Edição Setembro 2022

Page 1

A CARA DE BARROSO Desde 2006 - Edição 232 - Setembro 2022 - Barroso/MG - Distribuição Gratuita barrosoemdia.com.br Barrosenses lutam para viver! ELEIÇÃO 2022 - LUIZ FERNANDO RAMOS FARIA - DEPUTADO FEDERAL - CNPJ - 47.423.087/0001-73 - VALOR INSERÇÃO 600,00 (SEISCENTOS REAIS)

Nem nossos filhos são como nós. Somos todos, todos, sem exceção, diferentes uns dos outros. E ao que parece, este é, ou pelo menos deveria ser, o segredo da vida: viver em paz sabendo que ninguém é igual a ninguém. Mas tem sido um desafio viver em meio às diferenças. Um obstáculo duradouro e espinhoso. Nunca antes na história deste país foi tão difícil viver com ideias e ideais antagônicos. Aliás, mais do que viver, conviver com as diferenças, pensamentos e posicionamentos adversos, tem sido um desafio na cozinha e nos grupos. De um lado, pessoas escondem e emitem opiniões com medo do contraditório repulsivo e agressivo. Do outro, pessoas ofendem e incriminam achando que se trata de opinião.

Independência e vida!!!

7 de setembro de 2022. Duzentos anos após o solene grito “Independência ou morte”, bradado por Dom Pedro I, às margens do Rio Ipiranga, o Brasil mudou bastante. Não somos mais uma monarquia. A República passou por diversos percalços, com a Democracia colada à prova várias vezes. Mas, a duras penas, vamos seguindo. Muito interessante acompanhar os desfiles das crianças e jovens Brasil afora comemorando a Independência. É um dia diferente para nós brasileiros. Na nossa cidade, o tradicional desfile novamente ocorreu após três anos em virtude da Pandemia. Grande parte da população se fez presente no na Rua Coronel Arthur Napoleão e na Praça Santana. A competente Banda de Música Municipal sempre abrilhantando o hasteamento de bandeiras e iniciando os desfiles. As escolas homenageando a Pátria. Foi bonito de se ver. Mas, infelizmente, em um ano onde as comemorações deveriam ser a marca desta data, vemos que muitos preferiram utilizá-la politicamente, em virtude das eleições que se avizinham. Que os candidatos assim o façam, ainda podemos entender. Mas a população (uma minoria, diga-se) ir para as ruas bradar contra as instituições democráticas, é algo que se apresenta como temerário. A manifestação popular é sempre válida e importante. Mas utilizar-se da data dos 200 anos da nossa independência politicamente, é um descaso com um marco tão significativo. E aqui não estamos falando de A ou B. Mas de pessoas que ao invés de comemorar a Pátria, utilizaram o 7 de setembro para idolatrar homens. Pior, não os nossos pais fundadores, mas sim, homens atuais em busca de poder. É uma lástima. Contudo, será que, de fato, o Brasil e nós brasileiros somos independentes? Segundo dados oficiais, mais de 33 milhões de brasileiros passam fome. Uma grande massa de miseráveis vagueia pelo Brasil atrás de restos de comida e osso para se alimentarem a si e a seus filhos. Apesar de estar em queda, existem milhões de Brasileiros sem emprego. E em uma sociedade como a nossa, emprego é questão de dignidade. Ao não se ter o mínimo para sobreviver, toda a sociedade está sendo condenada ao aumento de violência e mostra, escancaradamente, a falta de empatia entre os nossos, onde poucos têm muito, e muitos têm poucos. A inflação da cesta-básica em nosso país é algo avassalador. Todos aqueles que vão às compras nos supermercados sabem que os preços subiram de forma galopante. E pior, essa inflação no preço de alimentos e itens básicos afeta muito mais os pobres do que os ricos. Estamos atrelados a uma economia de mercado onde qualquer modificação no cenário internacional trás impactos gigantescos ao nosso país. Não se desconhece o mundo globalizado que vivemos. Mas será justo tirar alimentos da boca de nossos cidadãos brasileiros para exportar para outros países enquanto os nossos passam fome? Será que o lucro está acima de tudo? Será que o agronegócio é realmente pop ou apenas mais uma empresa lucrativa que não se importa com o bem estar social de nossa população? De fato, a Independência de nosso país, como nação livre de Portugal, ocorreu. Mas será que somos verdadeiramente livres? Certa vez, James R. Kahn disse que o “o Brasil sempre será o país do futuro...” Ou seja, nunca chegamos lá, apesar de termos tudo para conseguirmos ser melhores. Será que não está na hora de buscar uma mudança? Será que não devemos tentar chegar a esse futuro que nunca chega? Cabe a nós brasileiros decidirmos isso. Sem ídolos, sem hipocrisia. É como disse Vandre: “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!” Que os próximos duzentos anos sejam de igualdade, liberdade e fraternidade. Que todos possam ter chances iguais. E que as ideias se sobreponham ao ser. Viva o Brasil!

