ISBN 978-85-85298-39-5
Guia da exposição Trigésima bienal
Ministério da Cultura e Bienal apresentam Trigésima Bienal A Iminência das Poéticas
Guia da
exposição Trigésima Bienal de São Paulo A Iminência das Poéticas
ISBN 978-85-85298-39-5
Guia da exposição Trigésima bienal
Ministério da Cultura e Bienal apresentam Trigésima Bienal A Iminência das Poéticas
Guia da
exposição Trigésima Bienal de São Paulo A Iminência das Poéticas
Desde a sua primeira edição, em 1951, a Bienal de São Paulo procura investigar a produção cultural contemporânea a partir do ponto de vista de quem está no Brasil, da nossa forma de inserção no contexto internacional. No entanto, ao contrário de outras grandes mostras, realizadas em cidades de populações locais reduzidas, a nossa exposição atua em uma das maiores metrópoles do mundo e em um país cujo acesso à arte e às possibilidades de transformação que esse encontro permite ainda é bastante restrito.
A nossa bienal, portanto, dialoga com a
sociedade de uma forma diferente das demais e isso nos impõe desafios e responsabilidades únicas. Essa singularidade exige, principalmente, a criação de estruturas institucionais que sejam autossustentáveis e se aprimorem com as experiências do passado. Exige uma bienal que não parta do zero a cada dois anos, mas que, ao contrário, desenvolva base sólida para um trabalho contínuo, cuja construção institucional tenha no horizonte o aprimoramento da Fundação Bienal de São Paulo enquanto entidade de interesse coletivo comprometida com a arte e a formação do público.
Percorrido um primeiro período de recomposição e
retomada de valores, procuramos aprofundar esse movimento rumo a uma preparação para o futuro. A Fundação Bienal de São Paulo conta atualmente com um novo modelo administrativo plenamente profissionalizado que permite maior autonomia financeira e gestão mais eficiente. Há dois anos temos o privilégio de promover um projeto educativo permanente, cuja atuação vem ampliando o campo da interlocução das pessoas com as obras, gerando diálogos entre os integrantes da equipe e o público.
A ideia de permanente interlocução é também o
ponto de partida da 30ª Bienal – A iminência das poéticas. Procurando instaurar-se como uma plataforma de encontro para a diversidade das poéticas, a exposição pretende ser um evento capaz de produzir constelações de obras e artistas que conversam entre si. De um intenso diálogo entre curadoria e artistas convidados, teremos uma Bienal composta por grande número de obras inéditas ou comissionadas especialmente para a exposição.
A celebração da 30ª Bienal conta com suporte
decisivo do Ministério da Cultura e da Prefeitura de São Paulo, o engajamento de patrocinadores como Itaú, Oi, AES Eletropaulo, Mercedes-Benz e Gerdau, entre outras empresas, e valiosas parcerias culturais com o SESC São Paulo e a FAAP – Fundação Armando Alvares Penteado. Essa rede de apoio é um reconhecimento não apenas do papel catalisador que a Bienal de São Paulo exerce no desenvolvimento social do país, mas, acima de tudo, fruto do entendimento coletivo sobre a importância de seu fortalecimento institucional.
Heitor Martins
Presidente da Fundação Bienal de São Paulo
Ao longo de toda sua história, a Bienal de São Paulo tem trazido à reflexão temáticas, obras, artistas e propostas fundamentais para a compreensão da arte moderna e contemporânea em seus múltiplos territórios de expressão. Como principal evento brasileiro no calendário internacional, tem contribuído decisivamente para a afirmação da qualidade da produção artística, apresentando ao público a diversidade de tendências e linguagens que compreendem o extenso campo das artes visuais.
Este ano, sob o título de A iminência das poé-
ticas e com o eixo curatorial referenciado na ideia de constelação, a 30ª Bienal reúne artistas e obras que tratam das transições na expressão poética e artística atual, sua natureza múltipla em permanente mutação, e que dialogam entre si. Para orientar os visitantes, conta com um projeto Educativo, formado por profissionais capacitados a acompanhar, em visitas guiadas e em diversos programas complementares, um público de centenas de milhares de pessoas, uma atividade pioneira no campo das artes no país.
Ao reconhecer ainda o impacto econômico e
cultural desempenhado pela Bienal, um dos primeiros eventos da economia criativa no Brasil e que reflete a imagem de promoção da qualidade e inovação, tendo o processo criativo como uma das atividades de maior valor agregado, o Ministério da Cultura se incorpora ao conjunto de esforços desempenhados para sua realização, formado por todas as empresas patrocinadoras e parcerias culturais institucionais que possibilitam um novo modelo administrativo, maior autonomia financeira e o espírito coletivo decisivo para o processo de desenvolvimento econômico e cultural brasileiro.
Ana de Hollanda
Ministra de Estado da Cultura
Ministério da cultura e bienal apresentam
Guia da
exposição Trigésima
Bienal de São Paulo A Iminência das Poéticas 7 de setembro – 9 de dezembro
Curadores: Luis Pérez-Oramas André Severo Tobi Maier Isabela Villanueva
Constelações
013
Artistas
039
Bienal na cidade
150
Programação
162
Serviços ao visitante
168
Créditos
172
Artistas
039 Absalon
064 David Moreno
040 Alair Gomes
065 Diego Maquieira
041 Alberto Bitar
066 Edi Hirose
042 Alejandro Cesarco
067 Eduardo Berliner
043 Alexandre da Cunha
068 Eduardo Gil
044 Alexandre Navarro
069 Eduardo Stupía
Moreira
070 Elaine Reichek
045 Alfredo Cortina
071 Erica Baum
046 Ali Kazma
072 f. marquespenteado
047 Allan Kaprow
073 Fernand Deligny
048 Andreas Eriksson
074 Fernanda Gomes
049 Anna Oppermann
075 Fernando Ortega
050 Arthur Bispo
076 Franz Erhard
do Rosário
051 Athanasios Argianas
052 August Sander
Walther
077 Franz Mon 078 Frédéric Bruly Bouabré
053 Bas Jan Ader
079 Gego
054 Benet Rossell
080 Guy Maddin
055 Bernard Frize
081 Hans Eijkelboom
056 Bernardo Ortiz
082 Hans-Peter
057 Bruno Munari
Feldmann
058 Cadu
083 Hayley Tompkins
059 Charlotte
084 Helen Mirra
Posenenske
085 Hélio Fervenza
060 Christian Vinck
086 Horst Ademeit
061 Ciudad Abierta
087 Hreinn
062 Daniel Steegmann Mangrané
063 Dave Hullfish Bailey
Fridfinnsson
088 Hugo Canoilas 089 Ian Hamilton Finlay
090 Icaro Zorbar
122 Pablo Accinelli
091 Ilene Segalove
123 Pablo Pijnappel
092 Iñaki Bonillas
124 Patrick Jolley
093 Iván Argote &
125 Paulo Vivacqua
Pauline Bastard
126 PPPP
094 Jerry Martin
127 Ricardo Basbaum
095 Jiří Kovanda
128 Robert Filliou
096 John Zurier
129 Robert Smithson
097 José Arnaud Bello
130 Roberto Obregón
098 Juan Iribarren
131 Rodrigo Braga
099 Juan Luis Martínez
132 Runo Lagomarsino
100 Jutta Koether
133 Sandra Vásquez
101 Katja Strunz
de la Horra
102 Kirsten Pieroth
134 Saul Fletcher
103 Kriwet
135 Savvas
104 Leandro Tartaglia 105 Lucia Laguna 106 Marcelo Coutinho
Christodoulides
136 Sergei Tcherepnin com Ei Arakawa
107 Marco Fusinato
137 Sheila Hicks
108 Mark Morrisroe
138 Sigurdur
109 Martín Legón
Gudmundsson
110 Maryanne Amacher
139 Simone Forti
111 Meris Angioletti
140 Sofia Borges
112 Michel Aubry
141 Studio 3Z
113 Mobile Radio
142 Tehching Hsieh
114 Moris
143 Thiago Rocha Pitta
115 Moyra Davey
144 Thomas Sipp
116 Nascimento/Lovera
145 Tiago Carneiro
117 Nicolás Paris
da Cunha
118 Nino Cais
146 Viola Yeşiltaç
119 Nydia Negromonte
147 Waldemar Cordeiro
120 Odires Mlászho
148 Xu Bing
121 Olivier Nottellet
149 Yuki Kimura
A 30ª Bienal de São Paulo, sob a insígnia de A iminência das poéticas, propõe-se como uma estrutura de sentido constelar. Os artistas e as obras aqui presentes, e para cuja apreciação este guia pretende ser um instrumento, foram selecionados e instalados em função de uma dupla potência de vinculação: vinculação entre eles, quer dizer, entre artistas dissemelhantes formal e geracionalmente, sempre aberta, sempre iminente; e vinculação de suas obras entre elas próprias, formando constelações quase retrospectivas, mais ou menos autocontidas. O espectador poderá decidir livremente onde centrar sua atenção: nessas unidades autocontinentes ou, ao contrário, nos vínculos entre os artistas. Para ele, este guia propõe, além de uma menção por artista relativa à poética geral de cada um deles, uma série de agrupamentos constelares entre artistas. Entende-se que todo vínculo, toda constelação de sentido, é um fruto mais ou menos arbitrário. Essa arbitrariedade é a manifestação da liberdade dos espectadores, entre os quais nós, os curadores, estamos incluídos necessariamente, para criar nossos vínculos, para ativar nossa própria memória. As doze constelações aqui propostas são doze entre muitas, incontáveis e possíveis. Este guia as apresenta como uma possibilidade discutível, como potência de significado, não única nem exclusiva, para compreender a 30ª Bienal. Visto que, nas palavras de Goethe, “todo existente é o análogo de todo existente”, o importante não é tanto a arbitrariedade dos vínculos como a possibilidade de que esses sejam intelectual e responsavelmente justificados, estabelecendo assim a potência de uma comunhão polêmica de sentido. Não é outra coisa o que entendemos por iminência das poéticas.
Luis Pérez-Oramas
curador da 30ª Bienal de São Paulo
A iminência das poéticas
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p. 137
p. 074 p. 048
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Acerca de todos esses artistas pode-se questionar criticamente o problema da “construção da imagem”: fazer visível a construção da imagem como enredamento, entrelaçamento, arquitetura, tecido, memória, deslocamento, sombra; a imagem como sombra (da imagem); em todos se reflete, ao serem postos em prática
p. 098
os meios pictóricos, fílmicos ou imagísticos, os limites do mesmo meio: pintar com a ponta do pincel – não ver as pinturas senão através de hipotéticas mediações classificatórias (Benet Rossell) ou “não pintar nada” – neles, é frequente afirmar que a pintura não pinta nada, o filme p. 070
não filma nada, como ironia ou como política; neles, interroga-se a possibilidade de um discurso imagístico, mostra-se a temporalidade mesma da construção da imagem, questiona-se a autoria individual, institui-se a possibilidade de fazer a imagem aluvialmente, neles interpelam-se as políticas da imagem.
p. 126 p. 054
p. 080
015
p. 141
p. 147
p. 061
p. 112
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As obras desses artistas aparecem, em geral, como campos – esses campos podem tomar a forma de labirintos, camarins teatrais, fragmentos de objetos que demandam a participação para alcançar seu destino artístico, espaços abertos ou coreográficos, âmbitos de memória, suportes para uma multiplicidade de signos, aglomeração de coisas: o que há de comum entre eles é que todos esses campos são coordenadas potenciais para uma ativação performática. Cada vez que uma forma é ativada neles – ou se ativa junto a outras – sobrevém outra forma, diversa, alternativa, diferente, alterforma. E sobrevive em sua própria diferença. Em todos esses artistas prevalece um potencial de teatralidade que nasce das formas aparentemente menos teatrais, uma teatralidade sem preceitos e regras, sem instruções, sem p. 139
didascália, aberta à iminência: neles as coisas chegam a ser o que são ao transformar-se no que supostamente não deveriam ser.
017
p. 082
p. 050
p. 135
p. 146
Entre esses artistas o denominador comum constelar seria o objeto encontrado, a coisa-já, a imagem-já, o que está ali; ou ali estava: articulam-se em suas obras realidades inarticuláveis; constituem-se unidades híbridas de coisas distintas; costuram-se as coisas; como as palavras se costuram aos seus suportes para que não escapem, para adquirir uma unidade possível (Arthur Bispo do Rosário): o discurso se faz p. 083
corpo cerzido – cerzido ao mundo, às coisas. A partir de coisas-ali, de coisas-já, de objetos e imagens encontrados, materializam-se práticas seriais e abstratas, narrativas sem relato, com palavras ou com coisas; articulam-se sintaxes objetuais que se desdobram, em geral, em dispositivos alegóricos, também eles mesmos críticos da realidade e da imagem.
p. 043
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019
p. 145
p. 067
p. 133
p. 109
p. 072
Uma forma de excesso aplicado à imagem, um remate figurativo, um sobrepeso figural que poderia, com demasiada facilidade, ser qualificado apenas como grotesco, aparece como um leitmotiv na prática de todos esses artistas: na realidade esse excesso provém de certa exacerbação da realidade em sua representação, doméstica ou onírica, por meio da qual se narram (se metabolizam figurativamente) ficções ou versões alteradas do mundo, do eu, da história; e se constituem em críticas de algumas dimensões do real: do gênero, do autorp. 060
retrato, da história nacional, da comunidade, da pré-história, da origem, do corpo como entidade somática, do sonho ou da sexualidade, das funções sociais, dos atributos, dos ouropéis; a intimidade aparece neles sitiada e estranha, como se não pudesse aspirar a fazer parte da realidade comum ou como se a realidade comum consistisse em esconder, velar, dissimular, sublimar a verdade exacerbada, às vezes violenta, às vezes sarcástica, de nossas vidas ordinárias que suas obras revelam.
p. 118
021
p. 101
p. 064
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p. 125
p. 051
p. 058
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O denominador comum desses artistas é um quiasma: em todos eles se elabora, de uma forma ou de outra, em maior ou menor grau, a dimensão sonora da imagem, a dimensão figurável do som. A figurabilidade das imagens sonoras – à medida que se pode afirmar que o som produz imagem – articula-se neles com a sonoridade das imagens, com a sonoridade das figuras. Em todos eles se afirma, por práticas pós-abstratas (isto
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é, praticadas conscientemente após a abstração como manifesto moderno), que uma das iminências da voz é a imagem que pode corporificá-la; que a percepção é sempre objeto sensorialmente constelado e não, como uma visão ingênua – ou idealista – poderia fazer p. 111
crer, monossensorial: que se escuta com os olhos assim como se olha com os ouvidos, que se olha com o tato assim como se acaricia o mundo com o olfato etc. Esses artistas tornam evidente em suas obras que o espaço requer todo o corpo, com sua vigília e seu sono, com seu instante e suas memórias, para ser lugar de vida.
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Cada um dos artistas nessa constelação abarca um mundo específico e acessa problemáticas diversas: o espaço habitável como metáfora da existência; a musicalidade dos corpos que se entrelaçam como formas eróticas no espaço público e cotidiano; a paisagem como cena mental, artificial; a indiferença do olhar; a figuralidade de um corpo social, de uma comunidade, as distinções sociais; os indícios de uma temporalidade por meio do vestuário; a serialidade taxidérmica como método alegórico ou como metáfora da fragilidade da vida; as continuidades de costumes p. 045
na diversidade mais radical de espaços e lugares; o hábito, a alienação do trabalho, a resistência metódica e repetitiva dos gestos; as figuras fraturadas do autorretrato; a intimidade, o desejo, o submundo; o entorno como espaço de ameaça e de iminência catastrófica. O que os une em um laço constelar é a formalização de suas obras em desdobramentos sistêmicos e repetitivos, constituindo tipologias de índoles diversas: imagéticas ou performativas,
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arquitetônicas ou analíticas; paisagísticas ou classificatórias; relativas ao vestuário ou fisionômicas; musicais ou identitárias etc.
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Nos artistas dessa constelação se manifesta, para além da diversidade de meios e temáticas utilizados em suas obras, uma aproximação à realidade cotidiana, à existência humana cotidiana através de uma mirada antropológica ou genealógica: trata-se de aproximações antropológicas ou genealógicas do cotidiano que adquirem formas diversas: relatos biográficos ou autobiográficos; assemblagens escultóricas e autorretratos; serialidade fotográfica; registro documental; relato p. 144
irônico; dispositivos de medição e aferimento etc. Neles interroga-se o estatuto das imagens como meios transitivos para alcançar a realidade, e suas obras em geral se desencadeiam sob a forma de poéticas de testemunho ou de registro.
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Ações e/ou atividades encontradas, figurações ilógicas, teatralização do cotidiano são elementos presentes na obra desses artistas, nos quais se evidencia uma continuidade poética atenta ao acontecimento inesperado, à iminência do extraordinário no que há de ordinário, comum; à estranheza dentro do habitual como fonte de inquietação, como inquietante estranheza. Trata-se, nessa retórica do ordinário e p. 075
do habitual, que nos vincula a certos instantes ou a determinadas cenas de prodígio e de surpresa, de esboçar uma gramática do próprio corpo como alheio, da gestualidade como recurso de instalação instável no mundo e, em última instância, da revelação do espaço público como espaço poético estritamente vinculado a uma
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ocupação individual, mais que social ou coletiva.
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Trata-se de uma constelação de linguagem – ou de linguagens – que pode ser, talvez, um dos eixos condutores da 30ª Bienal: a aposta de Filóstrato (radicalizada por Fernand Deligny, a saber: como falar a imagem muda; como pensar a mudez da imagem, a imagem como perten-
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cente ao reino do silêncio e dos mudos, ao reino animal) atravessa a obra desses artistas, nos quais o dizer – e portanto a enunciação – se faz central na construção visual: seja por meio da invenção de linguagem ou por sua suspensão poética, de suas práticas interruptivas e irruptivas; de sua colisão com a imagem; quando não através da hermética eloquência das imagens. Nestes artistas, a linguagem aspira a encarnar-se como voz, como som, como corpo, como espaço. Pode tratar-se da lin-
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guagem como operação fundadora de realidades ou como desagregadora do real; da linguagem como mediação e imediação; ou como revelação, descobrimento, constatação, descrição; da ausência da linguagem no âmbito animal da imagem muda. Trata-se do espaço e das práticas de espaço que substituem p. 077
as práticas da linguagem, como nas crianças sem linguagem que viviam junto a Deligny, traçando suas errâncias. Trata-se, enfim, da errância da linguagem e da deriva da imagem, que não se encontram e se encontram incessantemente.
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A crítica do espaço público poderia ser o denominador comum entre esses artistas: em todos eles percebe-se a busca de trazer à consciência a ideia ou o indício de um “inconsciente público”, do âmbito público como inconsciente. Mas não se trata, necessariamente, de um inconsciente no sentido freudiano: a realidade que nossos gestos automatizados e cotidianos anulam e contribuem para que não vejamos reaparece na obra de cada um desses artistas, ao mesmo tempo em sua mais absoluta p. 095
dimensão ordinária, em sua textura não fascinante e em seus potenciais de diferenciação e de raridade: a história ou a deriva; a memória ou o som; a rádio como consciência e não como voz indiferenciada; o repertório de formalizações possíveis que divide classificatoriamente o arquivo inexpugnável das imagens que a
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vida cotidiana multiplica; as ações como recursos poéticos para conferir densidade aos gestos mais banais.
