B&co 157

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ao leitor Foto Luciana Sotelo

ANO XIV - Nº 157 - Julho/2015 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte

O caminho do meio É normal e aceitável que cada geração sempre considere ter sido a sua a melhor, a mais cer-

Roberto Berlofi Zaidan

ta, aquela que deve ser replicada pelas mais novas. Sempre foi assim, sempre será. Só que, em

roberto@costanorte.com.br

tempos idos, as mudanças ocorriam em ritmo tão lento, que levavam, às vezes, décadas para

Criação e Diagramação Audrye Rotta (Mtb 76.077/SP) audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br

alterar alguma coisa. Num passado mais remoto ainda, séculos. Hoje, elas ocorrem em questão de horas. Sim, porque a todo instante sabemos das inovações do mundo tecnológico. Elas são espetaculares e tornam o mundo melhor de se viver, no aspecto de facilitação da atividade humana. Mas como toda inovação, também trazem polêmica, necessidades de adaptação, busca por um meio termo capaz de amoldá-las à sociedade vigente. As crianças são as que melhor se adaptam às novidades, claro. Elas estão abertas para o mundo; não têm ideia sobre se o que fazem as beneficiará ou prejudicará em suas vidas adultas. Aí entram os pais. Para agradar os filhos, inseri-los no mundo moderno ou, em muitos casos, aplacar o sentimento de culpa pelo “abandono” necessário para o desenvolvimento de suas atividades profissionais, oferecem todo tipo de parafernália tecnológica. Só que eles se esquecem de que, se, por um lado farão de seus filhos seres antenados e preparados para o futuro, por

Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Durval Capp Filho, Edison Prata, Karlos Ferrera, Luciana Sotelo, Luci Cardia, Marcus Neves Fernandes, Maria Helena Pugliesi e Marina Veltman Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

outro, podem prejudicar seu desenvolvimento social e até físico; basta observar a questão da obesidade infantil. Grande parte das famílias deixou de interagir com suas crianças; de frequentar, com elas, áreas de lazer nas quais podem brincar em contato com outras crianças, com a natureza, com a novidade e o improviso. O brincar é uma condição social tão importante, que a Unesco criou o Dia Mundial do Brincar, para chamar a atenção dos adultos para esse direito e dever das crianças. O brincar é fundamental para o desenvolvimento e o crescimento delas. Sair de casa para brincar possibilita que todos os sentidos da criança fiquem alertas, o que a faz desfrutar de momentos únicos, que acontecem espontaneamente. As brincadeiras ao ar livre são, em geral, desestruturadas. Tal fato dá lugar à criatividade, à experimentação de situações novas. A boa notícia é que vivemos em uma região praiana que, por si só, já oferece inúmeras opções de lazer ao ar livre. Melhor ainda é saber que há grande oferta de parques e logradouros públicos dotados de vários equipamentos criativos. Muitos deles são iguaizinhos àqueles em que nossos pais e avós brincavam. Eles não mudaram com o tempo. Ainda bem.


São Sebastião

ILHAS CACHOEIRAS TRILHAS

Agitada o ano todo

FAUNA FLORA MERGULHO VELA SURF

A CIDADE NÃO PARA! para quem quer curtir as férias de inverno à beira mar.

CULTURA HISTÓRIA GASTRONOMIA

Praia de Paúba

Julho vem recheado de opções

SKATE

BALADAS

Super Surf - Praia de Maresias De 15 a 19 de Julho K-21 - Praia de Maresias Dia 18 de julho Arraiá Caiçara - Rua da Praia De 17 a 19 e de 23 a 26 de Julho IV Festival Gastronômico Projeto Buscapé Praça Pôr do Sol - Boiçucanga Dias 24 a 26 de julho São

www.saosebastiao.sp.gov.br

facebook.com/prefeituradesaosebastiao

Sebastião

Administração Municipal

Construindo uma cidade melhor!




Foto Luciana Sotelo

28 Criação de bijupirás promete salvá-los da extinção

Foto Solar Impulse

46 Energias alternativas avançam, mas não no Brasil

E mais... Brincar ao ar livre

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Hese 24 Moda 58 Flashes 62

Foto KFPress

Destaques 64 Celebridades em Foco

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Alto Astral

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Foto Arquivo Pessoal

48 Patinação: arte, beleza, equilíbrio e muito suor

Foto José Fernando

54 Amplitude e luminosidade para melhor curtir a Riviera

Capa

Brincar é um direito e um dever da criança Foto Dmitry Naumov / Shutterstock

Foto Luiz Fernando Ortiz

Escola do Choro pág. 38


Foto Luciana Sotelo

comportamento

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Areia, árvores, sol, brinquedos, companhia: é preciso mais? Beach&Co nº 157 - Julho/2015


Brincadeira é coisa séria

Cada vez mais as crianças brincam menos, trocam o ar livre pelo sofá, e os exercícios físicos, pelas diversões eletrônicas. Isso é bom ou ruim? Que tal o velho e sempre bom caminho do meio? Por Luciana Sotelo Brincar de pique esconde, subir em árvore, correr, deitar na grama, andar de balanço, pular, se equilibrar na gangorra... Atividades de criança, ou não? Pelo menos, eram... E por quê? Seja pela falta de segurança nas ruas ou pela correria dos pais, os pequenos têm frequentado menos os parques, praças e até mesmo a areia da praia. Ficam trancadas dentro dos apartamentos, vão de carro para a escola e, para comple-

tar, nos finais de semana, o passeio com a família acaba sendo no shopping center. Nesse ritmo, crianças que, em tempos idos, cresciam fazendo exercícios enquanto brincavam, agora, são alvos fáceis para o sedentarismo. Para se ter uma ideia, há 50 anos, a garotada gastava 600 calorias a mais do que hoje, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o que tem sido um grande fator para o aumento da obesidade infantil.

Foto Luciana Sotelo

O parquinho da praça da Aparecida está sempre assim, cheio de crianças alegres, em contato umas com as outras e com atividades aeróbicas

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comportamento

Fotos Luciana Sotelo

Ilton Fernandes da Costa e seu filho Nicolas: “Descer no escorregador ou se balançar como se fosse um pássaro. Essas são as brincadeiras preferidas do meu filho. Sempre que posso, trago ele para se divertir” Para a médica e psicóloga Veitchia Scarpellini, correr, saltar, rolar, testar movimentos, buscar equilíbrio e encontrar meios de superar obstáculos ativam o desenvolvimento psicomotor, que está diretamente relacionado às áreas cognitivas e afetivas do comportamento humano. “Sem contar que os conhecimentos adquiridos nessas atividades geram possibilidades de atuação das crianças no mundo exterior”, destaca. Então, aonde levar os pequenos para realizar essas atividades tão importantes? A Baixada Santista, além de se constituir num grande centro urbano, é privilegiada pelas muitas possibilidades de diversão, sem custo e em contato direto com a natureza. No geral, as cidades contam com praias, praças e parques. Em Santos, por exemplo, a

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Fotos Luciana Sotelo

Nicolas e Theo na brinquedoteca do Sesc Santos. Ao lado, os dois partilham atividade com a mãe de Theo, Tatiana Legramante

Tatiana Legramante ajuda o pequeno Theo a conhecer melhor os seus limites e a testar sua coordenação motora faixa de areia pode ser bem divertida, pois possui playgrounds distribuídos por toda extensão da orla. De acordo com informações da subprefeitura da orla e zonas intermediárias do município, estão à disposição oito estações de brinquedos, entre o emissário submarino e o canal 6. Todas possuem escorregador, balanços e gangorras. Mas a diversão não se restringe somente à praia; a cidade oferece praças públicas dotadas de parques com equipamentos para as crianças. São treze pontos encontrados em bairros, tais como, Embaré, Aparecida, Encruzilhada, Pompeia, Estuário, Macuco, José Menino e Vila Belmiro. O pequeno Nicolas, de apenas 3 anos, é frequentador da pracinha do seu bairro, a Encruzilhada. O pai, o repórter cinema-

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comportamento

Dia Mundial do Brincar O brincar é uma atividade tão importante que o Dia Mundial do Brincar foi instituído pela Unesco-ONU, durante a Conferência Internacional de Brinquedotecas, em 28 de maio de 1999, para chamar a atenção dos adultos para esse direito e dever das crianças. Em vários países, essa data é levada a sério, por reconhecerem que o brincar é fundamental para o desenvolvimento e crescimento das crianças.

