Beach&co 133

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Foto Ricardo Hiar

34 Ventos e velas despertam talentos

Foto Luciana Sotelo

38 Vantagens da cabotagem como opção modal

E mais... Cicloturismo 10 Semana de vela

30

Sustentabilidade 44 Economia 46 CNE 52

Foto Divulgação

Gastronomia 66 Moda 70 Flashes 74 Destaques 77 Alto astral

78

No clique

80

Celebridades em foco

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Foto Atelier Leslie Monteiro

56 Mande as crianças para a cozinha!

Capa

Foto Renata Inforzato

60 A fabulosa terra dos Beatles

Foto René Nakaya

Cicloturismo em Ilhabela Foto Fernanda Lupo/ photoverdeproduções

Litoral sustentável pág. 22




Beach A

R e v i s t a

Co d o

ao leitor Foto arquivo pessoal/Cicloturista

L i t o r a l .

ANO XII - Nº 133 - Julho/2013 A revista Beach&Co é editada pelo Jornal Costa Norte Redação e Publicidade Av. 19 de Maio, 695 - Bertioga/SP Fone/Fax: (13) 3317-1281 www.beachco.com.br beachco@costanorte.com.br Diretor-presidente Reuben Nagib Zaidan Diretora Administrativa Dinalva Berlofi Zaidan Editora-chefe Eleni Nogueira (MTb 47.477/SP) beachco@costanorte.com.br

E mais... Diretor de Arte

Roberto Berlofi Zaidan roberto@costanorte.com.br Criação e Diagramação Audrye Rotta audrye.rotta@gmail.com Marketing e Publicidade Ronaldo Berlofi Zaidan marketing@costanorte.com.br Depto. Comercial Aline Pazin aline@costanorte.com.br Revisão Adlete Hamuch (MTb 10.805/SP) Colaboração Bruna Vieira, Claudio Milito, Durval Capp Filho, Edison Prata, Fernanda Lopes, Flávia Souza, Karlos Ferrera, Luci Cardia, Luciana Sotelo, Marcos Neves Fernandes, Renata Inforzato e Ricardo Hiar Circulação Baixada Santista e Litoral Norte Impressão Gráfica Silvamarts

Com a força dos pés e da mente Uma bicicleta, algumas roupas e você tem o mais importante para começar a desbravar um mundo novo, que depende apenas de seu empenho físico e mental. Se agregar equipamentos básicos e a companhia de amigos, bem, aí então só falta um roteiro, ou a ausência dele. Na verdade, para se entrar na onda do cicloturismo, o que é preciso, mesmo, é força de vontade para pedalar firme e forte ou em ritmo reduzido; parar quando assim desejar, apreciar a paisagem, fazer novos amigos. Esta é a filosofia do cicloturismo, uma atividade esportiva e de lazer em crescimento em todo o mundo, e que atrai cada vez mais adeptos, desperta interesse de governos e empreendedores. Não há regras ou limites. O praticante é quem determina aonde ir e quando parar. Pode ser um curto giro pela cidade onde mora, ou uma longa e difícil viagem planejada minuciosamente. Segundo a Associação Brasileira de Cicloturismo, estima-se que só na Alemanha, 21 milhões de pessoas praticam essa revigorante e simples forma de turismo, e que gera um movimento de cerca de 5 bilhões de euros por ano. Por aqui, o movimento ainda é tímido, com poucos grupos organizados, mas, em compensação, muitas trilhas, estradas, ciclovias, cantos e recantos para se descobrir. Não é necessário ser um ciclista experiente. Basta respeitar os próprios limites, manter-se hidratado e alimentado, respeitar as normas de trânsito e vencer pouco a pouco as distâncias. O ideal é fazer parte de um grupo organizado porque, além de mais segurança, é sempre bom ter alguém para compartilhar histórias, descobertas e experiências. Vale lembrar que o cicloturismo é uma atividade amiga do meio ambiente e da boa saúde. Gostou da ideia? Então dê uma lida em nossa reportagem de capa e comece já a lubrificar as engrenagens daquela velha magrela encostada na garagem. Eleni Nogueira



turismo

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Foto arquivo pessoal/Cicloturista

Vá mais longe Com liberdade e muita aventura Literalmente, é isso o que buscam os adeptos da ainda pouco difundida prática do cicloturismo, no Brasil, além de uma vida mais saudável, de vivências diferentes, de novas culturas e de vínculos de amizade. Motivação é o que não falta

Por Flávia Souza A prática do cicloturismo é bastante difundida na Europa, onde a média diária por pessoa é de até 70 km. Ainda pouco difundida no Brasil, a prática do cicloturismo tem conquistado cada vez mais adeptos na região. Os praticantes começam as pedaladas em busca de uma vida mais saudável, mas logo esse desejo torna-se segundo plano. As paisagens, as vivências, as novas culturas, o conhecimento que se adquire e, principalmente, os vínculos que se formam, tornam os giros de bike irresistíveis. No litoral paulista não tem sido diferente. Várias cidades contam com grupos de pedaladas, que exploram não somente o próprio município, mas também as cidades

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Foto arquivo pessoal/José Salvador Bellotto Jr

turismo

No litoral paulista há muitos caminhos para desbravar, longe do agito dos centros urbanos

As paisagens, as vivências, as novas culturas, o conhecimento que se adquire e, principalmente, os vínculos que se formam, tornam os giros de bike irresistíveis

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vizinhas. Os passeios vão além dos exercícios, eles abrangem conhecimento. “Pode parecer fora da realidade, mas tem gente que não conhece direito a própria cidade onde mora. Muitas vezes passa diariamente por um percurso, mas está sempre correndo e acaba por não contemplar a beleza do lugar. Temos muitos espaços de encantos naturais e de bike é possível conhecer cada cantinho da cidade de forma mais intimista”, explica Rose Barreto, do grupo Pedal Noturno, de Guarujá. Criado em fevereiro desse ano, o grupo formado por cerca de 30 participantes reúne-se uma noite por semana para ex-

plorar a cidade. Com pedaladas leves saem da Praça Matriz, no centro, rumo a um itinerário que pode compreender a praia do Guaiuba, localizada ao sul da Ilha de Santo Amaro, ou Tortugas - no extremo norte. Dentre os roteiros está a praia do Iporanga, a 25 km do centro da cidade e considerada uma das mais belas da região, e o Vale do Quilombo, no km 66 da rodovia Piaçaguera-Guarujá. Localizado num exuberante trecho de Mata Atlântica, o lugar com árvores frutíferas, animais diversos, rios de águas cristalinas, cachoeiras e ruínas históricas. Dois pontos bem próximos, mas ainda desconhecidos de grande parte dos moradores locais.

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Em Yala, na Argentina, o cicloturista em encontro marcante com lhamas

Às sextas-feiras, o grupo se reúne para uma pedalada mais forte e acelerada, é o dia em que algum morro da cidade entra no percurso, para treinar subidas. Já no sábado, eles realizam o Pedal da Amizade, dia em que exploram percursos mais longos, incluindo cidades vizinhas. “Já fomos para os centros de Santos, São Vicente e Praia Grande”, relata Rose, responsável pela organização do grupo, ao lado de David Souza. Mais velho e mais experiente que o grupo de Guarujá, o Pedal Noturno de Santos, dirigido por Rafael Rizzato dos Santos, chega a reunir até 80 pessoas para rodar de bike pelo litoral paulista, numa excursão batizada de Saia do Quintal. A ideia é explorar outros lugares. Os cicloturistas da Baixada Santista chegam a pedalar 30 km de uma só vez. Vão devagar e descontraidamente, param muitas vezes para registrar o momento, o lugar e a paisagem. Assim, foram para Paranapiacaba, atravessaram o rio Pilões, em Cubatão, e também subiram a Fortaleza de Itaipu, em Praia Grande. Quando o roteiro é mais longo, fretam um ônibus para chegar ao lugar. Além das rotas dominicais, o grupo santista também se reúne nas noites de quinta-feira para pedalar num roteiro mais enxuto, na própria cidade ou até nas vizinhas Guarujá e São Vicente. Dessas pedaladas turísticas, um destaque especial para a amizade entre os ciclistas, como afirma Rosimeire Rodrigues: “Conhecemos povos e costumes diferentes, criamos vínculos e fazemos amizades e isso é o que prevalece no cicloturismo”. Meire, como gosta de ser chamada, mora em Praia Grande e não tem carro, ainda assim, faz questão de pedalar semanalmente com o pessoal do Pedal Noturno. “A bicicleta fica na casa da minha irmã, em Santos. Então vou de ônibus até lá, subo

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Foto arquivo pessoal/Cicloturista

No Brasil O cicloturismo tem ganhado forças no Brasil, de acordo com Glauber Santos, o organizador do maior circuito brasileiro de cicloturismo no país. “No geral, está crescendo o uso das bicicletas no Brasil, e isso abriu portas para que as pessoas passassem a querer conhecer outros lugares, outras paisagens e outros grupos”. Há cinco anos, Glauber reunia aproximadamente 50 pessoas nos passeios ciclísticos que realizava. Hoje, cada circuito seu reúne até 300 participantes de várias partes do país. Os itinerários são realizados pelo interior de São Paulo e sul de Minas Gerais. Em março, o evento chegou a sua 34ª edição.

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turismo Fotos arquivo pessoal/Cicloturista

Paisagens e obstáculos na estrada do Despraiado, na Jureia Itatins, em Peruíbe

na magrela e vou encontrar o pessoal para mais um percurso”, conta. De bicicleta, também conheceu Guararema, Águas da Prata, Socorro e Atibaia - cidades do interior de São Paulo. “Nessas viagens, o itinerário abrange 50 km, muitas vezes em trilha. Então a paisagem é muito rica e energética, especialmente quando vamos para pontos com cachoeiras”. Há seis anos, o casal Elisa Fátima Benavent Caldas e José Salvador Bellotto Jr., também de Praia Grande, pratica cicloturismo. Juntos, fizeram muitos percursos em todo o litoral paulista, além do Vale do Ribeira. No interior do estado, pedalaram no Caminho do Sol e, em Santa Catarina, fizeram o Vale Europeu. O interesse pelas pedaladas surgiu com José, que procura-

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va um meio de sair do ócio. “Foi quando conheci um grupo de senhores, já de certa idade, reunido numa bicicletaria. Eles estavam paramentados, com roupas de ciclistas, e aquela imagem me chamou a atenção. Fui conversar com eles e entrei para o time”, relata Salvador. Elisa começou a acompanhar o marido. Aceitou o primeiro grande desafio, sem ao menos saber como trocar a marcha da bicicleta. “Foi muito difícil no começo, mas o pessoal foi bem bacana e solidário, aí o cicloturismo me conquistou”, revela. Para ela, o melhor da atividade é não haver distinção entre as pessoas. “Num grupo todo mundo é amigo, todo mundo é igual”, conta. Nesse ambiente há quem vá mais longe, como os amigos Marco Brandão, Aleksan-

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dro Stankevicius e Marcelo Iberê. Eles nunca haviam saído do Brasil, até rodar boa parte da América do Sul sob duas rodas. De bicicleta, Marco e Aleksandro já foram duas vezes ao Uruguai, duas ao Paraguai, duas à Argentina e uma ao Chile. Em abril deste ano, ao lado de Marcelo, desbravaram a Bolívia com a magrela. O trio, que mora em Itanhaém, é o único praticante de cicloturismo internacional na Baixada Santista, segundo afirma Marco, um dos fundadores do Cicloturista, como é denominado o grupo. “Tem muita gente fazendo ciclotur pela região, mas viagens longas com a bike mesmo desconheço quem faça por aqui, além de nós”, diz. Marco começou a praticar cicloturismo sem saber. Em 2005, saiu de Itanhaém e pe-

dalou até o Guarujá. Apesar da curta distância, pelo menos para os seus padrões, o passeio deixou-o empolgado para repetir a dose. Logo começou a fazer trilhas e explorar mais o litoral sul e Vale do Ribeira. Num desses passeios, conheceu Pacato - como Aleksandro é conhecido entre os amigos, que logo o apresentou a Marcelo, com quem pedalava há muitos anos. Juntos, começaram a ir de bicicleta para o interior do estado. “Não temos muito tempo para nos dedicar a essa paixão, então, sempre que surge uma oportunidade, pegamos a estrada de bike”, revela Marco. Como não tem muito tempo para viajar, o trio se esforça a ponto de chegar a ultrapassar a média europeia, pedalando até 100 km por dia. A bicicleta, assim, torna-se

Fotos arquivo pessoal/Cicloturista

O cicloturista tem a oportunidade de interagir com a paisagem, sem pressa

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Foto Luciano Carneiro/Circuito Brasileiro de Cicloturismo

turismo

Foto arquivo pessoal/Cicloturista

ma extensão da casa deles. Tudo o que precisam está ali e, com isso, demonstram que o ser humano não precisa de muito para viver bem. Levam barraca de camping, uma panelinha para preparar as refeições e alguns alimentos, além de roupas apropriadas e muita água. O material é carregado em bolsas específicas, acopladas nos suportes das bicicletas. “Descobrimos que a pessoa consegue sobreviver e ser feliz com pouca coisa e, assim, passamos a praticar o desapego”, conta Marcelo.

