922, participou com 12 obras, criando os catálogos e programas da mostra. Sua primeira viagem à Europa (1923-25) permitiu-lhe travar conhecimento direto com a obra de artistas da vanguarda. Em 1931, em S. Paulo, foi um dos fundadores do CAM, juntamente com Flávio de Carvalho, Gomide e Carlos Prado. Realizou uma segunda viagem, permanecendo em Paris de 1935 a 40. Em sua obra - especialmente após seu regresso ao Brasil- transparecem o forte apêgo às coisas nacionais e um sentido agudo de crítica social, utilizando como temática o morro, o carnaval, o mangue. Expôs individualmente e em diversas mostras coletivas, contando-se inúmeras retrospectivas póstumas.
FONSECA, José CLÁUDIO Cavalcante da Rio de Janeiro, RJ, 1949 Pintor, desenhista e arquiteto. Formou-se em arquitetura e urbanismo no Rio de Janeiro (1975-1979) e realizou estudos de arte com Anna Bella Geiger e Umberto França. Expressionista, em suas telas aparecem os elementos naturais (a água, as pedras e montanhas) registrados de maneira quase abstracizante, com pinceladas nervosas e gestuais, em que a luz altera e molda as formas. As cores são quentes e incisivas. A composição, geralmente na diagonal, cria uma atmosfera mística, sobo sígno da ascendência. desde 1974 vem participando de salões e coletivas no Brasil e Europa. Expôs individualmente no Rio(1981, 82 e 84).lntegra também o núcleo I da18' Bienal de São Paulo, como artista convidado.
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GERCHMAN, RI.jBENS Rio de Janeiro, RJ, 1942 Pintor, desenhista e gravador. Egresso do liceu de Artes e Ofícios do Rio 'de Janeiro (1957/58) e da antiga E.N.B.A (1959/62) onde estudou xilogravura com Adir Botelho, de início, nos anos 60, a partir de figuras anêmicas, expressionistas, voltou-se para a realidade das ruas e jornais: o transporte coletivo, a habitação popular, o trabalho, a cultura de massas, a repressão sexual nas classes média e baixa. Depois de uma reflexiva estadia em Nova York (1968/72), retornou ao Brasil adotando os preceitos da "nova pintura", em pinceladas soltas, de colorido intenso, em telas cada vez maiores e libertas do chassis. Tem realizado exposições em galerias e museus, participando de inúmeros salões e coletivas pelo Brasil e exterior, entre elas as Bienais de São Paulo, Paris e Tóquio (1968-1972).
GOELDI, OSWALDO Rio de Janeiro, RJ, 1895 - 1961) Desenhista, gravador, ilustrador Eiprofessor. Filho do naturalista suiço Emílio Augusto Goeldi, viveu em Belém do Pará antes de residir com a família em Berna, Suiça(1901). Em 1915 ingressou na Escola Politécnica de Zurique, abandonando-a dois anos depois. Frequentou durante alguns meses as aulas da Escola de Artes e Ofícios de Genebra, no atelier de Serge Pahnke e Henri van Muyden. Data de 1917 sua primeira individual de desenhos na Galeria Wyss, em Berna. Por essa época, descobriu a obra de Edvard Munch e Alfred Kubin (com quem viria a encontrar-se pessoalmente em 1930). De volta ao Rio de Janeiro (1919), expôs em 1921 no liceu de Artes e Oficios. Foi o paulista Ricardo Bampi, de regresso da Alemanha, quem o introduziu nas técnicas da gravura (1924). No final da década estava em contato com os modernistas de São Paulo. Pioneiro do expressionismo brasileiro, produziu xilogravuras de grande dramaticidade, marcadas por uma atmosfera noturna e visionária. Ilustrou obras importantes da literatura nacic ,ai e estrangeira. Realizou inúmeras individuais e participou de salões e mostras coletivas no Brasil e exterior, recebendo importantes premiações.
GRACIANO, CLÓVIS Araras, SP, 1907 Pintor, desenhista, muralista, ilustrador. ligado ao GrupoSanta Helena. Iniciou-se na pintura através do trabalho de pintar tabuletas e letreiros para a Estrada de Ferro Sorocabana no interior paulista. Veio para a capital de São Paulo em 1934, quando observou a obra de Portinari. Estudou dois anos com Waldemar da Costa e frequentou o curso livre de desenho na Escola de Belas Artes, onde conheceu alguns pintores com os quais formou a "Família Artística Paulista", participando de seus três salões (1937,39 e 40). Em sua obra de temática variada privilegiou muitas vezes a figura humana, principalmente de operários ou personagens anônimos, apresentando à miúde, acentuados caracteres expressionistas. Nos anos 50/60 voltou-se para a pintura mural, geralmente inspirada em motivos históricos. Dedicou-se, também, à ilustração de obras literárias, à cenografia e figurinos para teatro. Fêz gravuras, desenhos e monotipias. Sua primeira individuai em São Paulo, aconteceu em 1941. Participou de coletivas e salões, recebendo premiações, dentre as quais a de viagem ao exterior no S.N.B.A (1948). De 1976 a 1978 foi Adido Cultural Brasileiro em Paris.
GRANATO Filho, IVALD Campos, RJ, 1949 Desenhista, pintor, gravador e performer Começou a desenhar ainda jovem. Estudou pintura com Robert Newman (1966) e ingressou na Escola de Belas Artes da U.F. R.J. (1967). Datam de 1968 seus primeiros contatos com a técnica litográfica e seus primeiros desenhos e bicos-de-pena nos caminhos da nova figuração, com temática extraída de situações cotidianas ou de um imaginário fantástico, com nuances de erotismo. Performer, autor de happenings, vem utilizando em seus trabalhos várias mídias: Super-8, xerox, arte pelo correio. Publicou manifestos, editou livros e criou em 1976 a Granalo's Produclions para divulgação de sua obra. A partir dos anos '70 seu trabalho plástico caminhou rumo à uma figuração expressionista, tônica de sua produção atual. Participou de inúmeras individuais e coletivas pelo Brasil, especialmente Rio e São Paulo, e no exterior.
GRASSMANN, MARCELO São Simão, SP, 1925
Desenhista, ilustrador, gravador. Mudando-se para São Paulo (1930); ingressou no Instituto Profissional Masculinoonde estudou fundição, mecânica e entalhe (1939/42). Aluno do Liceu de Artes e Ofícios (1943), começou a aprender xilogravura no ano seguinte. Em 1949, residindo no Rio de Janeiro, frequentou o cursade água-forte no Liceu de Artes e Ofícios daquela cidade. Em 1952 trabalhou com Mário Cravo Júnior em Salvador e no ano seguinte, com prêmio de viagem ao exterior obtido no_ S.NAM., seguiu curso de aperfeiçoamento na Academia de Artes Aplicadas em Viena, Áustria. Iniciou-se na xilogravura com uma linguagem muito próxima à dos expressionistas germânicos. Mais tarde, optou pela gravura em metal, com expressivas imagens do fantástico, figuras bestiais, ambientes visionários (seduzido pelos mestres Bosch e Kubin) e damas e cavaleiros medievais imersos num clima de irreal idade e fantasmagoria. Desde meados da década de '40, vem realizando individuais e participando de salões e coletivas no Brasil e no exterior, entr-e elas a do "Grupo dos 19", SP (.1947), Bienal de Veneza (1950) e várias Bienais de S. Paulo, recebendo em 1955 o prêmio de melhor gravador nacional.