Fotos Luciana Sotelo

Brinquedoteca do Sesc Santos

As praças localizadas em vários bairros oferecem opções variadas como quadras esportivas, playgrounds e até mesmo pista com ciclovia

tográfico Ilton Fernandes da Costa, conta: “Descer no escorregador ou se balançar como se fosse um pássaro. Essas são as brincadeiras preferidas do meu filho. Sempre que posso, trago ele para se divertir. Ele brinca bastante e chega em casa cansado. Gosto muito de vir aqui com ele, pois o espaço é limpo, organizado e posso passar um bom tempo junto com meu filho”. Locais como estes são instalados pela prefeitura nos bairros, e as associações de moradores ajudam a cuidar e a mantê-los organizados. Segundo a subprefeitura

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Foto Divulgação Sesc Bertioga

No Sesc Santos, o brincar é uma das prioridades na programação. Não é à toa que o local está sempre cheio e barulhento. Por lá existe uma brinquedoteca e dois playgrounds. Essas áreas são de livre acesso; não precisa pagar para brincar. A brinquedoteca é dotada de brinquedos e jogos educativos e criança não tem contato com brinquedos tecnológicos. Todos os meses, a unidade oferece uma agenda de atividades para as crianças, que engloba, além das atividades de lazer ao ar livre, teatro, música, dança, atividades esportivas, entre outras. Na sede de Bertioga, conforme informações da assessoria de imprensa, a maior atração é o trecho de praia. No local, são oferecidas atividades variadas na faixa de areia.

do centro e região histórica de Santos, nos bairros do Valongo, Centro, Paquetá, Vila Nova e Vila Mathias, há cinco praças com áreas de lazer, ou seja, que oferecem opções variadas como quadras esportivas, playgrounds e até mesmo pista com ciclovia. Outras opções de roteiros para os pais tirarem a criançada de casa incluem o Parque Roberto Mário Santini (emissário submarino) e o Jardim Botânico Chico Mendes, na Zona Noroeste. Mantido pela Secretaria de Meio Ambiente, o Jardim Botânico, que, no ano passado, completou 20 anos, ganhou um novo e moderno playground, que inclui um equipamento especialmente desenvolvido para portadores de deficiência. O parque integra a Rede Brasileira de Jardins Botânicos, ligada à Botanic Gardens Conservation International, composta por 500 jardins botânicos em 112 países. O Jardim Botânico Chico Mendes oferece uma série de atividades gratuitas, como o curso de horta ecológica e o curso de jardinagem, para crianças, jovens e adultos.

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No Sesc Bertioga, apesar dos incontáveis equipamentos de lazer para a criançada, a faixa de areia costuma ser uma das atrações mais disputadas

Foto Susan Hortas

Playground do emissário submarino, em Santos, oferece diversão e fica a poucos metros do mar

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comportamento Foto Luciana Sotelo

O parque também oferece trilhas com monitores, feitas mediante agendamento, para grupos ou individualmente. Entre as opções, trilhas sobre cogumelos, plantas da Mata Atlântica ou sobre flores, entre outras. Por ano, o Jardim Botânico Chico Mendes recebe mais de 100 mil visitantes. Entre eles, Theo, de 2 anos, frequentemente passeia pelas alamedas com a família, e o final da caminhada é sempre o mesmo, o parquinho. Lá, a mamãe Tatiana Legramante ajuda o pequeno a conhecer melhor os seus limites e a testar sua coordenação motora. “É muito curioso observar como ele se desenvolve, dia a dia. No começo, tinha até medo dos brinquedos, hoje, com a minha ajuda, ele enfrenta qualquer desafio”, brinca a publicitária, que ainda completa: “Eu quero estimulá-lo a esse tipo de programação, muito mais saudável e divertida”.

Benefícios do brincar Segundo a psicóloga Veitchia Scarpellini, são muitos os motivos para sair de casa, entre eles, ativar todos os sentidos e desfrutar de momentos únicos, que acontecem espontaneamente. “Nada de vencer fases, cumprir metas e esperar bônus para a próxima jogada no vídeo game. A vida acontece por si só e há muita beleza nisso. Sonhar, cantarolar e perder-se nos pensamentos”. Ela destaca, ainda, a necessidade de buscar atividades ao ar livre, manter contato com a natureza. Nesses lugares, a brincadeira é desestruturada, não há atividade pré-estabelecida, o que dá lugar à criatividade. “A possibilidade de expressar-se por via não verbal, expe-

Playground localizado na praia do José Menino é um dos vários instalados em toda a orla de Santos

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rimentar situações e criar arquivos de referências proporciona segurança”. Deve-se levar em conta, ainda, que o esquema corporal forma-se a partir dos sentidos, dos estímulos percebidos do meio e, desta forma, a criança terá a representação de si. “O desenvolvimento da personalidade está associado à tomada de consciência do próprio corpo. Reconhecer-se, identificar suas possibilidades de agir no meio e transformar o mundo refletem diretamente em sua autoestima”. Ela dá a dica para os pais: as relações afetivas demandam cuidados, observação atenta, o olhar delicado e a escuta interessada. A atenção alimenta, o carinho salva e a união fortalece. “Pensar em dedicar um tempo longe dos recursos eletrônicos pode ser um exercício saudável. O prazer do convívio desperta lindas emoções e registra gostosas memórias”.

Foto Luciana Sotelo

Jozineide Maria dos Santos leva o filho Vinicius, de um ano e oito meses, todos os dias no parquinho do bairro Aparecida. Essa rotina começou assim que ele aprendeu a engatinhar

Tecnologia & desenvolvimento

Mesmo com todas essas opções, muitas crianças, ou até mesmo os pais, optam pela tecnologia, o que pode resultar na restrição dos movimentos, e, consequente atraso no desenvolvimento. Hoje, uma em cada três crianças ingressa na escola com esse problema, o que provoca impacto negativo sobre a alfabetização e o aproveitamento escolar, aponta um mapeamento realizado pela Help Edi Maps (Human Early Learning Partnership), em 2013, uma rede de pesquisa interdisciplinar colaborativa baseada na Escola de População e Saúde Pública da Universidade de British Columbia. Aplicativos novos e jogos surgem todos os dias, causando fascínio pelo universo de possibilidades que oferecem. Como é bom encontrar amigos antigos e ver fotos de

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Fotos Luciana Sotelo

comportamento

família nas redes sociais, disponíveis na palma da mão! Como é bom jogar com alguém que está distante. Realizar pesquisas facilmente e se aprofundar infinitamente. Porém, os excessos observados prejudicam o desenvolvimento escolar, a interação social e causam o distanciamento afetivo, explica a psicóloga Veitchia Scarpellini.

O parque da Encruzilhada é pequeno, mas possui os equipamentos adequados para a diversão das crianças

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Parque da praça da Aparecida apresenta brinquedos de madeira tradicionais, a exemplo dos escorregadores

É possível instalar livros com histórias narradas. “Está tudo mastigado, pronto. E, com isso, a tecnologia entra cada vez mais cedo na vida do ser humano. Uma imagem muito comum hoje em dia é a de uma criança com menos de três anos brincando com um tablet ou celular em restaurantes. Os pais usam esse artifício para distrair os filhos enquanto comem, ou, usam os seus aparelhos para matar o tempo de espera do pedido feito. Ficam todos antenados e alienados o tempo todo”, explica Veitchia. As famílias têm deixado de frequentar parques e áreas de laser. Não se socializam mais entre si, e as crianças aprendem hábitos diferentes.

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A dona de casa Jozineide Maria dos Santos age diferente. Ela leva o filho Vinicius, de apenas um ano e oito meses, todos os dias no parquinho da praça da Igreja Santo Antônio do Embaré, no bairro Aparecida. Essa rotina começou assim que ele aprendeu a engatinhar. E foi assim com os outros dois filhos mais velhos. “Não gosto de deixá-lo trancado em casa e, muito menos, em contato com eletrônicos”, diz. Por causa disso, já notou muitos avanços na vida do filho. Hoje, ele já tenta subir nos brinquedos, sozinho, e eu fico feliz em saber que ele está tomando gosto por essas brincadeiras”.

“Pensar em dedicar um tempo longe dos recursos eletrônicos pode ser um exercício saudável. O prazer do convívio desperta lindas emoções e registra gostosas memórias”, explica a psicóloga Veitchia Scarpellini

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comportamento Fotos Isabela Carrari

Novo parque do Jardim Botânico Chico Mendes possui um equipamento especialmente desenvolvido para portadores de deficiência

Opções de lazer em Santos Jardim Botânico Chico Mendes - Rua João Fracarolli, sem número, no Bairro Santa Maria. Funciona todos os dias, das 8h às 18h; entrada gratuita. Informações e agendamentos: (13) 3209 8410 e 3203 2905. Sesc Santos - Rua Conselheiro Ribas, 136, Aparecida. Funciona aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h30; e de terça a sexta, das 9 horas às 21h30.

Praças com playground:

Foto Ronaldo Andrade

• Praça Caio Ribeiro Moraes e Silva (Sesc) - Aparecida; • Praça Abílio Rodrigues Paz (BNH) Aparecida; • Praça Nossa Senhora Aparecida Aparecida; • Praça Palmares - Macuco; • Praça Anderson Ramos (R. Torres Homem x R. Gal. Jardim) - Embaré; • Praça Padre Champagnat - Encruzilhada; • Recanto entre R. Barão de Paranapiacaba e R. S. Vicente de Paulo - Encruzilhada; • Praça Oswaldo Gonçalves Martins Estuário; • Praça Bezerra de Menezes - José Menino; • Recanto na R. Francisco de Souza Dantas com a Nilo Peçanha - Marapé; • Praça João Barbalho - Pompeia; • Praça D. Ida Trilli Gomes - Ponta da Praia; • Praça Olímpio Lima - Vila Belmiro.

