Tcc aline nunes vieira

FACULDADE INDEPENDENTE DO NORDESTE CURSO DE ENFERMAGEM

ALINE NUNES VIEIRA

TERAPIA TRANSFUSIONAL: ASSISTÊNCIA PRESTADA PELOS ENFERMEIROS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO

VITÓRIA DA CONQUISTA - BA 2015

ALINE NUNES VIEIRA

TERAPIA TRANSFUSIONAL: ASSISTÊNCIA PRESTADA PELOS ENFERMEIROS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel do Curso de Enfermagem da Faculdade Independente do Nordeste de Vitória da Conquista – BA. Orientador: Nádia Cristina Ferreira Chiachio

VITÓRIA DA CONQUISTA – BAHIA 2015

FOLHA DE APROVAÇÃO ALINE NUNES VIEIRA

TERAPIA TRANSFUSIONAL: ASSISTÊNCIA PRESTADA PELOS ENFERMEIROS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO

Trabalho de Conclusão de Curso de Enfermagem apresentado a Faculdade Independente do Nordeste – FAINOR, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel.

Aprovado em ___/___/___

BANCA EXAMINADORA ______________________________________________________ Prof . MSc. Nádia Cristina Ferreira Chiachio Orientador

______________________________________________________ Prof. MSc Anderson Pereira Souza 2° Membro

______________________________________________________ Prof. MSc Filipe Bittencourt 3° Membro

AGRADECIMENTOS

Agradeço a DEUS pela oportunidade de ingressar na faculdade e pela fortaleza diária.

Aos meus pais, pois a concretização desse sonho não é só mérito meu.

Aos meus irmãos pela paciência e compreensão.

Aos professores que colaboraram para o meu conhecimento, em especial aos mestres Felipe e Anderson que marcaram a minha caminhada.

A minha orientadora Nádia pela atenção e compreensão na construção desse trabalho.

Aos meus amigos, em especial a Aracelly pelo apoio de sempre.

O meu muito Obrigada a Todos.

RESUMO

A Enfermagem na hemoterapia era irrelevante, mas a partir da década de 90, tornou-se necessário na prática assistencial. O ciclo do sangue é composto de várias etapas, e o Enfermeiro pode estar atuando em várias destas fases, aplicando seu conhecimento, por meio das diversas atividades interligadas ao cuidado ao paciente. O Enfermeiro conquistou um espaço expressivo na Hemoterapia, participando de maneira significativa da equipe multidisciplinar. Este trabalho tem como objetivos: identificar os problemas e dificuldades da equipe de enfermagem durante o ato transfusional, avaliar os conhecimentos dos enfermeiros sobre os cuidados que deverão ser realizados neste procedimento e analisar as atitudes que são tomadas quando são evidenciados problemas durante o ato transfusional. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa, a pesquisa foi realizada em uma unidade hospitalar de Vitória da Conquista com os enfermeiros assistenciais. A coleta de dados foi feita através de um questionário, guiado por um instrumento de coleta de dados. Para a análise dos dados, foi realizada a leitura das entrevistas, estabelecendo-se um primeiro contato com os textos, na tentativa de apreensão dos sentidos que os sujeitos deixaram transparecer em suas falas. Os resultados apontaram que os Enfermeiros apresentam um conhecimento limitado sobre a assistência adequada ao paciente em tratamento hemoterápico. A prática hemoterápica requer profissionais comprometidos. O estudo evidenciou que muitos profissionais de Enfermagem apresentam pouco conhecimento sobre as transfusões sanguíneas, sabe-se que uma transfusão pode trazer sérios prejuízos ao paciente, inclusive fatais.

Palvras

Chaves:

Terapia

transfusional,

Enfermagem,

assistência.

