Livro 7 Destinos

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ALERTA GATILHO Contém “cenas” “fortes” de morte, assassinato e sangue. Então para aqueles que tem dificuldades e/ou não gostam desse tipo de conteúdo, recomendamos não ler nem a webtoon e nem a novel, ou ter essas informações em mente antes de começar.

Os personagens são fictícios, então tenham isso em mente ao iniciar a leitura!!!


1 BUM... BUM... BUM... BUM... Bum... Bum... O som sombrio vindo do subsolo trovejou ritmicamente como se fosse um batimento cardíaco constante. Lenta mas seguramente, as batidas envolviam a cidade, transformando-a em um abismo sinistro disfarçado de um gigantesco coração pulsante. Nesse momento, o abismo escuro e sem fundo produziu uma bola enorme e a enviou voando em direção a ele. Não consigo respirar... “Argh!” Zeha acordou sobressaltado, ofegante. Ele respirou pesadamente enquanto olhava para o teto com os olhos arregalados. Era branco e desconhecido. “O que...” Zeha não precisou olhar em volta para saber onde estava. O cheiro de produtos químicos atacando seus sentidos foi o suficiente para ele perceber. “O hospital...? O que estou fazendo aqui...?” Assim que ele ficou ciente de seus arredores, uma dor intensa e repentina


atravessou seu corpo. “Ai!” Zeha imediatamente retirou a mão e a levou ao peito. Foi nesse momento que ele sentiu o curativo firmemente enrolado em torno dele. A dor vinha de lá. Nesse momento, Zeha não pôde deixar de recordar o coração. Ele franziu a testa, sem saber como isso era relevante para sua situação atual.

Acho que sonhei com um coração... Embora não conseguisse se lembrar do sonho em detalhes, por mais que tentasse, Zeha sabia que estava longe de ser agradável. Ele se lembra de ter sido perseguido por uma escuridão sinistra, que eventualmente o alcançou e se enrolou em seu coração como se fosse uma píton estrangulando sua presa. Zeha fechou os olhos enquanto apertava a mão contra o peito e controlava a dor.

O que aconteceu? O que estou fazendo no hospital...? Que dor é essa que estou sentindo? Quando eu me machuquei? Zeha não conseguia se lembrar de nada, por mais que tentasse. Era quase como se alguém tivesse enfiado a mão em seu cérebro e mexido com ele. Assim como Zeha estava lutando para compreender como ele tinha acabado em tal estado, uma dor aguda atravessou sua têmpora. “Ai...!” Zeha se dobrou e gemeu de agonia. A dor parecia durar uma eternidade antes de finalmente diminuir.

O que há de errado comigo? Ele não conseguia entender nada do que estava acontecendo com ele. Nesse momento, Zeha se lembrou de ter encontrado um homem suspeito ao sair de casa.


☪☪ ☪☪☪ “Você não quer saber como e por que seus pais morreram?” Ele queria saber. Infelizmente, os professores e os funcionários do orfanato nunca lhe contaram. Em vez disso, eles se viraram com um olhar desconfortável em seus rostos toda vez que ele perguntou. E assim, a fraca lembrança que ele tinha da morte de seus pais foi empurrada para o fundo de sua mente. Como ninguém tinha as respostas para suas perguntas, Zeha decidiu que um dia descobriria sozinho. Mas isso foi quando ele era jovem e ingênuo. Quando ele tinha idade suficiente para deixar o orfanato, Zeha percebeu que algumas coisas tinham que vir primeiro. Descobrir a verdade sobre seus pais teve que esperar. Em primeiro lugar, ele precisava sobreviver. Embora nascer em Sin-si trouxesse muitos benefícios, ele precisava do dinheiro para se sustentar. Ele não podia se dar ao luxo de investigar a morte de seus pais quando tinha que se preocupar em colocar comida na mesa todos os dias. E assim, Zeha abandonou essa decisão elevada em favor de trabalhar em vários empregos de meio período do amanhecer ao anoitecer, tomar banho e repetir. Foi quando suas memórias de seus pais começaram a desaparecer. Zeha começou a acreditar que seus pais o haviam abandonado. Logo, seu anseio por eles se transformou em ressentimento. Tornou-se um jovem cínico e pessimista. E assim, Zeha passou a cada dia lutando para sobreviver. Foi quando ele apareceu. Se o homem tivesse ido vê-lo quando ainda era um menino órfão com sonhos grandiosos, Zeha teria ido direto à sua sugestão sem nem pensar duas vezes. No entanto, ele havia deixado de ser uma criança inocente que seguiria um estranho prometendo-lhe doces há muito tempo. Como tal, Zeha recusou o homem. “Como se eu me importasse.”


Ele lhe deu o dedo do meio antes de ir embora. Mas, infelizmente, em vez de recuar, o homem começou a segui-lo. “Ei, você não quer saber por que seus pais tiveram que morrer tão tragicamente? Você não quer saber como eles morreram, como eles gritaram de agonia logo antes de suas fatídicas mortes?” Zeha não conseguiu decifrar o tom do homem. Parecia que ele estava zombando da morte de seus pais. No entanto, também parecia que ele estava criticando Zeha por esquecê-los. “Oh, uau. Sério? Isso é tão aterrorizante.” “Montanha Inwang. Há um segredo sobre seus pais lá.”

Montanha Inwan. Zeha franziu a testa. Mas como ele estava de costas para o homem, ele fingiu não ser afetado. “Bem, eu não gosto de caminhadas.” Ele deu de ombros com indiferença. “Zeha.” A chamada de seu nome fez Zeha parar em seu caminho. Ele se virou e olhou para o homem. O homem sorriu, revelando seus dentes limpos. “Vejo que tenho sua atenção agora,” ele murmurou, “Você quer saber por que eu sei o seu nome?” “Bem, há muitas maneiras de descobrir isso. Quero dizer, não é como se fosse alguma informação pessoal super secreta. Quero dizer... Pensar que você se esforçou apenas para descobrir o nome e endereço de um jovem bonito como eu... Por acaso você é um stalker ou um pervertido? O homem torceu o nariz.

O que é que foi isso? Naquele momento, Zeha sentiu que o homem não era humano. Ele exalava uma aura que Zeha nunca havia sentido antes. Ele estremeceu com o pensamento do homem se transformando em uma fera feroz e afundando suas presas afiadas em seu pescoço a qualquer segundo. “Você se lembra que sua mãe era uma xamã?” O homem deu um passo à frente. Zeha se esforçou para se manter firme.


Mas ele não pôde deixar de dar um passo para trás por reflexo. “Você se esqueceu de como você e seus pais moravam perto da Rocha Beom da Montanha Inwang?” A Rocha Beom da Montanha Inwang.

Eu lembro. Zeha se lembrou de seu pai sentado em frente ao Rocha Beom com ele no colo enquanto cantarolava uma música para ele. Lembrou-se de seu pai passando os dedos pelos cabelos macios. Seu toque suave.

Pai... Zeha se lembrou de como ele, ainda nos braços de seu pai, virou a cabeça para ver sua mãe sorrindo levemente para ele. Seus olhos estavam sempre cheios de carinho sempre que ela olhava para ele. Zeha se lembrou de como ele estava feliz. Foi nesse momento que ele se lembrou...

“Corre!” Seu pai havia gritado.

“Zeha!” Essa foi a última palavra que ele ouviu sua mãe proferir. Memórias de sua infância passaram diante dos olhos de Zeha enquanto as vozes de seus pais ecoavam em sua mente.

Como eu esqueci essas memórias? Vendo emoções conflitantes brotando em seus olhos, o homem deu mais um passo à frente. Desta vez, Zeha não recuou. O homem sussurrou, “Ei, o tempo está bom hoje. Por que você não vai para Rocha Beom? Descubra a verdade sobre seus pais. Faça você mesmo.” Ele então se virou. “Ei você!” Quando Zeha voltou a si e estendeu a mão, o homem havia desaparecido. Zeha estava se sentindo tão sobrecarregado que não percebeu como o homem era


incrivelmente rápido para um humano. A súbita onda de memórias de seu passado o desorientou completamente.

O que foi aquele grito? Por que mamãe me chamou tão desesperadamente? Havia milhões de perguntas correndo pela mente de Zeha. Nesse momento, seu telefone tocou. Zeha limpou a garganta para se recompor antes de verificar seu telefone.

[16 de janeiro, Calendário Lunar] O aniversário da morte dos meus pais.

É apenas uma coincidência um homem estranho aparecer e falar sobre a morte dos meus pais neste mesmo dia? Não, não pode ser. Com isso, Zeha decidiu deixar seu emprego de meio período e ir para a montanha. ☪☪ ☪☪☪

Sim, eu fui lá.Peguei o ônibus, desci e vi a montanha bem na minha frente. Eu lembro disso. Mas o que aconteceu depois? Como fui parar no hospital? Nesse momento, uma enfermeira entrou no quarto. Ela correu para o lado de Zeha assim que percebeu que ele estava consciente. “Senhor, você está acordado. Como você se sente? Você está com alguma dor?” “Meu peito está um pouco...” “Isso não é surpreendente. Você tem uma grande ferida lá. Deixe-me colocar alguns analgésicos em seu IV.” Enquanto preparava o gotejamento intravenoso, a enfermeira comentou: “Você esteve apagado por três dias, você sabe. Você estava sangrando tanto e muito gravemente ferido que eu temi que você não sobrevivesse. É um alívio ver que você está bem.”


Eu estive apagado por três dias? Depois que a enfermeira saiu, Zeha lutou para se lembrar do que havia acontecido na montanha. Mas os analgésicos o deixaram sonolento. Zeha caiu e perdeu a consciência quando finalmente acordou com alguém chamando seu nome. “Sr. Zeha? Ouvi dizer que você acordou. Você tem um momento?” Era um homem. Ele parecia afiado com seus óculos. Zeha piscou, encarando o homem com um olhar perplexo. O homem enfiou a mão no bolso e tirou um cartão em resposta. “Sou o detetive Kim Soo-hoon do Departamento de Polícia de Sin-si”, explicou. Zeha pegou o cartão e olhou para ele. Esta foi a primeira vez que ele recebeu um cartão de identificação de um policial. Zeha olhou para Soo-hoon e percebeu que ele estava de terno. Não pôde deixar de pensar que parecia mais um promotor do que um detetive. “Eu só tenho algumas perguntas sobre o incidente na Montanha Inwang.” “Montanha Inwang...” Zeha também tinha dúvidas sobre o que aconteceu. Ele gemeu enquanto se sentava cautelosamente. “O que você estava fazendo na Montanha Inwang na data lunar de 16 de janeiro?” “Eu só tinha alguns negócios para cuidar...” “E eu estou aqui perguntando o que isso seria.” Algo está errado. Soo-hoon soou acusador, como se Zeha tivesse feito algo errado. Zeha franziu a testa enquanto olhava para o detetive. “É pessoal,” ele retrucou, “Eu realmente tenho que te dizer isso também?” “Sim, é por isso que estou aqui,” Soo-hoon afirmou com firmeza. “Ouça, é melhor você me dizer a verdade”, ele avisou. “O que você estava fazendo na montanha?” “Eu não quero dizer.” Zeha atirou de volta. “Quero exercer meu direito. Meu direito de permanecer calado.” Os olhos frios de Soo-hoon perfuraram Zeha. “Normalmente, os criminosos gostam de exercer esse direito.” “Desculpe-me? Estou apenas exercendo meus direitos, e você me compara a


um criminoso? Você não acha que é demais? Quero dizer, você pode fazer isso seriamente? Um policial me condenando assim que eu exercer um direito que tenho direito?” Soo-hoon suspirou enquanto explicava, “No dia em que você não apareceu para trabalhar e foi para a montanha, vinte e quatro corpos mutilados foram encontrados espalhados pela área.” Zeha ficou momentaneamente sem palavras.

Mutilado? Corpos? Zeha só tinha ouvido essas palavras no noticiário. Nesse momento, ele contorceu o rosto enquanto levava a mão ao peito novamente. Estava começando a latejar de novo quando os efeitos do remédio que ele havia recebido estavam começando a se desgastar. Soo-hoon tirou algumas fotos de um envelope. Enquanto Soo-hoon mostrava as fotos na frente de Zeha uma por uma, ver as cenas horríveis fez Zeha parar de respirar. Braços dilacerados, corpos dilacerados e cortes profundos no peito e na barriga... Zeha se perguntou se ele tinha visto esses corpos ali.

Eu? Nesse momento, uma imagem passou por sua mente. Sangue respingado, respiração pesada e um grito...

“Zeha!” O grito de sua mãe era tão claro que era como se ela estivesse gritando bem em seu ouvido, mas Zeha não conseguia se lembrar de nada, “Sr. Zeha?” A voz de Soo-hoon estava misturada com o grito de sua mãe. Zeha o encarou com olhos injetados de sangue. “E agora? Você quer falar sobre o que aconteceu?” +++ Zeha disse a Soo-hoon que nada lhe veio à mente. “Era o aniversário da morte dos meus pais...” Ele explicou ainda: “Fui para lá porque


era onde morávamos”. Zeha presumiu que esse detetive não acreditaria nele sobre o homem suspeito que se aproximou de sua casa. “Lembro-me de subir a montanha, mas não consigo me lembrar de nada depois disso...” Depois de questionar Zeha, Soo-hoon disse a ele que iria por enquanto. Antes de sair, ele acrescentou que eles poderiam ter que se encontrar novamente. Zeha afundou de volta na cama enquanto ele levantava as mãos e enterrava o rosto nelas.

O que diabos aconteceu? As fotos que Soo-hoon lhe mostrou passaram rapidamente em sua mente como um filme.

Um humano não poderia ter feito isso... Como alguém pode matar pessoas assim? As feridas das vítimas não eram de facas ou machados.

Talvez fossem de predadores? Como tigres e ursos... Mas Sin-si era uma cidade grande. Era impossível ter predadores à espreita. Oh. Eu realmente não consigo me lembrar de nada. Isso é loucura. Mal sabia Zeha, esses casos de assassinato da Montanha Inwang abalariam a cidade. Foi apenas o começo de algo malicioso.



1 A vista espetacular da cidade se estendia diante dos olhos de Zeha da janela do ônibus. Os telhados tradicionais de Hanok adornavam os modernos arranha-céus, as bordas de seus beirais curvando-se ligeiramente para cima. Essa fusão da arquitetura oriental e ocidental foi obra de Hwanwoong, presidente do Yisal Group. Ele era dono da Torre Yisal, o maior e mais alto arranha-céu da cidade que se erguia sobre os outros. Há alguns anos, Hwanwoong decidiu renomear a cidade para “Sin-si” em comemoração ao 300º aniversário de sua empresa. Esse foi o início dele embarcando no desenvolvimento da cidade de acordo com sua visão. Além disso, ele também prometeu ao povo benefícios incríveis e generosos. Desnecessário dizer que eles foram completamente conquistados por sua generosa oferta.

Eu não sei. Isso é uma coisa boa? Ao contrário de outros, Zeha estava cético sobre o desenvolvimento de Sin-si para melhor. Enquanto a maior parte do distrito da cidade do norte, onde a Torre Yisal estava situada, floresceu em uma área luxuosa e limpa, o estado do distrito do sul se deteriorou significativamente. As autoridades, cuja influência havia sido consideravelmente reduzida até então, tentaram em vão manter os criminosos à distância. Como resultado, a taxa de


criminalidade no distrito sul disparou. Não era apenas o distrito sul. O distrito do norte também teve seu quinhão de problemas. Na superfície, era um lugar luxuoso com desenvolvimentos emocionantes por vir. Na realidade, porém, não era melhor do que o distrito sul quando se tratava de crime.

Oh bem, não é da minha conta. São problemas que aqueles que estão no topo devem cuidar. Um cidadão como eu só tem que fazer o que tem que fazer, certo? Zeha gentilmente colocou a mão na cintura. Ele estremeceu levemente quando seus dedos entraram em contato com o metal frio. Era uma arma que ele conseguira adquirir há alguns dias. Zeha não sabia por que, mas por algum motivo, isso o deixou mais tranquilo. Havia uma pequena abertura na janela do carro. A brisa fria do inverno entrou por ela e despenteou levemente o cabelo de Zeha. Logo, a Montanha Inwang apareceu à distância. Ele estava indo para a montanha de ônibus.

Já faz um mês? Após o incidente, Zeha recebeu alta do hospital assim que foi considerado apto o suficiente. Enquanto ele permaneceu seguro, as coisas pioraram na cidade. Os assassinatos atrozes que aconteceram na montanha começaram a acontecer também na cidade. Vestígios de marcas de arranhões de garras grandes, sangue carmesim pingando manchado como se línguas lambiam os cadáveres e marcas de mordidas medonhas... Os corpos com tais marcas eram considerados sortudos. Muitos outros foram desmembrados, deixados com nada além de uma cabeça ou algumas partes do corpo atacadas. À medida que esta série de assassinatos misteriosos começou a se espalhar pela cidade, os sinais de Soo-hoon secretamente seguindo Zeha desapareceram. Ele deve ter percebido que Zeha não tinha nada a ver com os casos de assassinato.

Uma névoa escura e uma tempestade de areia... As testemunhas sempre os mencionaram em seus relatos.


Eles disseram que assim que a névoa escura ou a tempestade de areia se dissiparam, corpos mutilados apareceram, espalhados pela área. Enquanto as câmeras da cidade capturaram imagens dessas ocorrências misteriosas, elas não conseguiram capturar os culpados por trás delas. Era realmente um mistério.

Eu sabia. Eles não são o trabalho de um humano. Um dia, as pessoas começaram a chamar a entidade responsável pelos assassinatos de “Beom”. Eles o apelidaram assim devido às marcas de dentes e marcas de garras que cobriam os corpos das vítimas infelizes que se assemelhavam aos de um tigre. Hwanwoong não ficou em silêncio sobre esses incidentes horríveis que estavam aterrorizando Sin-si. “Um crime hediondo está ocorrendo em Sin-si, a mesma cidade que meticulosamente e incansavelmente construímos juntos com nossas próprias mãos... ponha um fim nisso... Portanto, declaro estado de emergência e planejo recompensar especialmente aqueles que conseguirem capturar os Beom e acabar com isso. Então, vamos ver. Existe alguém que gostaria de dar um passo à frente e caçar esses beoms em nome de Sin-si?” Hwanwoong anunciou diante dos jornalistas, batendo na boca com um leque negro como sempre fazia. A recompensa foi de cinquenta milhões de won por carcaça. Embora a quantia fosse um incentivo grande o suficiente para agitar aqueles que mal conseguiam sobreviver, muitos estavam céticos. Eles se perguntavam se era mesmo possível matar essas criaturas que não apenas produziam neblina escura e tempestades de areia, mas também evitavam ser gravadas por câmeras de vigilância de alta qualidade. Mais tarde, tornou-se possível. Uma equipe de caçadores de beom conhecidos coletivamente como “Tiger Butterfly” foi a primeira a conseguir capturar um deles. Eles apresentaram ao público o beom que haviam capturado. Parecia um humano, exceto pelas orelhas, que ficavam sobre a cabeça, como um tigre. Um líder de equipe, Seongjin, balançou a cabeça decepada enquanto contava:


“Pensei que fosse um de nós à primeira vista. No entanto, percebi que havia algo errado. Havia apenas algo estranho na cor da pele e nos olhos. Então eu o cutuquei. E olhe. Ele mudou de forma e ficou assim.” Então, esses Beom existiam. E era possível matá-los. Este incidente fez com que mais e mais pessoas se juntassem à caça a essas criaturas com uma variedade de armas. Zeha também tinha uma arma com ele. No entanto, ele o tinha por um motivo diferente. A névoa escura. Ele se lembrava vagamente. Zeha se lembrou de como ela o envolveu em sua escuridão logo antes de perder a consciência na montanha. Ele tentou subir a montanha novamente assim que se lembrou disso. No entanto, a montanha estava fora dos limites quando ele foi lá naquela época. No entanto, as coisas são diferentes agora. A montanha foi reaberta ao público desde que a caça ao beom começou. Zeha queria saber com certeza o que havia acontecido lá um mês atrás.

Os caçadores de beom já varreram a montanha, então não será tão perigoso. E eu tenho uma arma comigo... Assim que Zeha desceu do ônibus, ele olhou para a montanha, que estava envolta em escuridão. Ele não sentiu medo, apesar de sua experiência bastante traumática. Zeha caminhou até a montanha na escuridão, confiando apenas em sua vaga memória. O ar frio cercava a montanha nevada, mas, estranhamente, Zeha sentiu calor durante toda a subida. Finalmente, ele chegou ao seu destino sem se perder. Zeha se viu em frente ao Beom Rock. A rocha, que parecia um tigre agachado, brilhava contra o luar.

Sim, eu também estava aqui naquele dia. E eu caminhei até ele... Hein? O que é isso?


Havia uma longa escultura na rocha que parecia uma cicatriz.

Não estava lá da última vez... Ele colocou a mão na escultura.

“Argh!” Nesse momento, o ferimento no peito de Zeha, que ele supunha já estar curado, começou a doer. “Ai!” Zeha agarrou seu peito enquanto ele se dobrava. Uma luz azul começou a emitir através das aberturas de seus dedos cerrados e começou a ficar cada vez maior. Foi quando Zeha notou a mudança em seu corpo. “O que-?” Ele rapidamente puxou a mão e olhou para ela. Parecia bem. A luz vinha de seu peito, ao redor do ferimento que sofrera um mês antes. “Mas o que raios é isto...?” Zeha estava chocado demais para falar. Mas havia mais. O corte profundo na rocha também emitia a mesma luz azul. As luzes ficaram mais fortes na escuridão a ponto de se tocarem. Era quase como se estivessem ressoando. O queixo de Zeha caiu enquanto ele observava a cena surreal se desenrolar diante de seus olhos. Ele estava completamente sem palavras. Ele ficou tão atordoado que esqueceu completamente a dor no peito. As luzes estavam tão fortes agora que estava ficando difícil para Zeha olhar diretamente para ela. E assim, ele fechou os olhos. Zeha lentamente abriu os olhos novamente quando a luz se apagou. Foi nesse momento que ele viu... “Oh meu!” Zeha tropeçou no chão, pego de surpresa pela visão surpreendente diante dele. Havia um homem magro de pé onde a rocha ficava. Ele era um homem de aparência linda, com cabelos e olhos acinzentados. Um


manto azul-marinho escuro que estava solto ao redor dele complementava suas calças largas. Havia uma corda grossa e vermelha enrolada em seu pescoço como um colar. O homem sorriu para Zeha com os braços cruzados e foi em sua direção. Nesse momento, ele agarrou o último pelo pulso e o puxou para cima sem esforço. Ele então cruzou os braços novamente e sorriu. Zeha não podia acreditar em seus olhos. Ele piscou várias vezes e coçou a cabeça enquanto murmurava: “Estou sonhando de novo?” “Não é um sonho, meu filho. Meu nome é Haru. Eu sou a Rocha Beom da Montanha Inwang.”