Equipe do Cicloturista reunida na pedra marco do Trópico de Capricórnio, no deserto de Atacama - Chile

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Cicloturismo em Ilhabela

Circuito Brasileiro de Cicloturismo já reúne grupos com mais de 300 participantes

Para praticar essa forma de turismo econômica, é preciso estar atento a alguns requisitos básicos: o veículo tem que ser confortável, forte e estar em bom estado. Para os ciclistas, é imprescindível conhecer sua bicicleta e estar aberto às aventuras que a rota proporcionará. Os rapazes de Itanhaém contam que essas viagens renderam experiências incríveis, vivências que uma viagem de carro, por exemplo, não proporcionaria, até porque, devido à velocidade menor, dá mais tempo para usufruir a paisagem. Os cicloturistas têm a oportunidade de interagir com cada lugar. Param quando necessário, seja para tirar uma fotografia - e eles tiram muitas-, ou para simplesmente observar a paisagem. Freiam para sentir cheiros, tocar em objetos e prolongar sensações. Numa das viagens, Marco, Pacato e Marcelo não pensaram duas vezes ao lamber o

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chão no Salar de Uyuni, na Bolívia, o maior deserto de sal do mundo. “É algo quase instintivo, você quer sentir se aquele chão é salgado mesmo”, justificaram. Eles também se encantaram com as nuvens sobre a Cordilheira dos Andes. “Elas são surreais, parecem algodão doce”, define Pacato, o mais novo do trio. Os animais, soltos na natureza, também chamaram a atenção dos aventureiros, em contato próximo com pinguins, leões-marinhos, lhamas, lobos-guará, capivaras, quatis, jacarés, vicunhas, tucanos e uma variedade incontável de aves. Os insetos e as flores também não passaram despercebidos. “Encontramos uma borboleta 88, que é bem rara”, relata empolgado Pacato. Essa borboleta já foi encontrada no Vale do Ribeira, mais precisamente em Cajati. Além da experiência inigualável do contato com a natureza, o cicloturismo propor-

A ilha de São Sebastião, a maior do Arquipélago de Ilhabela e popularmente chamada de Ilhabela, oferece alguns belos passeios para os cicloturistas que visitam o litoral norte de São Paulo. Os ciclistas podem optar por um tranquilo passeio até a Vila por uma bela ciclovia à beira-mar ou pedaladas até um dos extremos da SP-131, rodovia que percorre lindas praias da costa oeste da ilha mais montanhosa do país. Estes passeios ficam ainda mais interessantes se as pedaladas se estenderem um pouco mais por estrada de terra, da balsa até a praia do Jabaquara (20,2 km sentido norte, incluindo 6,8 km de terra) ou da balsa até a Cachoeira da Laje (22,5 km ao sul, com 4,8 de terra pela Trilha do Bonete). Os mais aventureiros podem encarar a estrada Parque dos Castelhanos, aventura exigente que cruza a ilha até a praia dos Castelhanos (15,5 km de terra e subida desde a portaria do PEIb), ou a bonita e pesada Trilha do Bonete, com muitas pedras, buracos e trechos onde é preciso carregar a bike (13,3 km desde o final da SP-131). Dica: Márcio Bortolusso (Photoverdeproduções)

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turismo Foto Márcio Botolusso

Aventura e paisagens bucólicas nas trilhas de Ilhabela

Várias cidades do litoral contam com grupos de pedaladas, que exploram não somente o próprio município, mas também as cidades vizinhas

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ciona a absorção de outras culturas e costumes. “Notamos que há muita semelhança entre os povos latinos, independente do país em que vivem. Eles são hospitaleiros, como nós, e têm a rotina cultural muito igual à nossa. Temos que nos orgulhar disso”, diz Marcelo. Quando uma pessoa ou um grupo planeja uma viagem de bicicleta, a menor das preocupações é atingir um destino. O percurso é o mais importante. A experiência de elaborar um itinerário é muito rica. “É algo meio mágico, as pessoas se surpreendem e sentem-se desafiadas a fazer algo parecido. Então, indiretamente, estimulamos muita gente a pedalar”, revela Marco. Como o treino para as viagens acontece com mais frequência dentro da cidade,

os três começaram a ter seguidores. Então organizaram um grupo regular que se reúne três vezes por semana. Às terças-feiras, fazem um treino mais forte, com atletas de outras modalidades esportivas. Nas quintas-feiras, as pedaladas são mais suaves, por um percurso de 12 km dentro do município. São, também, as mais democráticas, uma vez que abrangem pessoas de variadas faixas etárias. Já aos domingos, o grupo embrenha-se em uma das muitas trilhas existentes na cidade. Serviço: para saber mais sobre os passeios de cicloturismo, acesse www.cicloturita.com.br; www.pedalnoturno.com; e www.circuitodecicloturismo.com.br.

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Os organizadores e apoiadores têm a honra de parabenizar os vencedores da 6a edição do Costa Norte Escola

ANO

COLOC.

ALUNO

PROFESSOR

DIRETOR

ESCOLA

Brinquedos com materiais recicláveis: Lixo que não é lixo 1°A

1

Maria Eduarda Pereira Pontes

Lilian Amaral Carvalho

Lucia Gonzalez

E.M.E.F Prof. Delphino Stockler de Lima

1°D

2

Caue Amancio de Souza

Ivete Fontes de Sá

Nanci Sant'Ana

E.M.E.F Giusfredo Santini

1°C

3

Luisa Ribeiro Machado

Pamela Vieira da S. Martins

Marcia G. de Sousa Mariucci E.M.E.I.F. Boracéia

Preservando o lugar: Praia Limpa - Placas informativas 2°B

1

Taís Vieira da Silva

2°C

2

2°A

3

Carina B. M. do Nascimento

Nanci Sant'Ana

E.M.E.F Giusfredo Santini

Paulo Ricardo Alves dos Santos Simone Borges

Isabel Cristina Prieto Santos

E.M.E.I.F Dr. José Ermírio de Moraes Filho

Alice dos S. G. da Fonseca

Ana Maria dos Santos

E.M.E.F Dr. Dino Bueno

Márcia Maria Rodrigues

O Contato dos Homens com os animais - História em quadrinhos 3°A

1

Caroline Cristina Barbosa

Rosemary M. de Andrade

Ana Maria dos Santos

E.M.E.F Dr. Dino Bueno

3°C

2

Victória Barbosa Silva Lima

Ana Paula leite Bacelar

Nanci Sant'Ana

E.M.E.F Giusfredo Santini

3°A

3

Vitória Pessoa de Oliveira

Marlidarci R. da Costa Silva

Lucia Gonzalez

E.M.E.F Prof. Delphino Stockler de Lima

Todos contra a dengue: Poesia 4°C

1

Ludmilla da Conceição Prudente Cristina Zanella Caramelo

Lucia Gonzalez

E.M.E.F Prof. Delphino Stockler de Lima

4°B

2

Luíza de O. Nobre da Silva

Maria Cristina Hilário

Cláudia P. de Jesus Silva

E.M.E.I.F Vista Linda

4°A

3

Camila Gonçalves da Silva

Diana Martins Gomes

Rosenete C. Alves Cordeiro

E.M José Carlos Buzinaro

Todos contra a dengue: Texto informativo 5°B

1

Gabriel Lima Pereira

5°C

2

5°B

3

Ilma Alves de Lima

Lucia Gonzalez

E.M.E.F Prof. Delphino Stockler de Lima

Maisa Caroline Machado Silva Isabel C. de Castro Lemos

Cláudia P. de Jesus Silva

E.M.E.I.F Vista Linda

Eryk Magalhães de Castro

Pedro da Silva Pontes Neto

E.M.E.I.F Governador Mário Covas Jr.

Silvana Aparecida Francisco


O CNE só foi possível graças a seus apoiadores e por isso agradece, em nome de todas as crianças, pela colaboração e iniciativa

Muito

Obrigado!!


Foto Celso Moraes

meio ambiente

Desenvolvimento é bom, mas ...

Progresso tem preço, e pode ser bem alto caso o processo não for realizado com total transparência. No litoral norte paulista, região com mais de 75% de matas preservadas, o tema está em debate

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Por Flávia Souza

Foto Márcio Bortolusso

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados em 2010, as quatro cidades do litoral norte paulista, Caraguatatuba, São Sebastião, Ilhabela e Ubatuba, somam 282 mil habitantes. Moradores de uma região de rara beleza e grande cobertura vegetal. No entanto, os megaprojetos de desenvolvimento previstos, como a ampliação do porto de São Sebastião, a exploração de petróleo e gás já em curso e com perspectivas de ampliação em Caraguatatuba, e a duplicação da rodovia Tamoios, têm alterado a dinâmica local e preocupado as autoridades da região.

O maior temor, tanto por parte da população quanto de grupos ligados ao meio ambiente, é de que essas ações e implantação de equipamentos sejam feitas sem a participação popular. “Decisões importantes, que definirão um futuro totalmente diferenciado da realidade atual daquela região, precisam ser tomadas com clareza, ouvindo todos os lados envolvidos. Faz-se necessário que os governos promovam debates mais abertos e democráticos, ouvindo todos os lados envolvidos na questão. Hoje, não existe essa sinergia”, afirma Gerges Henry Grego, presidente do Instituto Ilhabela Sustentável.

A comunidade ilhabelense em manifesto contra propostas do zoneamento costeiro Gerenciamento Costeiro Outro tema de relevante discussão na região versa sobre o decreto que regulamenta o Plano Estadual de Gerenciamento Costeiro das quatro cidades do litoral norte. A legislação visa instituir o Zoneamento Ecológico-Econômico da região, e orientar a utilização racional dos recursos da zona costeira. O objetivo é melhorar a qualidade de vida de sua população e a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural. No final de junho, a prefeitura de Ilhabela e a sociedade civil organizada apresentaram suas propostas ao zoneamento do município, dividindo-o em zonas específicas. A proposta da prefeitura – que inclui transformar duas praias da zona rural (Bonete e Castelhanos) em zonas urbanas (Z-4), incomodou, especialmente, os moradores tradicionais da ilha, que têm realizado protestos contra a decisão e pedem revisão da proposta.

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Juntas, as quatro cidades do litoral norte paulista, avaliadas no diagnóstico do programa Litoral Sustentável, possuem mais de 194 mil hectares de área, sendo apenas 9.163 hectares de área urbanizada.

São Sebastião (74% de cobertura vegetal) Com mais de 100 quilômetros de costa oceânica e uma área em torno de 40 mil hectares e com 72% do território coberto pelo Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), São Sebastião é uma área importante de proteção ambiental. Sua

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dimensão e localização fazem com que o Núcleo São Sebastião do PESM cumpra um papel essencial tanto na proteção dos mananciais locais quanto na proteção das nove principais estações de captação de água para o abastecimento urbano, localizadas dentro ou em áreas vizinhas ao parque. A cidade possui, ainda, complexo portuário e o terminal marítimo da Petrobras - o que a coloca como importante polo econômico e logístico do litoral norte e do estado de São Paulo, com vários projetos de ampliação e modernização em andamento.

Foto Fernanda Lupo

“A questão central é como articular de forma sustentável as duas vocações que hoje coexistem”, Danielle Klintowitz, da ONG Litoral Sustentável com Inclusão Social

Para ele, o grande problema da região é que decisões que causarão impacto em todo o litoral norte estão sendo tomadas de forma individual pelas prefeituras de cada cidade. “Falta união dos governos em questões que envolvem toda a região”. O Diagnóstico do Litoral Sustentável com Inclusão Social, do Instituto Pólis, que visa desenvolver um programa de desenvolvimento regional sustentável nos 13 municípios da costa paulista, mostra que, em Caraguatatuba e em São Sebastião, essas atividades vêm relativizando a importância do turismo, até há pouco tempo sua principal vocação, no desenvolvimento local. Já em Ilhabela e em Ubatuba, o debate é colocado sobre as oportunidades que os grandes projetos abrem versus seus impactos sobre sua principal vocação: o turismo. “A questão central é como articular de forma sustentável as duas vocações que hoje coexistem”, explica Danielle Klintowitz, coordenadora de equipamento de urbanismo da ONG Litoral Sustentável com Inclusão Social. Na região, a expectativa de empregos com estes empreendimentos é grande, mas antes será preciso oferecer capacitação profissional e qualificação de mão de obra para a população local. Esse é um dos grandes desafios dos municípios apresentados no diagnóstico publicado. Os moradores e entidades ouvidos para o relatório apontam a qualificação profissional como

Foto Bruna Vieira

Foto Diana Basei

meio ambiente

A coleta seletiva, realizada em parceria com uma associação de catadores de material reciclável, atende praticamente toda a cidade. Com um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, São Sebastião poderia reduzir custos e gerar pelo menos 80 novos postos de trabalho.

Caraguatatuba (79% de cobertura vegetal) A cidade de maior número populacional da costa norte paulista, com mais de 100 mil habitantes, vive intenso processo de crescimento. Essa ascensão se dá

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a melhor forma de a população local se beneficiar dos grandes empreendimentos em andamento na região e de aumentar a renda do município. Assim, parcerias com escolas e universidades, além de investimento em cursos profissionalizantes estão entre as necessidades urgentes das cidades litorâneas da costa norte do estado. “É preciso que se tome consciência de que a ampliação de estradas, dos portos e das grandes indústrias não solucionarão os problemas do litoral norte. É necessário que se invista na construção de alternativas de desenvolvimento sustentável que incluam verdadeiramente a população, e que aumente a capacidade propositiva das cidades e o investimento em políticas de prevenção”, diz Danielle. O litoral norte tem muitos outros problemas a se considerar, como elenca a coordenadora: “Os planos de manejo não estão finalizados e nem implementados. Os assentamentos ainda são precários e as políticas públicas habitacionais não estão dando conta de reservar terras para a população de baixa renda, que acaba optando

Caraguá vive intenso processo de crescimento, impulsionado, em boa parte, pelas atividades da cadeia produtiva de petróleo e gás. Acima, vista da cobertura vegetal de Ilhabela

pela expansão do comércio e de diversos serviços, impulsionado, em boa parte, pelas obras e instalação de grandes equipamentos de infraestrutura logística e pelas atividades da cadeia produtiva de petróleo e gás. O município está inserido em uma região de domínio da Mata Atlântica, em que se destacam as florestas que recobrem as escarpas da Serra do Mar e a maior planície costeira do litoral norte, que se estende por 32 km e engloba fragmentos de ecossistemas associados de restinga e manguezais. Em seus projetos de conservação, so-

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bressai a recuperação de áreas degradadas por ocupação irregular removida; a recuperação da orla da praia, do Camaroeiro até Porto Novo, com espécies nativas de restinga; e o zoneamento do Plano Diretor com previsão para a implantação de Unidade de Conservação Municipal e Parques, bem como, previsão de corredor de recuperação ao longo dos maiores rios.