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Poéticas de arquivo, arquivo de poéticas: em cada um dos artistas pertencentes a essa constelação, a obra se produz ao constituir-se como arquivo – arquivo de práticas ou de memórias; de intersubjetivação ou de genealogia; de registro do espaço etc. Nessa fundação de arquivos como obra p. 119
prevalecem estratégias de multiplicação, de codificação, de classificação que objetivam assinalar espaços de memória ou de ficção nos quais certa dimensão coletiva, familiar, comunicável se faz evidente, gerando ou apontando tanto síncopes inéditas como novas formas de fluidez no traçado
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de nossa realidade intersubjetiva ou social.
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Poéticas de territorialização, territorialidade das poéticas: a prática dominante desses artistas é o trajeto, o percurso, o traçado das distâncias, a medida quantificadora ou sônica do espaço; a constatação de sua densidade ou de seu vazio; o testemunho de sua gravidade mnemônica; de sua possibilidade poética de ser abrigo ou querência, casa ou deriva; de sua específica p. 097
localização, de sua textura vernácula e de sua potência de universalidade: espaço como risco de desaparecimento e como potencial de transcendência de limites: deserto, selva, águas, alturas, abismos, caverna – lugar cavernal da linguagem pré-verbal e de toda forma de pós-linguagem: iminência do tempo que
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não conhecemos sobre a mesma terra que acreditamos conhecer demasiado.
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037
Absalon 1964, Ashdod, Israel. 1993, Paris, França.
Cellule Nr. 3 (Prototype, for New York) 1992
O trabalho de Absalon está intimamente ligado à arquitetura. Fascinado pelo espaço, suas células – esculturas habitáveis funcionais e privativas – foram confeccionadas a partir das medidas de seu corpo. Estes ambientes – planejados para que o artista vivesse temporariamente nos grandes centros urbanos – remetem à arquitetura modernista e investigam um novo entendimento do indivíduo. Como materialização de um trabalho autobiográfico tão público quanto íntimo, suas obras instauram um espaço de resistência da intimidade, da solidão e do confinamento dentro do ambiente social.
039
Alair Gomes 1921, Valença, Brasil. 1992, Rio de Janeiro, Brasil.
Sonatinas, Four Feet Nr. 21 c. 1977
A poética de Alair Gomes tem o corpo masculino como tema e é tecida com base em noções de ritmo e relações formais. Classificando e intitulando suas séries como se fossem peças musicais, Gomes mostra jovens em poses que aludem a esculturas clássicas. Embora o cunho homoerótico seja evidente, seus conjuntos não fazem um discurso em defesa da homossexualidade. As fotografias posadas ou tomadas a distância testemunham o desejo compulsivo do artista e espelham a realidade por ele idealizada.
040
Alberto Bitar 1970, Belém, Brasil. Vive em Belém.
Sem título Série: Corte Seco 2012
Alberto Bitar fotografa pessoas, paisagens, cidades, situações e contextos como uma testemunha da existência. Explorando os limites técnicos do meio fotográfico na construção de uma linguagem visual de sofisticada simplicidade, o artista faz das modificações luminosas e das variações na velocidade de captação, um modo particular de registrar e evidenciar ocorrências fugazes. Questionando a noção do registro objetivo da imagem em fotografias ao mesmo tempo impactantes, estranhas e surpreendentes, Bitar cria uma obra plástica que não almeja ser um reflexo do mundo, mas uma via de exposição das tensões e dos paradoxos que se instauram em nosso cotidiano.
041
Alejandro Cesarco 1975, Montevidéu, Uruguai. Vive em Nova York, Estados Unidos.
Index (A Reading) 2007-2008
Alejandro Cesarco explora a leitura como ato criativo e originador de novos significados. Em seus trabalhos, investiga as diferenças entre a leitura e a observação e como o ato de ler se relaciona com a formação de sentido. O que está além das palavras fascina o artista. Consciente de que as experiências e expectativas daquele que lê constituem o texto, sua obra busca entender as condições que tornam os textos possíveis e os efeitos que estes produzem. Para Cesarco, o leitor, e não somente o autor, é também responsável pelo que está escrito.
042
Alexandre da Cunha 1969, Rio de Janeiro, Brasil. Vive em Londres, Inglaterra.
Landmark I 2011
O processo de intervenção, apropriação e recontextualização de objetos cotidianos – usados principalmente pelo indivíduo que executa trabalho manual – é essencial às instalações esculturais de Alexandre da Cunha. Seu engajamento com a ideia de trabalho associado ao objeto, em particular o ato de limpar, é fundamental na compreensão do significado de sua poética – materializada, em sua maioria, pelo arranjo estético de materiais produzidos em massa: desentupidores, cerâmicas, tecidos ou vassouras. Em suas montagens neominimalistas, o artista faz com que objetos ricos em conotações sociais e culturais sejam reinventados e ganhem significação para além de sua função doméstica original.
043
Avenida Paulista
Alexandre Navarro Moreira 1974, Porto Alegre, Brasil. Vive em Porto Alegre.
Apócrifo 2001–
Alexandre Navarro Moreira desenvolve ações independentes em que as ideias de seriação, disseminação, apropriação, colaboração, produção e compartilhamento de informação são evidenciadas pelo uso indiscriminado de fotografias oriundas de diversas fontes. Seu trabalho Apócrifo (2001–) ganha forma em cartazes, reproduzindo retratos de pessoas e inseridos diretamente na paisagem das grandes cidades. Colados em muros e tapumes onde geralmente estão cartazes de eventos e espetáculos, a apresentação de Apócrifo ocorre em um nível concreto de integração do objeto artístico com o contexto cotidiano das grandes metrópoles.
044
Alfredo Cortina 1903, Valência, Venezuela. 1988, Caracas, Venezuela.
Ortiz 1955
Um dos fundadores da radiofonia moderna venezuelana, Alfredo Cortina foi roteirista de rádio e televisão e concebeu variados programas ficcionais e culturais. Frequentador de um grupo de intelectuais e artistas de vanguarda, realizou, discretamente, uma obra fotográfica enigmática e poética, tendo como única modelo sua esposa – a poetisa Elizabeth Schön. Utilizando-se de um sistema compositivo baseado na repetição, interrogou a noção de paisagem e sublinhou o pitoresco e a estranheza de uma realidade aparentemente neutralizada.
045
Ali Kazma 1971, Istambul, Turquia. Vive em Istambul.
Automobile Factory 2012
Entre a aproximação realista, metódica e detalhista e a construção poética, os filmes de Ali Kazma revelam os gestos, as técnicas, a atenção, o esforço e a estética envolvidos nas práticas e nas rotinas de diferentes profissões. Propondo indagações sobre o modo como as ocupações definem o homem e seu estar no mundo, as criações do artista exploram o que há de humano – e, paradoxalmente, o que há de máquina – em nosso cotidiano e instigam questionamentos sobre a natureza, o sentido e o significado do labor contemporâneo.
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Allan Kaprow 1927, Atlantic City, Estados Unidos. 2006, Encinitas, Estados Unidos.
Comfort Zones 1975
Nos anos 1950, Allan Kaprow criou uma série de ações aparentemente aleatórias, mas cuidadosamente coreografadas, intitulada 18 Happenings in 6 Parts e inaugurou um processo que o conduziria à produção de experiências que desafiavam a postura do espectador diante da obra de arte. Seus happenings incorporavam a intervenção do público, tornando difusa a separação entre artista e espectador. Kaprow gradualmente alterou sua prática para o que ele denominou Atividades: realizadas por uma ou mais pessoas e possivelmente incorporadas aos hábitos do dia a dia.
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Andreas Eriksson 1975, Björsäter, Suécia. Vive em Medelplana, Suécia.
A Second Time 2007
Andreas Eriksson trabalha com diversos meios diferentes, como pintura, fotografia, escultura e instalação. Enquanto suas fotografias frequentemente retratam a natureza em um estado de suspensão, suas pinturas contrabalançam essa fragilidade com uma pincelada densa que enfatiza a profundidade e o movimento de determinada cena. Suas obras frequentemente trazem algo de tragédia melodramática, oscilando entre a beleza e o caráter efêmero da matéria na natureza. Em produções mais recentes, fotografia e pintura se unem e Eriksson cria dípticos e trípticos que justapõem ilusão e realidade e suscitam questionamentos sobre a relação do homem com a natureza.
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Anna Oppermann 1940, Eutin, Alemanha. 1993, Celle, Alemanha.
Anders sein (»Irgendwie ist sie so anders..«) 1970-1986
Anna Oppermann partia de questões existenciais para tratar de questionamentos sociais. Suas ensembles, como a artista as batizou, surgiram no fim dos anos 1960, quando a palavra “enviroment” [ambiente] dava lugar à instalação. Oppermann combinou “enviroment” e “assemble” [montar] em um termo que descrevesse tanto a forma de seu trabalho quanto seu processo de construção. Nessas obras, desenhos, pinturas, fotografias, textos, frases e objetos retirados de seu contexto são combinados no espaço – sendo cada passo desse processo documentado e constantemente rearranjado dentro do próprio trabalho.
049
Arthur Bispo do Rosário 1909 (1911), Japaratuba, Brasil. 1989, Rio de Janeiro, Brasil.
Carinho – Arquivo II s.d.
Arthur Bispo do Rosário viveu por meio século recluso em um hospital psiquiátrico. Transitando entre a realidade e o delírio, acreditava estar encarregado de uma missão divina e utilizava materiais dispensados no hospital para produzir peças que mapeavam sua realidade. Valendo-se da palavra como elemento pulsante, manipulou signos e brincou com a construção e desconstrução de discursos para criar bordados, assemblages, estandartes e objetos que seriam, posteriormente, consagrados como obras referenciais da arte contemporânea brasileira.
050
Athanasios Argianas 1946, Atenas, Grécia. Vive em Londres, Inglaterra.
The Length of a Strand of Your Hair, of the Width of Your Arms, Unfolded 2010
Músico e compositor preocupado com o risco de interpretação implícito nas traduções, Athanasios Argianas traduz seu universo poético em uma obra sonora e escultural que investiga meios, materiais e linguagens. Simetria, repetição e permutação caracterizam suas “máquinas” – modo como o artista denomina suas instalações performáticas –, nas quais som, forma e significados se condensam. No trabalho de Argianas, movimentos ininterruptos sugerem sistemas abertos de compreensão – harmonizando imagens e sons que se mimetizam em uma forma dificilmente definível.
051
August Sander 1876, Herdorf, Alemanha. 1964, Colônia, Alemanha.
Bricklayer Série: People of the 20th Century 1928
Ao fotografar indivíduos de diversas esferas sociais – desde a vida camponesa oitocentista até a sociedade capitalista –, August Sander criou um catálogo tipológico do povo alemão com mais de seiscentas imagens, que constituem sua mais importante obra: People of the 20th Century[Pessoas do século 20]. Transcendendo a noção de registro e revelando um país em mutação, o trabalho do artista evidenciou estruturas hierárquicas e criou um retrato enciclopédico e sistemático da sociedade de sua época.
052
Bas Jan Ader 1942, Winschoten, Holanda. 1975, desaparecido no Oceano Atlântico.
Broken Fall (Geometric), Westkapelle, Holland 1971
Em tom ora dramático ora cômico e desprovidas de contexto narrativo, as performances de Bas Jan Ader evidenciam a noção de vulnerabilidade. Simples, misteriosas e implacáveis, as experiências às quais o artista se entrega parecem indagar o sentido da vida e da existência humanas. As circunstâncias de sua morte – desaparecido no Oceano Atlântico ao tentar atravessá-lo com um veleiro para realizar In Search of the Miraculous [Em busca do milagroso] – contribuíram para a mística em torno dele, como um artista que levou às últimas consequências as indagações sobre o significado e a perenidade da vida.
053
MASP
Benet Rossell 1937, Àger, Espanha. Vive em Barcelona, Espanha.
La Santa Secuencia 1992
A partir de uma ligação íntima com a caligrafia, Benet Rossell trabalha com as situações efêmeras que normalmente passam despercebidas. Entre filmes, desenhos, gravuras, poemas e pinturas, suas obras transitam por diversas linguagens. Explorando a complexidade do simples, o artista criou seu próprio alfabeto de ícones – os “benigramas” – repleto de ideogramas e desenhos caligráficos que não se repetem, que coexistem e se articulam de forma a ser sempre únicos e reinventados. Mesclando elementos concretos, como água e árvore, a ideias abstratas, como infinito, vazio, humor e ironia, o alfabeto pessoal de Rossell parece narrar a espetacularidade da existência cotidiana.
054
Bernard Frize 1954, Saint-Mandé, França. Vive em Paris, França.
OPA 2007
Tornando visíveis os indícios de seu método de composição, as obras de Bernard Frize tratam da tautologia de sua criação. Em cada série de pinturas, o artista usa uma técnica diferente, com movimento e escala cromática sistematicamente determinados, na tentativa de erradicar qualquer traço de subjetividade. Seu ato de derramar tinta sobre a tela, antes de refletir sobre o resultado formal da ação, responde a um método rigoroso de elaboração pictórica que, sem representar a realidade, tem como tema a pintura em si.
055
Bernardo Ortiz 1972, Bogotá, Colômbia. Vive em Bogotá.
Untitled (Fragment) 2010
Bernardo Ortiz desenha palavras. Concentrando-se no desenho como recurso para reter o tempo, o artista abdica de imagens miméticas do mundo e ressalta os efeitos minúsculos das coisas e dos acontecimentos. Formas simples como linhas, pontos e algumas garatujas e colagens são registradas em livros do artista, cadernos de anotações, guardanapos de restaurantes, panfletos comerciais e outros suportes. Interessam-lhe o percurso, o transitório, o desenho como caminho e o que envolve esse fazer. Dessa maneira, suas séries de desenhos estão sempre inacabadas, sempre à espera de marcas silenciosas do cotidiano.
056
Bruno Munari
Instituto Tomie Ohtake
1907, Milão, Itália. 1998, Milão.
Libro illeggibile MN1 1984
Designer, escritor, ilustrador e educador, Bruno Munari contribuiu com os campos das artes visuais e da literatura, demonstrando especial interesse por livros e temas como o jogo, a educação e a criatividade. Por considerar a infância como o momento decisivo para a formação de uma personalidade criativa, Munari desenvolveu laboratórios lúdicos para trabalhar a receptividade sensorial das crianças. Para ele, cada obra de arte contém, implicitamente, a mensagem de que, através do contato com meios expressivos, todos somos capazes de criar.
057
Cadu 1977, São Paulo, Brasil. Vive em Rio de Janeiro, Brasil.
O hino dos vencedores (compilação) 2012
Obra e processo de criação são completamente indissociáveis para Cadu. O artista se propõe métodos complexos, regras de atuação e procedimentos para operar em um território de restrições, cujos resultados são imprevisíveis – e dependem inteiramente do funcionamento do sistema. Articulando projetos para potencializar a geração de imagens como forma de compreender o mundo, Cadu rende-se ao acaso e ao inesperado enquanto aguarda pelos testemunhos visuais da passagem temporal que é operada pelos sistemas que cria. Suas obras são metáforas da própria existência no tempo e no espaço, ações que colidem com a noção de arte como capaz de desafiar os limites do gesto autoral.
058
Charlotte Posenenske
Estação Luz
1930, Wiesbaden, Alemanha. 1985, Frankfurt, Alemanha.
Square Tubes, Series D (Original) 1967
Charlotte Posenenske experimentou o ordinário, o reproduzível em série, aspirando a um forte realismo da forma. Em pinturas abstratas e esculturas geométricas minimalistas, a artista buscava aspectos que viabilizassem a participação do público na efetivação de contextos permeados por uma voraz crítica institucional. Em 1968, depois de ter concluído que a arte não teria o impacto político que desejava, Posenenske abandonou a produção artística e desistiu das exposições e de tudo o que se relacionasse com o mundo da arte. Passou a estudar sociologia e trabalhou até os fins de seus dias como cientista social, pesquisando sobre questões relacionadas às condições de trabalho.
059
Christian Vinck 1978, Maracaibo, Venezuela. Vive em Maracaibo.
Bombardeo a la Guaira Série: Según el Archivo General de Indias 2012
A obra de Christian Vinck emerge na cena artística venezuelana no início do novo milênio, em um momento crítico da história cultural do país, marcado por uma profunda crise que se traduziu em uma exacerbação – no espaço público e a partir do discurso oficial – da dimensão lendária da história e no esgotamento dos modelos artísticos. Nesse contexto, Vinck, artista autodidata, vincula-se a um corpo fictício de representações lendárias e históricas que lhe servem para produzir uma figuração, frequentemente grotesca e caricatural, na qual se disseminam herméticas anedotas relativas a uma suposta memória coletiva do passado e do presente venezuelano.
060
Ciudad Abierta 1970, Valparaíso, Chile.
Ref.: Taller Amereida 2010
A Corporación de Servicios Profesionales Amereida constituiu-se como Ciudad Abierta na comuna de Ritoque, Valparaíso, em 1970. O projeto coletivo e poético existe, entretanto, desde 1952, quando um grupo de intelectuais e arquitetos fundou o Instituto de Arquitetura da Universidad Católica de Valparaíso, que propunha uma atitude comunal diante do ofício e da vida e questionava a prática convencional da disciplina arquitetônica. Comprometidos com uma reflexão na qual inexistem noções de propriedade ou de liderança, os participantes de Ciudad Abierta privilegiam a contemplação, a hospitalidade, o ofício e a vida em comunidade – construindo entre o fazer e o existir uma unidade indissolúvel com a palavra poética.
061
Daniel Steegmann Mangrané 1977, Barcelona, Espanha. Vive em São Paulo e Rio de Janeiro, Brasil.
Lichtzwang (rombo) Série: Lichtzwang 1998
A sedução do desconhecido, mediada por uma percepção multifacetada, permeia a obra de Daniel Steegmann Mangrané. Seu olhar estrangeiro sobre o Brasil convida o espectador a descobrir diferentes perspectivas e partilhar sua trajetória do encontro com o não saber. O artista investiga o pensamento em variações de movimentos, que revelam seu processo criativo e compõem um delicado mosaico em que se equilibram possibilidades plásticas distintas. Algumas de suas obras remetem ao impacto de arriscar-se na floresta, com seus conflitos e possibilidades de encontro, e evidenciam uma teia de relações tão elaborada quanto a própria natureza.
062
Dave Hullfish Bailey 1963, Denver, Estados Unidos. Vive em Los Angeles, Estados Unidos.
Untitled (West by North) 2007-2008
Dave Hullfish Bailey se interessa pela precariedade da sociedade civil e suas superestruturas. Suas fotografias, desenhos e esculturas podem ser entendidos como uma pesquisa sobre meios sustentáveis de subsistência ou como uma reorganização sociopolítica em que propostas arquitetônicas, urbanísticas e de design discutem meios de sobrevivência em centros urbanos e rurais. Considerando que somos determinados pelas estruturas política, social e cultural nas quais vivemos, o artista fomenta a reflexão sobre o que se move entre elas e elabora uma sociedade construída de forma que todos seus elementos sejam igualmente importantes.
063
David Moreno 1957, Los Angeles, Estados Unidos. Vive em Nova York, Estados Unidos.
Silence 1995
A obra de David Moreno se constitui na articulação permanente de dois universos: a figuralidade do som e a sonoridade da imagem. Seu trabalho distingue-se pela recorrência de ressonâncias, estigmas, cortes, incisões, repetições e vibrações – tornando claro que o quiasma com que enlaça as figuras do som com os sons da figura é, na verdade, uma chave para a produção de imagem. Por meio de instalações sônicas, experimentação eletroacústica, desenho e fotografia, suas obras emolduram questões sobre a mortalidade do corpo, a condição animal do humano e os impulsos de vida e de morte manifestos sob a forma de sintoma.
064
Diego Maquieira 1951, Santiago, Chile. Vive em Santiago.