O homem falou de uma maneira um pouco estranha. A cor de seus olhos era exatamente a mesma da pedra que uma vez estava onde ele estava. Zeha franziu a testa. Ele olhou para Haru e estudou o último por um momento antes de sorrir. “Uau, eu nunca soube que eu sonhava tanto. Eu não posso acreditar que estou tendo um sonho tão ridículo! Cara, eu estou com vergonha de contar a alguém sobre isso.” Ele estava murmurando sem sentido para si mesmo quando Haru agarrou seu pulso. Zeha tentou soltar a mão de Haru, apenas para perceber que o homem misterioso era mais forte do que ele pensava. Zeha olhou para Haru e fez uma careta. Mas Haru não se incomodou. Ele sorriu e começou a falar, soando como um adulto. “Veja o quanto você cresceu, minha querida criança! Você era tão pequena naquela época. Assim.” Ele começou a fazer um pequeno caroço no ar com o polegar e o dedo indicador. “Eu nunca fui tão pequeno”, retorquiu Zeha. “Além disso, nós nunca nos conhecemos. Não há como você me dizer que eu cresci-” “Eu assisti você o tempo todo quando você era pequeno”, disse Haru, interrompendo-o. “Eu te vi quando você estava nos braços de seu pai e quando você colheu flores segurando a mão de sua mãe. Você era tão fofo quando dançava com uma flor enfiada atrás da orelha...” “Bonito? Isso soa absurdo... Espere um minuto.” Nesse momento, essa mesma cena se passou na cabeça de Zeha. Foi durante a primavera, o céu de um azul lindo e claro. Ele estava com sua mãe, colhendo as flores na frente da pedra. Zeha se lembrou de como ele dançava enquanto sua mãe cantava uma música. Foi uma lembrança agridoce. Ele limpou a garganta. Não havia ninguém por perto durante esse tempo, exceto eles.

Como esse cara estranho sabe disso? “Como você sabe disso?”


“Parece que sua memória é bastante pobre,” Haru comentou. “Eu não disse que eu vi você? Eu sentei aqui e observei tudo por tanto tempo agora que eu nem sei quanto tempo se passou. Minha querida criança, dê uma olhada em meus olhos e cabelos . Não pareço com a rocha?” “Bem, você poderia ter colocado lentes de contato coloridas para seus olhos, e você poderia ter tingido seu cabelo...” Zeha estendeu a mão e arrancou uma mecha do cabelo de Haru. “Ai, isso doeu!” Haru exclamou surpreso. “Ah, então você sabe falar como uma pessoa normal.” “Isso é doloroso, minha querida criança.” Zeha ignorou Haru e examinou o fio. Estava cinzento até a raiz. Não era um pintado.

Ele não parece mais velho do que eu, então não pode ser cabelo branco...” Ele examinou Haru de cima a baixo. Haru olhava ao redor e acariciava o queixo com a mão como se fosse um velho de longa barba branca. Zeha o achava mais estranho a cada segundo. “Não parece que há beom aqui...” A menção do beom imediatamente chamou a atenção de Zeha. “Você sabe sobre o beom? Você pode senti-lo quando eles estão por perto?” “Claro, estou aqui para guardar a entrada do Inwang Dungeon, o mundo do beom para protegê-lo. Sim, estou ciente de que sou ótimo e incrível-” “O que diabos é Inwang Dungeon?” Zeha interrompeu. Haru sorriu. “Então, você acredita em mim agora?” “Apenas explique para mim. O que é Inwang Dungeon?” “É uma história muito longa. Já existe há muito tempo. É muito, muito longa-” “Você disse que seu nome é Haru, certo?” “Huh?” “Você, vá direto ao ponto. Um resumo simples, por favor. Alô?”


“Tsc, tsc. Que grosseria.” Haru balançou a cabeça em desaprovação enquanto se sentava de pernas cruzadas. Ele olhou para Zeha por um longo tempo antes de finalmente admitir: “Você sabe, eu realmente não sei muito.” “...”


1 Qualquer um ficaria estupefato. Zeha não podia acreditar que Haru tinha divagado tanto, apenas para finalmente concluir que ele não sabia de nada.

Devo socá-lo? Haru ainda estava fingindo acariciar sua barba inexistente quando disse: “Foi há tanto tempo que não consigo me lembrar claramente. Você não vive momentos como esses também? No entanto, há uma coisa que eu sei com certeza. Existe um mundo de desgraça por trás do lugar que protegi, e eu existo para impedilos de vir aqui.” “Ah com certeza.”

Estou tão farto dele. Ele é apenas mais um louco. Zeha estava prestes a se afastar quando Haru acrescentou algo que o fez parar. “Você sabe que dia é 16 de janeiro?” 16 de janeiro, no calendário lunar.

É o aniversário de morte dos meus pais. E o dia em que aquele terrível incidente aconteceu. Zeha imediatamente se virou e agarrou Haru pelo colarinho. “Diga-me tudo o que você sabe agora.” “Você já ouviu falar sobre o Dia dos Visitantes?” “O Dia dos Visitantes...?” Parecia familiar. “Os Beom visitam este mundo em 16 de janeiro.”


Arrepios percorreram a espinha de Zeha e se espalharam por todo o seu corpo. “Uma vez por ano, os beoms podem vagar livremente. Eles podem se misturar com os humanos e comê-los para ganhar a energia necessária para viver por mais um ano.”

“Venha, Venha” Zeha de repente pensou em algumas letras de músicas. Era a música que ele costumava ouvir sentado no colo do pai. Por que estou lembrando dessas letras agora? Zeha balançou a cabeça e tentou empurrar a letra para o fundo de sua mente. “Eles comem... humanos...?” “Sim, você vê, a tribo Beom precisa se alimentar de humanos para sobreviver no mundo das sombras que está desaparecendo.” “O mundo desvanecido das sombras...?” “Isso é Inwang Dungeon. É um mundo artificial criado temporariamente pelo beom para sobreviver. Como não é real, não pode durar para sempre. Como tal, precisa de um sacrifício para mantê-lo funcionando.” “E esse sacrifício somos nós?” Haru assentiu. “Mas... você não disse que eles só andam livres por um dia? Se eles só podem andar livres por um dia, como isso explicaria as coisas que estão acontecendo na cidade agora? O que eles ainda estão fazendo aqui? “ “O selo foi quebrado.” “Por quê? Você não deveria proteger este mundo do beom? Olhe para você, você está perfeitamente bem! Por que você não está fazendo seu trabalho?”1 Haru permaneceu em silêncio enquanto olhava para Zeha. Ele não conseguia ler a expressão de Haru porque parecia que estava chorando e sorrindo ao mesmo tempo. Nesse momento, Haru levantou a mão lentamente. “Você.” Ele bateu na testa de Zeha. “Você quebrou o selo.”

Esmaga! Nesse momento, Zeha ouviu algo quebrar.


Estava vindo de sua cabeça. De repente, os olhos de Zeha rolaram para trás quando ele desmoronou no chão impotente. Haru simplesmente permaneceu onde estava em silêncio, observando-o cair. ☪☪ ☪☪☪ Há um mês, no dia lunar de 16 de janeiro. Zeha tinha acabado de chegar a Rocha Beom e estava respirando pesadamente quando notou um homem parado na frente dele. Zeha franziu a testa. Ele não esperava ver ninguém aqui. Ele parou por um momento para recuperar o fôlego antes de olhar para cima para estudar o homem por trás. Ele era tão alto quanto Zeha, que geralmente se elevava sobre os outros. Nesse momento, o homem se virou como se tivesse sentido os olhos de Zeha perfurando suas costas. Todas as suas feições eram pretas como breu - seu cabelo, seus olhos, sua pele. Ele sorriu para Zeha ao vê-lo. “Já faz um tempo, Zeha. Olha o quanto você cresceu.” Zeha não pôde deixar de franzir a testa para sua voz sonora.

Quem é ele? Eu nunca o encontrei antes. No entanto, quando o homem se aproximou e permitiu que Zeha olhasse melhor para ele, Zeha percebeu que ele estava errado.

Ah, ele é amigo do meu pai. Costumávamos nos encontrar muito quando eu era jovem. Ele foi muito legal comigo. A impressão de Zeha sobre o estranho mudou instantaneamente. “Você se lembra de mim? Sou eu, Hupo.” “Sim, Sr. Hupo. Já faz muito tempo.” Hupo sorriu maliciosamente quando Zeha o cumprimentou sem parecer alarmado. Zeha não percebeu a estranha luz brilhando em seus olhos. “Como você está? Eu sempre me perguntei onde você estava. Devo dizer, foi difícil tentar encontrá-lo. É bom esbarrar um no outro assim. Você não acha?”


“Sim.” Zeha não pôde deixar de sentir que ele veio até aqui só para conhecer esse homem chamado Hupo. “Por que não nos sentamos? Temos muito o que colocar em dia.” Hupo disse enquanto se sentava de frente para a rocha Beom. Zeha seguiu o exemplo e sentou-se também. Ele não pôde deixar de olhar boquiaberto para a rocha. “Você se lembra? Quando você era jovem, seu pai costumava cantar uma música enquanto estava sentado aqui.” “Uma canção?”

Eu não me lembro disso. “Hmm... Ainda não, talvez?” “Com licença?” “Ah, não é nada. A propósito, você sabe que seu pai pertencia à tribo Beom que vivia além da rocha, certo?” Tribo Beom? O que ele quer dizer com isso? Meu pai pertencia a essa tribo? Oh, certo. sim. Ele era um bum. Claro, ele era. Sim está certo. E uma aldeia ficava além de onde morava o beom. Zeha não percebeu que a realidade estava começando a tomar uma forma diferente em sua cabeça. “Vivemos lá até 16 de janeiro no calendário lunar. É quando estamos livres para passear aqui. Mas você sabe o que aconteceu? Sua mãe, a protetora daquele portão, se apaixonou por seu pai. Ela o convenceu a ficar .”

Oh, é assim? Minha mãe impediu meu pai, um beom, de sair. “Ele cantou uma música. Chama-se Jogo do Portão. Ele abre temporariamente a passagem que leva ao nosso mundo e o mantém assim. Foi assim que seu pai conseguiu ficar para trás em vez de ser arrastado de volta ao nosso mundo depois de 16 de janeiro.”

A música do Jogo do Portão. “E você nasceu de seu pai, um membro da tribo Beom, e sua mãe, um membro da tribo Gom. Isso é incrível. Isso raramente acontece.” Oh, é assim? A mãe era da tribo Gom. E eu sou uma raridade.


“Seu pai costumava trazer você aqui e cantar a música. Ainda não soa um sino?

“Venha, venha.” Nesse momento, Zeha ouviu a voz sonora de seu pai murmurar em sua cabeça. Todo o entorno mudou instantaneamente. Zeha voltou a ser uma criança sentada no colo do pai.

“Venha, venha. Venha rápido. Antes que o portão feche, venha rápido. Onde estão eles, aqueles que não estão aqui...” Era uma melodia monótona que era estranhamente agradável aos ouvidos. Ele começou a cantar a música, então completamente desorientado. Hupo ficou parado enquanto o observava cantar com uma expressão atordoada no rosto. A doçura nos olhos de Hupo se desvaneceu, a hostilidade impiedosa tomou seu lugar. “Venha, venha...” À medida que a música continuava, Hupo percebeu que sua energia aumentava.

Rachadura. Nesse momento, a pedra fez um barulho quando se partiu ao meio. O portão se abriu. Um por um, os membros da tribo beom que estavam trancados em Inwang Dungeon irromperam pelo portão. Hupo curvou o canto dos lábios para cima, satisfeito com suas ações. “O portão está agora aberto.” O beom olhou para o céu, dominado por emoções que as palavras não conseguiam descrever, antes de olhar para baixo para encontrar o olhar de Hupo. Muitos pares de olhos, brilhando com lealdade, mas também com crueldade, fixaram-se momentaneamente em Hupo enquanto os beom aguardavam sua ordem. Lenta mas seguramente, a energia do beom fluiu para fora da masmorra e envolveu seu corpo. As unhas de Hupo começaram a ficar cada vez mais compridas. Por fim, declarou, “Esta guerra que deixamos inacabada 4.000 anos atrás - vamos começar de novo!”


Naquele momento, a névoa escura e a tempestade de areia se ergueram e cobriram o chão em que estavam. A beom rugiu enquanto eles desciam a montanha em alta velocidade e seguiam em todas as direções. Nesse momento, Hupo olhou para Zeha, que ainda cantava a música em transe. “4.000 anos atrás, foi um vira-lata como você que me prendeu.” Ele se agachou para ficar cara a cara com Zeha. “Você tem o sangue daquela xamã porteiro. Isso significa que você também deve ser capaz de fechar o portão.” Ele enfiou uma garra longa e afiada no peito de Zeha. “Parece que eu vou ter que te matar então.” ☪☪ ☪☪☪ “Argh!” Zeha subitamente disparou de volta, a dor da longa garra cortando seu peito ainda em carne viva. Ele estava desesperadamente tentando recuperar o fôlego quando seus olhos encontraram os de Haru. Haru estava sentado perto dele, observando-o sem palavras. Embora ele tenha permanecido em silêncio, Zeha de alguma forma logo encontrou seu coração se acalmando de volta ao seu normal batimento constante. Uma emoção inexplicável surgiu em seu coração. “Hupo...” Ele finalmente conseguiu juntar suas memórias fragmentadas. Muitos anos atrás, quando ainda era jovem, Hupo descobriu que seu pai estava neste mundo sem ter sido sugado para o Inwang Dungeon depois de 16 de janeiro. Ele se esforçou por muitos anos tentando descobrir como viver neste mundo do pai de Zeha. Mas quando as coisas não saíram de acordo com seu plano, ele assassinou o pai de Zeha e depois matou sua mãe também.

“Zeha!”


Zeha agora percebeu que havia mais em seu choro. Ela disse mais uma coisa.

“Corre!” E assim, ele correu. Ele correu e não olhou para trás. Ele correu. Longe de Hupo, longe de suas memórias trágicas. Ele correu. Uma inundação de tristeza e culpa de repente invadiu o coração de Zeha. “O Beom... para meus pais...” Ele engasgou quando seus olhos se encheram de lágrimas. Ressentimento e tristeza se derramaram em seu coração como água saindo de uma represa. Eram as memórias e emoções que ele vinha reprimindo todos esses anos. Haru olhou para Zeha, sua expressão empática e compreensiva. Zeha se confortou com seu olhar tranquilizador. Zeha descobriu que ele não se encaixava em lugar nenhum depois que ele perdeu seus pais e memórias e foi jogado em um orfanato. Ele se acostumou a ficar sozinho desde então. Havia dias, é claro, em que ele sentia desesperadamente a falta de seus pais. Nesses dias, ele simplesmente rastejava silenciosamente para a cama e chorava até dormir. Logo, no entanto, Zeha descobriu que não havia ninguém ao seu redor que se importasse o suficiente para confortar e aquecer seu coração frio. E assim, todas as suas lágrimas secaram. Ele concluiu que chorar não mudava nada. Então, ele se livrou de todo resquício de tristeza por seus pais. Mas agora, pela primeira vez em sua vida, Zeha estava recebendo conforto de um estranho duvidoso com cabelos e olhos grisalhos. Quando Haru tocou a superfície das bochechas de Zeha para enxugar suas lágrimas, Zeha percebeu que suas mãos estavam frias como uma rocha. Mas, para Zeha, eles se sentiam aquecidos. Assim que Zeha parou de chorar, Haru se levantou e estendeu a mão. “Vamos, minha querida criança.” “Eu não sou seu filho. Me chame de Zeha.” Zeha então pegou sua mão. Ele perguntou: “Para onde vamos?”


“Se o beom travar guerra novamente-” Haru olhou para Sin-si, que atravessava o cume da montanha, antes de continuar. “Bem, nós precisamos lutar de volta.”


1 Miyoung estava voltando para casa depois da aula. Mesmo em meio à agitação de sequestros e assassinatos misteriosos, a rotina de um estudante do ensino médio permaneceu a mesma. Um vento sinistro soprou sobre a rua escura. Até alguns meses atrás, ela costumava frequentar essa rua mal iluminada. Agora, porém, ela estava com medo.

Eu deveria pedir ao meu pai para me pegar. Ela pegou o telefone. Nesse momento, uma rajada de vento soprou.

Swoosh. Ela imediatamente olhou para cima e viu uma sombra enorme. Ele saltou direto para ela antes mesmo que ela tivesse tempo de piscar. “Argh...” Ela não foi poupada nem um segundo para gritar por socorro. Ela nem percebeu o que tinha acabado de acontecer quando as garras afiadas da sombra cortaram sua cabeça. “Pare!” Só então, Miyoung ouviu o grito de um homem de longe. Ela piscou quando o mundo inteiro começou a girar em torno dela rapidamente. Tudo ficou preto quando seu corpo flácido colidiu no chão. Ela estava morta.

Bang! A bala, que Zeha havia disparado, não deixara nem um arranhão na fera.


Já havia disparado, levando consigo o corpo da menina decapitada. No entanto, o tiro o fez voltar para tentar procurar a fonte do som. Zeha estremeceu de horror quando seus olhos se encontraram com seu brilho feroz brilhando na escuridão. O feixe rosnou para ele, mostrando seus dentes afiados. Suas presas brilhantes pareciam prontas para cravar em seu pescoço a qualquer momento. Zeha se livrou do medo enquanto levantava o braço e apontava para a fera mais uma vez.

Onde está... todo mundo? Eles haviam prometido atacar assim que ele chamasse a atenção do beom. Nunca lhe ocorreu que uma garota atravessaria a rua que lhe disseram para esperar.

Onde está todo mundo? Estava absolutamente quieto ao redor dele.

Grgh... O beom rosnou.

Bang! Zeha disparou mais uma vez. Mas foi em vão. A besta franziu a testa em aborrecimento quando jogou o corpo da garota de lado. Ele se moveu tão rapidamente que Zeha não conseguiu acompanhá-lo. Assim que ele estava prestes a puxar o gatilho novamente, a fera de repente saltou diante de seus olhos. “Não!” O Beom agarrou-o pelo pescoço com suas enormes garras. Embora Zeha fosse maior que o beom, era muito mais forte que ele. Ele rosnou cruelmente enquanto levantava Zeha no ar, cavando sua cintura com suas garras afiadas. Nesse momento, uma flecha voou e perfurou o pescoço do Beom. Zeha imediatamente aproveitou a oportunidade para penetrar em seu pescoço, e não perdeu a chance quando seu aperto afrouxou. Assim que ele torceu o corpo para se libertar, Zeha recarregou a arma, apontou-a direto para o estômago e puxou o gatilho. Mas continuou a atacar. Nesse momento, uma corda algemou seu pescoço enquanto seu corpo era perfurado com várias facas.


Mesmo o beom mais forte não teria chance contra essa série de ataques consecutivos.

Baque. Logo, a névoa negra se dissipou, revelando-se finalmente quando caiu no chão. Zeha engasgou quando ele olhou para ele. Agora que a adrenalina havia passado, a cintura de Zeha gritava de dor. Essas garras devem ter cortado fundo, ele pensou. Zeha olhou para cima para ver o grupo de pessoas tentando arrastá-lo sem sequer lhe dar um simples pedido de desculpas. “Ei...!” O homem que estava segurando a corda em volta do pescoço do beom olhou para ele.

Foi Seongjin? Ele foi um dos famosos caçadores de Beom, “Tiger Butterfly”. “A menina está morta...” “Ah, certo. Mas deve ser ótimo para você. Quero dizer, ela tecnicamente salvou você.” “O que?” “Considere-se sortudo por estar vivo. Seja grato por isso.” Foi nesse momento que Zeha percebeu que eles o haviam usado como isca. Mas ele não podia ir embora assim. Ele precisava receber sua parte da recompensa. Então, Zeha agarrou sua cintura sangrando enquanto mancava em direção a eles. “Dê-me a minha parte.” “Há!” Seongjin riu. “Ei, vocês. Vocês ouviram o que ele acabou de dizer?” “Hahahahaha! O que *****. Vá embora, garoto.” “Sua parte? Ha! Você fez alguma coisa?” “Você veio aqui e tentou caçar um Beom com aquela arma estúpida... Uh. Você está louco?” Eles zombavam dele, rindo alto. Zeha corou com raiva quando agarrou Seongjin rudemente pelo colarinho. “Eu disse, eu quero a minha parte.” Seongjin sorriu para ele. Nesse momento, ele enfiou o dedo na ferida de Zeha.


”Arrrgh!” Zeha gritou de dor excruciante. Seus joelhos dobraram.

Bam! Pow! Seongjin enviou vários chutes brutais em seu rosto e estômago. Zeha estava fraco demais para revidar. Não havia nada que ele pudesse fazer além de se enrolar em uma bola para se proteger. “Quem você pensa que é?!” Seongjin cuspiu, sua saliva pousando bem ao lado do rosto de Zeha. “Idiota.” “Realmente, algumas pessoas realmente esquecem quem são quando veem dinheiro.” Os homens se afastaram enquanto continuavam a rir. Foi nesse momento que Zeha percebeu que ele agiu precipitadamente. Ele deveria ter previsto isso quando eles concordaram em incluí-lo na equipe de mãos vazias. “Filho, você percebe agora por que você precisa ser treinado primeiro?” Nesse momento, tênis pretos apareceram na frente de sua visão nebulosa. Era Haru. “Você acha que eu posso pegar um Beom... com treinamento?”



Foi o primeiro encontro de Zeha com uma beom. Era ainda mais poderoso do que ele imaginara. Ele se moveu tão rapidamente que Zeha mal conseguiu acompanhá-lo e revidar. Ocorreu-lhe então que o Butterfly Tiger conseguiu pegar vários Beom porque eles sempre tinham um chamariz como ele. Ao contrário deles, porém, ele não queria tirar vantagem de pessoas inocentes. “O treinamento é importante, mas...” Haru estendeu a mão para Zeha. Ele sem forças pegou e deixou Haru puxá-lo com um movimento forte. Haru estudou o rosto machucado de Zeha por um momento antes de estalar a língua. “Tsk, tsk, acho que você deveria encontrar seus parceiros primeiro.”

“Por favor... , me salve...” Do-geon não entendeu o que aconteceu. Seus amigos lhe haviam dito para tomar seu tempo e dirigir com segurança, mesmo que estivesse atrasado. Eles queriam compensar todas as vezes que ele apareceu em seus encontros mais cedo do que todos os outros. É por isso que ele aproveitou esse tempo... Ele foi recebido com a visão de uma cena desastrosa no momento em que sua moto chegou ao local. O caminhão que eles planejavam emboscar foi destruído na estrada com vários amassados. As pessoas estavam espalhadas por toda a estrada, sangrando profusamente. Os que estavam longe do caminhão ainda mal respiravam enquanto todos perto dele estavam tão mutilados que era como se um explosivo tivesse acabado de explodir.

Não é uma explosão. Era o trabalho de algo forte, baseado nos braços e pernas rasgados das pessoas. Os dentes da fera tinham mordido e dilacerado seus corpos. Ele tinha certeza de que era o Beom de que as pessoas estavam horrorizadas. Ele viu seus amigos entre os corpos espalhados.


Ele encontrou seu amigo, Kyungsoo. Ele ainda estava respirando, pois havia sofrido menos danos já que estava longe da cena. No entanto, seu corpo foi rasgado ao meio. Do-geon sabia que não duraria muito. “Kyungsoo... Acorde. Você consegue. Olhe para mim.” Os olhos de Kyungsoo rolaram para trás. “Não, Kyungsoo. Não me perca. Olhe para mim. Olhe para mim nos olhos.” Ele deu um leve tapa no rosto e chorou, o que trouxe de volta o foco nos olhos de Kyungsoo. “Do-geon...” Kyungsoo sorriu. Sua boca estava coberta de sangue. “Não chore.” Do-geon devia estar chorando. Ele pensou que as gotas que caíam sobre esse amigo moribundo eram gotas de chuva. “Pelo menos, chegamos aqui antes de você... desta vez... está tudo bem...” Era o moribundo que confortava o vivo. “Nós vamos primeiro agora... tudo bem... você... vá com calma...” Está tudo bem... sério... Era isso. Desta vez, seus olhos não rolaram para trás. Kyungsoo tinha um sorriso em seu rosto mesmo quando sua vida escapou de seu corpo. Era quase como se ele fosse pular e exclamar: “Tada! Você está surpreso? “Foi uma brincadeira, e eu tenho gravado você em vídeo.” Mas ele não abriu os olhos novamente. Do-geon não teve escolha a não ser deixá-lo e continuar a vagar pelos cadáveres.