Diego Rivera que conheceu em 1953). Ao longo de sua carreira manteve-se adepto de uma expressão figurativa chegando, inclusive, a postar-se radicalmente contra a tendência abstrato-expressionista surgida no Brasil com as 1." Bienais de S. Paulo. Realizou inúmeras individuais, participando de salões e coletivas pelo Brasil e no exterior.
GUINLE Filho, JORGE Nova York, EUA, 1947
Pintor. Nascido em Nova York, desde cedo entrou em contato com as obras dos grandes mestres do século XX. Estudou pintura na École des Roches (1958/63) e na Académie de la Grande Chaumiere de Paris (1969). Começou a pintar em meados da década de '60, realizando sua primeira individual em 1973, no Rio de Janeiro. Expressionista abstrato, seus trabalhos (geralmente de grandes dimensões) caracterizam-se por uma total liberdade gestual e pela utilização de côres fortes e várias, em pinceladas largas e nervosas, resultando em telas de grande impacto visual. Além de individuais no Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Brasília, vem participando de salões e coletivas pelo Brasil.
GÜTLlCH KESZY, JOHANN Rotterdam, Holanda, 1920
GRILO, RUBEM Campos Pouso Alegre, MG, 1946
Gravador e professor. Transferindo-se para o Rio de Janeiro, formou-se em agronomia pela UFRRJ (1969). Iniciou-se nas artes por essa época, na Escolinha de Arte do Brasil. De 1971 a 1973, trabalhou com o pintor Lenio Braga, frequentou o atelier de Iberê Camargo - com quem obteve os primei ros ensinamentos de gravura em metal- e féz o curso de litografia no Parque Lage, sob orientaçao de Antonio Grosso. Apartir de 1973 colaborou como ilustrador em diversos jornais do Rio e de S. Paulo e nas revistas Gráfica e Graphis (Suiça). Além de realizar trabalhos de paisagismo vem atuando como professor de xilogravura no Centro Educacional de Niterói. Com um desenho imaginativoecontundente que transfigura e recria formas, retoma em suas xilos a tradição de Goeldi e Abramo, procurando uma reinserção da gravura na prática social. Sua temática inspira-se na realidade nacional. Expôs no Brasil e França e vem participando de salões e coletivas desde 1972. Integra também o núcleo I da 18.' Bienal de S. Paulo.
GRUBER Correia, MÁRIO Santos, SP, 1927 Pintor, desenhista e gravador. Inicic'u-se nas artes em 1943.Transferiu-se para S. Paulo (1946) onde ingressou na Escola de Belas Artes, frequentandoa por breve período. Participou da exposição do Grupo dos 19, recebendo premiação em pintura (1947). Estudou gravura com Poty Lezzarotto e realizou sua primeira individual emS. Paulo(1948). Por essa época, trabalhou no atelier de Di Cavalcanti. Em 1949, com bolsa de estudos concedida pelo governo francês, seguiu para Paris aperfeiçoando-se com o gravurista Edouard Goerg. De volta ao Brasil, fundou oGlube da Gravura(depois Clube das Artes) em Santos-SP Nas décadas de '50 e '60 foi professor de gravura no MAM e na FAAP ambos em S. Paulo. Manteve intensa atividade na área da política cultural. Realizou painéis para entidades públicas e privadas (motivado pela obra do mexicano
Pintor e desenhista. Estudou na Academia de Arte de Rotterdam (1935-1940). Durante cerca de dois anos levou uma vida nômade com ciganos pela França e Espanha. Suas primeiras exposições aconteceram em Rotterdam (1943-1944). Veio para o Brasil em 1952, fixando-se em São Paulo, onde realizou várias individuais a partir de1953.Com suas figuras e paisagens de grande vigor expressivo análogo a Vlamink e Permeke, trouxe-nos no princípio a temática holandesa que foi gradualmente substituida pelos motivos nacionais. Residiu no interior de São Paulo, indo a São José dos Campos (1962)onde lecionou na Escola de Belas Artes do Valedo Paraíba. No Brasil, participou ainda de salões e mostras coletivas.
HANSEN-BAHIA; Karl-Heinz Hansen, dito Hamburgo, Alemanha, 1915 - São Paulo, Sp, 1978
Gravador e ilustrador. Iniciou-se na xilogravura como autodidata em 1948. Veio para o Brasil fixandose em S. Paulo (1950-1955) e depois em Salvador (1955-1958), influenciando artistas gravadores bahianos comoCalasans Neto e Hélio Oliveira. Voltou para aAlemanha onde prosseguiu com sua atividade artística até 1963 quando partiu para Addis Abeba, Etiópia, onde lecionou na Fine-Arts-School. Retornou definitivamente ao Brasil em 1967, residindo na Bahia. De temática variada, abordando aspectos sociais, religiosos e da cultura popular da região, manteve em toda a sua trajetória características emergentes do expressionismo alemão das primeiras décadas deste século e íntima ligação com a arte gótica de seu país. Expôs individualmente pela primeira vezem São Paulo (1950), tendo participado de mostras coletivas pelo Brasil e no exterior. Produziu inúmeras ilustrações. Parte de sua obra encontra-se no Museu Hansen-Bahia em Cachoeira, BA
HORA,
ABELARDO Germano DA
São Lourenço da Mata, PE, 1924
Escultor, desenhista, gravadore professor. Estudou artes decorativas e freqüentou o curso livre de escultura da Escola de Belas Artes do Recife. Com Ricardo Brennand iniciou-se na confecção de cerâmicas. Foi um dos fundadores da Sociedade de Arte Moderna daquela cidade, exercendo sua presi· dência por dez anos, quando criou o Atelier Coletivo (1952), de grande importância para a formação das novas gerações de artistas pernámbucanos. Participou do chamado Movimento de Cultura Popular, marcado pela interação das artes e com preocupações eminentemente sociais, até sua extinção em 1964. Atuou no âmbito da política cultural exercendo diversos cargos públicos e no magIstério das artes. Residiu em S. Paulo por alguns anos, a partir de 1966, retornando em seguida para Recife. Expressionista, vem desenvolvendo sua arte nas diversas técnicas, abordando de maneira contundente os temas sociais do nordeste. Desde 1948 vem realizando individuais e participando de salões e coletivas pelo Brasil, tendo recebido premiações.
JOSÉ CLÁUDIO da Silva Ipojuca, PE, 1932
Escultor, pintor edesenhista. Principiou sua carreIra artística em 1952, no atelier coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife. Mais tarde, em Salvador, recebeu orientação de Mário Cravo Jr., CarybéeJenner Augusto. Apartirde 1955, residindo em São Paulo, trabalhou com Di Cavalcanti e estudou gravura com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do MAM .. Fêz ilustrações para jornais eem 1957. com bolsa de estudos da Fundação Rotelini da Itália, frequentou por um ano a Academia de Belas Artes de Roma. Admirador e conhecedor dos mestres da pintura brasileira e internacional, em sua obra - quase sempre relacionada com o nordeste - fixou figuras e paisagens de maneira fortemente expressiva. Nos anos sessenta, passou a produzir esculturas de grande porte, em granito. Desde 1954, quando participou da I Exposição do Atelier Coletivo, vem mostrando sua obra em coletivas e individuais pelo Brasil e no exterior, tendo recebido importantes premiações. Também é conhecido como cronista e ensaísta, tendo escrito três livros sobre a arte em Pernambuco.