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Empresa focada no desenvolvimento sustentável Em busca de novos investimentos na região, a empresa atua em diversas áreas com modernas tecnologias Por Nayara Martins

U

ma das principais intenções da Hese Empreendimentos e Gerenciamentos, que busca novos investimentos e parcerias na região metropolitana

da Baixada Santista e litoral norte, é o desenvolvimento urbano sustentável. Com modernas tecnologias e profissionais altamente especializados, a Hese atua em diversos segmentos para o desenvolvimento urbano. Tratamento de água e esgoto; gestão de consumo de água; energia elétrica e gás; saneamento básico e ambiental; construção civil; gestão do solo e recuperação

A empresa utiliza modernas tecnologias e profissionais altamente especializados, nos segmentos de tratamento de água e esgoto; gestão de consumo de água; energia elétrica e gás; saneamento básico e ambiental; construção civil; gestão do solo e recuperação ambiental; e sinalização viária

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Vagner de Souza Marques, diretor da empresa, considera Bertioga uma referência na Baixada Santista

ambiental; e sinalização viária são algumas das áreas abrangidas pela empresa. Com 12 anos de atuação no mercado, a Hese busca novos investimentos e parcerias na região metropolitana da Baixada Santista e no litoral norte. A empresa presta serviços aos órgãos públicos e, também, às empresas de iniciativa privada. Vagner de Souza Marques, diretor da empresa, conta que escolheu Bertioga, inicialmente, por ser uma das cidades com registro de maior crescimento na região. Ele explica: “Bertioga é uma referência na Baixada Santista e vem se destacando no setor de desenvolvimento urbano e ambiental”.

Áreas de atuação A implantação de sistemas de tratamento de água e esgoto, incluindo o gerenciamento de consumo de água, ou o aproveitamento das águas pluviais para o reuso, é uma das áreas de atuação da Hese. Outro destaque é observado na área de terraplanagem e pavimentação, com o transporte de terra ou aproveitamento interno do solo. Na área de pavimentação, são oferecidos pisos articulados ou de asfalto ecológico, bloquetes, paralelepípedos, sejam em ruas, avenidas ou ciclovias.

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A Hese atua, também, com paisagismo, jardinagem e recuperação ambiental, valendose de compensações ambientais

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Na área de terraplanagem e pavimentação, faz transporte de terra e aproveitamento interno do solo. Na de pavimentação, utiliza pisos articulados ou de asfalto ecológico, bloquetes e paralelepípedos

Neste momento de escassez hídrica, a Hese disponibiliza aos clientes estudos de geologia, viabilidade econômica e, até mesmo, a execução de poços artesianos e semiartesianos. Para garantir o seu compromisso com o meio ambiente, a Hese trabalha na área de paisagismo, jardinagem e recuperação ambiental. Atua de forma técnica no plantio de árvores, executando, assim, compensações ambientais. Um bom exemplo a ser destacado é o serviço de manutenção e preservação realizado no Horto Florestal, em São Paulo, contratado pela Ecopista, com a implantação do reuso da água. “Com o reuso da água pluvial, a empresa tem obtido ótimos resultados em termos de economia”, ressaltou Vagner Marques. A Hese Empreendimentos, com sede em São Paulo, presta serviços em diversos municípios, tais como Diadema, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Grande São Paulo, Capital, entre outros. A empresa Hese Empreendimentos e Gerencia-

Com 12 anos de atuação no mercado, a Hese presta serviços a órgãos públicos e, também, a empresas da iniciativa privada

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mento está situada na rua Conde de Assumar, 319, Vila Nivi, em São Paulo. Contatos podem ser feitos pelo telefone (11) 2539 4357, ou pelo site da empresa www.hese.com.br.

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piscicultura

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Fotos Marina Veltman

Tradição reinventada Cultivo em cativeiro de bijupirás, em São Sebastião, é alternativa para salvar da extinção a profissão de pescador e o próprio peixe Por Marina Veltman

Sair cedo para o mar, recolher a rede, selecionar e vender o peixe. Esse cenário, tão presente no imaginário de quem frequenta as praias do nosso litoral, é cada vez mais raro de ser presenciado. A pesca artesanal, tradicional na cultura caiçara do litoral norte, está ameaçada de extinção. Com a constante redução na quantidade disponível de peixes, assim como uma diminuição na variedade apresentada, a sobrevivência por meio dessa antiga profissão tornou-se algo difícil e improvável. O pescador João Carlos de Matos, 49 anos, de família caiçara, e pertencente à comunidade de Toque-toque Pequeno, na praia de São Sebastião, conta: “Na época de meus bisavós e avós, as redes vinham cheias, dava gosto de ver. Hoje, se eu puxo a rede com meia dúzia de peixes já tenho que me dar por feliz”. Com resultados tão pífios, João já dava a tradição familiar como terminada. “Me vi como o último pescador da família. Não quero para meus filhos uma profissão sem futuro ou perspectivas. Para continuar assim, prefiro que, na minha família, acabe em mim essa cultura”, relata o pescador. Porém, esse cenário pode mudar. Desde março, João participa da implantação da primeira Unidade Demonstrativa de Piscicultura de Bijupirá em São Sebastião. Em parceria estabelecida entre a Secretaria de Meio Ambiente de São Sebastião - Semam e a empresa produtora de alevinos Maricultura Itape-

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piscicultura

ma – Produção e Comercialização de Espécimes Marinhos Ltda., foram implantados em Toque-toque Pequeno dois tanques de cultivo de bijupirá (Rachycentron canadus), atualmente sob os cuidados de João e sua família. A produção em cativeiro coloca o município como referência no Brasil. Em outros países, como o Japão, projetos similares já se tornaram atividade consolidada, praticada por pequenos, médios e grandes produtores. Segundo o pescador, “a prefeitura buscava um pescador para assumir esse cultivo-teste e meus amigos me incentivaram. É tudo novo, estou aprendendo, mas dá novas esperanças para a gente”. No local,

foram instalados dois tanques, com capacidade para cultivo de 500 peixes, no total. Todo o material foi cedido pela Maricultura Itapema, empresa que possui laboratório de alevinos em São Sebastião e engorda marinha em Ilhabela, e conta com a supervisão direta de membros do departamento de pesca da Semam. Evandro Figueiredo Sebastiani, engenheiro de aquicultura e responsável pelo departamento de pesca do município, explica: “Estabelecemos essa parceria, na qual a prefeitura cedeu o espaço, na praia dos Trabalhadores, para a implantação do laboratório da Maricultura Itapema, e, em troca, a empresa comprometeu-se em for-

Fotos Marina Veltman

A reprodução e o desenvolvimento de alevinos (larva do peixe logo após seu nascimento) é integralmente feita de forma natural, sem uso de hormônios ou aditivos químicos

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Para João, a certeza de quantos peixes irá pegar garante uma estabilidade e rentabilidade impensáveis na forma tradicional

necer os alevinos a baixo custo e a capacitar a comunidade local nas técnicas de piscicultura”. Já o secretário adjunto de Meio Ambiente da cidade, Sylvio Nogueira, disse que “é um projeto que vai ao encontro da necessidade de oferecer opções econômicas e ambientalmente sustentáveis para a população. A maricultura é uma alternativa que pretende atender a demanda comercial e preservar os nossos estoques nativos de peixes, crustáceos e moluscos”,

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piscicultura

Fotos Marina Veltman

Toque-toque Pequeno possui uma tradição pesqueira, cultivada pelos caiçaras do local

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Uma luz no fundo da rede Com a piscicultura, o principal obstáculo atual da atividade pesqueira é superado, como explica Sebastiani: “O pescador não consegue saber quantos peixes conseguirá pescar. Essa instabilidade, somada à escassez, gera uma série de dificuldades que estava levando à extinção da profissão. Com o cultivo em tanques, ele sabe exatamente quantos peixes terá ao término de um ano, assim como o preço de venda, o que permite um planejamento financeiro e viabilização comercial”. Segundo os preços de mercado, o quilo do bijupirá, espécime muito bem aceito por restaurantes japoneses e de alta gastronomia, tanto em São Paulo como no próprio litoral, sai por cerca de R$40,00. O animal criado em cativeiro atinge cerca de 4 quilos em um ano. Se considerarmos que a rede comporta 250 peixes, o pescador consegue a garantia de receber, ao término do ano, R$40 mil pelos peixes. É o sonho de João. “Isso muda tudo. Essa certeza de quanto iremos pescar garante uma estabilidade e rentabilidade que já era impensável. Minha filha, agora, vai comigo alimentar os bijupirás. Se der certo, passa a ser uma opção para ela no futuro, também”. Porém, convencer a comunidade tradicional de que o novo método é o futuro, exige resultados claros e demonstrações práticas – o que tem sido batalhado pela prefeitura e Maricultura Itapema. João Manzella Jr., gerente de produção da empresa, conta que “nós já oferecemos seis workshops, para turmas de 50 pescadores cada, no nosso laboratório. Lá, falamos das técnicas de reprodução e cultivo, manuseio de equipamentos, noções da biologia do peixe e técnicas de manejo, culminando com aula nas fazendas dos tanques, no mar. A diferença é que, em vez de presenciarem o nosso cultivo, em Ilhabela, em tanques com escala para 5 mil peixes, agora o pescador encontra, na Unidade Demons-

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Fotos Marina Veltman

Os reprodutores são mantidos em tanques, em terra, para a realização da fertilização assistida

trativa, um tanque menor, mais próximo de sua realidade, vislumbrado exatamente como pode ser o seu futuro, se aderir a essa modalidade de cultivo”. A desconfiança faz parte da tradição caiçara, o que acaba fazendo com que a adesão tome um pouco mais de tempo. O pescador de Toque-toque explica: “Todos os meus amigos ficam acompanhando o crescimento dos meus peixes no tanque, vendo o trabalho, avaliando... Estão todos esperando para ver se eles irão sobreviver. Tem muitas variáveis envolvidas. Existe o receio de que alguém roube, de que tenha um mar revolto ou um galho que rasgue a rede e ocasione a perda de toda a criação. Com o tempo, o receio vai diminuindo. Se correr tudo como o esperado, tenho certeza que teremos muitos outros tanques por aqui”, conta João.