Por favor, apenas um. Apenas um. Não importa em que estado você esteja. Apenas, por favor... esteja vivo. “Geon... Geon oppa...” Do-geon imediatamente correu em direção à voz fraca. “Gahyeon!” Surpreendentemente, ela estava viva, embora estivesse bem ao lado do caminhão. No entanto, ela estava muito mal. A parte inferior de seu corpo estava esmagada sob o peso esmagador do caminhão.


“É estranho, oppa. Eu não consigo me mexer...” “Espere um segundo. Deixe-me limpar isso para você.” Do-geon sentou-se desajeitadamente e se esforçou para levantar o veículo. Este metal pesado carregado de ouro moveu-se ligeiramente. “Oppa... oppa...” Sua voz ficou ainda mais fraca. “Oppa... eu... não quero... morrer... não... Oppa...” ☪☪ ☪☪☪ “Argh!” Do-geon acordou, ofegante. Ele estava respirando muito pesadamente. Todas as noites, esse incidente horrível se repete em meus sonhos. O ar tingiu com o cheiro pungente de sangue, os gemidos dolorosos e carne espalhada. E o desespero de seus amigos. Seus preciosos amigos, de quem ele era tão próximo, eram praticamente sua família. Eles nunca o culparam. Teria sido mais fácil para mim se o fizessem.

“Eu não quero morrer.” As últimas palavras de Gahyeon ecoaram em seus ouvidos novamente. Do-geon sentou-se. Dormir no sofá daquele prédio decadente fazia seu corpo doer. Mas ele não tinha tempo a perder. Mesmo que ele estivesse meio adormecido, Do-geon verificou se sua arma ainda estava no coldre em sua cintura. Uma vez que ele colocou de volta, ele esfregou o rosto com as mãos. Seus olhos injetados de sangue brilharam vermelhos por entre os dedos. “Beom, eu vou matar vocês. Eu vou matar todos vocês.” Maro, o braço direito de Hupo, não gostava de como seu chefe dirigia as coisas. “Uau, se não podemos tocar as crianças, as mulheres e as pessoas que trabalham duro


pela vida, o que diabos devemos matar então?” Ele desprezava os humanos. Eles compartilhavam o sangue do traidor que havia traído sua espécie. Foi sua traição, sua fome de governar este mundo que os condenou a viver milhares de anos naquele lugar imundo. “Baratas...” Ele olhou para baixo da janela de um prédio abandonado. Acabar com este mundo fervilhante de pessoas - era isso que ele queria. Matá-los limpos não era uma opção. Eles tiveram que sofrer tanto quanto sua espécie. Era o preço que eles tinham que pagar pelo que seus ancestrais haviam feito. Eles não mereciam viver suas vidas tão felizes assim. Os ouvidos sensíveis de Maro sentiram um movimento na escuridão, e alguém de preto se aproximava dele. Ele convocou uma névoa negra para se esconder e atacou a figura. Supostamente, a cabeça do homem teve que ser cortada. Mas...

O que acabou de acontecer? “Meu, meu... você não acha extremamente rude de sua parte atacar alguém que simplesmente veio para um bate-papo?” Antes que ele percebesse, Maro se viu no chão. Ele piscou com força enquanto olhava para o homem misterioso diante dele. Não precisou de muita força para jogar Maro no chão.

Ele não é como qualquer outro homem. Eu o vi em algum lugar. Mas de qualquer forma. Maro revelou suas garras e tentou atacá-lo, apenas para o homem dominá-lo facilmente mais uma vez. O homem, que pisou no braço de Maro, sorriu enquanto cobria o rosto com um leque preto. “Vamos bater um papo? Eu tenho uma oferta para você. Você vai gostar.”


1 Três meses se passaram. Zeha se arrependeu de ter tomado as palavras de Haru de ânimo leve. Ele subestimou o treinamento de Haru como um simples treino. Mas ele não poderia estar mais errado. Consistia em uma longa corrida matinal de 50 quilômetros, seguida de séries pesadas de flexões e agachamentos. Mas mesmo quando ele estava no final da corda, Haru exigia que ele balançasse uma vara 500 vezes até que ele terminasse. Mas isso foi apenas o fim de seu treinamento físico diário. “Agora sente-se e concentre-se. Você precisa aguçar seus sentidos para encontrar a força dentro de você.” “Eu não tenho ideia do que você está falando.” “Apenas tente.” Zeha tentou, apenas para cochilar. Isso fez Haru chicotear seu ombro com uma corda. “Não é hora de dormir, Zeha. Você não quer caçar o Beom?” “Claro que eu quero. Mas isso é estúpido. Eu não vou ficar mais forte fazendo isso. Quero dizer, há outros que malham muito mais do que eu, mas ainda falham em caçar esses animais. Eu não sou melhor.” “Você é especial. Você se tornará forte o suficiente com este treinamento.” Levou vários dias para Zeha começar a ter fé na convicção de Haru. Graças à sua alta estatura, os frutos do trabalho árduo de Zeha estavam sendo


pagos muito mais rapidamente do que normalmente. Logo, o treinamento básico que levava várias horas foi encurtado, e Zeha conseguiu balançar sua bengala mil vezes por dia. Uma vez que a árvore que ele praticava seus balanços finalmente se partiu ao meio, ele decidiu mudar de arma. Foi Haru quem sugeriu. “Você vê, conseguir uma boa arma será difícil. Além disso, mesmo se você tiver uma, sua mira é ruim.” Zeha não queria ouvir, mas Haru estava certo. “Eu notei que você só disparou depois que o Beom caiu de um salto. Uma espada vai ser uma arma melhor para você se você lutar assim.” “Você acha que uma espada seria suficiente? Eles se movem na velocidade da luz.” “Sua estatura permitirá que você os empurre no momento em que chegarem a você. Você terá uma chance quando brandir sua espada para cima. Além disso, estou aqui para ajudá-lo.” Zeha examinou o corpo esguio de Haru de cima a baixo.

Ele realmente vai me ajudar? Nem parece que ele possui uma arma. Tendo lido o olhar em seu rosto, Haru deu um tapinha na testa de Zeha. “Que olhar estranho. Por que tenho a sensação de que você está me menosprezando?” “Você é bom em ler as pessoas. Eu vou te dar isso. Você não precisa de uma arma também?” “Isso será suficiente.” Haru agarrou a ponta da corda em sua cintura e a sacudiu suavemente. Zeha estava errado sobre isso. Ele pensou que era um item de moda desde que Haru o usava em volta do pescoço e da cintura. “O que isso faz? Ela amarra o Beom que eu pego para que você possa levá-los para a Torre Yisal?” Haru sorriu quando Zeha comentou isso com óbvia dúvida em sua voz. “Você vai ver.” Hae-yoon estava tremendo enquanto olhava pela pequena abertura. Ambos os gritos de seus pais a avisando para correr e os gritos de sua irmã em


outro quarto haviam cessado. Ela instintivamente sabia que era um mau sinal.

To..Todo mundo está morto. Ela estremeceu.

Todos estão mortos... O medo - em vez de tristeza - inundou seu coração. Três meses se passaram desde que o Beom apareceu pela primeira vez. Enquanto isso, o inverno chegou ao fim, dando lugar à primavera. Ela uma vez acreditou que tudo voltaria ao normal uma vez que as estações mudassem. Mas as coisas estavam piorando, especialmente no bairro da cidade velha. As feras prosperaram no Distrito 3, onde ela morava. As pessoas frequentemente morriam ou desapareciam durante suas horas de sono e refeições. No entanto, nenhum policial ou militar jamais veio em seu auxílio. Eles fizeram, tecnicamente. Ou seja, só depois que tudo terminou.

“O que o governo está fazendo quando há pessoas morrendo todos os dias?” “Por que eles não colocam soldados na área antes dos assassinatos?” “Todo mundo está muito atrasado. O que devemos fazer quando eles vierem depois que todos estiverem mortos?!” As pessoas reclamaram do governo e começaram a sair. Um por um, eles deixaram o Distrito 3. Hae-yoon era uma daquelas que queriam se juntar a eles. No entanto, seu pai foi inflexível.

“Você tem alguma ideia de quanto eu tive que trabalhar para pagar nossa dívida apenas para comprar esta casa? Nós acabamos de pagar por isso! Não há nada a temer. Nós, humanos, eventualmente prevaleceremos. A polícia ou o exército vão estar aqui para lidar com isso mais cedo ou mais tarde. Quero dizer, não há como eles simplesmente sentarem e assistirem Sin-si cair em ruínas. O Grupo Yisal está na cidade.” Seu pai acreditava na cidade e no governo, e sua mãe confiava nele. Então eles acabaram mortos.

E agora, é a minha vez.


Finalmente reconhecendo a trágica revelação da morte de sua família, Hae-yoon caiu em prantos.

Eu não quero morrer ainda. Hae-yoon queria ir ao parque de diversões com seus amigos, se formar no ensino médio e curtir a faculdade. Ela tinha o sonho de conseguir um emprego no Grupo Yisal e comprar presentes para sua família com seu primeiro salário.

Creak... Só então, Hae-yoon ouviu algo estranho. Estava perto. Parecia ter vindo de uma fera ou de uma máquina. O som era bastante confuso. Hae-yoon imediatamente colocou a mão sobre a boca ao ver uma sombra passar pelo pequeno espaço no armário.

Não. Algo entrou no quarto.

Não. Eu não quero morrer. De repente, o terror misterioso tomou conta dela. Levou tudo em Hae-yoon para não soltar um grito de horror. Esta misteriosa criatura pode ouvir as batidas de seu coração. Hae-yoon estava extremamente assustada. Por fim, o monstro entrou por completo. Através da abertura, ela viu...

Não é um Beom... Essa criatura tinha uma forma totalmente diferente das feras que os caçadores haviam revelado na internet e na TV. Tinha um corpo humano, mas tinha vários olhos em seu rosto. Não tinha nariz e boca. Tinha orelhas de coelho com bordas afiadas e uma perna que parecia a de um louva-a-deus.

O que... o que é isso...? Ela quase gritou ao ver essa criatura grotesca que ela só tinha visto em filmes. Hae-yoon conseguiu engolir seu grito. Ela não pôde deixar de engolir tanto que o som fez um leve ruído.

Gulp. Era quase inaudível. O monstro, no entanto, reagiu a isso.


Em um movimento rápido, a criatura cortou a parte superior do armário com a perna afiada do louva-a-deus. Hae-yoon conseguiu se esquivar, exceto por um pedaço de cabelo que havia sido cortado. Ela observou como eles caíram no chão.

Eu não quero morrer. Quando sua perna laminada perfurou suas costas, cortando seu coração ao meio, Hae-yoon gritou para a pessoa de quem ela sentia muita falta.

Mamãe... Zeha estava andando pelas ruas do Distrito 3 com uma espada na mão. “O que aconteceu com este lugar?” Embora este distrito nunca tenha sido uma área chique do centro da cidade, era um lugar limpo e habitável. “Está em ruínas agora.” Muitas das casas foram arrombadas e abandonadas. Algumas das portas foram deixadas escancaradas depois que os catadores vasculharam e obtiveram qualquer coisa útil que estivesse dentro. As ruas estavam cheias de lixo e pedaços de concreto lascados. Algumas pessoas, no entanto, pareciam ainda estar vivendo nas casas, apesar do caos. Zeha olhou em volta. “Não é estranho?” “O que?” “Quando o Beom desceu da montanha, eles atacaram a cidade por toda parte. Mas hoje em dia, parece que eles estão se concentrando em uma área de cada vez. Era o Distrito 1, seguido pelo Distrito 2. E agora, isso. “ “Hmmm.” “Quero dizer, os militares devem agir e ajudar quando você vê um padrão. Mas eles não estão fazendo nada. São apenas caçadores em todos os lugares.” O padrão certamente facilitava as coisas para a caça, mas ele não podia apagar sua suspeita sobre a permanência da polícia e dos militares sem tomar nenhuma ação. Parecia que eles estavam deixando as pessoas morrerem como um sacrifício.

Bam!


Nesse momento, Zeha ouviu um tiro ao longe. Ele imediatamente levantou sua espada enquanto Haru agarrou a corda em volta de seu pescoço. “Algo está vindo.” Haru disse enquanto olhava para longe. Havia algo se aproximando.

Swoosh! Uma tempestade de areia surgiu onde Haru estava olhando. Algo estava avançando rapidamente em direção a eles. Zeha, com sua espada em suas mãos, arremessou-se em direção à fera que se aproximava. Não diminuiu, embora Zeha estivesse atacando. Era como se pensasse que este humano poderia ser facilmente empurrado para o lado.

Não no meu turno. Logo antes de colidirem, Zeha parou e transferiu sua força para as pernas.

BUM! A colisão, no entanto, não o afetou nem um pouco. A besta olhou para ele, confusa. Zeha não perdeu essa chance ao erguer sua espada e empunhá-la. Sua lâmina cortou diagonalmente para cima e perfurou a cintura da fera. A besta imediatamente puxou seu corpo para trás. Mas era tarde demais. A pura força da facada de Zeha cortou suas costelas, pulmões e, finalmente, seu coração. Ele olhou para ele incrédulo. “Grrr...” A besta soltou um gemido profundo e raivoso. Ele tentou cravar suas garras nele pela última vez, apenas para Zeha desviar facilmente de seu ataque. Ele puxou a espada de seu torso.

Swish. Zeha cortou sua cabeça.

Baque. A cabeça da fera, com a boca ainda aberta para revelar suas presas afiadas, caiu no chão. “Aí está!”


“Foi lá!” Ao ouvir os gritos barulhentos de longe, Zeha sacudiu a espada que estava salpicada de sangue e se virou para olhar para o grupo de pessoas que corriam para ele. Três caçadores. Ele notou a tatuagem de borboleta no pescoço ou no braço, então imaginou que deviam pertencer à Tiger Butterfly. Um deles parecia familiar.

Seongjin. Seongjin parou na frente de Zeha e olhou para ele. Ele reconheceu Zeha também e sorriu. “Então, nos encontramos de novo. Ei, você se lembra desse cara? É aquele desajeitado.” “Ah, certo. Eu me lembro. O grandalhão que maneja a arma como um amador, certo?” “Então chega de arma, hein? O que há com essa espada? Você acha que pode ir contra o Beom com essa espada?” “Idiota.” Eles zombaram. Zeha não reagiu enquanto embainhava sua espada. Enquanto isso, Seongjin pegou a cabeça do Beom. “Isso é coisa sua?” “Sim.” “Hmph. Então você tem jeito com a espada, hein? Você apenas teve sorte. Ela já estava ferida enquanto fugia.” Zeha concordou internamente com ele porque era realmente mais lento e mais fraco do que os habituais. “De qualquer forma, estamos levando isso. Bom trabalho cortando seu pescoço, mas você vê, achado não é roubado.” Seongjin se virou com a cabeça na mão. “Pare aí mesmo.” Seongjin o ignorou e seguiu seu caminho.


Zeha imediatamente se aproximou dele e o agarrou pelo ombro. Os outros caçadores instantaneamente ergueram suas armas e apontaram para ele. “Bem, bem. Parece que pegar um beom realmente aumentou sua confiança.” Seongjin sorriu, quase intimidado. “Eu não disse que já estava ferido? Você não está pensando que pode nos superar agora só porque você matou esse animal doente, certo?” “Eu não estou interessado em lutar com você. Apenas me dê a cabeça e vá.” “Hahahahaha! Ei pessoal, vocês ouviram o que ele acabou de dizer? Ele me disse para dar-lhe a cabeça e ir embora.” “Hahahaha!” O que é tão engraçado? Zeha olhou friamente para Seongjin e sua equipe. “Ei você.” Um deles o empurrou no ombro. No entanto, Zeha nem se encolheu ou se moveu um centímetro, fazendo o homem de tolo. A surpresa momentânea do homem foi logo superada pelo fato de que eles o superavam em número. Ele fez uma careta. “Vá e jogue essa sua brincadeira estúpida de caça em outro lugar. Este é o nosso distrito.” “Ninguém é dono de nenhum distrito. Eu o matei, então é meu. Deixe-o. E eu vou deixar você ir.” “O quê? Vamos embora? Ahahahaha! Você enlouqueceu ou algo assim?” O cara riu alto. Ele estava enfrentando sua equipe antes de de repente se virar para dar um soco em Zeha.

Bam-! Foi um soco perfeito, mas não no lugar certo. Zeha pegou o golpe na palma da mão com facilidade. Crunch! Quando Zeha apertou a palma da mão, os nós dos dedos do homem se partiram em pedaços. “Arghhh!” O cara gritou de agonia e tentou se afastar em vão.


Zeha sorriu casualmente enquanto observava os homens se encolherem. “Eu disse para você deixar isso, e eu vou deixar você ir.”


1 Eles têm armas. Eu preciso neutralizar suas armas primeiro. E assim, Zeha agarrou a cintura do homem chorando para pegar sua arma. Ele então jogou-o no chão e pisou nele, esmagando-o em pedaços. Ele então soltou o punho e deu um chute forte no estômago. Isso fez o homem voar de volta, fazendo com que ele batesse no chão pesadamente. Zeha continuou mesmo depois disso. Ele deu um soco em um homem parado perto -

Crack! O som de sua mandíbula sendo esmagada ressoou em seus ouvidos. Ao mesmo tempo, Zeha atingiu Seongjin pelo pulso quando ele tentou sacar a arma. E caiu no chão. Zeha imediatamente o esmagou com o pé antes de abaixar o corpo e empurrar Seongjin no estômago.

Bum! Suas costas bateram contra a parede com um estrondo. Seongjin caiu no chão com um gemido quando Zeha atingiu sua cabeça com um golpe. O cara com o maxilar quebrado estremeceu ao levantar a arma, apenas para a corda de amarração de Haru voar direto para ele e envolver seu pulso, deixando-o imóvel. Haru então se aproximou para pegar a arma que ele havia deixado cair. Ele se irritou.


“Este é um objeto tão desagradável.” Zeha não pôde deixar de sorrir com o tom aparentemente forçado de Haru, apesar de sua situação. Foi apenas um sorriso, mas Seongjin interpretou como Zeha sinalizando para outra pessoa. “P, por favor, não me mate.” Zeha não tinha a menor intenção de matá-lo. Zeha ficou pasmo ao ouvir Seongjin implorando por sua vida quando foi ele quem tentou matá-lo. “Por que eu deveria?” “Porque eu não sou um Beom... Se você me matar... isso fará de você um criminoso.” “Um passarinho me disse que sua equipe anda por aí matando pessoas inocentes. Tenho certeza de que você está bem ciente de como tentou me usar como isca no outro dia.” “Isso é... o que é cooperar um com o outro, certo...? Hahaha. Você realmente acha que eu tentaria te matar? Eu ia te salvar no último minuto. E aqui está você vivo e bem. Hahaha.” Zeha deu um tapa na cabeça. “Me chame de senhor.” “Claro... não, ok, senhor. Sinto muito. Por favor... sa... salve-me. De agora em diante... de agora em diante, eu nunca mais vou interromper sua caçada.” Zeha estava bem ciente de que isso era apenas uma promessa vazia. Se ele o deixasse ir, Seongjin pode se vingar dele com os outros.

Mas... ele é um homem. Não havia como Zeha acabar com a vida de um homem quando matar o próprio Beom parecia estranho o suficiente por causa de sua aparência humana. Zeha lembrou a si mesmo que ele estava aqui caçando beom, não humanos. No entanto, ele ainda queria enviar uma mensagem de aviso clara. Ele se virou e olhou para Haru. “O que devo fazer?” “Nós não estamos caçando humanos, então não cruze a linha e apenas mande-o embora.”


“Tudo bem, então. Não me deixe te pegar nunca mais. Se isso acontecer de novo, eu não posso prometer que eu só vou atrás do Beom.” “Obrigado, senhor. Eu nunca vou cruzar com você novamente.” Seongjin imediatamente ficou de pé. Ele cambaleou um pouco com uma onda repentina de tontura, mas logo se recuperou e fugiu com seus companheiros. Assim que eles se foram, Zeha pegou a cabeça do Beom, que estava rolando no chão. Não era muito agradável ver sua cabeça com as presas para fora. Zeha sabia que valia uma quantia considerável de dinheiro. Ele seria compensado no Escritório de Caça Beom na Torre Yisal. E o dinheiro seria útil no futuro. -Vamos Haru. Seu corpo era inútil. Zeha estava prestes a sair com Haru quando ouviu uma voz. “Uau, isso foi legal.” A voz veio do telhado. Zeha olhou para cima e semicerrou os olhos para a fonte. Ele só conseguia distinguir uma silhueta por causa do sol brilhante. No entanto, ele poderia dizer que a figura era consideravelmente grande.

Ele parece mais alto do que eu. Quem é ele? Nesse momento, o cara pulou do telhado. Ele era extremamente ágil para seu grande físico. Zeha finalmente deu uma boa olhada em seu rosto. Ele tinha cabelos castanhos e olhos escuros que ficavam sob suas sobrancelhas grossas, fazendo-o parecer escrupuloso. Seu nariz parecia ter sido esculpido, alto e afiado. O homem era bastante bonito. Seu casaco era chamativo, assim como suas tatuagens no pescoço e no peito. Isso impressionou Zeha. Ele parecia ter a idade de Zeha. “Quem é Você?” “Eu não tenho certeza se há algum ponto em lhe dizer meu nome... mas é Do-geon.”



Tum! O que é que foi isso? Seu coração disparou no momento em que seus olhos se encontraram. Foi mais como uma experiência de afluência de sangue para ser preciso. Algo que Zeha nunca havia sentido antes corria em suas veias.

O que há de errado comigo? Eu sou louco? Era embaraçoso ter tais sentimentos por um homem. Nesse momento, Do-geon inclinou a cabeça e tocou o peito esquerdo. “Um...?” Ele olhou para seu peito antes de olhar para Zeha novamente. Franzindo o cenho, ele trancou seu olhar. “Eu apenas sinto que me apaixonei.” Zeha arregalou os olhos. Surpreendeu-o que eles estivessem sentindo a mesma coisa. “O que está acontecendo?” “Eu, eu não estou interessado em homens!” Do-geon riu. “Nem eu. De qualquer forma.” Quando Do-geon ergueu a arma, Zeha rapidamente aproximou a mão da bainha, surpreso. Ele estava apontando a arma diretamente para a cabeça do Beom que Zeha estava segurando. “Isso é meu.” “Mas eu peguei.” “Eu o encontrei e o machuquei. Foi assim que você conseguiu pegá-lo facilmente. Verifique você mesmo.” Ao contrário dos membros do Tiger Butterfly, Do-geon apelou à lógica e à razão. Estranhamente, Zeha achou esse cara bastante simpático. Até parecia que ele conhecia esse homem há muito tempo. É verdade que houve dois tiros de bala no torso do Beom morto. O tiro crítico parecia ser aquele perto da cintura. Do-geon falou arrastado,


“Vê? Como vai ser então? Você vai me bater como você fez com eles?” “Não.” Zeha não queria brigar com ele. Em vez disso, Zeha calmamente passou a cabeça para Do-geon, que agradeceu com uma leve reverência. Assim que Do-geon estava prestes a se virar e sair, Zeha falou. “Eu sou Zeha. E este é Haru.” “E?” “Eu preciso de uma equipe. Uma forte como o Tiger Butterfly. Junte-se a nós.” “Eu não quero.” “Por que não? Você não está melhor com uma equipe do que sozinho? Se for para dividir o dinheiro, podemos dar um jeito-” “Não é pelo dinheiro.” Os olhos de Do-geon ficaram frios. Zeha podia ver através da tristeza e dor que brotavam em seus olhos. Sua tristeza era tão evidente que Zeha podia senti-la. Do-geon acenou com a mão tão rápido como quando o sentiu. Recuperando a compostura, Do-geon falou enquanto olhava direto para Zeha. “Não estou mais formando equipes.” “Não mais...?” “Estou indo embora.” Do-geon se virou. Zeha rapidamente pulou e agarrou seu braço. Do-geon franziu a testa. “Olha, você não pode convencer-” “Então me dê seu número,” Zeha interrompeu. “Por quê? Por que você precisa do meu número?” “Porque... você nunca saberá. Você pode precisar de nós para ajudá-lo quando estiver lutando sozinho...” “Hmmm.” Do-geon apertou os olhos e examinou Zeha e Haru. O cara com quem ele estava falando tinha cara de bebê, mas era alto e ágil.