SUMÁRIO

ARTIGO .................................................................................................................................. 07 INTRODUÇÃO......................................................................................................................09 METODOLOGIA...................................................................................................................11 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................................13 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................................18 REFERÊNCIAS......................................................................................................................21 ANEXOS ................................................................................................................................. 24 A)

COMPROVANTE DA APROVAÇÃO NO COMITE DE ETICA EM PESQUISA ............ 24

B)

INSTRUMENTO(S) DE COLETA ............................................................................................... 28

C)

NORMAS DA REVISTA ESCOLHIDA PARA SUBMISSÃO ......................................................... 30

TERAPIA TRANSFUSIONAL: ASSISTÊNCIA PRESTADA PELOS ENFERMEIROS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO

ALINE NUNES VIEIRA¹ NADIA CRISTINA FERREIRA CHIACHIO²

RESUMO

A Enfermagem na hemoterapia era irrelevante, mas a partir da década de 90, tornou-se necessário na prática assistencial. O ciclo do sangue é composto de várias etapas, e o Enfermeiro pode estar atuando em várias destas fases, aplicando seu conhecimento, por meio das diversas atividades interligadas ao cuidado ao paciente. O Enfermeiro conquistou um espaço expressivo na Hemoterapia, participando de maneira significativa da equipe multidisciplinar. Este trabalho tem como objetivos: identificar os problemas e dificuldades da equipe de enfermagem durante o ato transfusional, avaliar os conhecimentos dos enfermeiros sobre os cuidados que deverão ser realizados neste procedimento e analisar as atitudes que são tomadas quando são evidenciados problemas durante o ato transfusional. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quanti-qualitativa, a pesquisa foi realizada em uma unidade hospitalar de Vitória da Conquista com os enfermeiros assistenciais. A coleta de dados foi feita através de um questionário, guiado por um instrumento de coleta de dados. Para a análise dos dados, foi realizada a leitura das entrevistas, estabelecendo-se um primeiro contato com os textos, na tentativa de apreensão dos sentidos que os sujeitos deixaram transparecer em suas falas. Os resultados apontaram que os Enfermeiros apresentam um conhecimento limitado sobre a assistência adequada ao paciente em tratamento hemoterápico. A prática hemoterápica requer profissionais comprometidos. O estudo evidenciou que muitos profissionais de Enfermagem apresentam pouco conhecimento sobre as transfusões sanguíneas, sabe-se que uma transfusão pode trazer sérios prejuízos ao paciente, inclusive fatais.

Palvras Chaves: Terapia transfusional, Enfermagem, assistência.

TRANSFUSION THERAPY: ASSISTANCE NURSES IN A PHILANTHROPIC HOSPITAL

PROVIDED

BY

ABSTRACT The Nursing in hemotherapy was irrelevant, but from the 90s, it became necessary in care practice. The blood cycle consists of several stages, and the nurse may be working 1 Graduanda do Curso de Enfermagem da Faculdade Independente do Nordeste –FAINOR 2 Farmacêutica especializada em análises clinicas e Saúde Pública, Mestre em ética e gestão com ênfase em HIV/AIDS.

in a number of these phases, applying their knowledge through various activities linked to the patient care. The Nurse won a significant space in Hemotherapy, participating significantly from the multidisciplinary team. This work objectives are: identify the problems and difficulties of the nursing team during the transfusion act, evaluate the knowledge of nurses about the care that must be performed in this procedure and analyze the attitudes that are taken when problems are identified during the transfusion act. This is a descriptive study with quantitative and qualitative approach, the research was conducted in a hospital unit of Vitoria da Conquista with clinical nurses. The data collection was done through a questionaire, guided by a data collection instrument. To analyze the data, was realized the reading of the interviews, establishing a first contact with the texts in an attempt to concern the sense that the subjects left transpire in their speech. The results showed that the nurses have a limited knowledge about apropriate patient care in hemotherapeutic treatment. The hemoterapy practice requires committed professionals. The study showed that many nursing professionals have little knowledge about blood transfusion, it is known that a transfusion can bring serious damage to the patient, even fatal.

Keywords: transfusion therapy, nursing, care.

INTRODUÇÃO

A hemoterapia é o emprego terapêutico do sangue e dos seus derivados, é uma ciência da saúde que envolve conhecimento especifico. A medicina transfusional, ou hemoterapia, vem adquirindo um grande espaço na medicina moderna (TOMCZAK et al., 2010). Segundo Pimentel (2006), o sangue é um tecido especial onde seus componentes podem ser separados, constituindo assim, vários produtos hemoterápicos.

