Reversa

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de bem com a gente 3 Em uma publicação feita no facebook, Mayara colocou para fora tudo o que pensa sobre o “ser gorda”. Olha que maneiro:

“Ao 'dia do gordo'... Gorda sim, sem diminutivo e sem pudor também! Amor próprio e autoestima equivalentes ao meu peso, senão, além dele. Não me escondo, não me envergonho. Nua e crua. Pele, gordura, sentimentos e sensações. Saudável, muito saudável. Não, não como tudo que vejo pela frente. Não, isto não é um movimento ou uma causa apoiando a obesidade e sim, é uma apologia a favor da aceitação pessoal de seu corpo, sua casa, seu templo, sua morada. Tire os sapatos, tire as roupas, tire os padrões impostos de que você não está dentro do que muitos acham bonito. Dance, dance a sua música, dance no seu ritmo, dance até a sua gordura balançar junto. Tenha a alma leve, mude só por você! Se não está satisfeita com o que o espelho reflete, emagreça. Eu, Mayara, não sou contra academia, dietas, corpo esculpido. Admiro e muito quem dedica bom tempo de sua vida nas academias e se abstém de coisas deliciosas para alcançar um objetivo. Sou contra aos padrões estabelecidos: TEM QUE SER MAGRA, TEM QUE SER GORDA, TEM QUE SER BRANCA, TEM QUE SER NEGRA, TEM QUE SER RUIVA, TEM QUE SER LOIRA, CABELO ALISADO, CABELO CRESPO, CARECA, CABELO CURTO, CABELO LONGO... Sempre fui uma menina gorda, como também sempre fui uma menina alegre, cheia de amigos, vida ativa. Desde criança nunca me abalei por ser uma das poucas crianças gordas que conhecia. Isso nunca me impediu de brincar de esconde-esconde, corda, patins, jogar vôlei dentre tantas brincadeiras de criança. Quando adolescente, a minha gordura não me atrapalhou paquerar, namorar, sair pra me divertir com meus amigos. Na vida adulta também não é diferente;

beijo muito, danço até o chão, vida sexual ativa, uma vida normal como de uma pessoa dentro do seu peso ideal. Preocupo-me com minha saúde, faço anualmente todos os exames necessários e até hoje não houve alteração negativa. Preconceito com gordo existe? Opa, existe sim e como existe! Mas a minha conduta é reter apenas o que me acrescenta. Ser gordo até tem seu lado cômico, tenho uma coleção de situações que daria um ótimo stand up. Mas, Mayara, por que você está falando tudo isso? Por que eu cansei de ver pessoas próximas a mim com baixa auto estima, pessoas que eu não conheço se trancando em casa, se privando de viver porque tem vergonha de estar acima do peso. Exagero? Não! Da mesma forma que existem pessoas gordas passando por isso tem também pessoas magras sofrendo pelo mesmo motivo! O padrão afeta a todos! E é para esses que eu escrevo. Não se privem de viver, sair, fazer novos amigos, se permitam, não se reprimam, sejam vocês mesmos. O mundo precisa de pessoas autênticas, que amem a vida, aceitem as diferenças, isso é lindo! Quer ter corpo estilo “panicat”? Malhe, malhe muito e não se importe com a opinião alheia! Quer ser fisiculturista? Malhe, faça as dietas necessárias e não se importe com a opinião alheia! Quer continuar sendo gordo(a)? Ótimo, mas não se importe com a opinião alheia! Quer continuar sendo magrinha(o)? Ótimo, continue fazendo o que sempre fez para manter o seu corpo do jeitinho que gosta e não se importe com a opinião alheia! Mudem por vocês, POR FAVOR! Seja sua morada, sinta-se à vontade com seu exterior para aproveitar o que há por dentro e mais uma vez, NÃO SE IMPORTE COM A OPINIÃO ALHEIA!”

Uaaaaaau!!! Merece ou não eternos #aplausos? Contudo, vale ressaltar que nunca é demais entrar em contato com médicos para fazer um check-up na saúde. #rev3rsa #sentirsebem


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