KATZ, RENINA Rio de Janeiro, RJ, 1925
Gravadora, desenhista, pintora e professora. Rea· lizou cursos de formação em pinturOl pela Escola Nacional de Belas Artes da Universidade do Brasil; gravura em madeira na Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro sob orientação de Axl Leskoscheck; de gravura em metal no Liceu de Artes e Ofícios com Carlos Oswald; licenciatura em desenho na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil- todos no Rio deJaneiro. Adepta da linguagem neo-realista, utilizou elementos do expressionismo - como a deformação da figura - para exprimir importantes temas da trama social: a favela, os retirantes, os desamparados de toda a sorte (anos '50). Em sua trajetória adotou, também, aspectos abstracizantes que foram envolvendo as figuras e paisagens. Tem atuado no magistério das artes desde 1952, em diversas instituições do Rio e São Paulo, além de colaborar com arquitetos na execução de murais, vitrais e módulos de azulejo para edifícios públicos e privados. Desde 1948 - quan-
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do expôs pela primeira vez no SNAM e doqual participou ininterruptamente até 1959 - vem integrando mostras coletivas e realizando individuais no Brasil e no exterior, tendo· recebido inúmeras premiações. Vive em S. Paulo.
KUTKA Neto, VICENTE São Pau/o, SP, 1952 Pintor, desenhista e gravador. Estudou história na Universidade de São Paulo. De Hedva Megged, recebeu ensinamentos de desenho e composição, introduzindo-se nas técnicas da gravura com Branca de Oliveira. Numa linguagem gestual e energética, utiliza-se de recursos do desenho e da pintura, transmutando signos do real em formas abstratas e intuitivas. Desde 1979 vem participando de mostras e salões no Brasil e no exterior, tendo realizado individuais em São Paulo (1980 e 83), Veneza, Itália (1982), entre outras, e projetos visuais para espetáculos de dança (1981/82).
LAMBRECHT, KARIN llAarilin Haessler PortoA/egre, RS, 1957 Desenhista, gravurista e pintora. Estudou desenho no atelier livre da Prefeitura Municipal de Porto Alegre(1973-1976)e ingressou no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul onde graduou-se em desenho e gravura (1975-79). Estudou litografia com Danúbio Gonçalves (1977/78) e gravura em metal com Romildo Paiva no Centro de Criatividade de Porto Alegre. Foi uma das criadoras do Espaço NO - Centro Alternativo da Cultura em Porto Alegre, juntamente com Vera Chaves Barcellos, Regina Coelli e outras. No período 1980-82, estudou pintura com Raimond Girke na Hochschule der Künste em Berlim Ocidental. Trabalhando com côres fortes, realiza composições expressionistas a partir de movimentos rápidos com o pincel, criando zonas de tensão ou sugerindo formas. Realizou individuais na capital gaúcha (1979 e 1984) e vem participando de coletivas e salões pelo Brasil.
LEE, WESLEY DUKE São Pau/o, SP, 1931 Pintor, desenhista, gravador e artista gráfico. Frequentou as aulas livres de desenho do MASP (1950). Cursou artes gráficas na Parsons School 01 Design de Nova York (1952-55), No Brasil, trabalhou em publicidade e em 1957 começou a pintar no atelier de Karl Plattner em S. Paulo. Na Europa (1958) estudou com o gravador Johnny Friedlander e na Académie de la Grande Chaumiére de Paris. Colaborou com Plattner na execução dos murais da Air France em S. Paulo (1958) e da Salzburg Neulestspielhaus,Áustria(1959). em 1963 organizou o Movimentodo Realismo Mágico com Pedro Manoel Gismondi e outros, na Galeria SetaSp, sendo autor do primeiro happening brasileiro no João Sebastião Bar, SPlngressou no Groupe Phases de Paris (1964), figurando em suas exposições. Atuou como professor de desenho (1964-65). Criou a Rex Gallery &Sons, dando origem ao Grupo Rex integrado também por Nelson Leirner, Geraldo de Barros, Frederico Morais, Carlos Fajardo e José Rezende, numa reação aos sistemas de exposições e galerias existentes (1966-1967). Apaixonado por ToulouseLautrec, Paul Klee e Mareei Duchamp, expressa em sua obra todo o esforço de reolhar o mundo a partir dos elementos mágicos que energizam a realidade Objetiva. Expõe desde 1961, tendo recebido premiações no Brasil e no exterior.
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LESKOSCHEK, AXL Graz, Áustria, 1889 - Viena, Áustria, 1975 Pintor, gravador e professor. Formou-se em direito, realizando seus estudos em Graz, Viena e Praga, a partir de 1909. Depois da 1.' Grande Guerra - na qual foi ferido em 1918 - frequentou a Escola de Belas Artes de sua cidade natal e a Escola de Artes Gráficas de Viena, tendo como professores Schrotter, Hofbauer eCossmann. Em 1921, com a primeira individual, iniciou-se profissionalmente na vida artística. Com o advento do nazismo transferiu-se para a Suiça, e em fins de 1939 para o Brasil, fixando-se no Rio de Janeiro. Realizou extensa obra como ilustrador, incluindo-se livros de Dostoiévski e de outros autores nacionais e estrangeiros. Integrou o corpo de professores do Curso de Desenho de Propaganda e Artes Gráficas da Fundação Getúlio Vargas, influenciando importantes artistas nacionais como Renina Katz, Fayga Ostrower e Ivan Serpa, com seu trabalho realista-expressionistaque sempre privilegiou a figura humana nos seus aspectos mais cotidianos. No início dos anos '50 retornou para sua terra. Realizou exposições no Brasil e retrospectivas de sua obra foram organizadas, a mais recente em 1985 no MAM de S. Paulo.
LIMA, JORGE Mateus DE União, AL, 1893 - Rio de Janeiro, RJ, 1953 Médico, poeta, escritor e pintor. Formou-se em medicina em 1914 no RiodeJaneiro, após ter iniciado seus estudos em Salvador. No ano seguinte trans,feriu-se para Maceió, dedicando-se à clínica e ao magistério. Em 1928 publicou "Essa Nega Fulô" de concepção modernista. Retornou ao RiodeJaneiro cercade 15 anos depois (1930), quando, além de suas atividades médicas, ingressou como professor de literatura,na Universidade do Distrito Federal. Espírito inquieto, incursionou pelas artes plásticas como autodidata atento à produção dos mestres, seus contemporâneos. Féz pinturas (que denotam, em certos momentos, maior aproximação com o ideário surrealista - caso de vários de seus retratos - e em outros, uma realização de efeito expressionista - como em "Crucificação", óleo de 1944), colagens e esculturas. Paralelamente à realização de sua obra literária, participou de coletivas e salões. Em 1962, organizou-se uma retrospectiva de seu trabalho pictórico no Recife.
