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FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE CURSO DE ENFERMAGEM

WÉRICA ALMEIDA SANTOS DE OLIVEIRA

INFLUÊNCIA DA MUSICOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO PARTICIPANTE DE CENTRO DE CONVIVÊNCIA

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA 2015

WÉRICA ALMEIDA SANTOS DE OLIVEIRA

INFLUÊNCIA DA MUSICOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO PARTICIPANTE DE CENTRO DE CONVIVÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel

do Curso de Enfermagem da

Faculdade Independente do Nordeste de Vitória da Conquista – BA. Orientador: Felipe Oliveira Bittencourt

VITÓRIA DA CONQUISTA – BA 2015

FOLHA DE APROVAÇÃO WÉRICA ALMEIDA SANTOS DE OLIVEIRA

INFLUÊNCIA DA MUSICOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO PARTICIPANTE DE CENTRO DE CONVIVÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem apresentado a Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Aprovado em ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________ Prof. Msc. Felipe Oliveira Bittencourt 1º Membro

______________________________________________________ Profª. Esp. Lilian Santos Lima Rocha de Araújo 2º Membro

______________________________________________________ Profª. Esp. Aldrina da Silva Confessor Candido 3º Membro

“Dedico este trabalho ao meu grande Deus pela sua infinita graça, pois sem Ele eu não poderia ter chegado até aqui a realização de mais um sonho.”

AGRADECIMENTOS Mais uma etapa vencida, e a Deus toda honra e glória pois eu não poderia chegar até aqui sem a sua boa mão, que me ergueu, que me capacitou e que me fez vencer a cada desafio, a Ele minha gratidão por me conceder o privilégio de ser a menina dos Seus olhos, por Sua fidelidade.

Aos meus pais Zivan e Marivalda por acreditarem em mim e ser peça fundamental do meu desenvolvimento e me ensinar a ser o que sou hoje, ao meu irmão querido Willyan e minha cunhada Lilian pelos incentivos e apoio. Davi minha companhia quando não me deixava estudar...rs. valeu a pena cada esforço para que se tornasse real este sonho.

A minha amiga e companheira Carol que caminhou comigo durante toda essa jornada.

Ao meu orientador Felipe que teve a compreensão e sabedoria dispensadas a mim durante o período de elaboração deste trabalho, o mesmo dedico a Lilian minha co-orientadora que apareceu no momento certo quando nem mesmo sabia para onde ia e me ajudou de maneira tal para a realização do mesmo e também à Aldrina que tão prazerosamente aceitou a participar da banca examinadora. À todos os familiares, amigos e irmãos em Cristo que de perto ou de longe torceram, intercederam e se alegram por mim.

“Bem aventurado o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento.”

(PROVÉRBIO 13.3)

RESUMO O presente trabalho trata-se de um estudo exploratório com abordagem qualitativa, com o objetivo de analisar a influência da musicoterapia como uma alternativa preventiva para uma melhor qualidade de vida aos idosos participantes de centro de convivência. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário semiestruturado aplicado antes e após 10 sessões musicais com durabilidade de 30 a 40 minutos cada e em diário de campo. Participaram 8 idosos, apenas do sexo feminino. As sessões aconteceram durante três dias na semana considerando as audições, descrições e expressões apresentadas pelos idosos, utilizando instrumento musical e dinâmicas no decorrer dos encontros. Os resultados demonstraram que a música traz efeitos benéficos a saúde do idoso, permitindo um bem estar maior; um alívio ou controle da dor corporal; recordação de lembranças saudosas de pessoas, lugares e situações vivenciadas; auxilio na memória e evocação de sentimentos. Com isso a música apresenta influência positiva na qualidade de vida das idosas no aspecto biopsicossocial proporcionando ainda conforto, paz e satisfação.

Descritores: Envelhecimento, Música, Musicoterapia, Qualidade de Vida.