Ilhabela (87 % de cobertura vegetal) Com natureza exuberante, incluindo

um parque estadual, cachoeiras, mar e belas praias, e um rico patrimônio cultural das comunidades caiçaras, a vocação de Ilhabela estaria centrada no turismo, com incremento ao ecoturismo. Possuidora de 34 mil hectares de área, a ilha tem 82% de seu território distribuído por três unidades de conservação: o Parque Estadual de Ilhabela (PEIB), a APA Marinha do Litoral Norte (APAMLN) e o Parque Municipal das Cachoeiras (PMC). Mais antigo, o PEIB é o maior parque insular do estado de São Paulo, com 27 mil hectares. Apesar dos investimentos reali-

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Foto Arquivo Pessoal

meio ambiente

“Os investimentos na cadeia de petróleo e gás podem ser compatíveis com as estratégias de desenvolvimento baseadas no turismo sustentável. Mas, antes de implantálas, é necessário discutir claramente com a população os impactos dessas atividades no meio ambiente”, Georges Henry Grego, do Instituto Ilhabela Sustentável

por construir casas ao pé da serra. Assim, a maior parte dos assentamentos está em áreas de amortecimentos”. Ela inclui, também, a contaminação da balneabilidade por conta da pouca coleta de esgoto e falta de tratamento do mesmo. “Esse esgoto é levado para o mar, o que piora a qualidade das praias. Em Ilhabela, por exemplo, as praias não são consideradas ótimas desde o ano passado, e isso tudo influencia, também, os mangues, a fauna e flora da região”, diz Danielle. Em Ilhabela, uma das principais discussões é sobre os choques que a ampliação do porto de São Sebastião, junto com a ampliação do terminal portuário Almirante Barroso (Tebar) da Petrobras, irão causar na região. O primeiro deverá aumentar sua área em 155%; já o Tebar terá um novo píer construído. Juntas, essas obras resultariam em grande impacto sobre o meio ambiente, a pesca, o turismo e a qualidade de vida da população do litoral norte, além de atrair novos moradores para uma região que não tem espaço para crescer. Segundo Georges Henry Grego, há duas posições sobre essas ampliações. A primeira é a das comunidades tradicionais que defendem a não modernização. Eles querem a total preservação para a manutenção da tradição, especialmente em Ilhabela. Para que isso ocorra, seria necessária a desativação gradativa do porto e a recuperação do canal que separa Ilhabela de São

zados nos últimos anos, o parque precisa de melhorias na infraestrutura física e de recursos humanos para o atendimento de pesquisa científica, educação ambiental, turismo ecológico, fiscalização e vigilância. Detentora de preciosa biodiversidade, Ilhabela é local de descanso e alimentação para aves migratórias; suas águas são rota migratória de cinco espécies de tartarugas marinhas, do boto, da toninha e de todas as espécies de baleias provenientes de regiões subantárticas. Nos limites das zonas entre marés, há aproximadamente 287 es-

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pécies de macroalgas e macrofauna, além de bancos de mexilhões. Tal riqueza ambiental torna o território de Ilhabela um dos pontos mais importantes a ser conservados na região.

Ubatuba (87% de cobertura vegetal) Um dos municípios brasileiros com maior área de Mata Atlântica preservada do Brasil, Ubatuba é considerada uma cidade de contradições. Com forte área de preservação ambiental e excelentes

Sebastião. Há, ainda, o grupo que opta pela modernização e crescimento do porto, desde que sem contêiner. Georges explica: “A ampliação do porto com contêiner traria um grande volume de caminhões para o litoral norte, que competiria em desigualdade com o turismo”. Ele completa: “Existem alternativas para escoar esses contêineres”. Já em relação à Tebar, ele afirma que o maior temor da população é a de que haja vazamentos que comprometam a região. “Essa modernização é necessária, mas precisa ser feita com transparência. Sabemos que os investimentos na cadeia de petróleo e gás podem ser compatíveis com as estratégias de desenvolvimento baseadas no turismo sustentável. Ela poderá trazer muitas vantagens para o nosso litoral, como a geração de empregos e de riquezas. Mas, antes de implantá-las, é necessário discutir claramente com a população os impactos dessas atividades no meio ambiente”, diz. Os riscos à segurança pela presença de grande quantidade de óleo em navios e depósitos, a explosão populacional com a ocupação irregular das áreas de conservação e o aumento da violência também são pautas para o debate exigido pela população. Serviços: para saber mais sobre o desenvolvimento socioambiental do litoral norte acesse www.litoralsustentavel.org.br ou www.iis.org.br.

recursos naturais, é uma cidade com renda per capita baixa, saneamento urbano ruim, no qual a cobertura de rede de esgoto é tão insuficiente quanto a rede de abastecimento de água, que cobre menos de 80% do município. A administração pública admite que, socioambientalmente, esteja atrasada nas ações, mas tem planos para reverter a situação, por meio da implantação de projetos de tratamento de resíduos sólidos, de saneamento dos rios, e oferecimento de esgoto tratado e água para toda a cidade.

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“Tirar do papel” Entre dezembro de 2010 e março de 2013, foram promulgados 2 novos Decretos Estaduais que influenciam diretamente o planejamento urbano de Bertioga. Um é o Decreto que criou o Parque Estadual da Restinga, uma Unidade de Conservação de Proteção Integral de 9.312 hectares (nove milhões trezentos e doze mil metros quadrados) na qual somente é permitido o uso para pesquisa científica, educação ambiental e ecoturismo.

O processo de discussão do ZEE da Baixada Santista, também chamado de macrozoneamento, iniciou-se entre 1993 e 1994. Desde essa época são constituídos grupos de trabalho que se reúnem regularmente e ao longo desses 20 anos, audiências e consultas públicas foram realizadas, discussões foram feitas nos conselhos municipal e estadual de meio ambiente e muitas pessoas e instituições contribuíram nessa construção coletiva.

Da área total do Parque da Restinga, cerca de 600.000m2 estão em área urbana, anteriormente submetida ao zoneamento municipal. Essa nova área protegida soma-se ao Parque Estadual da Serra do Mar, a Reserva Indígena Rio Silveira, ao tombamento do CONDEPHAAT, às Reservas Particulares do Patrimônio Natural, ao Parque Municipal Ilha Rio da Praia e as APAs Marinhas. Além dos limites dos Parques Estaduais, há também restrições de uso no entorno dessas Unidades de Conservação, o que engloba praticamente todo o território urbano de Bertioga.

O desafio agora é colocar em prática ou “tirar do papel” os Decretos Estaduais, ou seja, viabilizar e incentivar o ecoturismo, pesquisa e educação ambiental nas Unidades de Conservação com o intuito de gerar renda e desenvolvimento humano e garantir regras claras para o desenvolvimento urbano do município no entorno dos Parques Estaduais.

ESTÚDIO LUMINE .com.br

O outro Decreto que influencia diretamente o planejamento urbano do município é o ZEE - Zoneamento Ecológico Econômico, que foi assinado pelo governador em março desse ano e que estabelece regras de usos e atividades permitidas para o entorno das Unidades de Conservação estaduais.

Link com informações da criação do Parque Estadual da Restinga de Bertioga: http://fflorestal.sp.gov.br/parque-estadual-restinga-de-bertioga/ Link do Decreto Estadual do Zoneamento Ecológico-Econômico da Baixada Santista: http://www.ambiente.sp.gov.br/cpla/files/2011/05/ DECRETO-N%C2%BA-58996-DOE.pdf

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esporte

Rolex Ilhabela Sailing Week, evento propulsor do turismo no arquipélago A maior competição de vela da América Latina atrai, todos os anos, bom público seleto e mantém a tradição de ser o principal encontro dos fãs e praticantes da modalidade

Por Bruna Vieira O charme, o profissionalismo e a competitividade invadiram o Yacht Club de Ilhabela (YCI), sede da 40ª edição da Rolex Ilhabela Sailing Week. Sensação de orgulho de ser brasileiro por ver o desempenho de nossos melhores velejadores. Eles dominam as águas do mar do litoral norte paulista com as mãos e o corpo, literalmente. Executam habilidosas manobras como orçar, arribar, fazer virada por doravante, virada em roda... Sim, os turistas que visitaram Ilhabela no período da competição tiveram a oportunidade de ficar perto de atletas de elite como Robert Scheidt, Torben e Lars Grael, Bruno Prada, Eduardo Souza Ramos, Jorge Zarif, Cláudio Bierkark, Mário Buckup, Eduardo Penido e Gastão Brum. A Rolex Ilhabela Sailing Week muda a

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cara da cidade tradicionalmente nas férias de julho. Com velejadores, patrocinadores e fãs da modalidade participando do maior evento náutico da América Latina, o setor hoteleiro e os restaurantes ganham movimento no inverno. Para a cidade, a prova anual, realizada este ano de 6 e 13 de julho, sempre garante comércio movimentado, turismo em alta com diversas atrações e economia impulsionada pelos altos investimentos dos patrocinadores. Um saldo altamente positivo e que mostra o esporte como grande captador de turismo e divisas. “Há 20 anos servimos comida caseira e frutos do mar no restaurante que fica na Vila. O movimento na Rolex Sailing Week foi três vezes maior do que num final de

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Fotos Rolex/Carlos Borlenghi Foto Ronald Kraag/PMI

semana normal. O faturamento de julho equivale ao mês do Carnaval (fevereiro) e só perde para janeiro, mês das férias de verão. Preparamos-nos para atender bem todos os turistas em julho”, confirma o gerente Paulo Oliveira. Entre os assíduos frequentadores de Ilhabela, estão os campeões mundiais e da Rolex Ilhabela 2013, Robert Scheidt e Bruno Prada, que têm casa na cidade. Prada

Velejadores, patrocinadores e fãs da modalidade garantem movimento no setor hoteleiro e nos restaurantes, na baixa temporada

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esporte

Os campeões mundiais e da Rolex Ilhabela Robert Scheidt e Bruno Prada recomendam passeios pelas praias de Castelhanos, Bonete e Armação, as cachoeiras da Água Branca e da Toca e os sabores da gastronomia ilhabelense. Ao lado, os velejadores durante a regata

Competição tem saldo altamente positivo e mostra o esporte como grande captador de turismo e divisas

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é um exímio conhecedor das águas que contornam Ilhabela, onde costuma treinar para as principais regatas internacionais. Mas também pode ser encontrado em terra firme, num passeio familiar ou numa atividade física mais radical. “Recomendo um banho na Cachoeira da Toca ou uma trilha de bike até a paradisíaca praia de Castelhanos, localizada na deserta face leste da ilha. Gosto também da praia da Armação (norte), outro tradicional ponto de encontro de velejadores”. Na hora de repor a energia consumida pelas regatas, Prada também tem uma sugestão especial aos velejadores e turistas. “Meu prato favorito é o peixe com molho de camarão e batata grelhada com alho, do restaurante Ilha Sul”. O principal medalhista olímpico do país, Robert Scheidt, considera Ilhabela como o “quintal de casa”, devido à evolu-

ção que os treinos na raia do canal de São Sebastião lhe proporcionaram a partir das primeiras velejadas da carreira. Sua família tem casa em Ilhabela, local que frequenta desde garoto e considera sua escolha quando está no Brasil. Ele mora atualmente no Lago de Garda, na Itália. Quando está fora da água, Scheidt tem opções semelhantes às do parceiro olímpico da classe star, Bruno Prada. “Quando tenho a oportunidade de ir à praia, minhas prediletas são: Armação, Bonete e Castelhanos. Recomendo ainda passeios que tenham o espírito de aventura da ilha como as cachoeiras da Água Branca e da Toca, e as trilhas do Morro do Baepi e do Bonete. Gosto também de frequentar os restaurantes Ilha Sul, Nova York, Max e Cheiro Verde”, sugere o bicampeão olímpico. Para Leopoldo Pedaline, presidente da Associação Comercial e Empresarial de

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Ilhabela, os comércios localizados na Vila foram os que mais faturaram em julho. “As equipes de velejadores são profissionais e durante a competição ficam concentradas no Yacht Club, trazem a família e consomem no comércio local. Já os turistas, prestigiam os demais eventos sediados no arquipélago”, opina. Harry Finger, secretário de Turismo de Ilhabela, confirma que a rede hoteleira registrou saldo positivo no mês de inverno. “A taxa de ocupação de hotéis e pousadas durante a Semana de Vela foi de 75%. Resultado melhor do que os 40% registrados em 2012. E tem mais, a taxa de ocupação permaneceu muito boa nas outras semanas de julho devido a eventos culturais, esportivos e gastronômicos realizados pela administração municipal”. O Espaço Race Village, na Praça das Bandeiras, na Vila, contou com uma pro-

gramação cultural que badalou e aqueceu a primeira quinzena do mês. Além da 40ª edição da Rolex Ilhabela Sailing Week, o arquipélago foi palco da 40ª Semana Internacional de Vela de Monotipos e Bico de Proa, Festival da Tainha, 1° Feira Literária de Aventura e 1° Festival Internacional de Jazz de Ilhabela. “Estes eventos atraíram famílias e fizeram com que a cidade ficasse movimentada num mês de baixa temporada. O resultado foi muito importante para a cidade, pois vivemos do turismo”, explica o secretário Finger. Para o prefeito Antonio Colucci, a Rolex Ilhabela Sailing Week divulga o nome da cidade mundialmente. “Por decreto federal, Ilhabela é a Capital Nacional da Vela. Ainda temos orgulho de sediar o maior evento de vela da América Latina e ver Ilhabela vinculada a grandes marcas que patrocinam o evento”, finaliza.


esporte

Façam suas apostas nos ventos e nas velas Crianças e jovens descobrem, na navegação a vela, uma oportunidade de praticar um esporte de equipe e uma chance de sair para o mundo

