Waxyn Yawanawá - Revista Best of Brazil

Edicão Especial

Floresta Amazônica

Nomeações Nomeações Abertas Abertas

CONTEÚDO

Waxyn Yawanawá

Nota dos Editores

Rafael dos Santos

Andie Santos 04

Waxyn Yawanawá - Líder Espiritual e Guardiã da Floresta - Rafael dos Santos

Salvando a Amaxônia Com Amor Através da Moda Indígena - Rebeca Ferreira

Mãe Terra e a Sabedoria Ancestral dos Povos Indígenas - Susy Shikoda

Beleza da Amazônia: Produtos Capilares

Naturais - Cristina Christensen

EncenaçãodeSãoVicente-UmEspetáculode GrandezaMundial-AndieSantos

Brasília: Mosaico de História e Modernidade

da Amazônia: Uma Jornada Gastronômica

Equipe High Profile

Editor-chefe

Rafael dos Santos

Editora Adjunto

Andie Santos

Designer & Diagramador

Syed Tabish

Assistente Executiva

Tatiane Fornaciari

NOTA DO EDITOR

Caros leitores,

É com grande satisfação que apresentamos a primeira edição da revista

Best of Brazil, que chegará às suas mãos neste mês de maio.

Estamos entusiasmados com o novo visual da revista, repleto de matérias vibrantes e conteúdo sobre o nosso querido Brasil.

Nesta edição, convidamos você a mergulhar em um universo encantador: a Amazônia. Descubra tudo sobre a cultura, comida, história, hábitos, ritos e os povos indígenas que habitam essa região tão rica e diversificada.

Além disso, gostaria de expressar minha profunda gratidão por poder compartilhar com vocês o meu orgulho de ser brasileiro. É um privilégio poder destacar as maravilhas do nosso país por meio desta revista.

Aproveito este momento para convidá-lo a embarcar nesta leitura que promete ser uma imersão e uma experiência única. Obrigado por nos acompanhar nesta jornada

Atenciosamente,

Be the best!

Rafael dos Santos

Editor-Chefe

& EDITORA-ADJUNTO

Queridos leitores,

É com imensa alegria que compartilho com vocês a primeira edição da revista Best of Brazil, que estamos lançando neste mês de maio. Como editora adjunta, gostaria de expressar meu sincero carinho por todos os nossos leitores e agradecer por nos acompanharem nesta jornada. Para aqueles que já nos acompanhavam na High Profile Magazine, espero que continuem conosco nesta nova fase. Estamos empolgados com o novo visual da revista, repleto de conteúdo vibrante e fascinante sobre o nosso amado Brasil.

Nesta edição, convidamos vocês a explorar e descobrir tudo sobre a nossa querida Amazônia Da cultura à comida, da história aos ritos, dos hábitos aos povos indígenas, a revista está repleta de informações que certamente encantarão a todos. Espero que esta edição seja apenas o começo de uma jornada incrível juntos. Agradeço do fundo do coração por fazerem parte desta experiência conosco.

Com carinho,

Andie Santos Editora-Adjunto

Waxy Yawanawá

Fundado pela líder espiritual e guardiã da floresta ancestral, Waxy Yawanawá, e sua família, o Instituto Mawa Yuxyn está situado na Terra Indígena Rio Gregório, dedicando-se à preservação da cultura e espiritualidade Yawanawá. Este local sagrado, conhecido como 'A Montanha dos Espíritos', foi estabelecido sob a orientação da sabedoria ancestral de Waxy.

“No Instituto, honramos este espaço com grande reverência, promovendo não apenas a cura espiritual e retiros, mas também uma profunda conexão com a natureza através de práticas sustentáveis.Nossa missão vai além de ser um simples refúgio espiritual; estamos empenhados em cultivar e nutrir ativamente a terra, criando um lar abundante e fértil que reflete nosso cuidado e gratidão pela natureza No Instituto Mawa Yuxyn, cada atividade é uma expressão do nosso comprometimento com a sustentabilidade ecológica e a preservação da nossa herança cultural Isso inclui desde as aulas de canto, que ressoam com as tradições Yawanawá, até os projetos de reflorestamento, pintura em tela, pintura artesanato e tecelagem xamânicas "

Este espaço é mais do que um local de aprendizado; é um testemunho vivo do sonho de Waxy, um santuário onde as gerações presentes e futuras podem se conectar com as tradições ancestrais, com a terra, e entre si, fortalecendo a comunidade e honrando o legado dos nossos antepassados

Rafael dos Santos esteve no Instituto por 10 dias em janeiro de 2024 e entrevistou a Waxy

Rafael: Waxyn, diz pra mim primeiro qual é o seu nome completo.