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Segundo a Maricultura Itapema, a perda de peixes no cultivo marinho, especificamente no caso do bijupirá, é muito baixa: algo como 10% do total cultivado, ao longo de todo o processo de engorda. Porém, apesar de seguro e simples, o processo exige uma certa técnica e conhecimento, exatamente o que está sendo transmitido nos tanques-piloto da Unidade Demonstrativa. “Acompanhamos a instalação dos tanques, ensinamos a alimentar, a trocar periodicamente as redes... Enfim, damos todo o suporte, apoio e supervisão para garantir que o processo seja bem absorvido e realizado da melhor forma possível”, conta o gerente Manzella. Para Evandro Sebastiani, “os ganhos com o projeto são muitos. Ele não apenas fomenta a atividade pesqueira como diminui custos para o pescador artesanal e aquece a economia

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Fotos Marina Veltman

piscicultura

O pescador visita diariamente o tanque, para alimentar e acompanhar o crescimento dos peixes 34

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Fotos Marina Veltman

Iniciativa pioneira que visa salvar a tradição da cultura pesqueira caiçara pode garantir até R$40 mil por ano para o pescador

do setor. O projeto preserva a identidade do caiçara local sebastianense. O Projeto Bijupirá é realmente um exemplo em sustentabilidade”. Quando abordado sobre as principais diferenças entre o cultivo dos peixes e a pesca artesanal, João é taxativo: o lado emocional é o que mais difere. “Eu saio todo dia, de manhã, para checar a minha rede de pesca e também meu cultivo de mexilhões. Aproveito e já venho olhar os tanques e alimentar os peixes. Só que esse contato diário com eles acaba criando laços, você, de repente, se pega afeiçoado aos animais. Já sei que vai ser sofrido quando tiver que tirá-los do tanque”, conta o pescador, sob o olhar carinhoso de sua esposa. “Se for ver a quantidade de restaurante que já me procurou pra falar do cultivo, querendo comprar, não vai sobrar nenhum deles!” .

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Custos Os pescadores que optarem por adentrar nesse mercado precisarão realizar um investimento de aproximadamente R$10 mil, que engloba o custo do tanque, âncora e infraestrutura necessária. Interessante ressaltar que é um investimento único. Para facilitar a adesão, a Semam viabiliza uma rede específica de financiamento, com facilidades para os interessados. Já o custo do alevino (peixe filhote), será subsidiado pela Maricultura Itapema para toda a comunidade pesqueira, ao custo de R$0,80 a unidade - o preço de venda praticado normalmente pela empresa gira em torno de R$4,00 a R$5,00. O único gasto fixo, a ração, sai de graça para os pescadores, já que os peixes podem ser alimentados com rejeitos de pesca (restos de peixes, moluscos e crustáceos que seriam descartados).

A produção de alevinos para fins comerciais, no Brasil, só é realizada em São Sebastião e Ilhabela

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piscicultura

Fotos Marina Veltman

Dois tanques, com capacidade para 500 peixes, no total, foram implantados em Toque-toque Pequeno, em São Sebastião

Conheça o bijupirá Comumente conhecido pelos caiçaras como parambiju e internacionalmente chamado de cóbia, o bijupirá – nome que vem da junção das palavras tupis saboroso (biju) e peixe (pira) - é nativo do nosso litoral, apreciado pelo sabor e textura da sua carne. Ele apresenta características importantes para a viabilidade de cultivo, como crescimento acelerado, e pode chegar a até seis quilos em um ano, e excelente conservação alimentar. A reprodução e o desenvolvimento de alevinos (larva do peixe logo após seu nascimento) é integralmente feita de forma natural, sem uso de hormônios ou aditivos químicos. Para a sua reprodução, os grupos de reprodutores (9 a 12 peixes, de 4 a 6 quilos), são mantidos em tanques, em terra, de maturação com renovação contínua de água do mar. A fêmea desova naturalmente no início do verão, quando a água atinge 28 graus. Os ovos fertilizados pelos machos boiam e são retirados dos tanques por peneiras. Dos ovos nascem as larvas, que são alimentadas inicialmente por microalgas e, posteriormente, com pequenos crustáceos. Após algumas semanas, as larvas crescem e se tornam alevinos. Quando atingem de dois a cinco gramas, são transferidos para os tanques-redes no mar. O cultivo garante que o peixe chegue extremamente fresco aos pontos de venda, o que tem levado restaurantes renomados como o Jamie’s Italian, do chef Jamie Oliver, a incluir o peixe no cardápio.

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cultura

Aplausos para o

chorinho

Escola de música funciona como vitrine de oportunidades para jovens carentes e talentosos Por Luciana Sotelo

Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth e Waldir Azevedo. A lista dos ícones do choro é grande, porém, para muitas pessoas, esses nomes são completamente desconhecidos. Mas não para um grupo seleto de adolescentes, que os têm como referências importantes, fontes de inspiração de música de qualidade, que eles aprenderam a ouvir e a gostar por meio de um projeto social que leva cultura à comunidade carente da região do Mercado Municipal, em Santos. A Escola de Choro nasceu em 2010, acalentando um sonho antigo do Clube de Choro de Santos, que desejava atuar em prol da cultura, educação, cidadania e inclusão social, explica Luiz Fernando Ortiz, diretor da escola e membro do Clube do Choro. “Queríamos levar adiante o conhecimento do choro e, isso, tinha que ser de forma especial”. A ideia de reeducar pela música chamou a atenção da prefeitura da cidade, que firmou uma parceria com o clube, e cedeu uma sala no prédio do Mercado Municipal para as aulas. De acordo com Luiz, “imediatamente, começamos uma campanha de doação

Teatro Coliseu: alunos fazem constantes apresentações em teatros e eventos, para levar adiante o chorinho

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Fotos Luciana Sotelo

cultura

A prefeitura de Santos cedeu uma sala no prédio do Mercado Municipal para as aulas da Escola do Choro, que funciona desde 2010

Marcello Laranja, presidente do Clube do Choro e Luiz Fernando Ortiz, diretor da Escola de Choro

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de instrumentos musicais. Não tínhamos patrocínio, fomos com a cara, a coragem e a vontade de mudar uma realidade”. Isso porque, o público alvo do projeto são as crianças e adolescentes de 9 a 17 anos, de baixa renda familiar, oriundas da região do Mercado, dos cortiços da região central, em geral, comunidades marcadas pela violência e exclusão social. Entretanto, também é aberto aos interessados em geral. O aprendizado é gratuito, os alunos recebem uniforme, lanche e o instrumento para tocar durante a aula e, por empréstimo, para treinar em casa. Considerado pelo maestro e compositor Heitor Villa Lobos como a essência da alma do brasileiro, a execução do choro exige, basicamente, um violão de sete cordas; cavaquinho; bandolim; flauta doce; flauta transversal; saxofone; trombone; clarinete; e pandeiro. Por essa razão, no curso de iniciação, os aspirantes a músicos aprendem a tocar um pouco de tudo e, posteriormente, escolhem um instrumento de preferência para se aperfeiçoar. “Nosso intuito é mostrar que existem muitas pos-

sibilidades na música. Fazer com que eles se apaixonem”, explica Ortiz. Como fazer os jovens do século XXI se identificarem com o primeiro estilo de música urbana brasileira, cuja origem remonta aos anos 1880, no Rio de Janeiro, antiga capital do Brasil? Esse era o grande desafio da diretoria do Clube do Choro. E, no começo, realmente, houve certo receio, confessa Ortiz. “A maioria dos inscritos no curso nem sabia do que se tratava aquele estilo musical”. Mas, o que parecia obstáculo, acabou se tornando alavanca. Ao começar a aprender noções básicas do chorinho, todos se encantam. Como diz Verônica Alves Ribeiro, de 15 anos, “é uma música muito elaborada, difícil de tocar. Mas, ao aprender, sabemos tocar de tudo um pouco”. A jovem já tocava violão desde os 7 anos, e foi a mãe quem a incentivou a aprender o choro, por ser um aprendizado gratuito. No começo, Verônica confessa que ficou bem receosa, porque achava que seria chato tocar um estilo tão antigo, mas a surpresa aconteceu logo nos primeiros acordes. “Me apaixonei; na escola, aprendi

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a abrir mais meus horizontes, aceitar novos ritmos, isso acabou me levando para o lado da música erudita, da orquestra, afinou meu gosto e meus ouvidos. É fantástico”. Atualmente, Verônica integra uma turma avançada e toca flauta transversal, outra paixão que surgiu em sua vida. “Pretendo continuar tocando o que me faz feliz, é uma experiência muito prazerosa”.

Transformações Entre uma nota musical e outra, o som que se forma encanta a alma e ajuda a dar mais disciplina à turma. Quem participa do curso ganha lições de cidadania, essenciais para quem, a partir da música, define um destino para si. Foi assim com André Silva Pinto, de 14 anos. Ele também está na turma a se formar este ano. Morador da região do Mercado, ele resolveu participar do grupo de Chorões porque viu uma reportagem do projeto na televisão e achou interessante. O que ele nem imaginava, é que essa atitude daria um rumo para sua própria história.