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Fotos Ricardo Hiar

Teoria e prática nas aulas do projeto Ventos e Velas, para crianças e adolescentes, no canal de São Sebastião

Por Ricardo Hiar O canal de São Sebastião é considerado, por muitos especialistas no assunto, como um dos locais mais propícios no mundo para a navegação, principalmente a vela. Ele separa as cidades de São Sebastião e Ilhabela e é palco para grandes competições na região anualmente. Mas também inspira os iniciantes. A cada semestre, 50 crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 15 anos, habilitam-se para a prática da navegação a vela, por meio do projeto Ventos e Velas, programa municipal em parceria com o Sesi e a Associação de Vela de São Sebastião. Segundo Rodrigo Fontana Ventura Alves, responsável pelo programa, os jovens de modo geral são talentosos e não é difícil encontrar bons velejadores na

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cidade. Muitos começam a se destacar desde cedo. Como Pedro Luiz Marcondes Corrêa, 15 anos. Ele foi incentivado pela mãe e velejou pela primeira vez por meio do projeto. Em pouco mais de três anos, já participou de competições em vários países, e ganhou títulos brasileiros e sul-americanos. “Velejei pela primeira vez aqui e gostei muito, então comecei a treinar cada vez mais e decidi que queria competir”. Prestes a embarcar para uma competição mundial de Optmist na Itália, o jovem disse que valeu a pena um dia ter se matriculado no projeto: “Quero dar meu melhor. Depois, devo ir para outra categoria, então quero me dedicar e continuar a competir. Nunca tinha pensado

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esporte

Pedro Luiz Marcondes pronto para mais um desafio internacional, a competição mundial de Optmist na Itália

A cada semestre, 50 crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 15 anos, habilitam-se para a prática da navegação a vela

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em conhecer tantos lugares, e até mesmo sair do Brasil antes de entrar na escola de vela. Foi algo inesperado, mas uma oportunidade incrível”. Durante as aulas, é preciso estar bastante atento e os alunos mais experientes também auxiliam os iniciantes. Na hora de ir para o mar, há uma grande mostra de respeito e companheirismo. Mesmo quando há competições entre os integrantes do mesmo grupo, eles agem na areia como um time só, e dão apoio uns aos outros para colocar todas as embarcações na água. A competição só começa quando todos estão alinhados no meio do canal e prontos para colocar em prática as técnicas aprendidas. Airon Juce Barbosa de Souza, 11 anos,

mostrou interesse desde cedo pela vela, inspirado no irmão que, na época, praticava a modalidade. Apesar disso, não tinha idade ainda para ingressar na escolinha, então o jeito foi esperar. Determinado, assim que completou 10 anos, começou as aulas. Há um ano e meio, ele ingressou no grupo e já ocupa uma vaga entre os alunos do nível intermediário. Nesse tempo, passou a competir. Na opinião do jovem atleta, o mais importante para conseguir se destacar na área é ter atenção. “A gente precisa melhorar sempre na prática, utilizando tudo que aprendemos na teoria. Ficar atento ao vento, regulagem da vela e o tempo, por exemplo”. Também há um ano e meio no Ventos e Velas, Gustavo Moreno de Souza, 13 anos, destaca o companheirismo e amizades que encontrou no projeto. “Aqui estamos sempre um ajudando ao outro e há bastante integração. Somos um grupo só, que tem como objetivo se desenvolver no esporte”, destaca. Os meninos são a maioria do grupo, mas as meninas também estão lá e não deixam de mostrar seu potencial e talento na prática da atividade. Esse é o caso da jovem Vitória Eduardo dos Santos, 13 anos: “Vi na praia o pessoal praticando a vela, me interessei e resolvi me inscrever na escolinha”, conta. Ela diz que desde o início de 2013, quando as aulas começaram, percebeu que era o esporte que procurava para praticar e se dedicar. Vitória não teve dificuldades em aprender a nova modalidade. Entre as aulas teóricas e práticas, diz que prefere quando tem que entrar no mar e mostrar tudo aquilo que aprendeu durante as aulas. “Quero continuar praticando essa atividade e, logo, começar a competir”, explicou. As aulas realizam-se nas proximidades do mar, na Praia Grande, região central da cidade. Os participantes precisam ser residentes em São Sebastião e estar regularmente matriculados na escola.

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porto

Rumo ao crescimento da cabotagem Pesquisa aponta necessidade de investimentos para o setor que, mesmo com grandes barreiras, é visto com otimismo

Foto Divulgação/Aliança

Por Luciana Sotelo

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Foto Luciana Sotelo

Num país onde o principal porto em operação apresenta problemas sérios de logística, como rodovias saturadas, escassez de estacionamentos para caminhões, linhas férreas sucateadas e congestionamentos nos principais acessos ao cais, uma das saídas pode estar no renascimento do transporte de cabotagem, uma vez que a costa brasileira compreende mais de sete mil quilômetros. Dá-se o nome de cabotagem à navegação feita entre portos interiores do país pelo litoral ou por vias fluviais. O modal representa hoje menos de 10% do transporte de carga brasileiro. Só para se ter uma ideia, no país que mais utiliza essa forma de transporte, a China, o percentual é de 48%. Não é por acaso que uma pesquisa sobre o segmento, realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), apontou que o setor requer investimentos para alcançar excelência nos serviços. Vantagens o modal tem de sobra. Oferece grande capacidade de carregamento, o menor consumo de combustível por tonelada transportada, reduzido índice de acidentes e roubos de carga, sem contar os ganhos para o meio ambiente, pois apresenta a menor emissão de poluentes por tonelagem movimentada. Entretanto, mesmo diante de um elevado potencial de utilização, e cercada de benefícios, a navegação de cabotagem não tem a atenção que merece para crescer, afirma André Mello, vice-presidente executivo da Associação Brasileira de Armadores de Cabotagem - ABAC. Para ele, alguns entraves freiam o desenvolvimento da atividade. Entre eles, o preço do combustível do navio, carência de oficiais para guarnecer as embarcações, custo da tripulação, custos com praticagem e a burocracia na liberação de carga e navio. “A ineficiência portuária, em todos os seus aspectos, tem efeito multiplicador no tráfego de cabotagem, devido

Muitos entraves freiam o desenvolvimento da atividade no país, como o preço do combustível, carência de oficiais para guarnecer as embarcações, custo da tripulação, custos com praticagem e a burocracia na liberação de carga e navio

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Fotos Luciana Sotelo

porto

“Queremos ampliar o mercado, trazer para o segmento cargas novas que hoje estão em outros modais.” Julian Thomas

ao grande número de escalas e travessias curtas, o que não ocorre com o tráfego de longo curso”, aponta. A falta de tradição da indústria e comércio na utilização do modal aquaviário também é levada em conta por André Mello, que justifica a preferência pelo transporte rodoviário. “Devido a um longo período de decadência dos serviços, o mercado foi forçado a preferir um modal mais rápido, em função de um elevado custo do estoque em trânsito, durante tempos de inflação elevada”. Conforme dados da ABAC, das 30 empresas dedicadas à navegação de cabotagem que existiam na década de 1980, hoje, apenas cinco continuam em operação regular. Entretanto, a recuperação do segmento tem sido vista com otimismo pela entidade. O vice-presidente executivo aposta numa nova política para a cabotagem. “Essa retomada está para ser discutida muito em breve, na sequência da nova lei dos portos”. Nos últimos anos, a Aliança Navegação e Logística já investiu um total de R$ 450 milhões, que foram utilizados na compra de quatro novos navios para atu-

Avanços A pesquisa Cabotagem 2013, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte, mostra que mesmo frente aos entraves, a navegação de cabotagem apresentou crescimento nos últimos anos. Entre 2006 e 2012, a alta foi de 23%. No ano passado, foram movimentadas 201 milhões de toneladas por toda a costa brasileira, volume 3,9% superior a 2011. Entre os principais produtos transportados, destacam-se os combustíveis e os óleos minerais, com 77,2% de participação, a bauxita, com 10,1% e os contêineres, com 5,1%. A pesquisa concluiu que é necessário estimular a construção naval no Brasil e investir em obras de infraestrutura logística, como acessos aos terminais portuários, obras de derrocamento e de dragagem, revitalização dos equipamentos e da infraestrutura dos portos, aumento das áreas portuárias e construção de novos portos para possibilitar novas rotas. “A cabotagem pode contribuir para garantir o equilíbrio da matriz nacional, mas ainda é preciso investir para que a logística brasileira alcance a excelência”, aponta o presidente da CNT, senador Clésio Andrade.

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Com capacidade para 3.800 Teus (unidade padrão de um contêiner de 20 pés) e 500 tomadas para contêineres refrigerados, o navio Sebastião Caboto, inaugurado em maio passado, é o maior navio porta-contêiner em operação no Brasil

ar na costa brasileira. A renovação da frota faz parte de um plano de investimentos iniciado em 2011. “Queremos ampliar o mercado, trazer para o segmento cargas novas que hoje estão em outros modais”, explica Julian Thomas, diretor superintendente da Aliança. Como não conseguiu prazos de entrega compatíveis no mercado nacional, a encomenda seguiu para um estaleiro de Xangai, na China. A primeira embarcação, chamada de Sebastião Caboto, já está em operação. “A partir de agora, é o maior navio porta-contêiner em operação no Brasil”, ressalta. O batismo ocorreu no porto de Santos, no dia 14 de maio, representando um capítulo importante da história da cabotagem do país. Em discurso, Julian Thomas

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O modal representa hoje menos de 10 % do transporte de carga brasileiro. No país que mais utiliza essa forma de transporte, a China, o percentual é de 48%

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Foto Luciana Sotelo

Executivos da Aliança durante batismo do navio Sebastião Caboto. Mais três navios da empresa devem entrar em operação até o final do ano

Curiosidade Sebastião Caboto (Veneza, 1476 Londres, 1557) foi um navegador do século XVI que explorou a costa da América do Norte ao margeá-la, da Flórida à foz do rio São Lourenço, no atual Canadá. Por causa disso, e em sua homenagem, a estratégia de navegação costeando o litoral recebeu o nome de cabotagem. Os outros três navios da frota receberão os seguintes nomes: Pedro Álvares Cabral, Fernão de Magalhães e Américo Vespúcio.

afirmou que cada um dos quatro navios terá capacidade para 3.800 Teus (unidade padrão de um contêiner de 20 pés) e 500 tomadas para contêineres refrigerados. Quando totalmente empregados, os navios irão aumentar em 20% a oferta atual da Aliança no transporte marítimo doméstico, segmento em que já é líder. A empresa informa ainda que as demais embarcações devem entram em operação até o final deste ano. De acordo com o diretor-superintendente, o tamanho dos navios demonstra o potencial do modal. “Continuamos investindo na cabotagem porque acreditamos muito nesse modal, que já se mostrou como uma opção para a logística do país”.

Segundo o executivo, as novas embarcações têm uma vantagem sustentável adicional. Foram projetadas com uma tecnologia para reduzir o consumo de combustível por contêiner carregado em relação aos navios atuais. “A economia direta é de cerca de 15%, frente ao modal rodoviário”. Até 2018, mais quatro portas-contêineres estão nos planos da Aliança. De acordo com anúncio de Thomas, a empresa completará a renovação total da frota, substituindo os outros quatro navios. Mais uma vez, a intenção é que as embarcações sejam construídas no Brasil. “Estamos em negociação com estaleiros. Vamos precisar de mais quatro navios, provavelmente ainda maiores”, pontua.



Foto JCN

ser sustentável

O bicho homem Por Marcus Neves Fernandes Quero muito acreditar que o imobilismo morreu; que a sociedade, essa figura tão amorfa no Brasil, realmente acordou. Mesmo porque, demandas não nos faltam. De minha parte, vou seguir arcando com as minhas, e por isso mesmo, hoje quero falar do ser humano. Aqui nos dedicamos sempre a temas ligados ao meio ambiente - mas é do bicho homem que deveríamos falar com maior frequência. Esse mesmo, capaz de abalar o estado e deixar zonzos os analistas, atônitos diante de passeatas que pareciam surgir do nada. Pareciam. Agora, vamos

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viver os desdobramentos. Mas sejam eles quais forem, creio que serão para melhor. Não que existam paradoxos, situações aparentemente incongruentes. Por exemplo: nos protestos já históricos de junho, partidos políticos não foram bem-vindos. Não obstante, era a política que estava na rua! Aquela mesma que, por anos, chegou a ser constrangedor discutir, conversa chata - ou, aqui no nosso caso específico, ecochata. Quantas vezes você já ouviu (ou até mesmo falou) que alguém é ecochato? Quantas vezes viu alguém ser ridicularizado sob

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o capcioso argumento de querer proteger um sapo, um grilo ou uma flor qualquer? Ambientalista, dentro dessa torpe linha de raciocínio, tornou-se sinônimo de inimigo do desenvolvimento, um radical a serviço de interesses escusos, sob o mando de potências estrangeiras, que já desmataram tudo que podiam e, agora, querem segurar o ‘gigante’ que ainda tem o que desmatar. Nas últimas décadas, aqueles que se dedicam ao estudo do meio ambiente têm pregado insistentemente pela criação de mais áreas de reserva, santuários da vida selvagem e de nossos mananciais. E, se o fazem, é porque sabem que, apesar de a nossa Constituição estipular como intocável, não o é. É o caso (só para citar um) dos manguezais. A Carta Magna diz que eles são áreas de proteção permanente. Não haveria sequer a necessidade de incluí-los no recém-aprovado Código Florestal. Mas, na prática, os mangues desaparecem como dinheiro no chão. O mesmo ocorre com a Mata Atlântica, onde meia dúzia de ‘gatos pingados’ tem a impossível tarefa de fiscalizar o Parque Estadual da Serra do Mar, uma área equivalente a dezenas de milhares de campos de futebol. Como impedir esses e outros tiros no pé? Com mais fiscais, mais biólogos, mais zoólogos, botânicos, agrônomos e engenheiros florestais? É lógico que todos esses profissionais são indispensáveis. Mas sem o engajamento do bicho homem, do cidadão, seus esforços tendem a esbarrar no mesmo tipo de incompreensão que cria estereótipos como o dos ecochatos. Em um artigo publicado no ano passado, Silvio Marchini, doutor em conservação da vida silvestre, foi categórico: “Os problemas que a conservação e manejo da fauna silvestre se propõem a resolver não são, em última análise, problemas com a fauna e sim, problemas com as pessoas”. O mesmo, obviamente, vale para a flora, para a água, o ar... São as pessoas que invadem, coletam, desmatam. São as pessoas que compram

Fotos SOS Fauna/Divulgação

São as pessoas que invadem, coletam, desmatam, compram animais silvestres. São elas que alimentam a demanda

palmito retirado clandestinamente, são as pessoas que comercializam aves para as gaiolas urbanas. Veja, não me refiro aos contrabandistas, mas àqueles que mantêm essa demanda viva: as pessoas. Lembro de Larry Flint, um dos maiores expoentes da indústria pornográfica norte-americana. Levado aos tribunais, não titubeou na frente do juiz. “Se faço revistas que mostram mulheres nuas, é porque há quem as compre”. Há alguns anos, um estudo demonstrou que a maior parte da madeira retirada clandestinamente da Amazônia tinha como destino as grandes cidades da região Sudeste. Isso é fato. Se lá desmatam, é porque aqui compram. Torço para que, em meio a todo esse despertar de manifestações e passeatas, surja também esse tipo de compreensão. Nossos recursos naturais não podem mais ficar só aos cuidados de abnegados cientistas, muito menos sob o jugo de nossos administradores públicos. O cidadão tem que entrar nesse jogo, quebrar esses elos, fazer a diferença. Assumir, de vez, que toda essa riqueza é coletiva, imprescindível para a qualidade de vida de cada um de nós.