Os hemocomponentes são produtos distintos (Concentrado de Hemácias, Concentrado de Plaquetas, Plasma e Crioprecipitado) gerados a partir do sangue total, por meio de processos físicos como o congelamento e a centrigugação. (BRASIL, 2015). O concentrado de hemácias, no entanto, é o mais utilizado e indicado no tratamento de anemias em pacientes normovolêmicos que necessitam aumentar ou restaurar a capacidade de transportar oxigênio. (FERREIRA et al., 2007).

A administração do sangue e componentes sanguíneos requer o conhecimento de técnicas corretas e das possíveis complicações. Sendo muito importante que o profissional esteja familiarizado com as políticas e procedimentos da instituição, para a terapia transfusional (BRUNNER, SUDDARTH, 2002).

O papel da enfermagem na hemoterapia era irrelevante, mas a partir da década de 90, tornou-se fundamental na prática assistencial em hemoterapia (FLORIZANO; FRAGA (2007). Segundo Bordim (2007) o ciclo do sangue é composto de várias etapas, e o enfermeiro pode estar atuando em várias destas fases, aplicando seu conhecimento.

Por meio de normas federais, a prática da hemoterapia, é regulamentada visando assegurar a qualidade do sangue e dos seus subprodutos e proteger os indivíduos envolvidos nas transfusões, doador e receptor. (CAMARGO et al., 2007).

O MINISTÉRIO DA SAÚDE, por meio da Lei nº5. 905, de 12 de julho de 1973, regulamentam a atuação dos profissionais de Enfermagem no serviço de hemoterapia, a fim de assegurar a qualidade da assistência prestada por estes profissionais em todo o processo, a nível hospitalar, ambulatórial e domiciliar (ANVISA, 2004).

A enfermagem, por meio das diversas atividades relacionadas ao cuidado com o paciente no período pré, intra e pós-transfusional, de acordo com Florizano e Fraga (2007) conquistou um espaço expressivo na Hemoterapia, participando de maneira significativa da equipe multidisciplinar.

Conforme a Resolução do COFEN – 306/2006 que normatiza a atuação do Enfermeiro em Hemoterapia, fixa as competências e atribuições do Enfermeiro na área de Hemoterapia, a saber: a projetar, executar, ordenar, supervisionar e avaliar o processo da Hemoterapia nas Unidades de Saúde.

Apenas o zelo e o compromisso profissional admitem segurança na conduta do procedimento hemoterápico, sendo este um processo que implica riscos, mesmo seguindo todos os cuidados, podem acontecer reações adversas, e o enfermeiro deve estar apto para atuar quando necessário. (FLORIZIANO; FRAGA, 2007).

O presente artigo teve como objetivo geral identificar os problemas e dificuldades da equipe de enfermagem durante o ato transfusional e como objetivos específicos avaliar os conhecimentos dos enfermeiros sobre os cuidados que deverão ser realizados neste procedimento e analisar as atitudes que são tomadas quando são evidenciados problemas durante o ato transfusional.

METODOLOGIA

A atual pesquisa trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantiqualitativa, onde foi realizada uma entrevista para avaliar os enfermeiros do Hospital Filantrópico de Vitória da Conquista – Bahia sobre a assistência no ato transfusional.

Segundo Minayo (2003), a pesquisa qualitativa visa à possibilidade de investigar e compreender por meio de dados estatísticos de alguns fenômenos voltados para a percepção, a intuição e a subjetividade, tendo como objetivo primordial a descrição das características de uma determinada população e também o aprimoramento de ideias e levantamento de informações necessárias para a realização deste estudo. Já a pesquisa quantitativa caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas. Esse método científico exige a possibilidade de investigar e compreender por meio de dados estatísticos, apresenta suas raízes no pensamento positivista lógico, tende a enfatizar o raciocínio dedutivo, as regras da lógica e os atributos mensuráveis da experiência humana.

