Reversa

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NOVEMBRO 2016 / ANO 1

MENOS É MAIS

AUTOACEITAÇÃO

A maquiagem interfere no comportamento feminino?

Você é livre para assumir quem verdadeiramente é?


Sumário

03

Oi da Môh

04

de bem com a gente

08

Improviso

12

mão na massa

16

festando!

20

make

24

tô de boa

27

PÉ NA ESTRADA

30

madeixas

33

relato de uma viajante


Oi da Môh Sonhar não custa nada!

U

m, dois, três, vinte, cinquenta, setenta e três... oitenta e oito! São tantos sonhos que acabo me perdendo em meio a eles. Uns se, concretizaram, outros não saíram dos papéis e tem aqueles que nem foram escritos, mas permanecem firmes dentro de mim. Em meio a tantas “viajadas”, um sonho sempre se destacou: criar algo diferente, que chamasse atenção e mudasse o mundo, ou uma pessoa que seja, sem importar a quantidade. O importante realmente era que a mudança acontecesse. E aconteceu, a partir de mim. Nunca me achei bonita e desejava ser como as belas moças apresentadas na TV ou exibidas em outdoors. Sempre gostei de ler e, apesar de não me encaixar nesse padrão apresentado pela mídia, fazia questão de comprar revistas que mostrassem tais belezas. Desde então, busquei em mim um pouco de cada uma dessas modelos, e confesso que foi algo incessante. Aí que surgiu um novo desejo: lançar algo que fizesse as mulheres se sentirem bem, mesmo com todas as diferenças! Loira, ruiva, morena, grisalha, black power, lisa, cacheada, baixa, alta, nem lá nem cá, esportista, sedentária, manequim 36 ou 52, que quer ser caminhoneira ou que deseja ser professora, que pinta as unhas de rosa ou rói as unhas até o toco, que anda de boné para trás ou aquela que não vai na padaria sem se maquiar... Independente de quem seja, há sempre um belo para ser mostrado e admirado. Então em meio a esta necessidade de desvendar a beleza que há em cada mulher, nasceu a REVERSA. Você já é de casa. Pegue sua bebida preferida e fique à vontade, ela é toda sua. Um grande beijo e bora chegar mais?


de bem com a gente

Por Monique Coutinho

Dona de um belo sorriso, Mayara está acima do peso desde pequena e nem por isso é infeliz, muito pelo contrário, sente-se mais feliz do que nunca!

E

sbanjando charme e segurança, Mayara Nascimento, de 23 anos, está entre as poucas mulheres que se sentem satisfeitas consigo. Dona de 122 quilos bem distribuídos em 1,66 cm, a Atendente de Identificação enxerga a obesidade de maneira diferente. Desde que se entende por gente Mayara esteve acima do peso, mas isso nunca a atrapalhou de ter uma vida “normal”, uma vez que sua saúde sempre esteve em ótimas condições. “Sempre soube que 'precisava' emagrecer, mas como não estava atrapalhando minha saúde, não me importava. Sempre me senti bem sendo gorda”, afirma Mayara. Se sentir bem sendo gorda? Para algumas mulheres isso não existe ou é algo impossível de acreditar. Em uma pesquisa realizada, 30 mulheres com faixa etária de 19 a 50 anos foram questionadas sobre sua satisfação com a própria imagem. Dessas, apenas quatro afirmaram estarem satisfeitas com o reflexo no espelho. As outras 26 disseram se sentir insatisfeitas com alguma parte do corpo. A psicóloga comportamental Aline Braga, observa que é comum encontrar mulheres insatisfeitas, uma vez que estamos em constantes mudanças e sempre aparece algo novo no mercado, despertando o interesse das mulheres.

“Não generalizando, mas a maioria das mulheres são vaidosas e querem as coisas para ontem, seja por estética ou por bem-estar. Estar insatisfeita com alguma parte do corpo é natural, acontece muito, o que não pode deixar acontecer é que essa insatisfação atinja outras áreas da vida, incluindo a saúde”, acrescenta Aline. Por falar em saúde, Mayara diz que muitos desafios são enfrentados diariamente, não pelo seu excesso de peso, mas pelo sedentarismo. “O que me prejudica é a falta de exercícios físicos e não a obesidade em si”. Essa afirmação preocupa sua família, que se tornou uma das principais motivadoras para a sua perda de peso. “Já tentei inúmeras vezes emagrecer, mas sempre desisto exatamente pela minha aceitação. Nunca tive vontade de ser magra”, diz. Aceitar estar acima do peso é um processo que acontece desde quando era pequena, mas que ganhou força na adolescência, quando Mayara entrou na fase dos namoradinhos e “crushs” da vida. “Minhas amigas magras sempre foram mais paqueradas enquanto eu era a legal, a amiga dos meninos, nunca mais do que isso. Como sempre fui muito espontânea, levava numa boa, mas todos nós temos dias ruins, e eram nesses dias que aconteciam minhas lutas internas. Reafirmava pra mim mesma quem eu era e que não tinha que mudar para agradar ninguém”, observa Mayara. Hoje Mayara é uma garota de opinião forte e acredita que a beleza não está nas pessoas, mas nos olhos de quem enxerga e a forma como se vê o outro, mas nem sempre foi assim. Antes ela deixava de usar determinadas peças de roupas por achar que iam deixá-la ainda mais gorda. Para reverter essa situação, ela quebrou alguns paradigmas e desconstruiu alguns pensamentos. “O lance é sair da posição de 'vítima' e se assumir. Ser chamada de gorda não é uma xingamento, isso tem que mudar! São várias coisas que podemos fazer para iniciar uma aceitação, a pessoa tem que ver o que vai funcionar com ela. Só não pode desistir”, conclui.