Nos protestos já históricos de junho, partidos políticos não foram bem-vindos. Não obstante, era a política que estava na rua!

*O autor é jornalista especializado em desenvolvimento sustentável

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Fotos Flávia Souza

meio ambiente

IPTU Verde:

tomara que a moda pegue! Se você mora em São Vicente, tem árvores em sua calçada, faz reuso da água da chuva e pratica coleta seletiva, comemore! Você pode ser contemplado com descontos tributários em seu IPTU

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Por Flávia Souza “Mãe, olha uma arara azul, com penas todas coloridas”, diz a pequena Iara, de quatro anos. Não se sabe que pássaro a menina realmente viu, mas é certo que conhece algumas espécies. Filha da bióloga Renata Antunes, a pequena tem o privilégio de morar no estreito corredor existente entre a costa marítima e o morro do Voturuá, na praia do Itararé, em São Vicente. Ela vive numa casa com um grande jardim e uma horta e recebe, com frequência, a visita de diversas espécies de aves. Opção de moradia que resulta em reservas financeiras. Só o espaço ocupado pela horta e o jardim já faria com que tivesse uma pequena porcentagem de desconto no IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Mas os pais de Iara fazem muito em prol da sustentabilidade e, por isso, a economia na alíquota do imposto é um pouco maior. Isto acontece porque o município de São Vicente conta com uma lei complementar diferencial em nosso país: o IPTU Verde. Em vigor pelo segundo ano consecutivo, a Lei Complementar Nº 634 oferece benefícios tributários aos proprietários de imóveis - residenciais ou comercias - que adotam medidas em prol da preservação e recuperação do meio ambiente. Para conseguir o desconto, os proprietários de imóveis devem optar por materiais sustentáveis no imóvel, como tijolo ecológico, vidros refletivos e telhado verde. Eles podem, ainda, realizar ações simples no cotidiano, como separação de lixo domiciliar, plantio de árvores na calçada de casa, reuso de água, entre outros, ou mesmo destinar 15% do seu lote à área verde.

Atitudes simples, como o aproveitamento da luz do dia para diminuir o consumo de energia podem resultar em economia no IPTU

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meio ambiente

A casa de Iara conta com claraboia, elementos vazados, telhas de vidro e exaustor eólico. Sua família faz uso de lâmpadas de baixo consumo, efetua coleta seletiva de lixo domiciliar e reuso da água, tanto da chuva quanto da máquina de lavar. “Quando adotamos essas medidas, nossa intenção era evitar o consumo de combustível fóssil, que promove a poluição do ar, a poluição ambiental e o aquecimento global”, revela Renata. Além dos benefícios ambientais, essas medidas também têm resultado em economia doméstica. “Não sabemos o quanto economizamos de água e luz, por exemplo,

mas é certo que essas atitudes promovem um mundo mais saudável e ainda gera economia financeira”, afirma a bióloga. Quem também aderiu ao programa foram os moradores do edifício Maison Chambery, no bairro Boa Vista. Diversas medidas sustentáveis foram implantadas ao longo dos anos. Atualmente, o condomínio conta com programa de separação de resíduos sólidos domiciliares, com coletores de pilhas e baterias, de óleo de cozinha, além da seleção do lixo limpo e orgânico. O síndico do prédio, Marcelo Fernandes Martins Merouco, também foi autorizado

A bióloga Renata Antunes e Iara: área verde no quintal e reuso de água entre as ações em prol do meio ambiente

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Itens que garantem a sustentabilidade e seus respectivos descontos: Redução de resíduos 0,03% de desconto • Programa de separação de resíduos sólidos domiciliares Utilização de materiais sustentáveis em mais de 40% da área mediante apresentação de certificado ou selo - até 0,1% de desconto • Tijolo ecológico e outros materiais e/ ou revestimentos ecologicamente corretos Redução do consumo de energia elétrica - até 0,13% de desconto

O síndico Marcelo Fernandes cuida para que as medidas em prol da preservação sejam seguidas

pelos condôminos a criar áreas verdes na calçada e instalou um sistema de iluminação natural para garagem no subsolo. Evitar o desperdício de água foi outra preocupação do condomínio, que fez várias ações nesse sentido. As descargas de parede de todo o prédio foram trocadas pelas de caixa acoplada, que gastam menos água. A água da chuva também passou a ser captada e reaproveitada. “Instalamos uma nova caixa d’água de 5 mil litros e criamos um encanamento especial para captar a água da chuva, usada para lavar calçadas e regar as plantas”, explica. O teto do edifício, antes preto, foi pintado de branco - medida que ajuda a combater o aquecimento global. “Foram os técnicos da prefeitura que me deram essa orientação. Eles explicaram que coberturas escuras absorvem 80% do calor externo e as claras refletem até 90% da luz do Sol. Então, quanto mais telhados brancos a cidade tiver, menos sofreremos com as ilhas de calor”, disse o síndico.

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Outra vantagem de ter um telhado branco ou pintá-lo de branco é que a temperatura interna da residência também diminui e, assim, os ambientes exigem menos ar condicionado - com redução de consumo de energia e emissões de CO2. Apesar de já ser beneficiado com o desconto na alíquota do IPTU, Marcelo ainda pensa em fazer mais benfeitorias no edifício em favor do meio ambiente. “O próximo passo será instalar painéis de aquecimento solar no edifício, para reduzir ainda mais os gastos com energia elétrica”, revela. A lei do IPTU Verde vai na contramão do que propõe grande parte das legislações, que costumam ser punitivas, pois incentiva a população a adotar boas práticas. Além de São Vicente, poucas cidades no país adotaram o programa. Sabe-se que no estado de São Paulo a legislação é aplicada nas cidades de São Carlos, Guarulhos, Araraquara e Valinhos. No país, destaque para as cidades de Goiânia (GO), Vila Velha (ES) e Belo Horizonte (MG)

• Telhado branco • Telhado verde • Vidros refletivos • Elevadores inteligentes • Iluminação comum com sensor • Sistema de aquecimento hidráulico solar • Sistema elétrico solar • Ampliação de área permeável • Plantio de árvores e manutenção das mesmas em frente ao lote • 15% da área do lote de área permeáveis verdes • Utilização da área em projetos ecologicamente corretos, como hortas comunitárias. Redução do consumo de água - até 0,1% de desconto • Bacia sanitária de duplo fluxo ou caixa acoplada de 6 litros • Torneira com sensor • Medição individual de água • Reuso de água servida • Reuso de água de chuva e de lençol freático

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meio ambiente

Como funciona A Lei Nº 634/10 traz 22 critérios de sustentabilidade, cada qual com sua porcentagem de desconto sobre o tributo. Ela é válida tanto para imóveis residenciais quanto para comerciais. Cada proprietário de apartamento em edifícios que adotam as medidas deve solicitar individualmente seu desconto. Para cada requerimento feito, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente envia fiscais para vistoriar o local e analisar se as ações estão de acordo com a lei. Após a análise técnica, o secretário da pasta elaborará um parecer conclusivo sobre a conces-

são do benefício. Se for favorável, o pedido será encaminhado à Secretaria da Fazenda. Cada item comprovadamente cumprido gera mais redução do imposto ao proprietário (veja quadro). “A gradação de desconto do IPTU é feita à medida que se aplicam ações em benefício do meio ambiente”, explica o vereador Alfredo Moura. O valor de um IPTU é calculado a partir da multiplicação entre o valor venal de um imóvel e a alíquota. Supondo que o valor venal de um imóvel seja de R$100 mil e a alíquota de 1,3%, logo, o valor do IPTU será de R$1.300,00. Se o proprietário aderir ao IPTU Verde e as medidas adotadas

forem correspondentes a 0,3% na somatória das reduções de alíquota, essa cai de 1,3% para 1%. Com a alíquota reduzida, o valor do IPTU passa a ser de R$1.000,00, ou seja, economia de R$ 300,00. Os interessados em obter o desconto no carnê de 2014 devem procurar a Secretaria de Meio Ambiente (Semam), na rua José Bonifácio, 404, 4º andar, centro, das 9 às 17 horas, até 31 de julho. É preciso estar com o pagamento do imposto em dia. Mesmo aqueles que já tenham solicitado o benefício no ano passado devem protocolar o pedido mais uma vez para continuar com direito ao desconto.

“A pessoa tem que aproveitar a oportunidade de obter desconto, com ações que beneficiam o todo.” Alfredo Moura

Na primeira cidade do Brasil, o projeto foi idealizado em 2010, pelo então secretário municipal de Meio Ambiente Alfredo Moura. Em novembro do mesmo ano, o projeto virou Lei Complementar Nº 634 e abriu inscrições pela primeira vez no ano seguinte. Em 2012, 122 residências beneficiaram com o IPTU Verde. A expectativa de Alfredo, agora vereador, é de que, neste ano, o número de inscritos e favorecidos aumente. “Este projeto poderia funcionar bem nas 150

mil residências vicentinas, pois são ações que qualquer munícipe ou mesmo construtor podem desenvolver. A pessoa tem que aproveitar a oportunidade de obter desconto, com ações que beneficiam o todo”. Para ele, essa lei é um apoio a quem trabalha em parceria com o meio ambiente. “Apesar de ainda ser pouca a quantidade de cidades que a aplicam, é possível vê-la como uma iniciativa otimista. Para aderir, não precisa de muito”.



educação

Talentos premiados Fotos Fernandes Zacarias

Criatividade e aprendizado na área ambiental são os principais ganhos adquiridos com o concurso cultural Costa Norte Escola

Alice da Fonseca

Caroline Barbosa

Camila da Silva

Eryk de Castro

Ludmilla Prudente

Gabriel Pereira

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Caue de Souza

Luisa Ribeiro Machado

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Maisa Silva

Luíza da Silva

Taís da Silva

Victória Lima

Paulo Ricardo

Maria Eduarda Pontes

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Vitória de Oliveira

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educação

Da redação

Foto Rosana Castro

“É um projeto criativo, bem sucedido e absolutamente oportuno”. Dilma Pena

O 15 estudantes, e suas respectivas professoras e diretoras das escolas, vencedores da 6ª edição do concurso cultural Costa Norte Escola: Comunicando para Educar - CNE foram homenageados, no início deste mês, em cerimônia na Sala de Convenções do Sesc Bertioga. Mais de três mil alunos da rede pública de ensino de Bertioga participaram do criativo e concorrido certame por meio do desenvolvimento de trabalhos ligados à preservação do meio ambiente. Os temas abordados nesse primeiro semestre do ano foram: desenho (brinquedos com materiais recicláveis), placas informativas (preservando o lugar), história em quadrinhos (contato dos homens com os animais), poesia (todos contra a dengue) e texto informativo (todos contra a dengue). O projeto desenvolvido pelo Sistema Costa Norte de Comunicação recebeu elogios da presidente da Sabesp Dilma Pena,

Salão do Sesc Bertioga muito concorrido na noite da premiação

durante coletiva de imprensa realizada em Caraguatatuba, um dia após a noite de premiação. Ela disse: “É um projeto criativo, bem sucedido e absolutamente oportuno. As crianças estão fazendo a revolução ambiental em nosso país, inclusive alertando os adultos sobre os ensinamentos que têm sobre meio ambiente. O Costa Norte Escola -CNE trabalha essa realidade em Bertioga e pode contar com total apoio da Sabesp”. O CNE é realizado em parceria com a Secretaria da Educação de Bertioga, conta com apoio da Sabesp, Brasil Terminal Portuário (BTP), Mare Incorporadora, Sobloco Construtora, Sesc Bertioga e rádio Praia FM - 106,1.

Ano

Coloc.