Waxyn: Meu nome é Waxyn Yawanawa

Rafael: Qual o nome do seu centro?

Waxyn: Centro Mawa Yuxyn

Rafael: E fica em que cidade?

Waxyn: Fica na floresta Amazonica, a cidade mais próxima de barco é Tarouacá e de avião é Cruzeiro do Sul

Rafael: E você nasceu aonde?

Waxyn: Eu nasci aqui na floresta, na terra indígena no Rio Gregório, aqui no Acre.

Rafael: E você é filha de que pajé?

Waxyn: Eu sou neta de pajé Filha de Raimundo Luiz, Toncorô e Saná.

Rafael: E quem que te passou a linhagem de pajésismo? Foi seu avô?

Waxyn: Quem passou foi o professor Tata, que foi aluno do meu avô.

Rafael: Eu sei que a gente conversou sobre isso e você não gosta da palavra ‘pajé’, mas pelo conhecimento espiritual e da medicina que você tem, você pode ser descrita como uma pajé, correto?

Waxyn: Sim, é verdade, mas pajé é só uma descrição Eu sou uma das guardiãs da floresta

Rafael: E conta pra gente qual o processo pra você se transformar em um pajé, pra você ter esse conhecimento.

Waxyn: Você tem que ter um chamado espiritual Por um chamado, você chega a fazer a iniciação, mergulhar no mundo espiritual, depois de algumas iniciações.

Rafael: E como são essas iniciações?

Waxyn: Ah, essas iniciações você começa a fazer uma ‘dieta’ pra você estudar o que é o mundo espiritual. E aí você vai começar a estudar, entender um pouco Como você vai entender e seu merecimento espiritual

Rafael: E o que é a dieta?

Waxyn: Tem a dieta espiritual para abrir caminhos Tem dieta de cura também A dieta inclui certas ervas, folhas e árvores que você tem que comer, fazer chá, beber e entender o espírito de cada uma Também tem a dieta onde você não pode comer açúcar, sal ou fazer amor com seu parceiro A abstinência purifica o espírito

Rafael: E qual é o processo da dieta? Porque para nós, fora da floresta, uma dieta é quando você está acima do peso e você quer emagrecer. Aí você tira alimentos da sua alimentação e você começa a perder peso. A sua dieta é diferente?

Waxyn: Sim, então a nossa dieta é assim, se uma pessoa quer fazer uma dieta para abrir caminho, ou ela vai estudar É estudando para aprender Mas se você vai fazer uma dieta, você passa por um processo. Você vai tomar a ‘caissuma’, tem a dieta da caissuma e tem a dieta do ‘nanã’. E a caiçuma é o aipim. É o aipim que fazemos e chamamos caiçuma E o outro é do nanã que é uma fruta

Pajé Waxy Yawanawá

Rafael: E conta pra gente, por exemplo, nós temos aqui uma pessoa em comum que é a Susy, e ela vai passar por uma dieta, né? Você pode contar pra nós o que que ela vai comer, o que que ela vai beber, quais são os rituais que ela vai passar? Cerimônias, como são chamadas aqui, e o que ela toma nessas cerimônias.

Waxyn: Então, ela vai fazer uma dieta, ela vai fazer uma dieta de nanã, ela vai comer algumas comidas da dieta O que é uma dieta? Ela vai comer um pouquinho de milho, de cuscuz, vai comer uma bananinha e se tiver um peixinho, um pouco de cada vez E ela vai abrir a mente e o espírito para estudar os cantos sagrados. Ela quer evocar o espírito do canto Cada canto que ela aprende ela vai plantando o espírito do canto E ela vai aprender algumas rezas com a rumã, do sepá, e também ela vai participar de roda de ‘uni’ Do feitio de uni, feitio de rapé

Rafael: E você me falou que você passou por essa dieta de um ano, que é como, para nós, o entendimento escolar: você se forma, você faz faculdade, você faz pós graduação, que é tudo isso que você tem aprendido e você hoje pode ministrar o que nós chamamos de cerimônias. E vamos falar um pouquinho então dessas cerimônias para quem vai ler essa matéria. Para entender, por exemplo, o que as pessoas chamam de Ayahuasca.