SUMÁRIO

ARTIGO ………………………………………………………………………………….. 10 ANEXOS …………………………………………………………………………………. 19 A) COMPROVANTE DA APROVAÇÃO NO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA. 19 B) APÊNDICE: INSTRUMENTO DE COLETA ....................................................... 21 C) NORMAS DA REVISTA ESCOLHIDA PARA SUBMISSÃO .............................. 24

Influência da Musicoterapia na Qualidade de Vida do Idoso Participante de Centro de Convivência Wérica Almeida Santos de Oliveira, Lílian Santos Lima Rocha de Araújo, Felipe Oliveira Bittencourt RESUMO O presente trabalho trata-se de um estudo exploratório com abordagem qualitativa, com o objetivo de analisar a influência da musicoterapia como uma alternativa preventiva para uma melhor qualidade de vida aos idosos participantes de centro de convivência. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário semiestruturado aplicado antes e após 10 sessões musicais com durabilidade de 30 a 40 minutos cada e em diário de campo. Participaram 8 idosos, apenas do sexo feminino. As sessões aconteceram durante três dias na semana considerando as audições, descrições e expressões apresentadas pelos idosos, utilizando instrumento musical e dinâmicas no decorrer dos encontros. Os resultados demonstraram que a música traz efeitos benéficos a saúde do idoso, permitindo um bem estar maior; um alívio ou controle da dor corporal; recordação de lembranças saudosas de pessoas, lugares e situações vivenciadas; auxilio na memória e evocação de sentimentos. Com isso a música apresenta influência positiva na qualidade de vida das idosas no aspecto biopsicossocial proporcionando ainda conforto, paz e satisfação.

Descritores: Envelhecimento, Música, Musicoterapia, Qualidade de Vida.

Artigo construído a partir do Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR, para obtenção do título de Bacharel em Enfermagem. 



Acadêmica do Curso de Graduação em Enfermagem, Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR). E-mail: wericamusic@hotmail.com.



Esp. Psicologia Social (Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC), Esp. Gestão em Saúde Pública (Universidade Castelo Branco), Esp. Políticas Públicas, Gestão e Práticas Educativas (Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC). E-mail: liliaslima@gmail.com.

Mestre em Saúde e Ambiente, Esp. em Farmácia Hospitalar e Esp. em Farmácia Magistral pela Universidade Tiradentes- UNIT 

10 INTRODUÇÃO A definição mais recente do termo idoso é recomendada pela Organização Mundial da Saúde1 caracteriza como toda e qualquer pessoa com 60 anos ou mais, que moram em países em desenvolvimento e com 65 anos ou mais aqueles que moram em países desenvolvidos, concordando, aqui no Brasil, com a definição da Política Nacional do Idoso, Lei nº 8.8422, de 4 de janeiro de 1994, e o estatuto do Idoso, Lei nº 10.7413, de 1º de outubro de 2003.

Envelhecer é uma verdade que ocorre no mundo, é um processo que faz parte do ciclo natural de desenvolvimento em cada indivíduo. Com o aumento da longevidade e uma certa fragilidade própria do envelhecimento, o indivíduo pode tornar-se dependente, incapaz de realizar suas funções diárias como alimentação, higiene, locomoção. Por isso medidas devem ser tomadas no âmbito social e da saúde para aprimorar a qualidade de vida dos idosos e resolver problemas que os agride. 4 Desde séculos passados a música tem sido um elemento de suma importância utilizado na área da saúde como terapia alternativa no tratamento de diversas doenças, atingindo os âmbitos psicológico, fisiológico e biológico. O estudo realizado por Albuquerque5 com idosos portadores de Alzheimer, demonstrou que o uso da música estimula o resgate de acontecimentos construídos ao longa da vida por meio das memórias. Compreende-se que a mesma faz com que o idoso reviva cenas, episódios de sua trajetória de vida e é capaz de produzir manifestações corporal, facial e emocional, remetendo sensações de relaxamento levando a regulação do sono, bem-estar, sentimentos positivos, tranquilidade, além de induzir a distração favorecendo ao controle e alivio de dor.