“Antes, eu não tinha metas, não fazia nada interessante; só acordava, ia para a escola e nada mais. Hoje, aprendi a dar valor para meu tempo, me ocupo do choro, sou mais caprichoso, tenho mais tempo para a minha família e sonho com um futuro na música. Vou para aonde a vida me levar com o meu cavaquinho”. Eduardo Pereira de Melo, de 13 anos, também é só elogios para sua escolha. Prestes a se formar, ele se declara um amante da flauta transversal e quer se profissionalizar. “Para quem nem conhecia o choro, estou realizado. Quero seguir adiante e me tornar realmente um músico. O aprendizado mudou minha disciplina, minha forma de tratar as pessoas; eu hoje sou mais maleável e vou atrás dos meus objetivos”. E os bons exemplos também estão na ponta da língua dos organizadores. Ortiz cita um caso em particular que o marcou muito. “ No ano passado, um aluno de 11 anos, que tinha uma condição muito delicada, a família estava envolvida com drogas e com o

Luizinho 7 Cordas A escola recebe este nome em homenagem a um dos melhores violonistas de sete cordas do Brasil. Luiz Araújo Amorim, o Luizinho 7 Cordas, nasceu em Marília, interior de São Paulo, em 1946. Ainda recém-nascido, mudou-se com os pais para Santos, na qual permaneceu até 1997. Segundo Marcello Laranja, presidente do Clube do Choro, trata-se de um velho amigo, um ilustre morador da cidade de quem os membros do Clube do Choro têm o maior respeito. “Ele é um músico destacadíssimo, já gravou com muita gente boa e resolvemos lhe prestar uma homenagem”.

Fotos Luciana Sotelo

Eduardo Pereira de Melo, de 13 anos, está prestes a se formar, assim como André Silva Pinto, de 14 anos. Verônica Alves Ribeiro, de 15 anos, já tocava violão desde os 7 anos

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cultura

Foto Luiz Fernando Ortiz

Unidade Casa da Vó Benedita Em 2014, outra conquista. A Escola do Choro ganhou uma nova unidade, na instituição Casa da Vó Benedita. Lá, são ministradas aulas para duas turmas, atualmente no nível intermediário. O presidente do Clube do Choro, Marcello Laranja, diz: “Foi uma vontade da presidente da casa, ela tinha o sonho de levar música para lá. Atendemos não só as crianças do abrigo, que lá estão porque foram retiradas dos seus lares por maus-tratos, como também os interessados que moram no entorno”.

Foto Luciana Sotelo

A segunda unidade do projeto é mais uma conquista do Clube do Choro, que apostou na música como instrumento de transformação social para jovens carentes

crime, ele começou a usar drogas também. Ele veio conversar comigo e disse que estava disposto a deixar o vício pela música. Isso é uma conquista tremenda, pois uma criança que a gente consiga resgatar dessa vida, já nos dá certeza de que estamos no caminho certo”, emociona-se.

O aprendizado

O maestro William Dias ministra aulas atrativas, com pouca teoria e muita prática, e os alunos, em dois meses, já começam a tocar

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O conteúdo pedagógico é dividido em três anos; para cada turma, são oferecidas 20 vagas. De acordo com o maestro William Dias, a metodologia é diferenciada para estimular os jovens desde o início. Ele explica: “O curso de música convencional vem, de muitos anos, focado apenas na teoria. Eu procurei algo mais atrativo, começamos pelo fim. Em dois meses, os alunos já estão tocando alguma coisa. Depois, a gente introduz a teoria, assim eles já estão estimulados”. Durante esses três anos de conteúdo pedagógico, eles aprendem toda a base e saem lendo partitura. “Temos uma avaliação no final do ano, e os formandos precisam compor uma música.

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Clube do Choro Idealizada pelo Clube do Choro, uma organização sem fins lucrativos, fundada em 23 de abril de 2002 por um grupo de amigos que queria promover o choro na

Os alunos adquirem vivência de palco durante apresentações ao vivo, em geral, nas aberturas de shows

Choro Considerado o primeiro estilo de música genuinamente brasileira, o choro tem origem na fusão de ritmos europeus com os afro-brasileiros. O nome pode ter derivado da palavra ‘xolo’, um tipo de baile que os escravos negros faziam no período colonial, ou talvez, pela maneira chorosa que os músicos amaciavam certos ritmos de sua época. O choro foi inicialmente uma maneira de tocar. Na década de 1910, passou a ser uma forma musical definida e se destaca pela capacidade de improvisar, de um instrumento dialogar com outro ou mesmo desafiar o outro.

Foto Luiz Fernando Ortiz

Daqui, eles saem em condições de andar com as próprias pernas, depois, vai da dedicação de cada um”. A primeira turma se formou em 2013. Este ano, haverá uma segunda formatura. Atualmente, existem duas turmas em andamento, uma intermediária e outra avançada. No total, são cerca de 50 alunos. Muitos dos que já passaram pela escola, hoje trabalham como músicos profissionais. Essa vivência de palco e apresentações eles adquirem ainda como aprendizes, por meio dos shows de que participam. “Levamos nossos meninos para abrir apresentações e, além disso, temos um grupo paralelo, formado por alunos formados e atuais que se destacam. Fazemos ensaios gerais dois sábados por mês. Isso é para que os que saíram não percam o vínculo nem com a escola e, muito menos, com o choro”, completa Ortiz.


Fotos Luiz Fernando Ortiz

cultura

A escola possui, atualmente, cerca de 50 alunos. Muitos dos que já se formaram, hoje atuam como músicos profissionais

Atual composição da diretoria do Clube do Choro, entidade fundada para promover o choro na região

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região, a Escola de Choro Luizinho 7 Cordas é hoje uma vitrine de oportunidades, reveladora de talentos e, sobretudo, uma oportunidade de se expressar para dezenas de jovens. Segundo o presidente do Clube do Choro, Marcello Laranja, “a gente resolveu juntar um pessoal para promover eventos, workshops e tudo que pudesse colocar o choro em ascensão. Começamos a trabalhar em prol da causa e, de repente, idealizamos a escola, que hoje já é nosso maior motivo de orgulho”. Nos primeiros anos, o orçamento do projeto era bem apertado, a própria diretoria do Clube do Choro mobilizava-se para pagar as despesas. Desde o ano passado, a escola conseguiu patrocínio da Nita – Moinho Paulista. “Isso demonstra a credibilidade que temos”, diz Marcello. Para 2016, a ideia é abrir uma nova turma de iniciantes. As inscrições acontecem no final de 2015. Haverá também lista de espera por vagas, já que a procura é grande.

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ser sustentável

O país errado Por Marcus Neves Fernandes Ao longo dos últimos 15 anos, entrevistei dezenas, centenas de cientistas. Muitos me impressionaram, principalmente pela tenacidade, uma quase teimosia que, geralmente, toma conta daqueles que têm profunda crença no que fazem. O professor Expedito Parente era um deles. Só para começar a contar essa história, vale destacar que ele escreveu um livro, cujo título é Aventura Tecnológica em um País Engraçado. Fala sobre como ele descobriu o processo hoje usado no mundo inteiro, para se refinar biodiesel. A transesterificação. O nome é complicado até de pronunciar, mas a ideia, o pioneirismo desse cearense, surgiu em momento de total abstração. Como ele mesmo conta, estava à sombra de um ingazeiro, semelhante a muitos que temos aqui pelo litoral, quando, ao olhar para o desenho do fruto do ingá, imaginou moléculas e, em seguida, um sistema capaz de transformar o óleo das plantas em biocombustível. Tudo assim, de repente, quase de bate-pronto. Uma epifania científica. Ato contínuo, uma semana depois, já havia produzido e testado o produto, extraído do algodão. Sucesso. Só

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cas pessoas sabem que é possível fazer o mesmo. Quem mora em uma casa, pode, amparado em lei, se transformar em um microgerador de energia. Mas a burocracia e o flagrante desinteresse das distribuidoras são tão grandes, que poucos se aventuram. Para você ter uma ideia, o processo todo, desde o primeiro contato até a ligação residencial demora, em média, um ano. E para piorar, meses depois de regulamentada, criou-se um imposto sobre a microgeração! Ou seja, o Estado decidiu penalizar quem gera energia limpa e renovável. A medida foi tão absurda que o imposto acabou sendo cancelado, mas a burocracia permanece, a serviço, obviamente, das empresas distribuidoras de energia. E eu, novamente, me lembro do professor Expedito. Realmente, vivemos uma aventura em um país, no mínimo, engraçado.

A patente da transesterificação mofou por anos nas gavetas palacianas, até expirar a exclusividade, lá no final dos anos de 1990. Livre dos grilhões do direito autoral, o método aperfeiçoado por Expedito Parente espalhou-se pelo mundo

Foto Solar Impulse

que no momento (e, talvez), no país errado. Vivíamos o final da crise do petróleo e o surgimento de um combustível alternativo não ganhou relevância entre os governantes. Nem mesmo quando o professor Expedito criou uma variedade do biocombustível voltada para a aviação. Nem mesmo quando um avião Bandeirantes testou o produto e demonstrou sua eficácia, em uma viagem de São Paulo para o Distrito Federal. Nem mesmo que tudo isso tenha sido feito com o conhecimento ‘das autoridades’. Isso foi na década de 1980. O resultado é que a patente da transesterificação mofou por anos nas gavetas palacianas, até expirar a exclusividade, lá no final dos anos de 1990. Livre dos grilhões do direito autoral, o método aperfeiçoado por Expedito Parente espalhou-se pelo mundo. Hoje, é usado em larga escala na Alemanha, França, Itália, França, EUA, Japão, China, Coreia, Rússia... Como muitos cientistas brasileiros, o professor Expedito, que morreu há dois anos, era incansável em seu trabalho. Lembrei-me dele quando li uma reportagem sobre o recorde do Solar Impulse, o avião movido à energia solar. Qual a ligação? Explico. É que, da mesma forma que perdemos o bonde da história com o biodiesel, estamos ficando para trás também no que se refere à energia solar. E não estou defendendo que o país invista em aviões solares, muito pelo contrário. Hoje, a geração de energia por meio de placas fotovoltaicas cresce em ritmo acelerado em vários países. Em muitos deles, o cidadão já gera mais eletricidade em sua residência do que consome da rede de distribuição convencional. A diferença, ele vende para as concessionárias. Aqui, pou-