A pesquisa de campo foi realizada no município de Vitória da Conquista Bahia, em um Hospital filantrópico, onde foi aplicado questionário com questões semiestruturadas com os enfermeiros da unidade hospitalar.

Para a realização desta pesquisa foram selecionados 34 enfermeiros, destes: 3 estavam de férias, 2 estavam de licença maternidade, 7 recusaram participar da pesquisa e 7 não tiveram acesso (dificuldade de encontra-los no horário noturno). Portanto participaram da pesquisa apenas 15 profissionais Enfermeiros. Participaram da pesquisa profissionais enfermeiros de ambos os sexos com faixa etária de 25 a 45 anos, que

trabalham na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Pronto – Socorro e no internamento hospitalar do Hospital Filantrópico de Vitória de Conquista-Bahia.

Após a aprovação deste trabalho pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Faculdade Independente do Nordeste, parecer (1.232.871), os dados foram coletados em dias e horários estabelecidos pelo diretor da instituição onde foi realizada a pesquisa.

A coleta de dados foi feita através de um questionário com questões semiestruturadas, guiado por um instrumento de coleta de dados, constituído de duas partes, sendo a primeira voltada para caracterização da amostra: sexo, idade, tempo de profissão e a segunda parte correspondente aos objetivos e hipóteses desta pesquisa.

Para a análise dos dados, foi realizada a leitura das entrevistas, estabelecendo-se um primeiro contato com os textos, na tentativa de apreensão dos sentidos que os sujeitos deixaram transparecer em suas falas. Na segunda fase, realizou-se a separação das ideias, frases e parágrafos que identificaram as convergências e divergências dos participantes em relação à temática do encontro e do estudo. Na terceira e última etapa, foi realizado a organização e o mapeamento das semelhanças e diferenças das falas dos sujeitos, realizando releituras sucessivas e exaustivas dos textos, com o objetivo de delinear as primeiras ideias e selecionar as categorias que supostamente responderiam às questões da pesquisa. Deste modo, a análise dos dados foi organizada para extrair as respostas dos problemas propostos, a interpretação ligada aos conhecimentos já elaborados com os resultados da pesquisa dando maior sentido as mesmas.

Os participantes da pesquisa tiveram garantia de sigilo, podendo desistir a qualquer momento e em qualquer fase da pesquisa. Em respeito à Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, foi utilizado o Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE), que destacará o objetivo e consequência da pesquisa.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O Quadro 1 apresenta a caracterização sócio demográfica dos participantes do estudo.

Quadro 1. Descrição da Amostra. Vitória da Conquista/BA, 2015.

Variáveis

N Masculino

2

Feminino

13

20 a 35 anos

14

36 a 45 anos

1

1 a 4 anos de trabalho

6

5 a 9 anos de trabalho

7

Mais de 10 anos

2

Pós – Graduação em

Sim

0

Hemoterapia

Não

15

Sexo

Faixa Etária

Tempo de Profissão

Fonte: dados da pesquisa

Observa-se que referente aos participantes da pesquisa, houve maior distribuição do sexo feminino (n=13 enfermeiros). Segundo, Spindola (2000) esclarece que o fenômeno de "femininização da Enfermagem" ou de encaminhamento seletivo das mulheres para essa atividade profissional é explicado como resultante do processo de tipificação sexual dos papéis considerados "apropriados" (cultural e socialmente), transmitido através do processo de socialização. Nesta perspectiva, reconhece que a Enfermagem “como um prolongamento das atividades de cuidado e atenção da saúde que as mulheres têm assumido historicamente em relação às suas famílias e a comunidade”.

Em relação à faixa etária dos profissionais o quadro acima afirma que houve maior participação de profissionais com idade de 20 a 35 anos (n= 14 enfermeiros).

Quando ao tempo de profissão o estudo provou que o percentual maior foi de profissionais com idade entre 5 a 9 anos de profissão. Este resultado confirma que os enfermeiros se inserem, cada vez mais, em atividades em que as inovações são constantes e especializadas. A hemoterapia para esses profissionais é um campo novo e próspero e cria a possibilidade de ampliação de seus conhecimentos científicos.