Para você, a cerimônia se chama Uni, correto? Conta para a gente, por que as pessoas querem fazer Ayahuasca hoje em dia? O que elas procuram?

Waxyn: Eu não sei por que as pessoas procuram, cada um tem um chamado diferente. Quando as pessoas querem participar da cerimônia do uni (uni é a palavra indígena para ayahuasca) Então eu vou falar um pouco do que eu entendo. Para nós tomar o uni, por que nós tomamos o uni? Porque nós tomamos para nós termos a conexão com o Grande Espírito, com o Grande Ser. E também tem o nosso canto Então, com certeza, as pessoas procuram ajuda espiritual Se uma pessoa quer tomar ayahuasca, talvez esteja precisando de uma ajuda espiritual e sentir o chamado de poder também conhecer essa bebida sagrada

Rafael: Pelo que eu entendi as pessoas procuram participar de cerimônias de ayahuasca por motivos diferentes. Algumas acham que precisam se curar, outras precisam se livrar da dor, porque é uma cura espiritual. Eu participei de algumas cerimônias de Ayahuasca. Uma das cerimônias, por exemplo, me fez sentir muito bem, eu trabalhei uma coisa muito mais positiva. Enquanto a outra, eu trabalhei dor, eu tirei a dor que sentia.

Waxy: Existem cerimônias onde você vai trabalhar um trauma, uma dor, ou você quer alcançar alguma coisa, você se conecta ao mundo espiritual A medicina vai te ajudar a conseguir o que você quer, mas às vezes, para poder conseguir chegar lá, você precisa se livrar de energias negativas que estão presas em você Essas energias podem estar lá por causa de situações que você passou, por causa do que te falaram e te magoaram, do que você falou para alguém e muitas outras situações

Rafael: O que eu gostaria de entender é... para as pessoas que vão estar lendo a matéria…

Terão pessoas que vão estar passando por dor, como eu passei. A dor veio e foi como se eu tivesse conversado com a dor e eu deixei a dor sair. A medicina tirou aquela dor de dentro de mim. Quando as pessoas vão na igreja, elas pedem pra Deus e elas pedem, abra os meus caminhos, me ilumine, me dê força, porque eu estou passando por uma angústia, eu estou triste, eu estou por depressão. Então tem pessoas que acreditam que Deus, de alguma maneira, ilumina, dá ideias, fala o que fazer. As pessoas tentam se curar de problemas interiores com Deus. Algumas pessoas acreditam que a Ayahuasca ajuda a curar isso.

Quando as pessoas vêm para fazer uma cerimônia de Ayahuasca, é porque elas estão passando por angústias, amarguras, dores.

Então, a medicina, como a gente chama a Ayahuasca, trabalha o que você quer ou o que ela acha que ela tem que curar?

Waxy: Cura, sim. Se cura porque essa cura não é física, ela é espiritual É uma confiança, entrega e amor Essa esperança é o Grande Espírito

Rafael: E falando em Grande Espírito, durante uma das cerimônias do Ni, nós fazemos rapé, que pra mim é uma grande conexão que eu sinto com a natureza. Eu realmente sinto o Grande Espírito comigo. O que é o Rapé e por que nós fazemos a cerimônia do Rapé?

Waxyn: Então, o rapé para nós é o rumã. Nós passamos o rumã para termos o equilíbrio físico e o equilíbrio espiritual Para se conectar com esse espírito de luz, de muita cura, de muita proteção.

Rafael: Tudo que é feito pelas tribos indígenas (e com você), é natural. E do que é feito o rapé?

Waxyn: É o tabaco misturado com tsunu É uma árvore nativa que tiramos a casca, a madeira, para queimar ai ela vira cinza e aí transformamos ela em pó Depois a gente penera e já está pronto, aí usamos para fazer nossas rezas de proteção.

Rafael: E durante a cerimônia também existe uma coisa muito poderosa, para as pessoas entenderem, durante a cerimônia do Uni, que você faz, que seria traduzido como uma benção, que é o kushi.