de bem com a gente 3 Em uma publicação feita no facebook, Mayara colocou para fora tudo o que pensa sobre o “ser gorda”. Olha que maneiro:

“Ao 'dia do gordo'... Gorda sim, sem diminutivo e sem pudor também! Amor próprio e autoestima equivalentes ao meu peso, senão, além dele. Não me escondo, não me envergonho. Nua e crua. Pele, gordura, sentimentos e sensações. Saudável, muito saudável. Não, não como tudo que vejo pela frente. Não, isto não é um movimento ou uma causa apoiando a obesidade e sim, é uma apologia a favor da aceitação pessoal de seu corpo, sua casa, seu templo, sua morada. Tire os sapatos, tire as roupas, tire os padrões impostos de que você não está dentro do que muitos acham bonito. Dance, dance a sua música, dance no seu ritmo, dance até a sua gordura balançar junto. Tenha a alma leve, mude só por você! Se não está satisfeita com o que o espelho reflete, emagreça. Eu, Mayara, não sou contra academia, dietas, corpo esculpido. Admiro e muito quem dedica bom tempo de sua vida nas academias e se abstém de coisas deliciosas para alcançar um objetivo. Sou contra aos padrões estabelecidos: TEM QUE SER MAGRA, TEM QUE SER GORDA, TEM QUE SER BRANCA, TEM QUE SER NEGRA, TEM QUE SER RUIVA, TEM QUE SER LOIRA, CABELO ALISADO, CABELO CRESPO, CARECA, CABELO CURTO, CABELO LONGO... Sempre fui uma menina gorda, como também sempre fui uma menina alegre, cheia de amigos, vida ativa. Desde criança nunca me abalei por ser uma das poucas crianças gordas que conhecia. Isso nunca me impediu de brincar de esconde-esconde, corda, patins, jogar vôlei dentre tantas brincadeiras de criança. Quando adolescente, a minha gordura não me atrapalhou paquerar, namorar, sair pra me divertir com meus amigos. Na vida adulta também não é diferente;

beijo muito, danço até o chão, vida sexual ativa, uma vida normal como de uma pessoa dentro do seu peso ideal. Preocupo-me com minha saúde, faço anualmente todos os exames necessários e até hoje não houve alteração negativa. Preconceito com gordo existe? Opa, existe sim e como existe! Mas a minha conduta é reter apenas o que me acrescenta. Ser gordo até tem seu lado cômico, tenho uma coleção de situações que daria um ótimo stand up. Mas, Mayara, por que você está falando tudo isso? Por que eu cansei de ver pessoas próximas a mim com baixa auto estima, pessoas que eu não conheço se trancando em casa, se privando de viver porque tem vergonha de estar acima do peso. Exagero? Não! Da mesma forma que existem pessoas gordas passando por isso tem também pessoas magras sofrendo pelo mesmo motivo! O padrão afeta a todos! E é para esses que eu escrevo. Não se privem de viver, sair, fazer novos amigos, se permitam, não se reprimam, sejam vocês mesmos. O mundo precisa de pessoas autênticas, que amem a vida, aceitem as diferenças, isso é lindo! Quer ter corpo estilo “panicat”? Malhe, malhe muito e não se importe com a opinião alheia! Quer ser fisiculturista? Malhe, faça as dietas necessárias e não se importe com a opinião alheia! Quer continuar sendo gordo(a)? Ótimo, mas não se importe com a opinião alheia! Quer continuar sendo magrinha(o)? Ótimo, continue fazendo o que sempre fez para manter o seu corpo do jeitinho que gosta e não se importe com a opinião alheia! Mudem por vocês, POR FAVOR! Seja sua morada, sinta-se à vontade com seu exterior para aproveitar o que há por dentro e mais uma vez, NÃO SE IMPORTE COM A OPINIÃO ALHEIA!”

Uaaaaaau!!! Merece ou não eternos #aplausos? Contudo, vale ressaltar que nunca é demais entrar em contato com médicos para fazer um check-up na saúde. #rev3rsa #sentirsebem


MARCELA TAVARES, 20 ANOS, STYLIST


PRISCILA XAVIER, 23 ANOS, ESTUDANTE DE NUTRIÇÃO


improviso

Por Monique Coutinho

Um modelito, dois looks Saiu para trabalhar e está sem tempo de voltar para casa? Selecionamos um estilo super legal para você ir toda linda para o “work” e depois ir direto e reto festejar com os amigos!


