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/ Baixa Pombalina
Tendências recentes na Baixa Pombalina de Lisboa. Estudo Luís Boavida-Portugal, arquiteto e urbanista, Professor Coordenador na ESHTE
O PATRIMÓNIO URBANO constitui uma importante motivação da procura turística em Portugal. O crescimento sustentado de visitantes e o apreço manifestado pelas áreas centrais históricas de Lisboa e do Porto assim o atestam. Nos estabelecimentos hoteleiros (EH) criados nos últimos anos em Lisboa ressaltam duas linhas interessantes: o reforço das categorias de topo e a instalação por reabilitação de edifícios com valor patrimonial, localizados em áreas históricas. Estas tendências representam uma alteração ao padrão anterior, dominado por EH de categorias médias/baixas, em construções de raiz. O efeito do turismo em áreas históricas não é consensual nas ciências da cidade, mas é evidente o contributo do sector para o processo 10
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de revitalização urbana e como oportunidade de reabilitação do edificado. A situação da Baixa, problemas e dinâmicas. A oferta hoteleira. As dinâmicas antagónicas das áreas históricas estão muito presentes na Baixa Pombalina, exlibris do património urbano de Lisboa e seu antigo centro de comércio e serviços. No final do séc. XX, a Baixa sofreu um processo de perda da sua posição na cidade, com a saída da população residente e a desvalorização e degradação do edificado. Para esta perda concorreu ainda o esvaziamento do seu papel funcional, e mesmo simbólico, com a emergência de um padrão territorial suburbano onde prosperaram outras centralidades. Apesar deste quadro negativo, os valores do
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