Waxyn: Vakush quer dizer ‘benção’ ou ‘proteção’ Fazer um trabalho de proteção e um trabalho de cura também. Muito profundo Esse é o Vakush

Rafael: E uma das coisas que pra mim foi um pouco assustadora foi a cerimônia do sapo. Que todo mundo fala do ‘capum’. Capum é uma cerimônia onde o veneno de um sapo capum é tirado muito delicadamente do sapo. Uma pequena ferida é feita na nossa perna e vocês (pajés) tiram o veneno do sapo e colocam na ferida e o veneno do sapo entra na corrente sanguínea. Só que pra vocês é uma cerimônia espiritual também, correto? Por que é feito isso?

Waxyn: Nós tomamos ‘Capum’ para nós tirarmos preguiça, tirar o sono, dormir demais com preguiça, tirar azar para ter sorte, para ter muita saúde, para tudo isso. Por isso que passamos o Capum

Rafael: E é uma cerimônia relativamente curta, mas é muito poderosa. Há um perigo de morrer com o veneno do sapo no sangue ou vocês sabem exatamente o tempo que é preciso ficar no corpo para fazer a limpeza?

Waxyn: Então, quando toma o capum, a pessoa vomita, vomita tudinho, vomita aquele amarelo, aí depois disso pode lavar e já tá pronto Nós sabemos a hora de limpar as ervas para poder tirar o capum do corpo.

Rafael: E esse processo de limpeza, como você colocou - da pessoa vomitar - é onde também você acaba vomitando as impurezas, as doenças, como você colocou a preguiça, é isso?

Waxyn: Sim Aí você vomita tudo Toda essa coisa ruim, incluindo doenças. Alí faz tratamento e tá curada. É a primeira cerimônia que fazemos antes da ayahuasca para poder limpar o corpo

Rafael: E vamos falar só um pouquinho para as pessoas entenderem o que você está usando hoje. Você está usando vários amuletos, como eu aprendi, mas para quem vai estar olhando as fotos, eu gostaria de explicar. Primeiramente, você parece um anjo, como se fosse uma auréola branca feita de penas que você está usando. Qual o nome e porquê?

Waxyn: Então o cocar é de proteção, muita proteção.

Rafael: Ah, isso é como se fosse um cocar. Isso é um cocar. E o que você está usando é um brinco feito de penas. De que animal?

Waxyn: Vitu

Rafael: Eu vou dar uma olhada então. E você está usando o que parece também ser um amuleto, esses colares. Nada que você usa é somente para decoração. Tudo tem um significado, correto?

Waxyn: Sim. Então esse também é de muita proteção. Ele é de muita proteção

Rafael: É muito comum pintar o rosto. Você está pintada com o rosto de urucum, e eu também pintei para participar da cerimônia. Por que os indígenas pintam o rosto?

Waxyn: Nós pintamos o nosso rosto para a proteçãopara se proteger, pois a pintura protege.

Rafael: E para aqueles que têm curiosidade e querem desenvolver ou querem se limpar de margura, etc. Você convida as pessoas para a sua casa aqui na floresta?

Waxyn: Para quem sentiu chamado de vir para a floresta, respirar a floresta, mergulhar na floresta, sentir todas as essências da floresta, tomar um banho com plantas, tomar banho com mapo, conhecer a ancestralidade, pois somos um povo originário, somos um povo diferente, com tradição diferente. Então, somos irmãos. Então, quem sentiu o chamado e tiver amor pela floresta, pelas medicinas, pelos guardiões, estamos aqui aguardando

Salvando a Amazônia Com Amor Através da Moda Indígena

O movimento da MODA INDÍGENA MULTIÉTNICA no Brasil nasceu em 2021 a partir da visão de uma indígena do povo Munduruku, que teve o intuito de unir todos os povos através do desenvolvimento do ensino de artes integradas dentro das comunidades indígenas Esses processos de ensino resultaram na produção de moda, como uma forma de benefício para os não indígenas discernirem a pluralidade dos povos indígenas que vivem na Amazônia, sendo esse movimento desenvolvido especificamente nas cidades de Manaus no Amazonas e Santarém no Pará.