Telefone:www.barrosoemdia.com.br(32)9.9199-1575

E todo mundo brabo com as pesquisas, dica: morde a palma da mão! Morde as costas também! Morde as bolas! Simone neles! Ciro neles! Andão pra Presidente! Até linha de metrô vai ter em Barroso. Estação Brejinho! A situação do Bozo tá mais feia que o Fofão da Carreta da Alegria! O troço feio aquele personagem! Medonho! Se eu fosse criança tinha era medo daquilo! O Fofão da minha época era mais bonito! Sardade do Fofão! E cá pra nós né, num tem nada legal ficar debruçando em ponte, que exemplo em Fofão!? Por isso que prefiro o Bozo! Não ésse Bozo, o outro Bozo! Confirmada as atrações da Expô né?! Cantora

barrosoemdia.com.br

“Mais do que viver, conviver com as diferenças, pensamentos e posicionamentos adversos, tem sido um desafio”.

Segue a bagunça, cidade com obra pra todo lado! Num dá! Que sardade da gestão parada, quer dizer passada! Isso aqui parecia uma ilha, de tão tranquilo! Dava pra nadar nu na fonte ouvindo Israel e Rodolffo!

Setembro 2022 2

Por falar em volta, amarra as calças Bozo, o nove dedo tá voltando!

Wanderléia, Cantor Leone e vão colocar o Gato Menega a tarde para as crianças, muito bom, parabéns! Por falar no Gato Menega ele tá em dúvida: E tá tudo voltando em Barroso, que 7 de Setembro lindo, lembrei da Japa na baliza desfilando na Rua da Lagoa! E o Bardola tava lá apraudindo tudo, faltou ele cantar MyWay no final... Grande Bardola, já fez grandes desfiles! Podia volta a Cabana, sardade dum rala cocha! Sardade também das quadria do Guede! Eita tempo bom, Casarão, Alegria do Morro, aquilo que era divertir! Povo meu, beijo pro seis, até mês que vem! Tô indo nessa, vou chamar um Fast aqui... E vou comprar meu chapéu pra Expô... adoro rodeio! Seguuuuura.... Editorial João? Atualidades Gian Brandão / brandaogian@gmail.com

EXPEDIENTE - PÁGINA DE OPINIÃO

Um amigo caminhoneiro falando comigo: - É, agora depois deste vale caminhoneiro que o Bolsonaro arrumou pra nós na véspera da eleição, não tem jeito mesmo, o homem é bom... vou ter que votar..... no Lula!

Cores, raças e crenças, vão ano, vem ano, ganham ruas e perdem a razão. Na beira do abismo, um solene colorido que contrasta com uma cor única e dolente. Na outra extremidade, uma realidade abissal e avassaladora. E entre latas vazias e tanques cheios, as lágrimas que ontem escorreram de dor, divergem daquelas que idolatram heróis públicos. Pobre brasil, brasileiro, deitado eternamente na sombra de incompetentes, que agora seguram coldre e a palavra do senhor ao mesmo tempo, na mesma mão, como se fora troféus. E a poucos metros das urnas já vislumbramos, que independente do que aconteça, pouca coisa vai mudar, a polarização, o ódio, continuará entre nós e viver a diferença continuará impossível. Não está sendo fácil viver assim e não vai acabar em outubro próximo!