Pesquisas mostram resultados positivos com o uso da musicoterapia em situações variadas, por exemplo: estudo realizado com pessoas de um Coral da Universidade Federal de Santa Catarina- UFSC e com um grupo de portadores de Parkinson demonstraram resultados benéficos por meio da música. Com o coral, além de aprimorar a técnica do canto, a socialização possibilitou diminuição dos níveis de estresse dos coralistas. Com o grupo de Parkinson, os exercícios de técnica vocal melhoraram a dicção, a coordenação motora, a expressão facial aumentando a autoestima e trazendo relaxamento durante as sessões. 6 Freitas7 demonstrou, num Centro de Atenção Psicossocial - CAPS, que a musicoterapia tem ajudado na autonomia, autoestima, reintegração social e melhoria no bem estar físico e mental dos pacientes internados.

O efeito da música em pacientes oncológicos influenciou no alívio e diminuição de escores de dor, como também na redução dos níveis elevados de parâmetros

11 vitais: Frequência Respiratória - FR, Frequência Cardíaca - FC, Pressão Arterial – PA, relaxamento, esquecimento dos problemas e evocação de lembranças pessoais após sessões de música.

8

A música também apresenta efeitos em outras situações que extrapolam a área biopsíquica por exemplo: em usuários de uma unidade básica de saúde, em sala de espera, a musicoterapia demonstrou resultados significativos: diminuição de queixas por atraso de atendimento, fortalecimento do vínculo entre usuários e equipe de saúde.

Os mesmos interagiram com o canto emitindo sentimentos de emoções,

alegria e gargalhadas, se sentiram valorizados, relataram estar mais leves e tolerantes.9 A música além de ser utilizada como uma terapia de fácil acesso e baixo custo, age sobre todo corpo do ser humano por isso deve ser valorizada pois, a mesma remete efeitos benéficos, melhorando a qualidade de vida.10 A música tem demonstrado ser um elemento de grande valor, porém mesmo propiciando resultados positivos, benéfico a vida do ser humano, percebe-se poucos estudos que relatem sobre a mesma, bem como a falta de conhecimento do que pode proporcionar no processo do cuidar quanto seu mecanismo de ação e sua eficácia, e principalmente a pouca utilização e divulgação pelos profissionais de saúde como mais uma alternativa de terapêutica.

Mediante a isso, o objetivo deste estudo busca analisar a influência da musicoterapia como uma alternativa preventiva para uma melhor qualidade de vida aos idosos participantes de centro de convivência. Com o finalidade de comparar sintomatologias antes e após as sessões de musicoterapia, e medir o nível de auto estima e bem estar.

METODOLOGIA Trata-se de um estudo exploratório, que visa uma maior adesão com o tema a ser trabalhado, envolvendo entrevistas e levantamento bibliográfico.11E com abordagem qualitativa, que está baseado em métodos de coleta de dados sem medição numérica, como as descrições e as observações”

, tal como foi realizado

12

no Centro de Convivência do Idoso de um município do interior da Bahia.

Para a realização do estudo, foram realizadas sessões de música com todos os idosos que atenderam aos seguintes critérios de inclusão: aceitar participar das sessões musicais, participar regularmente dos encontros, obter capacidades expressivas que os possibilitassem responder aos estímulos musicais e as perguntas

12 contidas na entrevista. Todos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). No total, a amostra foi representada por 8 idosos.

As informações foram produzidas no período de Setembro a Outubro de 2015, por meio de um Diário de Campo e um instrumento semiestruturado composta por seis questões de múltipla escolha, que ajudaram a entender melhor os benefícios da inserção da música na vida do idoso, adaptado ao questionário de Qualidade de Vida de SF – 36, que foi traduzido e validado para o português por Ciconelli 13.