Por outro lado, Haru parecia frágil como sempre, enquanto ele silenciosamente estava em suas roupas peculiares. Do-geon se perguntou se eles seriam de alguma ajuda antes de chegar à conclusão de que não seria uma decisão ruim, afinal. Mesmo que ele não se juntasse a eles, seria bom conhecer pessoas em tempos de emergência. Além disso, ele não os detestava. Em vez disso, por algum motivo, Do-geon sentiu como se estivesse conversando com um velho amigo. E assim, ele pegou seu telefone. “Seu número.” “100 milhões de won.” Zeha murmurou para si mesmo enquanto verificava o saldo em sua conta bancária. “Você está vendo isso, Haru? São 100 milhões de won. Não, são 100 milhões e 121.520 won, para ser exato.” Zeha segurou o telefone enquanto mostrava os dígitos com as mãos como se fosse algo sagrado. Mas Haru sentou-se contra a parede e falou, claramente desinteressado. Em vez disso, ele estava mudando o canal de TV com um controle remoto. “Qual é o ponto se você não pode nem comprar uma espada com isso de qualquer maneira.” A recompensa pela cabeça de cada beom valia 50 milhões de won. Eles foram para o mercado de câmbio com o dinheiro ganho pela primeira vez. A cidade viu um aumento em muitos mercados vendendo várias armas e itens de defesa necessários para a caça à medida que o número de caçadores aumentava. Quem não tinha coragem e habilidade para caçar recorria a negócios nesse mercado de câmbio. Algumas das armas que as pessoas atualizaram continham grandes poderes. Como tal, eles foram vendidos a um preço alto. Para Zeha, que cresceu no orfanato e ganhava seu pão com empregos de meio período, 50 milhões de won foram suficientes para deixá-lo em pura emoção e excitação. Ele acreditava que o dinheiro seria suficiente para uma arma modesta e item de defesa. Infelizmente, ele estava errado. As armas vendidas no mercado ultrapassaram os 200 milhões de won.


Qualquer coisa útil custava de 400 a 500 milhões de won, enquanto armas especiais eram leiloadas por uma quantia exorbitante. Então Zeha não teve escolha a não ser comprar a espada que os caçadores neófitos compraram. Rumores diziam que algumas armas continham poderes misteriosos e ajudavam a facilitar a caça. Quando ele ouviu isso, ele assumiu que a corda de amarração de Haru era uma delas. Armas como a dele começaram a ser fabricadas em grande número desde que esses beom apareceram. E se os humanos acabarem tendo poderes especiais no futuro? “Ainda assim, são 100 milhões de won... Eu nunca pensei que ganharia tal quantia.” Veja quantos zeros existem. Você acredita nisso?” “Eh. Você vai fazer coisas pequenas se você enlouquecer com apenas essa quantia mesquinha. O que nós precisamos é de uma espada que não quebre. Sua espada vai quebrar em pedaços depois de uma luta.” “Haha. Você está certo.” Zeha verificou a espada que estava encostada na parede. Ele só foi usado contra três Beom até agora, mas já havia muitos amassados em sua lâmina. Houve até uma leve rachadura. Parecia que ele poderia quebrá-lo em pedaços apenas apertando-o. Se não fosse pela corda de Haru e sua força, a espada teria quebrado na luta anterior. “Mas o que posso fazer? Isso é o que posso pagar com 100 milhões de won-” “É isso!” Haru o interrompeu. Apesar de Haru parecer desinteressado durante a conversa, ele agora estava olhando fixamente para a TV. Zeha se virou e olhou. Um apresentador de notícias estava dizendo algo sobre um museu. “Nós precisamos disso.” “Espere, um âncora de notícias...? Você quer que nós sequestremos uma pessoa?”


1 A má interpretação de Zeha frustrou Haru. Ele não pôde deixar de balançar a cabeça em aborrecimento. “Não, não a mulher. Você não viu... aquela coisa? Podemos assistir de novo?” “Acho que podemos verificar na internet mais tarde...” “Bom, vamos esperar.” E assim, eles esperaram. Ambos estavam sentados um em frente ao outro, olhando sem palavras para seus telefones. “Uhm... isso não é um pouco estranho?” “Sh-” “Não vamos perder a reprise se conversarmos.” “Meu querido filho, você é como um passarinho inquieto cantando seu coração.” “Ei, desde quando eu-” “Sh-” Zeha gemeu internamente com a determinação de Haru quando ele finalmente cedeu e manteve a boca fechada. Não vou dizer uma palavra a partir de agora. E assim, Zeha apertou os lábios, apertou a bunda e bateu os dedos até que o silêncio se tornou insuportável. Logo, ele quebrou o silêncio. “O que diabos devemos pegar?” “Eu não posso ter certeza. Mas... algo está...” Haru parecia não saber o que ele próprio estava fazendo também.


“Vamos apenas esperar e ver mais uma vez. Eu terei certeza então.” Haru teve que atualizar a página várias vezes antes que a página que postou as notícias que eles perderam aparecesse novamente. Era sobre o incidente de assassinato que ocorreu no museu no Distrito 5. Seis turistas e sete funcionários morreram. Zeha se sentiu um pouco surpreso. Ele assumiu que o Beom que matava as pessoas não era mais notícia. Ele concluiu que o alto número de baixas deve ter sido a razão pela qual foi notícia. Nesse momento, o noticiário exibiu um vídeo sobre o interior do museu. Zeha reconheceu que tinha sido tirada de um documentário. “É isso!” Zeha imediatamente apertou o botão de pausa. A tela mostrava uma exibição de armas históricas e equipamentos de defesa. Nesse momento, Haru levantou a mão e apontou para algo. Ele estava apontando para uma espada que precisava ser afiada. “Nós precisamos disso.” “Isso...? Por quê?” “Eu não sei. Mas tenho um forte pressentimento de que devemos adquiri-lo.” Zeha não entendia Haru. A espada para a qual ele apontava parecia muito velha e quebradiça, como se um simples tapa fosse suficiente para fazê-la desmoronar em pedaços. Mesmo a espada quebrada que ele possuía atualmente parecia uma escolha melhor. Mas ele confiava em seu parceiro. Durante os últimos três meses, o treinamento de Haru equipou Zeha com técnicas de respiração adequadas e outras habilidades de combate, elevando-o a um nível que ele nunca poderia ter imaginado antes. Foi na medida em que Zeha se perguntou se foi ficar ao lado de Haru que levou à magia por trás de seu incrível crescimento, e não ao treinamento. E assim, foi isso. Como Haru havia escolhido a espada, Zeha estava convencido de que precisava dela.

Mas...


Como? Várias pessoas acabaram sendo mortas naquele grande museu. Isso significava que provavelmente não foi apenas um beom que os matou. Deve haver vários beoms à espreita. Eles podem estar escondidos e esperando para saltar e atacar as vítimas ao redor da área.

Além disso, a espada é de propriedade da cidade. Tudo bem se eu apenas pegar? E se um alarme disparar? “Vamos, Zeha.” Haru pediu, alheio ao conflito interno dentro do coração de Zeha. “Espere. Você tem certeza de que precisamos disso? Nós vamos acabar atrás das grades se formos pegos, você sabe.” “Isso pertence a nós.” “O quê? Uhm, você sabe, nem tudo o que queremos é nosso.” “Mas isso pertence a nós.” “Haru, você realmente precisa aprender como nós humanos trabalhamos-” “Como isso é relevante agora?” Haru o interrompeu abruptamente. Seu olhar ficou frio. “Os beom estão aqui. Eles nem estão em sua melhor forma ainda. É provável que eles ainda estejam transferindo sua energia de seu mundo. E se o portão para o mundo deles se abrir completamente e aumentar seus poderes? O que você acha que faria? O que você acha que aconteceria a seguir?”

Eles nem estão em sua melhor forma? Oh cara. As palavras de Haru enviaram um arrepio na espinha de Zeha. O beom já estava terrivelmente forte agora. Eles eram tão fortes que as pessoas estavam sendo mortas todos os dias, apesar de superá-los em número. Os distritos também estavam sendo demolidos um a um. “Zeha, você mal pode ir contra um Beom de baixo grau. Esses caçadores de Beom também se agrupam para lutar contra apenas uma besta. Você realmente acredita que alguém já conseguiu pegar um Beom de grau médio e acima?”


“Um beom de grau médio...? Você está dizendo que também há um beom de alto grau?” “Hupo, aquele que você conheceu, e seus associados próximos.” “Por que... você está me dizendo isso só agora?” “Isso é porque...” Haru franziu a testa. “Minha memória ainda não está completa. Mas o que eu tenho certeza é...” Ele olhou para a espada preta na tela do telefone. “No momento em que vi a espada, uma parte da minha memória foi restaurada. E posso dizer que nós, não, quero dizer, você, deveríamos tê-la em suas mãos.” Zeha vestiu uma jaqueta preta e boné antes de cobrir o rosto com uma máscara. O museu tinha câmeras em todos os lugares. Ele precisava ter certeza de que não poderia ser identificado. Haru também estava seguindo o exemplo, vestindo as mesmas coisas que Zeha havia comprado para ele em um brechó. “Por que você não esconde essa sua corda de amarrar?” “Você está muito preocupado. Um homem com tantas preocupações não pode conseguir grandes coisas.” “Legal. Eu não estou interessado em conseguir grandes coisas, então por que você não esconde isso por baixo?” Quando Haru esfregou a corda que saía um pouco por baixo da jaqueta, ela encurtou e desapareceu de vista. “Nós temos alguma necessidade de usar esse tipo de roupa? Elas são desconfortáveis.” “Eles são melhores do que suas roupas grandes e esvoaçantes.” “Minhas roupas são muito confortáveis, muito obrigado. Você saberá quando as usar. Elas são muito arejadas-” “Ah, apenas deixe isso. Apenas certifique-se de não fazer barulho no museu. Vamos tentar entrar e roubá-lo o mais silenciosamente possível.” “Apenas se preocupe com você mesmo.” Zeha lançou um olhar rápido para Haru antes de se abaixar e entrar silenciosamente no portão principal do museu.


Sem que eles soubessem, um grupo de pessoas os observava se esgueirando para dentro do prédio. Eles eram membros do Tiger Butterfly que chegaram aqui apenas no caso de as feras aparecerem. “Esses ladrões nunca perdem uma chance.” Seongjin murmurou para si mesmo. “É o momento perfeito para eles. Você não tem ideia de quantos deles estão por aí, fingindo ser caçadores.” “O que...” Seongjin se orgulhava de ser um caçador. Seu objetivo principal, é claro, era o dinheiro. No entanto, ele também queria a admiração das pessoas, ajudando-as. Eles o encheram de respeito e admiração quando ele revelou que era um caçador da Tiger Butterfly. A adoração deles era algo que ele nunca recebeu quando passou grande parte de sua vida enfiado em cibercafés jogando videogame. O aparecimento do beom significava desastre e horror para os fracos, mas para pessoas musculosas como ele, o caos era o palco. Você pode até dizer que Seongjin se sentiu grato pelo beom.

Meus pais nunca saberiam do que eu era capaz. Meu irmão inútil também. Desde que os beom apareceram, as pessoas que nasceram para caçar começaram a ver suas habilidades melhorarem a cada dia. Seongjin não foi exceção. Ele também sentiu que estava melhorando e ficando mais forte a cada dia.

Mas aquele garoto era... Ele se lembrou de Zeha. A princípio, Seongjin pensou que Zeha não passava de um sujeito grande, todo musculoso e sem cérebro. No entanto, tudo mudou em seu segundo encontro. Ele era tão forte que o primeiro se perguntou se ele era mesmo a mesma pessoa que conheceu antes.

Como ele ficou tão forte tão rápido? Há algo diferente nele do que nós? Seongjin balançou a cabeça.

Não, deve ter sido um truque. Quer dizer, eu também fui pego de surpresa...” “S, senhor!”


O grito tirou Seongjin de seus pensamentos. A névoa escura estava se formando lentamente ao redor da entrada do prédio. Era grosso e grande. Só havia uma explicação. “Há mais de um deles.”

Há pelo menos quatro deles. Somos quatro. Ele concluiu que eles não tinham chance contra os quatro ao mesmo tempo.

E se fugirmos? Não mudaria nada. O Beom nunca deixa suas presas escaparem de suas garras. Eles devem ter nos visto. Eles estarão aqui em breve. Seongjin rapidamente quebrou seu cérebro em busca de uma solução. Só então, aqueles dois ladrões vieram à sua mente. Um sorriso malicioso se formou em seu rosto.

Voltar a atenção deles para outro lugar tornará a caçada mais fácil. ☪☪ ☪☪☪ Ao contrário do que Zeha havia pensado, não havia ninguém guardando o local. Estava vazio. Parecia que a cidade tinha desistido deste museu. Não havia humanos nem beom. As autoridades devem ter concluído que enfrentariam uma enxurrada de condenação se colocassem mais guardas para vigiar os artefatos, apenas para serem comidos pelas feras. “É bom que não haja ninguém por aqui. Vamos dar uma olhada e pegar qualquer coisa útil.” Haru falou como se estivesse fazendo compras em uma loja de departamentos. “Sabe, há um ditado que diz que devemos escolher nossos amigos com sabedoria.” “Ah, sério? Entendo.” “Agora, aqui estou eu, a caminho de me tornar um criminoso por sua causa.” “Um criminoso... Já lhe disse muitas vezes. A espada é nossa.”


“Uau.” Zeha balançou a cabeça e subiu as escadas que levavam ao segundo andar. O museu mal iluminado criava uma atmosfera sinistra. Enquanto Zeha caminhava pelo corredor, ele encontrou uma placa que dizia: “A Idade Antiga”. Era onde a espada era guardada. E assim, Zeha entrou na sala, examinando as telas e tentando lembrar onde estava. Depois de algumas buscas, ele encontrou. A longa espada estava pendurada na parede. Estava totalmente escuro, do punho à bainha, e da bainha à lâmina. Havia um cartão preso a ele embaixo. Dizia: “A Espada da Idade Antiga”. “Ei, Haru. Isso...” Zeha se virou, apenas para descobrir que Haru não estava em lugar algum. Em vez disso, ele estava longe, olhando para algo pendurado na parede. Era um arco. Ele me incomodou para vir aqui e... “Ei, venha aqui-” Zeha não conseguiu terminar a frase. Ele imediatamente sentiu que algo estava errado. Fosse o que fosse, causou arrepios na espinha. Antes que Zeha percebesse, havia arrepios em seus braços. Isso aconteceu apenas em uma ocasião. Nesse momento, como se tivesse sentido a mesma coisa, Haru levou a mão à corda e olhou cautelosamente para a entrada da exposição. Foi quando o beom apareceu.



1 Uma espessa névoa de escuridão invadiu a área. Haru gritou ao ver o perigo iminente. “A espada!” Zeha imediatamente levou a mão à cintura. “Pegue a espada!” Ele percebeu que Haru estava se referindo a um diferente. Ele se virou e olhou para o lado. A Espada da Idade Antiga estava pendurada na parede. Zeha hesitou por um segundo se deveria ou não derrubá-lo devido à sua consciência quando a neblina se dissipou e revelou o beom. Havia mais de um deles. Havia quatro deles. “Ah!”

Aquele bastão antigo parece que vai quebrar a qualquer segundo, mas tanto faz. A espada que tenho agora vai quebrar também antes que a luta realmente comece de qualquer maneira. E assim, Zeha estendeu a mão e tirou a espada da parede.

Bip Bip! No momento em que Zeha colocou a mão na espada, a sirene do museu disparou, soando momentaneamente em seus ouvidos. O beom imediatamente parou em suas trilhas e se virou. Haru olhou para Zeha.


Mas Zeha não percebeu nada acontecendo ao seu redor.

“Eu vou cobrir a frente.” Zeha estava assistindo.

“Eu vou matar o beom com esta espada.” Zeha estava ouvindo.

“E traga paz à nossa terra...!” Nesse momento, as memórias carregadas na espada invadiram a alma de Zeha.


Como se o cabo estivesse esperando por esse momento, ele se enrolou e se encaixou perfeitamente em sua mão. Nesse momento, emanava uma luz azul. A luz subiu de sua fonte até a extremidade superior da bainha, revelando seu estado original. Já não parecia uma vara frágil. O beom também permaneceu parado, observando Zeha distraidamente. Este também foi o caso do Tiger Butterfly, que tentou iniciar seu ataque na hora certa. A essa altura, a luz havia crescido e estava girando para cima, de modo que cobria inteiramente o corpo de Zeha. Apenas um segundo depois, ele desapareceu em um flash. A súbita ausência de luz fez o quarto parecer mais escuro. Nesse momento, um clarão de luz iluminou o lugar. Estava vindo de seus olhos. “A Espada da Morte”. Zeha murmurou e agarrou a bainha com a mão esquerda. Seus olhos luminosos permaneceram fixos nas feras enquanto ele desembainhava sua espada. A lâmina preta brilhou no escuro. “Mantenha-o junto!” Um dos beom gritou. “Grrrr!”

Swoosh! Eles rosnaram alto e soltaram suas garras ao perceber que Zeha era uma ameaça. O primeiro a ser eliminado foi ele. Mesmo que seus olhos ferozes estivessem fixos em Zeha, ele estava indiferente, casualmente segurando sua espada e observando o beom. Eles saltaram em direção a ele. Nesse momento, a corda de Haru disparou para fora e prendeu os tornozelos dos dois beom. Eles tropeçaram em si mesmos e caíram no chão. “Zeha! Acorde!” “Eu estou...” Zeha sorriu e ajustou a espada enquanto olhava para o outro beom que se aproximava dele.


“Eu já estou acordado!”

Slash. A Espada da Morte cortou o ar na velocidade da luz. Mas o beom não era tão fraco. Sentindo o perigo iminente, eles se moveram rapidamente para o lado e evitaram o ataque no ar. Zeha não pôde deixar de ficar impressionado como o beom conseguiu girar no ar tão facilmente depois de correr em direção a ele na velocidade da luz. Claro, Zeha não parou por aí e continuou seus ataques. Zeha moveu-se ligeiramente para o lado para evitar seu segundo ataque. Ele então olhou para os dois beom que Haru havia aprisionado em sua corda. A corda estava se estendendo agora, amarrando os quadris do beom. “Foco, Zeha!” O grito de Haru fez Zeha abaixar a cabeça imediatamente. Zeha sentiu suas garras roçarem a superfície de sua pele. Outro beom desceu e apontou para o lado de Zeha. Zeha rapidamente o defendeu com sua espada, antes de virar sua lâmina e usá-la para esfaquear seu estômago. O beom tentou cobrir sua barriga com os braços em vão. Zeha era muito mais rápido do que era.

Squish! A ponta da espada de Zeha penetrou na pele do beom. O primeiro sentiu seus músculos apertarem com força ao redor de sua lâmina. Zeha o torceu antes de retirá-lo. Ele então atacou a fera por trás com sua espada na mão. A força bruta jogou o animal no ar.

Bam! Zeha assistiu atônito quando o beom colidiu com a parede.

Uau, o que é isso? Por alguma razão, Zeha sentiu seus braços e ombros ficarem carregados de energia. Logo, no entanto, desapareceu, fazendo com que seu corpo parecesse estar sendo pressionado sob uma tonelada de peso.


Não há tempo para descansar. Eu tenho que terminar isso rapidamente. O beom, que havia sido esfaqueado no estômago, endireitou suas costas. Sua ferida estava cicatrizando.

Certo, houve alguns beom que curaram muito rápido. “Grrr.” Ele apertou o nariz e rosnou de raiva. Logo, o beom desapareceu da vista de Zeha. Embora rastrear seu movimento tenha se tornado muito mais fácil agora, Zeha ainda precisava de mais treinamento para acompanhar os movimentos do beom. Não estava em lugar nenhum para ser visto. Enquanto Zeha olhava ao redor, ele avistou um grupo de homens familiares. Havia quatro deles, incluindo Seongjin. É para lá que o beom estava indo.

Eles estão aqui para ajudar? Não importava para Zeha. Ele varreu o olhar por toda a área e notou que os outros dois beom estavam tentando cortar as cordas com suas garras. Eles se libertariam em breve. “Acima!” Alguém gritou na entrada e atirou uma flecha.

Swish! A flecha voou em direção ao teto. Quando Zeha olhou para cima, havia um beom pendurado no teto com a flecha que havia pegado com a mão. Ele então pulou do teto, a flecha atirando no peso de seu corpo, pronta para perfurar sua cabeça. Zeha deu um passo para trás e tentou evitar o ataque. No entanto, Seongjin correu para o lado dele e empurrou Zeha de volta ao local. O ataque inesperado fez Zeha recuar momentaneamente em choque. Nesse momento, o beom abriu um sorriso diante de sua vitória iminente. Foi apenas uma questão de segundo antes que sua flecha o perfurasse.

Swoosh! Nesse momento, a corda prendeu-se no pulso do beom voador. Haru puxou-o na


direção oposta, para o lado dele. “Não!” Percebendo o que estava acontecendo, Zeha se jogou em direção ao seu salvador, que havia libertado os outros dois beom no processo para ajudá-lo. Um dos beom aproveitou a oportunidade para atacar Haru. Suas garras cavaram profundamente em seu estômago e quadril.

Bam! Pow! Nesse momento, alguém com um capuz correu para o lado deles e bateu em um dos beom. Zeha não reconheceu a pessoa. No entanto, a figura misteriosa lhe deu algum tempo. Zeha rapidamente deu um golpe no bom com uma flecha antes de correr rapidamente para Haru. Desta vez, o soco não arremessou o beom no ar. No entanto, Zeha saltou para esfaquear o beom que havia atacado Haru, matando-o instantaneamente. Assim que terminou, o primeiro correu para Haru. Mas ele não percebeu que o beom que ele havia perfurado se recuperou e ergueu suas garras para cortar suas costas no processo.

Bang! Uma arma foi disparada. Ele cambaleou. Zeha se virou e rapidamente empunhou sua espada na direção horizontal. Ele sentiu sua lâmina afiada cortando seu osso duro. Ele nem se deu ao trabalho de ver sua cabeça cair no chão. Zeha virou-se para ver outro beom tentando atacar Haru novamente. Zeha agarrou a parte de trás de seu pescoço e puxou-o com tanta força que foi jogado no chão antes de correr até Haru para checá-lo. -Haru, você está bem? “Eu estou bem. Apenas se concentre na luta.” Claro que vou, disse a si mesmo. Quando Zeha se virou para procurar o beom que acabara de empurrar, descobriu


que agora estava indo na direção do Tiger Butterfly. Seongjin e sua equipe estavam tão ocupados cortando a cabeça de outro beom que não perceberam que ela se aproximava. “Eh... Pessoal!” Um membro da equipe viu o beom que se aproximava. Mas era tarde demais.