Confrontación de las especies Série: El Annapurna 2012
Diego Maquieira é, juntamente com Vicente Huidobro e Juan Luis Martínez, protagonista de uma importante tríade de poetas chilenos cuja obra impulsionou a força da linguagem a tornar-se visível – estabelecendo tensões inesperadas e propondo insólitos encontros entre imagens, palavras e vazios. Autor de uma obra cuidada e rara, Maquieira é conhecido por três livros de poemas, Upsilon (1975), La tirana (1983), Los Sea Harrier (1993), e por uma célebre antologia de Huidobro, El oxígeno invisible (1991). A crítica é unânime em reconhecer a publicação de seus dois últimos livros de poemas como propulsora de significativas mudanças de rumo no panorama da poesia chilena contemporânea.
065
Edi Hirose 1975, Lima, Peru. Vive em Lima.
Nueva Esperanza #8 2010
No ensaio Pozuzo, Edi Hirose apresenta a região central da selva alta peruana onde, há mais de meio século, vivem descendentes de imigrantes da Áustria e da Alemanha. As imagens registram cenas cotidianas da comunidade e, apesar de imporem-se pela captura objetiva, fazem sutis digressões que evidenciam a subjetividade do artista. Como um testemunho das relações que manteve com tal comuna, Hirose constrói um retrato visual do lugar e de seus habitantes de maneira contemplativa e francamente pessoal.
066
Eduardo Berliner 1978, Rio de Janeiro, Brasil. Vive em Rio de Janeiro.
Máscara 2011
As composições pictóricas de Eduardo Berliner apontam, simultaneamente, para o que é visível pela materialidade da tinta e para o que sua densidade não permite perceber. Transitando entre o estranho, o misterioso, o grotesco e o banal, o artista submete fotografias, desenhos, objetos e colagens à sua imaginação e cria pinturas que parecem oferecer rastros de narrativas conduzidas pela lógica do sonho e do absurdo.
067
Eduardo Gil 1973, Caracas, Venezuela. Vive em Nova York, Estados Unidos.
A Brief History of the End of the War 2010
Eduardo Gil pertence a uma geração de artistas emergentes na América Latina que articula estratégias de instalação e formas arquivísticas. Sua obra desenvolve-se por meio de alegorias e comentários nominais em que a linguagem – inscrita ou escrita e mais recentemente falada – ocupa um lugar central. Utilizando objetos e textos encontrados como reflexão sobre a memória e os usos comunitários e coletivos, o artista renova o vínculo da arte com a história, sem nenhuma pretensão de autoridade ou doutrinação, privilegiando o fragmento e aproximando-se dela a partir da experiência de um cidadão comum.
068
Eduardo Stupía 1951, Buenos Aires, Argentina. Vive em Buenos Aires.
Sin titulo 2007
A partir de uma paleta cromática seleta, Eduardo Stupía cria desenhos enérgicos, de grande concentração gestual, cuja riqueza de elementos constitui um extenso alfabeto gráfico-pictórico. Elabora manchas, figuras, tramas e paisagens capazes de fazer o observador vagar pela composição para descobrir novos ângulos, camadas e dimensões. A qualidade aberta de suas obras confere ao espectador a possibilidade de projetar seus próprios significados à composição, apreendendo determinados gestos e construindo suas narrativas.
069
Elaine Reichek 1943, Nova York, Estados Unidos. Vive em Nova York.
There's No Need 2011
O trabalho de Elaine Reichek combina texto e imagem em séries de bordados de diversos formatos. Suas produções apropriam-se conceitualmente de obras de arte de diferentes momentos históricos – apresentando-as ao lado de citações literárias, filosóficas e da história da arte. Concentrados na representação visual da comunicação, da linguagem e da tecnologia, seus bordados parecem propor uma história da arte alternativa, remetendo a tradições anteriores ao mesmo tempo que se recontextualizam na era na produção digital.
070
Erica Baum 1961, Nova York, Estados Unidos. Vive em Nova York.
Nebulous 2 Série: Naked Eye II 2011
A obra de Erica Baum revela sua empatia pela palavra e pela imagem impressas – enquanto suas fotos denotam uma característica tipográfica, o retrato granulado dá destaque à materialidade do papel. A fonte para sua fotografia está em livros encontrados em sebos e antiquários. O esforço da artista é criar digressões do conteúdo e projeto gráfico dos livros – um processo que muitas vezes culmina em descobertas que lembram a tradição da poesia concreta. Baum alega que sua obra se origina “da tradição da fotografia direta de rua, com um olhar para o trabalho de Walker Evans, Atget, Brassaï, e outros artistas que pontuaram suas paisagens com linhas de texto achado”.
071
f. marquespenteado 1955, São Paulo, Brasil. Vive em São Paulo.
Homem-veado do Rio de Janeiro 2004
Incomodado com as noções maniqueístas que envolvem o corpo masculino e o papel da masculinidade em uma sociedade que promove a massificação de singularidades fragmentárias, f. marquespenteado optou por eximir de seu nome o gênero. Na elaboração de sua poética, o artista escolhe tecidos, telas e objetos encontrados para costurar histórias e pensamentos que evocam lacunas sociais em desenhos e imagens, muitas vezes eróticos. Por meio do bordado, f. marquespenteado reflete sobre a perda de conexão das pessoas com o que considera que elas têm de mais íntimo: sua história, sua sexualidade, seu passado.
072
Fernand Deligny 1913, Bergues, França. 1996, Graniers, França.
L'île d'en bas (Jacques Lin) 1969
Fernand Deligny dedicou sua obra à vida em comunidade junto a profissionais dedicados a acompanhar e compreender a humanidade de crianças e adultos carentes de linguagem e de comunicação verbal. Produziu ensaios, prosa poética e ficção que se complementam com filmes e outros documentos visuais – como fotografias, desenhos, mapas e as “linhas de errância”, que registravam os movimentos de crianças autistas em comunidades francesas. Sua obra é o produto de um pensamento radical a partir do qual se questionaram as convenções do humanismo burguês, a disciplina psiquiátrica, a psicanálise, a educação formal, a etnologia, a antropologia, a imagem, a política e a primazia logocêntrica da linguagem na cultura ocidental.
073
Fernanda Gomes 1960, Rio de Janeiro, Brasil. Vive em Rio de Janeiro.
Sem título 2012
Utilizando móveis, artigos domésticos e elementos achados no ambiente natural, Fernanda Gomes recicla materiais e os reinventa em outro contexto. Ao enredar os elementos na arquitetura existente, suas instalações transformam o espaço e propiciam uma desordem controlada, seduzindo o espectador a reconsiderar o significado do objeto – sua memória e identidade. Na recontextualização proposta pela artista, o objeto rejeitado recupera sua autonomia e institui um novo significado – completamente diferente do que possuía quando ainda estava atrelado à sua funcionalidade inicial.
074
Fernando Ortega 1971, Cidade do México, México. Vive em Cidade do México.
Momentos después del clavado 2005
A poética de Fernando Ortega revela a dimensão do excepcional e do inesperado em situações ou contextos ordinários. O artista reordena imagens, sons e objetos, buscando ampliar seus significados usuais. Guiado pela busca do invisível e do inaudível, ele procura um senso de equilíbrio que mina as convenções e joga com os pressupostos consabidos de realidade e irrealidade. Permeada pela dimensão íntima da experiência e do contato no dia a dia acelerado, sua obra guarda um caráter performático que busca interrogar os limites entre o real e suas possíveis representações.
075
Franz Erhard Walther 1939, Fulda, Alemanha. Vive em Fulda.
Für Zwei 1967
A obra de Franz Erhard Walther ganha sentido e forma plena ao ser acionada pelo espectador. Propostas para a manipulação e a interação, suas peças solicitam o corpo do espectador e funcionam como instrumentos de ação. Confeccionados em tecidos de cortes retos, cores sóbrias e formas geométricas simples, os objetos de Walther demandam uma utilização quase sempre coletiva e geram instantes poéticos de troca, reconhecimento, estranheza e intimidade.
076
Franz Mon 1926, Frankfurt, Alemanha. Vive em Frankfurt.
Red/White 1967
Como poeta e artista, Franz Mon joga com aspectos essenciais da linguagem e do texto. Mon aproveita-se de mídias prontas e disponíveis: máquinas de escrever, xilogravuras, adesivos de letras e gravações de áudio, entre outras. Desde a década de 1960, as máquinas de escrever têm sido seu principal instrumento para dar forma a constelações em letras de poesia concreta e experimental. Suas colagens e poemas visuais transmitem mensagens com conotações surreais e desafiam a legibilidade habitual: texto e imagem coincidem e juntos informam a percepção.
077
Frédéric Bruly Bouabré 1923, Zéprégüé, Costa do Marfim. Vive em Abidjan, Costa do Marfim.
Mythologie bété "Génie Guié Guié Guié" "Génie couvert d'yeux" s.d.
A partir de uma visão que teve em 1948, Frédéric Bruly Brouabré dedicou-se a observar, documentar e arquivar as crenças, o folclore, os costumes e os conhecimentos de seu povo. Sempre acompanhados de textos, seus desenhos versam sobre a vida, a morte, o amor, as relações do homem com o mundo e a natureza – e, segundo ele, destinam-se a representar tudo o que pode ser revelado ou ocultado. Sua coleção Knowledges of the World revela um olhar sensível que busca compreender os vários aspectos da existência humana.
078
Gego 1912, Hamburgo, Alemanha. 1994, Caracas, Venezuela.
Sin titulo 1987
A obra de Gego (Gertrud Goldsmith) propõe-se como um desafio às estruturas espaciais, construtivas, arquitetônicas e cognitivas. Com um caráter abstrato-figurativo de difícil classificação disciplinar ou categorização estilística, a linha é tomada pela artista como elemento de interconexão e sustentação do espaço. Criando conjuntos orgânicos por meio de operações com a matéria, concomitantemente caóticas e organizadas, a trajetória da artista é marcada por modulações constelacionais flexíveis que exploram transparências estruturais capazes de desconstruir definitivamente as fronteiras entre o espaço real e o espaço da representação.
079
Guy Maddin 1956, Winnipeg, Canadá. Vive em Winnipeg.
Bing & Bela, One of the Hauntings Série: Hauntings I 2010
Ao criar um mundo saturado de irrealidade a partir de suportes audiovisuais de múltiplos formatos, Guy Maddin envolve sua obra em uma atmosfera onírica e fantástica elaborada a partir da estética das principais vanguardas do cinema mudo dos anos 1920. Marcados pela cenografia expressionista, pela poesia surrealista, pelo erotismo perturbador e pela temática do bizarro, os filmes de Maddin revelam-se sofisticadas composições pictóricas em tramas repletas de ironia e nonsense.
080
Hans Eijkelboom 1949, Arnhem, Holanda. Vive em Amsterdã, Holanda.
Photo Note May 4, 2012, Centro, São Paulo Série: Photo Notes 1992-2012 – A Selection from the Photographic Diary 2012
Hans Eijkelboom retrata as ruas de diferentes cidades do mundo identificando padrões para criar suas séries de imagens. A disciplina e o rigor de suas observações lembram aspectos de estudos antropológicos. Ao criar sistemas e estabelecer critérios em meio ao caos das ruas, o artista confronta noções de identidade e a relação entre individualidade e coletividade. Em um processo contínuo, que já dura duas décadas, o artista constrói combinações e repetições exclusivamente associadas a suas experiências e ao olhar apurado, formando um extenso (auto)retrato da sociedade.
081
Hans-Peter Feldmann 1941. Vive em Düsseldorf, Alemanha.
Woman Handbags 2012
Trabalhando a partir de diferentes linguagens, Hans-Peter Feldmann exalta figuras, situações e contextos do cotidiano. Justapondo séries de fotografias, colorindo objetos comuns ou gravando cenas ordinárias, seu interesse está na oposição entre o objeto e os significados que o homem lhe confere. Através de um amplo repertório plástico, o artista investiga o modo como impregnamos imagens cotidianas com sentimentos calcados em nossas percepções pessoais e coletivas. Em contraste com a agressividade do consumismo atual, Feldmann edita séries de objetos encontrados ou culturalmente estabelecidos – preparando-os para que o espectador, ao contemplá-los, lhes atribua possíveis significados.
082
Hayley Tompkins 1971, Leighton Buzzard, Inglaterra. Vive em Glasgow, Escócia.
Watchbough 2009
O trabalho de Hayley Tompkins recusa qualquer categorização. Suas criações tiram o foco de discussões formalistas e se voltam a questionamentos sobre o que constitui a arte. Trata-se de um trabalho intuitivo e íntimo cujo repertório imagético oscila entre temas da história da arte e contextos, objetos ou rituais cotidianos. Buscando expressar algo que se encontra para além da linguagem, Tompkins encara suas obras como extensões de seu corpo e trata a experiência da criação como algo natural, como parte de um processo familiar de conexão, ou reconexão, com o mundo.
083
Helen Mirra 1970, Rochester, Estados Unidos. Vive em Cambridge, Estados Unidos.
Hourly Directional Field Notation 20 January, Superstition Wilderness Série: Field Notations 2012
A prática artística de Helen Mirra explora a relação cotidiana entre o mundo natural e as pessoas que nele habitam. Para ela, caminhar é uma forma específica de estimular o pensamento e a criação de linguagens. De estética minimalista, dispondo apenas de uma paleta cromática de verdes, azuis e marrons, a obra de Mirra evoca o impulso alegórico que confere aos elementos a função de articular informações e chama a atenção para a maneira como nos relacionamos com a natureza, com a passagem do tempo e com o espaço que nos cerca.
084
Hélio Fervenza 1963, Sant'Ana do Livramento, Brasil. Vive em Porto Alegre, Brasil.
Apresentações do deserto 2001-
Artista visual, professor e pesquisador, Hélio Fervenza realiza sua obra plástico-teórica a partir de profunda reflexão sobre as noções de apresentação, exposição e autoapresentação. Ao considerar o conceito de apresentação um ideário mais amplo que o de exposição, Fervenza postula que a configuração de um espaço expositivo não estaria garantida apenas em decorrência da presença física de uma produção artística no ambiente contextual instaurado pelo museu ou pela galeria – ela se estabeleceria, essencialmente, a partir do cruzamento de dispositivos que operam sobre a visualidade.
085
Horst Ademeit 1937, Colônia, Alemanha. 2010, Düsseldorf, Alemanha.
Untitled (“4821”) Série: Archive Photographs 2002
Descoberta pouco antes de sua morte, a obra de Horst Ademeit é composta por fotografias e anotações que revelam o universo de um indivíduo em crise emocional, que buscava estabelecer a ordem em um mundo que considerava caótico. Obcecado por documentar o impacto do que, para ele, seriam raios invisíveis capazes de prejudicar a vida na Terra, o artista utilizava uma câmera polaroide para registrar seu cotidiano. O resultado são imagens sempre acompanhadas de notas objetivas e subjetivas sobre o lugar, a situação ou os objetos retratados.
086
Hreinn Fridfinnsson 1943, Dalir, Islândia. Vive em Amsterdã, Holanda.
Third House Série: House Project 2011
Artista conceitual, Hreinn Fridfinnsson combina em seu trabalho gêneros como land art, minimalismo e arte povera. Interessado em criar obras que investiguem noções de identidade e de temporalidade, transmitindo múltiplos significados poéticos, Fridfinnsson se apropria de objetos prontos e achados, nos quais interfere o mínimo possível. Trabalhando com fotografias, desenhos, readymades e instalações sonoras e textuais, as peças do artista se destacam pelo lirismo e pelo forte caráter poético capaz de transcender os sentidos e significados dos objetos ordinários que as compõem. Tendo crescido na zona rural islandesa, relativamente desabitada, seu trabalho se relaciona com fenômenos naturais e o mistério do tempo.
087
Casa do Bandeirante
Hugo Canoilas 1977, Lisboa, Portugal. Vive em Viena, Áustria.
Buraco 2012
Embora sua formação seja em pintura, Hugo Canoilas frequentemente adota uma abordagem colaborativa e incorpora em sua obra escultura, vídeo, som e performance, assim como projetos de pesquisa. Na última década, sua pintura o levou a estabelecer um diálogo entre a abstração e um estilo que acena em direção à pintura do realismo socialista. Interessado pelo modernismo e pela literatura, sua prática artística revisita histórias a partir de perspectivas política, poética, religiosa, existencialista ou de um limbo entre alguns desses temas.
088
Ian Hamilton Finlay 1925, Nassau, Bahamas. 2006, Edimburgo, Escócia.
Hommage to Malevich 1974
Ian Hamilton Finlay evoca poeticamente a complexa relação entre natureza e cultura. Suas experimentações com a linguagem estenderam-se pela poesia concreta, por dispositivos formalistas de construção do discurso e por processos artísticos em que a palavra se tornaria expressão espacializada. Little Sparta, propriedade do artista em Lanark, na Escócia, onde viveu a partir de 1966, pode ser considerada o local para onde converge toda a diversidade de sua linguagem. Trata-se de um imenso jardim de poesias e esculturas, um incentivo à leitura da paisagem como imagem de si mesma, um lugar de questionamento do pensamento poético, filosófico e político.
089
Icaro Zorbar 1977, Bogotá, Colômbia. Vive em Bogotá.
Off, Away from the Place in Question 2011
Trabalhando com tecnologias ultrapassadas, Icaro Zorbar cria máquinas híbridas a partir de monitores, projetores, máquinas de escrever, ventiladores e fitas magnéticas, entre outros objetos. O artista resgata tecnologia descartada e a reformula, dando a esses objetos novo significado ou, em suas palavras, “uma voz, um destino”. Na essência de sua obra – permeada por elementos de fragilidade e nostalgia ressaltados pela presença de sucatas tecnológicas – há uma melancolia da memória que parece, paradoxalmente, fazer realçar os laços e contextos humanos.
090
Ilene Segalove 1950, Los Angeles, Estados Unidos. Vive em Santa Bárbara, Estados Unidos.
Secret Museum of Mankind 2011
Ilene Segalove é artista, escritora e professora, e tem trabalhado como produtora independente da National Public Radio. Durante os anos 1970, Segalove editou documentários artísticos que tratavam desde a cultura da televisão americana até sua vida familiar em Beverly Hills. Nesses filmes, Ilene narra histórias com humor seco, enfatizando sua crítica cultural. Além de seus filmes, a artista produz colagens e fotomontagens, questionando o potencial das artes para mudança social e seu papel como entretenimento sofisticado. Nos últimos anos, produziu trabalhos que destacam histórias de vida das mulheres.
091
Iñaki Bonillas 1981, Cidade do México, México. Vive em Cidade do México.
Todas las fotografías verticales del Archivo J. R. Plaza documentadas fotográficamente 2004
Partindo da fotografia, Iñaki Bonillas produz obras com desdobramentos poéticos de conteúdo pessoal e intimista. Tendo como referência as origens da fotografia e das estéticas conceituais, expande os elementos constitutivos do meio fotográfico ao conectá-los com outros meios plásticos. Utilizando-se do discurso documental da fotografia, Bonillas justapõe imagens e cria combinações originais a partir de procedimentos quase científicos de compilação, classificação, edição e arquivamento.
092
Iván Argote & Pauline Bastard Iván Argote: 1983, Bogotá, Colômbia. Pauline Bastard: 1982, Rouen, França. Vivem em Paris, França.
Home Cinema 2012
A dupla de artistas Iván Argote e Pauline Bastard reflete sobre a relação entre o público e o privado e a impessoalidade na vida íntima das pessoas. Em seus trabalhos, convidam os espectadores a participar da obra – impelindo-os a se relacionar entre si e atentar ao que permanece invisível no dia a dia. A ideia central de suas obras parece ser os procedimentos que fazem com que os espectadores se identifiquem com os trabalhos, que são, de certa maneira, obras ficcionais sobre suas vidas.