MAGLlANI, MARIA LÍDIAdos Santos Pe/otas, RS, 1946 Desenhista, pintora e gravadora. Iniciou seus estudos em Porto Alegre na Escola de Artes da U.F.R,G.S. (1963-66), pós-graduando-se em pintura (1967-68). Frequentou oAtelier Livre da Prefeitura da capital gaúcha, nos cursos de xilogravura e litogravura (1969 e 1974). Avessa a comercialismos, em sua obra privilegia a figura humana: a luta e o dilaceramento da mulher, o homem e as privações da vida social, entre outros temas, são expressos de maneira punjente e radical. Realizou ilustrações para livros e jornais, cenários e figurinos para teatro. Iniciou sua participação em mostras coletivas pelo Brasil em 1964,tendo realizado inúmeras exposições individuais.
MALFATII, ANITA Catarina São Pau/o, SP, 1889 - 1964 Pintora, desenhista e gravadora. Indo para a Alemanha em 1912, frequentou durante um ano a Academia Imperial de Belas Artes de Berlim e o Museu de Dresden, estudando ainda- com Fritz Burger, Bischoff Culm e Lowis Corinth, mestres do expressionismo. Realizou sua primeira individual em São Paulo (1914) viajando em seguida para Nova York, onde ingressou na Art Students League e, especialmente, na Independent School 01 Art, de Homer Boss, de capital importância para sua definição artística. Produziu desenhos, pinturas e gravuras expressionistas, sendo considerada a introdutora dessa questão no Brasil. Retornou a São PalJlo, apresentando seus trabalhos em dezembro de 1917 numa exposição tida como marco na história da renovação das artes plásticas de nosso país e geradora de grande polêmica em sua época. Participou da Semana de Arte Moderna de 1922 com a maior representação individual, porém, muito irregular, sua pintura debilitou-se em razão da forte oposição do ambiente conservador e provinciano de seu tempo. Realizou, ainda, inúmeras individuais pelo Brasil, figurando em salões e coletivas também no exterior. Amplas retrospectivas de sua obra foram organizadas em S. Paulo no MAB. (1971) e MAC-USP (1977).
MARCIER, EMERIC C/uj, Romênia, 1916 Pintor e muralista. Na Itália, a partir de 1935, frequentou a Real Academia de Belas Artes de Brera em Milão. Nessa cidade, interessou-se pela pintura mural dos séculos XIII e XIV Transferindo-se para Paris (1939) ingressou como aluno livre na Escola de Belas Artes. Em 1942 emigrou para o Brasil, fi.xando-se em Barbacena-MG. Expressionista, convivendo com o barroco mineiro passou a produzir obras com temas bíblicos e paisagens das Minas Gerais. Realizou inúmeros murais com motivos religiosos em S. Paulo, Riode Janeiro e Minas. Desde 1944 vem participando de mostras coletivas no Brasil e exterior, tendo expôsto pela primeira vez em 1949 no MNBAdo RiodeJaneiro.
MARTINS, MANOELJoaquim São Pau/o, Sp, 1911 - 1979 Pintor, desenhista e gravador. Aprendiz de ourives (1925) e guarda-livros, iniciou-se na vida artística com o escultor Vicente Larocca em 1931, frequentando, também, as sessões livres de modelo vivo na Escola Paulista de Belas Artes. A partir de 1936 integrou-se ao Grupo Santa Helena, compartilhando com Mario Zanini seu atelier no histórico prédio, filiando-se no ano seguinte à Família Artística Paulista. Em sua obra, interessado pela temática de cunho social, captou o movimento desordenado das ruas paulistanas, com seus transeuntes anônimos no trabalho ou lazer, numa crítica constante à qualidade de vida e às transformações desordenadas da grande cidade. Ilustrou livros para diversos autore~ nacionais. Realizou individuais em São Paulo e Rio de Janeiro, tendo participado de salões e coletivas, destacando-se os da Família Artística Paulista(1937, 39 e40) e os Salões de Maio (1938 e 1939).
MIGUEZ, FABIO Marques São Paulo, SP, 1962 Pintor e gravador. Estudante de arquitetura na FA.U. da Universidade de São Paulo, introduziu-se nas técnicas da gravura em metal no atelier de Sérgio Fingermann (1980-82). Desde 1982 vem participando dogrupo paulistano "Casa 1': Impressionado pela obra de Philip Guston e pelas pinturas neo-expresilionistas de Lupertz, vistas nas Bienais de São Paulo, trabalha seus temas - em geral paisagens com árvores e pedras - com grande liberdadegestual, pinceladas largas, nervosas, resultando em ambientações sombrias, quase proféticas. Há dois anos integra salões e coletivas com o grupo, em São Paulo e no.Rio de Janeiro. É artista convidado do núcleo I da 18.' Bienal de S. Paulo.
MOHALYI, YOLANDA Lederer Kolozsvar-7i"ansilvânia, Hungria, 1909S. Paulo, Brasil, 1918 Pintora, desenhista e professora. Após estagiar na Escola Livre de Nagygania, ingressou na Real Aca· demia de Belas'Artes de Budapest. Em 1931 veio para o Brasil, naturalizando·se tempos depois. Em São Paulo, travou conhecimento com Flávio de Carvalho e o grupo do Clube dos Artistas Moder· nos. Trabalhando fundamentalmente com a figura humana à maneira do expressionismo alemão pré 2.' Guerra, iniciou, a partir dos anos'50umapassagem gradual para o abstracionismo expressivo que caracterizou toda a sua produção das últimas duas décadas, influenciada pelas pinturas de Piero Della Francesca que vira em Arezzo, Itália. A partir de 1937 começou aexpõr no Brasil em salões e coletivas, realizando sua primeira individual no IAB. de São Paulo em 1945. Recebeu inúmeras premia· ções, entre elas o Prêmio Leirner de Pintura (1960). Representou o Brasil em diversos eventos internacionais.
MOUSSIA von Rilsenkamp Pinto Alves Sebastopol, Rússia, 1910 Desenhista, pintora, gravadora e escultora. Estu· dou desenho e pintura em sua terra natal com Ivã Schevelefl e Catharina Sernofl e, mais tarde, em academias livres da França. No Brasil desde 1923, frequentou os ateliers de Comide e Di Cavalcanti, expondo pela 1.' vez em S. Paulo em 1932. Sua obra pictórica, desenvolvida especialmente nos anos 30/40, revela a retratista vigorosa e apaixonada na busca do universo interior de seus modelos, à exemplo de certas figuras expressionistas de Se· gall e Anita Malfatti. Amiga de Ernesto de Fiori e Vic· tor Brecheret, realizou extensa produção escultó· rica dentro de um certo expressionismo abstrato, a partir de contatos mantidos com Alexander Calder, Mareei Deschamp e Henry Moore em Nova York, por ocasião de sua individual na Galeria Passedoit (1948). Realizou inúmeras individuais pelo Brasil, participando de salões e coletivas. Possui imagens sacras de sua autoria em capelas de Bos· ton (USA) e S. Paulo.