Aluno

Brinquedos com materiais recicláveis: lixo que não é lixo 1°A

1

Maria Eduarda P. Pontes

1°D

2

Caue Amancio de Souza

1°C

3

Luisa Ribeiro Machado

Placas informativas: preservando o lugar: praia limpa 2°B

1

Taís Vieira da Silva

2°C

2

Paulo Ricardo A. dos Santos

2°A

3

Alice dos S. G. da Fonseca

História em quadrinhos: o contato dos homens com os animais 3°A

1

Caroline Cristina Barbosa

3°C

2

Victória Barbosa Silva Lima

3°A

3

Vitória Pessoa de Oliveira

Poesia: todos contra a dengue 4°C

1

Ludmilla da C. Prudente

4°B

2

Luíza de O. Nobre da Silva

4°A

3

Camila Gonçalves da Silva

Texto informativo: todos contra a dengue

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5°B

1

Gabriel Lima Pereira

5°C

2

Maisa Caroline M. Silva

5°B

3

Eryk Magalhães de Castro

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comportamento

Férias saborosas na cozinha

Aulas de culinária para crianças e adolescentes ajudam, gostosamente, a preencher os dias de férias

Por Luciana Sotelo Julho, mês do friozinho e das férias escolares. A criançada está toda em casa e cheia de energia para gastar. Que tal levá-los para colocar literalmente a mão na massa? Nessa época do ano, as escolas de culinária costumam ter uma programação caprichada de cursos para crianças e adolescentes. Enquanto preparam receitas simples e deliciosas, conhecem melhor os alimentos e estimulam a criatividade brincando de ser cozinheiros. Em Santos, o Atelier Leslie Monteiro já abriu as portas da sua cozinha. A temporada exclusiva para as turminhas mirins tem aulas para minichefs, ou seja, crianças até 12 anos, e ainda para chefs teens, adolescentes a partir de 12 anos. No segundo caso, os alunos têm contato supervisionado com utensílios domésticos cortantes e com o fogo. De acordo com a chef Leslie Monteiro, no cardápio voltado para as crianças entram como opção de cursos as tortinhas doces, cupcakes decorados, biscoitos decorados, minipizza, receitas de pães, cookies mashmallows e esfiha. Ainda tem a aula especial de piquenique, que mistura técnicas de decoração de biscoito e cupcake, wrap, sucos e muffins salgados. Já para o público mais crescidinho, a programação tem atrativos como risoto e petit gateau, massas e molhos e strogonoff com tortinha de maçã. “Cada curso é ministrado em uma média de 3 horas”, explica. Leslie abriu o atelier para produzir alta confeitaria e dar cursos na área. A chef lembra que a ideia de ensinar crianças e adolescentes a transformar ingredientes em comida surgiu devido a um pedido de uma cliente. “Ela queria comemorar o aniversário da filha aqui. Pediu que eu fizesse uma oficina de cupcake para os convidados. Eu ainda me lembro, foi em 2011; vieram 14 crianças. Foi uma diversão”. A partir de então, ela começou a dedicar sábados esporádicos ao aprendizado da garotada. E, recentemente, foi convencida a abrir turmas também para os jovens, com receitas mais sofisticadas e contato direto com o fogão. Apenas nos meses de férias, janeiro e julho, as aulas acontecem todos os dias. A estudante Stephanny Ribeiro Sotelo se interessou pela nova programação. Aos 12 anos, ela conta que só foi para a cozinha fazer receitas simples como pipoca e ma-

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Fotos Atelier Leslie Monteiro

carrão instantâneo, embora tenha muita vontade de aprender pratos mais completos e sofisticados. “Utilizar as férias para aprender coisas novas é muito interessante. Isso desperta a nossa curiosidade para os alimentos porque vemos que eles são usados de várias maneiras e resultam sempre em comidinhas deliciosas. Isso é muito legal”. O atelier é amplo, possui uma grande bancada com cadeiras reguláveis para diferentes alturas, o ambiente é climatizado e muito bem iluminado. A equipe é formada pela chef Leslie Monteiro, o gastrônomo e barista Michel Araujo e a gastrônomo Raphaella Sperandelli. Além disso, os aprendizes mirins ainda contam com a ajuda precisa de quatro monitores, todos estagiários do curso de gastronomia. O aprendizado do minichef começa com a leitura e explicação da receita. Depois, começa o preparo da massa, a modelagem. “Os alunos não resistem, eles adoram pôr a mão na massa. A aula precisa ser dinâmica para conquistar as crianças. Elas não gostam de nada parado”. Não é à toa que a aula mais procurada é a de cupcake decorado. Munidos de sacos recheados de cremes deliciosos, os cozinheirinhos recheiam e decoram os bolinhos já assados e depois fazem arte na cobertura aplicando confeitos em formatos e cores variadas. A brincadeira fica completa para quem opta pela decoração com massa americana. É um momento muito esperado. “O segredo do sucesso é ter uma didática que dá condições para que as crianças usem e abusem da criatividade. Temos mais de 500 cortadores para estimulá-las. Elas adoram os de personagens. Assim, conseguem se identificar com o que estão fazendo. Quando usam o glacê também aproveitam para escrever no doce o nome do pai, da mãe ou do irmãozinho. Fazer essa homenagem a quem se gosta é gratificante”, orgulha-se Leslie, acrescentando ainda que tudo é feito com muita cor e sabor; o material utilizado é de primeira linha, geralmente importado. Além de trabalhar a criatividade, a aula de culinária traz outros benefícios. A criança aprende a trabalhar em grupo, interage com os demais coleguinhas, exercita

O universo da cozinha ao alcance das crianças. Ao lado, a gastrônomo Raphaella Sperandelli e o minichef Rafael Sahade, na montagem de cupcakes

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Foto Luciana Sotelo

Stephanny Ribeiro sob a cordenação da chef Leslie Monteiro. Ao lado, a pequena Gabriela com a mão na massa

Enquanto preparam receitas simples e deliciosas, as crianças conhecem melhor os alimentos e estimulam a criatividade brincando de ser cozinheiros

Fotos Atelier Leslie Monteiro

Rafael e a alegria do contato com doces e massas

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a coordenação motora e aprimora o paladar. Leslie já ouviu diversos comentários. “Uma mãe me confessou que o nosso curso ajudou mais a filha do que a terapia. Outra percebeu que a criança ficou mais confiante. A gastronomia é assim, ela envolve a todos e isso é gratificante”. No final da aula, com os doces devidamente decorados, o aluno tem a opção de saborear in loco ou levar para casa. Como os pais ficam de fora, a maioria prefere embalar o que produziu e exibir os modelinhos para a família. “Eles saem daqui como se tivessem troféus nas mãos. A maioria das crianças não resiste, volta para outras oficinas”. “Mamãe, queremos fazer Leslie.” Esta é a frase que a empresária Paula Villaron Prado Sahade ouve com frequência de Gabriele, de 8 anos e do caçula Rafael, de 5 anos. Os filhos já fizeram diversos cursos no atelier de Leslie e sempre querem mais. No currículo da duplinha já constam aprendizados como o de cupcakes, pizzas, brigadeiros, biscoitos, pães, tortinhas e muffins. A mãe apoia os dotes culinários dos filhotes e até confessa que, em certos preparos, os pequenos são melhores do que ela na cozinha. “Eles sempre demonstraram interesse em ajudar na cozinha. Gabriel sempre me dizia que queria quebrar ovos. Então, proporciono a eles a oportunidade de aprender com quem sabe. Aqui acabava virando bagunça. Já no atelier, eles ficam quietinhos e aprendem com mais facilidade. Toda equipe é ótima e esse aprendizado vai ajudá-los, no futuro, a se virar sozinhos numa eventual necessidade. Sem contar que eles nos presenteiam com as coisas lindas que fazem”. “Gostamos muito desse aprendizado, guardamos todas as receitas para encaderná-las. Em casa, já estamos aptos a fazê-las”, comentam os aprendizes, que, mesmo assim, pedem aos pais para repetir as aulas já frequentadas, agora nas férias. Já o chef Fábio Leal, ao planejar e montar o curso de culinária Curumins e Sabores, dedicado integralmente ao público infantil, levou em conta que, de todas as atividades domésticas, cozinhar talvez seja a que mais une as pessoas, seja na hora de escolher o menu, comprar os ingredientes no supermercado, lavar a louça suja, ou no prazeroso ato sentar-se à mesa para saborear a refeição. Aproveitar esse clima para ensinar o valor nutricional dos alimentos também pode ser uma ótima pedida. Proprietário da Escola Mascarpone, em Santos, o chef tem verdadeira adoração

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pelo trabalho com crianças. “Comecei a minha escola de culinária dentro de uma instituição de caridade e, dessa forma, resolvi retribuir a oportunidade, ensinando os pequenos da entidade a fazer guloseimas e ter boas práticas alimentares”. Ele lembra que, assim que deu início às aulas para os adultos, os próprios pais começaram a pedir que ele montasse turmas para as crianças. Foi assim que ele começou a ensinar a garotada de fora da instituição. “Essa será a primeira temporada aberta a todos os interessados. Vou ministrar cursos para crianças de cinco a nove anos”. A turma de estreia é formada por 24 minigourmets que, antes de mais nada, vão aprender as propriedades dos alimentos. Só então, vão iniciar as receitas. “Uma vez que somos aquilo que comemos, é importante ajudar os pequenos a adquirir bons hábitos alimentares”. Além de primar pela saúde, Fábio comenta outro tópico que nos dias de hoje faz toda diferença, a sustentabilidade. “Explico que podemos reaproveitar cascas de cebola, alho e folhas como as ramas de cenoura e beterraba porque possuem um alto teor de qualidade, entretanto, muitas vezes, esses alimentos são descartados”. Além da teoria, o chef afirma que a melhor forma de passar os ensinamentos é por meio da prática, da degustação. “Aqui, o aluno come o brigadeiro, sim, mas também tem que provar o ‹verdinho›, que eles mesmos temperam”. Na aula, não são utilizados utensílios cortantes e não há contato com o forno e o fogão. Os alimentos são pré-preparados e as crianças fazem apenas a modelagem e a confeitaria. “Na hora dos confeitos e dos glacês, os curumins ficam com as carinhas sujas e felizes”, diz Fábio. Entre as receitas ensinadas os destaques são os cupcakes, brigadeiros, almôndegas, biscoitos, gelatinas e a salada de fruta.

Além de trabalhar a criatividade, a aula de culinária traz outros aprendizados, como trabalho em grupo, exercício da coordenação motora e aprimoramento do paladar

Fotos Luciana Sotelo

Serviço: o curso da Curumins e Sabores é de dois dias, com carga horária total de seis horas, às terças e quintas-feiras, das 14 às 17 horas (Escola Mascarpone, rua Alexandre Herculano, 70). Os cursos de minichef e chef teen custam, em média, de R$ 80 a R$ 120. Quem compra o pacote de quatro aulas ganha utensílios de brinde e um avental de cozinha (Atelier Leslie Monteiro, rua Guaibê, 42, alto). Informações sobre os cursos da temporada de férias podem ser obtidas no facebook/atelierlesliemonteiro.

Opções variadas de formas e personagens para doces criativos e saborosos

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internacional

Uma visita a

Liverpool, a terra dos Beatles

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Fotos Renata Inforzato

Tida como a capital europeia da cultura, é uma cidade sui generis dentro da Inglaterra. Não apenas por seus filhos mais famosos, mas, especialmente, pelo seu dinamismo e capacidade de renascimento

Por Renata Inforzato Cidade industrial duramente afetada pela crise econômica de 1980, seu destino parecia selado: viver das glórias do passado. Mas Liverpool soube renascer; aproveitou-se de sua fama musical para se tornar uma das cidades nas quais mais festivais são realizados, com talentos que se renovam a cada ano. Também se renovou culturalmente, aumentando sua oferta de museus e de espetáculos. E ganhou sua recompensa: em 2008, foi considerada a capital europeia da cultura. E até hoje faz jus ao nome. Liverpool situa-se no estuário do rio Mersey. Durante os dois últimos séculos, seu porto foi muito utilizado pelo comércio de mercadorias e escravos. Nos anos 1960, começou a decair na atividade portuária, mas ainda subsistia por causa de suas indústrias. Porém, na década de 1980, com a crise econômica e o desemprego, as dificuldades se agravaram. Vários edifícios foram abandonados e alguns podem ser vistos até hoje -, o número de habitantes caiu e a região das docas tornou-se degradante e quase deserta. Liverpool, porém, renovou-se graças à determinação de seu povo. A partir dos anos 1990, a cidade lançou-se em um grande projeto de reconstrução. As edificações degradadas das docas foram renovadas e se transformaram em museus, restaurantes da moda e lojas descoladas. O centro da cidade, ao lado das docas, foi restaurado, tendo a catedral anglicana, a maior da Inglaterra, como seu maior símbolo. Isso sem falar da música. Liverpool soube tirar proveito de ser o berço do grupo mais famoso de todos os tempos, The Beatles, e se transformou em capital do pop/rock. Em agosto, acontece um dos maiores festivais da Europa e o maior dedicado ao quarteto, a Beatle Week, no qual é possível encontrar dezenas de bandas e músicos tocando pelas ruas, tudo no maior clima democrático. E Liverpool não abriga apenas o rock: há grandes shows e festivais de música

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internacional

A partir dos anos 1990, Liverpool lançou-se em um grande projeto de reconstrução. As edificações degradadas das docas foram renovadas e se transformaram em museus, restaurantes da moda e lojas descoladas

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clássica, jazz, além de um carnaval à brasileira, muito apreciado pelos brasileiros que vivem lá. Para os beatlemaníacos de plantão, não pode faltar uma visita ao The Cavern Club, na Mathew St. Foi ali que o quarteto começou a tocar, no começo dos anos 1960. Dizem que, de 1961 a 1963, o grupo fez quase 300 shows no lugar. Demolido em 1973, foi reconstruído em 1984. Uma das atrações turísticas da cidade, para comemorar seus 40 anos, em 1997, decorou uma parede inteira com os nomes das personalidades que tocaram no pub. É uma verdadeira viagem musical. É possível almoçar no Cavern Club, mas melhor ainda é ir à noite beber uma cerveja e escutar música ao vivo. Quem sabe não é a oportunidade de ver um novo “Beatles” nascendo. O Cavern fica na 10 Mathew St, e abre de domingo a quarta, das 10h à meia-noite; quinta a sábado até às duas da manhã e tem preços variados de acordo com o dia. O site do pub também oferece visitas guiadas para os lugares por onde os Beatles passaram. É o Magical Mystery Tour, feito por ônibus. No escritório de turismo da cidade, é possível pegar o mapa com os endereços das casas de infância de John Lennon, Paul McCartney, Ringo Star e George Harrisson, além das escolas onde

estudaram. Mas, para entrar nas casas, é preciso comprar um passeio guiado, o National Trust. Os tickets para as visitas têm dias e horas marcados e é proibido tirar fotos. Além do Cavern Club, vale a pena dar um passeio pelos outros pubs da Mathew St e região: é diversão para a semana toda, até altas horas da noite. Liverpool é uma cidade que se destaca também pelas suas igrejas. Na margem oeste, Hope Street é dominada pelas duas catedrais da cidade: a católica e a anglicana. A Metropolitan Cathedral, católica, tem um estilo moderno. Na época da sua construção, os arquitetos tinham a ambição de ultrapassar o tamanho da Basílica de São Pedro. Mas a recessão que atingiu a Europa após a Segunda Guerra Mundial fez com que os construtores fossem bem mais modestos. Ela foi terminada em 1967. Endereço: Mt Pleasant, Liverpool. Aberta todos os dias, das 7h30 às 18 horas. Já a construção da Liverpool Cathedral, de estilo neogótico, foi bem mais longa: de 1902 a 1978. Esta sim tem um tamanho impressionante: seu sino é o terceiro maior do mundo e a torre tem 101 metros de altura. Endereço: St James’ Mount. Aberta de segunda a sábado, das 9h às 16h, e aos domingos, das 12h às 14h30. Tarifas variáveis.