093
Jerry Martin 1976, Bogotá, Colômbia. Vive em Lima, Peru.
Resurrection of the Flesh Série: The Last Judgement 2010-
Os desenhos de Jerry Martin remetem ao processo de leitura: histórias ganham contorno enquanto letras se sobrepõem em elaboradas imagens indiciais. As palavras que o artista utiliza em sua obra vêm de textos em que discute temas de seu interesse – sociedades classicistas, racismo, identidade e justiça. Preocupado também em debater sobre o valor da arte e do trabalho do artista e sobre o mercado da arte atual, Martin utiliza papel-carbono para datilografar e copiar imagens textuais – empregando o próprio material de confecção de sua poética como metáfora da transição entre noções de origem e representação.
094
Jiří Kovanda 1953, Praga, República Tcheca. Vive em Praga.
XXX 1976
Desde da década de 1970, Jiří Kovanda tem produzido uma vasta obra de desenhos, pinturas, colagens, ações e instalações. Apropriando-se de objetos encontrados e de seu próprio corpo, seu trabalho abrange desde comentários sobre a tradição minimalista ao exame do mundo normatizado da vida cotidiana. Sua obra trata das relações interpessoais, é efêmera, humorada e pode ser tão sutil que passa despercebida pelo transeunte. Opondo-se a uma leitura exclusivamente política de suas performances, Kovanda afirma que busca definir a si mesmo com sua prática artística.
095
John Zurier 1956, Santa Mônica, Estados Unidos. Vive em Berkeley, Estados Unidos.
Icelandic Painting (Watching the Summer) 2011
Inspirado nas condições de luz e cor do seu cotidiano, John Zurier cria pinturas que exploram a luminosidade, a cromaticidade e a espacialidade de maneira simples e direta. Produzindo obras monocromáticas formalmente econômicas e de intensa fisicalidade, a poética do artista se caracteriza por uma investigação sistemática e consciente do processo pictórico. As obras de Zurier revelam uma atmosfera de silêncio e solidão capaz de promover uma experiência de revelação evocativa e única.
096
MAB-FAAP
José Arnaud Bello 1976, Oaxaca, México. Vive na Cidade do México, México.
Todas las formas de estar juntos Série: Proyecto trabajos en el cauce 2008-2011
Por meio de um processo metódico de identificação, manipulação e classificação de conteúdos relacionáveis, José Arnaud Bello explora a construção de conexões dos diferentes campos do conhecimento. Interessado pela elaboração do discurso plástico e pelos processos que alteram situações e objetos (inclusive historicamente), o artista registra seus projetos em fotografias, filmes, desenhos e textos – compondo coleções de documentos nos quais a experiência estética e a construção poética adquirem valor epistemológico.
097
Juan Iribarren 1956, Caracas, Venezuela. Vive em Nova York, Estados Unidos.
Untitled 2012
A obra de Juan Iribarren irrompe no espaço público venezuelano em meados da década de 1980. Sua pintura caracteriza-se por um estrito registro climático das condições atmosféricas do representado – luz, densidade, distância – em estruturas aparentemente abstratas. Trata-se de uma abstração realista de uma obra – também desenvolvida por meio do desenho e da fotografia digital – na qual a abstração surge como uma forma de readymade perceptivo – como uma verdade encontrada nas condições materiais da representação.
098
Juan Luis Martínez 1942, Valparaíso, Chile. 1993, Villa Alemana, Chile.
Campo de cerezas 1975
As obras de Juan Luis Martínez são um convite para que o leitor e o espectador abandonem o corpo de referenciais de que se utilizam normalmente para compreender o mundo. Seus poemas visuais são como colagens em que significado e significante se separam – muitas vezes assumindo novas conotações. Em seus trabalhos, a linguagem não cristaliza o universo e o conhecimento, mas funciona como um conjunto de significados em constante transformação e que são por vezes ausentes e inacessíveis, suscetíveis a diversas interpretações e à vulnerabilidade do saber.
099
MASP
Jutta Koether 1958, Colônia, Alemanha. Vive em Nova York, Estados Unidos e Berlim, Alemanha.
Embrace/ Étreinte/ Umarmung, II 2012
Jutta Koether é pintora, performer, musicista, crítica e teórica. Seus trabalhos, que desafiam normas e procuram romper as noções usuais do que é visto como arte, fazem o espectador refletir sobre as próprias expectativas relativas à pintura, sua exposição e o contexto no qual o trabalho é apresentado. Inspirada por artistas e intelectuais que estabeleceram alternativas à cultura mainstream das décadas de 1970 e 80, Koether desafia os limites da linguagem e sobrepõe disciplinas, refletindo suas influências de décadas passadas e um forte engajamento com a teoria e a cultura popular contemporâneas.
100
Katja Strunz 1970, Ottweiler, Alemanha. Vive em Berlim, Alemanha.
Zeittraum #10 2003-2012
Em seus Constructed Fragments [Fragmentos construídos], Katja Strunz utiliza materiais reciclados combinados com industriais ou feitos a mão. Levando em consideração geometrias formais, usa dobras como ponto de partida para suas esculturas. A obra da artista trata de noções como o tempo e a transformação. Para uma retrospectiva recente sobre o construtivismo abstrato de Władysław Strzemiński em Lodz, Strunz concebeu uma estrutura labiríntica como espaço expositivo, que, vista de cima, formava o neologismo Zeittraum (a partir do "Sonho do tempo", de Walter Benjamin).
101
Kirsten Pieroth 1970, Offenbach am Main, Alemanha. Vive em Berlim, Alemanha.
Inflated Dinghy 2009
Kirsten Pieroth brinca com a interpretação perceptiva, com a tensão entre um evento e a representação do mesmo e propõe uma reorganização artificial do mundo como o conhecemos. Ao transpor objetos de seu ambiente comum para isolá-los e reorganizá-los em uma narrativa alternativa, seus trabalhos discutem deslocamento e transformação, conceitualidade e materialidade, evidência e interpretação. Fora de contexto, tais objetos e eventos perdem sua perspectiva comum e criam uma cadeia de associação fantástica que convida o espectador a recombinar sistemas de referência, favorecendo a multiplicidade de leituras, histórias e discursos abertos e ambíguos – dependentes de interpretação.
102
Kriwet 1942, Düsseldorf, Alemanha. Vive em Dresden, Alemanha.
Button 11 1967
Kriwet, artista multimídia e poeta concreto, deu à leitura um novo viés. Em suas montagens de filmes, o artista disseca a estética e a dialética de programas de televisão antigos. A linguagem anacrônica que domina seus trabalhos em filme e em áudio se estende até seus textos. Pensadas muitas vezes em camadas e círculos sem direção, as obras libertam o leitor de hierarquias textuais e estimulam uma nova experiência de linguagem.
103
Leandro Tartaglia 1977, Buenos Aires, Argentina. Vive em Buenos Aires.
Ref.: La esquina indicada 2010-2012
Nas propostas de Leandro Tartaglia, cada esquina pode ser um palco de teatro. O participante viaja em uma máquina do tempo, descobrindo o que foi há muito tempo perdido ou esquecido, em uma luta contra a amnésia coletiva. Em suas performances e peças teatrais, o artista frequentemente usa a cidade como um playground em uma busca por novas locações que sirvam de inspiração e fundo para a disseminação oral de histórias. Em muitos desses trabalhos, Tartaglia mistura componentes: a cidade e sua arquitetura, literatura, música e gravações de campo. Desse modo, o artista cria marcos alternativos para o espectador experimentar a história de um dado lugar – bem como o papel do espaço público no tempo atual.
104
Lucia Laguna 1941, Campos de Goytacazes, Brasil. Vive em Rio de Janeiro, Brasil.
Paisagem n. 58 2012
Tendo a paisagem como temática principal de sua pesquisa plástica, Lucia Laguna mescla o concreto e o fictício em uma obra pictórica que evoca a abstração formal e a gestualidade clássica da pintura representacional. Com a sobreposição de densas camadas cromáticas, a artista conecta a paisagem urbana a imagens de seu imaginário. Suas obras revelam as marcas do tempo e a interferência de várias mãos em sua confecção. Iniciadas ou finalizadas pela artista, as pinturas permanecem por longos períodos entregues à ação de seus colaboradores. E ainda aguardam por uma nova intervenção – a do espectador – para continuar sua permanente atualização.
105
Marcelo Coutinho 1968, Campina Grande, Brasil. Vive em Recife, Brasil.
Soarsso 2012
Ao buscar entender aquilo que se passa fora da linguagem, Marcelo Coutinho concentra sua pesquisa plástica e audiovisual em torno da criação de palavras que definem sensações avessas aos códigos preestabelecidos da língua portuguesa. Desde 1997, o artista dedica-se aos neologismos – materializados em performances, objetos, filmes e instalações –, que procuram definir os acometimentos provocados por deslizes perceptivos, rupturas espaciais, lapsos corporais, ausências temporais e invasões repentinas de outras lógicas.
106
Marco Fusinato 1964, Melbourne, Austrália. Vive em Melbourne.
Imperical Distortion 2012
Músico e artista visual, Marco Fusinato produz uma obra poética que transcende disciplinas categoriais. Fascinado com a consciência política dos ícones punks, Fusinato trabalhou com pontuações musicais de maneira pictórica. Suas primeiras influências foram The Clash, Sex Pistols e Ramones. Para a série Mass Black Explosion [Explosão negra massiva] (2007), o artista realizou intervenções em partituras de Maurizio Kagel, John Cage, Morton Feldman e Iannis Xenakis, entre outros. Conectando trechos e notações musicais em pontos discrepantes na partitura, Fusinato criava uma leitura alternativa e uma interpretação imaginária das composições. O artista desenvolveu em paralelo uma instalação de luzes e som.
107
Mark Morrisroe 1959, Malden, Estados Unidos. 1989, Jersey City, Estados Unidos.
Figure Study 1985
Com uma câmera polaroide, Mark Morrisroe iniciou um percurso artístico corajoso, incorporando fotos de prostitutas a raios X de seu tórax e expondo seu corpo – e os de seus amigos e amantes – em imagens rabiscadas com dedicatórias, anotações e registros de seu cotidiano. O espírito de liberdade e descontração que ilustravam as poses acabou por adquirir uma aura de tristeza quando o artista descobriu que era portador do vírus HIV. Em seus últimos dias no hospital, improvisou um laboratório e ainda vislumbrou possibilidades de experimentação artística – transformando seus exames e raios X em séries abstratas e coloridas.
108
Martín Legón 1978, Buenos Aires, Argentina. Vive em Buenos Aires.
Fragmentos de la serie Sin título 2011
Enquadrada naquilo que alguns chamariam de “sadismo social explícito”, a obra de Martín Legón caracteriza-se pela elaboração veloz e pela mescla entre nostalgia e cinismo. Seus trabalhos lidam com a perversão dos sistemas sociais, com questões de autoria e com o modus operandi da cena artística. Através de experiências estéticas elaboradas como proposições de linguagem a serem postas em confronto com outras formas de linguagem, o artista explora a gratuidade do fazer artístico e postula que a arte, como atividade imaterial e direcionada ao pensamento, é uma prova de resistência contra a objetividade e deve servir como ferramenta para transformar o mundo.
109
Capela do Morumbi
Maryanne Amacher 1938, Kane, Estados Unidos. 2009, Rhinebeck, Estados Unidos.
Microphone Installation on a Window at the New England Fish Exchange, Boston Harbor, City-Links #4 (Tone and Place, Work I) and City-Links #14
Maryanne Amacher foi compositora, performer e artista multimídia conhecida por seu pensamento original e pela dramática encenação arquitetural de músicas e sons. Quando viva, seu trabalho era criado in situ e composto por um diálogo experimental entre áudios que desenvolveu de 1960 a 2009, a arquitetura acústica e a história do lugar, e temas inspirados na ciência e na ficção científica. Materiais visuais eram usados para contextualizar o áudio – que estabelecia ligações com temas extrassônicos – e oferecer à audiência uma posição privilegiada de fruição.
110
Meris Angioletti 1977, Bergamo, Itália. Vive em Paris, França.
The Curious and the Talkers 2010
Buscando traduzir o invisível, Meris Angioletti explora o território entre arte e ciência e investiga os mecanismos da percepção, da memória e do inconsciente. Por meio de análises nas quais imagem e escrita se confundem e se complementam, a artista cria instalações de luz e som, projeções de vídeos, publicações e fotografias cujo principal objetivo é estabelecer uma relação entre o espaço físico e o mental – de forma que estimule o espectador a gerar visões interiores em uma zona transitória entre o que é visível e o que somente se manifesta mentalmente.
111
Michel Aubry 1959, Saint-Hilaire du Harcouët, França. Vive em Paris, França.
La marionette Erich 2008
Conhecedor de música e da fabricação de instrumentos musicais, o designer e artista visual Michel Aubry costura mobílias, instrumentos, tecidos e tapeçarias. Em suas instalações, animações e objetos, mesas, cadeiras ou uniformes se tornam esculturas musicais com base em uma tabela de conversão de sons em métrica. O comprimento das madeiras usadas na criação de suas obras corresponde à altura dos tons, permitindo a formação de grupos de acordes em construções geométricas. As peças de Aubry ativam a percepção do público por meio de sintomas políticos e sociais que permeiam a cultura e a história do mundo, e ao combinar elementos tradicionais a conflitos atuais.
112
Mobile Radio Sarah Washington: 1965, Redhill, Inglaterra. Knut Aufermann: 1972, Hagen, Alemanha. Vivem em Ürzig, Alemanha.
Do You Listen to Two Radio Stations while Falling Asleep?
Como membros do London Musicians' Collective (LMC), Sarah Washington e Knut Aufermann foram cofundadores da primeira estação de radioarte de Londres – a Resonance 104.4 FM, em 2002. A estação fornece um novo modelo para mídia comunitária e se firma como uma plataforma para a prática de arte experimental de artistas, escritores e pensadores de diferentes comunidades. Após essa experiência, Washington e Aufermann começaram a Mobile Radio em setembro de 2005. A dupla se apresenta em festivais de arte e mídia, seminários e universidades, e contribui para eventos únicos com estações de rádio de vida curta, transmissões especiais ao vivo e trabalhos editados.
113
Moris 1978, Cidade do México, México. Vive na Cidade do México.
La muerte viaja rápido 2011
Tentando abarcar a efemeridade e espontaneidade daquilo que se vê rotineiramente – mas que é próximo e banal para se revelar como estratégia estética ou matéria-prima artística –, Moris age como uma espécie de etnógrafo visual do espaço urbano. O artista observa as populações marginais e a classe operária mexicana e se interessa pelas linguagens visuais, pela escrita popular e pelos processos de construção de objetos utilitários nas ruas. Ao apropriar-se desses dispositivos e ao reabilitá-los, Moris aponta questões fundamentais relacionadas à violência social, aos desequilíbrios de poder e às formas possíveis de resistência.
114
Moyra Davey 1958, Toronto, Canadá. Vive em Nova York, Estados Unidos.
News-stand 2 1994
Fotógrafa e cineasta, Moyra Davey retrata interiores domésticos vazios e arranjos acidentais de objetos. As fotografias que realiza são caracterizadas não pela cena monumental, mas pela descoberta – um tubo de calefação em seu apartamento, uma estante semivazia durante a mudança de sua família ou uma caixa de cereais sobre uma geladeira. Seus filmes refletem sua paixão pela literatura – em My Necropolis [Minha necrópole], por exemplo, a artista filma o cemitério de Père Lachaise em Paris e as lápides de Simone de Beauvoir, Marguerite Duras, Gertrude Stein e Jean-Paul Sartre, enquanto uma voz discute as noções filosóficas do tempo.
115
Nascimento/Lovera Juan Nascimento: 1969, Caracas, Venezuela. Daniela Lovera: 1968, Caracas. Vivem em Caracas.
Archivo nacional 1997–
Juan Nascimento e Daniela Lovera interessam-se pela ideia de história como ficção e pelas analogias entre a construção da narrativa fílmica e a do discurso histórico – seu trabalho assume tanto a forma impressa quanto a de imagem em movimento. Desestruturando a narrativa das produções comerciais, os artistas alteram filmes e vídeos por meio da inserção e remoção de sequências inteiras de produções audiovisuais de massa e constroem uma densa obra poética com forte tônica social. Para os artistas, “a ficção é equivalente à história: a História, com h maiúsculo, é uma construção narrativa maior que opera em termos contraditórios com micro-histórias alternativas”.
116
Nicolás Paris 1977, Bogotá, Colômbia. Vive em Bogotá.
Verbo 2010
As obras de Nicolás Paris são exercícios lúdicos de experimentação criativa construídos por meio de composições simples e de sutis interferências em objetos ordinários. Configuradas como trabalhos em papel e objetos para serem acionados pelo público, as obras do artista parecem assemelhar-se a uma espécie de crônica de reinterpretação da vida coletiva e das possibilidades de comunicação do humano no contexto social. Como um convite à ação, as situações apresentadas abrem novas e inusitadas brechas na construção do conhecimento.
117
Nino Cais 1969, São Paulo, Brasil. Vive em São Paulo.
Sem título 2009
Partindo do universo doméstico e do interesse pela banalidade das circunstâncias cotidianas, Nino Cais funde seu corpo a utensílios caseiros na elaboração de uma poética aberta a infinitas combinações. Na tentativa de extrair poesia de sua relação física com objetos de uso comum, o artista desloca de seus contextos plantas, roupas, xícaras, bacias, panelas, vasos e toalhas, reordenando-os em composições fotográficas e videográficas que mesclam estranheza, afeto e ironia. Desinvestindo o corpo humano de singularidade e justapondo-o a objetos que parecem relutar em adquirir funcionalidade simbólica, Cais propõe um jogo estético em que o indivíduo torna-se capaz de assumir incontáveis identidades.
118
Nydia Negromonte 1965, Lima, Peru. Vive em Belo Horizonte, Brasil.
Barrado 2012
Construindo sua poética a partir de diversos meios – desenho, escultura, instalação, fotografia, vídeo e intervenções in situ –, Nydia Negromonte propõe questionamentos sobre a força do objeto e os limites da linguagem artística. Utilizando amplo repertório plástico, a artista desmonta expectativas imediatas de entendimento de um projeto artístico e faz dos espaços intersticiais do ambiente de instauração de sua obra uma plataforma para indagações existenciais sobre a instabilidade da substância que constitui os corpos físicos e sobre a relação do humano com os espaços em que circunstancialmente habita.
119
Odires Mlászho 1960, Mandirituba, Brasil. Vive em São Paulo, Brasil.
Butcher Série: Mestres Açougueiros e seus Aprendizes 2007
As apropriações de imagens esquecidas, empoeiradas ou escondidas dentro de livros e a sua reconstrução – de maneira a atar encontros anacrônicos – povoam a poética de Odires Mlászho. Em sua obra, o artista modifica imagens e as refotografa – transformando em colagens conteúdos visuais que parecem ter se desvinculado de sua memória. Tendo o livro como principal objeto de manipulação, o artista transforma em livros-esculturas enciclopédias, editoriais fotográficos, livros-reportagem e compêndios botânicos – oferecendo-os a uma contemplação ativa capaz de inaugurar outras formas de leitura e percepção.
120
Olivier Nottellet 1963, Argel, Argélia. Vive em Lyon, França.
