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O seu projeto de vida vai se tornar realidade. Guarujá tem o maior plano de habitação da baixada.

OBRAS EM ANDAMENTO

A Prefeitura de Guarujá conquistou para a cidade o maior PAC Habitacional da Baixada Santista. São mais de R$ 300 milhões aplicados na construção de conjuntos habitacionais, obras de drenagem, pavimentação e iluminação. Já foram entregues 435 novas residências, 947 estão em obras e outras 5.000 vão ser construídas. No total, mais de 6.000 famílias serão beneficiadas.

E vem muito mais por aí. É a Prefeitura de Guarujá construindo o futuro de quem mais precisa.



A COSTA HIROTA TRAZ PARA A NOVA BERTIOGA O ALTO PADRão já consagrado na riviera.

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ao leitor Foto Luciana Sotelo

ANO XIII - Nº 142 - ABRIL/2014 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br Diretor de Arte Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Audrye Rotta audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Aline Porfírio, Bruna Vieira Guimarães, Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Karlos Ferrera, Luciana Sotelo, Luci Cardia, Maria Helena Pugliesi, Márcio Bortolusso, Marcus Batista, Marcus Neves Fernandes e Vagner Dantas Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

Estrela da vez A Santos litorânea, portuária, histórica e esportiva. Estes são os atributos reconhecidos e enaltecidos da cidade pela mídia e também pelo poder público. Mas há outro viés pouco conhecido da população em geral, o da Santos cinematográfica. E ele traz recursos, divulga a cidade nacional e internacionalmente e, ainda, é um celeiro de artistas jovens e promissores. A indústria audiovisual “redescobriu” Santos há cerca de nove anos e, hoje, ela é uma das estrelas nacionais, ao lado de outras já famosas neste meio, como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. Estima-se que uma única produção deixe em Santos de R$ 50 a R$ 100 mil por dia. Movimentam-se o comércio, os hotéis, setores de serviços em geral, sem falar nas oficinas de formação profissional na arte teatral, televisiva e cinematográfica. Muitos fatores contribuíram para que Santos atraísse as grandes produções: a proximidade com a capital; a praticidade de cenários reais, entre eles o mais requisitado que é o ambiente histórico preservado; e o apoio logístico para filmagens, a partir de uma empresa municipal criada para atender esse exigente segmento. Outras cidades da região, como Guarujá e Cubatão, também são bastante requisitadas, cada qual por suas especificidades. Guarujá, pelas praias e favelas, o que a aproxima de cenários cariocas; e Cubatão, com suas áreas industriais e, ao mesmo tempo, proximidade com a Serra do Mar e a exuberante Mata Atlântica. A exemplo de Santos, elas também criaram suas comissões especializadas no assunto, a fim de captar a sua parte nesta concorrida indústria geradora de recursos, financeiros e culturais. Boas imagens não faltam por aqui. Naturais ou urbanas, estão prontas e acabadas. Seja qual for a ideia do produtor para sua peça comercial, seu filme, ou novela, necessita-se de poucos efeitos especiais para construir o cenário perfeito. Eleni Nogueira



Foto Luciana Sotelo

22 Últimos preparativos para a Copa

Foto Aline Porfírio

34 Itanhaém, a escolhida de Anchieta

E mais... Santos Film Commission

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Ser sustentável

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Decoração 48 Investimento 56 Moda 58 Alto astral

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Foto KFpress

Flashes 62 Destaque 64 No clique

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Celebridades em foco

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Foto Rafaella Martinez

42 Tam Tam: 25 anos de pura loucura

Capa

Foto Marc/Stockvault

52 Benefícios e delícias da abóbora

Foto Márcio Bortolusso

Ilhabela pág. 28

Cenas de gravação na rua do Comércio, em Santos

Foto Marcelo Martins


arte

Santos em cena

“Gravando!”. Eis uma palavra que os santistas têm ouvido com frequência, ultimamente. Com belezas naturais, patrimônio histórico restaurado e o principal porto do país, a cidade tem sido um chamariz para diretores nacionais e estrangeiros

Por Fernanda Mello Cenário para filmes, novelas, minisséries, curtas-metragens, comerciais, videoclipes, ensaios fotográficos e programas de tevê, Santos caiu nas graças da indústria cinematográfica, televisiva e publicitária, como pano de fundo para dezenas de produções que rodam o país e o mundo. Além de opções variadas de locações, o município oferece às equipes de produção a proximidade com São Paulo e o apoio logístico para filmagens que necessitem de interdição de ruas. Só em 2013, a Santos Film Commission, criada pela prefeitura local em 2007 para atuar como agente facilitadora de produtoras, apoiou 30 produções

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audiovisuais na cidade: 13 comerciais; seis curtas; três vídeos institucionais; três videoclipes; dois programas de tevê; dois ensaios fotográficos; e cenas da novela Amor à Vida, da Rede Globo. Desde outubro de 2007, foram contabilizadas 273 produções, que injetaram na cidade cerca de R$ 6 milhões, em benefício de hotéis, restaurantes e comércio em geral. A grandeza das produções e das estrelas que passam pelo litoral paulista também é de impressionar. Gravado em agosto, o filme publicitário do Ford New Fiesta 2014 trouxe ao município cerca de 150 pessoas, entre elas, Nick McKinless, um dos principais dublês

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Foto Raimundo Rosa

Beach&Co nยบ 142 - Abril/2014

Recente comercial da Ford, gravado no centro de Santos 11


arte Fotos Anderson Bianchi

Cenas de gravação da minissérie Um Só Coração, da Rede Globo, no centro velho de Santos

de Hollywood com atuação em filmes tais como Piratas do Caribe, Velozes e Furiosos, Troia e Harry Potter. Entre as estrelas nacionais, destaques para Glória Pires, Maria Fernanda Cândido, Ana Paula Arósio e Marcello Antony, que também atuaram por aqui durante as gravações do filme Lula, o Filho do Brasil; das novelas Terra Nostra e Ciranda de Pedra; e as minisséries JK e Um Só Coração. Mas há espaço também para os anônimos. Uma estimativa da Santos Film Commission é de que já passaram por testes de elenco para figuração e personagens cerca de mil pessoas, ao longo dos últimos cinco anos. Um deles, Felipe Pratalli, 20 anos, tem feito vários trabalhos de figuração nos últimos dois

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anos. Participou do longa De Menor, e de comerciais da Rexona, Trident, Editora Abril e P&G - todos rodados em Santos. “A figuração é uma porta que se abre para fazer contatos e conseguir papéis maiores. É um trabalho árduo, às vezes, de um dia inteiro, para você aparecer lá no fundo, mas eu gosto bastante”, diz o jovem, que também faz faculdade de automação industrial. Ainda de acordo com a empresa, não há agências de figuração em Santos. Na maioria das vezes, as agências são de modelos e elenco, que também acabam fazendo figuração. O potencial santista para a telona e afins desabrochou durante a filmagem de Querô, de Carlos Cortez, em 2005, filme totalmente rodado em Santos e com

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80% do elenco local. Tammy Weiss, coordenadora da instituição, explica: “Coincidiu também com a revitalização do centro histórico; da rua XV de Novembro; a introdução do bonde turístico; e inauguração de restaurantes e barzinhos. O poder público percebeu então que essa atividade era economicamente viável e que poderia gerar ainda ganhos turísticos, o que levou à criação da Santos Film Commission”. Próxima de São Paulo e com distâncias curtas entre os vários pontos de interesse para locações, a fama de Santos espalhou-se rapidamente pelas equipes de produção. Para Eder Mazini, diretor do Escritório de Cinema de São Paulo - São Paulo City Film Commission, Santos já está entre as cidades

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Produções cadastradas na Santos Film Commission 13 longas metragens 48 curtas metragens 09 documentários 02 minisséries 03 novelas 35 programas de televisão 11 vídeos institucionais 15 videoclipes 27 produções fotográficas 105 filmes publicitários 23 pré-estreias de longas metragens *De outubro de 2007 a dezembro de 2014

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arte

Foto Vagner Dantas

Foto Marcelo Martins

mais requisitadas no Brasil para gravações, ao lado do Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. “A cidade tem um centro histórico representativo e a Santos Film Commission, que ajuda muito as filmagens realizadas.” A geração de renda e de empregos é um dos grandes benefícios do crescimento da indústria audiovisual. Estima-se que uma produção deixe na cidade de R$ 50 a R$ 100 mil por dia. A Santos Film Commission tem parceria com o Instituto Querô, que oferece formação completa a jovens na área, uma mão de obra especializada para atuar nas produções realizadas na cidade. Cerca de 30% dos alunos que passaram pelo Querô estão neste mercado. A organização de apoio às obras audiovisuais possui uma lista de profissionais locais (atores, assistentes, maquiadores e eletricistas) e de prestadores de serviços - segurança, transporte, hospedagem e alimentação, que fornece às produtoras visitantes e agiliza o trabalho de contratação. A própria sede da Film Commission, na Casa da Frontaria Azulejada, na rua do Comércio, serve de base durante gravações no centro. Natural de Santos, o diretor de produção Murillo Baskerville afirma que os santistas precisam despertar para os benefícios econômicos e turísticos da atividade audiovisual na cidade, a exemplo do que acontece em Los Angeles, berço de Hollywood, na qual a população está habituada às gravações. “Em agosto, durante cinco dias de filmagens do Ford New Fiesta, deixamos R$ 500 mil na cidade e contratamos profissionais locais. Ainda assim, hou-

Prédio da prefeitura e rua do Comércio (acima) emprestam cenário para comercial da Renault e gravação de minissérie global

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Locações preferidas Centro histórico Rico em história e arquitetura, o centro de Santos, local que originou a cidade nos idos de 1546, ressurgiu ao longo das últimas duas décadas com a revitalização da área. Prédios, casas e logradouros centenários restaurados formam um pano de fundo preferido pelas produções de época. Os destaques são o bonde, que voltou a circular como linha turística em 2000, e a rua XV de Novembro, símbolo da pujança da economia do café no século XX. Orla Com sete quilômetros de praias enfeitadas pelo maior jardim do mundo à beira-mar, mais calçadão e ciclovia, a orla santista é o cenário ideal para filmes publicitários e videoclipes. O clima praiano, com pescadores e gente caminhando e praticando esportes, remete ao verão e a um ambiente tropical. Porto O entra-e-sai de navios de várias bandeiras e o cenário de equipamentos gigantescos como guindastes, contêineres e armazéns do porto de Santos, o principal do país, também agrada bastante as equipes de produção. São 14 quilômetros de cais, entre as duas margens do estuário, numa movimentação anual de mais de 90 milhões de toneladas de cargas diversas. Vila Belmiro Orgulho dos santistas, a sede do Alvinegro Praiano atrai cenas de futebol - a paixão nacional. O gramado da Vila serviu de palco para diversas gravações, com a presença, inclusive, de Pelé e Neymar. O entorno do estádio, com suas casinhas peculiares das décadas de 1930 e 1940, também já foi alvo das câmeras.

ve gente que reclamou porque o trecho em que estávamos gravando no centro foi interditado num domingo, em que quase não há movimento.” O secretário de Turismo de Santos Luiz Dias Guimarães vê com bons olhos a exposição santista nas obras audiovisuais e destaca que a iniciativa vai ao encontro dos projetos do governo municipal em consolidar Santos como uma city break - cidade de parada - com diferentes ambientes e várias opções de lazer e entretenimento. “Todas essas produções na nossa cidade criam, nas pessoas, a memória cenográfica das atrações locais, o que só tende a valorizar Santos como destino turístico. Eu, por exemplo, ainda não conheço São Francisco ou Nova Orleans, nos Estados Unidos, mas, de tanto ver essas ci-