IMPROVISO

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om a correria do dia a dia e ainda mais em cidades grandes, como São Paulo e Rio de Janeiro, sair para trabalhar é um desafio para as mulheres, ainda mais quando se trata das sextas-feiras não é? Após uma semana cheia de compromissos e responsabilidades, este dia é marcado pela emoção e convitinhos para roles com os amigos. Mas e aí? Como enfrentar o trânsito, chegar a tempo em casa e voltar para a noitada? Uma pesquisa questionou se as mulheres que trabalham longe de casa preferem voltar ou ir direto encontrar os amigos no final do expediente. De 30 delas, 24 afirmaram ir direto do trabalho, outras quatro disseram que correm para casa e tomam pelo menos um banho e duas delas observaram que depende da semana. Então uma ideia foi lançada: que tal separar alguns ACESSÓRIOS, colocar uma roupa que dê para se “transformar” e ficar maravilhosa para o trabalho e também para a noitada? A modelo Dayana Leite, 24 anos, ao sair para o trabalho veste uma roupa comportada (à esquerda), com uma calça legging e uma blusa comprida. Alguns acessórios não muito chamativos agregam o look e, abrindo exceção, coloca salto alto. Roupa ideal para uma administradora de empresas. Após o dia corrido, Dayana sai da empresa depois das 18 horas e combina de encontrar alguns amigos em determinado “barzinho” da cidade. Com isso, bastou apenas tirar a legging, fazer da blusa o seu vestido e acrescentar novos acessórios (que cabem dentro da bolsa) para se diferenciar. Gostou? Existem diversas formas de se renovar sem precisar estar em casa. Pintou uma festa bacana na sexta-feira à noite? Não se desespere. Improvisar é a melhor coisa e pode crer, ninguém vai perceber ;) #ficadica

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LAURIANE LAMINS, 30 ANOS, TRADUTORA DE LIBRAS


T h a m i r i s F o r t u n at o , 2 2 a n o s , t ĂŠ c n i c a d e e n f e r m a g e m


mão na massa

Por Monique Coutinho

Alimentação saudável! Falar sobre comida é fácil, mas e se o assunto for alimentação saudável? Após ganhar uns quilinhos, Evelym Landim mudou radicalmente suas refeições e descobriu o verdadeiro signicado da “comida de verdade”


mão na massa

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ast-foods, frituras, doces e excesso de sal. Esses são os principais vilões daqueles que desejam emagrecer. Com a praticidade das “comidas” prontas, o índice de brasileiros acima do peso cresce gradativamente, atingindo a marca de 52,5% da população segundo o Ministério de Saúde. A alimentação é tão necessária quanto respirar, mas não é porque determinado alimento se diz saudável que ele realmente é. Atualmente as pessoas correm atrás do “corpo perfeito” e muitas embarcam em dietas que prometem fazer milagres do tipo “perca 7 kg em apenas UMA semana”. AHAM, você acha mesmo que em uma semana consegue eliminar todas as calorias que adquiriu durante meses e até anos? Não dá né. Cortar nutrientes que são importantes para o bom funcionamento do corpo não vale a pena, é o que afirma a nutricionista Amanda Nunes. Ela diz que essa prática induz o corpo a realizar o famoso “efeito sanfona”, que é quando as pessoas não conseguem manter uma dieta equilibrada e ficam nesse constante emagrece e engorda. “Eu costumo dizer que dietas são ilusões. A pessoa que quer perder peso precisa primeiro querer ser saudável e aí sim o emagrecimento vem como consequência”, afirma Amanda.

Mudança na alimentação

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pós perceber a mudança em seu corpo devido à má alimentação e falta de atividade física, Evelym Landim, 29 anos, decidiu mudar de vida. Foi a partir daí que descobriu seus dotes para a cozinha e seu amor pela comida de verdade. “Comecei a pesquisar na internet sobre vida saudável e durante um tempo tive acompanhamento com uma profissional que me ensinou muito sobre a alimentação. E dentro desse mundo fui aos poucos descobrindo um encanto com as experiências e sabores dos alimentos”, conta Evelym. Com o tempo, Evelym foi se apaixonando cada dia mais pelo universo alimentício. Sempre curiosa, aprofundou-se em estudos e análises que a fizeram descobrir o real significado da comida de verdade. A cozinheira explica que a alimentação saudável vai muito além de comidas com baixo teor calórico, mas sim, quando se aproxima do mais natural possível. “Defendo muito a valorização do

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produtor local, dessa forma priorizo em meu dia a dia a ingestão de legumes, verduras e frutas que sejam cultivados por pequenos produtores, sem agrotóxicos e aditivos”, acrescenta. Além de aprender sobre as comidas, Evelym precisou também entender como funcionavam os seus processos. Alguns procedimentos, que hoje já estão “fora de moda”, como a fermentação dos alimentos, auxiliam o corpo a aproveitar de maneira mais eficiente os nutrientes. A cozinheira afirma que o método de fermentação é muito eficaz e traz milhares de benefícios a saúde. “Deixar algumas horas de molho e cozinhar os alimentos na panela de pressão faz com que os elementos que bloqueiam a absorção de nutrientes sejam, na grande maioria, eliminados. Além disso, enriquece o alimento com substâncias que melhoram o sistema intestinal”, acrescenta. Após aderir esse novo estilo de vida, Evelym sentiu a diferença não só no seu porte físico, mas também na saúde e disposição. “ Eu acredito e vivencio que a partir do momento que mudamos nossa relação com o alimento que entra em nossa casa e em nosso corpo, colhemos inúmeros benefícios, tanto na prevenção como na melhora de quadros de doenças e também naquilo que muitos buscam hoje, o emagrecimento saudável. Por isso defendo e acredito que o segredo de uma vida saudável e equilibrada esta na comida de verdade”. De acordo com a nutricionista, foi comprovado cientificamente que os alimentos industrializados causam danos à saúde, como a inflamação do organismo e má absorção dos nutrientes, gerando sérias doenças, ou levando até a morte. Com isso, Evelym diz que ao mudar os hábitos alimentares o corpo reage com gratidão e sem dúvidas o emagrecimento acontece. “Lembrando também que se a pessoa ficou anos comendo mal e aumentando seu peso não será da noite para o dia que ela ira conseguir um emagrecimento saudável, tanto os hábitos alimentares como o peso serão mudados aos poucos”, frisa Evelym. Falando assim parece tudo complicado, mas na prática as coisas fluem de maneira natural, basta apenas reorganizar os horários e se encorajar a ir para a cozinha. Contudo, a cozinheira Evelym deixa cinco dicas para você que quer melhorar a sua alimentação e, consequentemente, ter uma vida mais leve e saudável!