NERY, ISMAEL Belém, PA, 1900 - Rio de Janeiro, RJ, 1934 Pintor, desenhista, filósofo e poeta. Desde cedo no Rio de Janeiro, em 1915 entrou para a Escola de Be· las Artes, não aderindo a sua orientação acadêmi· ca. Em 1920fêzsuaprimeiraviagemàEuropa,on· de estudou os mestres antigos da pintura. Frequen· tou por um ano a Académie Julian de Paris, en· trando em contato com Léger, Picasso, Lhote e
Zadkine. Em fins de 1921 foi nomeado desenhista· arquiteto da antiga Diretoria do Patrimônio Nacio· nal . Ministério da Fazenda. Pensador original, construiu um sistema filosófico - o essencialismo - sobre o qual deixou parcos apontamentos. Em 1927 retornou à EuropaconhecendoAndré Breton e Mareei NolI em Paris, iniciando grande amizade com Marc Chagall. Regressou ao Brasil e expôs seus trabalhos em Belém-PA, Argentina e Uruguai (1928) e·no Rio de Janeiro (1929). Os últimos anos de sua vida foram marcados pela descoberta da poesia e pela grave enfermidade que o acometeu. Em sua obra plástica apresentou características expressionistas e influências do cubismo, observa· do em sua primeira estadia européia. Da segunda, trouxe o ideá rio surrealista, especialmente sensi· bilizado pela aproximação com Chagai I. Participou de salões e coletivas nos anos'30, tendo recebido inúmeras homenagens e retrospectivas póstumas, entre elas a do MAC.· USP (1984).
ODRIOZOLA, FERNANDO Pascual de Oviedo, Espanha, 1921 Pintor e desenhista. Realizou estudos universitá· rios em seu país natal e frequentou aAcademia Mi· litar de Infantaria. Participou da guerra civil espa· nhola e serviu como oficial entre as tropas indíge· nas no Norte da África. Veio para o Brasil em 1953, radicando-se em São Paulo, onde expôs pela pri· meira vez na Galeria Portinari (1954). Autodidata, lentamente desenvolveu sua obra a partir de gra· fismos delicados, de uma expressão onírica e de côres sensíveis. De índole simbolista, criou um uni· verso lendário ora explosivo, ora lírico, de grande densidade plástica. Atuou, também, como profes· sor, ilustrador, decorador e cenógrÇlfo. Nas três úl· timas décadas, tem exposto ininterruptamente em salões, mostras coletivas e individuais no Brasil e no exterior.
OESTROEM, RUBENS Blumenau, 1953
se,
Pintor, escultor e gravador. Iniciou sua formação ar· tísticaem Blumenau, estudando pintura com Kurt Boerger (1968/69) e escultura com Elke Hering Bell (1970/73). Transferindo·se para a Alemanha - onde reside até hoje - ingressou nocursodegravura da Academia de Artes de Düsseldorf. No períOdO 1978·1983 fêz cursos de mestrado em pintura e li· tografia na Escola Superior de Artes de Berlim com Max Kaminski, Bernd Koberling e KunoConschoir. Em seus trabalhos revelam·se as pinceladas largas, nervosas, numa postura abstrato·expressionista de gestualidade e coloridos intensos. Desde 1970 vem participando de exposições coletivas no Brasil e na Europa. Realizou individuais nas cida· des de Blumenau, Florianópolis e Berlim.
PINHEIRO, LUCIANO Recife, PE, 1946 Pintor e desenhista. Autodidata, iniciou·se no desenho em 1965 e no ano seguinte integrou·se à Oficio na 154, em Olinda-PE, onde permaneceu até sua extinção. Introduzindo·se nas técnicas litográficas com João Câmara, foi um dos fundadores da Ofi· cina Guaianases de Gravura (1977), sociedade de artistas plásticos ainda existente em Olinda, e da qual é diretor artístico. Seus desenhos em preto e branco e suas litos expressavam a partir de símbo· los, as tensões e contradições sociais, as paixões e a solidão do homem. No final dos anos '70, pas· sou a produzir óleos e aquarelas permeadas por uma atmosfera mística, com a cor aparecendo como elemento marcante. Desde 1965 vem realizando exposições individuais e participando de salões e coletivas de arte pelo Brasil e no exterior, tendo recebido diversas premiações.
PIZARRO Ferreira, LUIZ Antonio Rio de Janeiro, RJ, 1958 Pintor e desenhista. Graduado em administração pública na Fundaçâo Getúlio Vargas e em enge· nharia de produção na U.FR.J. (1980), ingressou na Escola de Artes Visuais do Parque Lage onde estudou com Luiz Áquila, John Nicholson e Luiz Ernesto, entre outros (1981). Neo-expressionista integrante da chamada "Geração 80", trabalha em suas pinturas a figura humana, a partir de pino celadas nervosas e de grande gestualidade. As côres fortes preenchem todo o suporte que, às vezes, aparece também recortado. Desde 1983 vem participando de salões e mostras coletivas no Rio de Janeiro, onde realizou sua primeira individuai (1984).
PORTINARI, CÂNDIDO Torquato Brodósqui, SP, 1903· Rio de Janeiro, RJ, 1962 Pintor, desenhista e gravador. Ainda menino, chegou a trabalhar como pintor com alguns artesãos no restauro da pequena igreja de Brodósqui (1912). Mais tarde, empregou·se numa ferraria decorando os carros lá fabricados. Em 1918 seguiu para o Rio de Janeiro. Estudou desenho no Liceu de Artes e Ofícios e na Escola Nacional de Belas Artes onde foi aluno de Lucílio de Albuquerque, Amoedo, Chambelland e Batista da Costa. Com prêmio de viagem ao exterior obtido no S.N.BA, partiu para a Europa, visitando museus, estudando a obra dos mestres (especialmente da renascença) e obser· vando o movimento artístico dos modernos em Paris. De volta ao Brasil (1931) ensinou na E.N.B.A., durante a gestão de Lúcio Costa. Em 1936 obteve o prêmio Carnegie nos E.u.A., significativo em sua carreira. Sob a influência dos muralistas mexica· nos, concebeu a série de murais para o edifício do Ministério da Educação Saúde, RJ, na segunda metade da década de '30. Impressionado pelo trabalho de Picasso (vira "Guernica" em 1941) com· pôs inúmeros murais e painéis no Brasil (Pampu· lha, Cataguases, Rádio Tupi), na Biblioteca doCongressoem Washington, na sede da ONU em Nova York e em estabelecimentos bancários do Rio, S. Paulo, Bahia, entre outros. Aberto a todas as mani· festações da arte universal, encontrou nas obras de temática social seu momento de expressão mais radical. Considerado "Pintor Nacional", sua obra figurou nos mais importantes espaços cultu· rais do Brasil e do exterior.
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POTY; Napoleon Potyguara Lazzarotto, dito Curitiba, PR, 1924 Desenhista, gravador, muralista e ilustrador. Bolsis· ta do Governo do Paraná, frequentou a antiga E.N.BA no Rio de Janeiro e estudou com Carlos Oswald no curso de gravura do Liceu de Artes e Ofí· cios daquela cidade (1942·45). Com bolsa de aper· feiçoamento do governo francês, seguiu para a École de Beaux Arts de Paris(1946-48). Na volta, fundou em S. Paulo, com Flávio Mota, a Escola Li· vre de Artes Plásticas (1950) onde lecionou gravu· ra e desenho. lI.ustrou livros de importantes autores nacionais e estrangeiros. Executou murais de gran· des dimensões, especialmente no Paraná. Expressionista figurativo, desenvolveu sua obra emdife· rentes fases: viu de forma realista a figura humilde do trabalhador sulino (anos '40). Depois, descobriu pelo norte e nordeste do país o sentido da brasilida· de que expressou em ilustrações para livros. Da re· ligiosidade manifesta em inúmeros trabalhos, passou para uma arte fantástica, o bestiário metafóri· co da fraqueza humana, como na série "Guerra",
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de produção mais recente. Vem realizando, desde 1943, individuais e coletivas no Brasil e no exterior, obtendo importantes premiações, entre elas a de Ilustração na VIII BienaldeS. Paulo(1965). Vive no Rio de Janeiro.