Evidenciou-se que não existe nenhum profissional com Pós- graduação em Hemoterapia. A pós-graduação lato sensu tem como principal finalidade garantir a qualidade da assistência de enfermagem na área específica e está voltada mais para a prática clínica do que para a pesquisa. Esse curso tem como conteúdos, além da metodologia científica, gerenciamento e educação que auxiliam na sustentação da prática do cuidar. (PARTEZANI, 2003).

Quadro 2. Permanência do Enfermeiro ao lado do paciente no Ato Transfusional N

Permanência

11

10 a 15 minutos

3

30 minutos

1

1 hora

Fonte: dados da pesquisa

Quando indagados sobre o tempo que o Enfermeiro deve permanecer ao lado do paciente o quadro acima afirma que 11 Enfermeiros afirmaram que o tempo de permanência é de 10 minutos a 15 minutos, 3 afirmaram 30 minutos e 1 Enfermeiro afirmou ser 1 hora.

Segundo Anvisa (2004) define que os primeiros 10 a 15 minutos de transfusão devem ser acompanhados pelo Enfermeiro a beira do leito e, são importantes para a detecção precoce de reações adversas e outras reações, como incompatibilidade sanguínea.

Observa-se que dos 15 entrevistados, 11 souberam responder de forma exata sobre o tempo de permanência, ou seja o tempo que o Enfermeiro deve permanecer ao lado do paciente diante do ato transfusional, os demais não conseguiram responder corretamente.

Quadro 3. Permanência máxima do Concentrado de Hemácias em temperatura ambiente N

Permanência

6

30 minutos

4

1 hora

4

4 horas

1

2 horas

Fonte: dados da pesquisa

Sobre o tempo de permanência máxima do Concentrado de Hemácias em temperatura ambiente, o quadro acima afirma que 6 Enfermeiros responderam que o tempo de permanência seria de 30 minutos, 4 responderam 1 hora, 4 responderam 4 horas e um profissional respondeu 2 horas.

Segundo Fildlarczyk; Ferreira (2008) antes do início da transfusão, o sangue não deve permanecer à temperatura ambiente por mais de 30 minutos, pois pode sofrer alteração na sua composição.

Na maioria das vezes, o hemocentro disponibiliza os hemocomponentes para que a Enfermagem realize a transfusão. Nesta fase, é necessária muita atenção quanto ao

tempo de exposição das bolsas a temperatura ambiente, pois os concentrados de hemácias só podem permanecer por, no máximo 30 minutos depois de retirados da temperatura de armazenamento que é de (4 ± 2º C). (BRASIL, 2007).

Nota-se que os 9 entrevistados não apresentam conhecimento sobre o a permanência máxima do Concentrado de Hemácias em temperatura ambiente, conforme o quadro 3.

Quadro 4. Treinamentos ou capacitação sobre a Hemoterapia e os cuidados transfusionais com Enfermeiros N

Resposta

7

Sim

8

Não

Fonte: dados da pesquisa

O quando acima descreve treinamentos ou capacitação sobre a Hemoterapia e os cuidados transfusionais, 8 enfermeiros afirmaram que nunca tiveram nenhuma capacitação e 7 afirmaram que tiveram.

Observa-se então, que a falta de educação continuada pode afetar na qualidade do serviço da Hemoterapia, pois o conhecimento insuficiente sobre a temática em estudo pode afetar na qualidade da assistência de Enfermagem prestada ao paciente em tratamento hemoterápico.

A Associação Americana de Enfermagem entende que a Instituição deve oferecer "educação em serviço" em áreas específicas, a qual se constitui de programas de treinamento que visam o desenvolvimento da prática profissional. As organizações precisam de profissionais capacitados e competentes para o alcance das suas metas e objetivos (COFEN, 2006).

Sobre o tempo máximo de infusão do concentrado de hemácias, todos os enfermeiros participantes da pesquisa (n=15) afirmaram que o tempo máximo de infusão do Concentrado de Hemácias é de 4 horas.