O instrumento semiestruturado foi aplicado por meio de entrevista em dois momentos: o primeiro antes das sessões musicais, com o objetivo de conhecer os problemas ou aspectos que interferem na saúde da vida do idoso, na diminuição de sintomas e na melhoria de autoestima. O segundo momento ocorreu após as sessões musicais, com aplicação do mesmo instrumento anterior a fim de comparar com as respostas antecedentes.

Foram realizadas 10 sessões de música com durabilidade de 30 a 40 minutos no próprio auditório do Centro de Convivência, em horários pré-estabelecidos em consonância entre a pesquisadora e a Coordenadora do Centro com um grupo de 08 idosos. A musicoterapia foi aplicada de forma coletiva, com a periodicidade de 3 sessões

por

semana,

considerando

as

audições,

descrições

e

expressões

apresentadas pelos idosos, utilizando também instrumento musical e dinâmicas no decorrer dos encontros, que tinham, em sua maioria, o intuito de estimular a evocação de sentimentos e lembranças por parte dos idosos. A preferência pela música não foi questionada pelas mesmas, além de não demonstrarem nenhum tipo de resistência ao estilo musical trabalhado.

Os resultados obtidos foram apresentados por meio de quadros através do programa Microsoft Office Word (2013), pois o mesmo facilita observação dos acontecimentos, utilizando paralelamente informações obtidas por meio do diário de campo. E apresentado ainda por meio da análise qualitativa usando-se fragmentos das falas dos entrevistados.

Este estudo foi realizado de acordo com as normas expressas na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, que foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da Instituição Faculdade Independente do Nordeste (FAINOR) e após a sua aprovação com o número de parecer 1.196.535, solicitou autorização da coordenação do Centro de Convivência do Idoso para a execução do projeto.

13 RESULTADOS E DISCUSSÃO O grupo estudado caracterizou-se por 8 (oito) idosos do sexo feminino, com faixa etária predominante entre 60 e 76 anos de idade, com estado civil variado entre solteiras, viúvas e casadas. A maioria não concluiu o ensino fundamental. Quanto ao tempo de frequência no grupo de convivência, 100% da amostra participava desde a sua fundação. Durante os encontros apenas 75% (06) das idosas participaram de todas as sessões musicais oferecidas, e apenas 25% (02) não responderam o questionário após as sessões por ausentar-se em virtude de motivos pessoais em alguns encontros.

Durante os encontros, houve uma maior frequência de idosos do sexo feminino em relação ao sexo masculino em todas as sessões musicais, já que fazer parte do centro de convivência para as idosas era de grande importância, pois ali é um ambiente que facilita a convivência, valorização por todos do grupo, além de esquecer de problemas existentes em suas vidas. Importante ressaltar também o aprendizado, a possibilidade de fazer novas amizades e de diminuir a solidão.

A procura pelo centro de convivência é maior pelas mulheres, que pode ser explicado pela maior expectativa de vida da população feminina.14 Foi observado que as mesmas possuíam mais motivação e interatividade nas atividades desenvolvidas, proporcionando melhores momentos de lazer, diminuindo os momentos de insatisfação, propiciando uma melhor qualidade de vida.

Apesar de encontrar dificuldades, relacionadas principalmente a alfabetização, em relatar e descrever as músicas que as remetessem algum sentimento isso não impediu a realização das tarefas propostas, pois no próprio centro de convivência, elas estão

retomando

os processos escolares. Nos

encontros

existiu uma

predominância de idosas sem a conclusão do ensino fundamental, considerando isso uma problemática já existente ao longo dos anos, pois em épocas passadas o desenvolvimento dos estudos não eram tão abrangentes e importantes como nos dias de hoje para a população, principalmente para as mulheres pois se casavam muito cedo, tornando-se esposa, mãe e com isso as mesmas não tinham estimulo aos estudos. 15 No que se refere a influência da música no estado geral de saúde, o quadro 1 apresenta uma melhora significativa após as sessões musicais, sendo considerado: 33,4% por excelente, 50% por muito boa, 16,7% como boa, 0% como ruim e muito ruim, anulando os resultados negativos obtidos antes das sessões.