Recadre 2006
A obra de Olivier Nottellet caracteriza-se por uma fidelidade às potencialidades do desenho como prática poética. O artista cria um mundo específico, em que determinadas obsessões por figuras – o corpo fragmentado e sujeito a várias gravidades – dão lugar a uma gramática de figurações ilógicas, a equilíbrios precários, a grandes campos tectônicos e alegóricos do próprio meio gráfico e da fragilidade da existência humana. Vinculado a uma geração de artistas que surgiu na França no fim da década de 1980, sua obra desdobra-se em instalações e pinturas murais, nas quais o desenho, tornando-se tridimensional, se emancipa de seus limites e suportes convencionais.
121
Pablo Accinelli 1983, Buenos Aires, Argentina. Vive em Buenos Aires.
Encastres Série: Todo el tiempo 2012
Trabalhando principalmente com desenho, escultura e instalação, Pablo Accinelli utiliza mecanismos analíticos para criar suas investigações artísticas. Com a linguagem e as ferramentas da geometria, o artista explora a dicotomia entre a ordem e o caos, o externo e o interno, o presente e o passado, o literal e o metafórico. Influenciado pelos trabalhos do artista argentino Alejandro Puente – que estudou sistematicamente a cor por meio de matemática, escalas cromáticas e tabelas codificadas –, Accinelli aplica de modo semelhante suas ferramentas visuais para criar microcosmos geométricos – modelos ou sistemas que possuem analogias com um sistema maior na configuração ou desenvolvimento.
122
Pablo Pijnappel 1979, Fontenay-aux-Roses, França. Vive em Roterdã, Holanda, Berlim, Alemanha, e Rio de Janeiro, Brasil.
Quirijn 2011
Filmados em sua maioria em 16mm, os trabalhos de Pablo Pijnappel são influenciados pela história da psicanálise e pelas trajetórias de pessoas de grande importância em sua vida. Utilizando a montagem, o artista cria biografias de indivíduos, alguns próximos, outros que tiveram impacto na história de sua família. Narrativas múltiplas constroem e recriam caminhos de memória, identidade e deslocamento; trocam fatos por ficções e geram possibilidades infinitas para associações e releituras. Para completar essa narrativa, muitas vezes labiríntica, é necessária a ajuda do espectador.
123
Patrick Jolley 1966, Bangor, Irlanda. 2012, Nova Délhi, Índia.
Fog Series 2010
Composto a partir de imagens hipnóticas que se contrapõem às estruturas narrativas convencionais, o trabalho de Patrick Jolley é marcado por sequências imagéticas densas, fragmentárias e oblíquas em que situações inusitadas ganham uma tônica quase sobrenatural. Seus filmes criam atmosferas improváveis que investem as experiências cotidianas de fantasias, elevam a fisicalidade e fazem oscilar nossa noção objetiva da realidade.
124
Paulo Vivacqua 1971, Vitória, Brasil. Vive em Rio de Janeiro, Brasil.
The Triple Ohm 2012
Paulo Vivacqua elabora suas obras a partir do entrecruzamento das linguagens sonora e visual. Suas instalações fundem-se aos ambientes nos quais estão montadas e sugerem percursos invisíveis nos quais os sons suscitam narrativas imaginárias. Apostando em uma experiência estética aberta à contaminação, Vivacqua produz uma obra singular e dinâmica em que a matéria e a atmosfera estabelecem os parâmetros da sonoridade.
125
PPPP 1955, Lima, Peru. Vive em Lima.
La acción en la playa de Agua Dulce Série: ¡Esa Indescriptible Sensación Marina! 1997
PPPP (Productos Peruanos para Pensar) é um coletivo de um homem só: Alberto Casari. Seus alter egos – o escritor e poeta visual Alfredo Covarrubias, os pintores Arturo Kobayashi e El Místico e o crítico de arte Patrick Van Hoste – produzem materiais assinados pela logomarca da empresa. Sem ausentar o próprio nome do coletivo, o artista conjuga noções de autoria, em uma tentativa de negar a fetichização da obra como produto de uma expressão emocional e subjetiva e como pressuposto essencial para a relação do homem com a arte.
126
Ricardo Basbaum 1961, São Paulo, Brasil. Vive em Rio de Janeiro, Brasil.
Você gostaria de participar de uma experiência artística? 1994-
O trabalho de Ricardo Basbaum acontece nos limites invisíveis entre discurso e imagem, texto e obra, espectador e artista. Tendo a palavra como elemento essencial em suas criações, a produção plástica do artista está intrinsecamente ligada ao seu trabalho como teórico e escritor. Convidando o público a abandonar comportamentos automatizados, a assumir a arte como experiência e a participar ativamente do processo criativo, Basbaum propõe experiências plurais que rompem com gêneros e estilos e explicitam a tensão constitutiva entre o próximo e o distante, o interior e o exterior, o pensamento e a sensação, o individual e o coletivo.
127
Robert Filliou 1926, Sauve, França. 1987, Les Eyzies, França.
Danse-poème collectif 1962
A aproximação entre a arte e a vida e a ênfase na experimentação e no processo criativo são aspectos centrais na poética de Robert Filliou. Encarando a prática artística como meio de ação direta sobre o mundo, o artista almejava integrar todos os atos da vida com o fazer artístico. O convite à participação do espectador era constante em seus trabalhos. Membro do Fluxus, ele via a prática artística como um jogo que poderia ocorrer até quando não houvesse nada além de indicações, de projetos não realizados.
128
MAB-FAAP
Robert Smithson 1938, Passaic, Estados Unidos. 1973, Amarillo, Estados Unidos.
Spiral Jetty 1970
Por explorar diferentes gêneros e mídias, Robert Smithson é considerado um dos artistas mais intrigantes do século 20. Mais conhecido por seus provocativos earthworks e pela atuação em paisagens remotas, o artista teve sua trajetória marcada pela investigação da linguagem. Desmistificando a distinção entre teoria e prática e engendrando maneiras de abordar as experiências estéticas como dimensões do espaço e do tempo, as ideias de Smithson ultrapassaram o contexto de sua manifestação imediata e, há mais de quarenta anos, causam profundo impacto no pensamento artístico contemporâneo.
129
Roberto Obregón 1946, Barranquilla, Colômbia. 2003, Tarma, Venezuela.
Disección real para rosa enferma 1993
Desde o início dos anos 1970 até sua morte, em 2003, Roberto Obregón realizou uma obra obsessivamente centrada na rosa. Trabalhou e viveu no limite; entre a necessidade de compensar suas profundas dores pessoais e a vontade de criar símbolos universalmente compartilhados; entre os recursos secos e metódicos de um formalismo conceitual e as ferramentas discursivas e quase herméticas de uma arte de clara origem literária. A dissecação metódica da rosa foi sua principal ferramenta de linguagem e, com ela, abordou a natureza cíclica do tempo. Com uma maneira quase secreta de abordar a dor humana, Obregón foi uma figura fundamental da arte venezuelana durante a segunda metade do século 20.
130
Rodrigo Braga 1976, Manaus, Brasil. Vive em Rio de Janeiro, Brasil.
Mina 2008
Ao mesmo tempo sedutoras, atordoantes, simples e exuberantes, as criações de Rodrigo Braga fazem oscilar nossas certezas e oferecem-se densas, misteriosas e desconcertantes a um embate direto com a objetividade e a racionalidade. Gerando indagações de ordem existencial a partir do dilaceramento do real, o artista reelabora seu inconsciente e cria atmosferas que ampliam o imaginário e expandem nosso entendimento da relação entre natureza e cultura. Tecidas a partir da entrega à experiência da criação, as obras de Braga desvelam situações insólitas e fragmentárias que contaminam a memória e propõem o deslocamento da percepção para um campo sensível de apreensão.
131
Runo Lagomarsino 1977, Lund, Suécia. Vive em São Paulo, Brasil, e Malmö, Suécia.
Las Casas Is Not a Home 2008-2010
Runo Lagomarsino busca tornar visíveis os processos históricos e discursivos que sustentam as relações geopolíticas. Com uma narrativa conceitual que lhe permite desdobrar reflexões artísticas e filosóficas sobre fatos históricos complexos, o artista desenvolve trabalhos que apresentam uma visão crítica sobre a construção de nossa história por meio de temas como a herança colonialista e as relações de conflito e aproximação entre diferentes culturas.
132
Sandra Vásquez de la Horra 1967, Viña del Mar, Chile. Vive em Düsseldorf, Alemanha.
La vida dura un segundo 2010
Os trabalhos em papel de Sandra Vásquez de la Horra convidam o espectador a um mundo imaginário composto de anotações íntimas de sua história pessoal ou selecionadas de fontes literárias, filosóficas e antropológicas. Organizados em grandes e etéreos agrupamentos, os trabalhos da artista fluem de modo abundante, orgânico e plural. Cada trabalho conta uma história específica baseada em mitos e contos populares e contém noções de religião, política, sexo e cultura popular. Majoritariamente de caráter figurativo, os desenhos da artista retratam criaturas fantásticas ou figuras híbridas em cenários surrealistas que evocam ironia e humor negro.
133
Saul Fletcher 1967, Barton, Inglaterra. Vive em Londres, Inglaterra.
Untitled #250 (meat + 2 veg) 2012
Como pontuações indiciais de uma realidade incomum, as fotografias de Saul Fletcher integram uma única e longa sequência de imagens, que registram o modo como ele percebe, recorta e recria a realidade. Transitando entre paisagens invernais e retratos de familiares ou passando por composições que reúnem pinturas, anotações, autorretratos ou cenas dos lugares onde habita, sua obra parece existir em um entre lugares – entre o que se revela e o que é apenas sugerido, entre o segredo e a confissão, entre o real e o parafactual.
134
Savvas Christodoulides 1961, Pafos, Chipre. Vive em Nicosia, Chipre.
Look, He's Fallen Flat on His Face 2010
Savvas Christodoulides elabora sua poética como uma tentativa de registrar como a nossa concepção de realidade é conformada também a partir da representação. O artista dá corpo a uma série de combinações plásticas que desconcertam a percepção e expandem nossa noção ordinária do factual. Retirando a memória e a identidade específica de velhos objetos, transforma-os em símbolos de uma iconografia universal; converte a representação em ato de disfarçar a realidade pela instauração de uma imagem diferente – mas ainda tangível – do real.
135
Casa Modernista
Sergei Tcherepnin com Ei Arakawa
Sergei Tcherepnin: 1981, Boston, Estados Unidos. Ei Arakawa: 1977, Iwaki, Japão. Vivem em Nova York, Estados Unidos.
Looking at Listening 2012
Sergei Tcherepnin é compositor, músico e artista e explora a materialidade do som e seus efeitos físicos e psicológicos no ouvinte. Ei Arakawa é um artista cujas ações performáticas e instalações possuem caráter colaborativo e improvisado. Juntos, e com participantes provenientes de uma grande associação de amigos artistas, Tcherepnin e Arakawa criam performances e instalações que transcendem os limites de uma única mídia. Oscilando entre som, performance, escultura e pintura, seus trabalhos buscam envolver o espectador como participante em uma proposta artística intensiva e efêmera.
136
Sheila Hicks 1934, Hastings, Estados Unidos. Vive em Paris, França.
Ptera II 2011
Indiscutivelmente uma das mais importantes artistas trabalhando com arte têxtil, Sheila Hicks rejeita os limites que separam arte, artesanato e design. Seduzida por técnicas de tecelagem com as quais teve contato em viagens pelas Américas Central e do Sul, a artista desenvolve, há mais de seis décadas, uma obra calcada na exploração criativa de técnicas tradicionais e não tradicionais de manipulação têxtil, nas quais usa o fio para jogar com formas, divisões, assimetria, graus variáveis de tensão, relaxamento e cor.
137
Sigurdur Gudmundsson 1942, Reykjavik, Islândia. Vive em Amsterdã, Holanda, e Xiamen, China.
Study for Horizon 1975
A obra de Sigurdur Gudmundsson está baseada em desvios de significados e inusitadas aproximações entre o homem e o ambiente. Coletivamente intituladas Situations, suas fotografias guardam influência do movimento Fluxus e da arte conceitual e elaboram uma visão poética e filosófica da existência. Estabelecendo relações de equilíbrio e justaposição entre seu corpo e os mais variados objetos e contextos, o artista parece emoldurar, de maneira ao mesmo tempo dramática e bem-humorada, o embate e o equilíbrio entre natureza e cultura.
138
Simone Forti 1935, Florença, Itália. Vive em Los Angeles, Estados Unidos.
Huddle 2009
O trabalho de Simone Forti brotou da cena artística nova-iorquina da década de 1960 – período dominado pela arte minimalista e pela dança performática. Desde seus trabalhos de movimento e fala de improviso, iniciados nos anos 1980, até seu enfoque na escrita, a artista desenvolveu modelos e métodos de composição para tratar da relação entre abstração e subjetividade. A empatia de Forti pela (re)criação de movimentos naturais – em que o corpo é o objeto de arte em si mesmo – foi em parte influenciada pela obra de coreógrafa Anna Halprin. Esses interesses transbordaram para os desenhos da artista, que, raramente exibidos, podem ser considerados um prelúdio para suas coreografias e improvisações.
139
Sofia Borges 1984, Ribeirão Preto, Brasil. Vive em São Paulo, Brasil.
Pepita 2011
Situando o espectador em um ponto intermediário entre o que seria a fotografia e seu espaço de instauração, Sofia Borges cria um ambiente rarefeito de envolvente estranhamento – que parece colocar nossa percepção em estado de iminência e suspensão. Compostas a partir da manipulação explícita e bem elaborada de procedimentos específicos do meio fotográfico – tempo de exposição, temperatura de cor, quantidade de luz, técnica de composição –, as imagens criadas pela artista evocam uma atmosfera ao mesmo tempo distante e familiar, que embaça a fruição e nos impede de apontar com clareza se estamos diante de um instantâneo casual ou de uma elaborada abstração formal.
140
Studio 3Z 1949, Angola. Vive em Quinxasa, República Democrática do Congo.
Mannequins exposant le nouveau mode de pantalon dénommé pattes d'éléphant 1973-1974
Em 1971, Ambroise Ngaimoko abriu seu estúdio na cidade de Kitambo. O nome, Studio 3Z, simboliza os três Zaires: o país, a moeda corrente e o rio. Devido ao emprego de uma técnica inédita, em que dois retratos eram revelados na mesma folha usando duas vezes o mesmo negativo, o Studio 3Z ganhou reconhecimento e renome. Jovens que vieram para o estúdio lembram-se dele pela constante variação dos fundos fotográficos. Em fotos em preto e branco, Ngaimoko retratava famílias e indivíduos. Ancorados na filosofia de uma era pré-digital, em que a fotografia era muito mais um evento orquestrado e contido que um mero instantâneo, seus retratos pintam a diversidade de personagens e manifestam a riqueza das relações humanas.
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Tehching Hsieh 1950, Nan-Chou, Taiwan. Vive em Nova York, Estados Unidos.
One Year Performance 1980-1981, New York (Punching the Time Clock)
Na primeira de suas Performances de Um Ano, Tehching Hsieh permaneceu confinado em uma cela em seu estúdio. Em seguida, registrou, com um relógio-ponto e fotografias, todas as horas do dia. Na terceira, passou os 365 dias vivendo nas ruas de Nova York. Depois, ficou amarrado a uma mulher sem poder tocá-la. A última performance (1985-86), anunciava seu distanciamento do mundo da arte. A partir de então, propôs-se viver treze anos produzindo arte sem mostrá-la até completar 49 anos, quando concluiu seu plano e deixou de atuar como artista.
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Thiago Rocha Pitta 1980, Tiradentes, Brasil. Vive em São Paulo, Brasil.
Monumento à deriva continental 2011
Centrado na relação entre arte e natureza, o trabalho de Thiago Rocha Pitta ganha forma em fotografias, desenhos, vídeos, pinturas, esculturas e instalações. Apostando no diálogo com o ambiente natural, o artista explora os padrões mutáveis do ar, do fogo ou da água por meio de intervenções que se expõem ao tempo e narram diferentes fenômenos e manifestações ambientais. Seu interesse em explorar os processos naturais dos elementos é propagado por um ponto de vista poético e se manifesta em seu trabalho como uma maneira de reforçar a natureza como coautora de seu projeto estético.
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Thomas Sipp Vive em Paris e Toulouse, França.
Hôtel Humboldt
Thomas Sipp realiza, desde o início dos anos 1990, uma obra consistente, de caráter documental, por meio de cinema, vídeo e rádio. Dando continuidade à tradição do cinema direct, Sipp é autor de uma obra intimista cujos temas – enunciados por meio de uma surpreendente e comovedora leveza fílmica – giram em torno de figuras da infância e da velhice. Oferecendo um olhar pós-humanista e poético sobre os limites da existência, o início e o fim do ciclo vital, as relações familiares, os ritos de passagem e a fragilidade do corpo, a poética do artista revela, com exata fidelidade documental, as potências criativas da existência cotidiana.
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Tiago Carneiro da Cunha 1973, São Paulo, Brasil. Vive em Rio de Janeiro, Brasil.
Retorno de zumbi 2009
Tratando irônica e criticamente temas como violência, sexo e exotismo, Tiago Carneiro da Cunha explora o que há de mais repulsivo e bizarro nos estereótipos que habitam a tragicômica existência humana. Suas obras apresentam personagens estranhos e deformados que evocam imagens violentas e impulsos abjetos. Espreitando a cultura popular, a política, a mídia, os filmes de terror e a própria arte, o artista cria esculturas em resina que parecem modeladas por camadas de sonho, humor e loucura.
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Viola Yeşiltaç 1975, Hannover, Alemanha. Vive em Nova York, Estados Unidos.
Untitled (I Really Must Congratulate You on Your Attention to Detail) 2012
O trabalho de Viola Yeşiltaç explora os possíveis deslocamentos que se operam entre a fotografia, o desenho, a escultura e a performance, enfatizando a relação entre representação e forma. Seu trabalho é influenciado pela tradição construtivista e suas esculturas em papel frequentemente incorporam fotos de cena de filmes ou fotografias de sua autoria. A artista ajusta e dobra as folhas de papel até atingir formas que mereçam registro fotográfico. As qualidades poéticas de seu trabalho se revelam também em suas peças textuais e desenhos, que carregam exageros e transmitem uma qualidade quase cômica.
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Waldemar Cordeiro 1925, Roma, Itália. 1973, São Paulo, Brasil.
Foto do Clube Esperia 1965
Antes de dedicar-se à arte com computadores, Waldemar Cordeiro trabalhou como pintor e paisagista. Atributos de arte concreta, como o enfoque estrutural nos materiais e processos, a linguagem e a busca pela redução geral dos meios expressão emanam de sua prática. Da mesma forma, lógica e racionalidade se tornaram princípios fundadores do grupo Ruptura, com o qual Cordeiro esteve envolvido de 1952 em diante. Mais tarde, o artista percebeu na arte eletrônica a possibilidade de formar uma cultura artística de alcance internacional.
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Xu Bing
MAB-FAAP
1955, Chongqing, China. Vive em Pequim, China, e Nova York, Estados Unidos.
Forest Project 2005-
Símbolos que se materializam, embaralham significados e inventam um novo código desafiam o espectador na obra de Xu Bing. Em seus trabalhos, espectadores se veem diante de algo familiar até que percebem a falta de correspondência com a realidade. Em um sofisticado jogo de significados, o artista traz à tona o teor limitante e o distanciamento que as palavras possuem do mundo material e espiritual. Ofuscando a fronteira em que se encontram linguagem e significado, Xu Bing faz com que se desconfie do conhecimento. Ao impossibilitar a leitura, o artista explora a conexão do homem com o mundo escrito, a função e os limites da linguagem.
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Yuki Kimura 1971, Kyoto, Japão. Vive em Berlim, Alemanha, e Kyoto.