Por falar em bagunça, barulho, alguém tem que tomar uma providência aí com relação a foguete uai. E não me refiro só a futebol não, falo da igreja também que anda soltando fogosPor falar na igreja, o Craudir já vai né, vai com Deus! Um abraço pro senhor Craudir! Agora quem podia trabaia um pouco mais é a puliça né. O que tem de carro estacionado em lugar proibido num é brincadeira! E o que a PM faz? Tá lá a praca escrita: proibido estacionar! E o que o povo faz? Estaciona. E a puliça, nada, nada, nada. Caneta Bick nos caras Tenente! Ai que sardade do Robocop! #voltarobocop Brincadeira, volta não!

Co-fundador: Antônio Marcos Pinto (in memoriam) Editor Chefe/Jornalista responsável: Bruno Ferreira - 11.558/MG CNPJ: 12.772.555/0001-30 (E.I.) - Tiragem: 1.000 exemplares Colaborador: Gian Brandão E-mail: barrosoemdia@yahoo.com.br facebook.com/barrosoemdia - Instagram: @jornalbarrosoemdia

SERVIÇO O projeto Um Dia de Cada Vez é mantido por voluntários que buscam contribuir com a saúde mental dos moradores de Barroso. Caso tenha interesse em participar dos grupos de terapia ou saber mais sobre, basta entrar em contato com o número 32 99111-2425 ou pelo Instagram @umdi4decadavez, com o número 4 mesmo.

“Me convenço de que não mereço nada de bom nunca e devia simplesmente sumir para sempre”. Paciente em tratamento Já parou para pensar em quanto está seu espírito esportivo? Sim, porque não é só um atleta que precisa tê-lo. Em proporções muito diferentes, mas também importantes, precisamos trabalhar nossa persistência e compreensão que uma competição impõe.

Profissionalmente ou no amadorismo dos torcedores, o esporte é surpreendente. Diferentemente dos planos que sistematizamos para a vida, “o jogo só acaba quando termina”. Diferentemente de cumprir horário num escritório, é ter a adrenalina de uma disputa como rotina. Com ou contra quem? “É preciso saber escolher nossas batalhas”. Por isso, amigos, raros são os atletas. Mas Sérgio Benedito Moreira assim foi. Amava esportes como poucos, do futebol à F1. Torcia como muitos, tão à favor dos seus quanto contra os rivais. E compreendia como ninguém a importância da mente e da disciplina para vencer. De camisa 1 do saudoso Montanhês ao comando do extinto Esporte Clube São José, Sérgio foi um cara que fez da vida uma grande partida, dessas com gol nos acréscimos, empate na prorrogação e decisão nos pênaltis. No fim, pôde olhar os seus ali, em torno de si, aplaudindo toda sua trajetória e prometendo manter esse legado que, com privilégio, pudemos aprender. Ele vestiu e honrou a camisa da Vida. Com a liderança e defesa dos seus, feito um capitão. Em suas últimas falas, já num contexto imerso, disse: “eu nunca errei pênalti”. Muito me engano ou já se preparava para a convocação e apresentação à seleção mais importante de todas: a do Céu.

Artigo da jornalista e sobrinha de Sérgio, Queka Barroso. A jornalista escreve também, semanalmente, sobre esportes, nas redes sociais do barrosoemdia. Acompanhe!

Quarta sim, quarta não

Para além do Setembro Amarelo

barrosoemdia.com.br 3Setembro 2022

Obrigado HOMENAGEMSérgio...