PRADO, CARLOS da Silva São Paulo, SP, 1908 Arquiteto, pintor, gravador e desenhista. Formou-se engenheiro-arquiteto pela Escola Politécnica de São Paulo, tendo estudado urbanismo na Europa. Alunode Jorge Fischer Elpons, dedicou-se à pintura incentivado por Quirino da Silva. Em 1931 dividiu um atelier com Gomide e Flávio de Carvalho, grupo que no ano seguinte fundou o CAM -Clube dos Artistas Modernos (juntamente com Di Cavalcanti) de existência efêmera até 1933. Figurativoexpressionista, em sua obra privilegiou as cenas e tipos populares, retratos e naturezas mortas, utilizando o óleo, a têmpera, a aquarela e o desenho. Publicou dois álbuns de desenhos: Memórias sem palavras (1954) e A cidade moderna (1958). Vem apresentando-se em individuais, salões e coletivas, desde 1932, no Brasil e no exterior. Vive e trabalha em Bragança Paulista, SP
RAMOS, NU NO Alvares Pessoa de Almeida São Paulo, Sp, 1960 Pintor e·desenhista. Formou-se em filosofia pela Universidade de São Paulo (1978-82). Interessado pela arte energética norte-americana da escola de Nova York e pelos neo-expressionistas alemães, iniciou-se na pintura por volta de 1982 como autodidata, incentivado por José Roberto Aguilar. Realizou sua primeira individual em São Paulo em 1983 e, nesse mesmo ano, integrou-se ao "Grupo Casa 7". Em seus trabalhos, o corpo humano se insinua como grandes formas orgânicas, dominando todo o espaço pictórico. Vem participando de salões e de mostras coletivas com o grupo em S. Paulo e Rio de Janeiro. Em 1984 recebeu o prêmio de "Viagem ao Exterior" no 7.' S. N AP-RJ. Integra, também, o núcleo I da 18." Bienal deSão Paulo, como artista convidado.
RODRIGUES, AUGUSTO Recife, PE, 1913 Desenrdsta, caricaturistà, pintor e educador. No Recife, foi um dos fundadores do Salão de Artes do Estado (1929). Trabalhou como ilustrador e publici.tário no atelier comercial de Percy Lau (1932) e, como caricaturista, colaborou com o Diário de Pernambuco (1933). Juntamente com Luis Jardim e Manuel Bandeira, decorou o Pavilhão de Pernambuco na exposição Comemorativa da Revolução Farroupilha em Porto Alegre (1935). Fixou-se no Rio de Janeiro a partir de 1936. Conhecido, sobretudo, por seus desenhos de sátira política e social, utilizou como meioexpressivoa linha pura, em traços rápidos, buscando captar o movimento e a essência de seus personagens. Ilustrou diversas publicações no Rio e em São Paulo. Dedicou-se à edu· cação artística, sendo o criador da Escolinha de Arte do Brasil no Rio de Janeiro(1948) e de congêneres em Porto Alegre (1949), Recife (1953), Paraguai (1960)eArgentina(1963). Expôs individualmente no RiodeJaneiro(1942, 1956, 1961 e 1963)eemSão Paulo (1956 e 1964), participando de salões e coletivas desde 1934.
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SCALDAFERRI, SANTE Salvador, BA, 1928
SERPA, IVAN Ferreira Rio de Janeiro, RJ, 1923-1973
Pintor, muralista e professor. Estudou pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, onde foi assistente de ensino em anatomia artística. No mesmo local, fez o curso livre de gravura com MárioCravoJúnior, e cenografia com Gianni Rato na Escola de Teatro. Foi assessor de arte no MAM e museu de Arte Popular, ambos de Salvador. Planejou e implantou os centros deformação artesanal do SESI, SESC e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia. Fez cenários, cartazes e catálogos para teatro, tendo realizado alguns murais e ilustrações para livros. Nos anos '50 foi um dos editores da revista "Mapa". Em sua pintura vem refletindo o drama e a tragédia do povo nordestino, numa linguagem expressionista que a partir de 1957 utilizou o ex-voto como símbolo-signo, assumindo nos trabalhos atuais uma condição humana em atitude crítica e irônica às estruturas sociais. Realizou inumeras individuais pelo Brasil e vem participando de salões e coletivas.
Pintor, desenhista, gravador e professor. Em meados dos anos '40 foi aluno do gravador austríacoAxI Leskoschek na Fundação Getúlio Vargas-RJ. Consagrou-se em 1951, recebendo o prêmio para jovem pintor, na I Bienal de S. Paulo. Por essa época começou a ensinar pintura para crianças e adultos no MAM-RJ, prosseguindo nessa atividade até sua morte. Um dos precursores doconcretismo no Brasil, criou o Grupo Frente juntamente com Lígia Clark, Franz Weissmann, Hélio Oiticica e outros (1954-56). Com o prêmio de viagem ao estrangeiro obtido no S.NAM. de 1957, viajou para a Europa, lá permancendo por dois anos. Iniciou sua produção artística com um figurativismo ligado à chamada Escola de Paris. Mantendo-se sempre na vanguarda em busca das novas linguagens, passou do geométrico ao abstracionismo informal, que explodiria nos anos '60 com a "Fase Negra" (caracterizada por um expressionismo de grande gestualidade em que a figura humana aparece como principal elemento). Nos últimos anos retomou a vertente construtiva, com pesquisas de efeitos óticos. Após 1947, quando participou pela primeiravezdoSNBA, figurou em inúmeras mostras individuais e coletivas no Brasil e no exterior, recebendo premiações.
SEGf,LL, LASAR Vilna, Lituânia, 1891 - Sâo Paulo, Sp, 1957 Pintor, desenhista, gravador e escultor. Frequentou a Academia Imperial de Belas Artes de Berlim (1907-1909). Expôs na "Freie Sezession" de 1909, rebelando-se contra o academicismo do ensino. Transferiu-se para Dresde (1910) ingressando como aluno-instrutor na Academia de Belas Artes. Considerado um dos precursores do expressionismo alemão, realizou em 1913 uma rápida viagem ao Brasil, expondo em S. Paulo e Campinas. Novamente em Dresde, participou com Olto Dix e outros do "Dresdner Sezession - Groupe 1919"; publicou álbuns de gravura e realizou individuais. Retornou definitivamente ao Brasil (1923), radicando-se em S. Paulo e naturalizando-se tempos depois. Expõs em 1924 e ligou-se aos modernistas, interessando-se pelas cores e temáticas brasileiras. Mostrou essa produção naAlemanha(1926), Rio(1927)eS. Paulo (1928). Em Paris(1928-31), realizou uma individual e introduziu-se na escultura. Foi um dos fundadores da S.PAM. (1932), decorando seus tiailes e integrando sua primeirá exposição (1933). De 1936 a 1950, desenvolveu os grandes temas humanos universais (emigrantes, guerra, campo de concentração, entre outros) e no último ciclo de sua obra as séries ''As erradias", "Florestas" e "Favelas': Introdutor da questão moderna no Brasil ~ ao lado de Anita Malfalti ~ parte de sua produção encontra-se preservada no Museu Lasar Segall/Fundação Pró-Memória, SP
SENISE, DANIEL Rio de Janeiro, RJ, 1955 Pintor, programador visual e professor. Formou-se engenheiro em 1980 pela U.FR.J.; na Escola de Artes Visuais, onde atualmente leciona pintura, estudou desenho com John Nicholson e frequentou o atelier de pintura livre de Luiz Áquila (1982). Pintor emergente da chamada "Geração 80", trabalha suas telas ~ em geral de grandes dimensões ~ a partir de pinceladas gestuais, vigorosas, formando ou sugerindo figuras extraídas de um universo simbólico, num exercíciodeauto-(re)conhecimento. Expôs individualmente no Riode Janeiro (1984) e em São Paulo (1985). Tem participado de salões e mostras coletivas, recebendo no IV Salão Brasileiro de Arte (1984/85) o prêmio de viagem ao Japão.