Voo mais longo e sem escalas já percorrido por uma aeronave impulsionada somente por energia solar

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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esporte

Rodopios

talentosos

Deslizar sobre rodas com liberdade, leveza e precisão nos movimentos. Eis os desafios da patinação artística, pouco difundida no Brasil, mas que, em Santos, tem tradição e gerou campeões

Foto Luciana Sotelo

Por Luciana Sotelo

O quarteto de sucesso, na categoria júnior, já conquistou inúmeros prêmios, aqui e no exterior

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Tudo começou por volta dos anos 1960, quando o atual chanceler do Consulado do Uruguai em Santos, Herber Hugo Tort Loureiro, trouxe a modalidade para o Brasil. Na época, ele integrava a seleção do seu país e, entre idas e vindas, adotou Santos. Sua mulher Leonor Ester Quiche foi, inclusive, uma das primeiras professoras de patins, no Clube Internacional de Regatas. Só no Inter, pioneiro no segmento, hoje, são cerca de 250 patinadores, treinados por quatro atletas renomados (Karla Cristina Silva, Andreia Freitas, Katya Silva e Marco Aurélio Alves) e mais cinco auxiliares. De acordo com Karla Cristina Lourenço da Silva, uma das treinadoras, o esporte só não é mais popular por falta de professores por todo país. “Em Santos, a modalidade é muito conhecida, bem concorrida, porque tudo começou aqui. Somos um berço de talentos”. Não é por acaso que competidores do club ganhem o mundo e voltem para casa com troféus e medalhas disputadíssimos. Caso das atletas Carolina Azarini, Isabela Guerato, Lizandra Lopo, Victoria Antelo e Rafaela Freitas, que colecionam títulos nacionais e internacionais. Carolina, Isabela, Lizandra e Victoria formam um quarteto de sucesso, na categoria júnior. Com a coreografia Burlesque, de autoria das técnicas Karla Silva e Elaine Soares, as meninas já foram longe e ainda querem mais. Somente este ano, faturaram o ouro no Campeonato Brasileiro de Patinação Artística, realizado em maio, em Petrópolis, Rio de Janeiro e, recentemente, em junho, na cidade de Encarnación, no Paraguai, ficaram com a prata no Campeonato Sul-Americano de Patinação Artística 2015. O saldo positivo vem da determinação e vocação que sentiram desde a infância. A maioria dessas patinadoras, hoje com 16 anos, sentiu-se atraída pelo esporte aos 5 anos de idade e, agora, colhem os frutos da determinação e garra que investiram. A patinação é a essência da vida de Isabela. Ela conta que, desde bem pequena, gostava de praticar esportes. Ela fez natação, tênis, mas foi na patinação que se identificou. “Senti-me livre, independente, consegui expressar o que eu sentia, não

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Foto Arquivo Pessoal

A sincronia de movimentos, a alegria, leveza e criatividade resultam de muito treino e muito amor pelo que fazem

vivo sem patinar. É um esporte completo, trabalha corpo e alma. É uma escolha da qual nunca vou me arrepender. Faz parte de mim”. Teve sua primeira aula aos 5 anos, com Andreia Freitas, atleta premiada na modalidade. Aos 9, já participava de competições. Com o tempo e a vontade de aprender, aprimorou-se e inseriu novas modalidades ao seu cotidiano. Hoje, pratica a patinação artística livre, solo dance, free dance, figuras, além do quarteto. Tamanho empenho já rendeu mais de 40 prêmios individuais, entre eles, títulos como o 3º lugar no Campeonato Sul-Americano; 4º, no Campeonato Brasileiro; e 1º lugar, no Campeonato Paulista. “Eu não fico nervosa, fico com frio na barriga, tento sempre dar o meu melhor em quadra e tem dado certo”. Além disso, treina de quatro a cinco horas por dia, durante a semana e mais duas horas aos sábados e domingos. “Estou muito focada, meu grande sonho é partici-

O Clube Internacional de Regatas, pioneiro no segmento, possui, hoje, cerca de 250 patinadores, treinados por quatro atletas renomados: Karla Cristina Silva, Andreia Freitas, Katya Silva e Marco Aurélio Alves, e mais cinco auxiliares

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esporte

Fotos Arquivo Pessoal

par do Campeonato Mundial e para isso sei que preciso treinar muito”. Seguir carreira sobre rodas é realmente o grande objetivo da menina que, também, planeja conciliar o esporte com um futuro promissor. “Quero fazer faculdade no exterior e continuar patinando pela universidade. Pretendo me formar em medicina veterinária e patinar”. Teve seu primeiro contato com o esporte graças a sua prima, que patinava. “Eu ficava olhando as pessoas patinando e pensava que um dia eu também poderia fazer

Meninas do Quarteto, e a treinadora, ao centro, com a medalha de ouro conquistada no Campeonato Brasileiro de Patinação Artística 2015. Abaixo, Quarteto durante exibição da coreografia Burlesque

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aquilo. E deu certo”, orgulha-se Lizandra. Mas nem tudo foi fácil. O começo foi marcado por tombos e hematomas pelo corpo. “Perdi as contas das vezes em que me machuquei, mas todo esforço é válido para conseguir aquilo que a gente quer. E tem mais, com o tempo, a gente aprende a cair e já não dói tanto”. O movimento que mais gosta de executar é o corrupio ou pirueta. Trata-se de um giro sobre o próprio eixo e a manobra pode ser executada com uso de um ou dois pés, que desenham pequenos círculos na pista. “É perfeito, a sensação é inigualável”. Praticante das modalidades free dance, figuras e quarteto, Lizandra também já tem no currículo experiências marcantes. “Comecei nas competições individuais com 9 anos, ganhei alguns títulos, entre eles, os maiores destaques foram na modalidade figuras. A mais importante foi uma terceira colocação na Copa Sul-Americana, em 2014”. Já no quesito grupo, Lizandra sente-se à vontade para dizer que as conquistas têm origem na amizade sincera que uma tem pela outra. “Nós já nos conhecemos há muito tempo, isso nos dá segurança e cumplicidade nas apresentações”. Para o futuro, ela pensa em cursar direito e seguir carreira. “Gosto muito de patinar, mas quero me dedicar a outra área também”. Sob influência da irmã mais velha, Victoria também usou patins pela primeira vez aos 5 anos. Aos 12, especializou-se em quatro modalidades: figuras, free dance, livre e o quarteto. Para ela, a maior responsabilidade é representar o Brasil. “Eu tento não pensar nisso, nesse peso. Entro para me divertir, estar com as minhas amigas e dar o melhor de mim”. E nem sempre o psicológico trabalha a favor das meninas. Nessas horas, a experiência faz a diferença. Ela lembra que, no Campeonato Brasileiro deste ano, várias situações ocorreram. “Eu estava com sintomas de início de dengue. A Carol tinha caído no treino e ralado todo o rosto. Entramos supernervosas, tivemos alguns erros e não esperávamos o resultado, mas eis que vencemos e ficamos muito felizes”. A atleta tem outros planos para o

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Fotos Luciana Sotelo

Isabela, Lizandra, Victoria e Carolina, além da harmonia, todas buscam um objetivo comum: mais, muito mais medalhas

futuro: “Vivo o momento, amo o que faço, mas quero estudar direito”. Carol tem uma história um pouco diferente para contar. Ela iniciou aos 11 anos, depois de ficar encantada com as exibições de patinação do gelo, nos Jogos de Inverno. “Eu falava para a minha mãe que queria patinar, mas não sabia que existia essa modalidade no Brasil. Quando me mudei para Curitiba, descobri a patinação. Foi lá que tudo começou. Depois, me mudei para São Paulo, e vim patinar em Santos, no Inter, por indicação”. E como a garota foi muito bem acolhida, e logo se identificou com as meninas do quarteto, que, na ocasião, havia ficado sem uma das atletas, o destino deu uma mãozinha à carreira de Carol. “Eu

A patinação individual, para competição, é dividida nas modalidades: Livre individual: dura, em média, 4 minutos, e é composta por elementos obrigatórios como sequência de saltos e currupios, além da dança. Figuras obrigatórias: é uma modalidade de extrema precisão. O atleta trabalha com os eixos dos patins sobre linhas circulares desenhadas no chão. Existem diversas figuras, todas nomeadas com números, os quais correspondem ao nível de dificuldade. Solo dance: contém um diagrama que o atleta deve seguir, fazendo os passos no devido lugar, sem sair do tempo e do ritmo da música. É comparada à dança de salão, pois tem ritmos semelhantes e permite a exuberância dos trajes de gala. Free dance: o atleta pode escolher a canção, e os temas costumam variar, pois contam muito a criatividade e a expressão artística, além da parte técnica bem executada.