A moda, instrumento artístico de origem europeia, se ressignifica nas comunidades indígenas como um objeto de estudo para dialogar a ancestralidade dos povos originários com o cenário contemporâneo, sendo a educação e a pesquisa acadêmica a base para conectar o ensino de Moda Assim, podendo apresentar as múltiplas realidades dos povos originários que vivem em aldeias, em contexto urbano, em contexto ribeirinho e suas facetas que apresentam a particularidade de cada etnia indígena

A base para esse movimento de Moda Indígena, que tem se fortalecido e ganhado espaços em todo o território brasileiro, começou dentro dos processos de pesquisa do projeto INTERCULTURALIDADE EM CENA, com base nos estudos sobre as realidades amazônicas. Desses processos de desenvolvimento de pesquisa e ensino, o principal propósito da Moda Indígena é "Salvar a Amazônia com Amor" Isso acontece por meio de ações de: *RESGATE das ancestralidades originárias através da Moda, *SALVANDO a nossa Amazônia através de ações sustentáveis e *AMANDO as populações indígenas através do ensino e voluntariado O principal objetivo da Moda Indígena é o retorno às comunidades indígenas, no qual os indígenas possam por meio dos vestuários contar as histórias de seus ancestrais e tradições étnicas dos seus povos

Rebeca Ferreira (Reby)

Indígena do povo Munduruku CEO da Seanny Artes Produções e Presidente da MI Moda Indígena

Mãe Terra e a Sabedoria Ancestral dos Povos Indígenas

Susy Shikoda

Terapeuta Integrativa especialista em Neurociências e Comportamento, Saúde Mental e Inteligência Emocional, Master em PNL (Programação Neurolinguística), Internacional Speaker e escritora

Sua mãe ou avó já falou para voce beber uma xícara de chá de camomila ou hortela para tratar aquela dor no estômago? Muitos de nós crescemos sendo tratados com ervas medicinais

Em uma das conferências de que participei com o Dr Bruce Lipton, ele me disse: A cura está nas medicinas sagradas e na sabedoria dos povos indígenas Realizei uma pesquisa para minha tese de pós-graduação em Neurociência sobre como a Ayahuasca pode ser usada como uma ferramenta no tratamento da saúde mental" e a quantidade de pesquisas científicas encontradas foi incrível.

E em Rio Branco (Acre), sob a orientação da líder espiritual "Paje" Waxy Yawanawa, tive a oportunidade de aprofundar meus estudos sobre essa bebida tão poderosa, a "Ayahuasca", que é uma das medicinas sagradas que eles utilizam em seus rituais religiosos para curar males da mente e do corpo.

Ayahuasca é uma bebida psicotrópica (que altera o funcionamento do sistema nervoso central, modificando a consciência), alucinógena, preparada com as folhas da árvore chacrona (que contém DMT - Dimetiltriptamina) e do cipó jagube De acordo com pesquisas científicas, é muito eficaz no tratamento de depressão, ansiedade, estresse pós-traumático e outros.

É muito importante ressaltar que na Inglaterra seu uso é proibido, mas no Brasil foi legalizado para fins religiosos.

Temos um longo e árduo caminho pela frente nas pesquisas com essa bebida, mas o que enche nosso coração de esperança é saber que o que precisamos para nos curar está na natureza!

Beijos de Luz

Beleza da Amazônia Produtos Capilares Naturais

Cristina Christense

A Amazônia, com sua rica biodiversidade, tem fornecido ingredientes naturais valiosos para produtos capilares há séculos. O uso de derivados da Amazônia em produtos capilares não só promove a sustentabilidade, mas também oferece benefícios excepcionais para a saúde e beleza dos cabelos.

Um dos ingredientes mais populares é o óleo de buriti, extraído da fruta vermelha do buritizeiro. Rico em vitamina A e ácidos graxos, esse óleo é conhecido por sua capacidade de hidratar profundamente os cabelos, restaurando a elasticidade e o brilho

Outro ingrediente poderoso é o óleo de pracaxi, extraído das sementes da árvore de pracaxi Este óleo é rico em ácido behênico, que atua como um condicionador natural, suavizando os fios e reduzindo o frizz Além disso, o óleo de pracaxi também tem propriedades antioxidantes, que ajudam a proteger os cabelos dos danos causados pelos radicais livres.