Segundo mostra Brasil (2007), é de fundamental importância que o Enfermeiro faça anotação no prontuário no que se refere ao horário de início da transfusão, local de punção venosa, tempo aproximado de transfusão, lembrando que este gotejamento padrão é para transfusão de 300 ml em 2 horas, entretanto a bolsa de concentrado de hemácias pode ser transfundida sem perda em até 4 horas.

Quando abordados sobre a classificação das reações transfusionais, 8 enfermeiros afirmaram que as reações tranfusionais podem sem classificadas em imediatas e tardias.

Reação transfusional imediata é aquela que ocorre durante a transfusão ou até 24 horas após o seu término. Reação transfusional tardia é aquela que ocorre 24 horas após realização da transfusão e pode demorar dias e até meses para se manifestar (FIDLARCZYK; FERREIRA, 2008, p.76).

Sobre a compatibilidade do Plasma, somente dois Enfermeiros responderam a questão de forma correta, afirmando que: A usa A ou AB B usa B ou AB O usa A,B,AB ou O AB usa AB Para a transfusão de plasma não há necessidade da realização de provas de compatibilidade,

mas

os

componentes

devem

ser

ABO

compatíveis,

não

necessariamente idênticos e sem necessidade de compatibilidade ao sistema Rh. A hemólise por transfusão de plasma incompatível é incomum, porém doadores do grupo

O com altos títulos de anticorpos anti-A e anti-B podem levar a hemólise nos receptores do grupo A ou B (BRASIL, 2015). Pacientes tipo O podem receber plasma tipo A, B, AB ou O, pacientes tipo A podem receber plasma tipo A e AB, pacientes B podem receber plasma tipo B ou AB e pacientes AB podem receber plasma somente tipo AB (BORDIN, 2007).

Os dados foram agrupados com base na análise das entrevistas buscando um ponto em comum entre os discursos, surgindo assim os resultados das análises descritas a seguir: Com o objetivo de preservar a identidade e seguir os preceitos legais da pesquisa, os entrevistados foram identificados com a simbologia “E”.

Dos 15 enfermeiros entrevistadas (n=7 enfermeiros) apresentaram conhecimento sobre dados os que são conferidos antes de instalar um hemocomponente, conforme falas abaixo: Validade, tipo de hemocomponente, nome do enfermeiro, registro do paciente, número da bolsa, volume da bolsa, tipagem sanguínea do doador e do receptor, iniciais do doador.(E1) Sinais Vitais como: pressão arterial, temperatura, frequência cardíaca e frequência respiratória, nome completo do paciente, tipagem sanguínea, dados da bolsa e validade, fator rh, iniciais do doador e conferir o preenchimento do cartão da bolsa.(E3) São conferidos os sinais vitais do paciente (Pressão Arterial, frequência cardíaca, respiratória e temperatura) assim como os dados da bolsa (n° do doador, n° da bolsa, data de validade e ABO do doador e receptor).(E4)

O primeiro cuidado no pré-procedimento transfusional refere-se à confirmação da transfusão, através da prescrição médica. O profissional deve conferir: o tipo de hemocomponente e o volume do hemocomponente (BANTON, 2005). Brunner e Suddarth (2002) esclarecem que, antes da administração do componente hemoterápico, o profissional deve confirmar se o sangue do receptor foi classificado e se foi realizada

a prova cruzada. Este cuidado, associado à conferência dos dados do receptor com os da bolsa de hemocomponente, contribui de forma significativa para prevenção de reações ocasionadas por incompatibilidade.

Timby (2002), afirma que os sinais vitais: temperatura, pulso, respiração e pressão arterial devem ser obtidos e registrados, para fins de comparação, no caso do paciente desenvolver uma reação transfusional. A enfermagem deve checar duas vezes as etiquetas da bolsa do hemocomponente, juntamente com outro profissional, para ter certeza da compatibilidade ABO e Rh, comparando a etiqueta da bolsa com o rótulo, o prontuário e a solicitação da transfusão (BRUNNER; SUDDARTH, 2002). Craven e Hirnle (2006), afirmam que o rigoroso cumprimento da verificação antes da administração do sangue reduz muito o risco de infundir o tipo errado de sangue.