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Chinatown, o bairro chinês de Liverpool. Ao lado, o Pier Head, tombado pela Unesco em 2004, e o centro da cidade

Para quem gosta de natureza, a cidade tem vários parques e jardins. Um dos mais belos é o Sefton Park. Localizado no distrito de mesmo nome, possui cerca de 1km². Com lagos, grutas, árvores típicas da região e lindos jardins, é o lugar ideal para relaxar antes ou após uma noitada nos pubs. Dizem que o coreto do parque serviu de inspiração para a música Sgt. Peppers Lonely Heart Club Band, dos Beatles. Aberto o ano todo, 24 horas. A melhor época para ir a Liverpool é entre a primavera (março) e final de outono (novembro), quando as temperaturas são mais agradáveis. Para chegar à cidade a partir de Londres, basta pegar um trem. A viagem dura cerca de duas horas. É possível fazer um bate e volta, mas Liverpool tem tantas atrações que é uma pena não passar ao menos uma noite lá. A empresa que faz o passeio de barco pelo Mersey é a The Yellow Duckmarine. Há vários tipos de passeios, com tarifas e duração variáveis.

Sefton Park, um dos mais belos da cidade. Acima, o The Cavern Club, onde o quarteto começou a tocar, no início dos anos 1960

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internacional Liverpool soube tirar proveito de ser o berço do grupo mais famoso de todos os tempos e se transformou em capital do pop/rock. Em agosto, acontece um dos maiores festivais da Europa, a Beatle Week

Capital europeia da cultura Liverpool foi aclamada, em 2008, como capital europeia da cultura daquele ano. Mas uma vez capital, sempre capital, e a cidade faz questão de manter a riqueza de seu patrimônio artístico. São muitas opções; é a segunda maior cidade do Reino Unido em número de museus, galerias de arte e centros culturais. Andando pelas ruas de Liverpool, vemos muitos entrepostos e fábricas que foram transformados em locais de cultura. É bem interessante. Para quem tem pouco tempo para ficar na cidade, mas faz questão de visitar um museu, a melhor indicação é a Walker Art Gallery. O museu abriga um impressionante acervo da arte inglesa, a exemplo da época vitoriana e pré-rafaelista (corrente do século XIX que contestava os padrões do Renascimento, ainda presentes na Inglaterra), assim como obras de pintores italianos, holandeses e impressionistas. Também há esculturas e artes decorativas. Endereço: William Brown Street, aberto todos os dias, das 10h às 17h, gratuito. Ali perto fica o Liverpool Museum, dedicado à arqueologia e à história natural. Ele abriga um planetário. Endereço: Pier Head. Aberto todos os dias, das 10h às 17h, gratuito. O Pier Head é um dos lugares mais bonitos da cidade. Por causa de suas construções históricas, foi classificado como Patrimônio Histórico pela Unesco em 2004.

Antigo embarcadouro no século XVIII, hoje é ponto de partida para os passeios de barco pelo rio Mersey. Três edifícios são destaque: o Port of Liverpool Building (Porto de Liverpool), de 1907; o Cunard Building, de 1916, e o Royal Liver Building. A zona situada ao sul do Pier Head é a Albert Dock, antiga região degradada que hoje é o orgulho da cidade. Ela abriga o maior número de edifícios classificados como históricos de todo o Reino Unido. A fachada formada por essas construções é, junto com a margem do Mersey, uma das visões mais bonitas que se pode ter da cidade a partir de um passeio de barco. Mais uma lembrança dos Beatles encontra-se nessa região: a Albert Dock abriga a Beatles Story. É composta por uma loja e um museu que mostram não só a história dos Beatles como também todo o contexto musical da época. Aberto todos os dias, de 25 de março a 31 de outubro, das 10h às 19h; e de 1 de novembro a 24 de março, das 10h às 18h. Tarifas variáveis. Ainda na região, vale a pena passear também ao longo da Canning Dock. Ela foi uma das docas mais degradadas de Liverpool. Restaurada nos anos 1980, forma, com a Albert Dock, um dos lugares mais vivos da cidade. No centro, encontra-se o St George’s Hall. É uma sala de espetáculos construída em estilo neoclássico em 1838, onde ficava uma antiga enfermaria. O príncipe Charles a considera a casa de espetáculos mais bonita do Reino Unido.

Um dos muitos pubs de Liverpool. Abaixo, o interior da casa de espetáculos St George’s Hall e a catedral anglicana de Liverpool

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Foto Fernanda Lopes

gastronomia

camarão

É tempo de

Essa época do ano é o período em que eles estão frescos, fartos, graúdos e ainda mais saborosos, portanto, o mais propício para o seu consumo nas mais variadas formas de preparo

Por Fernanda Lopes Os amantes do camarão não podem perder este período, quando o crustáceo está, também, com preços mais baixos. Dois meses após o fim do defeso (período em que a captura é proibida para procriação), a pesca está farta e o tamanho dos exemplares pescados maior, segundo os comerciantes. A média de preço do quilo de camarão rosa, daqueles bem graúdos, gira em torno

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de R$ 35,00 nos mercados de peixe do litoral paulista. Em dezembro do ano passado, o preço chegou a bater na casa dos R$ 80,00. A baixa também alcançou o camarão rosa médio, em torno de R$ 25,00. O camarão sete-barbas, indicado para molhos e recheios, pode ser encontrado a R$ 12,00 o quilo. O Brasil figura entre os seis principais produtores de camarão no mundo, com a maior

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Tipos mais comuns

parte da produção no Nordeste. Nas regiões Norte e Nordeste, o camarão é muito consumido tanto seco quanto fresco por toda a região. Segundo a nutricionista Tatiana Branco, camarões são boa fonte de proteínas e ainda contêm cálcio, ferro, iodo, zinco e vitaminas do complexo B. No entanto, apresenta altos teores de colesterol, além de ocasionar alergias a muitas pessoas, principalmente adultos. “É possível consumi-los com moderação, dentro de uma dieta equilibrada”. Tatiana lembra que os crustáceos também contêm purina, compostos que são transformados em ácido úrico no organismo. Por

esse motivo, seu consumo costuma ser desaconselhado para pessoas que sofrem de gota - uma doença causada pela deposição de cristais de ácido úrico nas articulações, que pode ser acompanhada de cálculos renais. O camarão fresco tem melhor preço no meio do ano. Durante o verão, é mais fácil adquirir o produto congelado, pois sua pesca é proibida. Ao comprar camarões, observe se têm corpo firme e aderente à carapaça. Esta deve ser livre de manchas negras e de manchas amarelas, pois indicam início de decomposição. A cabeça deve estar bem aderida ao corpo. O cheiro deve ser suave.

Rosa: tem sabor mais proeminente, é maior e um dos mais caros - por isso é usado grelhado ou para decorar pratos e servido em ocasiões especiais. Pistola: normalmente é criado em cativeiro e é menos saboroso do que as outras variedades. Sete-barbas: tem preço melhor e um sabor mais proeminente, por esta razão é escolhido para preparo de massas, risotos e molhos. Seco: muito usado para o preparo de pratos típicos do Nordeste, como o vatapá e o acarajé, e, por ter sabor mais forte, pode ser utilizado no preparo de tortas e outras receitas.

Receita Produção e foto Fernanda Lopes

Moqueca de camarão

Ingredientes • 24 unidades de camarão rosa médio; • 1/2 pimentão amarelo cortado em julienne fina (tirinhas); • 1/2 pimentão vermelho cortado em julienne fina; • 1/2 pimentão verde cortado em julienne fina; • 1 cebola roxa cortada em fatias finas;

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• 3 dentes de alho picado; • 2 colheres de sopa de coentro picado; • 3 colheres de sopa de azeite de dendê; • 4 colheres de sopa de leite de coco; • 4 colheres de chá de molho de pimenta vermelha; • 1/2 xícara de caldo de camarão ou de legumes; • 4 colheres de sopa de creme de leite.

Preparo Refogue a cebola e o alho. Acrescente os camarões até corar. Adicione os pimentões, a cebola roxa, o leite de coco, o coentro e o caldo. Deixe ferver e reduzir um pouco. Adicione o azeite de dendê e o creme de leite. Corrija o sal e acrescente a pimenta. Sugestão de acompanhamento: arroz branco. Rendimento: 4 porções.

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gastronomia De 16 a 25 de agosto, 30 restaurantes participam do Festival do Camarão de Ilhabela, com preços 30% abaixo do praticado no cardápio, além de sorteio de pratos e descontos de até 15% na rede hoteleira. O evento, que acontece pelo 18º ano consecutivo, terá ainda o Boteco do Camarão, onde parte dos restaurantes preparará degustações para o público, ao ar livre, todos concentrados no calçadão à beira-mar da Praça Coronel Julião, no centro Receita Torta de camarão com catupiry Curiosidade O camarão tem a justa fama de lixeiro do mar. O crustáceo se alimenta de restos orgânicos, como vegetais e animais mortos, além de larvas e peixes. No entanto, não se preocupe: o consumo é seguro se o animal for limpo corretamente. É preciso tirar o intestino no momento de limpar. Ele fica na parte superior e acompanha todo o corpo do camarão. Para facilitar a limpeza do camarão, coloque em uma mistura de água, vinagre e limão; amolece a casca e facilita a retirada das vísceras. Comece separando a cabeça do corpo e, em seguida, corte a casca ao longo da barriga, retirando casca e pernas. Segure a cauda e puxe a carne com cuidado para não quebrá-la. Então, retire as vísceras com a ajuda da ponta de uma faca. Algumas preparações dispensam a retirada da casca. É o caso dos pequenos camarões servidos fritos e regados com limão, dos quais é preciso retirar somente as vísceras.

Ingredientes para a massa • 500g de farinha; 100g de manteiga culinária gelada; • 1 caixinha de creme de leite pequena gelada; • Água gelada; • 1 colher de chá de sal; • 1 gema para pincelar. Recheio • 1/2 kg de camarão sete barbas limpo; • 3 colheres de sopa de molho de tomate; • 1 cebola picada; • 1 dente de alho picado; • azeite e sal a gosto; • 1/2 pote de catupiry; • 1 colher (sopa) de amido de milho dissolvido em 1/2 xícara do caldo do cozimento do camarão; • 4 colheres (sopa) de azeitona picada; • 2 colheres de sopa de salsa picada. Preparo Para o recheio, refogue a cebola picada e o alho em três colheres de sopa de azeite. Co-

loque o camarão temperado com um pouco de sal. Refogue por três minutos ou até estar rosa. Escorra a água formada e reserve. Misture a azeitona e a salsinha no camarão. Junte o amido ao caldo reservado do camarão e misture ao camarão. Mexa em fogo baixo até engrossar. Desligue e espere esfriar. Para a massa, misture a farinha com a manteiga gelada picada em cubinhos até que vire uma farofa. Coloque o creme de leite, o sal e vá adicionando água gelada até virar uma bola homogênea de massa. Coloque na geladeira por pelo menos uma hora dentro de um saco plástico ou embrulhado em papel filme. Abra a massa em uma superfície enfarinhada e forre uma forma untada de 27 cm de diâmetro ou duas menores com fundo falso. Coloque o recheio de camarão, cubra com catupiry e com outro disco de massa. Feche bem as bordas, pincele gema de ovo e leve ao forno moderado (180ºC) por cerca de 30 minutos ou até dourar. Rendimento: 10 porções.