Foto Raimundo Rosa

Nos últimos sete anos, mais de 270 produções foram realizadas em Santos e injetaram cerca de R$ 6 milhões na cidade

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arte Construções antigas preservadas propiciam gravações de época

Foto Luciana Sotelo

dades em filmes, tenho muita vontade de conhecê-las.” O que dizer, então, de Nova Iorque, conhecida mundialmente em grande parte devido ao cinema. O diretor Woody Allen é um dos grandes relações-públicas da cidade ao usar sua terra natal como cenário de grande parte de sua filmografia. A ideia, em Santos, é continuar o incentivo à atividade e fomentar mais a gravação de longas metragens; estes exigem um tempo maior para as filmagens, e trazem, assim, mais divisas ao município. Segundo a Santos Film Commission, a atração de verbas e a isenção de impostos podem ser um passo para o futuro audiovisual da cidade - uma realidade no Rio de Janeiro. A Rio Film Commission ajuda a criar formas de apoiar financeiramente as produções rodadas inteiramente ou, em parte, no município ou no estado do Rio. Outro benefício concedido às

Uma câmera na mão O audiovisual em Santos também criou um forte viés social com o Instituto Querô, formado após a filmagem do longa homônimo. Percebendo o potencial dos jovens, especialmente os mais carentes, a Gullane Filmes, juntamente com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), criaram as Oficinas Querô, que promovem formação completa e gratuita para atuar em funções atrás das câmeras, além de transmitir valores éticos e promover a cidadania e a inclusão. A preparação dá-se nas áreas de elaboração de roteiro, direção, produção, câmera, luz, som,

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cenografia, figurino, edição, animação, pós-produção, planejamento, administração orçamentária, marketing e captação de recursos. O projeto formou mais de 300 alunos, sendo que 30% encontram-se no mercado de trabalho. O jovem produtor de locação Samuel de Castro é um dos frutos da iniciativa. Participou como ator do filme Querô e, depois, formou-se nas oficinas. Um dos seus primeiros trabalhos foi a produção do filme Magnata, escrito por Chorão, ex-vocalista da banda Charlie Brown Jr., morto recentemente. Trabalhou um ano na Santos Film Commission, na qual aprendeu o trâmite das gravações na cidade.

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Foto MPiffer Quero

equipes de filmagem durante as gravações no Rio é o cartão de descontos para compras no comércio local, inspirado no modelo adotado em Nova Iorque. Em 2011, a Cidade Maravilhosa ganhou as telonas com os filmes Amanhecer - Parte 1, da Saga Crepúsculo, gravado no Rio e em Paraty; e Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio. Em 2010, foi a vez de Os Mercenários, com Sylvester Stallone, apresentar cenários cariocas. Sem contar os nacionais Assalto ao Banco Central, Heleno, Tropa de Elite 2, A Suprema Felicidade, entre outros. Tammy Weiss acredita “que o novo cenário do audiovisual - com a criação do Fundo Setorial, que exige que emissoras de TV veiculem cotas mínimas de produção nacional em seus canais - possibilitará aumento no número de minisséries e telefilmes. E Santos será uma excelente opção de locações para os produtores, principalmente os de São Paulo”.

Alunos da Oficinas Querô e o diretor de produção Murillo Baskerville

“Comecei a focar na área de locação de cinema na Baixada Santista como freelancer das produtoras que vinham para a cidade. Acabei me tornando o produtor referência na região para as equipes de São Paulo, até porque sou daqui e isso facilita o trabalho deles. Desde então, já produzi mais de 100 filmes, entre publicidade, longas, curtas, videoclipes e documentários, só na Baixada Santista.” Sempre presente nos sets dos filmes que ajuda a produzir, Samuel diz que o ambiente de gravações é uma loucura, algumas vezes com equipes de até 300 pessoas, e que não há horário, nem final de semana ou feriado para os produtores.

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Mas que, no final, tanto trabalho acaba sendo recompensado. “O resultado e o prazer de ver um filme que deu muita dor de cabeça são tão gratificantes quanto a correria exigida para fazê-lo.” As inscrições para as Oficinas Querô são feitas no início do ano. Para participar é necessário ter entre 14 e 17 anos e estudar em escola pública. Há preferência por jovens moradores de regiões carentes. Para mais informações, acesse o site www.institutoquero.org.br. O projeto tem patrocínio do Ministério da Cultura, Banco Votorantim e Viação Piracicabana, com apoio da prefeitura de Santos e Unicef, e parceria com o Sesc Santos e a Unimonte.

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Foto Divulgação/Film Comission

Foto Pedro Rezende/PMG

Cubatão destaca-se por oferecer locações como a Serra do Mar, vilas operárias e ambientes industriais. Em Guarujá, acima, o ponto forte são as praias

As outras estrelas da região A Baixada Santista conta com outras estrelas das produções audiovisuais. Cubatão e Guarujá também são bastante requisitadas pelas equipes de filmagem. Tanto, que os dois municípios têm suas comissões de filmes para estimular e apoiar o segmento. Com características distintas, cada uma das cidades mostra seu charme diante das câmeras. Cubatão destaca-se por oferecer locações como a Serra do Mar, vilas operárias e ambientes industriais. Cerca de 120 produções já foram realizadas em tais cenários, a exemplo dos mais recentes, com a Ford, Correios, Nike, Universal Channel e TV Futura. Já as praias são o grande chamariz para gravações em Guarujá. Segundo a comissão

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de cinema da cidade (ou Film Commission Guarujá), a preferida é a Enseada. No entanto, para o vice-presidente da entidade, Jurandir Pereira, a Pérola do Atlântico possui outros cenários além do balneário. “Em termos de paisagem, a cidade é muito parecida com o Rio de Janeiro. Oferece praias, favelas, bairros de alto padrão, mangue, cais e aeroporto. Temos muito potencial”. Entre as produções que optaram por Guarujá estão filmes publicitários de marcas como Nivea, Bradesco, Fiat, Renner e Riachuelo. Alguns curtas-metragens produzidos por equipes locais também foram filmados na cidade. Na abertura da programação de audiovisual do Ponto MIS, as obras são exibidas como forma de prestigiar a produção local.

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comportamento

Novos tons colorem

Foto Rogério Bomfim

Santos

Em tempos de Copa do Mundo, tradicionalmente, o verde e o amarelo tomam conta das ruas do país. Em Santos, contudo, além das cores da seleção canarinho, o branco, o vermelho e o azul ganharão espaço entre a torcida. Essas tonalidades fazem parte das bandeiras do México e da Costa Rica, hóspedes ilustres da cidade que revelou o “Rei do Futebol” para o mundo 22

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Por Luciana Sotelo A contagem regressiva já começou. Agora, falta muito pouco para que uma verdadeira invasão de muchachos e muchachas seja vista por aqui. A menos de sessenta dias do mundial, os últimos retoques estão sendo feitos para que a casa das seleções do México e Costa Rica fique de acordo com as exigências da Fifa. Ninguém garante que uma dessas equipes sairá com o almejado troféu, mas, com os 20 mil turistas estrangeiros esperados, o clima latino de festa e alegria reinará no litoral entre 12 de junho e 13 de julho. De acordo com o secretário de Turismo Luiz Guimarães, houve um planejamento para que o município fosse escolhido por pelo menos uma das 32 nacionalidades que disputarão a taça. “Queríamos servir a uma das equipes, qualquer uma seria bem-vinda; recebemos a visita de doze delas, entretanto, confesso que tivemos um empenho maior em relação ao México”. Explica-se o favoritismo: “O volume de turistas gerados pelo evento é surpreendente.

A Federação do México estima que venham para o Brasil aproximadamente 30 mil mexicanos. Sem contar a paixão que eles têm pelo futebol e pelo povo brasileiro”. Já a Costa Rica foi um dos últimos grupos a visitar a cidade. Segundo Guimarães, “a estimativa do país é movimentar de quatro a cinco mil torcedores no Brasil; o perfil do grupo é de alto poder aquisitivo, afetividade e também muita alegria. Portanto, vamos ficar muito à vontade com mexicanos e costarriquenhos”. Pensando em abocanhar parte desses turistas, a prefeitura em parceria com a sociedade civil criou um Comitê Pró-Santos na Copa, hoje composto por 27 núcleos de trabalho, entre eles, segurança, saúde, mobilidade, recepção e eventos. Com um cronograma de metas, o montante de R$ 5 bilhões arrecado entre aportes municipais, estaduais, federais, particulares e recursos do Banco Mundial foi direcionado a áreas como infraestrutura, turismo, melhora dos serviços, capacitação de profissionais

Foto Isabela Carrari

Comitê Pró-Santos na Copa tem 27 núcleos de trabalho, entre eles, segurança, saúde, mobilidade, recepção e eventos

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comportamento Fotos Luciana Sotelo

Atrativo gastronômico Para os mexicanos que sentirem saudades de seus pratos prediletos, o Guadalupe, a casa mais antiga do gênero na cidade, é uma opção. Há mais de uma década oferece um menu refinado e ambiente temático, no Gonzaga. Por dia, atende de 800 a mil clientes. Entre nachos, burritos e tacos, o destaque da cozinha são as tortillas de milho. “Esse é o nosso carro-chefe; temos fabricação própria, sem conservantes e com um segredinho guardado a sete chaves. As tortillas são fundamentais, utilizadas no preparo de muitos pratos”, confessa sorridente Mario Rebelo, o proprietário que diz estar animado com a vinda dos mexicanos e fez até alguns investimentos. “A fachada está sendo reformulada; os garçons passam por treinamento, e estamos planejando até mudanças no cardápio. Acredito que a movimentação vai ser grande por aqui”. O mexicano Pablo Mejia Turatti, natural da Cidade do México, também espera lucrar um pouco com toda essa euforia. Há dez anos em Santos, ele é dono de um restaurante de comida mexicana apenas para entrega em domicílio. Com a proximidade dos jogos, Pablo resolveu inovar e expandir ainda mais as suas tradições. Nessa temporada, fez uma parceria com uma entidade que tem barraca de praia no canal 6 e oferece uma opção de refeição simples e leve, ceviches e tacos, ambos de camarão ou peixe. “No México, esses dois pratos são considerados frios e são muito consumidos à beira-mar. Resolvi investir”.