14 Quadro 1. Estado geral de saúde considerado pelas idosas antes e após sessões de musicoterapia. Vitória da Conquista/BA, 2015.

1º Momento Classificação

2º Momento

Nº de respostas

Classificação

Nº de respostas

Excelente

0

Excelente

2

Muito boa

0

Muito boa

3

Boa

3

Boa

1

Ruim

2

Ruim

0

Muito ruim

1

Muito ruim

0

Com a inserção da música, foi demonstrado uma diferença positiva referente ao estado geral de saúde das idosas participantes, onde aquelas que consideravam estar com a saúde ruim e muito ruim, passaram se sentir bem, considerando seu estado de saúde como excelente, muito boa ou boa após as sessões musicais. Deste modo, a música passa ser entendida como um sujeito ativo no estado de saúde do ser humano, alcançando-o em sua totalidade permitindo uma recomposição do indivíduo como um ser integral. 16 O quadro 2 apresenta a avaliação quanto ao alivio de dor relatados pelas idosas: 50% não sentiam nenhuma dor, 16,7% referiram sentir dores muito leve, 33,4% com dores moderada, 0% referiram como leve e grave após o término da pesquisa, o que se reflete na diminuição de dor classificada antes das sessões musicais.

Quadro 2. Avaliação ao alívio de dor corporal antes e após sessões de musicoterapia. Vitória da Conquista/BA, 2015.

1º Momento Classificação

2º Momento

Nº de respostas

Classificação

Nº de respostas

Nenhuma

1

Nenhuma

3

Muito leve

1

Muito leve

1

15 Leve

0

Leve

0

Moderada

1

Moderada

2

Grave

3

Grave

0

Os resultados afirmaram uma grande relevância na redução da dor nas idosas participantes, baseado na evolução positiva relatada ao considerar dores no corpo como graves no início, e moderadas, leve e até ausentes no final das sessões. A música, quando ouvida e percebida, faz os sentimentos de conforto e distração emergirem, tornando-se uma forma de escape naquele exato momento, anulando ou reduzindo a dor.17 O quadro 3 mostrou que a inserção da música após os encontros repercutiu na autoestima das idosas participantes. 66,7% sentiram-se todo tempo com vigor e 33,4% com vigor na maior parte do tempo. 100% não se sentiram mais nervosa, 100% não se sentiram mais deprimidas, 66,7% demonstraram calma em todo tempo e 50% demonstraram calma em maior parte do tempo, indicando resultados positivos em relação ao primeiro momento.

Quadro 3. Estado psíquico antes e após sessões de musicoterapia. Vitória da Conquista/BA, 2015.

1º Momento Todo

Maior parte

Alguma parte

Pequena parte

tempo

do tempo

do tempo

do tempo

Vigor

Nunca

3

1

2

0

0

Nervosa

1

0

1

2

2

Deprimida

0

0

0

4

2

Calma

2

3

0

1

0

2º Momento Todo

Maior parte

Alguma parte

Pequena parte

tempo

do tempo

do tempo

do tempo

Nunca

16 Vigor

4

2

0

0

0

Nervosa

0

0

0

0

6

Deprimida

0

0

0

0

6

Calma

4

2

0

0

0

Alguns sentimentos foram evocados pelas idosas durante as atividades desenvolvidas com a inserção da música. Logo de primeira instancia ao ouvir cada som, letra que compõe a música, as mesmas demonstraram diversos sorrisos, relatando sentir alegria, paz, bem estar, se sentirem mais leves de corpo e alma como exemplificado nos relatos: “... eu me sinto tão bem aqui...” e “... eu senti Jesus comigo...”. Além da emoção, a distração e o interagir umas com as outras eram ainda maior e prazeroso.