Fotos KFPress

moda

Abuse do preto e branco A combinação amiga de todas as horas voltou com tudo. Supervalorizada, a dupla, que não é nenhuma novidade, predomina neste inverno. Saiba como usar o duo a seu favor

Por Karlos Ferrera

Versace

Nem preciso dizer que o preto e o branco estão com tudo e são tendência fortíssima para este inverno (anota aí: no verão vai continuar!); basta olhar nas ruas! Na estação mais fria do ano, a moda do P&B promete se dividir entre looks minimalistas e sofisticados, a la Chanel, e peças que revivem os grafismos dos anos 1960. Eternizada por Chanel, esta combinação é sofisticada, clássica e atemporal. Ah, e o duo bombou nas semanas de moda internacionais. Por aqui, não deu outra. Tá todo mundo usando! O bom da dobradinha é que ela fica bem em todos os biótipos; basta tomar alguns cuidados, como utilizar o preto na parte

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O inverno sempre é composto por uma cartela de cores mais fortes e escuras, tanto na roupa como no make, e a cor dessa estação, que apareceu nas passarelas de Londres, e tem tomado conta do closet feminino é o burgundy. A cor é o novo bordô, uma mistura entre o marrom e o vermelho. A cor é chique, sofisticada e versátil, combina com todas as mulheres, além de valorizar as produções mais básicas. Para montar um look burgundy, vale apostar tanto nas roupas como nos acessórios, procurando que a cor se harmonize com o restante da produção. No make, a cor é perfeita para a noite, mas procure não carregar muito, use sombras em tons mais neutros e perolados para o visual não parecer escuro e pesado.

Christopher Kane

O novo bordô

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Jason Wu

Ellery

que queremos disfarçar/alongar e branco nas partes que queremos privilegiar. Ou seja, se você tem quadril grande e seios pequenos, coloque uma calça preta e uma blusa branca. Lembre sempre que o fundo escuro é ótimo para afinar a silhueta e o branco é ideal para destacar. Mas vamos ser mais práticos e explicar exatamente como usar a roupa preta e branca. Bom, as baixinhas ficam melhor quando usam a parte de baixo preta. Faixas finas brancas na lateral das calças pretas também caem bem. Já as altas podem aproveitar o branco nas saias e calças. Na verdade, vai muito da proporção do corpo. Se você é baixinha, mas é longilínea, pode aumentar o branco. Já se você é alta, mas está acima do peso, vale seguir as regras das baixas. Outra dica para as gordinhas é

O duo deixa qualquer visual elegante, atemporal e muitas vezes simples

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moda

Para quem não sabe, peplum é aquele babadinho entre a cintura e o quadril, que virou mania entre as celebridades. A tendência, que surgiu na década de 40, voltou, dando volume a vestidos e blusas e aparece, cada vez mais, no look das famosas no tapete vermelho. Mas a moda peplum pede cuidado; se você não tiver uma silhueta esguia, esta pode não ser a melhor opção. Em peças na altura do joelho, o peplum é mais restrito. Se você tiver pernas longas e quadris estreitos combine sempre a peça com outras mais sequinhas, como skinny e saia lápis. As mais baixinhas podem alongar a silhueta usando sapatos de tom nude ou combinar a blusa com uma saia acima do joelho. As produções monocromáticas também funcionam, pois ajudam a compensar a quebra da silhueta.

A estampa quadriculada em preto e branco surgiu timidamente e, aos poucos, transformou-se em sonho de consumo

Louis Vuitton

Foto Divulgação

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Thakoon

Tendência peplum

deixar o branco para lugares mais estratégicos, como punho das mangas e região do pescoço. Para terminar, as magras podem abusar do branco. Só precisam ficar de olho para não afinar mais as pernas. Uma das coisas mais legais dessa tendência é que qualquer pessoa pode usá-la e com algumas peças você consegue montar vários looks. O preto e o branco deixam qualquer visual elegante, atemporal e muitas vezes simples. É o tipo de combinação que não tem erro, independentemente da idade. Mas não pense que é só juntar um monte de peças e o visual está pronto: é sempre bem-vinda alguma cor forte para dar uma quebrada na combinação clássica, como o vermelho e azul. Não tenha medo de usar uma roupa que possua cor forte, enquanto as outras são todas pretas e brancas, porque isso na verdade ajudará a harmonizar seu look e o deixará mais alegre.

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Flashes Noite festiva do concurso cultural Costa Norte Escola, no Sesc Bertioga

Roberto Zaidan, Rogério José Osti, da unidade Sabesp Bertioga, o prefeito Mauro Orlandini, o superintendente de comunicação da Sabesp Adriano Stringhini e Ribas Zaidan

A diretora Rosenete Cordeiro e o vereador Antonio Rodrigues

Marcos Laurent, gerente do Sesc Bertioga, e a coordenadora de ensino Jaqueline Cabral

Orlandini, diretora Nanci Santa´Ana e a secretária municipal de Educação Antonia Malaffati

Mauro Orlandini, professora Diana Martins Gomes e Camila Gonçalves da Silva

Vereador Ivan Carvalho entrega premiação para a diretora Isabel Prieto Santos

Dinalva Berloffi e Ronaldo Zaidan

Ribas Zaidan ladeado por professoras e diretoras da rede pública de ensino de Bertioga 76

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Fotos Divulgação

Um cantinho especial ao pé da serra Que tal uma pausa na subida ou decida da serra para recarregar as energias e, quem sabe, abastecer a despensa da casa de praia com produtos originais de qualidade e muito bom gosto?

Em meio a ambientes aconchegantes e uma hospitalidade singular, o espaço de conveniência Ao Pé da Serra, localizado no km 75 da bela rodovia Mogi-Bertioga, oferece lanchonete e uma infinidade de produtos aos viajantes. A diversidade encanta os olhos e aguça o apetite: doces e queijos caseiros, mel puro, geleias, biscoitos finos, azeites, pimentas, ovos caipiras... E, para completar, as famosas e inconfundíveis linguiças de fabricação própria com temperos variados, como tomate seco, ervas, azeitona, provolone, alho e pimentas.

Também imperdíveis são as carnes exóticas com cortes especiais de cordeiro e cabrito, além de coelho, pato, leitão, javali, vitelo e avestruz. Se a intenção é fazer um churrasco, a casa oferece todo o aparato. Há, ainda, os maravilhosos lanches, como o beirute à José Dungas e os de calabresas artesanais. Hummm, que delícia! Serviço: rodovia Mogi-Bertioga, km 75. Tel.: (11) 4761 0527. www.aopedaserra.com.br. SAC 0300 115 1927

Decoração e artesanato No encantador espaço de conveniência encontra-se também uma loja de artesanato com lindas peças garimpadas uma a uma em várias partes do Brasil, inclusive artigos religiosos. A nova estrutura da Tenda Antiguidade, com muito mais espaço e conforto, comercializa peças arrojadas e especiais vindas da Índia, Bali e Indonésia. Há, ainda, uma área de lazer para as crianças. Com todos esses atributos, o Ao Pé da Serra se consolida como um daqueles lugares, nos quais você esquece que o tempo passa lá fora. Vale a pena conferir.


Flashes O belo enlace de Izabela Velzi e Renato Patricio, na igreja Nossa Senhora do Brasil, na capital

A emoção do casal no momento do sim!

Igreja cheia e muitos votos de felicidade aos noivos

Renato Patricio e Isabella Velzi unidos para sempre

Família da noiva: Sandra, Paulo e Fernando Velzi

O casal com os muitos amigos e familiares na noite inesquecível 78

Clube do bolinha: Guilherme Nunes, Fernando Velzi, Igor Tsopanoglou e Pedro Palma

Muita expectativa na hora do buquê Beach&Co nº 133 - Julho/2013


“Destaques” // Luci Cardia Destaque para a linda festa de aniversario de 80 anos do empresário e advogado Dr. Dorival Rossi, que vive toda a poesia de Fernando Pessoa. Ao longo de sua vida, foi coronel da Polícia Militar do Estado de São Paulo e também se destacou como advogado. Parabéns!

Dorival Rossi, com os amores de sua vida, a família

Dr. José Cardia, os coronéis Sebastião Aguiar e Roberto Salgado, e Helena Villaça Salgado

A cantora Rosa Bottini, o marido Iuliano e os filhos Julio e Ana Beatriz

Ponto alto da recepção, quando o aniversariante fez linda homenagem a todos, declarando seu amor à família e amigos

Helena Villaça Salgado e Lydia Rossi

Marlene Rossi, Saimon Whiter, Debora Rossi, Sandoval Araujo, Cristina Rossi

Giro social: linda festa no Hanga Hoa

Luiz Fernando Palomares, Sueli Palomares e Giovanni Polack

Kelly Sharau e a filha Amanda

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Liderado por Giovanni Polack, o grupo de amigos do Hanga Hoa

Unidas as famílias Haddad, Khoury e Sharau

Aniversário de Martinho Marques, com Leo Marques e Renata. Parabéns 79


“Alto Astral” // Durval Capp Filho Noite Portuguesa no Mendes Convention Center

O casal Celeste Veríssimo e Armênio Mendes, responsável pelo sucesso do evento em prol da Escola Portuguesa

O casal José Villarinho Alvarez e Zélia Felipe (da Gardênia Flores) foi responsável pela impecável ornamentação dos salões do Mendes Convention Center

Após o evento, Elenita e José Luiz Blanco Lorenzo embarcaram para um tour pela Europa

Troféu Top Of Mind 2013

Renata Santini Cypriano, ladeada pela família Colombo Barboza, da Clínica Visão Laser: Maria Margarida, Guilherme, Luiz e Marcelo

Pela Universidade Santa Cecília, as irmãs Lúcia Maria Teixeira Furlani e Sílvia Teixeira Penteado receberam o troféu das mãos da apresentadora global Heloísa Perissé, ao centro

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Arnóbio e Silvera Santos foram homenageados com o troféu Mão de Ouro 2013, em São Paulo. Os parabéns da coluna

Regina Clemente Santini, presença marcante na premiação santista

Os veterinários Celso e Eduardo Filetti receberam a condecoração das mãos de Marcos Clemente Santini, ao centro

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Reinauguração da Revestimentta em Santos

A empresária Viviane Trespach ampliou o espaço da loja na Washington Luiz, abrigando uma mostra de 14 espaços assinados por profissionais de renome

Cláudia Vianna, como sempre, um destaque em seu espaço das Memórias Antigas

Os arquitetos Leda Nardella e o filho Leonardo, responsáveis pela logística da mostra

Inauguração da Audi Center, em Santos

As arquitetas Carla Paulino e Daniela Ali exibiram um belo espaço

O empresário Leopoldo Arias, que comandará a concessionária, o prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa, o empresário Armênio Mendes e o presidente da Audi no Brasil Leandro Radomile

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A coqueluche da noite foi o Audi R8 Special Edition, no valor de 1 milhão e duzentos mil reais, que o apresentador Deta adorou

Milena Machado, apresentadora do programa Auto Esporte, da Rede Globo, mestre de cerimônia da noite

O Dj Raul Boesel, ex-corredor de Fórmula 1, ladeado pela representante comercial da Beach&Co Silmara Motta e seu filho Diego Guimarães Motta

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“No clique” // Cláudio Milito 2º Porcolete Soamar Litoral Norte realizado na área de esportes da Delegacia da Capitania de São Sebastião

Juiz federal do litoral norte Ricardo Nascimento, o presidente da Câmara de São Sebastião Marcos Tenório, o prefeito Ernane Primazzi, Edson Cardin Nogueira, e os vereadores Marcos Fuly, Jair Pires e Ernaninho

Sandra Machado, Roberto Villani, Sandra Panzarin e Rogério Loturco

O prefeito Ernane Primazzi, presidente da ACE Eduardo Cimino e o presidente da Câmara de São Sebastião Marcos Tenório

Fabíola Teotônio e Beto Teotônio, especialistas em chope 82

A radialista Cleuza Maciel e o juiz Ricardo Nascimento

Sant´Clair Zonta e Maria Antonia Zonta

Eduardo Cimino, Jeannis Platon, Paulo Cravo e João Cravo

Roseli Primazzi e Eva Tenório

Creuza Cravo e Josi Milito

A animação ficou por conta de Claudio Tarifa e a Banda Aquarius

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“Celebridades em Foco” // Edison Prata Um giro pelo Guarujá...

Luiz França, Miguel Calmon Nogueira da Gama e Manoel Gama

A tranquilidade do empresário Hugo Rinaldi em um bom dia de golfe

Romilton Gonçalves de Sá, novo presidente do Rotary Club Guarujá, e sua Lindaura Thomaz, que comandará a Asfar

Giovanni Di Clemente, eleito presidente do Rotary Club Ilha de Santo Amaro e sua Célia Di Clemente 84

Descanso merecido aos empresários Anselmo Aragon e Antonio Ferreira

O belo casal Wellington Alvarez e Marcia Kooro

O empresário Antonio Carvalho e o delegado de Bertioga Dr. Carlos Fegolin

O novo presidente do Rotary Club Vicente de Carvalho, Aldo da Silva Gaspar Filho e sua Ana Célia

A prefeita Maria Antonieta de Brito ladeada por Luiz Carlos Bevilacqua e Adilson de Jesus, na posse do Rotary Club

Antonio Carvalho, Osmar Santos, pintor e ex-radialista, e Ivaneti Lucatti Carvalho Beach&Co nº 133 - Julho/2013



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Planejamento e visão de futuro que fazem a diferença

Foto: ilustrativa

Fotos: Riviera de São Lourenço

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presentado em 1979 pela Sobloco, o Plano Urbanístico da Riviera de São Lourenço, era, naquela época, uma proposta inovadora e ambiciosa. Hoje, 33 anos se passaram e a Riviera tornou-se uma referência no segmento do desenvolvimento urbano sustentável. O empreendimento, nestas 3 décadas, investiu em tecnologias urbano-ambientais, que lhe garantiram reconhecimentos nacionais e internacionais no campo do uso e ocupação do solo. A Riviera é fonte de emprego e renda para milhares de pessoas em Bertioga, além de responder por grande parte da arrecadação de IPTU do Município. Sua praia, sempre limpa, é fruto de um sistema de saneamento básico, que atende todos os imóveis do empreendimento. Seu sistema de gestão ambiental é certificado pela norma internacional ISO 14001. São mais de 2,6 milhões de m² de áreas verdes, cerca de 1,5 vezes o Parque do Ibirapuera. Por tudo isto e muito mais, a Riviera é o destino de milhares de pessoas, que a elegeram como o melhor local para suas famílias. Venha você também conhecer e se encantar com este modelo de bairro sustentável, único em nosso País.


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