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que lidam com o público, sem contar o grande atrativo do Mundial: o Museu Pelé, ponto turístico que deve abrir as portas pouco antes da abertura dos jogos. Entre as ações gerais realizadas ou em andamento estão: a padronização dos táxis (todos devem ter quatro portas e ar condicionado); qualificação de guias turísticos e recepcionistas dos hotéis; modernização dos quiosques de alimentação da orla da praia; repavimentação de vias de trânsito; construção de hotéis, como o Hotel Ibis e o Hotel Mercure, ambos no Canal 3; revisão das sinalizações turísticas viárias e da rota de pedestre no centro histórico; confecção de material informativo trilíngue; câmeras de segurança em locais estratégicos; internet sem fio em espaços públicos; e linhas de ônibus especiais, entre outras providências. Unindo o útil ao agradável, ou melhor, o espanhol (língua oficial de ambos os hóspedes), ao inglês (idioma padrão internacional), a prefeitura de Santos priorizou a capacitação de funcionários de vários setores em ambos os idiomas, por meio do ProMundi (Programa Municipal de Idiomas). Além disso, utilizou verba federal do Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) para viabilizar curso de inglês para

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Seja no requinte de um restaurante ou no improviso de uma barraca de praia, a comida mexicana estará em alta em Santos. Ao lado, os comerciantes Mario Rebelo e Pablo Turatti

guardas municipais e outros servidores que terão contato direto com os visitantes. Outro importante passo foi o realinhamento do cais do porto, uma vez que dois grandes transatlânticos farão escalas aqui durante a Copa: o Divina (MSC) e o Monarca (Pullmantur). Com capacidade, respectivamente, para 4.350 e 2.700 passageiros, esses navios passarão por cidades como Natal, Fortaleza e Recife, sedes de alguns dos jogos. “O MSC Divina foi afretado por um grupo mexicano e ficará em Santos por quatro dias, durante a semifinal no Estádio do Itaquerão”, detalha Guimarães. Conforme Guimarães, boa parte desse pessoal sequer vai ao estádio; quer apenas viver a

euforia da competição. Por conta disso, criou-se um roteiro com opções variadas. A tradicional Festa Inverno, por exemplo, foi antecipada para de 11 de junho a 13 de julho, com direito a gastronomia do México e da Costa Rica e, ainda, exibição dos jogos em telões. No local será instalada uma central de mídia para atender aos cerca de 400 jornalistas esperados. Outra ação é a vinda de chefs de cozinha dos dois países para capacitar os cozinheiros locais. “Estima-se que 250 mil estrangeiros virão para São Paulo, e nós queremos atrair uma parte deles, nem que seja por um dia, para visitas a pontos específicos como o Museu Pelé ou Memorial das Conquistas”, disse o secretário.

Recorde histórico Os gastos de turistas estrangeiros no Brasil somaram US$ 6,709 bilhões (cerca de R$ 15,8 bilhões) em 2013, segundo dados divulgados pelo Banco Central. Foi o melhor resultado da história do Brasil, demonstrando um aumento de 170,63% desde 2003. Este ano, com a disputa da Copa, a partir de junho, a expectativa da Embratur é de que a entrada de divisas supere o volume registrado no ano passado. Esperam-se sete milhões de turistas estrangeiros, um milhão a mais do que no ano passado.

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comportamento Foto Pedro Rezende

Foto Luciana Sotelo

Guarujá prepara seu estádio para receber a seleção da Bósnia. Em Santos, o Museu Pelé, em fase de acabamento, promete ser um dos grandes atrativos do evento mundial

Grande atração da Copa

Guarujá recebe Bósnia Além do México e Costa Rica, outro país apostou suas fichas no litoral de São Paulo. O time europeu da Bósnia e Herzegovina terá como sede de preparação e período de disputa a cidade de Guarujá, que conta com nove mil leitos distribuídos em resorts, hotéis, flats e pousadas. Guarujá disponibilizará o Estádio Municipal Antonio Fernandes para treino, e o Casa Grande Hotel Resort & SPA para hospedagem da seleção. A delegação e convidados formam um contingente de cerca de 200 pessoas, informa Eunice Leão Grotzinger, secretária adjunta de Turismo, e coordenadora do Núcleo de Projetos Especiais - Copa do Mundo. O estádio fica no Jardim Helena Maria e, atualmente, passa por reformas cujos trabalhos estão 70% concluídos. A previsão de entrega do equipamento é em 31 de março. Entre as modificações, a remodelação da arquibancada; instalação de cabines de imprensa; reforma dos vestiários; instalação de salas de musculação; fisioterapia; piscina e banheiras de hidromassagem; salas de apoio; criação de novos acessos; construção de banheiros; lanchonetes; setores Vips; acessos para deficientes; e um novo gramado.

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Composto por dois edifícios, o Museu Pelé funcionará no antigo Casarão Valongo, na área portuária de Santos. A construção está na reta final e, de acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Edificações, a parte estrutural já está concluída e a previsão de inauguração é 7 de junho. A edificação abrigará uma cafeteria, bar, loja e galeria de arte. Um total de 2,3 mil peças do acervo de Pelé ficarão expostas, numa combinação de coleção de objetos pessoais e tecnologia interativa sobre as conquistas do maior ídolo do futebol mundial. “Todo esse patrimônio mundial vai atrair os turistas que, além de curtirem os jogos e o clima de festa, com certeza, vão dar uma esticada até Santos para conhecer de perto o museu. Estamos fazendo um esforço colossal para cumprir com o cronograma”, diz o secretário de Turismo Luiz Guimarães, que acredita no grande potencial do empreendimento. Finalizada a obra, começa o trabalho de museologia, que consiste na instalação de móveis, cenografia, marcenaria, equipamentos de informática, montagem de auditório, ilhas esportivas que fazem parte da cenografia, além da comunicação visual. Estimada em R$ 38,2 milhões, a construção do empreendimento, idealizado pela prefeitura, conta com verbas públicas e privadas.

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ecoturismo

Se a pedida é aventura,

o destino é Ilhabela Seja no mar, rios ou terra firme, o efervescente arquipélago esbanja cenários e infraestrutura invejável para os amantes de atividades ao ar livre

Por Bruna Vieira Turistas e moradores, adeptos dos esportes ao ar livre, encontram no arquipélago de Ilhabela a união perfeita entre a natureza e a infraestrutura adequada para praticá-los. Vela, mergulho, wind ou kitesurf, canoismo, trilhas, contemplação de pássaros e o que mais o espírito aventureiro almejar. A oferta de atividades ecoturísticas, do nível básico/iniciante ao avançado/profissional, é infindável. Um levantamento das potencialidades turísticas de Ilhabela, feito pelo casal de documentaristas Fernanda Lupo e Márcio Bortolusso, elencou 237 produtos turísticos, entre atividades e roteiros existentes e outros a ser explorados. Como se vê, tal oferta é grande o suficiente para agradar gregos e troianos. A seguir, algumas dicas para o seu próximo fim-de-semana.

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Foto Mรกrcio Bortolusso

A quantidade e variedade de pedras permitem vรกrios estilos de escalada

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Fotos Márcio Bortolusso

ecoturismo

Em terra, a dica é explorar as trilhas, seja a pé, ou com duas rodas, a paisagem oferece diversidade de cenários e contato com a avifauna local

Trilhas O potencial de Ilhabela para caminhada é fantástico. Apesar de poucas trilhas estarem estruturadas ou oficialmente abertas ao turismo, ainda assim são 196 km de trilhas percorríveis, algumas tranquilas e destinadas a turistas de qualquer idade e experiência, como a da Água Branca - de fácil acesso e com boa estrutura, outras longas e difíceis, adequadas a aventureiros experientes ou amadores, desde que com a ajuda de guias, como a clássica Volta da Ilha, uma das maiores travessias do litoral brasileiro, tida entre as mais lindas e duras do país. O caminho histórico usado por caiçaras consta num mapa de 1912 e tem origem provável em trilhas utilizadas por antigos colonizadores, escravos e índios. Contorna a ilha por sua costa oceânica, do Borrifos a Ponta das Canas, num total de 67 km que podem ser percorridos em cinco dias, interligando comunidades isoladas, belas praias, ruínas históricas, antigos faróis, cachoeiras entre mata e altos mirantes. Esta trilha possui trechos perigosos e de complexa navegação por mata fechada, por isto é recomendada apenas

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junto a guias que conheçam todo o percurso. Muitas das trilhas não são sinalizadas e possuem trechos confusos, acidentados ou expostos. Para maior segurança e menor impacto ambiental, devem ser feitas com monitores credenciados pelo Parque Estadual de Ilhabela e prefeitura. O ideal é agendar a trilha no parque ou procurar agências e associação de monitores que conhecem de perto as belezas naturais de Ilhabela.

Escalada Para quem gosta de cravar as mãos nas pedras, a boa notícia é que Ilhabela pode se tornar um dos principais polos de escalada do estado de São Paulo. A primeira via foi aberta em 1989, no Pico do Baepi, pelo Clube Alpino Paulista. Passaram-se 20 anos até que, em 2009, iniciou-se efetivamente o desenvolvimento da atividade, com exploração, abertura de vias e catalogação de pedras e setores. A quantidade e variedade de pedras permitem vários estilos de escalada: esportiva (com vias fortes nas falésias da Brabinha e Cuiabá); clássica (pedras com mais de 200m); boulder

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Receptivos turísticos Vini Vela - Vila 3896 3607/99716 5250/99768 5070 contato@vinivela.com.br Caiçara Turismo - Perequê - 3896 4019/3896 3984 caicarailhabela@hotmail.com Caiçara Beach - Perequê - 3896 5159/99147 0443 caicara_beach@hotmail.com.br

(centenas de blocos, na costeira da Laje e nas praias do Bonete, da Indaiaúba, do Viana, do Gato) e com proteções móveis (com points entre os melhores do país).

Green Coast - 3896 2512 / 3896 5162 greencoastturismo@hotmail.com Aquas & Trilhas (Mergulho livre e Cachoeira) (12) 3896 3840/ 99114 2004 / 98181 3611 Caxinguele Passeios - 3896 4156 / 1(9) 98263 9309 ayleen@caxinguele.com.br Victoria Turismo 3896 2092 / 99240 6622 victoriaturismo@hotmail.com

Se a aventura pretendida for sobre duas rodas, uma ótima dica é a tranquila pedalada até a Vila pela bela ciclovia. A ilha mais montanhosa do país também é perfeita para bikes de montanha, point de campeões como o atleta olímpico Edivando de Sousa Cruz, que integra a elite do ciclismo nacional. As rotas clássicas são balsa-Jabaquara, com 20,2 km ao norte, sendo 6,8 km de terra; estrada Parque dos Castelhanos, que cruza a Ilha de São Sebastião até a praia dos Castelhanos num total de 15,5 km de lama e subida desde a portaria do PEIB; trilha do Bonete, a mais bonita e pesada com 13,3 km desde o final da SP-131 com muitas pedras, buracos e bike “nas costas”. As feras do cross-country, downhill, freeride e BMX podem treinar em trilhas especiais na Cocaia, na Barra, no Bananal e na estrada do Camarão.

Fotos Márcio Bortolusso

Bike

Contemplação Se a opção for o avistamento de pássaros (Birdwatching), Ilhabela é um importante roteiro de âmbito internacional, devido a sua rica avifauna e de fácil observação. Reconhecidos como área importante para a conservação de aves pela BirdLife International, os mais de 85% de território do parque estadual representam um dos maiores trechos contínuos preservados da reserva da biosfera da Mata Atlântica, reconhecida pela Unesco. Até fevereiro de 2012, das mais de 1.832 espécies de aves catalogadas no Brasil, 317 foram registradas em Ilhabela, com destaque para 31 espécies ameaçadas de extinção, 64 migratórias e 71 endêmicas da Mata Atlântica. Só para ter uma ideia da riqueza da avifauna do arquipélago, nele é encontrada aproximadamente a mesma quantidade de espécies do território da Patagônia, na Argentina. Bons locais de avistamento são as trilhas da Água Branca, do Bananal, do Poção, Jabaquara-Poço, do Cafezal, da Laje Preta, do Cabarahu e do Mathias.