mão na massa

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Bolo Molhado de Abóbora Ingredientes: 2 ovos, 1 xícara de açúcar mascavo, 1 pitada de sal, 1 xícara de leite de coco caseiro, 1 xícara de abóbora madura cozida, 1 xícara de farinha de coco, ¼ de xícara de psyllium, ½ xícara de farinha de oleaginosa, 1 colher de café de bicarbonato de sódio, 1 colher de chá de fermento químico. Modo de preparo: bata os ovos, açúcar mascavo a pitada de sal no liquidificador; em seguida, acrescente o leite de coco caseiro e a abóbora madura cozida, bata novamente e reserve. Em uma bacia, junte a farinha de coco, o psyllium, a farinha de oleaginosa, o bicarbonato de sódio e o fermento químico e misture o que já estava batido no liquidificador. Coloque a massa em uma forma de furo no meio, untada com óleo de coco e leve para assar em forno pré-aquecido por aproximadamente 40 minutos. #Tcharam. Eu fiz e ficou uma delícia! Espero que vocês também gostem ;)

5 dicas para você levar uma vida mais saudável: 1º - Vá menos ao supermercado e mais à feira 2º - Se encoraje a ir para a cozinha e descubra suas preferências 3º - Faça testes com os temperos que mais lhe agradam 4º - Coma mais comidas feitas em casa (prepare refeições e deixe pronta algumas porções) 5º - Atente-se aos ingredientes de comidas prontas e se tiver algum com nome estranho, evite-os. Bora lá começar a aderir esse novo método?


dAYANA FERREIRA, 24 ANOS, MILITAR


festando!

Por Monique Coutinho

O ano está quase acabando e você já se ligou nos festivais que vão rolar daqui pra frente? Prepare o bolso, porque tem música para todos os gostos. Sinta a vibe de quatro grandes eventos maravilhosos que estão chegando aí!! Fonte: site oficial

Fonte: site oficial


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#festivaldeveraosalvador #lollapalooza2017 Para quem gosta de sol, calor, pouca roupa e badalação, nos dias 10 e 11 de dezembro vai rolar o Festival de Verão de Salvador. Como todo ano, o evento conta com a presença de grandes nomes da música e envolve diversos estilos, como pop rock, axé, forró, pagode, sertanejo, funk, entre outros. E o mais legal é que o FV tem a tradição de apoiar instituições sociais. Neste ano a verba arrecadada na chamada “cortesia solidária” será para o Hospital Pediátrico Martagão Gesteira. Muito legal né :D #Partiu? Para quem gosta dos internacionais vêm aí a 6º edição do Lollapalooza, que acontecerá nos dias 25 e 26 de março de 2017, no autódromo de Interlagos, em São Paulo. O evento conta com a presença de conhecidíssimas bandas de rock e pop rock, como Metallica, Chemical Surf, The Strokes, Illusionize, entre outros. Os “Lolla Pass” já estão no segundo lote e quem paga meia-entrada terá que desembolsar R$ 460, e a inteira R$ 920, lembrando que os ingressos são válidos para os dois dias de festival.


festando! 18 Fonte: site oďŹ cial

Fonte: site oďŹ cial


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#tomorrowlandbrasil #rockinrio2017 Para os que gostam de “fritar” e são amantes da música eletrônica, em abril de 2017 acontecerá o Tomorrowland Brasil. O evento será em Itu (SP), no Parque Maeda, que contará com a presença dos melhores DJ's do mundo e vai para a sua 3º edição aqui no país. São três dias de pura festa e animação (detalhe que esse foi o melhor festival da minha vida!). Os valores dos ingressos vão de R$ 199,50 (meia-entrada para um dia de festa) a R$ 1449,50 (valor inteiro e que dá acesso aos três dias de festival). OMG, dinheiro cadê? #Sumiu Para os amantes ecléticos, de 15 a 24 de setembro de 2017 o Rio de Janeiro sediará o Rock In Rio. O tema desta edição é a África, com toda sua cultura e história. A negociação com os artistas já está em andamento, mas Red Hot Chili Peppers já confirmou presença, assim como Maroon 5. Não foram divulgados os valores dos ingressos, mas já deu para ter uma noção baseando-se nos valores do RIR 2015, que foi de R$ 160 (meiaentrada para um dia) a R$ 320 (inteira para um dia). Vamos aguardar mais informações. #aaaaaaaah


transforme-se

O menos,

ĂŠ mais!

Por Monique Coutinho


make

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Algumas mulheres usam maquiagens só quando vão para festas. Outras apenas no trabalho. E tem aquelas que não vão à esquina sem MAKE. Aí entra a questão: até que ponto a maquiagem é saudável na vida da mulher?