Katsura 2012
As instalações de Yuki Kimura combinam imagens – apropriadas e autorais – e objetos, na tentativa de construir novos espaços para a exploração de questões existenciais. “Por que estou viva aqui e agora?” é um dos questionamentos que norteiam seus trabalhos, que, muitas vezes com humor, criam sistemas narrativos complexos, gerando uma relação delicada entre o espectador, as imagens e o espaço da instalação. O olhar ao passado e ao futuro convida o interlocutor a encarar a própria mortalidade e, ao mesmo tempo, compreender a continuidade da vida como um todo.
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Bienal na cidade
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Museu de Arte Brasileira da FAAP José Arnaud Bello (p. 097) Robert Smithson (p. 129) Xu Bing (p. 148) Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo. (11) 3662 7198 www.faap.br/museu ter-sex: 10h-20h; sáb, dom, feriados: 13h-17h, fechado às segundas, incluse quando feriado. Santa Cecília (linha 3) ou Paulista (linha 4). 408A-10
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Instituto Tomie Ohtake Bruno Munari (p. 057)
Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, entrada pela R. Coropés, Pinheiros, São Paulo. (11) 2245 1900 www.institutotomieohtake.org.br 3 de outubro-18 novembro. Ter-dom: 11h-20h. Faria Lima (linha 4). 117Y-10, 477A-10, 802C-10, 875C-10, 875C-22, 957T-10, 958P-10, 5100-10, 6262-10, 6262-21, 8171-10, 9050-10, 9051-10,
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CAPELA DO MORUMBI R. GEN. ALM ÉRIO DE MOU RA
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Capela do Morumbi Maryanne Amacher (p. 110)
Avenida Morumbi, 5.387, Morumbi, São Paulo. (11) 3772 4301 www.museudacidade.sp.gov.br/capeladomorumbi.php ter-dom: 9h-17h. Butantã (linha 4), Estação CPTM Morumbi (linha 9). 756A-10, 756A-21, 807J-10, 6291-10, 7040-10, 7040-21, 8020-10
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MASP Benet Rossell (p. 054) Jutta Koether (p. 100)
Avenida Paulista, 1.578, Bela Vista, São Paulo. (11) 3251 5644 masp.art.br ter-dom: 11h-18h (bilheteria até as 17h30); qui: 11h-20h (bilheteria até as 17h30). Trianon-Masp (linha 2). 175P-10, 669A-10, 857P-10, 875H-10, 917M-10,
478P-10, 669A-41, 857R-10, 875M-10, 975A-10
478P-31, 714C-10, 874C-10, 875P-10,
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577T-10, 775P-10, 875A-10, 917H-10,
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Casa Modernista Sergei Tcherepnin com Ei Arakawa (p. 136)
Rua Santa Cruz, 325, Vila Mariana, São Paulo. (11) 5083 3232 www.museudacidade.sp.gov.br/casamodernista.php ter-dom: 9h-17h. Santa Cruz (linha 1). 375V-10, 476A-10, 4714-10, 5103-10, 5103-21
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Praça Monteiro Lobato, s/n., Butantã, São Paulo. (11) 3031 0920 www.museudacidade.sp.gov.br/ casadobandeirante.php ter-dom: 9h-17h. Butantã (linha 4), Estação CPTM Cidade Universitária (linha 9). 809L-10, 7702-10, 7725-10
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Estação Luz Fechada das 0h às 5h. 2523-10, 7458-10 Linhas 1, 3, 4, 7, próxima à Pinacoteca do Estado de São Paulo.
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Ao longo da avenida, em displays de bancas de jornal.
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Pavilhão da Bienal
Av. Pedro Álvarez Cabral, s.n., Parque Ibirapuera, Portão 3. (11) 5576 7600 www.30bienal.org.br ter, qui, sáb, dom, feriados: 9h-19h (entrada até 18h); qua, sex: 9h-22h (entrada até 21h), fechado às segundas. Entrada franca.. 175T-10, 5175-10, 5370-10, 7710-10,
477U-10, 509M-10, 5164-10, 5175-10, 5194-10, 5300-10, 5300-10, 5362-41, 5370-10, 5611-10, 6358-10, 6455-21, 857A-10
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Programação Ao propagar-se pela cidade, o programa da 30ª Bienal de São Paulo – A iminência das poéticas reconhece o aspecto histórico da cidade em analogia com o presente. Os espaços de articulação e comunicação são diversos: o Pavilhão da Bienal e outros espaços expositivos, os programas educativos, os seminários, as performances, as sessões de filme e os programas de rádio. Em colaboração com vários parceiros e instituições da cidade, a 30ª Bienal criou um programa paralelo, que parte das obras de artistas participantes da exposição, mas não se limita a elas. Entre setembro e dezembro, a rede SESC, o MIS-SP (Museu da Imagem e do Som), o centro cultural b_arco, o Planetário do Parque Ibirapuera e outros espaços recebem séries de conversas, leituras, projeções de filmes e performances musicais. Para saber mais sobre a programação da 30ª Bienal, acesse o site www.30bienal.org.br. No Pavilhão da Bienal, informe-se com os educadores ou nos monitores de TV.
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Ativação de obras As ativações são atividades ou intervenções em obras de artistas participantes - e são parte da construção dessas obras. Enquanto as obras dos artistas Athanasios Argianas e Simone Forti sofrem ativações de atores e performers numa frequência regular dentro do Pavilhão da Bienal, a obra de Leandro Tartaglia acontece em viagens guiadas, que partem diariamente da Bienal e seguem pela cidade de São Paulo. De outra natureza, as esculturas sonoras dos artistas Sergei Tcherepnin com Ei Arakawa são apresentadas na Casa Modernista e integram ativações de músicos e público, em conjunto. Athanasios Argianas Music Sideways / Canon for Three Voices (Endless) [Laterais musicais / Cânone a três vozes (Sem fim)] · 2007-2012 Performance musical criada pelo artista Athanasios Argianas e executada por três cantoras de coral. Onde: Pavilhão da Bienal - diversos locais (sem aviso prévio). Quando: Quartas das 19h às 20:35. Domingos das 16h às 17:35. Leandro Tartaglia Tudo em sua mente. Viagem em dois atos · 2012 Viagem de carro ida e volta até a Capela do Morumbi ouvindo um diálogo. Inclui visitação à obra da artista Maryanne Amacher. Duração da viagem: aprox. 1 hora. Onde: saída e retorno do Pavilhão da Bienal. Quando: Terças às sextas às 13h e às 14h30. Sábados e domingos às 15h e às 16h30.
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Sergei Tcherepnin with Ei Arakawa Looking at Listening [Olhando para audição]· 2011-2012 Experiência sonora e visual na Casa Modernista. Os visitantes da galeria serão convidados a manipular as esculturas com assistência de um educador. Onde: Casa Modernista. Quando: Terças aos sábados às 10h e às 15h. Simone Forti Dance Constructions [Construções de dança] · 1961 Série de performances de dança em colaboração com grupos de artistas e bailarinos de São Paulo. Onde: Pavilhão da Bienal, sala de Simone Forti. Quando: Terças, quintas, sábados e domingos das 15h às 17h. Quartas e sextas das 18h às 20h.
Mobile Radio Mobile Radio integra a dupla de artistas Knut Aufermann e Sarah Washington. Mobile Radio BSP, uma estação de rádio instalada na 30ª Bienal, colabora com múltiplas estações no Brasil, na América Latina e no resto do mundo. A partir dessa constelação se forma um projeto de rádio experimental único com transmissão ao vivo da Bienal, pelas ondas de rádio AM e FM e pela internet. Para ouvir o Mobile Radio acesse nosso site radio.30bienal.org.br de um computador, tablet ou smartphone. Ou acesse www.mobile-radio.net. A rádio opera 24hs. Para colaborar e contribuir, escreva para bsp@mobile-radio.net
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Simpósios Onde: Sesc-Belenzinho. Quando: informe-se sobre horários e inscrições em nosso site. 6 de novembro Tema: Iminências A prática artística produz seu significado mantendo o sentido em estado de potência: história e discurso artístico em chave de iminência: “ocorrência” e “interação, transmissão e intervalo. 7 de novembro Tema: Arte Contemporânea: Disciplina e antidisciplina A arte é uma disciplina? Quais são suas limitações disciplinares? A tradição moderna de ruptura é atual? Seria a arte uma antidisciplina? 8 de novembro Tema: Arquivar o futuro Arquivar é uma prática de memória; entretanto, suas consequências ativam nosso entendimento do futuro: o arquivo garante uma dimensão profética do passado? Sesc Belenzinho Rua Padre Adelino, 1.000, Belém, São Paulo.l (11) 2076 9700 www.sescsp.org.br ter-sáb: 9h-22h; dom, feriados: 9h-20h. Estação Belém (linha 3).
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Pragmatismo poético – Seminário Internacional em Educação e Arte Organizado pelo Educativo Bienal como parte da programação da 30ª Bienal. Onde: Sesc-Belenzinho. 21 de agosto O que acontece quando você anda? Deslocamento e violência. O que acontece cada vez que você festeja? Parcerias e redes. 22 de agosto Por que guardar? Museus e instituições culturais e acervos. O que acontece cada vez que você consente? Educação como negociação. 23 de agosto Como medir a distância que te separa do que você diz? Conversa sobre o falar do professor, do artista e do curador. Quando não há nada, o que vemos? Ações ousadas e experiências inovadoras. Uma coisa significa outra coisa quando muda de lugar? Educação formal e não formal.
30ª Bienal no SESI De setembro de 2012 a 2016, o Educativo Bienal e o SESI-SP realizarão a mostra de videoarte Bienal no SESI, que levará ao público obras em vídeo da 30ª Bienal. A mostra percorrerá o SESI-SP e a Unidade Móvel de Artes e Cultura. Algumas unidades sediarão Encontros de Formação em Arte Contemporânea, realizados pelo Educativo Bienal e voltados para professores e educadores. Agenda completa no website: educativo.30bienal.org.br.
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Performances e eventos Vários artistas participarão de atividades no pavilhão e em vários locais da cidade durante a 30ª Bienal. São performances, concertos, conversas, palestras, intervenções sonoras etc. Muitas são únicas e não se repetem, então fique atento para a programação no site da 30ª Bienal.
Ações do educativo Ateliê de carimbos e reprodução de imagens Ateliê de livros e colagens Ateliê de luzes Ateliê de fotos Apresentações musicais e teatrais Programa completo: Palestra + visita orientada Leitura de poesia para crianças e famílias Narrativas de histórias Ateliês com artistas convidados Encontros com artistas para professores Encontro com artistas para jovens Relatos de professores Experiências + experiências: conversas entre professores e educadores Semana do Professor Dia da Criança
Para mais informações, procure a equipe do Receptivo na entrada, os Educadores em todos os andares ou visite nosso site: educativo.30bienal.org.br. Importante: algumas ações requerem inscrição pelo site.
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Serviços ao visitante Visitas orientadas agendadas As visitas orientadas são gratuitas para grupos. Os grupos podem ter de 10 a 20 pessoas - é necessário um adulto responsável para acompanhar cada grupo. Estamos preparados para receber pessoas com deficiência. Inscreva quantos grupos quiser de acordo com a disponibilidade de agendamentos. A faixa etária recomendada para a exposição é acima de seis anos. As visitas devem ser agendadas através da empresa Diverte Cultural, T: (11) 3883-9090. Visitas orientadas para público espontâneo (sem agendamento) De terça a domingo, são oferecidas visitas orientadas espontâneas para pequenos grupos ou pessoas que pretendem ter um diálogo sobre as obras da exposição, mas que não realizaram o agendamento. Os interessados devem procurar a equipe do Receptivo do Educativo, localizada próximo à entrada da exposição. Estamos preparados para receber pessoas com deficiência. Visitas +60 Orientadas especialmente para grupos de pessoas com mais de 60 anos. As visitas podem ou não ser seguidas por ateliês. Agendamento com a empresa Diverte Cultural T: (11) 3883-9090. Mais informações sobre agendamento de visitas em www. divertecultural.com.br
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Sala de Leitura Todos os dias, localizada no Arquivo Bienal (2º andar). Conheça a biblioteca da Bienal, um dos mais importantes acervos sobre arte no país, com livros de artista e sobre artistas, catálogos das bienais e de outras exposições, e muito mais.
O Educativo Bienal fará uma programação especial na Sala de Leitura. Informe-se no site e nos monitores de TV espalhados pelo pavilhão.
Audioguia Oi O audioguia da 30ª Bienal é um meio de contato direto entre o público e a curadoria. Narrados pelo curador Luis Pérez-Oramas, os áudios apresentam ao ouvinte o universo da 30ª Bienal. São alguns pontos de partida que você encontrará sinalizados no espaço expositivo. O intuito dessas falas não é guiá-lo pelo espaço de maneira rígida, mas oferecer caminhadas enriquecedoras e inspiradoras.
Para ouvir os áudios, procure as placas de sinalização especialmente feitas para o audioguia. Você tem três opções de acesso: • Ligar para o portal de voz da Oi (11 8080-3300) e digitar o código do áudio desejado (custo: a partir de celular Oi é R$ 0,51 + tributos por minuto; outras operadoras de acordo com o seu plano) • Usar seu smartphone ou tablet para ler o código QR (requer aplicativo) • Ou visitar nosso site www.30bienal.org.br e baixar gratuitamente os arquivos de áudio para seu MP3 player ou celular (o acesso ao site só pode ser feito por computador, por isso, faça o download antes de vir à exposição. O pavilhão não oferece wi-fi).
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Catálogo À venda na livraria, o catálogo apresenta imagens produzidas especialmente pelos artistas para representar seu pensamento criativo, acompanhadas de textos sobre sua poética, e ensaios curatoriais sobre os conceitos que nortearam a exposição, além de um ensaio do historiador Homi Bhabha sobre a 30ª Bienal.
Para complementar o catálogo, a Coleção Bienal – realizada em parceria com a editora Hedra – traz textos-chaves para o conceito curatorial, escritos por autores que cobrem um extenso arco temporal: Filóstrato, Giordano Bruno, Giorgio Agamben, José Bergamín e Pascal Quignard.
Restrições Indica salas com obras que podem ser consideradas ofensivas. Coloque o celular no modo silencioso. O uso do telefone pode incomodar os outros visitantes. Se precisar usá-lo, faça-o fora do espaço expositivo. Deixe mochilas, bolsas grandes e outros objetos no guarda-volumes. Ande devagar. Existem vários objetos no espaço expositivo que podem se quebrar e machucar você. Contribua para que as crianças aproveitem a exposição, respeitando as obras e os outros visitantes. O flash das câmeras danifica as obras, fotografe sem ele. As obras são sensíveis e sua conservação exige cuidados, por isso não devem ser tocadas. As obras que permitem interação serão indicadas pelos Educadores. Resíduos de alimentos tornam o espaço expositivo inadequado para os visitantes e as obras.
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Os espaço expositivo é cheio de objetos e o pavilhão é envolto por janelas de vidro. Para não se machucar ou danificar obras, deixe seus artigos esportivos no guarda-volumes.