Sobre as condutas do Enfermeiro frente a uma reação transfusional a maioria (n=14 enfermeiros) afirmaram que deve suspender a transfusão e comunicar ao médico plantonista, conforme falas abaixo: Parar imediatamente a transfusão, comunicar o médico para que as reações sejam revertidas. (E1) Suspender a hemotransfusão imediatamente, comunicar ao médico plantonista e medicar conforme prescrição e comunicar o banco de sangue. (E3) .

Fechar o equipo evitando que o hemocomponente continue sendo transfundido. (E7)

Com ênfase na importância da assistência de qualidade para Borges et al., (2004) relata que as medidas a serem adotadas caso ocorra reação transfusional são: Interromper imediatamente a transfusão; manter acesso venoso com soro fisiológico 0,9%; certificar de que não houve erro ou trocas na instalação do hemocomponente; examinar o rótulo da bolsa e conferir identificação do paciente; verificar sinais vitais e investigar condições cardiorrespiratórias do paciente; comunicar o médico assistente; encaminhar bolsa de hemocomponente e equipo ao banco de sangue; observar aspecto da urina e débito urinário; quando houver

desconforto respiratório, manter decúbito elevado e avaliar necessidade de oxigenioterapia; preencher Ficha de Notificação e Investigação de ReaçãoTransfusional.

Conforme os resultados analisados foram observados que os enfermeiros possuem um conhecimento limitado sobre reação transfusional, pois evidenciou que os mesmos desconhecem todas as condutas preconizadas e apresentadas na literatura.

Entretanto, apresenta no seu cotidiano problemas e dificuldades em relação as condutas do Enfermeiro frente a uma reação transfusional, essa problemática ficou evidenciada devido a falta de educação continuada e a escassez de estudos científicos sobre as reações transfusionais e a assistência de enfermagem adequada ao paciente em quadro de reação transfusional.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A prática hemoterápica carece cada vez mais de profissionais capacitados, responsáveis e com elevado nível de conhecimento sobre hemoterapia, para que possa garantir segurança na prática transfusional, para tanto é fundamental avaliar o conhecimento dos Enfermeiros em relação à hemoterapia. O presente estudo evidenciou que muitos profissionais de Enfermagem apresentam pouco conhecimento sobre as transfusões sanguíneas, sabe-se que uma transfusão pode trazer sérios prejuízos ao paciente, inclusive podendo levar ao óbito. É de fundamental importância mudar este contexto. Os sujeitos entrevistados demonstraram que estão despreparados para o assunto. Acredita-se que a transfusão sanguínea é uma temática relevante e, portanto, deveriam ser contemplados nos currículos acadêmico da graduação de Enfermagem, para capacitar os profissionais a reconhecer qualquer intercorrência que venha surgir devido a uma transfusão sanguínea.

A atuação do Enfermeiro de forma adequada pode minimizar significativamente os

riscos do paciente que recebe transfusão e evitar danos, caso o mesmo estiver atuando com a eficiência necessária.

Acredita-se que através deste estudo, ficou evidenciado que a assistência do Enfermeiro é de suma importância, tornando-a indispensável para o paciente submetido à terapia transfusional, pois o conhecimento técnico-científico destes profissionais permite o delineamento de medidas e atividades que objetivam melhorar, manter e promover a qualidade do atendimento prestado e, consequentemente, a melhoria na qualidade de vida do paciente submetido à transfusão.

REFERÊNCIAS

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Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbhh/v32n3/aop76010.pdf. Acessado em 19 de março de 2015.

ANEXOS ANEXO A

ANEXO B

Questionário

1) Qual a idade? ( ) De 20 a 35 anos. ( ) De 36 a 45 anos. ( ) De 46 a 55 anos.

