Regionalism in architecture: the perspective of Gion A. Caminada and Diébédo Francis Kéré

Page 97

Regionalismo em arquitetura: a perspetiva de Gion A. Caminada e Diébédo Francis Kéré

"E' un fenomeno della nostra epoca che l'architettura generalmente dalla massa non é bem accetta. Ciò deriva dal fatto che troppo spesso l'architettura si riferisci solo a se stessa a mlte volte non viene neanche utilizzata per cercare di affrontare qualsiasi problema. Penso che le questioni sociali, economiche ed estetiche debbano avvicinarsi molto di più fra di loro. Solo allora nascerà un beneficio tramite l'architettura che sarà accettato dalla gente. Se un architetto accelera solo il punto di vista estetice, é ovvio che la gente non veda nessuna utilità nella sua attività. I contadini, per esempio, dicono: se una stalla funziona, può essere pure bella. Nonostante questo approccio complessivo, a differenza di molti colleghi non temo che l'architettura perda le sue pretese di autonomia e di disciplina artistica, essendo importanti pure quelle."108 (Schlorhaufer e Caminada, 2005, p.169)

O clima enquanto parte integrante da identidade projetual de Caminada, deve abordar este tema com alguma cautela, já que Caminada não fala explicitamente nele. Contudo parece-nos óbvio que é uma característica implícita na sua arquitetura, e que contribui para a tomada de decisões do seu modus operandi. Uma vez que as técnicas locais, as tradições e as culturas são parte integrante do seu discurso arquitetónico numa perspetiva de sustentabilidade dos elementos que compõem a identidade dos lugares, o clima, devido à sua especificidade é um fator incontornável dessa identidade. Por essa razão obriga à tomada de decisões sobre o ponto de vista de projeto quer na sua fase de estudos como de edificação sobre o ponto de vista do respeito pelo meio envolvente, ou seja a natureza e a cultura. Sobre este ponto de vista, julgamos que as questões relacionadas com o consumo energético, são efetivamente uma preocupação implícita na conceção projetual de Caminada. Se analisarmos as questões da utilização dos materiais locais e da mão-de-obra local para as construções, assim como a adoção de técnicas antigas integradas na especificidade do lugar, deparamo-nos com a presença de algumas preocupações que analisámos no capítulo 2.3.2 sobre o facto de o clima poder ser visto como um fator de sustentabilidade. Não obstante voltamos a citar Caminada numa breve referência a esses fatores: " […] if, in the use of energy or the heating of buildings, sufficiency is considered not a curtailment or a sacrifice of comfort, but a discovery of something better. For example, through various temperatures zones in the house. Instead of confronting the energy problem with the universal methods commonly used today, the basics elements of 108

É um fenómeno do nosso tempo, o de que a arquitetura geralmente para massas não é bem-vinda. Isso decorre do facto de que muitas vezes a arquitetura refere-se apenas a si mesma e muitas vezes nem sequer é utilizada para tentar lidar com quaisquer problemas. Eu acho que os problemas sociais, econômicos e estéticos devem aproximar-se muito mais uns com os outros. Só então se criará um benefício através da arquitetura que possa ser aceite pelas pessoas. Se um arquiteto só se debruça sobre o ponto de vista estético, é óbvio que as pessoas não verão qualquer utilidade nas suas atividades. Os agricultores, por exemplo, dizem: Se um trabalho funciona, também pode ser belo. Apesar desta abordagem global, ao contrário de muitos colegas meus, não temo que a arquitetura perca as suas pretensões de autonomia e disciplina artística, bem como outras mais importantes. (Tradução nossa.)

Bernardo João Ribeiro Lourenço

97


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.