Serviços Livraria – 1º andar Banheiros – todos andares Guarda-volumes – térreo Café – mezanino
Acessibilidade Telefones para cadeirantes · todos os pavimentos. Sanitários para cadeirantes · térreo, 1º e 2º pavimentos. Elevador para pessoas com mobilidade reduzida (acesso acompanhado de brigadista). Telefone para surdos · 1º andar
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Créditos FUNDAÇÃO BIENAL DE SÃO PAULO Fundador Francisco Matarazzo Sobrinho 1898–1977 (presidente perpétuo) Conselho de Honra Oscar P. Landmann † (presidente) • Membros do Conselho de Honra composto de ex-presidentes Alex Periscinoto Carlos Bratke Celso Neves † Edemar Cid Ferreira Jorge Eduardo Stockler Jorge Wilheim Julio Landmann Luiz Diederichsen Villares Luiz Fernando Rodrigues Alves † Maria Rodrigues Alves † Manoel Francisco Pires da Costa Oscar P. Landmann † Roberto Muylaert • Conselho de administração Alfredo Egydio Setubal, (presidente em exercício) • Membros vitalícios Adolpho Leirner Alex Periscinoto Benedito José Soares de Mello Pati Carlos Bratke Gilberto Chateaubriand Hélène Matarazzo Jorge Wilheim Julio Landmann Manoel Ferraz Whitaker Salles Miguel Alves Pereira Pedro Aranha Corrêa do Lago Pedro Franco Piva Roberto Duailibi Roberto Pinto de Souza Rubens José Mattos Cunha Lima
Álvaro Augusto Vidigal Andrea Matarazzo Antonio Bias Bueno Guillon Antonio Bonchristiano Antonio Henrique Cunha Bueno Beatriz Pimenta Camargo Beno Suchodolski Cacilda Teixeira da Costa Carlos Alberto Frederico Carlos Francisco Bandeira Lins Carlos Jereissati Filho Cesar Giobbi Claudio Thomas Lobo Sonder Danilo dos Santos Miranda Decio Tozzi Eduardo Saron Elizabeth Machado Emanoel Alves de Araújo Evelyn Ioschpe Fábio Magalhães Fernando Greiber Fersen Lamas Lembranho Gian Carlo Gasperini Gustavo Halbreich Jackson Schneider Jean-Marc Robert Nogueira Baptista Etlin Jens Olesen Jorge Gerdau Johannpeter José Olympio da Veiga Pereira Marcos Arbaitman Maria Ignez Corrêa da Costa Barbosa Marisa Moreira Salles Meyer Nigri Nizan Guanaes Paulo Sérgio Coutinho Galvão Pedro Paulo de Sena Madureira Roberto Muylaert Ronaldo Cezar Coelho Sérgio Spinelli Silva Susana Leirner Steinbruch Tito Enrique da Silva Neto • Conselho fiscal Carlos Alberto Frederico Gustavo Halbreich Tito Enrique da Silva Neto Pedro Aranha Corrêa do Lago
• Membros Alberto Emmanuel Whitaker Alfredo Egydio Setubal Aluizio Rebello de Araujo
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Diretoria executiva Heitor Martins (presidente) Eduardo Vassimon (1º. vicepresidente) Justo Werlang (2º. vicepresidente) • Diretores Jorge Fergie Luis Terepins Miguel Chaia Salo Kibrit
30ª Bienal de São Paulo Curadoria Luis Pérez-Oramas (curador) André Severo (curador associado) Tobi Maier (curador associado) Isabela Villanueva (curadora assistente) • Curadores convidados Ariel Jimenez (Roberto Obregón) Helena Tatay (Hans-Peter Feldmann) Susanne Pfeffer (Absalon) Vasco Szinetar (Alfredo Cortina) Wilson Lazaro (Arthur Bispo do Rosário) • Assessoria curatorial Andre Magnin (Frédéric Bruly Bouabré, Ambroise NgaimokoStudio 3Z) Beatrix Ruf (Mark Morrissoe) Joaquim Paiva (Alair Gomes) John Rajchman (Fernand Deligny, Xu Bing) Justo Pastor Mellado (Ciudad Abierta) Luciana Muniz (Alair Gomes) Micah Silver & Robert The (Maryanne Amacher) Pia Simig (Ian Hamilton Finlay) Sandra Alvarez de Toledo (Fernand Deligny) Teresa Gruber (Mark Morrisroe) Diretor superintendente Rodolfo Walder Viana Consultor Emilio Kalil
Coordenação geral de produção Dora Silveira Corrêa Curadoria Educativo Bienal Stela Barbieri Coordenação geral de comunicação André Stolarski Projetos e produção • Produtores Felipe Isola Fernanda Engler Helena Ramos Janayna Albino Joaquim Millan Marina Scaramuzza Waleria Dias Arthur Benedetti (logística de transporte) Grace Bedin (transporte) Viviane Teixeira (assistente geral) Luisa Colonnese (assistente) Marcos Gorgatti (assistente) • Cenotécnico Metro Cenografia | Quindó de Oliveira • Montagem de obras William Zarella • Museologia Macarena Mora Graziela Carbonari Bernadette Ferreira Heloísa Biancalana • Projeto audiovisual de obras Maxi Áudio Luz Imagem • Projeto luminotécnico Samuel Betts • Transporte Arte3 Log ArtQuality Expografia Metro Arquitetos Associados Martin Corullon (arquiteto responsável) Helena Cavalheiro (arquiteta) Felipe Fuchs (arquiteto) Bruno Kim (arquiteto)
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• Produção gráfica Signorini
Marina Iioshi (arquiteta) Francisca Lopes (estagiária) Rafael de Sousa (estagiário) Comunicação • Coordenação de comunicação Felipe Taboada (coordenador) Júlia Frate Bolliger (assistente de comunicação) Julia Bolliger Murari (assessora de imprensa) • Coordenação de design Ana Elisa de Carvalho Price (coordenadora) Felipe Kaizer (designer gráfico) Roman Iar Atamanczuk (assistente de design) André Noboru Siraiama (estagiário) Douglas Higa (estagiário)
• Registro audiovisual Mira Filmes (coordenação) Gustavo Rosa de Moura (diretor geral) Bruno Ferreira (coordenador, fotógrafo e editor) Francisco Orlandi Neto (fotógrafo e editor) Rafael Nantes (editor) Brunno Schiavon (assistente de edição) Joana Brasiliano (designer) Luciana Onishi (produtora executiva) Juliana Donato (produtora) Leo Eloy (fotógrafo) Nick Graham Smith (trilha sonora) • Workshop de identidade visual
• Coordenação editorial Cristina Fino (coordenadora) Diana Dobránszky (editora) Alícia Toffani (assistente editorial)
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• Designers convidados Armand Mevis & Linda Van Deursen Daniel Trench Elaine Ramos Jair de Souza Rico Lins
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• Participantes do workshop Adriano Guarnieri Cecília Oliveira da Costa Daniel Frota de Abreu David Francisco Débora Falleiros Gonzales Miguel Nobrega Pedro Moraes Rafael Antônio Todeschini Renata Graw Renato Tadeu Belluomini Cardilli Tatiana Tabak William Hebling
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• Equipe Bienal Ana Elisa de Carvalho Price André Stolarski André Noboru Siraiama Douglas Higa Felipe Kaizer Matheus Leston Roman Iar Atamanczuk Victor Bergmann
• Coordenação de internet Victor Bergmann (coordenador) • Apoio à coordenação geral Eduardo Lirani (assistente administrativo e produtor gráfico) • Assessoria de imprensa A4 • Desenvolvimento de website Conectt • Desenvolvimento do jogo educativo online Zira • Edição e tradução de legendas Mariana Lanari • Gerenciamento de documentação audiovisual Rena Lanari • Pesquisa Manoel Veiga
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• Coordenadora de produção Rena Lanari
Educativo Bienal Carolina Melo (assistente de curadoria) Guga Queiroga (secretária) • Supervisão geral Laura Barboza • Relações externas Helena Kavaliunas (coordenadora) Ana Lua Contatore (assistente) Juliana Duarte (assistente) Maíra Martinez (assistente) • Voluntários Rosa Maia (coordenadora) Chynthia Rafael da Silva Daniela Fajer (arquitetura) Débora Borba Gaelle Pierson Giuliana Sommantico Isadora Reis (arquivo) Karla Shulz Sganga (produção) Lucia Abreu Machado Marcelle Sartori Maria Cecília Lacerda de Camargo Maria Fillipa Jorge Maria Varon (arquivo) Marina Mesquita Paola Ribeiro Paula de Andrade Carvalho Paulo Franco Tereza Galler Vera Cerqueira
• Comunicação Daniela Gutfreund (coordenadora) Beatriz Cortés (documentação/ sala de leitura) Denise Adams (fotógrafa) Fernando Pião (fotógrafo assistente) Sofia Colucci (estagiária) Simone Castro (jornalista) Amauri Moreira (documentação audiovisual) • Produção Valéria Prates (coordenadora) Bob Borges (produtor) Elisa Matos (produtora) Marcelo Tamassia (produtor) Dayves Augusto Vegini (assistente de produção) Mauricio Yoneya (assistente) Danilo Guimarães (estagiário) • Formação de educadores Laura Barboza (coordenadora geral) •
• Coordenadores Elaine Fontana Pablo Tallavera
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• Supervisores Anita Limulja Carlos Alberto Negrini Carolina Velasquez Debora Rosa Leandro Ferre Caetano Marcos Felinto Mayra Oi Saito Pedro Almeida Farled Rodrigo De Leos Paula Yurie Talita Paes
• Ensino Carlos Barmak (coordenador) Daniela Azevedo (coordenadora) •
• Pesquisa Marisa Szpigel
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• Produção de conteúdo e palestras Denise Adams Galciani Neves Guga Szabzon Matias Monteiro Otávio Zani Ricardo Miyada Tiago Lisboa
Arquivo Bienal Adriana Villela (coordenadora) Ana Paula Andrade Marques (pesquisadora) Fernanda Curi (pesquisadora) Giselle Rocha (técnica em conservação) José Leite de A. Silva (Seu Dedé) (auxiliar administrativo) Assessoria jurídica Marcello Ferreira Netto
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Finanças e controladoria Fabio Moriondo (gerente) Amarildo Firmino Gomes (contador) Bolivar Lemos Santos (estagiário) Fábio Kato (auxiliar financeiro) Lisânia Praxedes dos Santos (assistente de folha de pagamento) Thatiane Pinheiro Ribeiro (assistente financeiro) Marketing e captação de recursos Marta Delpoio (coordenadora) Bruna Azevedo (assistente) Gláucia Ribeiro (assistente) Raquel Silva (assistente administrativa) Recursos humanos e manutenção Mário Rodrigues (gerente) Geovani Benites (auxiliar administrativo) Rodrigo Martins (assistente de recursos humanos) Manoel Lindolfo Batista (engenheiro eletricista) Valdemiro Rodrigues da Silva (coordenador de compras e almoxarifado) Vinícius Robson da Silva Araújo (comprador sênior) Wagner Pereira de Andrade (zelador) Secretaria geral Maria Rita Marinho (gerente) Angélica de Oliveira Divino (auxiliar administrativa) Maria da Glória do E.S. de Araújo (copeira) Josefa Gomes (auxiliar de Copa) Tecnologia da informação Marcos Machuca (assessor especial) Leandro Takegami (coordenador) Jefferson Pedro (assistente de TI) Relações institucionais Flávia Abbud (coordenadora) Mônica Shiroma de Carvalho (analista)
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Educadores em formação (Primeira fase) Adriana Amossi Dolci Leme Palma Adriano Vilela Mafra Aline de Cássia Silva Escobar Aparício Aline Marli de Sousa Moraes Amanda Capaccioli Salomão Aminah Barbara Martins Hamid Haman Ana Carolina Cabral Motta Ana Carolina Druwe Ribeiro Ana Flavia Baldiviezo Cáceres Ana Paula Lopes de Assis André Benazzi Piranda André Rabelo Simões Andrea Lins Barsi Anike Laurita de Souza Anna Carolina Ferreira Lima Anna Livia Marques de Souza Anna Luísa Veliago Costa Anne Bergamin Checoli Beatriz Ricci Aranha Bianca Panigassi Zechinato Bianca Selofite Breno Feijó Alva Zunica Bruna Amendola Dell Arciprete Bruna Gomes da Silva Bruno Brito Bruno Cesar Rossarola dos Santos Camila Sanches Zorlini Camila Terra Rodrigues Carlos Eduardo Gonçalves da Silva Carolina Brancaglion Pereira Carolina Laiza Boccuzzi Carolina Oliveira Ressurreição Carolina Tiemi Takiya Teixeira Caroline de Freitas Flores Ferreira Caroline Pessoa Micaelia Catharine Rodrigues Clarisse Gomes Valadares Danielle Sleiman Daphine Juliana Ferrão Desiree Helissa Casale Diego Castro da Silva Cavalcante Diran Carlos de Castro Santos Edivaldo Peixoto Sobrinho Elaine Mateus de Oliveira Rodrigues Elfi Nitze Elisabeth Costa Marcolino
Erivaldo Aparecido Alves Nascimento Fabio Lopes do Nascimento Fábio Moreira Caiana Felipe Eduardo Narciso Vono Felipe Magyar Mei Felipe Teixeira Rocio Fernanda Dantas da Costa Fernanda Xavier de Mendonça Fernando Augusto Fileno Filipe Monguilhott Falcone Flávia Marquesi de Souza Francisco Ferreira Menezes Frederico Luca L. e Silva Ravioli Gabriel de Aguiar Marcondes Cesar Gabriele Veron Chagas Ramos Gerson de Oliveira Junior Giovana Souza Jorqueira Giuliano Nonato Glaucia Maria Gonçalves Rosa Guilherme Pacheco Alves de Souza Inaya Fukai Modler Isabel Hatsumi Resende Miyamoto Isabela de Souza Contini Isabella da Silva Finholdt Isabella Pugliese Chiavassa Isabelle Daros Pignot Isadora do Val Santana Isadora Fernandes Mellado Ísis Arielle Ávila de Souza Jailson Xavier da Silva Jaqueline Lamim Lima Jaqueline Machado Gentilin Jessica Cavalcante Santos Jéssica Juliana Kim João Ricardo Claro Frare Joice Palloma Gomes Magalhães Jonas Rodrigues Pimentel Jorge dos Santos Feitosa Josinaldo Firmino dos Santos Juan Manuel Wissocq Julia Pontes de Souza Juliana Cristina Takahachi Juliana Meningue Machado Juliana Rodrigues Barros Karen de Marcos Veiga Lara Teixeira da Silva Laura da Silva Monteiro Chagas Leandro Eiki Teruya Uehara Letícia Scrivano Lígia Magalhães Marinho Liliane Vieira da Costa Soares
Lívia de Campos Murtinho Felippe Luana Oliveira de Souza Lucas Itacarambi Lucas Ribeiro da Costa Souza dos Santos Luciano Wagner Favaro Luís Carlos Batista Luis Henrique Bahu Luísa De Brino Mantoani Luisa de Oliveira Silva Luiz Fernando Misao Costa Luiza Americano Grillo Luiza Maria Fernandes da Silva Oliveira Maíra de Cássia Cerminaro Sciuto Mara Cristina Silva Moreira Marcela Dantas Camargo Márcia Gonzaga de Jesus Freire Marcos Paulo Gomide Abe Maria Augusta Bortolasi de Souza Aranha Marian Macedo de Macedo Mariana Ferreira Ambrosio Mariana Peron Mariana Teixeira Elias Marília Alves de Carvalho Marília Persoli Nogueira Marilia Rodrigues Pozzibon Marina Laraia Alegre Marina Ribeiro Arruda Mayara Longo Vivian Maysa Martins Mona Lícia Santana Perlingeiro Natalia da Silva Martins Natalia Ghacham Fernandes Natalia Marquezini Tega Nathalia de Paula Pinto Nayara Datovo Prado Paula Carolina de Andrade Carvalho Paula Uehara Kalili Paulo Victor F. de B. M. Delgado Pedro Gabriel Amaral Costa Pedro Henrique Moreira Priscila Nascimento Pires Pyero Fiel Ayres da Silva Rachel Pacheco Vasconcellos Rafael de Souza Silva Rafael Ribeiro Lucio Rafaela Priolli de Oliveira Rai de Miranda Pinto Raphaela Bez Chleba Melsohn Raquel Soares de Oliveira
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Raul Leitão Zampaulo Raul Narevicius dos Santos Renan Pessanha Daniel Renan Torquato Godinho Renata Gonçalves Bernardes Ricardo Henrique Marques da Silva Ricardo Vasques Gaspar Richard Melo Rômulo dos Santos Paulino Roseana Carolina Ayres Lourenço Samantha Kadota Oda Sandra Costa Ferreira Sarah de Castro Ribeiro Silvana dos Santos Medeiros Simone Dominici Sofia do Amaral Osório Stella Abreu Miranda de Souza Suzana Panizza Souza Suzana Sanches Cardoso Taize Alves Santana Talita Rocha da Silva Thais Regina Modesto Thamires Gaspar Victoria Pékny Viviane Cristina da Silva Viviane Cristina Tabach Willian Andrade Wilson de Lemos V. Cabral Yolanda Christine Oliveira Fernandes Yudi Rafael Lemes Koike Yukie Martins Matuzawa
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Créditos de imagem Absalon Cellule Nr. 3 (Prototype, for New York) [Célula n. 3 (Protótipo, para Nova York) · 1992 · Vista da instalação, KW Institute for Contemporary Art, Berlim · Madeira, cartão, pintura branca, tecido, tubos, néon · 202 × 410 × 280 cm · coleção: Musée d'Art Moderne de Saint Etienne Métropole, Saint-Etienne · cortesia: KW Institute for Contemporary Art, Berlim · Cópia de exibição Alair Gomes Sonatinas, Four Feet nr. 21 · c.1977 · Fotografia em gelatina e prata · 11,5 × 17,5 cm cada. Alberto Bitar Sem título · 2012 · (série: Corte Seco) · Fotografia colorida · 120 × 180 cm Alejandro Cesarco Index (A Reading) [Índice (Uma leitura)] · 2007-2008 · C-prints digitais, A-z em dez páginas · 61 × 76 cm · cortesia: Murray Guy, Nova York Alexandre da Cunha Landmark I [Marco I] · 2011 · Vista da instalação, Alexandre da Cunha Monolith, 30 de abril – 10 de junho de 2011, Sommer & Kohl, Berlim · Guarda-sóis, mastro, cordas · 250 × 250 × 706 cm · cortesia: Sommer & Kohl, Berlim Alexandre Navarro Moreira Apócrifo · 2001– · Intervenção urbana · Dimensões variáveis · foto: Patricia Schreiner
Alfredo Cortina Ortiz · 1955 · Fotografia fine art. Photo Rag Bright White, 3010 gsm, 100% algodão · 86 × 56 cm · coleção: Coleção particular Ali Kazma Automobile Factory [Fábrica de automóvel] · 2012 · (série: Obstruction [Obstrução]) · Instalação audiovisual, um canal · 10′ · cortesia: Galeri Nev Istanbul Allan Kaprow Comfort Zones [Zonas de conforto] · 1975 · Filme 16 mm transferido para vídeo em DVD, p&b, áudio · 17′49″ · coleção: Allan Kaprow Estate · cortesia: Hauser & Wirth, Londres · foto: Allan Kaprow · Caderno de atividades publicado pela Gallery Vandrés, Madri Andreas Eriksson A Second Time [Uma segunda vez] · 2007 · Bronze (duas partes) · 130 × 100 × 100 cm · cortesia: Galleri Riis, Oslo, Estocolmo · apoio: Moderna Museet; IASPIS · Edição 4/5 Anna Oppermann Anders sein (“Irgendwie ist sie so anders…) [Ser diferente (“De alguma forma ela é tão diferente…”)] · 1970-1986 · Vista da instalação, Württembergischer Kunstverein, Stuttgart, 2001 · Instalação · Dimensões variáveis · cortesia: Estate of Anna Oppermann; Galerie Barbara Thumm, Berlim Arthur Bispo do Rosário Carrinho – Arquivo II · s.d. · Madeira, metal, plástico, linha e PVA · 112 × 56 × 102 cm · coleção: Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro · foto: Rodrigo Lopes
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Athanasios Argianas The Length of a Strand of Your Hair, of the Width of Your Arms, Unfolded [O comprimento de um fio de seu cabelo, da largura de seus braços estendidos] · 2010 · Instalação · Dimensões variáveis · coleção: National Museum of Contemporary Art (EMST), Atenas · © Collection of the National Museum of Contemporary Art (EMST), Atenas August Sander Bricklayer [Pedreiro] · 1928 · (série: People of the 20th Century [Pessoas do Século 20]) · Impressão em gelatina e prata · 26 × 19 cm · cortesia: Julian Sander – Feroz Gallery, Bonn · © Die Photographische Sammlung/SK Stiftung Kultur - August Sander® Archiv, Köln; VG-Bild Kunst, Bonn, 2011 Bas Jan Ader Broken Fall (Geometric), Westkapelle, Holland [Queda interrompida (Geométrica), Westkapelle, Holanda] · 1971 · Fotografia colorida · 41,28 × 29,21 cm · cortesia: Bas Jan Ader Estate; Mary Sue Ader-Andersen; Patrick Painter Editions · © 1971 Mary Sue Ader-Andersen · edição de 3 Benet Rossell La Santa Secuencia [A santa sequência] · 1992 · Figuras de gesso, filmes de diferentes formatos e bobinas · Dimensões variáveis · foto: Eva Rodríguez Bernard Frize OPA · 2007 · Tinta acrílica sobre tela · 240,5 × 310 cm · cortesia: Galerie Perrotin, Paris · foto: André Morin · © Bernard Frize/ Galerie Perrotin, Paris