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aça chuva ou faça sol, sempre encontramos pelas ruas mulheres que andam bem maquiadas. Não só adultas, mas a onda da maquiagem vem pegando também crianças e adolescentes que, com a evolução da tecnologia, veem e relacionam as “tintas para pele” como algo indispensável. Novos produtos, tendências e cores aparecem dia após dia no mundo da make, inovando ideias e desafiando os profissionais da área, que precisam se virar nos trinta para conseguirem fazer o tal do “olho de gatinho” ou colocar os cílios postiços de maneira correta. A maquiagem realmente veio para ficar. Elas existem para todas as ocasiões: festa, trabalho, balada, para o dia a dia e até mesmo para dormir. Por isso, ela se torna uma grande aliada das mulheres. Uma make bem feita é capaz de proporcionar uma pele perfeita, um olhar marcante, cobrir imperfeições e devolver a autoestima para as mulheres. Mas, até que ponto a maquiagem acrescenta positivamente na vida delas?

Menos é mais

U

sar base, pó, delineador, blush e batom é indispensável, mas a maquiadora Rarissa Mota alerta que quando o assunto é maquiagem, a teoria do “menos é mais” é super válida. “Na dúvida, optem sempre pelos tons neutros e maquiagens mais esfumadas possíveis. Cautela. Menos é mais sempre! Lembrem-se das modas loucas que um dia usamos e que hoje achamos muito feias. Isso é um sinal de que aquilo era um

exagero. O tradicional nunca sai de moda”, diz Rarissa. Claro! Com a facilidade do acesso à internet e o estouro dos tutoriais de youtubers e blogueiras no ramo da beleza, novas formas e estilos de maquiagem surgiram, despertando interesses e curiosidades. A maquiadora relata que na maioria das vezes, as mulheres se inspiram em algo ou alguém, definindo assim a maneira que gostariam de ser maquiadas. “Elas sempre levam fotos de inspiração”, acrescenta Rarissa.

Cuidados

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er como inspiração a beleza de outras mulheres é algo natural, mas querer “ser” como elas já é um assunto preocupante. Vale ressaltar que cada mulher tem sua própria beleza, traços e formato de rosto; detalhes que precisam ser levados em consideração. Dados de uma pesquisa feita pela empresa de higiene pessoal, Dove, afirma que 92% das mulheres brasileiras abrem mão de importantes atividades quando se sentem insatisfeitas com a própria aparência. Diante deste cenário, a psicóloga Ana Laura Balieiro observa que diariamente as mulheres são bombardeadas com padrões de beleza já preestabelecidos, mas cabe a cada uma se conhecer, se amar e entender a sua individualidade. “O que fica bom para uma, pode não ficar para outra. Faz parte do ser humano se espelhar, buscar algo ou alguém que admira, mas não é saudável querer “ser” aquela pessoa. É preciso ter cuidado para não assumir uma personagem


make

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make para si mesma! Deve-se buscar quem realmente é”, acrescenta a especialista. Tudo que é em excesso esconde alguma falta, diz a psicóloga, e essa ausência muitas vezes é a não aceitação do próprio corpo e aparência. “Acredito que a maquiagem veio para favorecer a beleza da mulher e não a transformar alguém que não é. No mundo atual é difícil encontrar pessoas plenamente satisfeitas consigo, e com isso é preciso ter o discernimento do padrão de beleza ideal e o superficial. Querer estar sempre bonita e maquiada, impedindo inclusive de exercer afazeres cotidianos, não é legal”, afirma Ana Laura.

Ser bonita

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xistem diverso

s conceitos de beleza, e se levar em consideração a opinião das pessoas, torna-se perceptível que o “belo” varia de acordo com o ponto de vista de cada um. Aquilo que “me” agrada pode ir contra o gosto do outro, transformando em feio algo consideravelmente bonito. Se sentir bela, assumindo os próprios traços e contornos, se tornou um desafio nos dias atuais, em que o capitalismo e o consumismo fazem parte da rotina do indivíduo. A indústria atual tende a vender belezas prontas e faturam em cima de inseguranças e baixa autoestima. Segundo a maquiadora

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Rarissa, o conceito de bonito já está definido no subconsciente do ser humano e a sociedade possui uma parcela de influência nisso tudo. “Muitas mulheres não entendem o sentido de usar determinado produto, agindo de acordo com a "modinha", onde entra a parcela de colaboração da sociedade, além de não compreenderem que não é preciso ter todos os aspectos mais bonitos juntos”, observa a profissional. A partir do momento que a pessoa não consegue se sentir bonita sem a maquiagem ou com suas características naturais, é que se pode declarar como algo doentio, pois nada que é em excesso faz bem, nem mesmo a make. “Por exemplo, ao invés de preocupar s e m p r e e m "maquiar" a olheira que é causada pela insônia, porque não agir contra e tratar o problema pela raiz?”, questiona Rarissa. O reconhecimento e o respeito consigo mesmo são os pontos-chaves para haver harmonia e a autoaceitação. A psicóloga conclui dizendo que quando você se conhece existe maior facilidade de se valorizar. “Conheço pessoas que aprenderam a se valorizar e a encontrar sua própria beleza, independente de idade ou tipo físico. O amor próprio prevaleceu e isso me faz acreditar que o grande segredo para manter a autoestima elevada é se autoaceitar”.


