III BIENAL 1955 CARTAZ DE ALEXANDRE WOLLNER
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-Bienal
IV
Museu de Arte Moderna
São Paulo
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setembro - dezembro de 1957
ParQue Ibiraouera -
sob o patrocinio da Prefeitura Municipal de $Ao Paulo
Este é o primeiro cartaz no qual a linguagem gráfica ganha autonomia em relação à pintura. É uma situação oposta à da primeira Bienal: lá, o autor era um artista construtivo e também um designer bissexto; aqui, o autor é um designer e também um artista construtivo bissexto. As formas sucedem-se em progressão matemática - a diagonal de cada quadrado configurado pelos pares de triângulos tem a mesma medida do lado do quadrado seguinte - , enquanto os textos são cuidadosamente diagramados de modo que o cartaz inteiro obedeça a um único princípio compositivo.
IV BIENAL 1957 CARTAZ ALEXANDRE WOLLNER o mesmo Wollner dá um passo adiante. Enquanto no cartaz anterior ainda tínhamos ressonâncias de uma obra de arte construtiva, aqui os elementos específicos da linguagem do design gráfico passam a ser tematizados - no caso, a retícula, base da formação dos meios tons em imagens impressas. Não estamos mais diante de uma obra de arte à qual foi acrescentado um texto, mas sim diante de uma peça na qual texto e imagem formam um conjunto coeso.
BIENAL 1959 CARTAZ
ARNALDO GROSTEIN
Mais um passo rumo à afirmação da autonomia da linguagem gráfica em relação às artes plásticas. Este é o primeiro cartaz exclusivamente tipográfico, no qual o tema é o estabelecimento de uma relação de semelhança entre o numeral 5 e a letra b. Apesar da relativa timidez do resultado, o fato de a imagem formada pela justaposição do 5 e do b estar apoiada sobre uma massa de texto diagramada de modo a configurar um retângulo revela a filiação a um design de raiz construtiva.
VI BIENAL 1961 CARTAZ DE Luís OSVALDO VANNI o enfraquecimento dos rigores da ortodoxia geométrica que ocorria na pintura repercute no designo O passo anterior - tratar de temas gráficos, autônomos em relação à pintura - consolida-se, mas a concisão e a limpeza da linhagem construtiva cedem lugar à tematização das desordens escondidas sob ordens aparentemente rigorosas. Neste caso, isso se dá por meio da ampliação de um detalhe de uma retícula - um rigoroso sistema de ordem para geração de imagens impressas - , o qual revela as irregularidades produzidas pelo contato da tinta com as rugosidades do papel. O resultado é um novo salto, desta vez em termos de vigor e ousadia da linguagem gráfica.
VII BIENAL 1963 CARTAZ DE DANILO DI PRETE
5 BIE NAL DE 5. PAULO A
5ETEMBRO . DEZEMBRO 1959 . P. 181RAPUERA MUSEU
294
DE
ARTE
MODERNA
DE
SAO
PAUl.O
Nesta edição, é reutilizado o esquema "imagem importada das artes plásticas + textos informativos", como na segunda Bienal, repetindo-se também a autoria por um destacado artista do abstracionismo informal brasileiro. Ainda que a imagem e o diagrama sejam competentes e precisos, trata-se de um exemplo de submissão da linguagem gráfica à linguagem das artes plásticas.
VIII BIENAL 1965 CARTAZ DE DERSIO BASSANI O universo próprio da linguagem gráfica retorna à cena, e o tema é novamente o numeral, já tratado nos cartazes da quinta e da sexta Bienais, e que seria novamente tematizado anos mais tarde. Neste caso, é investigado o limite da legibilidade do número oito em função do enquadramento, e não em função da definição da imagem, como no cartaz da sexta Bienal. As cores são os mesmos azul e verde adotados por Aloísio Magalhães no símbolo da instituição, que havia sido projetado e implantado em 1963.