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Bernardo Ortiz Untitled (Fragment) [Sem título (Fragmento)] · 2010 · Nanquim e caderno de desenho · coleção: particular · foto: Bernardo Ortiz Bruno Munari Libro illeggibile MN1 [Livro ilegível MN1] · 1984 · © Bruno Munari. Todos os direitos reservados Maurizio Corraini srl. Cadu O hino dos vencedores (compilação) · 2012 · Boletos de loteria, caixas de música e papel · Dimensões variáveis · foto: Rafael Adorján Charlotte Posenenske Square Tubes [Tubos retangulares] · 1967 · (Series D (original) [Série D]) · Ilha de trânsito, Offenbach (Alemanha), 1967 · Chapa de aço dobrada · Dimensões variáveis · coleção: Estate Charlotte Posenenske · cortesia: Bukhard Brunn; Estate of Charlotte Posenenske, Frankfurt am Main · © Burkhard Brunn Christian Vinck Bombardeo a la Guaira [Bombardeio a Guaira] · 2012 · (série: Según el Archivo General de Indias [Segundo o Arquivo Geral das Índias]) · Óleo sobre tela · 63 × 69 cm Ciudad Abierta Ref.: Taller Amereida [Ref.: Ateliê Amereida] · 2010 · Professor arquiteto Andres Garcés, 31 de março de 2010 · foto: Arquiteto Ivan Ivelic · © Archivo Histórico José Vial Armstrong, Escuela de Arquitectura y Diseño PUCV Daniel Steegmann Mangrané Lichtzwang (rombo) [Restrição à luz] · 2010 · (série: Lichtzwang
[Restrição à luz] · 1998) · Aquarela sobre papel quadriculado · 21 × 15,5 cm Dave Hullfish Bailey Untitled (West by North) [Sem título (Oeste por norte)] · 2007-2008 · (série: Working Approximation of a Conventional Form, Re-determined by Prevailing Conditions [Estudo de aproximação de uma forma convencional, redeterminada por condições predominantes] · 2007-2009) David Moreno Silence [Silêncio] · 1995 · Livro encontrado, página e papel · Dimensões variáveis Diego Maquieira Confrontación de las Especies [Confrontação das espécies] · 2012 · (série: El Annapurna [A Annapurna]) · “Poemaduto” de imagens de conhecimento público em fotocópias. Fragmento da Annapurna · © Diego Maquieira Edi Hirose Nueva Esperanza #8 · 2010 · Fotografia · 50 × 50 cm Eduardo Berliner Máscara · 2011 · Óleo sobre tela · 176 × 150 cm Eduardo Gil Extra War Ends [Extra a guerra termina] · 2010 · Detalhe da instalação “Uma breve história do fim da guerra” Eduardo Stupía Sin titulo [Sem título] · 2007 · Óleo sobre tela · 200 × 200 cm Elaine Reichek There's No Need [Não há necessidade] · 2011 · Linho bordado à mão · 116,8 × 114,3 cm · coleção: particular· cortesia:
Shoshana Wayne Gallery, Santa Mônica · foto: Paul Kennedy Erica Baum Nebulous 2 [Nebuloso 2] · 2011 · (série: Naked Eye II [Olho nu II]) · Impressão fine art · 45,72 × 27,94 cm · cortesia: Bureau Gallery, New York f.marquespenteado Homem-veado do Rio de Janeiro · 2004 · Bordado (fios de linho e algodão) à mão sobre PVC, cesta de pão · 25 cm (diâmetro) Fernand Deligny (Jacques Lin) L'île d'en bas [A ilha de baixo] · 1969 · Tinta sobre cartão · 60 × 50 cm · coleção: Archives Fernand Deligny, Monoblet, França · cortesia: Editions L'Arachnéen, Paris · © Archives Fernand Deligny Fernanda Gomes Sem título · 2012 · Materiais diversos · Dimensões variáveis · cortesia: Galeria Luisa Strina, São Paulo · foto: Fernanda Gomes Fernando Ortega Momentos después del clavado [Momentos depois do mergulho] · 2005 · Andaime e cartão postal emoldurado · Dimensões variáveis · cortesia: Kurimanzutto, Cidade do México Franz Erhard Walther Für Zwei [Para dois] · 1967 · Nr. 31,1.Work set · Lona tingida e costurada · 123,2 × 46 cm · cortesia: Peter Freeman, Inc., Nova York; Galerie Jocelyn Wolff, Paris · foto: Tim Rautert Franz Mon Red/White [Vermelho/branco] · 1967 · Texto prensado sobre quadronegro · 50 × 64,5 cm
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Frédéric Bruly Bouabré Mythologie Bété «Génie Guié Guié Guié» «Génie couvert d'yeux» [Mitologia Bete “Génie Guié Guié Guié” “Gênio de olhos cobertos”] · s.d. · Caneta esferográfica sobre papel colado sobre cartão · 42 × 24,5 cm · cortesia: Magnin-A, Paris Gego Sin titulo [Sem título] · 1987 · Tela de plástico, aço, metal · 24 × 24 × 8,5 cm · coleção: MACBA; MACBA Consortium; Long-term loan of Fundación Gego Guy Maddin Bing & Bela, One of the Hauntings [Bing & Bela, uma das assombrações] · 2010 · (série: Hauntings I [Assombrações I] · 2010-) · Instalação apresentando onze adaptações originais filmes perdidos, abortados ou não realizados · Instalação de 11 canais, p&b e cor, mudo · coleção: TIFF Bell Lightbox · foto: Guy Maddin Hans Eijkelboom Photo Note May 4, 2012, Centro, São Paulo [Foto anotação, 4 de maio de 2012, Centro, São Paulo] · 2012 · (série: Photo Notes 1992-2012 – A selection from the photographic diary [Foto anotações 1992-2012 – Uma seleção do diário fotográfico]) · 207 obras · C-print (Epson Premium Luster Paper com Epson Ultrachrome Ink) · 50 × 60 cm Hans-Peter Feldmann Woman Handbags [Bolsas de mulheres] · 2012 · Vista da instalação, Hans-Peter Feldmann, Serpentine Gallery, Londres (11 de abril - 5 de junho 2012) · Cinco bolsas de mulheres com objetos · foto: Jerry Hardman-Jones
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Hayley Tompkins Watchbough · 2009 · Objeto encontrado, gesso · 85 × 41 × 12 cm Helen Mirra Hourly Directional Field Notation 20 January, Superstition Wilderness [Anotação horária de campo direcional, 20 de janeiro, Superstion Wilderness] · 2012 · (série: Field Notations [Anotações de campo]) · Tinta à base d'água sobre linho · 155 × 155 cm · cortesia: Peter Freeman, Inc. Hélio Fervenza Apresentações do deserto · 2001– · Proposição Horst Ademeit Untitled (“4821”) [Sem título (“4821”)] · 2002 · (série: Archive Photographs [Fotografias de arquivo]) · Técnica mista em polaroide · 11 × 9 cm · cortesia: Galerie Susanne Zander, Colônia Hreinn Fridfinnsson Third House [Terceira casa] · 2011 · (série: House Project [Projeto Casa]) · Detalhe · Fotografia · cortesia: i8 Gallery, Reykjavik Hugo Canoilas Buraco · 2012 · Esboço para a Bienal de São Paulo · Lápis sobre papel Ian Hamilton Finlay Hommage to Malevich [Homenagem a Maliévitch] · 1974 · Com Michael Harvey · Litografia em pasta · 28 × 28 cm · cortesia: Wild Hawthorn Press, the Archive of Ian Hamilton Finlay Icaro Zorbar Off, Away from the Place in Question [Fora, distante do lugar em questão] · 2011 · Detalhe de instalação com 42 televisores de
cinco polegadas · foto: Larry Muñoz Ilene Segalove Secret Museum of Mankind [Museu secreto da humanidade] · 2011 · 1 de 5 painéis · Fotografia · 99,06 × 73,7 cm · coleção: Tom Jancar · cortesia: Jancar Gallery, Los Angeles Iñaki Bonillas Todas las fotografías verticales del Archivo J. R. Plaza documentadas fotográficamente [Todas as fotografias verticais do arquivo J. R. Plaza documentadas fotograficamente] · 2004 · 990 impressões digitais sobre papel fotográfico· 28 × 23 cm (cada) · coleção: Fundación/Colección Jumex, Cidade do México Iván Argote & Pauline Bastard Home Cinema [Cinema em casa] · 2012 · Instalação feita com compensado de madeira e sofás, programa de vídeo · 270 × 400 × 300 cm Jerry Martin Resurrection of the Flesh [Ressurreição da carne] · 2010– · (série: The Last Judgement [O último julgamento]) · Trabalho em processo que será completado ao longo de muitos anos · Tipografia e desenho sobre papel, livros usados, madeira, acrílico · © Jerry Martin Jiří Kovanda XXX · 1976 · 19 de novembro de 1976, Praça Vaclavské, Praga (Detalhe) · Foto p&b e texto sobre papel · 29,7 × 21,3 cm · cortesia: Gb Agency, Paris John Zurier Icelandic Painting (Watching the Summer) [Pintura islandesa (observando o verão)] · 2011 ·
Aquarela sobre linho · 30,5 x 20,3 cm · cortesia: Gallery Paule Anglim, São Francisco José Arnaud Bello Todas las formas de estar juntos [Todas as formas de estar junto] · (série: Proyecto trabajos en el cauce [Projeto trabalhos no canal] · 2008-2011) · 2 fotografias impresas, 16 pilhas de pôsteres · Dimensões variáveis · cortesia: Galería OMR, México Juan Iribarren Untitled [Sem título] · 2012 · Óleo sobre linho · 122 × 122 cm Juan Luis Martínez Campo de cerezas [Campo de cerejas] · 1975 · Técnica mista · 102 × 83 cm Jutta Koether Embrace/ Étreinte/ Umarmung, II [Abraço II] · 2012 · Óleo sobre tela · 170 × 220 cm · cortesia: Galerie Buchholz Berlim/Colônia Katja Strunz Zeittraum #10 [Período #10] · 2003-2012 · Madeira, metal, pintura · Dimensões variáveis · foto: Matthias Kolb Kirsten Pieroth Inflated Dinghy [Bote inflado] · 2009 · Acordeão, bote inflável, mangueira · Dimensões variáveis Kriwet Button 11 [Botão 11] · 1967 · Papelão, tinta, cola · 66,5 × 66,5 (cada) (com moldura) Leandro Tartaglia Ref.: La esquina indicada [Ref.: A esquina indicada] · 20102012 · Teatro de som móvel · Audioinstalação
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Lucia Laguna Paisagem n. 58 · 2012 · Acrílica e óleo sobre tela · 160 × 160 cm Marcelo Coutinho Soarsso · 2012 · Vídeo · aprox. 20′ · foto: Jane Pinheiro Marco Fusinato Imperical Distortion [Distorção imperical] · 2012 · Lâmpadas fluorescentes, lastros, molduras de alumínio, microfones amplificados, cabos elétricos · Dimensões variáveis · coleção: Michael Buxton Collection Mark Morrisroe Figure Study [Estudo de figura] · 1985 · C-print, sobreposição de negativos · 50,7 × 40,6 cm · cortesia: Fotomuseum Winterthur, Zurique · © The Estate of Mark Morrisroe Martín Legón Fragmentos de la serie Sin Título [Fragmentos da série Sem Título] · 2011 · (série: Fragmentos de la serie Sin Título [Fragmentos da série Sem Título]) · Óleo sobre papelão · 10 × 15 cm · apoio: Consulado Geral da República Argentina em São Paulo Maryanne Amacher Microphone Installation on a Window at the New England Fish Exchange, Boston Harbor, CityLinks #4 (Tone and Place, Work I) and City-Links #14 [Instalação de microfone no mercado de peixe New England, porto de Boston, CityLinks #4 (Tone and Place, Work I) and City-Links #14] · Novembro de 1973 – maio de 1976, Pier 6/ maio de 1976 – novembro de 1978, porto de Boston · cortesia: Amacher Archive Kingston, Nova York
Meris Angioletti The Curious and the Talkers [Os curiosos e os faladores] · 2010 · Vista da instalação na La Galerie, Noisy-Le-Sec, França · Filme com som, iluminação de palco, gelatinas coloridas (RGB) · Dimensões variáveis · foto: Cédrick Eymenier Michel Aubry La marionette Erich [A marionete Erich] · 2008 · Marionete · 116 cm · coleção: FRAC Basse-Normandie, França · apoio: Art Norac; Consulado Geral da França em São Paulo; Institut Français Mobile Radio Do You Listen to Two Radio Stations while Falling Asleep? [Você ouve duas estações de rádio enquanto pega no sono?] · © Mobile Radio Moris La muerte viaja rápido [A morte viaja rápido] · 2011 · Vinil adesivo sobre parabrisas · 140 × 85 cm · coleção: Arróniz Arte Contemporáneo Moyra Davey News-stand 2 [Banca de jornal 2] · 1994 · C-print · 50,8 × 50,8 cm · coleção: Murray Guy · cortesia: Murray Guy Gallery, Nova York Nascimento/Lovera Archivo Nacional [Arquivo nacional] · 1997– · Impressão digital, impressão a jato de tinta, transfer e plotagem · Dimensões variáveis Nicolás Paris Verbo · 2010 · Caneta sobre papel · 29,7 × 21 cm Nino Cais Sem título · 2009 · Fotografia · 110 × 80 cm
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Nydia Negromonte Barrado · 2012 · Argila crua sobre parede · Dimensões variáveis Odires Mlászho Butcher [Açougueiro] · 2007 · (série: Mestres Açougueiros e seus Aprendizes) · Pigmento jato de tinta em papel Hahnemühle · 170 × 127,5 cm Olivier Nottellet Recadre [Recorte] · 2006 · Pintura em parede · Dimensões variáveis · apoio: Art Norac; Consulado Geral da França em São Paulo; Institut Français Pablo Accinelli Encastres [Encaixes] · 2012 · (série: Todo el tiempo [Todo o tempo] · 2012) · Detalhe · Técnica mista · Dimensões variáveis Pablo Pijnappel Quirijn · 2011 · Filme 16 mm · 18′ · apoio: Mondriaan Fund Patrick Jolley Fog Series [Série Neblina] · 2010 · (série: Fog [Neblina]) · Detalhe · 12 fotografias digitais · 60 × 90 cm · coleção: National Craft Gallery, Kilkenny · cortesia: Família de Patrick Jolley Paulo Vivacqua The Triple Ohm [O triplo Ohm] · 2012 · Instalação sonora · Dimensões variáveis · cortesia: Galeria Moura Marsiaj, São Paulo · foto: Filipe Berndt PPPP (Productos Peruanos Para Pensar) La acción en la playa de Agua Dulce [A ação na praia Água Doce] · 1997 · (série: ¡Esa Indescriptible Sensación Marina! [Essa Indescritível Sensação Marinha!]) · Fotografia ·
25 × 25 cm · coleção: Casari & PPPP · foto: Paolo Cardone Ricardo Basbaum Você gostaria de participar de uma experiência artística? · 1994– · Objeto para ser utilizado por participantes · Ferro pintado · 125 × 80 × 18 cm · Trabalho em progresso desde 1994 Robert Filliou Danse-poème collectif [Poema-dança coletivo] · 1962 · Para serem apresentados de dois em dois, cada um girando uma roda · Duas rodas de metal · 64 cm (diâmetro) · cortesia: Galerie Nelson-Freeman, Paris · foto: Florian Kleinefenn · apoio: Art Norac; Consulado Geral da França em São Paulo; Institut Français · Réplica de uma performance de 1962 Robert Smithson Spiral Jetty [Píer espiral] · 1970 · Great Salt Lake, Utah · Lama, cristais de sal, rochas, água · 522 × 4,57 m · coleção: DIA Center for the Arts, Nova York · cortesia: James Cohan Gallery, Nova York/Xangai · foto: Gianfranco Gorgoni · © Estate of Robert Smithson; licensed by VAGA, Nova York Roberto Obregón Disección real para Rosa enferma [Dissecção real para a rosa enferma] · 1993 · Pétalas secas de rosas coladas em papel e grafite sobre papel · 34,3 × 23,4 cm · coleção: Fundación Museos Nacionales/ Galería de Arte Nacional, Caracas · foto: Isabela Eseverri Rodrigo Braga Mina · 2008 · Fotografia · 120 × 180 cm
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Runo Lagomarsino Las Casas Is Not a Home [Las Casas não é um lar] · 2008-2010 · Vista da instalação, Elastic Gallery, Malmö · Objetos, colagens, fotografias, vídeo, esculturas, estante · Dimensões variáveis · coleção: Malmö Art Museum · foto: Terje Östlind · apoio: Moderna Museet Sandra Vásquez de la Horra La Vida Dura Un Segundo [A vida dura um segundo] · 2010 · Grafite e cera sobre papel · 70 × 59 cm · © Sandra Vásquez de la Horra, Gallery Rupert Pfab, Düsseldorf Saul Fletcher Untitled #250 (meat + 2 veg) [Sem título #250 (carne + 2 veg)] · 2012 · C-print · 42 × 52,5 × 2,5 cm (com moldura) Savvas Christodoulides Look, He's Fallen Flat on His Face [Olhe, ele se deu mal] · 2010 · Madeira, cor a óleo sobre vidro, tapete · coleção: Harry David Collection, Grécia Sergei Tcherepnin com Ei Arakawa Looking at Listening [Olhando para audição] · 2012 · Performance · cortesia: Taka Ishii Gallery, Tóquio Sheila Hicks Ptera II · 2011 · Algodão, seda, plumas · 29 × 14,5 cm Sigurdur Gudmundsson Study for Horizon [Estudo para o horizonte] · 1975 · C-print, texto em letraset sobre cartão · 53 × 62 cm · cortesia: i8 Gallery, Reykjavik
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Simone Forti Huddle [Agrupamento] · 2009 · Performance · cortesia: The Box, Los Angeles Sofia Borges Pepita · 2011 · Jato de tinta sobre papel algodão · 100 × 160 cm Studio 3Z Mannequins exposant le nouveau mode de pantalon dénommé pattes d'éléphant [Manequins exibindo o novo modelo de calça chamado pata de elefante] · 1973-1974 · Impressão em gelatina e prata sobre papel revestido de barita · 30 × 40 cm · cortesia: MAGNIN-A, Paris · © Ambroise Ngaimoko (Studio 3Z) Tehching Hsieh One Year Performance 1980-1981, New York (Punching the Time Clock) [Performance de um ano 19801981, Nova York / Perfurando o relógio de ponto] · 1980-1981 · Performance · cortesia: Sean Kelly Gallery, Nova York · foto: Michael Shen · © 1981 Tehching Hsieh Thiago Rocha Pitta Monumento à deriva continental · 2011 · Díptico · Cimento sobre tecido · 260 × 120 × 220 e 188 × 191 × 180 cm · coleção: particular · foto: Edouard Fraipont Thomas Sipp Hôtel Humboldt [Hotel Humboldt] · Vídeo · 52′ · cortesia: Doc & Film International · © Archipel 33 Tiago Carneiro da Cunha Retorno de zumbi · 2009 · Faiança policromada · 23 × 30 × 27 cm · cortesia: Galeria Fortes Vilaça, São Paulo
Viola Yeşiltaç Untitled (I Really Must Congratulate You on Your Attention to Detail) [Sem título (Eu realmente preciso te parabenizar por sua atenção para detalhes] · 2012 · Impressão c-type feita à mão · 61 × 71,12 cm · cortesia: Balice Hertling & Lewis, Nova York Waldemar Cordeiro Foto do Clube Esperia · 1965 · Fotografia p&b · cortesia: Família Cordeiro Xu Bing Forest Project [Projeto floresta] · 2005– · Pintura de paisagem de larga escala · cortesia: Xu Bing Studio Yuki Kimura Katsura · 2012 · Uma de 24 fotografias (n. 8) · Impressão em gelatina e prata · 45,6 × 70 cm
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© Copyright da publicação Fundação Bienal de São Paulo
Créditos da Publicação Organização Luis Pérez-Oramas André Severo Isabela Villanueva Tobi Maier
Todos os direitos reservados. Todas as imagens e textos reproduzidas nesta publicação foram cedidas pelos artistas, escritores e seus representantes legais e são protegidas por leis de direitos autorais. Sua reprodução é proibida sem a expressa autorização dos artistas, fotógrafos e escritores.
Coordenação editorial Editorial Bienal Pesquisa e redação André Severo Ariel Jimenez Daniela Gutfreund Galciani Neves Geaninne Guimarães Isabela Villanueva Júlia Frate Bolliger Luis Pérez-Oramas Tobi Maier
www.bienal.org.br Este guia foi publicado por ocasião da 30ª Bienal de São Paulo, 7 de setembro-9 de dezembro de 2012.
Tradução Cid Knipel Moreira Gênese Andrade da Silva Mariana Lanari Revisão Editorial Bienal Anthony Doyle Christopher Mack Daniela Gutfreund Tobi Maier Design gráfico Design Bienal Gerenciamento de imagens Renata Lanari Pré-impressão e impressão Imprensa Oficial
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Créditos de Fotos Avenida Paulista Acervo do Museu da Cidade de São Paulo Capela do Morumbi Acervo do Museu da Cidade de São Paulo Casa do Bandeirante Acervo do Museu da Cidade de São Paulo Casa Modernista Acervo do Museu da Cidade de São Paulo Estação da Luz CPTM – Companhia Paulista de Trens Metropolitanos Instituto Tomie Ohtake Eduardo Castanho Masp Luiz Hossaka / Acervo da Biblioteca e Centro de Documentação do MASP Museu de Arte Brasileira da FAAP Fernando Silveira / FAAP Pavilhão da Bienal Andrés Otero
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Guia da Exposição Trigésima Bienal de São Paulo: A iminência poéticas / curadores Luis Pérez-Oramas...[et al.]. – São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2012. Outros curadores: Tobi Maier, André Severo, Isabela Villanueva Vários tradutores. 1. Arte - Exposições - Guias I. Pérez-Oramas, Luis. II. Maier, Tobi. III. Severo, André. IV. Villanueva, Isabela. 12-09544 CDD-700.74
Índices para catálogo sistemático: 1. Arte : Exposições : Guias 700.74
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