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As águas convidam para atividades esportivas como a canoagem ou o stand up paddle (SUP)

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ecoturismo Na água A cidade é também perfeita para canoístas e para quem deseja experimentar o prazer de remar. A diversão é no abrigado canal de São Sebastião, com aluguel de caiaques nas praias do Curral, Grande, do Julião, do Perequê, da Garapocaia e da Armação. A circunavegação da ilha de São Sebastião, que leva de três a quatro dias, é um desafio para remadores técnicos. Uma aventura clássica sujeita a mar aberto, ondas, ventos e mudança de clima. A melhor forma para conhecer praias selvagens e lugares isolados é com caiaques oceânicos ou canoas havaianas. Canoístas experientes podem tentar a exigente travessia até as ilhas dos Búzios e da Vitória, que soma 72 km ida e volta, e caiaque-surfistas podem se aventurar no Bonete e Castelhanos. Antigo costume de povos peruanos, polinésios e havaianos, remar em pé virou febre mundial. O stand up paddle (SUP) é fascinante, fácil de aprender e ótimo exercício para todas as idades. Lar de atletas talentosos e berço da campeã mundial Andrea Moller,

Ilhabela é perfeita para o SUP, com extensas costeiras, várias ilhas e praias, locais abrigados com ondas, correntes e ventos. Iniciantes podem passear pelas praias do canal de São Sebastião e supistas experientes podem treinar freestyle, praticar wave, correr provas de race, brincar de SUP rafting na foz de alguns rios ou encarar travessias downwind entre ilhas e praias oceânicas. Aos novatos, atenção nas embarcações e no tempo. Dê preferência aos dias sem vento; leve celular, use roupas coloridas e colete salva-vidas. É possível fazer aulas e alugar pranchas nas praias do Itaquanduba, do Perequê e da Armação. Ilhabela também é referência no kitesurf com vários swells e condições de vento, quintal de feras como Miler Morais e os campeões mundiais Guilly Brandão e Bruna Kajiya. No caso do wakeboard, geralmente é praticado nos dias de pouco vento na abrigada raia natural do canal de São Sebastião, em frente às praias do Curral, Grande, do Perequê, do Engenho D’Água, da Garapocaia, do Pinto e da Armação.

Mergulho e vela

Foto Márcio Bortolusso

O mar de Ilhabela também é propício aos sofisticados windsurf, wakeboard, kitesurf e vela

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O arquipélago é um dos melhores locais para mergulho do Brasil, formado por quatro ilhas, onze ilhotes e uma infinidade de lajes, parcéis, grutas e costões. Para completar, sol na maior parte do ano, águas geralmente calmas e com média de temperatura de 22°C e rica vida marinha com baleias, golfinhos, tartarugas, raias, polvos, corais e muitas espécies de peixes. A melhor área para iniciantes é a ilha das Cabras (na verdade um ilhote) e os avançados desfrutam de uma das maiores concentrações de naufrágios do país e ótimos points nas ilhas dos Búzios e da Vitória, com profundidade de até 52 metros e visibilidade de até 20 metros nos melhores dias. A capital nacional da vela, abençoada pelos ótimos ventos e intensas correntes marítimas, oferece cursos de vela, passeios e charter de veleiros nas praias da Armação e do Perequê. Os points clássicos são as praias do Perequê e do Pinto (com vento S ou SO) e velejo garantido na Armação (NO) e na Ponta das Canas (E ou SE).

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FotosAline Porfírio

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O lar de

Anchieta O beato que escolheu a cidade de Itanhaém para passar a maior parte de sua vida foi canonizado, e a cidade é a única do país a possuir um feriado dedicado a ele

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Passarela de acesso à Cama de Anchieta, na praia do Sonho e, ao fundo, o Morro Paranambuco, onde está localizado um reservatório de água da Sabesp, decorado com painéis representativos do jesuíta

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turismo

Por Aline Porfírio

Foto Divulgação

Os festejos de 482 anos da cidade de Itanhaém terão um toque especial. Neste ano, o padroeiro da cidade, José de Anchieta, foi canonizado após um longo processo por sua santificação, que começou logo após a sua morte, em 1597. A cerimônia aconteceu no dia 3 de abril em um ato administrativo e executivo realizado pelo papa Francisco com a assinatura do decreto preparado e levado a ele pelo cardeal Angelo Amato, prefeito da Congregação das Causas dos Santos. Anchieta nasceu em 19 de março de 1534 nas Ilhas Canárias, na Espanha, mas foi na cidade de Itanhaém que passou grande parte da vida, 32 anos. Ele percorreu o litoral paulista no qual catequizou, batizou e ensinou os índios da região. Sua ligação com a cidade resultou num forte laço, lem-

brado até hoje em pontos históricos e turísticos. A Secretaria de Turismo do município acredita que, após a canonização, Itanhaém pode se tornar um grande atrativo de turismo religioso. Desde 2009, a cidade é a única no Brasil que possui um feriado especial em homenagem a Anchieta, comemorado em 9 de junho, data que marca a morte do beato. A Cama de Anchieta é um dos pontos mais visitados da cidade. Trata-se de uma formação rochosa em formato de cama, encravada entre o costão e a praia do Sonho. Segundo a lenda, José de Anchieta costumava descansar e compor seus versos e poemas no local. O nome de Anchieta está também atrelado a diversos outros monumentos, como a passarela de 240 metros que dá acesso à Cama; e o Pocinho de Anchieta (praia do Cibratel), construído pelos indígenas, com instruções do padre, para melhorar a captura de peixes. Entre as praias do Sonho e a dos Pescadores, o visitante encontra o Púlpito, utilizado na época para a catequização dos índios. Na praia da Gruta, ficam os Painéis de Anchieta. Já no centro da cidade, a estátua de bronze, esculpida por Luiz Morrone, é outro atrativo; assim como o paço municipal

Padre César Augusto dos Santos, responsável pela coleta da documentação enviada ao Vaticano

Canonizado por suas histórias milagrosas De acordo com o vice-postulador (indivíduo responsável por toda a documentação do candidato a santo, que inclui escritos, documentos e testemunhos de pessoas que conviveram ou que receberam graças) da causa da canonização de Anchieta, o padre César Augusto dos Santos, o processo de santificação necessita do registro de um acontecimento que não caiba explicação médica ou científi-

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ca. No caso de Anchieta, sua canonização foi concedida pela fama de milagreiro e pela amplitude do culto que conquistou após sua morte. Houve um exemplo de um milagre reconhecido oficialmente pela igreja católica, na década de 1960, quando uma menina que havia nascido sem o osso do calcanhar conseguiu regeneração, no Rio de Janeiro. Segundo o padre, a avó da garota recorreu à “relíquia seda”, que consiste num pedaço de tecido, que teve contato com

o osso do fêmur esquerdo do padre José de Anchieta. No momento do banho, a avó da garota deixava o pedaço de seda em contato com o seu calcanhar. Passado um tempo, notou-se que o espaço do calcanhar deixado pelo osso havia sido preenchido. Em seguida, a menina foi levada ao médico e foi constatado que o fato só poderia ter origem num milagre, pois não havia explicação médica ou científica para tal acontecimento. Porém, esse milagre não contou para

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A estátua de bronze, esculpida por Luiz Morrone, em frente à Igreja Matriz de Sant’Anna, é outro atrativo ligado ao santo

Foto Aline Porfírio

e a Virgem de Anchieta, imagem barroca do século XVI, exposta na Igreja Matriz de Sant’Anna. No tradicional Museu de Nossa Senhora da Conceição, é possível encontrar a certidão de batismo do jesuíta. “Já estamos tendo um aumento de turistas na cidade por conta da divulgação da beatificação. Além do turismo religioso que já temos, esperamos um aumento significativo com a canonização. Esperamos um dia atrair tanto turistas, religiosos ou não, quanto Aparecida”, explica o secretário de Turismo de Itanhaém Milton Saldiba Passareli de Campos Júnior. O município recebe cerca de três milhões de turistas por ano, e possui outras festas no calendário religioso, como a Festa do Divino Espírito Santo, comemorada no domingo de Pentecostes, e a Festa da Padroeira da cidade, comemorada em 8 de dezembro. Segundo o secretário, a recuperação de alguns pontos ligados à história de Anchieta e a elaboração de eventos para celebrar o novo santo católico já estão sendo executadas pela prefeitura. No feriado referente ao jesuíta, a administração preparou a 1ª Caminhada Padre Anchieta, unindo diversos segmentos e associações para a visita-

a beatificação de Anchieta. O reconhecimento de sua beatificação veio em 1980, concedida pelo papa João Paulo II por suas ações e pelo número de devotos. “Dentro dos procedimentos da Santa Sé para canonizar alguém, a comprovação dos milagres sem explicação é o método mais utilizado. Contudo, existe outro, não muito utilizado, que é a verificação da amplitude da devoção do candidato. No caso de Anchieta, suspeitava-se disso, mas não se iniciava a pesquisa. Finalmente, foi pe-

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dida a verificação e constatamos a amplitude de sua fama de milagreiro”. Segundo o padre César, o estudo apontou que, em cada estado brasileiro, existem cerca de 50 devotos multiplicadores de Anchieta, e isso o tornou santo. César Augusto dos Santos dedicou-se a comprovar a santidade do jesuíta; para isso, fez mestrado na PUC para aprimorar seus estudos. A partir de agora, Anchieta, conhecido como Apóstolo do Brasil, passa a ser santo, e a cidade de Itanhaém, bem como o

litoral paulista, a ser referência na história religiosa do jesuíta. Para ele, “foi um trabalho de muita esperança e de muita luta devido a situações que complicaram, de vários modos, para que tal canonização acontecesse. Desde aquelas pessoas que questionavam a oportunidade de se canonizar alguém que viveu no século XVI, passando por pessoas que não acreditavam na santidade de Anchieta. Foi, sem dúvidas, uma vitória. O Brasil celebrará isso por um longo tempo,”

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Foto Aline Porfírio

turismo

Segundo a lenda, José de Anchieta costumava descansar e compor seus versos e poemas nesta formação rochosa em formato de cama, encravada no costão da praia do Sonho. Abaixo, caminhantes inspirados na rota Passos dos Jesuítas

Foto Secretaria de Turismo do Estado de SP

ção dos monumentos históricos e culturais ligados ao seu nome. “A partir de uma concentração no Pocinho de Anchieta, o grupo receberá kits que incluem camisetas; folders com a história do padre; bonés; e, após uma missa campal celebrada pelo pároco local, percorrerá os pontos históricos”.

A Compostela brasileira A exemplo do famoso trajeto peregrino que acontece todos os anos na Espanha, a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo criou um programa chamado Caminha SP, que possui duas rotas com destinos católicos: Passos dos Jesuítas (litoral paulista) e Rota Franciscana (interior de São Paulo). Itanhaém está inclusa na rota Passos dos Jesuítas, que mostra o caminho feito pelos missionários que catequizaram os índios e ajudaram na fomentação do desenvolvimento regional da época, com destaque para José de Anchieta.

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A rota abrange os municípios de Peruíbe, Itanhaém, Mongaguá, Praia Grande, São Vicente, Santos, Cubatão, Guarujá, Bertioga, São Sebastião, Ilhabela, Caraguatatuba e Ubatuba, e tem um percurso total de 370 quilômetros. Itanhaém possui dois pórticos para o registro da passagem dos peregrinos. Até o momento, 5.273 caminhantes já concluíram o trajeto que abrange ambas as rotas. “Nossa intenção é divulgar cada vez mais a história de fé e a importância cultural que padre Anchieta e outros jesuítas construíram em São Paulo. A rota é livre, sinalizada com placas indicativas e passa por belas paisagens e monumentos históricos. Vamos, inclusive, aumentar o projeto; inauguraremos ainda neste semestre a Rota Fernão Dias”, disse o secretário de Estado do Turismo de São Paulo, Cláudio Valverde.

