A exposição Na superfície | Sobre papel tem como ponto de referência o suporte papel: desde o desenho, aos cadernos de anotações, ao projeto, mas também a fotografia, a gravura, o livro, o cartaz, a escrita, a colagem, o diagrama, etc. A atenção focaliza os trabalhos que utilizam este suporte de fina espessura, mas de polivalente utilização; pois o papel, em sua singularidade, apresenta-se também como multiplicidade, assim como são suas maneiras de acolher a imagem e a forma em toda a sua profundidade. Já escutamos: nada mais simples do que um pedaço de papel. Algo simples, mas passível de receber o traço gestual, que ordena semelhanças e dessemelhanças materiais, assim como as coisas desconhecidas e invisíveis. Assim é o papel, esse flexível material — lugar para fixar constelações de qualidades, dispondo sua superfície para nossas invenções e possibilidades.