tô de boa Respire! Inspire! Relaxe! #sejaquemvocêquiser #sejarev3rsa #sejavocê

A moda é se amar mais

Corpo bonito é aquele que tem uma pessoa feliz dentro

+ser -ter A maior felicidade é você estar bem consigo mesma

God Mar, doce lar

O universo conspira a favor de quem não conspira contra ninguém


tô de boa

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Não há nada de errado com quem você é Você não tem que

O amor elimina o

se acostumar com

medo do amor

aquilo que te faz mal

Sua beleza não precisa seguir nenhum padrão

Para obter algo que você nunca teve, precisa fazer algo que nunca fez

Se vista de você


tô de boa

Cinco barulhos que

silenciam a alma Ondas do mar se quebrando Canto dos pássaros Chuva na janela Música favorita Gargalhadas de pessoas que amamos

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PÉ NA ESTRADA

Por Monique Coutinho

“Com o casamento, a profissão e a vida, aprendi a me virar em tudo, é difícil, mas me sinto uma polivalente.” Regina Almeida


PÉ NA ESTRADA

T

odos os dias ela acorda, veste seu uniforme e bota o pé na estrada. Literalmente falando, Regina Almeida, 45 anos, percorre longos caminhos carregando consigo sonhos e também a responsabilidade em forma de cargas. Motorista de caminhão, a crise financeira a fez enfrentar medos e preconceitos para seguir essa profissão. Em uma Mercedes Benz de porte médio, a caminhoneira presta serviço há dois anos para a empresa Braspress, uma transportadora de encomendas que viaja por todo Brasil. Ela relata que apesar dos elogios, já sofreu muito pelas estradas da vida e percebeu que as rodovias não estão preparadas para assegurar mulheres, assim como ela, que fazem longas viagens. “Existe p re co n ce i to . Al g u n s h o me n s n ã o conversam comigo, mal olham para minha cara, já procuram direto o meu ajudante para saber o que deve ser feito”, conta Regina. Até meados da década de 60, as mulheres eram criadas para reproduzir e executar serviços domésticos, permitindo que o homem fosse o único responsável pelo sustento financeiro do lar. Mas o grande pontapé veio por volta da década de 70, com a Revolução Feminista, onde elas conseguiram ganhar maior visibilidade, inclusive no mercado de trabalho, já que os homens foram para a guerra e assim causaram um desfalque nas grandes fábricas. A partir daí, ano após ano cresce gradativamente o número de mulheres ingressadas no mercado de trabalho. Regina conta que, assim como milhares de mulheres, hoje assume o papel de provedora do lar, e confessa que já trabalhou como marceneira, profissão a qual sofreu mais preconceito ainda. “O

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maior preconceito partiu de um homem que queria me bater. Eu tinha acabado de entrar no trabalho e estava ganhando experiência. Foi horrível,” relata, acrescentando que esse preconceito veio desde o início do curso de marcenaria. “Muitos questionavam o porque fazer móveis e não artesanato. Não entendiam a necessidade de fabricar o próprio móvel. O peso das madeiras também causava problema. Nunca gostei de depender de homem. É claro que algumas coisas não dão para nós mulheres fazermos, mas evito depender porque não gosto, e isso acaba chamando atenção”, conta. As experiências de vida da caminhoneira a tornaram uma mulher forte, capaz de enfrentar preconceitos e desafios que a vida insistiu em colocar em seu caminho. Regina recorda que em uma de suas viagens o caminhão quebrou e, apesar da autossuficiência, percebeu que ali precisava de uma mãozinha dos amigos. “Tive que esperar pelo socorro. Era tudo muito pesado e sozinha eu vi que não conseguiria. O caminhão ficou bloqueado e não há a nada se fazer diante disso. Esperei pelos colegas”, reconhece a caminhoneira. Apesar de ser visível essa evolução da mulher no mercado de trabalho, é curioso observar que até hoje há quem acredite que certas profissões são para homens e para mulheres. De acordo com a Comissão Econômica para a América L a t i n a ( C E PA L ) , h á t a m b é m a persistência na diferença salarial, causando muitas vezes o empoderamento econômico das mulheres e a desigualdade de gênero. Ainda segundo a CEPAL, em toda a América Latina as mulheres de 20 a 49 anos, que trabalham cerca de 35 horas por semana, ganham 16% menos que os


PÉ NA ESTRADA homens. Apesar da desigualdade quanto ao respeito e preconceito, Regina diz que um dos pontos positivos da empresa que trabalha é a não diferenciação quanto ao salário e benefícios, comparado aos homens. Outra coisa boa é que há sempre uma preferência pelas profissionais mulheres, e nas estradas, motoristas de ônibus chegam a aplaudir quando veem que uma mulher está conduzindo o caminhão. “Apesar de sermos a minoria, conduzir um veículo grande traz uma satisfação boa, eleva o ego”, brinca ela. Trabalhar de segunda a sexta-feira é comum, mas para quem carrega a responsabilidade de transportar mercadorias por centenas de quilômetros complica um pouco. Mas isso não é motivo para desânimo, não para Regina. Além de tudo, ela encontra tempo para cuidar da casa, dos filhos e de se auto cuidar. “Cuido de mim aos finais de semana, faço caminhadas na parte da manhã, arrumo as unhas e, durante o período de trabalho, ajeito sempre o