Diante da dinâmica de canto, as participantes tinham que dar continuidade à música cantada de onde a participante anterior parou e com isso era preciso estabelecer dois sentidos: o equilíbrio motor e sensorial. O resgate da memória, e as saudosas lembranças se fizerem presentes ao pedir para cantar, sussurrar ou descrever alguma canção que marcou a sua vida de alguma forma: “Lembro do meu grande amor, marcando o termino do meu namoro com ele...”, “Me lembro de quando era criança, tempo bom que vivia na roça... que maravilha! “, “Sinto tanta paz e satisfação...” e “A música me faz sorrir, ser feliz e me faz lembrar da minha família...”.

Desse modo a música além de resgatar lembranças e outros sentimentos, demonstrou influenciar o lado psico/motor o que permitiu também uma entrada para estabelecer contato com a memória movendo várias funções do cérebro, além de ajudar na interatividade em grupo.18

CONCLUSÃO O estudo mostrou que a música promove efeitos importantes na qualidade de vida e que contribui no alivio da dor ou até mesmo na redução de problemas de saúde, podendo agir tanto no corpo quanto na mente do ser humano.

A mesma, é capaz também de ajudar na memorização, na evocação de sentimentos e lembranças vivenciadas, até mesmo mudança em estado de ânimo,

17 comportamentos permitindo conforto, satisfação, distração e paz. Sobretudo a interação e o relacionamento entre os participantes do grupo mostraram-se ainda maiores e prazerosos, apresentando ainda positiva influência na vida social.

Mediante a isso, por fazermos parte de uma população idosa ainda maior nos dias atuais, deve-se procurar alternativas que contemplem a pessoa em sua totalidade, na sua integralidade; e a música pode demonstrar ser um excelente auxilio no processo do cuidar proporcionando bem estar para uma melhor qualidade de vida.

REFERÊNCIAS WORLD HEALTH ORGANIZATION. Envelhecimento Ativo: Uma Política de Saúde.

Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. 60p; IL. 1

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - Política Nacional do Idoso Lei nº 8.842, de janeiro de 1994; 1ª edição; Brasília - DF Reimpresso em maio de 2010.

2

Estatuto do Idoso; Dispositivos Constitucionais Pertinentes Lei nº 10.741, de 1ºde outubro de 2003; 3ª Edição, Brasília – DF, 2003.

3

4

Menezes, L.N; Vicente, L.C.C; Envelhecimento Vocal em Idosos Institucionalizados.

Rev. CEFAC v.9 n.1 São Paulo jan./mar. 2007.

Albuquerque, M.C.S; Nascimento, L.O; Lyra, S.T; Trezza, M.C.S.F; Brêda, M.Z; Os Efeitos da Música em Idosos com Doença de Alzheimer de uma Instituição de Longa Permanência. Rev. Eletr. Enf 2012; 14(2):404-13.

5

Souza, F.P.S; Santos, M.C; O Corpo na música, a música no corpo: a comunidade em um processo de integração, 2009.

6

Freitas, L.A; Azevedo, E.B; Costa, L.F.P; Cordeiro, R.C; Silva, G; Ferreira Filha, M.O; Musicoterapia como Modalidade Terapêutica Complementar para Usuários em Situação de Sofrimento Psíquico. Rev enferm UFPE on line., Recife, 7(12):6725-31, dez., 2013.

7

8

Franco, M; Rodrigues, A.B; A música no alívio da dor em pacientes oncológicos. São Paulo, einstein. 2009;7(2 Pt 1):147-51.

Pimentel, A.F; Barbosa, R.M; Chagas, M; A musicoterapia na sala de espera de uma unidade básica de saúde: assistência, autonomia e protagonismo. Interface (Botucatu) vol.15 no.38 Botucatu July/Sept. 2011.

9

Caires, J.S; Andrade, T.A; Amaral, J.B; Calasans, M.T.A; Rocha, M.D; A Utilização das Terapias Complementares nos Cuidados Paliativos: benefícios e finalidades.

Cogitare Enferm. 2014 Jul/Set; 19(3):514-20.

10

11

Gil, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

Sampieri, R. H., Collado, C. F., Lucio, P. B. Metodologia da Pesquisa em Administração. 3. ed., São Paulo: McGraw-Hill, 2006.