Bang! Bang! Dois tiros foram disparados. Um perfurou o peito do beom enquanto o outro penetrou em sua cabeça. Foram tiros perfeitos. Sua garra parou no ar quando estava prestes a cravá-la na testa de um homem. A besta caiu no chão com um baque. “Ufa. Ufa...” Zeha ofegou pesadamente enquanto examinava a sala em busca do beom restante. Ele então percebeu que uma figura misteriosa o estava mutilando. Ele parecia ter a idade de Zeha, usava uma jaqueta cinza e usava um arco como arma. “Pare...” Zeha colocou a mão no ombro da figura misteriosa. Mas ele não parou. O homem continuou a bater no beom moribundo com seu arco como se fosse seu arqui-inimigo. Seus olhos estavam extremamente vermelhos. O homem só parou quando seu arco se partiu ao meio. O arco quebrado caiu no chão. Zeha o observou por um tempo e se virou. A equipe Tiger Butterfly estava se aproximando das carcaças, segurando a cabeça do beom que eles mataram. “Não, apenas não. Isso é nosso.” Uma voz familiar soou no final do corredor. Zeha já sabia quem ele era quando ouviu o tiroteio. Era Do-geon. Mas os quatro caçadores descaradamente ergueram suas armas para ele. “Uau, vocês não são o Tiger Butterfly? Ei, por que vocês não nos mostram um pouco


de cortesia profissional? Nem os ladrões roubam de ladrões. Vocês são piores.” “O que você acabou de dizer?” Seongjin levantou sua arma.

Swish. Antes que ele pudesse puxar o gatilho, algo cortou a arma ao meio. Quando ele percebeu o que estava acontecendo, Seongjin se viu sendo agarrado pelo colarinho.

Pow! Ele foi empurrado contra a parede. Seongjin tossiu violentamente e lançou um olhar para descobrir quem era. Era Zeha.

Desde quando ele...? Seus olhos tremeram. Zeha, por outro lado, olhou para ele com grande compostura e calma. Nesse momento, ele falou com uma voz profunda e sonora. “Você arrastou aquelas beom aqui, não foi?”


1 Se eles estivessem em circunstâncias diferentes, Seongjin poderia simplesmente ter ignorado e provocado Zeha, perguntando se ele gostava de se fazer de vítima. Ou talvez ele tenha tentado fazer um acordo com ele para colocar as mãos em alguns dos despojos. Mas nada disso era possível naquele momento. Zeha estava tão bravo que seu olhar praticamente queimou em Seongjin. Seongjin permaneceu em silêncio enquanto estava completamente imobilizado. Tudo o que ele podia fazer era respirar quando o medo começou a morder seu coração. “Zeha...” Só então, Haru chamou Zeha, fazendo-o sair de seu transe. Zeha caiu em si assim que percebeu o que estava acontecendo. Ele então agarrou Seongjin e o jogou no chão. Seongjin murmurou uma série de maldições baixinho. Mas Zeha não prestou atenção nele. -Haru, você está bem? “Estou bem.” Haru estava cobrindo seu ferimento com a mão. Enquanto a ferida parecia muito ruim, Haru não estava sangrando.

Ele não está sangrando porque ele é uma pedra? No entanto, Zeha sabia que só porque não havia sangue, não significava que Haru estava bem. Haru estava tão pálido que você poderia dizer que algo estava errado com ele


imediatamente. Zeha podia ver o quão pálido ele estava mesmo na escuridão. “Eu disse, não toque nele!” Do-geon gritou por trás. Zeha assumiu que a Tiger Butterfly ainda estava indo atrás dos cadáveres, embora nenhum deles pertencesse ao grupo. Para Zeha, quem quer que fosse para casa com o número de cabeças que eles tinham não importava. Zeha só estava preocupada com Haru. “Merda! Não é como se ele tivesse matado todos eles!” “Vamos embora. Deixe-o.” “Por quê? Acho que podemos pegar mais um. Vai ficar tudo bem.” “Você não ouviu o que eu disse? Vamos!” Assim que Seongjin, o capitão da equipe, gritou, o resto da equipe resmungou baixinho e se juntou ao líder para sair do museu. “Ei, devemos ir também. O alarme disparou há algum tempo, e os policiais estarão aqui a qualquer minuto. Parece que eles ligaram o alarme à delegacia depois que os guardas morreram.” Do-geon comentou enquanto ajudava o cara com um arco e flecha a se levantar. Zeha assentiu em reconhecimento enquanto ajudava Haru a se levantar. Haru gemeu de dor enquanto falava. “Aquele arco...” “Huh?” Zeha perguntou. “Leve esse arco com você também.” “Não é hora de pegar...” “Agora!” Zeha soltou um suspiro profundo antes de ele se arrastar e puxar o arco pendurado na parede para baixo.

Bip Bip! O alarme soou novamente. Quatro deles ajudaram uns aos outros a se levantar antes de sair do prédio juntos em segurança.

Eles acabaram no estúdio de Zeha, que era pequeno demais para abrigar quatro


homens adultos. Zeha ajudou Haru a se deitar na cama. “Como devemos tratá-lo? Devemos ir ao hospital, certo?” “Não, tudo que eu preciso é dormir um pouco. Estarei bem quando eu acordar.” “Ei, você literalmente foi golpeado por um beom. Como dormir vai te curar?” “Vai. Olhe para mim. Eu nem estou sangrando.” “Sim mas...” Zeha segurou a barra da camisa de Haru e a levantou. Haru gritou de surpresa e tentou puxá-lo para baixo, apenas para perceber que ele não conseguia igualar a força de Zeha. “Por que, por que você está olhando para o meu corpo!” “Quem disse que eu quero olhar para ele? Eu só quero verificar o ferimento.” “Eu disse, está tudo bem!” “Apenas fique parado e não se mova.” Assim como Zeha esperava, o corte de Haru era medonho. O beom tinha cravado fundo em sua carne. Sua pele tinha sido rasgada aberta. Estranhamente, no entanto, não havia sangue. “Ei, eu sei que não está sangrando, mas... isso parece muito ruim.” “Ah, por favor. Estou te dizendo, eu vou ficar bem quando eu acordar.” Haru resmungou enquanto abaixava a camisa. Do-geon, que estava atrás de Zeha e olhando para o corte de Haru, não pôde deixar de comentar: “Esse cara realmente não é humano, hein?” “Eu não tenho ideia... eu realmente não sei o que ele é.” “Hmm OK.” “Você não parece nem um pouco surpreso.” “Beom estão atacando a cidade, Zeha. Qualquer coisa pode fazer sentido hoje em dia.” “Hum. Você está certo.” Haru caiu em um sono tranquilo e começou a roncar baixinho antes que Zeha e Dogeon pudessem terminar sua breve conversa. Depois de verificar Haru, Zeha voltou seu olhar para o cara agachado no canto do apartamento.


O homem estava com a cabeça enterrada nas mãos, que estavam avermelhadas pelo sangue do beom. Soluços suaves, porém dolorosos e agonizantes, saíam intermitentemente pelos espaços entre seus dedos. “Com licença...” Zeha o chamou baixinho. Mas o homem parecia estar muito perdido em seu próprio mundo para tê-lo ouvido. “Uhm, desculpe-me.” O homem continuou a soluçar. “Ei!” Nesse momento, Do-geon deu um passo à frente e sacudiu o ombro do homem violentamente. Por fim, o homem olhou para cima. Ele tinha um rosto fino e olhos castanho-avermelhados, bem como um nariz afilado e lábios vermelhos e macios. O homem parecia muito mais jovem do que Zeha pensava que fosse quando o viu pela primeira vez na escuridão. Zeha não pôde deixar de pensar em quão bonito este homem ficaria em diferentes circunstâncias, sem o sangue que estava espalhado em seu rosto. “Ei, tente se recompor. Você não parece muito bem... Você está bem?” Do-geon perguntou. O homem parecia confuso. “Ei, você, você sabe quem você é? Qual é o seu nome?” “Hwan...” O homem finalmente murmurou. “Hwan? Só Hwan? Nada mais? Só Hwan?” “Esse pequeno...” Nesse momento, Hwan ergueu a mão de modo que ficasse um pouco acima da altura de seu assento, antes de pará-la ali. “Havia essa criança... uma menina...” “Do que você está falando? Por que você está falando dessa garota de repente?” “Você a viu? Ela se parece comigo... Ela é tão alta, e seu cabelo estava preso nas costas... Hum... e ela estava com um vestido azul...” Do-geon calou a boca. Zeha se juntou e olhou para Hwan com uma expressão sombria. Ambos podiam adivinhar o que havia acontecido com Hwan e a garota que ele procurava desesperadamente.


“O beom... sequestrou sua família?” Havia dois destinos para aqueles que acabaram nas mãos do beom. Era a morte ou ser sequestrado. Hwan mordeu os lábios para conter as lágrimas enquanto assentiu em confirmação. Ele não conseguia conter seus soluços, não importa o quanto tentasse. Ele continuou a chorar. Em breve, o som de seus soluços encheu este pequeno estúdio. Desta vez, Do-geon não o deteve. Hwan deve ter chorado muitas lágrimas ultimamente. Nem uma única gota de lágrima escorreu por suas bochechas. Era como se todas as suas lágrimas tivessem secado completamente. Mas todos podiam ver o quão triste ele estava pela forma violenta como seus ombros tremeram, bem como a forma como seu rosto se contorceu em agonia. “Atrás do pescoço... aquele beom tinha uma tatuagem... Achei que ia encontrá-lo lá atrás...” Hwan murmurou como se estivesse tentando se convencer. Nesse momento, Dogeon o agarrou pelo ombro. “O beom tinha uma tatuagem atrás do pescoço? Era... o beom com uma cicatriz sob os olhos?” Hwan ficou boquiaberto para Do-geon com os olhos arregalados. “Você conhece?” Hwan parecia estar prestes a pular da cadeira enquanto Do-geon continuava. “Sim, também estou procurando. Matou meus irmãos e irmãs.” “Onde está... Você sabe onde está?” “Eu teria atacado se soubesse. Mas este... não é como os outros. Ouvi dizer que todos os caçadores que tentaram matá-lo morreram. Parece que até o Tiger Butterfly emitiu um aviso, dizendo a qualquer um para correr no momento em que enfrentar essa fera.” “Oh, tudo bem...” Hwan escondeu o rosto nas mãos antes de se levantar da cadeira. “Eu tenho que ir.” Assim que ele estava prestes a sair, Zeha agarrou seu pulso. “Onde você está indo?”


“Eu preciso ir... para casa.” “Então, você tem outro membro da família esperando por você?” Nesse momento, as lágrimas rolaram pelas bochechas de Hwan. Zeha ficou chocado - ele não achava que ainda teria lágrimas para chorar. Zeha soube instantaneamente que havia cometido um erro. “Eu sinto Muito.” “Não sinta.” Só então, Hwan pegou o arco que foi partido ao meio. “Ei, seu nome é Hwan... certo? Se você estiver sozinho, você pode ficar-” “Eu tenho que ir.” Hwan abriu a porta antes que Zeha pudesse terminar sua frase. Em vez de sair correndo, no entanto, Hwan ficou parado na porta como se algo tivesse acabado de lhe ocorrer. Ele se virou para olhar para Do-geon apenas cerca de um segundo depois. “O beom com uma tatuagem. Você pode me avisar se o encontrar?”



Hwan então marchou para fora da casa, voltando para sua casa. No fundo, Hwan realmente queria aceitar a oferta de Zeha e ficar com o resto deles. Zeha, Do-geon e Haru - mesmo sendo apenas seu primeiro encontro com eles, por algum motivo, ele se sentiu muito confortável perto deles. Era quase como se estivesse com sua família. Não, era mais confortável do que isso. Hwan queria esconder seu desejo de ficar por perto fingindo que não podia recusar Zeha, pois tinha medo de ferir os sentimentos de Zeha. Ele realmente queria contar com eles. No entanto, isso nunca foi uma opção para Hwan.

E se Juhee voltar enquanto eu estiver fora? E se ela descobrir que nossa casa está vazia e sair para me procurar, apenas para acabar nas mãos do beom mais uma vez? Está vazio, mas ainda é minha casa. Hwan parou em seu caminho e olhou para a porta bem fechada. Ele caiu em um devaneio feliz toda vez que abria a porta. Todas as coisas que aconteceram esses dias eram apenas um sonho. A porta se abre para sua mãe alegremente acolhendo a chegada de seu filho.

“Hwan, é você?” Ele ouviu a voz de seu pai por perto.

“Caramba, está chovendo lá fora.” Ele desejou poder ouvir sua irmãzinha Juhee dando atacando ele novamente.

“Mãe! Hwan roubou meu sorvete de novo!” Hwan desejava desesperadamente que tudo voltasse ao normal. Ao mesmo tempo, ele sabia que não era nada além de fútil. Hwan simplesmente não conseguia evitar. Hwan cerrou os dentes e reuniu coragem enquanto abria a porta. Estava tão quieto lá dentro que você podia ouvir um alfinete cair. Hwan já sabia. Seus pais morreram naquele dia. Juhee foi feita de refém por aqueles beom. Aconteceu há poucos dias. Ninguém conseguiu sair vivo das garras das feras. Hwan sabia que aqueles dias felizes haviam acabado há muito tempo. Esta casa nunca mais estaria cheia de calor humano, e nunca mais estaria movimentada com


sua família conversando animadamente sobre qualquer coisa sob o céu. Ele sabia disso muito bem. Hwan encostou-se à porta e deixou-se deslizar contra o metal duro. O som de seu choro se seguiu, gradualmente ficando mais alto do que o silêncio na casa vazia.

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Mesmo depois que Hwan saiu do apartamento, Do-geon ficou por perto e não saiu. Zeha queria que ele fosse embora. Ele estava preocupado em examinar a Espada da Morte que havia obtido à tarde e não tinha tempo para entretê-lo. Embora Do-geon fosse uma boa companhia, ele ainda era, afinal, um estranho para eles. Foi uma reviravolta infeliz, concluiu Zeha, que ele foi pego roubando a espada e o arco no museu por Do-geon.

Também não posso acreditar em Haru. Por que ele me forçou a roubar o arco... Zeha nunca havia tocado em tal arma em sua vida. Também não parecia diferente para Haru. Ele entrava em brigas como se ele tivesse todo o tempo do mundo, então não havia como ele colocar as mãos no arco. Nesse momento, Do-geon, que observava Zeha com os braços cruzados contra a parede, falou. “Se você está pensando em se tornar um ladrão-” “Não. Não, não. Você entendeu tudo errado.” Do-geon abriu um sorriso. “Não há necessidade de ficar nervoso, realmente. Roubar coisas está bem hoje em dia.” “Roubar é mais intolerável porque estamos vivendo exatamente nestes tempos.” “Bem, você parecia muito ansioso para dizer isso.” Seu ponto de vista foi tão preciso que Zeha ficou momentaneamente sem palavras. “A propósito, você estava muito forte lá atrás. Parece que você ficou mais forte do


que da última vez que eu te vi.” “Bem, eu treinei muito duro.” “Eu não tenho tanta certeza se é possível ficar tão forte com o treinamento. Você sabe, eu me considero perspicaz, mas não consegui acompanhar suas ações. Você estava tipo...” Do-geon parou por um segundo e fez uma careta. Do-geon inclinou a cabeça para o lado como se estivesse tentando encontrar a palavra certa. Depois de um tempo, ele olhou para Zeha novamente. Seus olhos estavam cheios de perguntas. “Tigres. Você se moveu como o beom.”


1 Calafrios percorreram a espinha de Zeha com as palavras de Do-geon.

Eu me movi como o beom? Não havia dúvida de que Zeha tinha o sangue de seu pai nele. Ele era um beom. Mas nunca houve um momento em que ele conseguiu lutar com todo o seu potencial que estivesse a par dessas feras. No entanto, Zeha sabia que havia verdade nas palavras do Do-geon. Ele também tinha sua parcela de dúvidas sobre isso. Durante a recente batalha, Zeha descobriu que era mais fácil lutar contra os dois velozes beom ao mesmo tempo. Zeha conseguiu esfaquear seu coração para socar o outro atacando por trás. Agora que a luta havia acabado e Zeha tinha tempo para repassá-la novamente em sua cabeça, parecia bastante estranho.

Como eu fiz isso? Do-geon encarou os olhos de Zeha enquanto esperava que ele respondesse. Do-geon parecia cauteloso e desconfiado, como se estivesse exigindo saber a conexão de Zeha com o beom. Zeha não pôde evitar desviar o olhar.

Meu pai era um beom. Eu sou um mestiço, meio humano e meio beom. Zeha se perguntou como Do-geon reagiria se ele revelasse esse fato a ele. Parecia que tanto Hwan quanto Do-geon haviam perdido alguém especial nas mãos de um beom. Ele sabia que nem ele nem seu pai eram responsáveis por nenhuma das coisas que estavam acontecendo.


Mas eles seriam capazes de entendê-lo depois de perder tantas coisas por causa do beom? Só então, ao ver que Zeha permaneceu em silêncio e não respondeu, Do-geon se endireitou e caminhou em direção a ele. Zeha temeu que Do-geon o agarrasse pelo colarinho por um breve momento. Em vez disso, ele deu um tapinha no ombro de Zeha e riu. “O que há com esse olhar sério? Você acha que estou atrás do seu método de treinamento?” “Não, é só que...” “Ah, bem, mas não é que eu não estivesse curioso. Eu pretendia criar minha versão baseada na sua, mas se você não quiser contar, tudo bem. Eu entendo que algumas pessoas não querem compartilhar como eles se treinam.” “Hum, sim...” “A propósito, você não acha que está se esgueirando demais com aquele seu amigo fracote?” Zeha foi provocado por sua pergunta. “Ei, desde quando eu-” “O museu foi saqueado pelos beom alguns dias atrás. No entanto, vocês dois foram em frente. Por quê? Você não sabe que os beom atraem butterflies?” Pelas butterflies, Do-geon deve ter se referido à Tiger Butterfly. “Eles são tão perigosos?” “Você não consegue ver? Há tantas equipes de caçadores se formando. Ainda assim, eles ainda conseguem prevalecer e acabam com o maior número de mortes. Como você acha que eles fazem isso?” Zeha não tinha noção. Do-geon sacudiu levemente a testa de Zeha quando ele permaneceu imóvel e não disse uma palavra. “Sua criança ingênua. É bastante óbvio. Eles interceptam os outros caçadores ou os usam como isca. A maioria dos caçadores deve ter morrido em suas mãos agora.” “Você não pode estar falando sério sobre isso.” “Você se esqueceu do que acabou de passar? Não se esqueça que todos nós atraímos pessoas que pensam da mesma forma. Essa equipe de caçadores está


cheia de pessoas malucas. Ninguém lá é normal. Um deles escapou da prisão quando teve a chance em meio a esse caos, e há muitos outros que cometeram crimes, mas nunca foram condenados... Desde que Do-geon cresceu cercado por esses tipos de pessoas no subsolo, ele sabia muito quando se tratava de tais assuntos. “Então, tenha cuidado. Sim, o beom é perigoso. No entanto, os humanos podem se tornar mais perigosos, especialmente quando eles têm a liberdade de fazer o que quiserem, cavalgando junto com o caos nos dias de hoje.” “Obrigado pelo conselho.” Zeha expressou sua gratidão sinceramente. Do-geon não pôde deixar de sorrir e estender a mão para acariciar a cabeça de Zeha. Zeha nunca gostou que alguém o tocasse. No entanto, por algum motivo, foi diferente com Do-geon. Ele não se importava com ele.

É assim que parece ter um irmão mais velho? “A propósito, isso não significa que você está em perigo também? Quero dizer, estou com Haru, mas você está sozinho.” “Estou bem.” Do-geon declarou enquanto colocava o dedo no gatilho de sua arma e a girava uma vez. “Sou um atirador. Posso observar de longe e interceptar quando for a hora certa. Mas se as coisas parecerem obscuras, sempre posso fugir.” “Claro que você pode.” “De qualquer forma, tome cuidado. Espero vê-lo da próxima vez bem e vivo.” Dongcheol, comandante do Tiger Butterfly, dirigiu-se ao departamento de polícia localizado no Distrito 5, responsável por investigar o recente caso de roubo no museu. “Espero que minha visita não esteja incomodando você.” Enquanto ele enviava um sinal para seu povo que vinha atrás, eles apressaram seus passos para distribuir o pacote de comida que eles trouxeram para os policiais. “Ah, você não precisava.” O chefe de polícia imediatamente reconheceu Dongcheol por ser o comandante do Tiger Butterfly, crescendo rapidamente em sua popularidade. Ele fez seu caminho


em direção a Dongcheol e apertou sua mão. Depois disso, os dois se dirigiram para uma sala de conferências localizada bem no interior do prédio. Uma vez dentro, Dongcheol trouxe um envelope grosso que ele havia preparado para o chefe. “Você poderia me mostrar as imagens do dia em que o museu foi invadido?” “Você quer dizer as imagens que capturaram as pessoas que foram massacradas pelo beom?” O chefe perguntou superficialmente enquanto contava as notas escondidas dentro do envelope. “Não, não isso. Aquele de quando os ladrões invadiram o prédio.” “Hmm... Por que você quer ver?” O chefe perguntou, sentindo-se desconfiado. “Faz apenas alguns dias desde que os beom atacaram, e eu quero descobrir que tolos corajosos entraram para roubar o lugar.” Dongcheol riu enquanto enfiava a mão no bolso e tirava outro envelope. Era ainda mais grosso que o anterior. O chefe salivava ao ver outro envelope. Dongcheol se recusou a entregá-lo ao chefe imediatamente. “Posso ver?” “Você não vai encontrar nada, no entanto. Aqueles idiotas apenas pegaram as coisas que estavam à beira de quebrar em pedaços. O terceiro andar tem itens mais valiosos, mas parece que eles estavam com medo de subir outro andar por causa do beom.” O chefe afirmou e não perguntou mais nada. Em vez disso, ele saiu da sala e depois voltou com um laptop com as imagens nele. “Posso assistir isso em particular?” “Certo, claro. Mas nada de copiar. E não o destrua.” “Claro.” Assim que o chefe saiu da sala, Dongcheol fixou seu olhar na tela. Seongjin havia entrado em sua sala no dia anterior.

“Comandante, eu preciso matar alguém.” “Então mate-o.”


“Mas eu não posso fazer isso sozinho...” Seongjin respondeu timidamente. “Onde estão seus companheiros de equipe então? Eles decidiram deixá-lo sozinho?” O Tiger Butterfly não se encaixa mais na descrição de ser uma “equipe”. Era tão grande agora que era mais uma organização. E assim, as pessoas começaram a chamá-la de “Tiger Butterfly Force” , com sua força dividida em várias equipes que atuavam em diversas áreas. Seongjin era um dos líderes da equipe.

“Ele é muito forte.” “Um beom?” “Não, ele é um homem.” Seongjin acrescentou que seu nome é “Zeha” e que ele acompanha outro homem, “Haru”, que tem uma maneira estranha de falar. Dongcheol nunca tinha ouvido falar deles. Ele sabia que Seongjin era um dos caçadores mais capazes da força. E se ele viesse a Dongcheol pedindo ajuda, isso significava apenas que esse Zeha não deveria ser menosprezado. Isso significava que Zeha e sua equipe eram bastante fortes. Até agora, independentemente da vingança pessoal de Seongjin, Dongcheol ficou curioso sobre essa figura indescritível chamada Zeha. Foi assim que ele acabou no departamento de polícia, gastando seu precioso dinheiro como suborno e verificando as imagens daquele dia. Na tela, algo inacreditavelmente surreal se desdobrou diante de seus olhos.

O que...? A câmera mostrava quatro beom indo contra vários humanos, e Zeha era quem fazia a maior parte da luta. Parecia que ele estava sendo encurralado pelas feras. Mas isso não significa que ele foi dominado por eles. Houve alguns momentos em que ele enfrentou o perigo, é claro. Mas Dongcheol, que tinha muita história com lutas, soube instantaneamente que Zeha poderia ter vencido a luta mesmo sem a ajuda de seus companheiros de equipe.