SHIRÓ, FLÁVIO Sapporo, Japão, 1928 Pintor, desenhista e gravador. Nascido no Japão, chegou ao Brasil contando três anos de idade. Residiu em Acará (PA), transferindo-se posteriormente para São Paulo, onde cursou a Escola Profissional. Em 1953 foi para Paris, ingressando na Escola Superior de BelasArtes, quando estudou as técnicas da litografia. Com Johnny Friedlaender iniciou-se na gravura, aprendendo mosaico com Gino Severini. Um dos mais atuantes expressionistas abstratos nas décadas de '60 e '70, sua obra até hoje caracteriza-se por uma gestualidade nervosa, agressiva, com pinceladas vigorosas, cõres pungentes e temas fortes, filtrando reminiscências da cultura oriental, de sua vivência brasileira, em soluções estéticas assimiladas na França. Residindo em Paris e em São Paulo, realizou inúmeras exposições individuais no Brasil, Estados Unidos e Europa. Desde 1949 vem participando de salões e coletivas.
STOCKINGER, FRANCISCO 7i"aum, Áustria, 1919 Escultor, desenhista e gravador. Chegou ao Brasil em 1922, naturalizando-se tempos depois. Autodi, data em gravura, realizou estudos de escultura com Bruno Giorgi no RiodeJaneiro(1947-1950). A partir de 1954, passou a residirem Porto Alegre, dirigindo o AtelierLivre da Prefeitura local (1961-64) e o Museu de Arte do Rio Grande doSul (1963). Es-· pecialmente conhecido por suas gravuras ~ geralmente de conteúdo social ~ e suas esculturas "guerreiras" produzidas na madeira, na pedra, mármore e metais, caracterizou-se por um figurativismo expressionista de teôr crítico, nos últimos tempos substituído por peças escultóricas de fatura abstracizante. Desde 1948, quando participou do SNBA pela primeira vez, vem mostrando seus trabalhos em coletivas e individuais pelo Brasil e no exterior, tendo conquistado diversas premiações.
PRADO, VASCO Uruguaiana, RS, 1914 Escultor, gravador e desenhista. Como bolsista do governo francês (1947 -48), estudou em Paris com Fernand Léger e com o escultor Etiénne Hadju. Frequentou a Escola Superior de Belas Artes, participando do Salão dos Artistas Estrangeiros de 1948. De volta ao Brasil, iniciou pesquisas em gravura, figurando como um dos fundadores do Clube de Gravu ra de Porto Alegre (1950). No transcorrer da década de '60, lecionou desenho e escultura na capital gaúcha, viajando sucessivamente para a Polônia, Espanha e Alemanha, a convite dos governos locais. Em suas xilogravuras, criadas a partir de um realismo expressivo e grande apuro técnico, privilegiou a temática social e os aspectos culturais de sua região, como na série "Negrinho do Pastoreio" de 1954/55. Nas esculturas feitas na pedra, madeira ou bronze, as formas aparecem em linhas~ de elasticidade rítmica e expressividade apurada. Desde 1947 vem apresentando-se em mostras individuais e coletivas pelo Brasil e exterior, obtendo diversas premiações, entre elas a Medalhade Prata na I Bienal do Metal em Varsóvia, Polônia (1968).
VERGARA, CARLOS Augusto Santa Maria, RS, 1941 Pintor, desenhista e artesão de jóias, A partir de 1943 residiu em São Paulo, seguindo para o Rio de Janeiroem 1954. Ingressou noatelierdecerãmica e de trabalhos manuais do Ginásio BrasileirodeAImeida, quando iniciou-se na produção de jóias artesanais. Algumas delas foram expostas na 7.' Bienal de São Paulo (1963). Por essa época, conheceu Iberê Camargo que o introduziu nas questões do desenho e da pintura, às quais passou a se dedicar desde então, mantendo-se sempre próximo aos movimentos de renovação das artes. Desenvolveu murais e atividades ligadas à arquitetura, cenários e figurinos para teatro. Na década de '70 passou a utilizar a fotografia como linguagem. Desde 1963 vem participando de mostras individuais e coletiva~ no Brasil e no exterior.
VIARO, GUIDO Badia Po/esine, Itália, 1897 - Curitiba, Brasil, 1971 Pintor, desenhista, gravador e professor. Realizou seus estudos de pintura ainda na Itália, em Veneza e na Escola Rossi de Bolonha. Veio para o Brasil em 1927, residindo temporariamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde trabalhou como caricaturista na imprensa paulistana. Em 1930 transferiu-se para o Paraná, atuando como professor em diversas escolas de Curitiba. Em sua trajetória artística fixou de maneira impressionista a paisagem paranaense. Gradativamente, partiu para um expressionismo de característica? sociais em que cenas da vida popular camponesa e urbana foram tratadas com dramaticidade em desenhos, gravuras e óleos, atingindo seu clímax nos temas religiosos. Desde 1927, quando realizou sua primeira individual em São Paulo, expôs quase que ininterruptamente em salões, coletivas e individuais pelo Brasil. Em 1975 foi inaugurado o Museu Guido Viaro, em Curitiba.
balhador brasileiro, construiu sua obra através de imagens deformadas, de evidente conotação política. Xilogravuras tituladas como "Barqueiros", "Construção" e "Cortador de Cana", integraram em 1957 o importante álbum do Clube de Gravuras do Recife. Nas últimas décadas, vem registrando de maneira lírica os elementos da vida popular, numa atmosfera mágica e de exuberância cromática. Tem realizado individuais pelo Brasil, participando de coletivas nacionais e internacionais. Em 1974 fêz ilustrações para bilhetes da lotéria federal.
WEGA Néri Gomes Pinto Corumbá, MS, 1916 Pintora, desenhista e gravadora. Estudou pintura e desenho, em São Paulo, na Escola de Belas Artes, aperfeiçoando-se com Joaquim da Rocha Ferreira, Yoshiya Takaoka e Sanson Flexor. Integrou o Grupo Guanabara (1952) e o Abstração (1953), ambos de São Paulo. Da figuração expressionista de seus primeiros anos de vida artística, progressivamente foi transmutando sua obra para uma abstração lírica que alcançaria a maturidade nas décadas de '60 e '70 com as paisagens imaginárias, de um gestualismo vigoroso, de equilíbrio quase arquitetural, e não raro, espacial e apocalíptico. Desde 1949, quando expôs no Salão Paulista de Belas Artes, vem apresentando seus trabalhos em mostras coletivas e individuais no Brasil e no exterior, obtendo inúmeras premiações, entre elas o Prêmio Leirner de 1958. Uma grande retrospectiva de sua obra foi organizada no MASP em 1985.