12

Ciconelli, R.M; Ferraz, M.B; Santos, W; Meinão, I; Quaresma, M.R; Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Revista Brasileira de Reumatologia, v. 39, n. 3, p. 14350, maio/jun., 1999.

13

18

Silva, H.O; Carvalho, M.J.A.D; Lima, F.E.L; Rodrigues, L.V; Perfil Epidemiológico de idosos frequentadores de grupos de convivência no município de Iguatu, Ceará.

Ver. Bras. Geriatr. Gerontol. V.14 n.1 Rio de Janeiro 2011.

14

Menezes, T.N; Lopes, F.J.M; Maurucci, M.F.N; Estudo domiciliar da população idosa de Fortaleza/CE: aspectos metodológicos e características sócio-demográficas. Rev Bras epidemiol 2007; 10(2): 168-77 15

Fonseca, K.C; Barbosa, M.A; Silva, D.G; Fonseca, K.V; Siqueira, K.M; Souza, M.A; Credibilidade e efeitos da música como modalidade terapêutica em saúde. Rev. Eletr.

Enf. [Internet]. 2006;8(3):398-403.

16

Leão, E.R; Silva, M.J.P. Música e dor crônica musculoesquelética: o potencial evocativo de imagens mentais. Rev Latino-am Enfermagem 2004 março-abril; 12(2): 235-41.

17

Côrte, B; Lodovici Neto, P; A musicoterapia na doença de Parkinson. Ciênc. Saúde coletiva vol. 14 no. 6 Rio de Janeiro Dec. 2009.

18

19

ANEXOS

20

21

APÊNDICE INSTRUMENTO SEMIESTRUTURADO Nome: ______________________________________________ Idade: ___________ Sexo: ______________ Tempo de frequência: __________________ Data: ____/_____/_______

1- Em geral você diria que sua saúde está: a) Excelente b) Muito Boa c) Boa d) Ruim e) Muito Ruim 2- Durante as últimas 4 semanas, você teve algum dos seguintes problemas em sua vida diária, com consequência de algum problema emocional (como se sentir deprimido ou ansioso)? a) Você diminui a quantidade de tempo que se dedicava ao seu

trabalho ou a outras atividades SIM ( ) NÃO ( ) b) Realizou menos tarefas do que você gostaria

SIM ( )

NÃO ( )

c) Não realizou ou fez qualquer das atividades com tanto cuidado como geralmente faz SIM ( ) NÃO ( ) 3- Durante as últimas semanas, de que maneira sua saúde física ou problemas emocionais interferiram nas suas atividades sociais normais, em relação à família, amigos ou grupo? a) De forma nenhuma b) Ligeiramente c) Moderadamente d) Bastante e) Extremamente 4- Quanta dor no corpo você teve durante as últimas 4 semanas?

22

a) Nenhuma b) Muito leve c) Leve d) Moderada e) Grave 5- Durante as últimas 4 semanas, quanto a dor interferiu com seu trabalho normal (incluindo o trabalho dentro de casa)? a) De maneira alguma b) Um pouco c) Moderadamente d) Bastante e) Extremamente 6- Estas questões são sobre como você se sente e como tudo tem acontecido com você durante as últimas semanas:

Todo tempo Quanto tempo você tem se sentindo cheio de vigor, de vontade, de força?

Quanto tempo você tem se sentido uma pessoa muito nervosa?

Quanto tempo você tem se sentido tão deprimido que nada

A maior parte do tempo

Uma boa parte do tempo

Alguma parte do tempo

Uma pequena N parte do tempo

Nunca

23

pode anima-lo?

Quanto tempo vocĂŞ tem se sentido calmo ou tranquilo?

Quanto tempo vocĂŞ tem se sentido com muita energia?

Quanto tempo vocĂŞ tem se sentido desanimad o ou abatido?