Que é aquele? Na tela, Zeha se movia na velocidade da luz, tão rápido que era quase como se ele fosse invisível.


A velocidade geralmente vinha à custa da força, mas era uma exceção para Zeha. Ele tinha a velocidade e o poder de atingir um voar por cima de um beom.

Como eu não sabia sobre ele? Dongcheol tinha duas maneiras quando se tratava de lidar com uma pessoa capaz e forte como Zeha. Era para recrutá-lo ou matá-lo caso ele se recusasse a participar. Zeha claramente tinha seus parceiros para ajudá-lo. Mas Dongcheol permaneceu estupefato por não saber que esse homem, que podia ir contra quatro beom sem nenhum medo, existia.

É estranho que eu nunca tenha ouvido falar dele. Ele deve ter ganho muito dinheiro matando os beom. Dongcheol colocou um de seus recrutas no escritório na Torre Yisal responsável por compensar os caçadores por suas mortes. Ele deu uma ordem para seguir atrás e descobrir os abrigos daqueles que muitas vezes vêm com as cabeças do beom. Ele não se lembrava do informante lhe dizendo nada sobre Zeha.

Bem, pelo menos agora eu sei. Dongcheol não tinha intenção de deixar outra pessoa tomar a gloriosa coroa como o caçador com mais mortes. Qualquer um tão forte quanto Zeha deve ser subjugado para trabalhar para ele, e se isso não fosse uma opção, ele tinha que ser eliminado o mais rápido possível. “Ouvi dizer que as moscas pegaram algo grande no outro dia.” Agora, Do-geon se referiu à Tiger Butterfly como as “Moscas” em vez de seu nome original. Zeha e Do-geon estavam comendo macarrão na frente de uma loja de conveniência no Distrito 3. Este distrito havia sido demolido em todos os aspectos pelos implacáveis ataques dos beom. Zeha veio a este lugar na esperança de desenterrar qualquer informação útil que ele pudesse ter perdido. Ao fazer isso, ele encontrou Do-geon, que por acaso tinha o mesmo motivo que ele. A loja de conveniência estava em ruínas, como se tivesse sido saqueada uma vez.


Suas janelas foram quebradas em vários pedaços, e as telas foram jogadas no chão desordenadamente. Zeha e Do-geon conseguiram pescar alguns macarrão de boa aparência e decidiram comê-los crus em vez de cozinhá-los com água quente. “O que você quer dizer com grande?” “Eles descobriram um beom, mas parecia com a gente antes da luta.” “O beom e os humanos não parecem iguais? Espere... eles não são.” Os beom e os humanos se pareciam à primeira vista, mas ao olhar mais de perto, sua pele e olhos tinham cores diferentes dos humanos. Da mesma forma, a textura do cabelo era diferente. Essa é a razão pela qual eles optaram por usar roupas que cobriam todo o corpo à tarde, quando tinham que se misturar com os humanos. Isso levou os caçadores a emboscar pessoas que usam bonés pressionados e cobrem suas peles jogando o boné e verificando seus olhos. Às vezes, eles conseguiam pegar beom no meio da multidão. “As peles das beom são de cor azulada, eu acho. Ou um pouco mais escuras. De qualquer forma, o importante é que é diferente. Quanto à beom que eles pegaram, era como qualquer outro humano. E era super poderoso, eles disseram. Ouvi dizer que matou várias moscas no processo.” “Deve ser um beom de nível médio.” Haru, que estava mastigando o macarrão em silêncio, quebrando a ponta do pedaço de macarrão em um fio, concluiu. “Um beom de nível médio? O que você quer dizer com isso?” Zeha rapidamente entrou e explicou as notas que Haru havia explicado a ele no outro dia. Depois que ele terminou, a expressão facial de Do-geon escureceu. “Você quer dizer que há um grau mais forte do que aquele que as moscas pegaram? É mesmo possível para nós derrotá-los?” “Os seres humanos são animais de possibilidades. Tudo é possível para eles.” A resposta de Haru fez Do-geon se voltar para Zeha. Ele parecia confuso com Haru de repente deixando escapar um provérbio estranho. Zeha deu de ombros e respondeu: “Ele só assiste muita TV”.


“Tão estranho. Você e ele, vocês dois.” “De qualquer forma, você encontrou o beom com a tatuagem no pescoço?” “Ainda não. Mas aprendi algo novo sobre o dia em que perdi meus irmãos e irmãs. Parece que os outros o chamam de ‘Bulti’.” “Bulti? O que há de errado com o nome dele?” “Isso é o importante, certo?” Ele repreendeu enquanto ria alto. Só então, Zeha notou o quão grande Do-geon parecia quando ele estava sorrindo. Por uma fração de segundo, Zeha se perguntou como as coisas teriam melhorado se eles tivessem se conhecido em circunstâncias diferentes, mas imediatamente se livrou disso. Os dois nunca teriam se conhecido. Zeha era um órfão ocupado em meio período vivendo o dia-a-dia, tentando sobreviver, enquanto Do-geon, pelas tatuagens por todo o corpo, parecia que costumava levar uma vida sombria. “Eu entrarei em contato com vocês se algo novo surgir. Tomem cuidado, vocês dois.” Como sempre, Do-geon foi o primeiro a se despedir deles. No entanto, quando estava prestes a deixar a mesa, foi interrompido por uma figura misteriosa. O homem apareceu de repente e parou ao lado do guarda-sol, interrompendo-os.



1 O homem usava jeans e uma camisa preta apertada que se estendia sobre seus músculos. Havia também uma tatuagem de borboleta em seu braço. “Você é Zeha? O chefe Dongcheol quer ver você.” Zeha não pôde deixar de notar como ele era mal-educado para um homem que estava lhe pedindo um favor.

Dongcheol...? Enquanto o nome soava como um sino para Zeha, ele não conseguia se lembrar imediatamente. Alguns segundos depois, ele percebeu que era o nome do comandante do Tiger Butterfly. Zeha imediatamente sentiu o comportamento arrogante do homem. Ele deve ter presumido que Zeha não recusaria a oportunidade de conhecer o comandante da maior equipe de caça da cidade. “Eu não tenho nenhuma razão para vê-lo.” Zeha recusou. Zeha não gostou do Tiger Butterfly, nem um pouco. “O que você acabou de dizer?” O homem franziu a testa. Enquanto ele falava, as veias em seus braços grossos começaram a saltar visivelmente. Naturalmente, Zeha entendeu o que isso significava. O homem estava ficando impaciente.

O Tiger Butterfly não pode recrutar alguém com uma personalidade diferente de seus membros? O Tiger Butterfly cresceu tanto que agora é mais uma força do que uma equipe. Zeha estremeceu com a ideia da força repleta de idiotas como ele.


“Eu disse não.” “Seu idiota. Parece que você realmente tem que descer deste pedestal. É melhor você calar a boca e fazer o que eu digo antes que eu te derrube, você me ouviu?” “Vamos lá.” Zeha o ignorou e sugeriu que Do-geon se despedisse. Do-geon, que os observava atentamente, assentiu. A essa altura, o cara estava corado e visivelmente enfurecido com a atitude indiferente deles. O homem pulou para frente e agarrou Zeha pelo ombro como se tivesse atingido seu ponto de ruptura. Só então, no entanto, algo aconteceu.

Swoosh. Paulada! Só assim, o homem foi arremessado no ar e jogado contra o chão. O homem estava estendido no chão, com os olhos arregalados enquanto olhava para o céu e tentava compreender o que acabara de acontecer. Foi Zeha quem o jogou por cima do ombro. O primeiro estava olhando para o homem que estava estendido na estrada. “Parece que você foi derrubado primeiro.” “Você...! Ai!” Zeha imediatamente deu um passo à frente e pisou no peito do homem. “Achei cortês a pessoa com o negócio fazer a visita e não o contrário. No entanto, veja, não mudaria nada, mesmo que aquele seu chefe aparecesse. Eu não pretendo desperdiçar meu tempo com pessoas como você.” Dongcheol ficou agitado enquanto ouvia o relatório de Kyeongtae sobre o que havia acontecido com Zeha. “Você está me dizendo que ele se atreveu a ir contra minhas palavras?” Tem certeza?” “Sim chefe.” “Há!”

Eu inicialmente pretendia fazer algo para ele com a Tiger Butterfly. Bem... não mais. Sua arrogância só vai prejudicar a todos nós. Dongcheol considerou a possibilidade de Zeha se juntar a ele, apenas para finalmente conspirar contra todo o grupo


juntando-se a seus amigos. Mais competição no jogo de caça tornou as coisas muito complicadas. “Bem, acho que temos que nos livrar dele logo então. Você não acha?” Maro e seu grupo caminhavam pelo túnel subterrâneo. Eles estavam carregando os humanos que haviam sequestrado durante o dia. Os reféns gritaram em pânico. Mas seus gritos não eram nada além de barulho para a luz. “Este lugar me assusta o tempo todo.” Bulti resmungou enquanto caminhava ao lado de Maro. O túnel subterrâneo emitiu um ruído desagradável que soou em um intervalo fixo. Algo que se assemelhava a vasos sanguíneos também se espalhava pelo túnel em todas as direções. “E daí se for um lugar desagradável?” Maro parou em seu caminho e abriu uma porta localizada no meio do túnel antes de entrar. Isso levou a uma enorme prisão subterrânea. “Ninguém nunca vai descobrir que há uma prisão embaixo do prédio.” A espaçosa área foi dividida em numerosas celas de prisão. Grupos de pessoas estavam trancados em cada um deles. Os recém-chegados às celas lutavam para sair dali. Seus gritos de desespero fizeram um forte contraste com aqueles que chegaram mais cedo. Seus corpos flácidos estavam espalhados no chão como se estivessem completamente sem energia para até mesmo sussurrar por ajuda. Nesse momento, um dos beom enfiou um de seus jogos do dia em uma cela. “S, salve-me! Por favor, salve-me!” “Eu tenho uma filha. Por favor, me tire daqui. Eu não vou contar a ninguém sobre este lugar. Por favor!” “Eu, eu sou senador! Deixe-me sair, e eu, eu te dou dinheiro. Eu te dou o quanto você quiser!” “Eu, eu vou ajudá-los. Eu posso ajudá-los a pegar mais humanos.” Aqueles que ainda se agarravam à tênue esperança por suas vidas, listaram tudo o que podiam oferecer ao beom. Maro adorava observá-los.


Ele lembrou como sua tribo tinha que viver no mundo das sombras na Montanha Inwang, como eles só podiam vagar livremente uma vez por ano por causa desses humanos irritantes. Eles passaram tantos anos presos que perderam a conta. E agora, essas mesmas pessoas que condenaram sua tribo a esse lugar nojento estavam implorando por misericórdia. “Oh, como as mesas viraram.” Maro não tinha intenção de libertá-los. “Você deve se ressentir dos humanos. Estou certo?” Foi isso que o estranho homem que Maro conheceu no prédio abandonado lhe perguntou. “Eu vou conseguir um lugar maravilhoso para todos vocês. E estou pedindo apenas uma coisa em troca.” “Ha! Por que eu deveria trabalhar para você? Eu posso apenas- Argh!” Maro ficou completamente indefeso na frente dele. Maro reuniu todo o seu poder para subjugar esse estranho, apenas para descobrir que ele não foi capaz de deixar um arranhão nele. O homem, cujo rosto estava escondido por um leque preto, exceto pelos olhos, não parecia humano. Ele também não era um beom.

O que ele é...? O medo mordeu o coração de Maro pela primeira vez em sua vida. Isso o sufocou tanto que ele sentiu como se estivesse preso sob uma bola de demolição. “Sua raiva é compreensível. Afinal, a derrota do gom trouxe sofrimento para sua tribo por incontáveis anos... Eu choro toda vez que penso nisso.” Maro arregalou os olhos.

Como ele sabe disso? Milhares de anos se passaram desde então. Todos os humanos que viveram o evento morreram devido à velhice. Apenas o beom, que havia sofrido no mundo atemporal das sombras, lembravase de ter sido esmagado durante a batalha, do sangue que seus irmãos e irmãs derramaram. O homem apertou os olhos enquanto olhava para Maro, que parecia visivelmente surpreso.


“Eu só quero paz. Isso é tudo.” O homem só pediu uma coisa. Ele queria que o beom enchesse o lugar com sangue humano em troca do esconderijo. Maro acolheu a sugestão, já que planejava matar humanos de qualquer maneira. Embora sempre tenha respeitado Hupo, ele não concordava com seus modos.

Matar apenas bandidos, mas não as crianças? Não mesmo! Eles são todos do mal, independentemente da idade! Maro passeou pelo túnel da prisão, aquecendo-se nos gritos de desespero. Nesse momento, ele parou em frente a uma das celas. Havia um homem nesta jaula que era diferente dos outros. Ele não gritou de desespero, nem se agarrou às barras e implorou misericórdia a Maro. Ele apenas olhou para a parede com olhos afiados. Maro sabia quem era o homem desde que ele estava preso há algum tempo. “Hosu.” Maro o chamou, apenas para ele não responder. Hosu era como o resto inicialmente. Ele estava fraco e desesperado. No entanto, após tortura implacável, em vez de se tornar fraco, ele se tornou resiliente. Os gritos que ele havia feito inicialmente foram agora substituídos por um mero grunhido. Agora, Hosu simplesmente suportou a dor com os dentes cerrados. Ao contrário de muitas pessoas ali, Hosu conseguiu sobreviver neste lugar mofado por meses. Maro ficou intrigado com Hosu. Ele se perguntou quanto tempo ele iria durar. “Saia. É melhor você sair. Ou então...” Nesse momento, Maro apontou uma garra para uma garotinha. Ela estava morrendo de fome e tortura. Hosu sabia que era apenas uma questão de tempo até que ela morresse. No entanto, ele silenciosamente se levantou e se aproximou de Maro. Apesar de saber o que estava por vir, seu rosto permaneceu vago e vazio de emoções.



Enquanto isso, era apenas mais um dia para a Pré-escola Morning Star no Distrito 7. Foi tudo por causa de Hwanwoong, a quem as pessoas tratavam como o rei de Sinsi. Ele tranquilizou as pessoas, dizendo que a esperança existe apenas quando elas vivem suas vidas diárias, e prometeu apoio e assistência generosos até que esse caos terminasse. Todos estavam gratos a ele porque o governo não fez nada em meio a esses tempos de interrupção. Hwanwoong havia contratado pessoalmente guardas particulares para garantir a segurança nas áreas cheias de crianças e adolescentes, principalmente onde ficavam pré-escolas e escolas. Havia pelo menos um caçador de beom em cada equipe de guardas destacados. Também havia guardas e caçadores patrulhando áreas movimentadas, como shoppings e pequenas lojas. Graças a Hwanwoong, as pessoas puderam seguir suas vidas diárias. “Parece que os beom começaram a aparecer no Distrito 5.” Hae-yeong, uma professora de pré-escola, comentou enquanto assistia à TV. Ela estava fazendo uma pausa, já que seus jovens alunos estavam tirando a soneca da tarde. “Eu ouvi sobre isso também. Parece que os beom sequestraram dez pessoas...” “Você não ouviu que mais e mais pessoas estão sendo sequestradas nos dias de hoje e que mais delas acabam sendo sequestradas do que mortas?” “Estou com tanto medo dos sequestros. Para onde você acha que eles os levam? E quem sabe o que acontece com eles depois disso...?” “Sim, se eu tiver que escolher, prefiro ser morto ali mesmo.” Jihye, uma colega professora, respondeu enquanto suspirava. “Você realmente acha que é uma boa ideia fazermos isso? Eles dizem que estão fazendo o possível para pegar os beom, mas olhe para todos os distritos antigos. Eles estão sendo destruídos um por um. como se as pessoas do Distrito 6 já estivessem se preparando para se mudar. No entanto, acho que os militares estão impedindo-os de se mudar.” “Por que você acha que o governo está impedindo as pessoas de se mudarem? Quero dizer, não é uma coisa óbvia a se fazer quando há perigo?” “Como devemos ler as mentes dos superiores? Pelo menos temos Hwanwoong


para cuidar de nós.” “Eu sei, certo. Sin-si estaria em frangalhos se não fosse por ele... ufa.” Nesse momento, eles ouviram um grito de medo. “É um beom!” “Pare com isso!” “Lá...! Arghhh!” “Não! Lá... Oh, nãooooo!” Houve uma comoção lá fora.

Bang! Bang! Tiros foram disparados, o som de metal batendo do lado de fora. Os professores lá dentro imediatamente se levantaram de seus assentos. “Uau!!!” “Mãeeeeeee!” “Waaaah!” As crianças começaram a soluçar quando o barulho lá fora as acordou. Alguns dos professores correram para salvar suas vidas e deixaram as crianças para trás, enquanto outros imediatamente correram para as salas de aula para protegê-los. Hae-yeong foi uma das professoras que voltou para buscar seus jovens alunos. Seus jovens alunos correram para seu abraço assim que ela entrou. Eles estavam todos chorando, confusos e com medo do que estava acontecendo. Gritos e choques continuavam a ser ouvidos do lado de fora. Hae-yeong estremeceu de medo enquanto abraçava as crianças. “Está tudo bem. Está tudo bem. Os policiais vão nos proteger. Está tudo bem.” “Waaah! Mamãe... mamãe!!” “Uau!” As crianças continuaram a chorar e não mostraram nenhum sinal de parar. Haeyeong sentiu vontade de chorar também.

Clink! Só então, a janela da sala de aula quebrou para revelar uma figura esbelta entrando na sala.


Hae-yeong poderia dizer instantaneamente que não era humano. Tinha orelhas pontudas na cabeça, garras longas e presas afiadas que apareciam assim que via as crianças. Ele sorriu.

É um beom...! Hae-yeong nem teve tempo de absorver adequadamente a presença da fera. Ela rapidamente abriu os braços para trazer o maior número de crianças que pudesse em seu abraço. “Está muito barulhento aqui.” O beom rosnou enquanto se aproximava. “P, por favor, não...!” Hae-young deu um passo à frente e esticou os braços para os lados para proteger as crianças atrás dela. “Eles são apenas crianças. Eles... Eles são apenas crianças.” “Hmph!” O beom zombou. Não notou um homem entrando sorrateiramente no quarto pela janela quebrada.


1 O homem levou o dedo à boca quando seus olhos se encontraram com os de Haeyeong. Ele estava sinalizando para ela ficar quieta. “Um caçador!” Hae-yeong se sentiu aliviada. Nesse momento, o caçador ergueu uma adaga afiada e atacou a fera para perfurar seu pescoço. “Sim!” Jisu, o caçador, aplaudiu em voz alta em sua cabeça assim que sua adaga estava a um mero centímetro de cavar a fera. Ele estava grato que as crianças mantinham a fera ocupada. Eles facilitaram o trabalho. Mas Jisu logo percebeu que havia contado suas galinhas antes de chocarem. “Argh!” Jisu gemeu de dor quando de repente se viu sendo estrangulado pelo Beom. Ele nem viu a besta se virar. Só então, ele perfurou suas garras em sua cintura. “Você realmente achou que poderia me matar? Seu humano patético. Adagas como essas não podem nem penetrar na minha pele.” “Arrrgh!” A cintura de Jisu começou a arder de dor. Mas Jisu não desistiu. Ele ergueu a adaga e a atirou no Beom, tentando feri-lo. Há muitas crianças aqui. Eu devo protegê-las. Elas não podem morrer assim.


Bam! No entanto, antes que Jisu pudesse esfaquear o Beom, ele o jogou contra a parede. Jisu bateu contra a parede antes de deslizar para baixo, tossindo sangue ao fazê-lo. Jisu ficou dominado pelo desespero assim que percebeu que não era páreo para a fera. “Waaaah!” As crianças ainda choravam. Hae-yeong começou a chorar. Mas ela continuou a defender sua posição para proteger as crianças. Por favor, alguém. Qualquer um. Ajude-nos. Salve as crianças. Por favor. Jisu rezou mesmo com a dor se espalhando por todo o seu corpo. “Ugh. Esses patifes.” O Beom virou-se para as crianças enquanto passava os dedos pelos cabelos com a mão ensanguentada. “Crianças. Vocês já ouviram falar sobre como nós gostamos de sequestrar crianças chorando? Hein? Você quer morrer? Fale baixo, está me ouvindo?” As crianças tentaram desesperadamente sufocar seus soluços ao ouvir a ameaça do Beom. Mas a maioria deles não conseguiu evitar. O beom riu de seus soluços abafados. “Vamos ver quem chora mais alto. Qual de vocês devo provar primeiro? Quem deve ir por último?” O beom então se agachou e andou, de tal forma que estava no nível dos olhos das crianças. Era quase como se estivesse escolhendo um brinquedo. A visão da fera de perto aterrorizou tanto as crianças que elas não puderam deixar de chorar novamente. Os olhos do Beom se arregalaram de diversão enquanto se deleitava com o terror que infligia a eles. “Grrrrr! Cale a boca! Eu vou matar todos vocês!” “Olhe aqui...!” Nesse momento, Jisu gritou e arremessou um brinquedo na direção da beom. Mas ele estava tremendo tanto que o brinquedo nem atingiu a viga. “Deixe as crianças em paz... Elas são apenas crianças... Por favor... por favor...”


Nesse momento, a fera se virou para Jisu e inclinou a cabeça para o lado. “Você quer que essas crianças vivam?” “S, sim... Leve-me em vez disso. Apenas leve... Leve-me...” “Hmm... Isso não soa tão ruim, mas...” Jisu suspirou de alívio. Ninguém ia se machucar além dele. Mas, um segundo depois, ele soube que havia contado suas galinhas antes que elas eclodissem novamente. Bam! O Beom de repente atacou Hae-yeong, que estava guardando as crianças. Ela foi jogada no chão antes que ela pudesse soltar um grito. “Urgh...” Hae-young gemeu de dor. A visão de sua professora sendo arremessado para longe aterrorizou ainda mais as crianças. Eles começaram a chorar ainda mais alto. Jisu começou a soluçar também. Ele não podia deixar de se sentir mal consigo mesmo. Afinal, ele era um caçador de Beom com uma arma. No entanto, ele não podia nem mesmo proteger as crianças do perigo. Não há mais esperança neste mundo... Todos os dez caçadores que protegeram a área junto com Jisu morreram nas mãos do Beom. Os outros dois caçadores devem ter sido mortos também. Acabou agora. Precisou de apenas três Beom para destruir o lugar inteiro. Jisu se perguntou se havia alguém que pudesse realmente lutar contra aquelas feras. “Tudo bem, mudança de planos. Eu não vou levá-los já que eu gosto de você.” O Beom estava falando com Jisu como queria. “Em vez disso, vou matar esses garotos um por um bem diante de seus olhos.” Jisu sabia que o Beom quis dizer com cada palavra que pronunciava. Ele fechou os olhos com força, pois não suportava testemunhar a visão que estava por vir. “Ei, você está roubando minhas falas.”