Projeto Um Dia de Cada Vez continua em atividade

Ana UFSJRepórterGabrielaEstagiária

“Por favor, me medique. Quando não estou triste demais para me mover e até mesmo fazer coisas que gosto, eu estou ansiosa demais para existir e pensar. Me convenço de que não mereço nada de bom nunca e devia simplesmente sumir para sempre”, diz Juliana, nome fictício para a estudante de 20 anos, que recebeu diagnóstico clínico para os transtornos psicológicos aos 16 anos. Desde então, ela faz acompanhamento terapêutico aliado a medicação, mas todos os dias ela precisa travar uma batalha contra os próprios pensamentos, que são seus maiores inimigos.

Um mês é muito pouco para tentarmos salvar vidas

O mês de setembro é normalmente associado às campanhas de prevenção ao suicídio e a luta contra a depressão e outros transtornos psicológicos que levam alguém a tomar a decisão de tirar a própria vida. A Prefeitura Municipal de Barroso, junto com os serviços de saúde do Centro de Atenção Psicossocial, o Caps, iniciaram as campanhas de prevenção no início do mês de setembro com uma programação voltada para a conscientização, desestigmatização e acolhimento. Porém, não apenas em setembro se faz necessário o debate a respeito da saúde mental e dos efeitos que a privação de seus cuidados causam. Para a psicóloga Joseany Tostes, o cuidado com a saúde mental vai além do que é discutido em setembro. “Dando um exemplo genérico, é como fazer uma cirurgia bariátrica. A pessoa pode fazer a cirurgia e ficar feliz com o resultado esteticamente, mas se não tratar as causas da compulsão alimentar, de nada adianta. A situação não se sustenta por muito tempo porque o emocional foi negligenciado”, explica Joseany. Joseany além de trabalhar com crianças e adolescentes, também faz parte do projeto sóciofilantrópico Um Dia de Cada Vez, fundado há quase um ano em parceria com outros profissionais da área. O projeto nasceu quando a idealizadora Ana Beatriz Pereira perdeu uma amiga que também enfrentava lutas contra transtornos psicológicos. Cerca de um ano após a primeira reunião, as organizadoras do projeto notaram obstáculos para manter de pé as ações sociais promovidas pelo grupo. Mesmo não sendo uma alternativa para a terapia individual, o projeto de terapia em grupo tem como foco oferecer suporte profissional a pessoas que não possuem a possibilidade de pagar consultas particulares. Apesar disso e dos efeitos da pandemia na saúde mental da população, a demanda pelo apoio em grupo vem caindo consideravelmente. A volta a rotina e indisponibilidade de horários são alguns dos fatores que implicaram para a evasão dentro dos grupos. Segundo Joseany, esse fator influencia também em outras atividades voltadas à saúde mental. “Quando falta tempo para os afazeres do dia a dia, a primeira coisa a ser cortada é a terapia”, diz Josy. Ainda de acordo com as fundadoras do projeto, a pandemia agravou o cenário de transtornos psicológicos, sendo pelo isolamento social, a perda de algum ente querido pela Covid ou pelo sentimento de desesperança que rondou o país nos últimos dois anos. Muitos que já conviviam com algum transtorno buscaram ajuda profissional após o período, havendo um aumento na conscientização a respeito do tema.

Na hora de escolher um candidato, a responsabilidade e a importância de todos os cidadãos são exatamente as mesmas. Todo voto tem o mesmo poder de definir a sociedade que queremos ser. A democracia é inegociável. Nossas eleições são transparentes, confiáveis e a base da nossa democracia. Por isso, é fundamental respeitar a escolha, a voz e o voto de cada pessoa. Afinal, não há paz sem tolerância e respeito.

RespeitaR as difeR enças, votaR bem infoRmado.

A Assembleia apoia o Programa Permanente de Enfrentamento à Desinformação, do TRE-MG.

Tem o mesmo R. VoTo

Rafael é filho do conhecido médico cardiologista Doutor Carlos Alberto. MAIS VOTADO No somatório final desde 1990, primeira eleição direta depois do regime militar, o candidato a Deputado Estadual mais votado na cidade ainda é Baldonedo Arthur Napoleão com um total de 12 mil e 630 votos em três eleições: 1990, 1994 e 1998. Sendo que o recorde de votos em uma única eleição também é de Baldonedo: 6 mil e 185 votos em 1998. Em 1994 ele teve 3.218 votos e em 1990 3.227 em Barroso.