Foto Arquivo Pessoal/Rafael Freitas

Outro grande destaque da casa é Rafaela Freitas, a menina é dona de títulos sul-americanos, brasileiros e paulistas, além de já ter competido em diversas partes do mundo, nas quais defendeu o Brasil. Com 17 anos, a jovem patinadora tem um objetivo claro na vida: ser medalhista no Mundial de Patinação Artística, que acontece em setembro, na Colômbia. Ela já disputou essa mesma competição no ano passado, e ficou entre as dez melhores, na 9ª colocação. Para isso, acaba de voltar de uma temporada de cinco meses em Firenza, na Itália, onde teve treinamento forte. Com onze medalhas de ouro em sul-americanos, Rafaela sabe o que quer. “Um dia terei que parar por causa de diversos fatores da vida. É normal, mas não deixarei as quadras antes de conquistar um Mundial”, diz convicta. Toda essa força ela herdou da mãe Andreia Freitas, que já conquistou dois títulos de vice-campeã mundial na modalidade grupo de show. “Sempre contei à Rafa como é indescritível a sensação de subir no pódio de um campeonato tão importante”, contou Andreia. Não demorou muito para a garota deixar de ser “a filha de Andreia Freitas” e se tornar a “Rafinha Freitas”, patinadora conhecida pelo talento e carisma. “Ela colocou patins nos pés aos dois anos e competiu aos quatro. Por pouco, não nasceu nas quadras”, explica Andreia, atual professora de patinação. Além da Rafa, a irmã mais velha, Marcela, também praticou o esporte durante muitos anos. As três já se apresentaram e ganharam medalhas em grupo de show. “Ninguém que eu conheça teve essa honra de participar de uma competição com as duas filhas, e ainda fomos campeãs sul-americanas. Foi muito emocionante. Afinal, patinação representa a força da minha família”. 52

desço sempre para os treinos, meu dia a dia é muito corrido, mas compensa. Faço também free dance e livre. A patinação foi um tesouro na minha vida”. Carol quer seguir artes visuais e cinema.

Origem Muito mais do que um esporte, a patinação artística torna-se uma paixão para aqueles que a dominam. O esporte originou-se na patinação no gelo, e a invenção dos patins sobre rodas ocorreu de maneira bem curiosa. Conta-se que, em 1750, um belga chamado Joseph Merlin teve a ideia de construir patins que pudessem andar no solo, assim como os patins de gelo deslizavam na neve. Após várias experiências, Merlin conseguiu criá-los, com apenas uma roda em cada pé. Ele resolveu fazer uma apresentação, para mostrar sua obra à sociedade. Ele era violinista e quis entrar em uma festa, deslizando em seus patins e tocando pelo salão. E foi exatamente o que ele fez, porém, como se não bastasse a dificuldade em se equilibrar, os patins sequer tinham freios. Dessa forma, o primeiro patinador sobre rodas da história não conseguiu parar. Ele caiu sobre um espelho caríssimo, quebrou o objeto e seu violino. Depois disso, muitos outros inventores anônimos passaram a aprimorar a ideia de Merlin. A partir de 1863, os patins começaram a ficar parecidos com os atuais.

e elas têm que mostrar dificuldade de movimentos, sincronismo e saber contar uma história, sempre com beleza e leveza”. Há muitas variedades e Karla conta que todos os interessados começam pelo básico. “Primeiro, é preciso saber se manter em pé nos patins; depois, se equilibrar num pé só, iniciar os saltos, para depois evoluir para as manobras mais ousadas”. Por se tratar de um esporte dispendioso, Karla explica que o primeiro passo é participar de uma aula experimental. “É só vir ao clube e participar da aula. Gostando, aí sim, deve investir num patim, que custa cerca de R$ 600”. Fora o investimento, são cobradas disciplina e responsabilidade. O mais importante é levantar sempre, não se abater, conta a treinadora que, também, teve uma trajetória precoce no esporte. “Aos 3 anos, vinha para o clube com minha irmã, atual técnica também, e me apaixonei. Com 10 anos, vieram as competições e as conquistas, inclusive, fiquei entre as quinze melhores (décimo quarto lugar) do mundo, no Campeonato Mundial da Alemanha, em 2002. Em quarteto, fui vice-campeã sul-americana duas vezes”.

A modalidade A patinação artística sobre rodas é um esporte completo que une coreografia, força, graça e sincronismo, define Karla Silva, treinadora do Clube Internacional de Regatas. No quesito grupo, o principal fundamento do esporte é a objetividade e a perfeição. Ela explica: “São três minutos de apresentação,

Ao centro do quarteto, a treinadora Karla Silva

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decoração

Ninho de felicidade Com ambientes amplos e luminosos e uma gostosa área de lazer, esta casa na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, é a paixão de um casal de médicos e de seus dois filhos adolescentes

Por Maria Helena Pugliesi Por mais de quatro anos, Heloisa e Luiz Henrique tiveram apartamento na Riviera de São Lourenço. O lugar sempre os agradou, mas eles queriam mais espaço para curtir os momentos de folga ao lado dos filhos. Um dia, passeando de bicicleta - atividade que adoram praticar pelas ruas tranquilas do condomínio -, descobriram um lote à venda, a uma quadra da praia. Tudo deu certo, logo fecharam o negócio e contrataram um arquiteto. Porém, o projeto proposto pelo profissional não agradou o casal, que preferiu dar um tempo, até achar alguém que soubesse decifrar o que eles queriam. Na época, Heloisa e Luiz Henrique também precisavam reformar o seu consultório médico em São Paulo. Por meio de um amigo, conheceram os arquitetos Rodrigo Costa e Alessandra Marques, do Studio Costa Marques. “Foi um contato muito amigável. Eles gostaram tanto de nossas sugestões para a clínica, que pediram ainda um projeto para sua casa de praia”, lembra Rodrigo. Os profissionais propuseram uma arquitetura litorânea moderna, com ambientes sociais integrados à área externa. Tudo de baixa manutenção, muita iluminação natural e uma decoração atemporal, de base neutra para facilitar eventuais mudanças. O casal aprovou e a obra na Riviera teve início. A fim de evitar danos de umidade, a casa de 350 metros quadrados foi construída sobre um bolsão de 1,50m de profundidade.

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Fotos José Fernando

O espaço gourmet faz parte da varanda e se integra tanto à sala de jantar, quanto à piscina

Rodrigo explica: “Para que a construção permanecesse no nível da rua, cavamos até essa profundidade, evitando, assim, que o piso inferior fique em contato com o solo úmido do litoral”. Outra boa sacada do projeto é o sistema de automação da residência. Câmeras ininterruptas transmitem para os computadores dos proprietários imagens de todos os ambientes. A iluminação tem controle automático, acionando determinados pontos à medida que o dia escurece. Já a piscina conta com limpeza automatizada, e todas as portas externas têm abertura programada por meio de biometria. Com dois andares, a casa concentra, no nível mais baixo, as áreas sociais, de serviço e de lazer. “Além das salas de estar e de jantar integradas, fizemos mais uma sala de TV isolada. Foi um pedido dos donos já pensando no futuro. Eles disseram que, quando estiverem mais velhos, não vão querer subir escada. Esse ambiente será, então, transformado no quarto deles”, conta o arquiteto. No segundo andar, ficam cinco suítes, servidas por varandas com vista para o mar, e um home office no qual os pais escrevem seus livros de medicina e os filhos estudam para as provas escolares.

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Fotos José Fernando

decoração

Na área externa, ficam os espaços mais concorridos. A piscina, de 1,50m de profundidade, segue o desenho orgânico da fachada e possui amplos degraus, que formam uma prainha, com direito a hidromassagem. O canto gourmet também tem seus atrativos. “Para os churrascos de Luiz Henrique, projetamos uma grelha de última geração. Para Heloisa, que é descendente de espanhóis, elaboramos um fogão à lenha adequado às suas famosas paejas”, fala Rodrigo. Cumprindo as exigências de baixa ma-

Com pouca vegetação, o jardim é fácil de manter e não faz sombra à área do deque

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Fotos José Fernando

A varanda lateral acompanha as curvas da fachada e é emoldurada por canteiros de fórmios. O banco de alvenaria tem revestimento de mármore branco

nutenção, todo o piso externo recebeu placas atérmicas de concreto, e apenas uma parte foi ocupada por jardim. De estilo tropical, o paisagismo é formado por árvores-do-viajante e helicônias, espécies que exigem poucos cuidados. Como é no verão que a família mais aproveita a casa, a dupla de arquitetos atentou para manter a temperatura interna sempre agradável. No living, o pé direito duplo de 6m de altura permite que a brisa que entra pelas varandas superiores também refresque os

ambientes sociais. A alvenaria clara, tanto dentro, quanto fora, afugenta o calor. “Padronizamos o tom off-white, uma cor que, além de ter qualidade térmica, não desbota com a ação do sol forte das regiões praianas”, ensina Rodrigo. O piso de porcelanato usado na casa inteira também contribui para refrescar nos dias quentes. Para os proprietários, a morada na Riviera de São Lourenço é um sonho realizado, que poderá ser desfrutado por muitos e muitos anos.

Móveis: Fernando Jaeger (sofás), Tora Brasil, Breton, Espaço Til e Mac (varanda) - Textura paredes: Terracor Piso externo: Castelatto - Pastilha da piscina: Colormix

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Zara

Foto KFPress

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Versátil e despojada, a bolsa carteiro tem várias divisórias, que permitem levar tudo o que se precisa de maneira muito prática, organizada e com muito estilo

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Até elas, voltaram! quem diria,

No mundo da moda, existe a máxima: se uma peça apareceu três vezes é porque já virou tendência. Desta vez, são as bolsas de mão masculinas Por Karlos Ferrera

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Louis Vuitton

As bolsas de mão tiveram grande destaque nos desfiles de moda masculina

Foto KFPress

A moda masculina vem se reinventando com o movimento de globalização e, principalmente, com a igualdade dos sexos em (quase) todos os sentidos. Além disso, a evolução tecnológica na área de telecomunicações e informática nos faz carregar mais “tralhas” a cada dia. A bolsa deixou de ser um acessório apenas feminino e tem sido utilizada por nós, uma vez que não carregamos mais somente a carteira, mas também ipad, ipod, notebook, alguns itens de higiene e beleza pessoal, além de documentos e papéis. O modelo de bolsa masculina mais fácil de usar é a carteiro em couro. Mas, existem várias opções no mercado de acordo com a necessidade do usuário, como as tipo bowling, as camera bag e até a carteira de mão.