Nesse momento, ele ouviu uma voz baixa. “Vou matar seus amigos um por um. Oh, espere um segundo. Temo que você não consiga ver.” Swish! “Porque você vai morrer primeiro. Oh, me perdoe pelo meu erro. Eu quis dizer, você já está morto.” Jisu pensou que estava ouvindo coisas. Ele acreditava que seu cérebro desesperado o estava fazendo alucinar de tal forma que ele ouvia o que queria ouvir. “Com licença, você está bem?” No entanto, quando Jisu abriu os olhos, ele encontrou um homem com cabelos loiros avermelhados e olhos castanhos parado na frente dele e batendo em seu ombro. Ele estava segurando a cabeça do Beom que o aterrorizava. “Você está vivo, certo?” Jisu assentiu. “Bom. Está ficando perigoso lá fora. Eu tenho que ir. Fique seguro.” Pouco antes de o homem se virar para sair, ele olhou para as crianças. “Não vai ficar tudo bem. Mas vamos acreditar que vai ficar. Pelo menos você poderá encontrar seus pais em breve.” “Waaaah! Mãããee! Paaai!” As crianças choraram ainda mais alto. O homem coçou a cabeça. “Ah, as crianças são sempre tão difíceis de lidar.” O homem não parecia ter a menor idéia sobre o quão difícil é matar um Beom. Assim que o homem estava prestes a sair, Jisu lançou-lhe uma pergunta. “Umm... Qual é o seu nome...?” O homem olhou para trás e respondeu: “Zeha.” Os olhos de Jisu imediatamente se encheram de lágrimas. Ele não podia evitar. Era como se finalmente tivesse encontrado alguma esperança. Podemos ser capazes de sair disso com ele por perto... Depois que Zeha saiu, Jisu se virou para ver que Hae-young tinha a mesma


expressão esperançosa em seu rosto. Hae-yeong curvou-se quando ela cruzou os olhos com Jisu. Ela então cambaleou em direção às crianças. “Está tudo bem. Vai acabar logo.”

Tudo estava acabado quando Zeha saiu. Zeha pediu a Haru para ajudar Do-geon, que não era tão ágil quanto ele. Mas Haru não estava em lugar algum. Em vez disso, havia um estranho de pé ao lado de Dogeon. Zeha tirou o sangue de sua espada enquanto caminhava em direção a eles. O cara tinha longos cabelos negros e olhos escuros. Ele parecia elegante. “Oh, você terminou lá?” Assim que Do-geon levantou a mão para Zeha, o homem se virou e olhou para ele. Zeha não sabia por quê, mas seu coração disparou ao ver aquele estranho. Era exatamente como quando ele conheceu Do-geon. Parecia que eles eram velhos amigos, embora este fosse o primeiro encontro deles. “Quem é...?” Antes que Zeha pudesse terminar sua pergunta, Do-geon de repente o agarrou pelo braço e o levou para longe do estranho. “O nome desse cara é Jooan... E ele é realmente algo. Ele é muito forte.” Do-geon sussurrou. “Ele é forte?” “Sim. Ele se move como você.” “Você quer dizer...” “Sim, como um Beom. Ele é rápido e forte.” Zeha rapidamente lançou um olhar para Jooan. Ele estava dando voltas, fechando os olhos das vítimas mortas que estavam espalhadas. “Como ele veio parar aqui?” “Eu não sei.” Foi pura coincidência que Zeha e outros vieram em socorro da Morning Star Preschool.


Zeha e Haru esbarraram em Do-geon novamente algumas horas atrás, enquanto perambulavam pelo Distrito 4. Depois de explorar o agora destruído Distrito 4, Do-geon concluiu: “Acho que não sobrou nada para nós aqui. Eles já saquearam o lugar. Não há nada. Por que não vamos dar uma olhada no distrito que ainda não foi atacado?” Zeha teve a mesma ideia. “Claro. O Beom estava atacando os distritos da cidade velha, começando no Distrito 1. Eles podem estar perambulando pela área do próximo alvo.” O último Distrito que foi atacado foi o 5. Eles ouviram várias pessoas gritando à distância enquanto passavam pelo Distrito 6 e se aproximavam do Distrito 7. Foi assim que eles acabaram salvando a pré-escola. “A propósito, onde Haru foi?” “Acontece que havia mais de três Beom. Havia um Beom que estava observando a situação de longe. Haru o seguiu quando ele fugiu depois que o outro Beom foi morto.” “Espere, sozinho?” O coração de Zeha afundou. Haru não era um lutador. Ele sempre recorreu a jogar sua corda de amarração durante uma luta. Como ele sempre estava apenas apoiando as lutas de Zeha, não havia dúvida de que ele estaria em perigo se enfrentasse um Beom sozinho. “Eu tentei ir com ele, mas ele me disse: ‘Não se preocupe comigo, minha querida criança. O que faz você pensar que eu não posso lidar com isso sozinho?’ O que mais eu devo fazer com isso?” “O que ele está tramando...?” “Ele é realmente misterioso.” Enquanto Do-geon e Zeha continuavam a falar, Jooan terminou de fechar os olhos de todas as vítimas. E assim, ele começou a caminhar em direção a eles. Zeha reconheceu Jooan, “Então, eu ouvi que você nos ajudou?” “Bem, nós temos que ajudar um ao outro. Você não é o único que tem rancor contra os Beom.”


Zeha notou que a voz de Jooan era doce e gentil. Estava em contraste com a rua que cheirava a morte. “Ei, Do-geon me disse que você é muito forte.” Jooan sorriu. “Sim, eu não sei como, mas simplesmente aconteceu.” Zeha percebeu que o sorriso de Jooan era triste.


“Se você não está em nenhum time, por que não se junta a nós?” “Eu não estou na sua equipe.” Do-geon lembrou Zeha. Os dois vinham se encontrando com frequência e agindo como uma equipe nos últimos dias. Mas o último permaneceu inflexível que ele não fazia parte da equipe de Zeha. “Ah, não você. Eu e Haru. Eu estava me referindo a minha equipe” Jooan olhou para Zeha e Do-geon brincando um com o outro, e seu olhar estava cheio de nostalgia. Por fim, ele falou, “Na verdade, eu não estou atrás de toda a tribo Beom.” “Mas você é tão forte.” “Claro. Estou apenas... Procurando por um. Vou parar essa caçada assim que me vingar.” Zeha queria incitar Jooan a continuar sua caçada. Mas ele sabia que não era algo que ele pudesse forçar os outros a fazer. Só então, Do-geon perguntou, “Qual Beom você está atrás?” “Seu nome é Bulti.” Jooan não percebeu os olhos de Do-geon se arregalarem e continuou. “Ele tem uma tatuagem no pescoço e uma cicatriz sob os olhos. Se você encontrálo, por favor...” “Nós entraremos em contato com você.” Jooan sorriu com a garantia de Do-geon. “Sim, por favor, entre em contato comigo. Mas nunca pense em entrar em uma briga com ele sozinho. Esse Beom é muito forte. Ele é como o vice-comandante entre os Beom.” “Você parece saber muito sobre eles.” “Sim, eu não sei como, mas simplesmente aconteceu.” Jooan sorriu tristemente. “Sim, eu estou procurando por ele também. Se ele é tão forte, nós deveríamos pegar ele juntos.” Do-geon entregou seu telefone a Jooan, que começou a digitar seu número.


“Além da situação do Bulti, sinta-se à vontade para entrar em contato comigo se algo acontecer. Estarei lá.” “Obrigado, você é muito gentil.” Do-geon abriu um sorriso amigável e deu um tapinha no ombro de Jooan. Zeha internamente ficou maravilhado com o quão bom Do-geon era em fazer amigos. Jooan estava prestes a sair quando Haru voltou. “Vocês ainda estão aqui. Bom.”


1 “Você ainda está aqui. Bom,” Haru disse a Jooan antes de se virar para contar a Zeha e Do-geon. “Encontrei o caminho que leva à base deles”, acrescentou Haru. “Cadê?” Jooan e Do-geon imediatamente exigiram saber. “Eu não vou te dizer.” Do-geon torceu o nariz em aborrecimento quando Haru se recusou a contar. “Conte-me!” “Não, eu não vou dizer.” Do-geon agarrou Haru pelo colarinho. “Você está brincando comigo? Diga-me agora!” “Sim, por favor. Nos diga.” Jooan implorou baixinho. Mas Haru se manteve firme e balançou a cabeça. Zeha não pôde deixar de se sentir envergonhado.


“O que há com Haru?” “Ei, do que você está brincando? Estamos falando sério agora.” “Eu também. Pense nisso, Zeha. Como você acha que eles agiriam quando eu disser a eles a localização?” “Bom...” “Eles iriam diretamente. Eles seriam como mariposas indo atrás da luz. Eles não parariam nem uma vez para questionar se eles têm o poder e as habilidades para vencer os Beom lá. Estou errado?” Do-geon disse a Haru. “Eu sou forte. Você me viu.” Jooan argumentou baixinho. Mas Haru balançou a cabeça novamente. “Não é suficiente. Estamos falando sobre a base deles. Isso significa que você não vai enfrentar apenas um ou dois Beom. Você realmente acha que pode lutar contra vários Beom? Você nem tem armas adequadas com você.” Haru estava certo. Jooan estava bem ciente disso também. Mas ele não podia deixar de se sentir ansioso para caçar os Beom. Ele queria matar Bulti o mais rápido possível. Jooan queria que Bulti pagasse pelo que ele fez com ela. Jooan ansiava por se vingar com os poderes que ela lhe dera. “Primeiro devemos nos preparar antes de atacar o campo de batalha. Sua vingança pode esperar até lá.” Haru deu um tapa no peito de Jooan e Do-geon depois de dizer isso. Jooan estava curioso para saber como Haru sabia de seu desejo de se vingar do Beom.


“A vingança não significa nada se você acabar morto.” Kyeongtae não podia acreditar no que tinha acabado de se desenrolar diante de seus olhos. “O quê, o que foi isso...?” O comandante Dongcheol reuniu uma equipe e o designou para eliminar Zeha usando todos os meios disponíveis. “Ele é uma ameaça para nossa organização. Você já ouviu falar sobre o que aconteceu com Seongjin?” “Não, senhor”, respondeu Kyeongtae. “Mesmo que Seongjin tenha encontrado o Beom primeiro, aquele idiota interceptou a morte antes de atacar Seongjin e os outros.” “Não, ele não...!” “Eu sei, certo. Ele merece morrer. Desta vez, os humanos precisam se unir. No entanto, aqui ele está interrompendo a cooperação e a colaboração. Ele é uma ameaça para a humanidade. Temos que matá-lo.” O comandante reiterou que Kyeongtae deveria usar todos os meios disponíveis para acabar com Zeha, e que não havia problema em fazer alguns sacrifícios ao longo do caminho. O mais importante era se livrar de Zeha de uma vez por todas. “Não faça isso abertamente. Faça parecer que ele foi morto durante uma caçada. Quero dizer, nós não somos assassinos.” Kyeongtae estava confiante. Afinal, ele costumava ser um dos atletas de judô mais fortes da organização nacional de judô. Embora Zeha fosse mais alto e maior do que ele, ele raciocinou que era a técnica, e não os atributos físicos, que importava mais. Kyeongtae imaginou os vários métodos que ele poderia usar para dominar seu oponente mais forte e sair


vitorioso. O que aconteceu da última vez - quando Zeha o jogou por cima do ombro com facilidade - foi apenas azar. Kyeongtae não estava preparado para um ataque. Além disso, ele tinha sete pessoas enfrentando duas. Não havia necessidade de se preocupar com aquele Haru. Ele era magro e fraco. Kyeongtae ganhou confiança com esse raciocínio. Isso foi até que ele testemunhou sua luta. “C-Como eles estão se movendo assim? O que diabos está acontecendo?” Kyeongtae estava atrás de Zeha e Haru quando o primeiro de repente olhou para cima e começou a atacar em grande velocidade. Zeha era tão rápido que Kyeongtae não conseguia acompanhá-lo. “Aaarrgh!” Um grito alto foi ouvido à distância apenas um segundo depois. Kyeongtae assumiu que Zeha tinha ido nessa direção. Ele não conseguia entender o que tinha acabado de acontecer. “Como diabos ele sabia que havia algo acontecendo lá?” Quando Kyeongtae chegou e testemunhou a luta, sua curiosidade se transformou em horror. Enfrentando dois Beom, Zeha se movia tão rápido que parecia quase invisível. Ele é tão rápido quanto um Beom. Bam! Estrondo! E ele é forte. Zeha nem usou muito sua espada negra. Seus punhos eram tão bons quanto uma arma.


E lá estava Haru. Swish! Swoosh! Haru apoiou Zeha por trás, manobrando livremente sua corda vermelha como quisesse. Ela se estendia e encurtava sob seu controle. A corda se amarrou ao redor do tornozelo de um Beom de modo que pudesse arrastar o Beom em qualquer direção que Haru a tivesse arremessado. Você deve estar brincando comigo. Ele é realmente tão forte...? Como Kyeongtae teve vários encontros com o Beom, ele estava bem ciente de quão fortes eram os animais. Eles não eram tão fracos que seriam facilmente derrubados por um soco ou arrastados por uma corda assim. Embora os caçadores de Beom possam ter evoluído nos últimos meses para serem muito mais fortes e poderosos do que os humanos normais, eles ainda eram humanos. Mas Zeha e Haru eram diferentes. Eles pareciam possuir poderes que estavam muito além das capacidades de um humano. “Talvez... Eles não sejam humanos. Eles estão fingindo ser humanos?” Kyeongtae não pôde deixar de sentir suspeita enquanto os dois se moviam na velocidade da luz. Ele voou do chão e pulou para lugares no ar como se estivesse usando o ar como seu trampolim. Parecia exatamente como o Beom saltou. Swoosh! Eles cortaram uma das cabeças do Beom.


“Grrrr!” O outro rosnou para o céu. Parecia que estava pedindo socorro. Só então, Kyeongtae percebeu que poderia ser perigoso ficar por perto. Mas, por algum motivo, seus pés permaneceram presos ao chão. Essa foi a reação natural do corpo humano ao encontrar alguém que transcendeu os limites da capacidade humana. Kyeongtae estava experimentando isso naquele exato momento. Ele ficou impressionado com a forma como Zeha e Haru lutaram. Whoosh! Em pouco tempo, eles derrubaram o outro Beom também. “Whew!” Zeha se inclinou para frente e colocou as mãos nos joelhos para recuperar o fôlego. Por outro lado, Haru estava respirando normalmente sem mostrar nenhum sinal de exaustão, embora estivesse pulando e voando na velocidade da luz. “Devemos ir. O Beom está chegando.” “Sim, devemos ir.” Zeha estava colocando sua espada de volta na bainha quando notou Kyeongtae. Seus olhos se encontraram. Zeha franziu as sobrancelhas quando percebeu quem era. “O que você está olhando? Você tem algo para me dizer de novo?” Kyeongtae fechou a boca e balançou a cabeça com força.


Zeha deu um tapinha no ombro dele. “Corra. O Beom está chegando.” Zeha então deixou o local às pressas, deixando Kyeongtae e sua equipe boquiabertos. Kyeongtae sentiu vontade de dizer a Zeha que o respeitava. Mas ele lutou contra seu desejo de fazê-lo. “São 1,2 bilhão de wons.” Zeha murmurou para si mesmo enquanto verificava o saldo em sua conta bancária. “Olhe para isso, Do-geon. Olhe para este número. É 1,2 bilhão, certo?” “Sim, sim. São 1,2 bilhão.” Do-geon respondeu como se estivesse acalmando uma criança. “Uau, eu não posso acreditar que há realmente 1,2 bilhão de won na minha conta... Podemos sacar ou algo assim? Vamos sacar o dinheiro, jogá-lo no ar e rolar. Por favor?” “De jeito nenhum, Zeha.” Do-geon riu enquanto batia suavemente na cabeça de Zeha. “Mas... são 1,2 bilhão que estamos falando. Você não quer fazer isso? E você, Jooan? Você quer?” Jooan não pôde deixar de sorrir ao ver como Zeha estava animado. Jooan sentiu como se estivesse andando por um abismo desde que ela o deixou. Estava tão escuro e sujo que ele pensou que o engoliria mais cedo ou mais tarde e eventualmente o sufocaria até a morte.


No entanto, ele podia respirar sempre que estava perto de Zeha e sua equipe. Ele sentiu como se estivesse finalmente na luz, mesmo que fosse apenas por um curto período de tempo. Zeha, que muitas vezes parecia mal-humorado, só se animava quando via o saldo de sua conta bancária. Jooan achou fofo. Além disso, Do-geon parecia intimidador no início, mas na verdade ele era um amigo leal e um indivíduo sábio e maduro com fortes habilidades de liderança. Eu sinto que este é o lugar onde eu pertenço. Jooan se perguntou por que se sentia tão em casa aqui. Mas não posso ficar aqui. Não posso esquecer o que tenho que terminar. Jooan se lembrou de como ela havia sido morta enquanto o protegia. O momento em que ela deu seu último suspiro repetidamente se repetiu em sua cabeça como se fosse uma memória fresca do dia anterior. Jooan cerrou os punhos. Bulti. Eu vou te matar não importa o que aconteça... Mesmo que isso signifique que eu vou morrer no processo. Nesse momento, Jooan ouviu Haru falando com Zeha. “Zeha, você nunca ouviu o velho ditado sobre como devemos tratar o dinheiro como tratamos as pessoas?” “Você quer dizer, ‘papel’. Não cite o que você não sabe, Haru.” “Não é hora de relaxar. Vamos ao mercado comprar algumas armas. Todos eles estavam em uma caçada selvagem e frenética pelos Beom nos últimos dois dias. Eles se dividiram em duas equipes - Zeha e Haru, e Do-geon e Jooan. Eles então passaram a explorar todas as áreas perigosas.


Eles acabaram fazendo um total de 1,2 bilhão de won. “Nós não vamos conseguir uma boa arma com isso.” Zeha franziu a testa para Do-geon. “Por que as armas estão ficando tão caras hoje em dia? Por quê? Elas eram muito mais baratas naquela época.” “Na verdade, perguntei sobre isso, e parece que alguém está acumulando todas as armas. É por isso que as armas estão esgotando nos dias de hoje. Apenas as armas feitas por artesãos com materiais que eles adquiriram pessoalmente são vendidas. esses dias. Isso explica o aumento de preço.” “Quem é esse cara? Ele é algum cara podre de rico tentando lucrar comprando qualquer coisa que ele possa colocar em suas mãos?” Zeha perguntou com irritação. “Talvez. Alguns dias atrás, quando eu estava aqui, minha arma foi vendida por 300 milhões de won. É bizarro, não é? Vocês todos sabem como a minha não é nem a melhor do tipo.” Do-geon acrescentou enquanto girava sua arma. “De qualquer forma, já que todos nós temos armas, devemos deixar Jooan escolher uma para si mesmo. Compraremos outra coisa mais tarde se tivermos algum dinheiro sobrando.” O mercado ainda estava cheio de gente. Não havia apenas lojas que vendiam e compravam armas e artigos de defesa. Havia também oficinas para as pessoas consertarem seus itens quebrados. Isso explicava a grande multidão. Embora as pessoas pudessem realmente vir aqui para trocar seus itens uns com os outros, o lugar estava muito ocupado com vendedores que vendiam suas armas em suas mesas.


Os mais bem-sucedidos foram os que transformaram seus trailers em lojas. Em suma, era um lugar barulhento e desordenado. “Caçadores de todo o mundo vêm aqui. Isso significa que este também pode ser o lugar mais perigoso. Então não baixe a guarda.” Do-geon avisou. Era verdade. O mercado era um ponto de encontro de caçadores, que muitas vezes brigavam e às vezes matavam apenas para roubar as armas dos outros. A polícia decidiu fechar os olhos para todos os crimes que ocorreram aqui. Portanto, o lugar era violento, fora dos limites da lei. “Jooan, diga-nos se você encontrar a arma certa para você. Ok?” “Mas todos nós lutamos muito para ganhar o dinheiro. Não posso usar tudo isso só para comprar uma arma para mim”, comentou Jooan, desculpando-se. “Bem, lutamos muito exatamente porque queríamos comprar as armas de qualquer maneira, então está tudo bem. Não se preocupe com o preço, porque garantir que você não acabe morto é mais importante. Ok?” “Claro, tudo bem.” E assim, eles vagaram pelo mercado, procurando boas armas enquanto se certificavam de não baixar a guarda, nem por um segundo. Mas eles não notaram um estranho atrás deles.



1 Cein começou a seguir Zeha e os outros como se estivesse sendo atraído por algo. O que foi isso... há um tempo atrás? Eu vi algo estranho? Cein agarrou a sobrancelha do Beom na mão. Como poderia ser o mesmo? Ele havia estudado cuidadosamente Zeha, Do-geon, Jooan e Haru. Nenhum deles se parecia um com o outro. Eles estavam checando os vendedores e pareciam querer comprar uma arma. Eles conversavam e brincavam entre si antes de cair na gargalhada. Seu brilho fazia um forte contraste com o lugar barulhento e caótico. Cein rapidamente se livrou da inveja que estava crescendo em seu coração por algum motivo. Ele se recusou a admitir que ansiava por se sentir querido por outras pessoas. Cein franziu a testa enquanto olhava para a sobrancelha do Beom que estava em sua palma. Havia listras escuras em seus fios cinza. Por alguma razão, Cein o encontrou em sua mão depois que ele recuperou a consciência do incidente que quase tirou sua vida. Isso está quebrado? A sombrancelha do Beom possuía um poder especial. Mostrava as vidas passadas das pessoas. Tudo o que Cein precisava fazer era levar o chumaço de cabelos grisalhos até a sobrancelha. Representava as vidas passadas das pessoas como um filme, não, como um holograma, em seus olhos.


Cein pensou que estava ficando louco quando tentou pela primeira vez. Ele pensou que era o resultado de um trauma depois de ter passado por uma experiência de quase morte. A sombrancelha mostrou vários clipes de vidas passadas das pessoas. “Vossa Majestade, por favor, restaure a compostura em seu espírito perturbado.” Cein uma vez viu um oficial ajoelhado diante do rei. “N-Não minha filha. Não, por favor...” Em outra ocasião, Cein testemunhou um agricultor desesperado por sua filha ser levada por ladrões da montanha. Havia uma de princesa e outra de escrava. Havia também um de um guerreiro em um campo de batalha. Fazia apenas alguns dias desde que Cein chegara à conclusão de que esses clipes eram as vidas passadas das pessoas. Acho que é melhor acreditar que essa bola de cabelo me dá um vislumbre de suas vidas passadas do que pensar que enlouqueci. Cein encontrou paz assim que descansou em seu caso. A sobrancelha tornou-se um abrigo temporário desde então, dando a Cein uma fuga de um mundo que foi devastado pelo Beom que quase o matou. Cein viajou e observou as vidas passadas das pessoas através da lente desta sobrancelha. Era sua maneira de escapar dos terrores do mundo. Observar as vidas que as pessoas viveram no passado era como assistir a filmes. Um homem de meia-idade de aparência comum acabou por ser um rei que conquistou o mundo. Um homem encharcado de álcool já foi uma beldade que conquistou o coração de um rei. Uma criança que foi repreendida por sua mãe já foi uma mulher forte que gerou e criou cinco filhos sozinha. Cein foi capaz de buscar consolo nas histórias dessas vidas passadas. Ele ansiava por aprender sobre sua vida passada um dia. Cein lembrou-se de ter um vislumbre do clipe que tocou quando ele foi agredido por um Beom. Essa foi minha vida passada? Mas não consigo me lembrar claramente... Talvez isso me ajude a vê-la por completo. E assim, ele ficou na frente do espelho e trouxe a sobrancelha até a sua


sobrancelha. “Eu vou na frente.” Cein viu. “Eu vou matar o Beom com esta espada.” Ele viu o homem proclamar corajosamente enquanto segurava uma espada preta na mão. O homem tinha uma constituição muscular firme e parecia rápido e ágil. Seu cabelo cinza fez cócegas em seus ombros enquanto seus olhos castanhos brilhavam como um predador em seu ápice. Ele tinha orelhas redondas como uma gom e olhos afiados como um Beom. Cein não sabia dizer se era humano ou não. No entanto, a tristeza permaneceu um pouco em seus olhos quando ele fez essa declaração ousada. E agora, Cein estava vendo o homem, Zeha e sua equipe novamente no mercado. Por alguma razão misteriosa, todos eles pareciam compartilhar a vida passada de Cein. Isso explicava por que Cein perguntou se a sobrancelha estava quebrada. É impossível para as pessoas compartilharem a mesma vida passada. Isso deve ser quebrado. Cein verificou novamente, apenas para ser o mesmo. O mesmo homem em todos os quatro. O homem com cabelos grisalhos desgrenhados e ombros largos. Seus olhos castanhos rastejaram sob suas sobrancelhas escuras enquanto ele exalava uma aura triste. Cein virou a cabeça e olhou para outra pessoa que passava só para ter certeza. “Onde você vai? Não me deixeeee.” Uma menina chorando agarrou-se à perna de um homem que estava indo para a guerra. Está funcionando direitinho... Mais uma vez, Cein olhou para Zeha e os outros. Ainda o mesmo. O que está acontecendo? Você está dizendo que eles têm a mesma vida passada que eu? Como isso é possível? Ou... Estou enlouquecendo? Estou vendo coisas. E se tudo


isso estiver apenas na minha cabeça, e houver na verdade não existe tal coisa como uma vida passada? Quando ele olhou para eles mais uma vez, Cein não pôde deixar de sentir inveja de quão próximos eles pareciam. Ele não queria admitir, mas ansiava por fazer parte do grupo deles. Cein raciocinou que isso provavelmente explicava por que ele os via tendo a mesma vida passada que ele. Cein se convenceu de que havia projetado a mesma vida passada na vida deles para acreditar que era um deles. Não poderia ser mais conveniente. Sim. Vida passada, uma ova. É impossível que tal coisa exista! Cein estava prestes a jogar a sobrancelha do Beom no chão em aborrecimento quando de repente mudou de ideia. Não. Mas eles eram tão reais... Havia muitos detalhes para eu simplesmente descartá-los como minha imaginação. Não sou uma pessoa criativa e sou péssima em história. Os clipes deram a Cein seu primeiro vislumbre de muitos tipos de roupas, maneirismos, penteados e edifícios. Não, isso é real. Quero dizer, não pode ser falso, especialmente desde que eu o encontrei depois disso. Sim, quero dizer que os beom estão literalmente matando pessoas agora. Não é fora do comum para coisas como essa existir. Cein tinha cabelos grisalhos em sua vida passada. Os outros quatro também tinham cabelos grisalhos em suas vidas passadas. Cein não sabia por quê, mas de alguma forma ele não gostava da ideia de ter a mesma vida passada que eles. Cein nunca se sentiu como se realmente pertencesse a qualquer lugar. Este foi o caso, mesmo para sua família. Era sempre como se ele vivesse em outro mundo. Então era reconfortante saber que outros tinham a mesma vida passada que ele. Cein sentiu como se pertencesse a algum lugar pela primeira vez.