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cabelo e não dispenso o batom”, relata. E para variar, uma das coisas que a caminhoneira mais gosta de fazer nos tempos livres é? Pegar estrada. Isso mesmo, Regina ama viajar e sempre carrega consigo os frutos de um casamento de 25 anos, os dois filhos, que fazem questão de acompanhá-la nos passeios inusitados. “Ir para praia, visitar os parentes… é uma correria, mas preciso fazer um pouco de cada coisa. Filhos são para sempre e não tem como deixar para amanhã”, conta. Após este relato, você ainda consegue pensar que existem profissões para homens e para mulheres? A profissão é apenas profissão, sem titular gêneros e impor qualificações que descapacitam eles ou elas. Se dedicar, ser ético e mostrar a capacidade são alguns dos principais requisitos para você ser aquilo que quiser. É como Regina falou: “com o casamento, a profissão e a vida, aprendi a me virar em tudo. É difícil, mas me sinto uma polivalente,” conclui.


madeixas

Por Monique Coutinho

De lisa para cacheada! Você acredita que a liberdade nasce a partir do momento que você se aceita do jeitinho que é?

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ndando por aí, você notou que o número de mulheres com cabelos cacheados aumentou significativamente? Pois é, sua percepção está correta. Muitas estão abandonando o secador, a chapinha, escova progressiva e alisamentos para assumir de uma vez por todas a sua raiz, os seus cachos. Essa mudança é denominada “transição capilar”, que é o processo no qual o cabelo dá "tchau" para a química até ele crescer totalmente e chegar ao natural. Mas, o que de fato estaria por trás dessa alteração de estilo? É uma questão de economia, autossatisfação ou identidade? No Brasil, em 2012, 51,4% das mulheres tinham o cabelo crespo ou cacheado, e desse total, 30% assumiram os cachos. Os dados são de uma pesquisa feita pela consultoria Kantar WorldPanel para a Unilever, e é possível que hoje o número das “assumidas” seja

bem maior. Nunca se falou tanto em assumir o cabelo crespo e cacheado e nem se viu tantas mulheres assumindo a beleza natural dos fios. Evelyn Marcela, de 23 anos, entrou para esse time, mas nem sempre foi assim. Ela partiu para a química no cabelo há uma década, quando não era comum ter colegas negras com cabelos crespos na sala de aula. “Tudo era muito padronizado e eu me sentia diferente das minhas colegas”, lembra. Evelyn se via diante de uma das imposições da chamada ditadura da beleza, ou ditadura do cabelo liso. Há tempos, os fios crespos e cacheados são enquadrados em estereótipos preconceituosos e racistas, que os caracterizam como “cabelos ruins”. A onda de alisamentos e procedimentos químicos é consequência dessa hostilidade, que prega a ideia de que fios lisos, sedosos e sem volume são


madeixas mais bonitos. Mas, tudo mudou depois que Evelyn viu em um programa de televisão mulheres negras e estilosas falando sobre cabelos. E a fala de uma delas chamou sua atenção: “As pessoas precisam desconstruir a ideia de que é preciso viver no padrão e seguir uma estética normativa. Ser livre é ser aquilo que você é”. #Checkin no CHÃO! Evelyn nunca imaginou que poderia haver vida além do cabelo crespo e passou a buscar referências na internet. A partir daí ela começou a encarar a possibilidade de assumir suas madeixas. Mas, somente aos 21 anos, Evelyn conseguiu criar coragem e iniciou o processo de transição. Parece não ter sido um processo simples. E não foi mesmo! “Não foi fácil. Pra falar a verdade, acho que foi uma das coisas mais difíceis que eu já enfrentei”, ela conta, e afirma que está há um ano e meio nesse novo procedimento. É importante frisar que esse período de transição varia, podendo durar meses ou anos. Isso porque, os cabelos crespos e cacheados tendem a crescer mais lentamente comparado aos lisos, e essa transformação capilar termina com o corte das pontas dos cabelos, que retira toda a parte quimicamente tratada. Essa mudança é mais que um processo estético, é também uma forma de

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autoconhecimento e aceitação que influencia a autoestima de diversas mulheres. Não bastasse toda uma luta interior, Evelyn ainda teve de encarar a sociedade. “Eu tive de estar firme o tempo todo para explicar para as pessoas que me olhavam e questionavam o porquê de querer estar passando por aquilo, um processo tão demorado, trabalhoso, nada agradável nem bonito nos primeiro meses”. A escritora, feminista e ativista social Bell Hooks, autora de “Alisando nosso cabelo”, diz que dentro do patriarcado capitalista, o contexto social e político em que surge o costume entre os negros de alisar os cabelos representa uma imitação da aparência do grupo branco dominante e, com frequência, indica um racismo interiorizado, um ódio a si mesmo que pode ser somado a uma baixa autoestima. Para passar por cima dessa fase desagradável, Evelyn relata que a principal forma utilizada foi a texturização, que são técnicas para fazer com que a parte do cabelo que ainda está alisada fique semelhante com a natural, ou seja? Cacheado. “De início, o contraste entre a raiz e as pontas é muito grande, não deixando dar forma aos cachos devido ao resto de química ainda presente nos cabelos, então eu fui testando várias formas de texturizar.”


madeixas De alisada, para cacheada.