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moda

Street Style

Ernest Alexander

Fotos KFPress

Os modelos carteira de mão ou clutches ganharam seu espaço entre os antenados. Tiveram seu auge nos anos 70, saíram de cena e agora voltam com força total

Modelos bowling: é impossível imaginar a vida sem eles, ainda mais na correria do dia a dia. Esse modelo geralmente possui alças de ombro ou mão e uma longa a tiracolo removível, ou seja, pode ser carregada de todas as formas: nas mãos, nos ombros ou a tiracolo

Já é comum ver-se homens estilosos com lindas bolsas masculinas de couro, lona e outros materiais, mundo afora. No Brasil, o uso da bolsa para homens ainda não é muito difundido, mas acho que é só uma questão de tempo, para eles perceberem que a mochila do dia a dia passou a ser uma opção apenas para trajes esportivos. A bolsa masculina pode ser utilizada com qualquer tipo de look ou traje, do esportivo ao passeio completo, tudo depende do modelo e do material da mesma. Bolsas de lona, nylon e tecido são mais informais. Já as de couro são semiformais. Os modelos tipo pasta ou maleta, bem estruturados, são formais e acompanham homens de negócios do mais alto escalão de suas empresas.

Vinil fever

Gloria Coelho

É incrível como a moda, muitas vezes, retoma algumas peças, tecidos ou detalhes, mesmo que esses tenham sido usados incessantemente em algum momento da histeria fashion. Esse é o caso do tecido Vinil

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Totalmente sintético, ele surgiu com o estilista Paco Rabanne nos anos 60 e se tornou relevante na chamada década do exagero dos anos 80. Volta, agora, na era contemporânea, mas é claro, com uma nova roupagem. A novidade é usar o Vinil, que tem um acabamento bem brilhante, em modelagens clássicas, como a saia lápis ou o casaco comprido; assim, é possível fazer um contraponto entre estilos, permitindo que ele fique mais elegante. Usado quase sempre no inverno (esquenta muito), ele pode ser combinado com jeans, alfaiataria e sedas, perfeito para o visual atual.

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Flashes

Muito rock, alegria e lembranças das belas décadas passadas, no aniversário de Vitor Fernandes

Dinalva e Ribas Zaidan, Vitor e Mara Fernandes

Roberta Teixeira e o casal Vitor e Mara Fernandes

As meninas também enfeitaram a noite

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Pedro Alves, Vitor Fernandes, Caio Augusto, Melissa Gropo e Sueli Gropo

Ivan de Carvalho, Ricardo Ramblas, Regiane Gallo de Carvalho, Elaine Pierre, Marcia Ribeiro e Wanderley Nicola

Mara Fernandes, Pacífico Júnior e Vitor Fernandes

Renata Ferraz, Fabiane Ferraz, Sivoney Ferraz, Mara Fernandes e Vanessa Ferraz

A banda Mustang 68 animou a noitada

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Bodas de Ricardo e Cris Gomes Foto Dirceu Mathias

Eventos do mês

Os muitos bons anos de Alzira Haddad

Roberto Haddad e a mãe Alzira Haddad

Família reunida

Grupo Paz & Cia. reunidos mais uma vez

A sempre aguardada Festa da Tainha do Lions Club Bertioga

Pacífico Júnior, Mauro Orlandini e Luiz Bluhu

Dedicação e empenho, marcas registradas da equipe do Lions

Geraldo Alckmin e autoridades participaram da abertura do 20° Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito 2015 Foto Dirceu Mathias

Roberto Haddad, Ricardo e Cris

Na reunião do Condesb: o prefeito de Itanhaém Marco Aurélio Gomes, o secretário de Desenvolvimento Social de São Paulo Floriano Pesaro e o prefeito de Santos Paulo Alexandre Foto Dirceu Mathias

Ricardo e Cris Gomes

E na Frente Parlamentar de Apoio aos Municípios da Baixada Santista e Vale do Ribeira, o secretário geral da Câmara de Guarujá Carlos de Souza, o prefeito de Bertioga Mauro Orlandini, o presidente da Câmara de Guarujá Nicolaci Fincatti e o deputado estadual Caio França

O senador Aloysio Nunes em visita ao Sistema Costa Norte de Comunicação, durante sua passagem por Bertioga


“Destaques” // Luci Cardia

No concorrido feriado, tivemos a oportunidade de registrar a felicidade do aniversariante, o empresário Jamil Andery, em festa organizada pela sua belíssima mulher Natalia Andery, na casa de Martinho Marques e sua paixão Leo Marques. Parabéns a todos

Jamil Andery (o aniversariante), a filha Julia, a mulher Natalia e a filha Gabriela

Os amigos de Jamil Andery, no momento do Parabéns a Você

Os amigos prestigiaram: Ivan Piccoli, Dr. José Cardia, Washington Pretti e Pasquale Russo

Natalia Andery, a colunista, Lurdinha Russo, Ana Piccoli e Rosely Valença

Esse casal maravilhoso, de nobreza ímpar, Jamil e Natalia, que marcou esta coluna pela simpatia e elegância da recepção

Momento inesquecível: Jamil emocionado com a festa-surpresa

Giro social

Eternizando o momento inesquecível ao lado dos amigos. Parabéns Martinho Marques Martinho Marques recebeu amigos para sua tradicional Feijoada de Aniversário, ao lado de sua paixão, Leo Marques

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata Evento do Rotary Club Guarujá, realizado em 6 de julho passado, no salão nobre do Iate Clube de Santos-SP, em Guarujá, empossou o novo presidente da instituição filantrópica, o advogado Dr. Célio Maciel, e sua mulher Clycia Maciel, como primeira-dama. O concorrido jantar contou com a presença de mais de 200 convidados

O novo presidente do Rotary Club Guarujá, Dr. Célio Maciel, e sua mulher Clycia M. Firmo Maciel, que comandará a Asfar

O presidente do Guarujá Golf Club Anselmo Aragon e sua mulher Tatiane Aragon, e o amigo e ex-presidente do Guarujá Golf Club Dr. Miguel Calmon Nogueira da Gama

Os advogados Paulo Antonio Ferrante de Souza, a vice-presidente da OAB-Guarujá Drª. Rose Oggiano, e o presidente da OAB-Guarujá Dr. Frederico Antonio Gracia

A cidade de Guarujá sente-se feliz em ter pessoas como o advogado Dr. Arthur Albino dos Reis e sua namorada Nalva, como munícipes envolvidos com o social

O presidente da Câmara Municipal de Guarujá Nicolacci Fincatti (centro) e os advogados Dr. Arthur Albino dos Reis (à esquerda) e Dr. Washington Fazano Gadic

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O casal de empresários José Carlos Rodrigues e Lika Rodrigues no requintado salão nobre do Iate Club de Santos

O empresário e rotariano Jorge Castelão, sempre empenhado em causas rotárias na cidade e colaborador internacional do Rotary Club

Destaque para o empresário Jorge dos Santos, o conhecido Jorge Xodó, e sua mulher Cilene

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho

Muitas festas, eventos e comemorações no mês de junho de 2015

Celeste Veríssimo Mendes comandou a Festa Portuguesa em prol da Escola Portuguesa e arrecadou R$65 mil

Arnóbio e Silvera Santos lá estiveram, no Mendes Convention Center, com Priscila Gonçalves que instalou seu Café Don Henrique no Complexo Silvera Coiffeur

Walter Lopes dos Santos Júnior comemorou entre amigos mais um aniversário, em sua cobertura, ao lado de Sueli Elias

Bel Braga foi a curadora da exposição do artista plástico Domênico Capodicasa, no Palácio da Polícia, durante o mês de junho 66

Em noite de Bal Masqué (Noite de Máscaras), Daniela e Adriana Zucchini Rodrigues foram as anfitriãs da nova Mostra D’ Casa de 2015

Marco Sanches (idealizador), João Bernardo (incentivador) e Théo Baskerville (presidente do Rotary Club de Santos ), no Ilha Porchat Clube

Em Festa Hollywoodiana, Débora Jardinetti Capp comemorou seus 30 anos em Alto Astral ao lado do marido José Luiz Marujeiro Jr.

Este colunista comemorou mais um aniversário ao lado da mulher Walkyria Sanches Capp e da escritora Cláudia Matarazzo, na Mostra D’ Casa

Marina e Carlos Henrique Alvarenga Bernardes participaram da 7ª edição do Feijão, Samba e Solidariedade, no Ilha Porchat Clube

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Urbanismo

Felicidade

Comunidade

TRABALHAMOS PARA CRIAR COMUNIDADES ONDE AS PESSOAS TÊM ORGULHO DE VIVER

Equilíbrio

Trabalho

Sustentabilidade

Desenvolvimento

Segurança Família

Responsabilidade Social

Educação

Experiência

Pessoas

bem-estar

Legado

Planejamento

Investimento Transparência

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