A manteiga de cupuaçu é outro tesouro da Amazônia amplamente utilizado em produtos capilares Com sua textura rica e cremosa, esta manteiga é excelente para nutrir e fortalecer os cabelos, deixando-os macios e maleáveis

Além desses ingredientes, a Amazônia oferece uma variedade de extratos de plantas, como açaí, andiroba e jaborandi, que são conhecidos por seus benefícios para o cabelo, incluindo fortalecimento, estimulação do crescimento e combate à caspa.

A utilização de produtos capilares feitos com derivados da Amazônia não só contribui para a preservação da floresta e das comunidades locais, mas também oferece uma experiência luxuosa e eficaz de cuidados com os cabelos. Ao escolher esses produtos, os consumidores não só estão investindo na saúde e beleza de seus cabelos, mas também apoiando práticas sustentáveis e responsáveis na indústria de cosméticos

Valorize a Amazônia

Amazonie Immersive

Conectando Culturas, Empoderando Comunidades, Preservando a Amazônia.

Amazonie Immersive, um ecossistema internacional dedicado a promover impacto positivo na floresta amazônica, anuncia sua presença e iniciativas na Europa, com foco na promoção da educação, cultura, tecnologias e comércio justo

Com a missão de unir partes interessadas nestes quatro pilares, a Amazonie Immersive facilita conexões entre compradores e vendedores que priorizam práticas sustentáveis e desenvolvimento comunitário A organização tem como objetivo consolidar iniciativas impactantes sob sua marca e promovê-las globalmente, começando pela Europa

Desde sua criação, a Amazonie Immersive tem sido pioneira em eventos inovadores, começando com uma galeria de arte de 4.000m² em Bruxelas. Subsequentemente, a organização realizou eventos em locais prestigiosos como o ICA London, UNESCO Paris, Champs Elysées Paris e WIPO Geneva, atraindo coletivamente mais de 100.000 visitantes. Notavelmente, o evento recente na França atraiu 40.000 visitantes em apenas quatro dias.

Seguindo o princípio ecológico fundamental de que todos os elementos estão interconectados, a Amazonie Immersive mescla conteúdo cultural e comercial em seus eventos Os participantes experimentam uma variedade de atividades, incluindo exposições de arte, tecnologias imersivas como VR e hologramas, Festivais de Cinema e Música Indígena, Festivais de Comida Amazônica, conferências, workshops e encontros B2B

Para garantir o respeito pelos direitos e visão das comunidades amazônicas, a Amazonie Immersive estabeleceu um Comitê Indígena dentro da organização. Este comitê desempenha um papel fundamental nos processos de tomada de decisão e garante que as iniciativas sejam culturalmente sensíveis e centradas na comunidade. No próximo ano, a Amazonie Immersive sediará grandes eventos na França, incluindo uma edição especial dos Jogos Olímpicos com esportes indígenas, prevista para acontecer em Paris Além disso, estão em andamento planos para produções na Alemanha, Inglaterra, EUA e Brasil, com edições significativas agendadas antes e durante a COP 30

No cerne, a Amazonie Immersive busca informar, unir, reconectar e transformar. Ao compartilhar a beleza da Amazônia e suas culturas, a organização visa inspirar indivíduos a se tornarem guardiões da floresta tropical e defensores de práticas sustentáveis em todo o mundo.

Encenação em São Vicente

Um Espetáculo de Grandeza Mundial

Andie Santos

Gerente de Operações do Best of Brazil

Editora-Adjunta Revista Best of Brazil

Empreendora Bilingue e Multifacetada

Há décadas, a cidade de São Vicente tem encantado o público com seu impressionante espetáculo teatral de praia, conhecido como a Encenação Este evento vibrante surgiu como uma celebração da história, cultura e expressão artística, cativando tanto os moradores locais quanto os turistas

Originária no início da década de 1960, a encenação evoluiu para uma produção grandiosa que narra a descoberta do Brasil pelo explorador português Pedro Álvares Cabral Sua jornada para a grandeza culminou quando foi oficialmente reconhecida pelo Guinness World Records como o maior espetáculo teatral de praia do mundo

Ao longo dos anos, a Encenação atraiu uma infinidade de artistas talentosos, desde profissionais experientes até talentos emergentes Atores, músicos e dançarinos renomados emprestaram seus talentos, dando vida à narrativa histórica com suas performances marcantes

Este evento extraordinário não apenas se tornou motivo de orgulho para São Vicente, mas também um farol de significado cultural para o Brasil como um todo. Através de sua narrativa envolvente e habilidade artística, a Encenação serve como uma plataforma para preservar e celebrar a rica herança da nação.