Com a aproximação de mais uma eleição presidencial – dia 2 de outubro – a reportagem do barrosoemdia levantou informações históricas sobre as disputas eleitorais para o cargo de Deputado Estadual no município desde 1990, primeira eleição pós-regime militar. E seria impossível contar a história sem lembrar dois grandes nomes da política local: Baldonedo Arthur Napoleão, que historicamente esteve no PSDB, mas hoje faz parte do Partido Solidariedade, e, José Bernardo Meneghin, que continua fiel ao MDB, que antes era adversáriosTradicionalmentePMDB.políticos,entre tantas histórias e disputas, é impossível não lembrar o fato de que os dois decidiram se candidatar na mesma eleição, em 1994, e consequentemente dividiram a cidade. Antes, porém, de falar deste embate municipal, é preciso relembrar que Baldonedo ficou como suplente nas eleições de 1990, quando ainda era do Partido da Reconstrução Nacional, o PRN. Ele teve na oportunidade 10 mil e 142 votos no total e acabou assumindo uma cadeira na Assembleia Legislativa de Minas Gerais em 1992, dois anos depois da eleição presidencial e dias depois de ter sido eleito Prefeito de Barroso nas eleições municipais. Na ocasião, Baldonedo deixou o governo municipal para assumir a cadeira no estado para o seu vice na época, Adelmo Graçano (Podemos). Ainda no que diz respeito à disputa histórica entre os barrosenses, Meneghin teve 4 mil 181 votos e Baldonedo teve 3 mil 218, vitória de Meneghin em Barroso, mas nenhum dos dois foi eleito Deputado Estadual em 1994. Meneghin teve 7 mil e 901 votos em todo o estado e Baldonedo 20 mil e 503 votos. Na eleição presidencial seguinte, 1998, Baldonedo voltou a se candidatar a Deputado Estadual e, sem a candidatura de Meneghin no município, chegou aos 6 mil e 185 votos na cidade, sendo até os dias atuais o Deputado Estadual mais votado na cidade em uma única eleição. Naquela oportunidade, o atual prefeito de São João del Rei, Nivaldo Andrade (MDB), conseguiu aqui 1.098 votos. Esta também foi a primeira vez em que Toninho Andrada e Luiz Fernando foram votados em Barroso, com respectivamente 512 e 495 votos cada. Já em 2002, com a ex-prefeita Eika Oka de Melo (PP) à frente do município, Luiz Fernando voltou a ser votado na cidade e teve em Barroso 2 mil e 778 votos na corrida para Estadual. Toninho Andrada ficou em segundo com 1.800 votos. Em 2006, mesmo com o executivo nas mãos do PSDB, o saudoso Arnauld Napoleão, o candidato do partido, Rômulo Viegas teve apenas 1.099 votos contra Alberto Pinto Coelho com 2 mil e 266 votos para Deputado Estadual. Juarez Távora também foi destaque naquela eleição e chegou à marca de 1.491 votos. Em 2010, com Eika de volta à Prefeitura, a maior votação para Deputado Estadual foi para o candidato por ela apoiado na época, Rodrigo Matos, com 1.715 votos. Juarez Távora ficou em segundo com 1.659 votos. No que diz respeito às eleições presidenciais de 2014, destaque para Juarez Távora que chegou à marca de 4 mil e 279 votos, o mais votado depois de Baldonedo em 1998. A segunda posição para a corrida Estadual foi de Rômulo Viegas com 1.275 votos. Por fim, nas eleições de 2018, o Deputado Estadual mais votado foi novamente Luiz Fernando, que nas duas últimas eleições: 2014 e 2010 havia sido candidato a Federal. Ele teve 2.617 votos contra o segundo colocado, que foi o Delegado Rafael, do Avante, com 1.402.