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Feliz Aniversário

Caraguá

157 anos

Caraguá completa 157 anos de emancipação político-administrativa e não para de crescer. A caçulinha do Litoral Norte é administrada com seriedade e compromisso com os cidadãos. E isto é fácil constatar, basta ver o quanto a cidade evoluiu e melhorou em todas as áreas. Na saúde, ganhou novas e modernas unidades de atendimento. Todas as regiões foram beneficiadas e continuam recebendo obras de infraestrutura. Pavimentação, pontes, galerias pluviais e nova iluminação melhoram a qualidade de vida de todos os que aqui vivem e daqueles que nos visitam. Investimentos em políticas sociais também melhoram a vida dos que mais precisam dos serviços públicos. Na Educação, continuamos referência, com escolas modernas e alimentação que serve de modelo para todo o Brasil. Por fim, o Governo Municipal trabalha com afinco para acompanhar o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, oferecer aos cidadãos uma cidade cada vez melhor. Parabéns Caraguá!


ser sustentável

Será que basta uma

boa ideia?

Por Marcus Neves Fernandes Há cerca de dois anos, uma das grandes discussões girava sobre o uso da sacolinha de supermercado. O tempo passou e hoje quase não há mais polêmica envolvendo o tema. Muitos se mantêm usando a sacolinha plástica, enquanto outros adotaram as retornáveis. Em outras palavras, nesse imbróglio, difícil dizer quem ganhou, com exceção, óbvio, dos supermercados, que hoje comercializam sacolas retornáveis feitas na China ou no Vietnã - algo que beira o deboche para com o consumidor, demonstrando não só o descompasso desse setor da economia com a sustentabilidade, mas também com a responsabilidade social. Afinal, sustentabilidade é algo que ex-

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trapola a matemática financeira. O correto entendimento do conceito exigiria que as sacolas fossem feitas no país, aproveitando insumos que iriam para o lixo, permitindo que cooperativas se desenvolvessem e pudessem, dessa forma, remunerar seus participantes pela confecção e venda das retornáveis aos supermercados. É o chamado círculo virtuoso, por meio do qual, lá no final, todos ganham: os consumidores porque, informados de como e por quem as sacolas retornáveis são feitas, passam a se sentir parte integrante dessa divisão de benefícios; os membros das cooperativas, por sua vez, porque encontram mercado contínuo capaz de gerar renda

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O Phoneblock, um celular desmontável em módulos. Em caso de defeito, troca-se apenas a peça danificada

para suas famílias e, por fim, os supermercados, que conseguiram enxergar um caminho no qual são, ao mesmo tempo, sustentáveis e socialmente responsáveis. Afinal, sustentabilidade é oportunidade e não oportunismo. É algo coletivo, que prima pelo bom senso, pela capacidade de agregar pessoas e valores. Quer um exemplo? Ok, então vamos falar de Dave Hakkens e o seu Phoneblock - um novo e revolucionário conceito de aparelho de telefone celular. Ele é feito em módulos ou blocos. São várias peças separadas, como tela, bateria, antena, alto falante, microfone etc. No caso de um defeito, troca-se apenas a parte que deu enguiço. Além disso, ele pode ser ‘construído’ de acordo com suas necessidades. Se você, por exemplo, tem problemas auditivos, opta por um alto-falante maior e mais poderoso. Se viaja muito, uma bateria melhor e mais potente e por aí vai. Mais de 20 milhões de pessoas já acessaram o site de Dave, o que chamou a atenção da Motorola, que pretende desenvolver o produto, que terá código aberto, com quase cinco mil pessoas já ajudando no seu aprimoramento. Hoje, o número de celulares convencionais não para de crescer. Segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT), já existem mais aparelhos do que seres huma-

nos. E para fabricá-los, a indústria necessita de insumos como o tântalo, um mineral imprescindível para telefones móveis, computadores e tablets. Uma das maiores jazidas de tântalo está na África, em países como o Congo. A extração de insumo é, em sua maior parte, ilegal, clandestina, comandada por grupos armados que já causaram mais de cinco milhões de mortes nos últimos 15 anos. A selva é destruída impiedosamente para a abertura das lavras; crianças são cooptadas para trabalhar nos poços sob regime de escravidão; e o dinheiro da venda do tântalo, para as indústrias, abastece uma rede de corrupção e guerrilha. Nós, aqui no Brasil, não vemos nada disso, nem sequer somos suficientemente informados pelos meios de comunicação - assim como também não sabemos como são feitas as sacolas retornáveis na China ou no Vietnã. Mas fato é que o problema existe, já foi reconhecido pela ONU e até mesmo pela Comissão de Valores dos Estados Unidos. A Comissão determinou que todas as empresas que utilizam estanho, tântalo, tungstênio e ouro devem agora comprovar a origem do insumo, sob pena de exclusão da Bolsa de Valores. O primeiro relatório deve ser mostrado ao público no próximo dia 31 de maio. Uma boa ideia. Vamos ver se basta...

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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história

Malucos-beleza

O projeto Tam Tam completa 25 anos, com estreia de peça, reativação de programa de rádio e trabalhos com dança e literatura. Um quarto de século para um projeto que começou na extinta Casa de Saúde Anchieta, um manicômio conhecido como Casa dos Horrores

Por Marcus Vinicius Batista No início deste ano, cerca de 800 pessoas lotaram o Teatro do Sesc, em Santos, para a estreia da peça A Terra pode ser chamada de chão, o primeiro capítulo de uma série de eventos que comemoram 25 anos do projeto Tam Tam, trabalho que nasceu nos corredores da extinta Casa de Saúde Anchieta, o famoso manicômio do litoral de São Paulo. Durante uma hora, 60 atores e atrizes, entre pessoas ditas normais e deficientes das mais variadas origens, encenaram o espetáculo dirigido pelo arte-educador Renato di Renzo, idealizador do projeto. A peça será reapresentada, em maio, durante a Virada Cultural, em Santos. O projeto Tam Tam, em 25 anos, diversificou-se e foi além de um trabalho de saúde mental que começou no Anchieta. São várias atividades, entre dança, teatro, literatura, carnaval, um café-balada, entre outros trabalhos sociais, que reúnem centenas de pessoas por ano.

A relação de Renato com a saúde mental veio por meio de uma profecia. Ainda criança, ele morava na Vila Belmiro e brincava perto do Anchieta, quando ouviu de um dos colegas: “se você continuar desse jeito, vai acabar aí dentro.” A profecia levaria cerca de 25 anos para se concretizar. Antes, em 1969, Renato mudou-se para São Paulo a fim de estudar artes. Lá, ele se aproximou da discussão em torno das políticas de saúde mental, que questionavam manicômios como depósitos de gente. Renato também fez várias visitas ao Hospital Psiquiátrico do Juqueri, em Franco da Rocha, em 1971. Quando desceu a Serra do Mar em definitivo, o então arte-educador percebeu que a Casa de Saúde Anchieta era o palco para intervenções sociais. Renato não tinha ideia do que poderia fazer quando entrou pela primeira vez no Anchieta, em 25 de agosto de 1989. O hospital era um caldeirão por conta da superlotação. O Anchieta

Fotos Rafaella Martinez

Cenas da peça A terra pode ser chamada de chão

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Fotos Beth Soares

tinha capacidade para 180 internos, mas abrigava 700 pacientes. Ao entrar no local, ele viu o mundo cinza. Lonas separavam pacientes de visitantes. Aliás, lonas que seriam transformadas menos de dois meses depois em material para peças teatrais. Renato se aproximou dos pacientes, que não reagiam. Até que um jovem negro, de quase 1,90 metro, perguntou a ele o que fazia ali. Renato respondeu: “teatro”. “O que é isso?”, perguntou Ercílio, hoje funcionário do programa municipal de reciclagem de lixo, o Lixo Limpo. Renato viu uma TV e disse: “vim fazer novela.” Nasceram os primeiros personagens. Não foram necessários 15 minutos de conversa para que Ercílio escolhesse ser um papa. Outro paciente queria ser um pirata. Surgia a primeira peça, na qual um papa se aliava a piratas para roubar o Vaticano. Um mês depois, em setembro de 1989, surgiu a ideia de se criar um nome para o trabalho com os pacientes. Tam Tam, doidões, malucos-beleza, pirados; a lista girava em torno de expressões associadas, é claro, à loucura. O grupo fechou em torno do nome Tam Tam. Renato explicou que o nome também representava um gongo chinês, cujo som ecoa para todos os lados. O teatro se expandiu para o rádio. O programa Tam Tam nasceu em 1990 dentro do Anchieta, com um aparelho de som 3 em 1, fornecido pela prefeitura. 32 caixas espalhavam o som pelas dependências do hospital psiquiátrico. Todos trabalhavam sob pseudônimos. O slogan resumia a ideia: Um programa do tamanho da sua loucura. Depois, o programa foi para a rádio Cacique AM e cresceu com a criação do jornal Tam Tam. No total, foram oito anos no ar, com passagem por outras duas emissoras. Uma das propostas

Inusitada decoração da atual sede do projeto Tam Tam, o Café Teatro Rolidei

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Foto Arquivos Tam Tam

Equipe do programa Tam Tam, na rádio Cacique AM, em 1990. Ao lado, Renato di Renzo, no programa Jô Soares Onze e Meia, em 1993

Foto Arquivo Pessoal

O arte-educador Renato di Renzo

do aniversário de 25 anos é a retomada do programa de rádio. Ainda falta definir o formato e acertar com uma emissora. Veicular o programa via internet é também uma possibilidade. Em 1990, Renato e Claudia Alonso se conheceram em uma das salas da Casa de Saúde Anchieta. Claudia era recém-formada em psicologia pela Universidade Católica de Santos e dirigia uma escola de dança. Com o trabalho de conclusão de curso embaixo do braço, a bailarina foi procurar o arte-educador. Nunca havia visitado uma instituição psiquiátrica. Ela diz: “Achava que louco babava e mordia.” Naquela época, o arte-educador já era funcionário da prefeitura e trabalhava diariamente na instituição. No final da conversa, ele fez a pergunta que mudou o rumo da vida profissional de Claudia. “O que é mais importante para você? A dança ou a psicologia?”. `Ao se envolver com os pacientes do Anchieta, Claudia não

A “Casa dos Horrores” O imóvel que abrigou a Casa de Saúde Anchieta não apresenta rastros dos tempos de hospital psiquiátrico. É apenas uma carcaça do lugar que abrigou o principal manicômio do litoral de São Paulo. Atualmente, o local se transformou em um cortiço, onde residem 54 famílias. São cerca de 150 pessoas. As condições de vida são insalubres, com sérios problemas estruturais no edifício. A desapropriação do imóvel se arrasta no Poder Judiciário. Em 27 de setembro de 2012, um dos cômodos do imóvel pegou fogo. Nin44

guém se feriu. No cômodo, residiam sete pessoas, de duas famílias, que perderam tudo. O incêndio teria sido provocado por um curto-circuito. A história da Casa de Saúde Anchieta começou em 1951. O hospital, de propriedade privada, tinha, teoricamente, capacidade para 450 leitos. Até o final da década de 1980, pouco se sabia sobre a instituição, uma caixa-preta tanto para a imprensa como para as autoridades de saúde. O Anchieta seguia à risca o silêncio da cartilha dos manicômios que se espalharam pelo país.