Além disso, a encenação teve um impacto profundo na paisagem cultural de São Vicente, promovendo um senso de comunidade e união entre seus moradores. Tornou-se parte integrante da identidade da cidade, atraindo visitantes de longe para experimentar sua magia em primeira mão.

Além de sua importância local, a encenação conquistou aclamação internacional, mostrando a riqueza cultural do Brasil ao mundo. Sua inclusão no Guinness World Records serve como testemunho de sua escala incomparável e excelência artística.

Em essência, a Encenação é um testemunho do poder do teatro para educar, inspirar e unir Como a jóia cultural mais preciosa de São Vicente, continua a brilhar intensamente, iluminando os corações e mentes de todos que têm o privilégio de testemunhar sua grandeza

oc e sua família estão

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A vida é cheia de surpresas Portanto, é importante estar preparado se as coisas não acontecerem conforme o planejado

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EVENTOS

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Brasília

Mosaico de História e Modernidade

Brasília, a capital do Brasil, é mais do que apenas uma cidade planejada; é um marco na história do país e um exemplo de arquitetura moderna e planejamento urbano Desde sua concepção até os dias atuais, Brasília continua a encantar e intrigar com sua história fascinante e sua importância para o Brasil.

A história de Brasília remonta aos anos 1950, quando o então presidente Juscelino Kubitschek propôs a construção de uma nova capital para o Brasil, no coração do país. A ideia era mover a capital do litoral para o interior, buscando descentralizar o poder e promover o desenvolvimento da região central do Brasil Assim, em 1956, foi lançada a pedra fundamental da cidade, e em apenas cinco anos, Brasília emergiu do cerrado brasileiro como um símbolo de modernidade e progresso.

O arquiteto responsável pelo projeto urbanístico de Brasília foi Lúcio Costa, e o responsável pelo projeto arquitetônico dos principais edifícios foi o renomado Oscar Niemeyer. Juntos, eles criaram uma cidade que se destacava por sua geometria única, com suas amplas avenidas, edifícios futuristas e a famosa forma de avião vista do céu

O plano piloto de Brasília, com sua disposição em forma de cruz, é um exemplo de arquitetura modernista que atrai arquitetos e turistas de todo o mundo. Além disso, os edifícios icônicos como o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e a Catedral Metropolitana, todos projetados por Niemeyer, tornaram-se símbolos não apenas da cidade, mas também do Brasil.

Brasília não é apenas uma cidade de concreto e aço; é uma cidade de pessoas. Os candangos, como são conhecidos os primeiros trabalhadores que ajudaram a construir a cidade, desempenharam um papel fundamental na transformação do sonho de Brasília em realidade. Eles vieram de todas as partes do Brasil, trazendo consigo sua cultura, suas tradições e suas esperanças para um futuro melhor Hoje, Brasília é uma cidade multicultural, onde pessoas de diferentes origens convivem e contribuem para o seu dinamismo e diversidade.

Além de sua importância como centro político e administrativo do Brasil, Brasília também desempenhou um papel crucial em vários eventos históricos do país Foi palco de protestos durante a ditadura militar, incluindo o famoso comício das Diretas Já em 1984, que reuniu milhares de pessoas clamando por eleições diretas para presidente.

Outro fato histórico importante foi a inauguração de Brasília em 21 de abril de 1960, quando o então presidente Juscelino Kubitschek proclamou a cidade como a nova capital do Brasil Desde então, o dia 21 de abril é comemorado como o Dia de Brasília, celebrando não apenas a cidade, mas também a visão e determinação daqueles que a tornaram realidade.

Em suma, Brasília é muito mais do que apenas uma cidade; é um símbolo do Brasil moderno, um testemunho da visão e coragem de seus fundadores e um monumento à criatividade e ao talento de seus arquitetos e artistas Ao olhar para Brasília, vemos não apenas uma cidade, mas uma história de sucesso e superação, que continua a inspirar e impressionar pessoas de todo o mundo.