WEISS, LUISE São Pau/o, SP, 1953 Gravadora, ilustradora, escultora e arte-educadora. De 1973 a 1977 cursou artes plásticas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, licenciando-se em educação artística. Estudou litografia com Evandro Carlos Jardim na FAA.P (1974), aquarela e desenho sob orientação de Rubens Matuck (1976-78) e construção de objetos com Marcelo Nitsche na Pinacoteca do Estado de S. Paulo (1978). Preocupada com arte-educação, vem realizando inúmeros cursos de iniciação artística para crianças e adolescentes em instituições culturais e dedicando-se ao magistério em faculdades particulares. Publicou livros de arte de pequena tiragem e álbuns xilográficos. Suas xilos coloridas, em linguagem expressionista, apresentam figuras imersas numa atmosfera fantástica e misteriosa. Realizou individuais em S. Paulo, participando de coletivas e salões no Brasil e no exterior.
VIRGOLlNO de Souza, WELLlNGTON Recife, PE, 1929 Pintor, gravador e escultor. Desde cedo demonstrou vocação para o desenho e a pintura. Em 1950 frequentou o curso de desenho patrocinado pela Sociedade de Arte Moderna do Recife, participando de seus salões a partir do ano seguinte. Nesses primeiros tempos, marcado pela realidade do tra-
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Colecionadores Museu de Arte Contemporânea de Olinda Museu de Arte Contemporânea da USP Museu de Arte Moderna da Bahia Museu de Arte Moderna de São Paulo Museu de Arte de SãO Paulo '~ssis Chateaubriand" Museu de Arte do Rio Grande do Sul Museu Guido Viaro/Fundação Cultural de Curitiba Museu Lasar Segall/Fundação Pró - Memória Museu Nacional de Belas Artes Pinacoteca do Estado de São Paulo Abelardo da Hora Adolpho Leirner Afonso Henrique Costa Aldo Narcisi Alfredo Mesquita Antonio Henrique Amaral Antonio Luiz Teixeira de Barros Jr. Antonio Maluf Aparício Basílio da Silva Augusto Lívio Malzoni Bruno Musatti Calasans Neto Conrado Malzone Sr. e Sra. Danielloschpe Daniela Libman Danúbio Gonçalves Domingos Tadeu Chiarelli Eduardo dos Santos Elizabeth Esteve Ernesto Wolf Eunice Alves de Lima Porchat Fernando Millan Sr. e Sra. Francisco de Assis Esmeraldo Francisco Brennand
Francisco Cunha Francisco Stockinger Gastão Augusto Vídigal George L. Esteve Gilberto Chateaubriand HaronCohen Sr. e Sra. loannis Bethanis Israel Dias Novaes Ivald Granato Filho Joachin José Esteve Jr. João Carlos Leite Bastos João Leão $attamini João Manoel Sattamini João Marino José Cláudio da Silva José Geraldo Scarano José Kalil Filho José Mindlin José Pascovitch José Paulo Gandra Martins José Roberto Monteiro Soares Karin Lambrecht Lourenço Meirelles Reis Luciano Pinheiro Luisa Strina LuiseWeiss Luiz Áquila Luiz Pizarro LygiaSerpa Marcos Marcondes Marcus O. Camargo Arruda Maria Lídia Magliani Maria de Lourdes C.S. Gomes Maria de Lourdes Moraes Andrade Camargo Marina Caram Loureiro Marta Rossetti Batista Maureen Bisilliat Maurício Segall Mauro Lindenberg Monteiro Moussia Pinto Alves Oscar Klabin Segall Patrícia Mendes Caldeira Sr. e Sra. Paulo Egydio Martins Paulo N. Kuczynski Raul Souza Dantas Forbes Renato Magalhães Gouvêa Sr. e Sra. Roberto Pinto de Souza Rodolpho Orteml5lad Filho Rubem Breitmann Rubem Grilo Rubens Oestroem Sante Scaldaferri Simão Mendel Guss Sônia Castro Sylvia Monteiro Vasco Prado Vicente Kutka Victor Arruda Galeria Arco-Arte Contemporânea Subdistrito Comercial de Arte Thomás Cohn Arte Contemporânea
Agradecimentos Especiais Agradecemos a todos que colaboraram para a realização desta mostra, em especial a Adalice Araújo, Ana Maria Belluzzo, Anna Carboncini, Domingos Tadeu Chiarelli, Emanoel Araújo, Evelyn Berg loschpe, Família de Anita Malfatti, Família de Luiz Carlos Daher, Ida Hanemann Campos, Frederico Morais, Luis Gê, Magali Sidney Canedo, Marcelo Mattos de Araújo, Marta Rossetti Batista, Pedro Xexeo, Raul Antelo, Rubem Breitmann, Silvia Athayde, Vicente Jair Mendes. 125
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Assessoria especial Renina Katz Pesquisa Márcio Martinez Auxiliar de pesquisa e montagem Maysa Rovai Marcelo Gersztel Black Ellen Elizabeth Igersheimer Soares Assessoria técnica Afonso Champi Jr. Tércio Levy Toloi
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Projeto de arquitetura e montagem Haron Cohen/arquiteto Felippe Crescentilarquiteto Carlos José Dantas Dias Heloísa Iverssen Lilian Ayako Shimizu
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Secretaria Regina Augusta da Cruz Sonia Regina Rago . Maria Rita de Cássia Marinho Marilene Gonçalves Mello Munford Nina Hokka
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Curadores Stella Teixeira de Barros Ivo Mesquita
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Apresentação,
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Roberto Muylaert
"Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades" na 18.a BISP,
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Sheila Leirner
A Luiz Carlos Daher
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Expressionismo no Brasil: Heranças e Afinidades -Introdução,
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Stella Teixeira de Barros e Ivo Mesquita
Relação de Artistas Participantes
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Reproduções
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Roteiro da Exposição
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Catálogo Notas Biográficas,
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Marcio Martinez
Agradecimentos
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Crédito da Exposição
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Bibliografia Sumária
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Editor Ivo de Almeida Diretora de Arte Cláudia Scattamachia Edição e Catalogação Stella Teixeira de Barros Ivo Mesquita Márcio Martinez Maysa Rovai Revisão Márcio Martinez Projeto Gráfico Virgínia Fujiwara Jean Michel Gauvin Fotografia (*) Leonardo Crescenti Neto
(*) exceto as fotos n~s: 39,277,279,326 de Sérgio Sade 49,94, 123, 126, 150, 151,244 e pág. 80 de Rômulo Fialdini 43, 282 de German Lorca 51,55,119,167 de Luiz Hossaka 218 de Martin Streibel 207,335 de Josenildo Freire Leitão e da pág. 63 do Núcleo de Artes Desembanco Composição Linoart Fotolitos Marprint Impressão IMESP -Imprensa Oficial do Estado de São Paulo Uma realização da Fundação Bienal de São Paulo
CAPA: ANITA MALFATII Rochedo 1915/16 óleo s/tela, 30,6x40,5 (n? cat. 237) LUIZÁQUILA Urgência 111985 acrílico s/tela, 240x260 (n? cat. 29) 128