PToDooDe

barrosoemdia.com.br 4Setembro 2022 Relembre a história das disputas eleitorais para Deputado Estadual na cidade As disputas para Deputado Estadual

O mais votado na história

Quem nunca passou ali perto do “Açai” e viu um senhorzinho, uma senhorinha ou ambos sentados “quentando um sol?”. Pois bem, quem ainda não teve esse privilégio, observe um pouco mais na próxima ida na “rua”. Se eles não estiverem lá fora, pode entrar no “bequinho” que lá dentro com certeza tem uma mesa de café sempre posta e um casalzinho pra lá de simpático e acolhedor para uma boa prosa.

Joseany Tostes / Colaboradora

reais)(quatrocentosR$400,00Valor:

“A Cara de Barroso” desta edição traz o “Chiquinho do Joaquim Joviano ou o Virgulino” e a “Dona Madalena do Chiquinho” em seus 60 anos de vida conjugal. E a história destes dois conta também a história dos seus 10 filhos, que são costumeiramente chamados de “Pessoal dos Varandinha”. Desde o ano de 1962 não existe ele sem ela e não existe ela sem ele, vivendo o que diz as Escrituras: “e os dois serão uma só carne”, bem como todos os demais compromissos do Matrimônio assumidos na Capelinha de Nossa Senhora das Graças, no tal povoado do “Sítio” na cidade de Prados, em 02/12/1962.

A Cara de Barroso desta edição, de forma inédita, conta duas histórias em uma só. Daquelas histórias tão raras nos tempos modernos que a gente pensa que só acontece nos filmes de época. Mas que são reais, inspiradoras e que esperamos trazer um pouco de alegria ao coração de nossos leitores e leitoras.