poderia imaginar que seu grupo de dança, o Orgone, transformaria-se, em 1993, em grupo de teatro e hoje o cartão de visita do projeto Tam Tam. Ela fechou a academia de dança e prestou concurso para a prefeitura, onde trabalha até hoje com deficientes na Secretaria de Assistência Social. A mudança de trajeto do Orgone foi um salto artístico que rendeu mais de cem prêmios e vinte espetáculos. O nome não seria mais apropriado. Orgone é a união das palavras orgon (órgão) e one (energia, pulsão, vida). O grupo teve mais de cinco mil alunos desde a fundação. O projeto Tam Tam saiu dos corredores da Casa de Saúde Anchieta e ganhou outros palcos a partir de 1993, quando Renato di Renzo dirigiu o primeiro espetáculo para o grupo: Na sala de espera do Dr. Sigmund. No mesmo ano, os trabalhos dos pacientes – inclusive o programa de rádio – foram expostos no Sesc, em Santos. Era o início de um caminho que os levou a programas

A intervenção na “Casa dos Horrores” aconteceu em 3 de maio de 1989 por parte da prefeitura de Santos. A gota d´água foi a morte de três internos. O lugar colecionava denúncias de maus-tratos, mortes e superlotação de pacientes, muitos deles espalhados por corredores e pátios. O Anchieta, nome popular do hospital, era um dos símbolos dos manicômios como depósitos de pessoas. Uma equipe multidisciplinar promoveu uma avaliação dos pacientes, muitos deles desidratados. Em outros casos, internos não recebiam alta por

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como Jô Soares Onze e Meia (o nome, na época) e a reportagens de jornais e revistas do país e do exterior, como o The New York Times. Um ano antes, em 1992, o projeto se transformara na ONG Associação Projeto Tam Tam e se estendia a outros projetos de inclusão social. Em 1996, o Tam Tam se desmembrou em dois outros filhos. A Rádio Moleke era um programa semanal com crianças e adolescentes de abrigos municipais. E o Zazah´Bar, que ocupava o terceiro andar do Teatro Municipal de Santos. “Todo teatro precisa de um bar”, explica Renato. A partir de 1997, vieram as vacas magras. Para o Tam Tam, foram dois anos de vida itinerante. Os ensaios e demais projetos sociais aconteciam em casas antigas emprestadas por simpatizantes e amigos. O trabalho também aconteceu em galpões e, em 1999, o Orgone passou a ensaiar no Colégio Universitas, na Ponta da Praia. Foi nesta fase que di Renzo solidificou o que os atores chamam de “Pedagogia direnziana”. O grupo permaneceu no Universitas até 2003, quando o foyer (terceiro andar) do Teatro Municipal foi devolvido ao projeto Tam Tam. Nascia o Café Teatro Rolidei, hoje sede de todas as atividades. Logo na entrada, o Café Teatro Rolidei parece um picadeiro. À esquerda, uma arquibancada com três degraus, usada para debates, espetáculos e aulas. À direita, um espaço que serve de palco e de cenário para a exibição de filmes. As paredes são uma bagunça organizada. A decoração é fruto de cenários abandonados no fosso do Teatro Municipal, além de doações e objetos encontrados pelos integrantes do Tam Tam nas ruas de Santos. O segundo ambiente, após uma cortina vermelha, tem o balcão do

conta da desorganização dos prontuários. Nas instalações, a precariedade se repetia: cadeados que isolavam pátios, enfermarias fechadas e chuveiros sem água quente. Havia também o “chiqueirinho”, apelido para o espaço onde os pacientes eram trancafiados. Eram celas fortes, de dois metros quadrados, com pouca ventilação, sem luminosidade e sem local para as necessidades fisiológicas. Como tratamento, pacientes recebiam eletrochoques e não existia controle sobre os medicamentos. A Casa de Saúde An-

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Fotos Arquivo Tam Tam

A arte teatral e a magia do rádio como terapia

chieta abrigava todo o tipo de marginalizados: de doentes mentais a alcoólatras e usuários de drogas. Um mês depois da intervenção, em junho de 1989, o lugar ainda abrigava 350 pessoas. Com a intervenção, o hospital reduziu, gradualmente, o número de pacientes até fechar as portas, em definitivo, em 1996. A intervenção é lembrada até hoje como um marco na reforma psiquiátrica e na luta antimanicomial, inspirada na experiência de Trieste, na Itália. Em Santos, a desativação do hospital marcou também a implantação de Nú-

cleos de Apoio Psicossocial, os Naps, modelo de atendimento descentralizado que existe até hoje. O primeiro começou a funcionar na Zona Noroeste de Santos, também em 1989. Curiosamente, a legislação que deveria acompanhar o fechamento dos hospitais psiquiátricos só foi aprovada 12 anos depois pelo Congresso Nacional. O projeto de lei, apresentado pelo deputado Paulo Delgado (PT/MG), regulamentava os direitos dos pacientes com transtornos mentais e estabelecia o fechamento de todos os manicômios no país.

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Imagens Arquivo Tam Tam

história Os cartazes, ousados e criativos, refletiam a filosofia do projeto Tam Tam

bar, biblioteca com dois mil títulos, outra minibiblioteca sobre rodas para crianças, com 200 exemplares, e uma infinidade de quinquilharias, como chapéus antigos e brinquedos. Nos fundos, fica o banheiro, com três cabines, uma cadeira de barbeiro, azulejos em preto e branco e exposição de fotos pelas paredes com a história do projeto. O banheiro é chamado de bissexual. “Mas as cabines são individuais”, ressalta Claudia. Na janela, uma foto que simula a vista da cidade de São Paulo. Duas vezes por mês, em média, acontece uma balada no Café Teatro Rolidei. A balada, por segurança, tem hora para acabar: duas horas da manhã. Nos variados espaços, famílias – inclusive com crianças – dançam, pois há sempre uma banda convidada, assistem a performances teatrais, leem e comem petiscos. Houve até celebração de noivado no local. Ao final de cada balada, todos são convidados a limpar a casa. “É uma forma de cultivar pertencimento, cidadania. O bar é um lugar terapêutico”, afirma Claudia Alonso. Os frequentadores podem deixar mensagens em um dos cadernos do Café. No total, são 100 volumes. Uma das mensagens, que indicam o espírito das baladas, deixada por um visitante. “Adeus Prozac. Olá, Rolidei.” Thays Ayres, de 33 anos, produz espetá-

Um cardápio de projetos Teatro livre - Voltado para todas as idades, com prioridade na inclusão e diversidade. No caso dos adultos, é chamado de “Seis e Meia”, com um happy hour após o trabalho. Alguns dos jovens entram para o grupo Orgone. Encontros - São exercícios cênicos e jogos corporais para qualquer pessoa, independentemente da deficiência. A proposta é a percepção do indivíduo dentro do grupo. Refavela - Em parceria com o Instituto Arte no Dique, são encontros de formação teatral para moradores de áreas de risco social, na Zona Noroeste de Santos. Jazz para quem não dança - Destinado a jovens e adultos, parte do princípio de que

todos podem dançar. A ideia é dar qualidade emocional aos participantes, além de ampliar o acesso ao mundo da dança. Nosso balé - Para crianças acima de seis anos, o projeto procura trabalhar os movimentos do balé clássico para meninos e meninas, visando derrubar estigmas. Outras palavras - Além de possuir uma biblioteca com dois mil títulos, o Café Teatro Rolidei realiza oficinas literárias, saraus e grupos de leitura. Para as crianças, acontecem as Rodas Encantadas, com contadores de histórias. Atividades semanais e mensais. Cine Tam Tam – Encontro de amigos - Realização de sessões de cinema, com o objetivo de promover reflexão sobre temas como in-

culos, cuida da parte administrativa, trabalha como assistente de direção e preparadora de elenco e, duas vezes por semana, dá aulas de teatro. Nas baladas do Café Rolidei, fica no caixa e interpreta uma detetive. Ao simbolizar a versatilidade dos integrantes do grupo, Thays acredita que o Orgone é alimento. “O teatro serve para desmontar, sair do eixo.” Ela conheceu o projeto quando tinha 17 anos e fazia teatro no Centro Cultural Brasil-Estados Unidos. As aulas eram dadas por Renato di Renzo. Ela o seguiu para o Colégio Universitas e entrou para o Grupo Orgone. Depois de 16 anos, a família de Thays, embora acompanhe os espetáculos, ainda torce o nariz para a troca do consultório pelo palco. “Não sou rica, mas tenho outros ganhos. Eu fui escolhida pelo teatro.” Felipe Domingues, por sua vez, está há cinco anos no grupo. Entrou com 16 anos e, hoje, é o garçom Adolf, um alemão que chegou ao Brasil em um porão de navio e aprendeu português com um argentino. Disléxico e hiperativo, ele atua como voluntário cinco noites na semana. “A questão não é inserir pessoas diferentes na sociedade, mas que todos possam conviver juntos”. O projeto Tam Tam, depois de 25 anos, conta com 185 alunos e dezenas de voluntários. As baladas recebem mil pessoas por mês. A casa está sempre lotada, com filas na porta. Na prática, todos ali rezam a mesma cartilha, do teatro e da arte como libertação. Assim é desde 25 de agosto de 1989, quando Renato di Renzo atravessou pela primeira vez o portão da Casa de Saúde Anchieta, a “Casa dos Horrores”.

clusão, deficiência, equidade, diversidade e educação. A convivência passa pela tradição do “cinema com pipoca e guaraná”. “E aí, beleza?! – Eu sou assim!” - Projeto realizado anualmente, que envolve a reutilização de materiais, com oficinas de arte e construção de figurinos, ensaios fotográficos e um desfile de modas. Na trilha do Noel - A iniciativa é realizada anualmente desde 2000 e conta com a participação de diversos voluntários, com arrecadação, doação, limpeza, conserto e transformação de brinquedos. Os brinquedos são distribuídos em bairros periféricos de Santos, e também na área continental da cidade. Chegou a presentear quatro mil crianças em um ano.



decoração

A

felicidade

mora aqui

Espaçoso, confortável e com uma vista linda para o mar da Riviera de São Lourenço, em Bertioga, um lar perfeito para receber amigos e parentes Por Maria Helena Pugliesi

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Não tem tempo ruim. Mesmo que lá fora o dia esteja cinzento, no apartamento de veraneio da relações públicas Regina e de seu marido, o economista Marcos Martinez, há sempre muita animação e aconchego. Festeiros por natureza e com parentes espalhados por vários cantos do mundo, eles adoram estar rodeados de gente. Motivos nunca faltam: churrasco na varanda, que se estende pelo dia afora, animadas sessões noturnas de karaokê ou, simplesmente, bate-papos com os amigos para combinar o programa de praia da manhã seguinte. Esse refúgio gostoso surgiu doze anos atrás, por insistência do filho do meio, Renato, hoje com 27 anos. “Na época do colégio, o Renato tinha um colega que passava as férias na Riviera de São Lourenço e sem-

pre o convidava para ir junto. Ao voltar, ele contava maravilhas do lugar”, lembra a mãe. “Um fim de ano, resolvemos alugar um apartamento por lá e o Renato estava certo. O residencial tinha tudo a ver com a gente. Além disso, encontramos muitos conhecidos que também tinham imóveis na Riviera. Não sosseguei até encontrar um apartamento para comprar”. A busca foi minuciosa, pois o casal queria um apartamento amplo, em que pudesse hospedar irmãos, tios e primos que moram na Inglaterra, França, Portugal e Itália, além de amigos dos três filhos. “Necessitávamos de muitos quartos, de uma varandona com churrasqueira para o Marcos curtir o seu hobby e precisava ser de frente para a praia. Assistir de camarote, ao lado