24

NORMAS DA REVISTA ELETRÔNICA DE ENFERMAGEM – UFG

FORMATAÇÃO DO MANUSCRITO      

Formato .doc; Papel tamanho A4; Margens de 2,5 cm; Letra tipo Verdana, tamanho 10; Espaçamento 1,5 entre linhas em todo o texto; Parágrafos alinhados em 1,0 cm.

INSTRUÇÕES PARA O PREPARO DOS MANUSCRITOS Título: deve ser apresentado no idioma que foi escrito o texto na íntegra, em alinhamento justificado, em negrito, conciso, informativo, com até 15 palavras.

Usar maiúscula somente na primeira letra do título. Não utilizar abreviações.

Autoria: 



Os autores devem ser identificados após o título, por ordem de autoria (se houver mais de um), com credencial na sequência do nome. Devem constar as seguintes informações: nome completo, formação universitária, titulação, instituição de origem e e-mail – preferencialmente, institucional.

A autoria dos manuscritos deve expressar a contribuição de cada uma das pessoas listadas como autor no que se refere à concepção e planejamento do projeto de pesquisa, obtenção ou análise e interpretação dos dados, redação e revisão crítica.

Resumo: deve ser apresentado na primeira página do trabalho, conter entre 100 e 150 palavras, apenas no idioma que foi escrito o texto na íntegra. Quando da aprovação do artigo para a publicação será solicitada a tradução para a versão do texto em inglês, quando este for apresentado em português ou espanhol, ou para o português quando o idioma do texto original for em espanhol ou inglês.

Descritores: ao final do resumo devem ser apontados de 3 (três) a 5 (cinco) descritores que servirão para indexação dos trabalhos. Para tanto os autores devem utilizar os “Descritores em Ciências da Saúde” da Biblioteca Virtual em Saúde (http://decs.bvs.br/), usando o descritor exato.

Siglas e abreviações: para o uso de siglas e abreviações, os termos por extenso, correspondentes devem preceder sua primeira utilização no texto, com exceção de unidades de medidas padronizadas.

25

Notas de rodapé: devem ser indicadas por asteriscos, iniciadas a cada página e restritas ao mínimo indispensável.

Ilustrações: são permitidas, no máximo, quatro tabelas ou figuras que devem estar inseridas no corpo do texto logo após terem sido mencionadas pela primeira vez. Os títulos de tabelas e figuras devem conter informações precisas, indicando local do estudo e ano a que se referem os dados. As ilustrações e seus títulos devem estar centralizados e sem recuo.

Citações: para citações “ipsis literis” de referências devem-se usar aspas na sequência do texto. As citações de falas/depoimentos dos sujeitos da pesquisa devem ser apresentadas em letra tamanho 10, em estilo itálico e na sequência do texto.

Referências: 



 

 

São permitidas até 25 referências em artigos originais e livre para artigos de revisão. Devem representar e sustentar o estado da arte sobre o tema, ser atualizadas e procedentes, preferencialmente, de periódicos qualificados.

Deve-se evitar o uso de dissertações, teses, livros, documentos oficiais e resumos em anais de eventos. A exatidão das informações nas referências é de responsabilidade dos autores.

Quando são enviadas fora das normas , acarretam em atraso o processo de avaliação do manuscrito.

No texto devem ser numeradas consecutivamente, de acordo com a ordem em que forem mencionadas pela primeira vez, identificadas por números arábicos sobrescritos entre parênteses, sem espaços da última palavra para o parêntese, sem menção aos autores.

Ao fazer a citação sequencial de autores, separe-a por um traço ex. (1-3); quando intercalados utilize vírgula ex. (2,6,11).

As regras de referência da REE têm como base as normas adotadas pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas (estilo Vancouver), publicadas no ICMJE - Uniform Requirements for Manuscripts Submitted to Biomedical Journals (http://www.icmje.org/index.html).

Agradecimentos e Financiamentos: agradecimentos e/ou indicação das fontes de apoio da pesquisa, devem ser informados ao final do artigo.