Sabores da Amazônia Uma Jornada Gastronômica

A Amazônia, além de ser o lar da biodiversidade mais rica do planeta, também é um tesouro de sabores únicos e exóticos. Na culinária amazônica, encontramos uma variedade de temperos exclusivos, plantas nativas e fontes de proteína que cativam os paladares mais exigentes.

Entre os temperos exclusivos da região, destacam-se o tucupi, um caldo amarelo extraído da mandioca brava, e o jambu, uma erva que causa uma sensação de dormência na boca. Esses ingredientes são frequentemente utilizados em pratos típicos como o tacacá e o pato no tucupi, conferindo-lhes um sabor marcante e inconfundível.

Além disso, a Amazônia oferece uma variedade de plantas nativas que podem ser utilizadas na culinária, como o cupuaçu, o açaí, a pupunha e o tucumã. Essas frutas são frequentemente utilizadas na preparação de sucos, sorvetes, doces e até mesmo pratos salgados, agregando sabores tropicais e refrescantes às refeições.

Quanto às principais fontes de proteína, os peixes de água doce ocupam um lugar de destaque na dieta amazônica. Espécies como o tambaqui, o pirarucu e o tucunaré são amplamente consumidas pela população local, seja grelhadas, assadas ou cozidas em pratos tradicionais como o moqueca e o caldeirão.

A alimentação e a dieta dos povos indígenas da Amazônia são baseadas principalmente em produtos da floresta, como frutas, raízes, peixes e caça. Eles têm um profundo conhecimento das plantas e ervas medicinais da região, que são utilizadas não apenas como alimento, mas também para tratar diversas doenças e enfermidades.

Por fim, é importante destacar que muitos dos condimentos e ervas utilizados no diaa-dia pelos brancos têm origem na própria Amazônia. Exemplos incluem a pimentade-cheiro, o cumaru, a pimenta-do-reino e a baunilha, que são amplamente utilizados na culinária mundial e têm sua origem nas florestas tropicais da Amazônia.

Em suma, os sabores da Amazônia são uma verdadeira celebração da diversidade e da abundância da maior floresta tropical do mundo. Desde os temperos exóticos até as fontes de proteína sustentáveis, a culinária amazônica continua a encantar e surpreender aqueles que têm o privilégio de degustar suas iguarias únicas.

A Arte-Visão Indígena Ancestral

A artes visuais, antigamente categorizado como artes plásticas, foram construídas na visão da periodização histórica dos povos ocidentais europeus, dentro de escolas que representavam a visão de mundo do Ocidente e seus movimentos políticos e sociais.

A arte indígena e sua visão de mundo parte através de uma conexão ancestral, ou seja, a conexão do indígena através de seus ancestrais em planos espirituais, cujo conhecimento é transpassado via oralidade. Para o povo Munduruku, da Aldeia Terra Preta, localizada no Lago Grande da Vila Franca no estado do Pará, a artevisão acontece a partir do chamado do clã que vem de uma família de pajés.

Na observação do artista, a produção manual e artesanal de vasos de barro e o contato com a natureza daquela comunidade foi o passo inicial para se desenvolver uma indígena artista visual autodidata que pode se inspirar para desenvolver seus processos criativos.

A arte indígena, mesmo autodidata, precisa de lapidações e por isso encontra-se necessário ter espaços de diálogos artísticos. No caso, os ateliês e as academias possibilitam esse intercâmbio cultural de ensino. Para a artista Munduruku, ter estudado no ateliê do artista amazonense Anísio de Mello foi se permitir passar por processos de lapidação e ter um direcionamento nos processos criativos e curadoria nas artes visuais.

A Arte Indígena tivera uma visibilidade maior na cidade de Manaus quando surgiu a a Mostra de Arte Indígena, criada pela Concultura e sob a curadoria de um Doutor Indígena Tukano que apresentou para o mundo a cosmovisão indígena através das artes visuais. Logo, os espaços artísticos da cidade de Manaus passaram a dialogar com a realidade e história dos povos originários através das artes visuais, no caso a arte-visão.

Seanne Oliveira

Indígena do povo Munduruku, Artista Visual, Designer de Moda e Idealizadora da MI Moda Indígena

AAPRESENTA PRESENTA

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