2) Qual o seu sexo? ( ) Feminino ( ) Masculino

3) Qual o tempo de profissão? ( ) 1 a 4 anos ( ) 5 anos a 9 anos ( ) Mais de 10 anos

4) Possui Pós Graduação em Hemoterapia? ( ) Sim ( ) Não

5) Quais são os dados que são conferidos antes de instalar um hemocomponente? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

6) Quanto tempo o Enfermeiro deve permanecer ao lado do paciente no início da transfusão ? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 7) Qual é o tempo máximo de infusão do Concentrado de Hemácias? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 8) Como classificar as reações transfusionais? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 9) Quais as condutas do Enfermeiro frente a uma reação transfusional? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 10) Qual é o tempo de permanência máxima do Concentrado de Hemácias em temperatura ambiente? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 11) Qual é a compatibilidade de Plasma? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 12) Houve treinamento ou capacitação sobre a Hemoterapia e os cuidados transfusionais? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________

ANEXO C

Diretrizes para Autores Os trabalhos encaminhados à CIÊNCIA & DESENVOLVIMENTO (C&D) devem apresentar conteúdo original e texto normalizado conforme Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), como segue: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: Informação e Documentação Artigo em publicação periódica científica impressa - Apresentação. Rio de Janeiro, 2014. ______. NBR 6023: Informação e Documentação – Referências - Elaboração. Rio de Janeiro, 2013. ______. NBR 6028: Informação e Documentação – Resumo - Apresentação. Rio de Janeiro, 2015. ______. NBR 10520: Informação e Documentação – Citações em documento - Apresentação.

Rio de Janeiro, 2014. ______. NBR 6024: Informação e Documentação – Numeração Progressiva das seções de um documento escrito Apresentação.

Rio de Janeiro, 2015.

Os originais devem ser submetidos eletronicamente através do sistema OJS após o cadastro do usuário como AUTOR. Os dados de identificação dos autores deverão ser submetidos diretamente ao sistema OJS. Para qualquer uma das seções da revista, os autores devem apresentar resumo e abstract acompanhados das respectivas palavras-chave e keywords, bem como do título em língua estrangeira.

Os

artigos

deverão

Especificações

ser

submetidos

DOC,

RTF

e

da

fonte Time New Roman tamanho página tamanho A4 espaço duplo (espaço margem superior e lateral margem inferior e lateral páginas não numeradas, A primeira página Os autores

em

deve não

OpenOffice. digitação:

12 (nas (21cm simples esquerda direita até

conter a seção da devem ser

citações X nas de de 25

revista e o identificados

usar 11) 29,7cm) citações) 3 cm 2 cm páginas.

título do no

artigo. texto.

As notas de rodapé ou notas no final do texto devem ser evitadas. Somente na primeira página, recomendam-se as notas de rodapé para indicar auxílios recebidos, origem do trabalho, apresentação em eventos ou notas similares, quando necessário. Os agradecimentos a auxílios recebidos pelo(s) autor(es) podem ser mencionados ao final do texto.

Normas

de

homogeneidade:

Palavras estrangeiras só itálico sem aspas; - Palavras brasileiras usadas em sentido figurado - itálico com aspas; - Números ordinais até nove - só por extenso; números ordinais de 10 em diante - só o algarismo; - Abreviaturas/siglas - quando da primeira vez, a expressão deve vir por extenso, seguida de hífen e a abreviatura/sigla. A partir de então, só a abreviatura/sigla; - Uso de letras maiúsculas ou minúsculas - uniformizar, pelo menos, a cada artigo; Uso de grifo não se grifa espaços; - Apresentação de citações literais – a citação curta deve ser inserida no próprio parágrafo, entre aspas, fonte normal, no modelo (AUTOR, data, p....) e a citação longa deve iniciar com recuo de 4 cm à esquerda, espaço simples, fonte normal tamanho 11; sem aspas); - Tempo verbal - uniformizar, sempre que possível, mediante o emprego preferencial do tempo presente; - Pessoa gramatical - uniformizar a pessoa, permitindo aos autores o uso da primeira a pessoa do singular; primeira pessoa do plural ou terceira pessoa do singular, sem utilizar as duas formas; - A chamada de autores no texto deverá ser feita pelo sistema AUTOR, data.