Fotos divulgação

Bem servida de móveis e com circulação fluida, a sala de estar favorece o recebimento de amigos

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decoração

Cores claras na parte interna e materiais resistentes à maresia na área externa trazem bem-estar e praticidade

Piso: porcelanato Eliane - Móveis: Breton Actual, Armando Cerello e Brentwood (sala); Amazonia Móveis (varanda)

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das pessoas que amamos, a maravilhosa queima de fogos que a Riviera promove no final do ano era um sonho que eu tinha que realizar”, explica Regina. O casal esperou por um dos prédios à beira-mar ficar pronto. Com cinco suítes, uma extensa varanda que abraça todo o apartamento e ambientes sociais e cozinha amplos e interligados, a unidade correspondia às necessidades da família. A decoração ficou a cargo da arquiteta Cristina Rocha Andrade. “Quando a Regina me procurou, ela já estava com as chaves do apartamento na mão e foi bem objetiva na proposta. Insistiu em um mobiliário confortável e sem frescura, para ficar à vontade na volta da praia, e em tamanho e número suficientes para acomodar muita gente. Também pediu espaço para expor os seus vários objetos decorativos e incrementar a iluminação, podendo, assim, criar cenas diferentes, conforme a ocasião”, conta a arquiteta. Priorizando a praticidade, Cristina cobriu o piso social com placas de porcelanato 60 x 60 cm e optou por móveis de fibras sintéticas e tapetes de fibras de algas marinhas tudo fácil de tirar o pó e a areia. As capas dos estofados internos são atoalhadas e, dos externos, de tecidos impermeáveis. “Dessa forma, sentar de maiô molhado está liberado. As almofadas logo secam. Além do mais, como não quisemos fechar a varanda, para não perder a brisa e o som que vêm do mar, se entrar a água da chuva, não tem problema”, fala a profissional. De MDF pintado de branco e freijó, o móvel da TV e o aparador deram bastante área para os proprietários acomodarem seus acessórios e equipamentos. Já as peças mais queridas de Regina ganharam nichos iluminados na parede de gesso da sala. “Tudo foi feito conforme planejamos. Por isso, desde sua inauguração, o apartamento é usado com frequência. Meus filhos estão sempre por aqui e para fugir do frio europeu o restante da família vem em peso no final e início do ano. Ao Marcos e a mim só cabe receber a todos com muito amor e carinho. Porque bons amigos e paisagem encantadora é o que não faltam na Riviera de São Lourenço”, conclui Regina.

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Foto Пy/Stockvault

gastronomia

Abóbora, a poderosa Doce ou salgada, rende pratos principais, acompanhamentos ou sobremesas. Pode ser assada, cozida ou grelhada. Além de ser muito saborosa, ainda é saudável e tem poucas calorias. Trata-se da abóbora, esse legume abundante e barato do Brasil, e que faz parte da comida típica feita na roça

Por Fernanda Lopes De vários formatos, cores e sabores, ela tem um toque adocicado que a faz perfeita como acompanhamento para carnes. Também substitui alimentos bem mais calóricos, e é objeto de desejo como sobremesa. Tem poucas calorias, uma vez que, aproximadamente 95% da sua composição é água. Em 100 g de abóbora cozida têm-se: 40 calorias; 9,8 g de carboidratos; 1,2 g de proteína; 0,30 g de gordura; e 1 g de fibra. “Estudos mostram que as fibras da abóbora ajudam a causar saciedade”, explica a nutricionista Tatiana Branco. Comparada com a batata ou a cenoura, ela é menos caló-

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rica para acompanhamentos. Assim, é uma boa opção para substituir esses legumes em recheios, escondidinhos e gratinados. Segundo a nutricionista, a abóbora tem alto valor nutritivo, com vitaminas E, A e as do complexo B, e sais minerais. Possui, ainda, o betacaroteno, um poderoso antioxidante encontrado em frutas e legumes de coloração alaranjada. Ele ajuda a combater os radicais livres, prevenindo inúmeras doenças degenerativas. A abóbora é, também, uma boa fonte de minerais, como ferro, fósforo, potássio, magnésio e zinco.

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Curiosidades As abóboras, na verdade, substituíram os nabos, usados desde 2000 a.C. A tradição surgiu com os irlandeses que, ao chegarem na América do Norte, não encontraram nabos em abundância, e os substituíram pela abóbora. Esculpida sob a forma de um rosto, e com uma vela em seu interior, a abóbora é um dos símbolos máximos do Halloween. A festa - cuja origem remonta às regiões da Grã-Bretanha e Gália, dos anos 600 a.C. - marcava, originalmente, o final do verão no calendário celta. Exportada para os Estados Unidos, ganhou outra tradição, a do Dia das Bruxas, no qual as crianças se fantasiam e batem à porta das casas pedindo doces, sob a deliciosa ameaça: “gostosura ou travessura?”.

Tipos Na família das abóboras, chamadas de curcubitáceas, existem várias espécies. Entre elas: Menina brasileira ou abóbora de pescoço - É a mais comum no Brasil e a maior, chegando a pesar até 15 kg. É alaranjada, tem textura fibrosa e é mais úmida. Pode ser utilizada em pratos doces ou salgados. E, também, consumida crua, ralada fina, em saladas. Paulista - Idêntica à menina brasileira, só que o seu tamanho não passa de 1,5 kg. Também pode ser usada em sopas, refogados, chutney e doces variados. Moranga - Tem o gosto mais delicado e a consistência menos densa. Sua polpa alaranjada é utilizada em refogados e sopas e a sua casca é um ótimo recipiente para sopas ou o conhecido camarão na moranga. Brasileirinha - Apresenta uma casca verde e amarela. Pode ser consumida antes de amadurecer, em refogados, quando apresenta uma polpa verde, ou madura, já com o interior alaranjado. Italiana - É a tão conhecida abobrinha, que fica ótima em pratos salgados, refogada, recheada e grelhada. Japonesa ou cabotiá - Bem mais consistente e menos úmida, esta abóbora tem um sabor delicado. Ela é ideal e bastante usada principalmente na preparação de pratos salgados. Abóbora do campo - Tem o formato de uma pera imensa, com numerosas sementes. A polpa é alaranjada com sabor mais doce e é um requisitado ingrediente para fazer doces, pães e bolos. Espaguete - Também chamada de gília, é uma abóbora com um alaranjado mais pálido e que, depois de cozida, a sua polpa se separa como se fossem longos fios de espaguete. Muito usada em pratos salgados.

Aproveitamento O melhor de adicionar a abóbora ao cardápio é que, dela, tudo se aproveita. Com a polpa, faz-se o tradicionalíssimo doce de abóbora; purê para acompanhar grelhados; nhoque; molhos; sopas; cremes; recheios; bolos; ou, simplesmente, cozida e temperada a gosto. E o jerimum (como ela é chamada no Nordeste) com carne-seca é como Romeu e Julieta - o doce e o salgado se complementam. Até as sementes são deliciosas. Quando torradas por cerca de 10 minutos, exalam um aroma parecido com o do amen-

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doim e são ideais para ser consumidas como petisco, pois promovem a sensação de saciedade. E ainda não acabou: os brotos de suas folhas podem ser mais um item saboroso em ensopados; e as flores, conhecidas também como cambuquira, enfeitam e ficam irresistíveis à milanesa, sem falar numa boa omelete. Até a casca, rica em fibras, pode ser assada ou cozida e consumida. Tem muitas fibras e nutrientes. É só lavar bem com uma escova, deixar de molho em água e solução que elimina bactérias e pronto.

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gastronomia Receitas Produção e fotos Fernanda Lopes

Abóbora (pode ser a italiana) assada com alecrim, alho e tomilho Ingredientes 1 kg de abóbora cortada em pedaços, com casca (lave bem a casca) e sem sementes; 5 dentes de alho cortados em lâminas; 2 ramos de alecrim e 4 ramos de tomilho; 1 colher de sopa de sal grosso triturado; pimenta-do-reino moída e azeite o quanto baste. Preparo Em uma forma, misture todos os ingredientes e besunte bem de azeite. Cubra com papel alumínio e leve ao forno pré- aquecido a 200°C por cerca de 20 minutos. Depois, tire o papel e deixe mais 20 minutos ou até que a abóbora esteja macia e um pouco caramelizada (dourada). Sirva para acompanhar carnes.

Bolo de abóbora com chocolate branco Ingredientes 3/4 de xícara (chá) de óleo de girassol; 3 ovos; 1 xícara (chá) de leite; 2 xícaras (chá) de açúcar; 3 xícaras (chá) de abóbora sem casca ralada no ralo grosso; 2 xícaras (chá) de farinha de trigo; 1 e 1/2 colher (sopa) de fermento em pó. Calda de chocolate branco: 50 g de chocolate branco picado e 100 ml de creme de leite. Preparo No liquidificador, bata o óleo com os ovos, o leite e o açúcar. Junte a abóbora e bata rapidamente. Passe para uma tigela e adicione a farinha e o fermento, misturando bem. Coloque em uma assadeira de 20 x 35 cm untada ou então em uma forma média de furo no meio (de pudim), untada com margarina e com farinha de trigo. Leve ao forno, pré-aquecido em temperatura média, por 35 minutos ou até assar e ficar dourado. Deixe amornar e desenforme. Cubra com o doce de abóbora e coco e corte em pedaços. Cobertura: misture o chocolate e o creme de leite e derreta em banho-maria ou no micro-ondas por 1 minuto. Mexa e despeje sobre o bolo assado. Rendimento: 12 porções.

Como comprar e conservar Como escolher: ao escolher a abóbora, a casca deve ser lisa, sem manchas e sem brilho (as brilhantes indicam que o vegetal foi colhido antes do tempo). Observe também o tamanho: abóboras

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muito grandes tendem a ser menos saborosas. Se preferir adquirir o vegetal em pedaços, observe se têm aspecto fresco, sem manchas escuras nas bordas. Melhor época: de maio a setembro. Como conservar: a abóbora inteira

mantém-se bem fora da geladeira. Picada, conserva-se por cerca de três dias na geladeira dentro de saco plástico. Se preferir, os pedaços podem ser congelados crus, pré-cozidos ou em forma de purê.

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investimento

Myvillage Rede social inédita e exclusiva para condomínios facilita a vida e aproxima moradores

Por Fernanda Mello Se a tecnologia está afastando as pessoas, por que não usá-la para aproximá-las? Com essa ideia e a experiência pessoal de mudar-se para uma cidade onde não conhecia ninguém, o empresário Sidney Haddad, do interior de São Paulo, criou a empresa Myvillage - um sistema on-line exclusivo e inédito de relacionamento e serviços para condomínios, que está prestes a chegar aos Estados Unidos e México.