barrosoemdia.com.br 5Setembro 2022 A CARA DE BARROSO CHIQUINHO E MADALENA

Francisco Virgulino de Melo, o filho mais velho do Sr. Joaquim Joviano e da Dona Ana Virgulino (a dona Nita), nasceu em fevereiro de 1942, no povoado do Caxambu em Dores de Campos, mas depois foi residir em Prados. Aprendeu nas ladeiras da encantadora cidade diversos ofícios, todos voltados ao comércio. Ainda menino vendia quitandas que sua mãe fazia para ajudar nas despesas da casa. Na adolescência, aprendeu o ofício de sapateiro, que seu pai levava para vender nas cidades da região. À época, aqui em Barroso já começavam as obras da Companhia Cimenteira e seu pai então juntou o talento do filho em confeccionar sapatos ao crescimento que já se vislumbrava na cidade, e quando Chiquinho tinha ainda 17 anos e o enviou a Barroso para iniciar os negócios como sapateiro. “Alugou uma garagem da Margarida do Francisco Ferreira (onde foi a danceteria Cabana) e colocou eu e o Betinho (in memoriam) para fazer sapatos e botinas para o pessoal da fábrica”, conta ele todo orgulhoso. Após algum tempo, vem pra Barroso também de “mala e cuia” o restante da família, abrem o Bar Azul (onde atualmente é o Açaí) que logo depois virou uma mercearia e foi assim que a história de Chiquinho, seus pais e irmãos, começou aqui. Já lá pras bandas de Prados, no povoado do Sítio, nascia a doce Madalena Geralda de Melo, em março de 1943, a filha do Sr. Pedro Basílio e Dona Geraldina, naquela cidade, Pedro Basílio era um dos homens mais respeitados. Dono de uma fé admirável, ele e Geraldina criaram 13 filhos, sendo Madalena uma das mais jovens. Ela fora educada dentro dos preceitos da religião cristã e como costume aprendeu todos os ofícios para ser uma mulher exemplar, seguindo o modelo de Nossa Senhora. Aos 19 anos, após o casório na Capela do Sítio, veio morar aqui em Barroso com seu amor: o Chiquinho. E que tem de extraordinário nisso? Pois bem, vos digo: Após o casamento, aqueles dois jovens enfrentaram cada “barra” que se não fosse a fé de ambos, não chegariam aos 60 anos juntos. Filhos são 10, sete homens e três mulheres, netos são 22 e bisnetos são 5 até o momento. Para dar conta dessa galera toda, o Chiquinho trabalhou por 25 anos na tal “Cimenteira” que o trouxe para Barroso, fez sapato, teve bar, vendeu quitanda, fruta e verdura “na fila da fábrica”, ajudou os filhos na olaria... Madalena, enquanto o companheiro saia pra vida, cuidava dos filhos, ensinava-lhes os bons caminhos, garantia-lhes as melhores broas de fubá, plantava a horta para ter verdura fresca, costurava e através de seu exemplo foi a primeira Catequista de toda família. Como disse no início, se não fosse ela, não tinha ele... E se não fosse ele não tinha ela, coisa rara de se ver nos dias de hoje. E já não são tão jovens! As marcas do tempo e os calos da vida chegam pra todo mundo, mas preciso revelar um segredo: são mais jovens que muitos de 15 anos. Ele há 20 anos faz hemodiálise diariamente, além de já ter colocado marcapasso, feito angioplastia, pancreatite crônica, até covid-19 ele teve. Não escuta direito, não enxerga muito bem também... mas o que ele fala com Deus todo dia, parece ser levado a sério pelo Criador: “Ó Pai, eu vos peço, força e paciência, para suportar a minha enfermidade!” porque eu nunca o vi reclamar, pelo contrário, ainda com todos os ventos contrários, só o vejo agradecer. Sentado no alpendre com seu cigarrinho de palha, sua cachacinha (a despeito das regras médicas) segue a vida desfrutando cada segundo. Ela, mesmo nos apertos, nunca deixou de reservar seu tempo para as coisas de Deus, foi Ministra da Eucaristia por 12 anos e sempre ministra uma bela história de Santo pra gente. No seu quarto, além dos Santos de sua devoção, tem livros, revistas, canetas e linhas, onde ela escreve, costura e borda uma história de amor a Deus com uma incrível sabedoria que jamais encontrei em outros cantos. Tem um sabor de céu ficar perto dela. Às vezes ela passa uns perrengues de saúde também, mas assim como o Chiquinho, tem sua frase de inspiração: “Que nada vos perturbe, que nada vos aflija, tudo passa, a dor e a alegria, só Deus fica eternamente.” Os dois seguem juntos, rezam juntos, caminham juntos (bem lentamente hoje em dia) e às vezes arriscam uma dança também. Todos os dias assim que ele chega da hemodiálise é pelo carinho dela que ele busca primeiro. E ela, sente ciúme dele ir perfumado e levar balas para as “meninas” da RenalClin. Já o vi chorar de saudade dela e já vi ela escrevendo cartinha de amor pra ele... Não caberia aqui o tanto de histórias que estes dois têm, não conseguiria explicar em palavras o tamanho do privilégio de poder conviver tão de perto com este casal. Em tempos de” amores líquidos”, são raros os amores que sobrevivem ao tempo, as marcas, que transpassam a paixão e suportam a rotina. Aos novos casais de hoje em dia, antes de assumirem seus compromissos com o outro, deixo a reflexão de Nietzsche: “Ao iniciar um casamento, o homem deve se colocar a seguinte pergunta: você acredita que gostará de conversar com esta mulher até à velhice? Tudo o mais no casamento é transitório, mas a maior parte do tempo é dedicada à conversa.” As belezas físicas, as heranças e posses, o trabalho e o dinheiro, a relação sexual, os filhos, tudo isso passa... Mas e vocês, como vão estar quando tudo isso passar? Que estas “Caras de Barroso” inspirem vocês, não apenas em relação ao casamento, mas em enfrentar com fé e resiliência as dificuldades da vida, na certeza de que “Tudo Passa”. E se quiser conhecer mais um pouco sobre eles, como disse, estão ali “quentando sol” na Praça... Onde tudo começou e o amor nunca acaba.

Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.