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om um ano e meio de transição, Evelyn já pôde sentir a diferença relacionada aos cuidados com o cabelo liso e cacheado. Ela afirma que os fios crespos dão muito mais trabalho do que os lisos: “geralmente quem tem os

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cabelos lisos costuma hidratar no máximo uma vez por semana, já o cacheado exige uma carga muito maior de hidratação, pois tende a ressecar muito mais”. Agora, sua rotina é completamente diferente. Hidratação e nutrição ocorrem até duas vezes por semana e a cada 15 dias faz a umectação.

Umectação: Óleo de coco 100 % natural e óleo de rícino. Hidratação: Máscaras compostas de manteiga de karitê, abacate, vitamina B, glicerina e bepantol . (1 vez por semana) Nutrição: Azeite, óleo de argan, óleo de coco, tutano e máscara de reconstrução. (1 vez por semana) obs: cada tipo de cabelo tem sua necessidade.

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oje, livre da química, Evelyn afirma que se sente mais segura de si, forte e com orgulho de ser negra: “Sou mulher e carrego em mim mi n h a h i stó ri a , mi n h a ra i z e identidade, fruto da miscigenação.

Sou COMPLETAMENTE livre dos padrões e capaz de ser o que eu quiser. E justamente por ser quem sou, a única imposição que cabe a mim é lutar por aquilo que acredito e ser feliz.”


Relato de uma viajante

Por Monique Coutinho

‘‘Não importa o local, o que importa é conhecer novas coisas, culturas, lugares e sorrisos.’’ Monique Coutinho

MILAN TOKYO NEW YORK

LONDON

PARIS


relatos de uma viajante

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Viajar. Ahhhh, essa palavra faz os olhos brilharem...

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empre gostei de pôr o pé na estrada, seja para ir até a cidade vizinha ou quem sabe para outro estado. Não importa o local, o que importa é conhecer novas coisas, culturas, lugares e sorrisos. Tenho o costume de dizer que conforme fui crescendo, meu espírito livre foi crescendo junto e a vontade de voar aumentando cada vez mais. Em casa, meus pais sempre confiaram em mim e, percebendo esse meu jeito esvoaçante de ser, não me privaram de percorrer as estradas da vida. Não é à toa que migrei para o jornalismo, afinal de contas, contar e vivenciar histórias é comigo mesma. Por falar em história, me recordo de uma bem mirabolante, digamos c r a z y. F o i e m 2 0 11 , quando Anahí, minha cantora favorita, anunciou tour pelo Brasil. Fui à loucura e decidi enfrentar o que fosse para estar diante dela. Aí que tá, um dos shows seria no Rio de Janeiro e eu nunca tinha ido pra lá sozinha. Mas o medo nunca conseguiu barrar meus sonhos, pelo contrário, tenho o costume de encará-lo olho a olho e acabo por desafiá-lo. Enfrento.

Desembarquei na cidade maravilhosa carregando minha mochila com meia dúzia de peças de roupas e infinitos sonhos e vontades. Pronto, ali eu estava com a minha pequenez diante daquela imensa cidade. Quem tem boca vai a Roma? Quem tem boca vai onde quiser. Depois de muito perguntar, encontrei o local do show e fiz da calçada a minha hospedagem. Me ajeitei e ali morei por dois dias. Foram 48 horas de ansiedade, adrenalina, emoção e… Perrengues. Quando falo em perrengues foram dos mais doidos que se pode imaginar. Tomei banho em posto de gasolina, me alimentei em uma loja de conveniência do aeroporto e cochilava na cadeira de plástico do carrinho de lanche da esquina. Coisas que jamais imaginei passar, mas que hoje estão registradas feito tatuagens em mim. O cansaço era grande e o desejo de estar na minha cama quentinha maior ainda, mas o sonho e a vontade de viver aquelas duas horas de show eram infinitos. Nesse dia percebi a minha força e o que sou capaz de fazer por um sonho. Chegou o grande dia, 27 de março de 2011. Entrei para a casa de show e,

enquanto aguardava, DJ's tocavam músicas da Anahí e aquilo, de certa forma, se transformava em energia para mim. Por fim chegou o momento, foi anunciada a entrada da #diva! Toda dor, c a n s a ç o e s o n o desapareceram. Quando ela entrou naquele palco percebi que tinha feito a escolha certa. Só conseguia pensar: valeu a pena! Hoje fecho os olhos e consigo sentir toda vibração v i v i d a n a q u e l e s h o w. Momentos assim só me fizeram acreditar que não importa qual é o meu sonho, muito menos o tamanho dele, o que realmente importa é que ele existe e que basta apenas acreditar e se esforçar para fazê-lo acontecer. Em mim levo o registro “she believed, she could, so she did” (ela acreditou que podia, então foi lá e fez), porque sim, se fui capaz de acreditar, sou capaz de fazer. É preciso se permitir mais e vivenciar novas experiências. Elas colorem ainda mais a vida. Falta coragem? Guarde-a no bolso, coloque sua mochila nas costas, abasteça-a de sonhos e siga seu destino, pois a certeza de tentar é um dos maiores prazeres da vida e isso basta para causar orgulho e ser feliz.


Expediente: Editora-chefe: Monique Coutinho Diagramador: Leonardo Pereira Modelos: Dayana Ferreira, Larissa Waldhelm, Lauriane Lamins, Marcela Tavares, Priscila Xavier, Simony Coutinho, Thamiris Fortunato Fotรณgrafo: Wesley Almeida Maquiadora: Rarissa Mota



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