Bacharel em ciências da computação com MBA em engenharia de software, o especialista percebeu o poder dos condomínios em 2006, ano em que se casou e mudou de cidade e de emprego. “Eu morava em um condomínio em Valinhos e lembro a dificuldade que foi para abrir uma conta no banco. Quando, finalmente, consegui falar com a gerente, descobri que éramos vizinhos. Por que não a conheci antes? O que poderia resolver isso? Foi aí que nasceu a ideia da Myvillage”. O empreendimento tem como foco os moradores de condomínios, ou seja, permite que cada um conheça a vizinhança e saiba o que ocorre neste espaço, como por exemplo, os serviços de manutenção agendados, a disponibilidade do salão de festas, a data e o tema da reunião de condomínio. Ao reunir todos os vizinhos em um único sistema, facilita, ao mesmo tempo, a comunicação e a integração com administrado-

Sidney Haddad, criador de um sistema on-line de relacionamento e serviços para condomínios

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ras, síndicos, zeladores, construtoras, empresas terceirizadas e demais envolvidos no ambiente. Fácil de usar, a rede possui várias ferramentas de colaboração, de forma que o condomínio torna-se uma verdadeira comunidade. Haddad detalha: “Logo que você muda para um apartamento, precisa comprar aquecedor a gás, colocar piso e lâmpadas. Essas são necessidades comuns a todos os moradores, por que não montar uma compra conjunta entre eles?”.

Serviços Este é um dos serviços da Myvillage juntamente com venda, troca, indicação e ofertas entre moradores, chamados on-line diretos para síndicos, construtores e administradores, lista de funcionários, portaria com fotos dos moradores para aumentar a segurança, mensagens e fóruns para compartilhar ideias e trocar informações com os vizinhos. “Como não dá para escapar da tecnologia, podemos aproveitá-la para reviver o conceito de comunidade. Aplicamos os benefícios das redes sociais às pessoas que vivem ao nosso redor, fazendo com que se aproximem e se conheçam”. Além de trabalhar atualmente com a tradução do sistema para inglês e espanhol visando o mercado da América do Norte, a Myvillage busca empresas parceiras para oferecer descontos e vantagens aos condomínios da rede. Informações podem ser obtidas no site www.myvillage.com.br ou pelo telefone (11) 3280-6984.

Fácil de usar, o site permite mais interatividade entre os moradores

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moda

Faça suas apostas para o Fotos KFPress

outono

Acredite, estas tendências vão pegar: franjas, couro e peças com inspiração no universo grunge

Por Karlos Ferrera Já preparou seu closet para a temporada de frio? Calma, ainda dá (muito!) tempo. Para receber o outono, destacamos quatro tendências que devem emplacar com força nos próximos meses. Escolha qual é sua cara.

Lady like

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Kenzo

Kelly Wearstler

Lembra da clássica saia de tule de Carrie Bradshaw, em Sex and the City? Pois o modelito bailarina é uma das pedidas na nova estação. As mais românticas vão se proteger das baixas temperaturas no melhor estilo lady like, com saias fofas, capinhas e até capuz. Destaque para o rosa blush, a cor queridinha do inverno.

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Fotos KFPress

Valentino

Dries Van Noten

Grunge Se você pensou nas camisas de flanela que jamais eram dispensadas por roqueiros como Kurt Cobain e Eddie Vedder, líderes do Nirvana e Pearl Jam, esqueça. O grunge ganha ares mais sofisticados, misturado com brilhos e estampas delicadas como os florais. O xadrez tartan, aquele escocês, deve aparecer com mais força nas vitrines.

Versace

Couro e franjas

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Como visto na Semana de Moda de Nova York, não é nesta temporada que as franjas vão receber um descanso. Elas aparecem principalmente em saias com barras recortadas, que conferem bastante movimento às peças. Sempre presente no inverno, o couro chega revisitado em modelagens estilo alfaiataria.

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Christopher Kane

Foto KFPress

Foto Shutterstock

moda

Cores vivas

Queridinha e atemporal

Nada de cores apagadas neste inverno! A aposta são os looks monocromáticos em tons bem vivos, como o azul e o vermelho. Dos pés à cabeça, a cor aparece em saias, vestidos e blusões de lã.

Podem comemorar, as jardineiras voltaram à moda. Escolha seu look e faça bonito com a peça que une conforto e estilo em qualquer ocasião.

Consultório de moda Para elas Sandália fica bem com meias? Sandálias combinam perfeitamente com meias. No inverno use meias coloridas, foscas, pretas ou listradas, mas é importante que a sandália seja de inverno(em materiais como camurça, nobuck ou napa de tom invernal) com recortes adequados para o uso das meias. No verão, use meias de dedos cor da pele até a perna bronzear. Aposte tam-

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bém nas meias listradas coloridas com as sandálias de verão e meias douradas ou pratas para complementar os jeans nas baladas noturnas. Use sandálias e meias com as peças básicas de inverno ou dando um toque original nas peças de verão. Este recurso só não combina com roupas caretas ou muito tradicionais.

Para eles Como usar as barras de calças jeans? Há muitas maneiras de usar uma bainha

de jeans com visual fashion. Cortada a fio - Corte a calça com uma tesoura na altura correta e mantenha as franjas criadas pelo corte. Quanto mais lavada, melhor o acabamento. Virada - Vire a bainha da calça para cima, mostrando a parte interna do índigo. Existem muitas alturas de pernas viradas, mas a altura máxima da virada que fica harmoniosa em todos os corpos (inclusive dos baixinhos) não deve ultrapassar de 10 a 12 centímetros.

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“Alto Astral” // Durval Capp Filho Aniversário de Hermelinda Castro Cabral

A dama da sociedade Hermelinda Castro Cabral celebrou 94 anos em festa chiquérrima, no Tênis Clube de Santos

Roseli Cabral Pustiglione organizou uma linda festa em homenagem à sua mãe Hermelinda

Queridas amigas da família: Neusa Maria Rodrigues, Regina Barletta Prandato e Neusa Conforti Sleiman

Walkyria Sanches Capp comemora seu aniversário com seus netos: Felipe e Laura Campora e Olívia Novaes Marques, no Golf Club de São Vicente

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Fernanda Vannucci comemorou 40 anos em grande estilo, no seu Buffet Maison Vannucci

A empresária Neide Maria Mazipelli Vila Nova inaugurou a New Village: a mais nova e bem equipada casa noturna e bar lounge do Gonzaga (frente ao mar)

O colunista recebe das mãos do presidente do Sindiodon (Sindicato dos Odontologistas de Santos e Região) Fábio Luiz M. Baptista a Medalha de Mérito Sindical, no ano de Jubileu de Prata da entidade

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Flashes Merecidos momentos de descontração do prefeito de Indaiatuba Reinaldo Nogueira, na Riviera de São Lourenço

Cristina e Reinaldo Nogueira em final de semana de descanso na bela Riviera

Cristina recebe as amigas para confraternizar

E do lado masculino, não podiam faltar os amigos de Reinaldo

Foto PMB

Em Campos do Jordão...

Equipe Sabesp, no Congresso dos Municípios

João Paulo Tavares Papa, Geraldo Alckmin, Mariza Sá e Celso Giglio

Geraldo e Lu Alckmin

Foto PMB

Lançamento do Guia Roteiros Paulista para a Copa de Futebol

Antonio Tuize (prefeito de Itu ), Herculano Passos (ex -prefeito de Itu), Sebastião Misiara (presidente Uvesp), Mauro Orlandini (prefeito de Bertioga) e Paulo Alexandre Barbosa (prefeito de Santos) 62

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A concorrida festa de aniversรกrio do jovem Felipe Lucatti

Giovana Uzuelli e Giovanni Lucatti

Washington Petri, Almir Ferraz e Roberto Haddad

Ana Picolli, Rosely Valenรงa e Fernanda Ferraz

Marcos e Cristina Vieira

Miguel, Fernado Sena, Eduardo Sarack, Antonio Carvalho e Everton Pauli

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Tais , Aldo e Marta Martins

Gislane e Fernanda Sgoti e Marta Sincenate

Paula Carvalho e Felipe Lucatti

Hilton Fiqueira, Ivan Picolli e Vinicius de Oliveira

Reuniรฃo de amigos para parabenizar o aniversariante

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“Destaques” // Luci Cardia O presidente da comunidade helênica (grega) Konstantinus Lambros Katsonis comemorou mais um ano de vida com amigos em sua casa no Guaratuba II. Parabéns

Ary Katsonis , Carmem Katsonis, Konstantinus Lambros Katsonis, Rosely Sportari, Neto Henrico Katsonis, Fabrício Katsonis e Ricardo Tunellis

Amigos preparados para o “Parabéns a você” ao grande Konstantinus Katsonis

Euclides Mores, Fernando Cardia e Du Zuppani, também admiradores do aniversariante

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Fabrício Katonis, a mamãe Carmem Katsonis e o amigo Ricardo Tunellis

Roseli Sportari, Fabrício Katsonis, Nicole Rossi, Airton Souza Campos

Um grego tem a tradição de unir os amigos, aqui com Ary Katsonis, Carmem Katsonis, Konstantinus Katsonis, Cardia, Rosely Sportari, Henrico Katsonis, Fabrício Katsonis e Airton Souza Campos

Konstantinus com os netos, na festa da felicidade

Dr. José Aparecido Cardia e esta colunista

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“No clique” // Cláudio Milito Recepção do casamento de Larissa e Bruno Cunha, no Lua de Tomate, em São Sebastião

Larissa e Bruno Cunha

Márcia Cunha e Décio Bispo dos Santos

Vereador Reinaldinho e Larissa Berlato

Vinicius B. Silva e Larissa Tavolaro

Paulinha Garcez e Gabriel Magalhães

Ana Carolina Gadioli e Matheus Cecílio

Lucivania e Jamil Salamene

Jean e Nathalia Almeida

Fernanda Castro e Marcus Mathias

Monique Nunes, Ana Luiza Gomes e Lucas Rezende

Hayla Amaral e Matheus Rezende

Os empresários Décio Bispo dos Santos e Edson Difonzo

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata O presidente da Fenactur Michel Tuma Ness recebeu o Título de Cidadão Guarujaense, dia 3. A solenidade aconteceu na Câmara Municipal de Guarujá e foi uma das poucas que lotaram a casa

Vitor Daniel, assessor da Fenactur, uma das pessoas mais fantásticas que conheci, ao lado do grande amigo Michel

Michel Tuma Ness durante a honrosa homenagem

O empresário Luis Avelino marcou presença e pretigiou o amigo Michel

Após a solenidade, vários amigos foram recepcionados no Hotel Delphin. O colunista social Edison Prata com sua mulher Milian Sant’Ana, a jovem Luna Menezes, Rejane Silva e Luiz Menezes

Em Bertioga

Os irmãos Eduardo Pimentel e José Ivan Pimentel Junior, da Intervel, participam ativamente do desenvolvimento de Bertioga

Os amigos Cris Arias, Merson Nor Junior e André Cortina curtem bons momentos

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Enquanto isso, em um local fantástico da cidade: este colunista, Merson Noir Junior, Eduardo Sarack, André Cortina, Daniel Orlandini, Demerval Santos e seu filho

Por falar em bons momentos, a linda Carol Nor Cortina exibe orgulhosamente o filho, que, em breve, estará entre nós

O comandante Merson Nor e sua mulher Angélica: só felicidades com a chegada no neto

O arquiteto e engenheiro Daniel Orlandini e sua mulher Cléia, em um belo fim de tarde

Clique duplo: Cris Arias e sua mulher Vanessa

Beach&Co nº 142 - Abril/2014




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