As armas em exibição eram perversamente caras. Zeha ficou envergonhado ao se lembrar de como havia saltado de alegria por mais de 1,2 bilhão de won. “Isso não é muito caro para uma arma normal?” Do-geon murmurou para si mesmo enquanto testava a arma. Isso fez o vendedor retrucar amargamente. “Fácil, então não compre. Você tem alguma ideia de como é difícil conseguir uma arma hoje em dia? Você pode ver centenas de caçadores se reunindo hoje em dia, mas armas são raras. É puramente um desequilíbrio de oferta e demanda.” “E a espada?” Zé perguntou. O vendedor zombou de Zeha. “Uma espada? Ah, entendo. Você é um espadachim. Deixe-me perguntar uma coisa. Você acha que pode matar um Beom com uma espada? Beom são tão rápidos que você mal consegue pegá-los. Bem, existem pessoas como você que a carregam por aí, mas é apenas para contingências. Ninguém a usa como arma principal. Armas de fogo são as armas principais preferidas, estou lhe dizendo. Se você quer viver, compre uma arma de fogo.” O vendedor então pegou uma das armas do visor. “Este. É feito por um artesão habilidoso. Tem uma boa empunhadura e pontaria. Você vê, eu nunca disparei uma arma na minha vida. Mas com isso, eu consegui atirar em uma lata de cerveja de longe. Tenho certeza que você sabe. Armas hoje em dia vêm com poderes misteriosos. Este é um deles.” O arremesso despertou o interesse de Do-geon. E assim, ele pegou. Do-geon estava estudando e estava prestes a colocar o dedo no gatilho para disparar quando o vendedor rapidamente o agarrou pelo pulso. “Nuh-uh. Você tem que pagar primeiro.” “Agora, você está agindo de maneira econômica.” “Estamos vivendo em um mundo difícil. Você deveria saber o que quero dizer... certo?” Do-geon sorriu amargamente ao devolver a arma. Zeha sussurrou para ele. “Do-geon, é realmente tão bom? Como está a aderência?”


“Eu tenho que disparar para saber com certeza, mas a aderência é muito boa. É mais leve do que parece.” “Então você pode...” “Não, minha arma pode esperar. Eu posso usar isso.” Do-geon bateu na arma que estava no coldre na cintura enquanto apontava para Jooan. “Ele deveria pegar um primeiro.” Jooan olhava com tristeza para as armas em exibição. Enquanto seus olhos escuros estavam pousados nas armas, ele estava vendo outra coisa. Eu poderia ter conseguido salvá-la se eu tivesse essas armas comigo? Se eu fosse mais forte... Ela abriu um grande sorriso para Jooan mesmo com a visão embaçada. Desculpe... mas eu vou me despedir primeiro... Jooan sorriu de volta, querendo que a imagem dele sorrindo fosse a última coisa que ela visse antes de falecer. Ele queria que ela morresse em paz. Seu coração parecia estar sendo triturado em milhões de pedacinhos. Mesmo assim, Jooan ainda sorria. Por que você? Por que eu? Por que nós? Por que estávamos lá naquela hora, naquele dia? Jooan se questionou inúmeras vezes, apenas para descobrir que não tinha respostas. Afinal, ela se foi. E o mundo de Jooan desmoronou. Ele não se importava com o que seria de um mundo sem ela. Ele não se importava com o fato de o Beom estar se enfurecendo e matando as pessoas como quisessem. Sabe, eu gostaria que fôssemos como qualquer outro casal.


Mas Jooan não podia ficar e parar de se importar assim. Ela não iria querer isso. Você vai viver uma vida boa, certo? Certo...? Prometa que você vai... mesmo sem mim... ok...? Esse era seu último desejo. E assim, Jooan decidiu viver. “Jooan.” Jooan foi despertado de seu transe pelo chamado de Zeha. Jooan fechou os olhos lentamente antes de abri-los novamente. Nesse momento, algo no canto chamou sua atenção. Jooan virou-se para ela. Era uma lança longa. Jooan foi atraído por aquela lança desgastada, embora não soubesse por quê. Nesse momento, uma imagem de uma senhora empunhando a longa lança enquanto seu cabelo loiro dançava no ar brilhou em sua mente. Narae. Jooan agarrou a lança enquanto se lembrava do nome ao qual não responderia mais. Jooan. Ele parecia tê-la ouvido chamá-lo. A força que ela deixou para ele tamborilou em reverberação como se ressoasse com a arma. Embora soubesse que seu comprimento e peso poderiam ser desvantajosos na caçada, Jooan se concentrou na lança. “Eu vou escolher isso.” Todos sabiam que não era o melhor para lutar contra um Beom rápido. Mas ninguém se adiantou para dissuadi-lo porque viram a convicção tremeluzir nos olhos tristes de Jooan sobre a arma. “Ah, essa. Muito bem. É uma arma excelente.” O vendedor comentou, falhando completamente em ler a atmosfera. O fornecedor simplesmente queria se livrar dele o mais rápido possível, pois estava ocupando espaço. “Sua mão se encaixa perfeitamente em seu punho, certo? Além disso, é bastante leve para o seu comprimento. Muitas pessoas querem comprar lanças como esta,


mas elas vêm tão raramente. Eu só gostaria de poder obter mais delas. Mas, claro . Vou lhe dar um desconto especial. Você pode levar para casa por 1,5 bilhão de wons.”


1 Zeha e os outros ficaram sem palavras. O vendedor fez isso como se estivesse sendo generoso quando estava exigindo descaradamente 1,5 bilhão de won pela lança. Do-geon fez uma careta. “Sério, 1,5 bilhão de won? Você só pode estar brincando. Isso nem é uma arma...” “Exatamente. É por isso que é uma raridade. Onde mais você acha que pode encontrar essa beleza? Eu te desafio a procurar em todo o mercado. Mesmo que você encontre uma, você não poderá comprá-la por esse preço. “ “Claro que não. Isso é porque ninguém vai pedir tanto por isso.” Antes que Zeha pudesse responder a qualquer coisa, alguém por trás interrompeu e zombou do vendedor. “Mas você nem vai encontrá-lo em primeiro lugar. Quero dizer, quem venderia uma arma como essa?” Era um jovem que Zeha não reconheceu. Ele interrompeu de repente enquanto estava ao lado de Zeha. Este último não sabia por que, mas por algum motivo, ele sentiu como se o conhecesse há muito tempo. Ele tinha cabelo verde escuro que complementava bem seus olhos castanhos. Sua jaqueta cravejada estava absolutamente legal. “Quem você pensa que é? Não é da sua conta. Vá embora”, o vendedor rangeu. Em vez disso, o jovem sorriu. “Eu o vi há algum tempo, senhor. Você estava tão desesperado para vendê-lo para as pessoas que passavam. Antes que esses senhores aparecessem, você até


sugeriu troca-lo com uma arma. Eu vi você fazer isso.” “Quando eu...?!” O rosto do vendedor imediatamente ficou vermelho quando ele gritou em negação. Do-geon franziu as sobrancelhas. “Você está brincando comigo agora? Era de graça, mas você estava tentando vendêlo por 1,5 bilhão de won? Ei. Sim, eu entendo que o mundo está desmoronando em pedaços. Mas você não acha que você ainda deveria ter alguma moralidade? Você sabe que estamos comprando isso para pegar Beom...” “Sim! Espere um segundo. Não podemos ficar aqui. Temos que dizer aos outros caçadores que esta loja tentou nos enganar.” Zeha concordou com Do-geon. As pessoas estavam começando a se reunir e conversar entre si. Vendo isso, o vendedor não teve escolha a não ser mudar sua tática. E assim, ele sorriu timidamente para eles. “Oh, meu amigo, não há necessidade de fazer isso. Quem está roubando quem? Você está realmente trabalhando duro para pegar os Beom para nós, eu entendo. Claro que sim. Foi uma piada. Leve isso como uma velha piada boba do homem... tudo bem?” Zeha e o resto olharam para ele friamente. “Ok, agora, agora, acalme-se. Tudo bem, que tal isso? Isso.” Ele pegou uma arma da vitrine. “Leve esta arma e a lança por 1,5 bilhão. Nada mais, nada menos. É um roubo. Tenho certeza de que todos vocês estão bem cientes de como as armas são caras hoje em dia, certo?” Eles concordaram. Cada arma que eles encontraram no mercado foi vendida a um preço de mais de 1 bilhão de won. Mas, apesar do bom negócio, ainda havia um problema. Eles tinham apenas 1,2 bilhão de won. Zeha olhou para Do-geon como uma forma de perguntar o que eles deveriam fazer quando o cara de cabelo verde apontou para o vendedor. “Ei, você tem que compensá-los por tentar roubá-los. Reduza o preço. 1 bilhão. Nada mais, nada menos.”


“Ei, o que você está dizendo...?! Isso está errado! Você pode simplesmente roubar de mim!” “Roubar...? Desculpe, mas quem foi que tentou nos roubar primeiro?” O vendedor rapidamente olhou ao redor para ver se havia alguém que pudesse ajudá-lo. Não havia uma única alma. Todos imediatamente desviaram os olhos quando ele olhou para eles pedindo ajuda. Sua ignorância fingida era justificada. Afinal, não havia mais incentivo para eles ajudarem porque ninguém se importava se você morria ou se machucava no processo. Os tempos mudaram. Como ele estava lidando com caçadores de Beom, o vendedor sabia que deveria saber melhor do que começar uma briga com eles. Afinal, ele sabia que não tinha chance contra caçadores de Beom como eles. E assim, depois de pesar cuidadosamente os prós e os contras em sua cabeça, o vendedor finalmente cuspiu no chão. “Eu sabia! Eu sabia que algo assim iria acontecer. Apenas pegue e vá, seu bando de ladrões!” Zeha e os outros não disseram nada até saírem da loja e do mercado. Zeha respirou fundo agora que eles estavam fora. “Ufa! Dá pra acreditar? Acabamos de comprar duas armas por 1 bilhão de won.” “Eu sei, certo? Ei, obrigado por nos ajudar.” Do-geon se virou e disse para o cara de cabelo verde. Ele se encolheu quando Do-geon chamou seu nome. Só então, ele olhou para cima e zombou. “Não, não foi nada. Não mencione isso. Adeus.” O homem de cabelo verde estava prestes a sair quando Zeha o agarrou pelo pulso. “Ei.” “Huh?” “Eu sou Zeha... Qual é o seu nome?” “Ah, meu nome é Cein.” Seguiu-se um breve silêncio após aquela introdução constrangedora. Zeha e Cein ficaram ali, olhando um para o outro sem dizer nada. Do-geon não pôde deixar de rir enquanto dava tapinhas nas costas deles. “O que vocês dois estão fazendo? Cat comeu suas línguas?”


Zeha foi arrancado de seus pensamentos e imediatamente soltou o pulso de Cein. “Oh, desculpe.” “Não, o que eu fiz lá atrás não foi nada. Não mencione isso. De qualquer forma, eu vou sair agora.” “Espere. Você também é um caçador?” Os olhos de Cein tremeram. Depois de um segundo, ele assentiu. “Sim, por quê?” “Bem, se você não faz parte de nenhum time, quer se juntar a nós?” Os olhos de Cein tremeram novamente. “Estamos prestes a começar uma grande luta em breve.” Cein congelou assim que Zeha terminou sua frase. Seus olhos se encheram de medo quando seus lábios tremeram. Cein então desviou o olhar.

“Não, eu não quero lutar contra os Beom.” “Eu acabei de dizer a ele que sou uma caçador e que não quero lutar?” Zeha ficou momentaneamente atordoado com a tagarelice de Cein. No momento em que ele saiu de seu breve transe, Cein tinha ido embora.

Bulti franziu o nariz enquanto olhava para o braço. A ferida, que ele havia recebido de Narae apenas alguns dias atrás, estava cicatrizando apenas agora. Enquanto o Beom cura facilmente, eles não curam quando são atacados por outro Beom. Essas feridas demoram a cicatrizar. Grrrr. Ele rosnou profundamente ao recordar sua briga no outro dia. “Idiota...” Bulti gostava de Narae. Ele sempre foi bom com ela desde que ela era jovem. Já se passaram 10 anos desde aquele dia, quando ela voltou do mundo humano em 16 de janeiro, completamente corada.


“Eu conheci um menino bonito, Bulti.” Enquanto Narae compartilhava animadamente o que aconteceu com Bulti, ele a avisou. “Nem pense em sair com humanos, Narae. Você sabe o que eles fizeram conosco!” Mas ela se fez de surda para ele. Uma vez por ano, quando ela estava livre para vagar pelo mundo humano, ela se encontrava com esse “garoto fofo” que ela não parava de falar. Bulti não tentou mais impedi-la. Era apenas uma questão de tempo até que o menino morresse de velhice, já que os Beom e os humanos envelheciam em ritmos diferentes. E assim, Bulti deixou Narae ir. Ele não tinha ideia de que o portão acabaria se abrindo para eles permanecerem no mundo humano. O portão então se abriu. Narae imediatamente correu para encontrar esse menino. E ela morreu protegendo-o. Ela machucou Bulti pouco antes de dar seu último suspiro e se sacrificou pelo menino. “Como ela pode ser tão idiota!” O grito repentino de Bulti fez alguns prisioneiros gritarem de medo. Ele olhou para as pessoas trancadas atrás das grades com olhos ferozes. Os humanos são os piores. E assim são os Beom que gostam deles. Como Bulti já havia planejado acabar com os humanos, assim como o beom que gostava deles, não havia nada de errado em Narae ser morta. E assim, ele a matou. Mas, ainda assim, ele não conseguia se livrar dessa sensação desconfortável que estava alojada em seu coração. “Bulti, por favor...” Ele se perguntou por que ainda não conseguia esquecer os olhos lacrimejantes daquela garota que morreu sem sentido por um humano inútil. “Por favor... Sa... me salve. Eu imploro...” “Eu, eu sou um governador. Eu trabalho para a cidade. Se você me deixar viver, eu


posso te dar uma casa muito legal. Por favor, me poupe...” “Só o garoto. Sim? Eu imploro, você pode me deixar morrer aqui, mas deixe meu filho ir...” As pessoas que não haviam desistido de sua esperança começaram a implorar por misericórdia enquanto Bulti passava pelas celas. Pareciam cães latindo em seus ouvidos. Bulti ficou tão irritado que bateu o punho contra as celas. Boom! Todos estremeceram de terror e imediatamente olharam para baixo. “Pare de choramingar, seus parasitas.” Bulti desprezava os humanos. O tempo não existia no mundo em que ele estava fechado. A monotonia e a desolação daquele lugar eram desenfreadas. Era uma terra estéril, sem plantas e árvores. Apesar da ausência de tempo, seus sentidos corporais permaneceram intactos, mesmo quando a fome terrível os mergulhou na dor eterna. Mas a morte nunca esteve lá para levá-los embora. E assim, Bulti viveu por muito, muito tempo na Terra que até a morte havia abandonado. Por quê? Foi tudo por causa daqueles humanos. Enquanto os Beom estavam algemados e atormentados em outro mundo, os humanos estavam aproveitando suas vidas. Mas olhe para eles agora. Com todos os seus poderes retirados, eles agora estavam implorando por suas vidas. Bulti não pôde deixar de rir da situação desses fracos que os submeteram a milhares de anos de sofrimento. Bulti parou na cela da prisão mais distante da porta e olhou para dentro. Um Beom com pêlo cinza estava ali com o peito estufado. “Zahu.” O Beom abriu os olhos ao chamar seu nome. Seus olhos castanhos estavam ficando nebulosos.


Bulti sabia que Zahu estava à beira da morte. “Bul...” Zahu lutou enquanto se levantava e cambaleava até o Beom que o havia chamado. Bulti e Zahu costumavam ser bons amigos. Agora, porém, a visão de seu velho amigo morrendo mal abalou Bulti. “O que você está fazendo...? Hupo sabe o que você está fazendo agora?” “Quem se importa?” “Bulti!” “Então, como é se misturar com os humanos e morrer em suas mãos? Hein? Você está satisfeito? Você não quer comer esses humanos agora, hein?” Havia vários humanos em sua jaula. Mas Zahu se recusou a matar qualquer um deles, mesmo quando se aproximava cada vez mais da morte a cada minuto. Este mundo humano não era o lugar miserável que estava atrás da Rocha Beom da Montanha Inwang. A morte estava gradualmente se aproximando dele. “Bulti, não precisamos mais de humanos para viver. Isso é realmente necessário?” “Precisamos de humanos para recuperar nossa força e retomar este mundo.” “Retirar? Por quê? Você não acha que podemos coexistir com eles?” “Coexistir? Eles nos traíram! Você já se esqueceu de todos aqueles anos terríveis?” “Está tudo no passado, Bulti. Está tudo no passado.” “Para mim, esse passado ainda é o presente!” Bulti gritou desafiadoramente. Ele gritou tão alto que sacudiu as paredes do prédio. Pessoas horrorizadas taparam os ouvidos com as mãos. “Hupo não gostaria de ver você fazendo isso.” “Não, ele vai perceber em breve. Ele vai perceber como esses humanos são astutos e infundados.” Bulti bateu na cela da prisão com um estrondo alto. “Coma um humano, Zahu. Apenas coma um, e eu o libertarei.” “Eu não como humanos, Bulti.” “É mesmo? Acho que você vai morrer aqui então.” Hosu lentamente virou seu olhar. Zahu parecia estar ficando cada vez mais sem fôlego enquanto falava com Bulti. Ele vai nos comer? Ou morrer?


Hosu pensou que Zahu escolheria o primeiro. Muitos dias se passaram desde que ele foi sequestrado e levado para cá. Sim, a tortura o rasgou em pedaços, mas ainda era suportável. A fome não era. Se pudesse, Hosu iria rasgar aquele Beom em pedaços e fazer dele uma refeição. Estou morrendo de fome. Não quero morrer. Estou morrendo de fome. Não quero morrer. Hosu não conseguia entender por que ele estava se agarrando tanto à vida. A morte era uma maneira segura de acabar com a tortura e a fome. Nesse momento, uma pergunta cruzou sua mente. Quem era o maior monstro? O Beom moribundo que se recusa a comer humanos, ou ele mesmo, que planejava comer o Beom no momento em que morresse? A pergunta não precisava de resposta.



1 Haru abriu o mapa de Sin-si. Sin-si foi dividido no distrito da cidade nova no norte e no distrito da cidade velha no sul, com o grande rio cortando entre os dois distritos. A Torre Yisal ficava alta no centro do novo distrito da cidade, enquanto a Montanha Inwang ficava um pouco mais ao norte. O antigo distrito tinha 20 distritos, com os distritos 18 a 20 situados ao longo do rio. Eles eram os mais próximos do novo distrito da cidade. Portanto, eles eram os mais seguros. Haru apontou para o Distrito 19. “A base da lança está bem aqui.” “No Distrito 19? De jeito nenhum. Esse é praticamente o lugar mais seguro do antigo distrito. Não pode ser. A segurança é forte lá porque ser atacado por um raio significaria perigo para os novos distritos também.” Do-geon falou enquanto Haru inclinou a cabeça para o lado. Seu cabelo cinza foi despenteado pelo vento. “Bem, você não acha isso estranho? A Montanha Inwang fica bem no lado norte do novo distrito da cidade. No entanto, mais Beom aparecem nos distritos antigos do que nos novos. Por que isso acontece?” “Bem, os militares devem...” Do-geon não disse nada depois disso. Ele sabia que os militares não faziam muito mal aos Beom. Foram os caçadores de Beom que vieram para carregar os poderes misteriosos que


‘foram capazes de acompanhar a velocidade e a força do Beom. Claro, tanques e bombas eram letais o suficiente para matar as feras, mas ninguém seria estúpido o suficiente para explodir um explosivo bem no meio da cidade apenas para pegar um Beom. Isso significava que os militares eram praticamente inúteis. No entanto, os Beom se reuniram no bairro da cidade velha, e não no novo que estava nas proximidades da montanha. “Eu tenho notado isso também. É como se os Beom tivessem feito um acordo com alguém no novo distrito da cidade para atacar apenas os distritos antigos. E eles começaram a atacar do Distrito 1 em diante. Claro, não estou dizendo isso o novo é seguro e tudo, mas quando você o compara com o bairro antigo da cidade, é muito mais seguro.” Jooan falou com sua voz suave de sempre. Zeha franziu a testa. “Mas... quem faria tal acordo com os Beom? Beom come gente.” “Nem todo mundo faz isso, Zeha.” Jooan defendeu, seus olhos cheios de lágrimas mais uma vez. Zeha estava morrendo de vontade de fazer uma pergunta que ele queria fazer. Jooan, por que você parece que vai chorar a qualquer momento? Mas não conseguiu reunir coragem para lhe fazer esta pergunta. Assim como Zeha tinha histórias que eram difíceis para ele contar, Jooan também deve ter sua própria parte delas. “Beom são como humanos. Eles amam e abominam. Eles vivem, odiando e gostando dos outros, assim como nós.” “Sim...” Zeha estava bem ciente disso. Afinal, seu pai era um Beom, e ele também se apaixonou. “Então o que você está dizendo é que nem todos os Beom vão e matam as pessoas como querem. E pode haver Beom que está conspirando contra os humanos e está ficando mais forte a cada dia, certo?” Do-geon resumiu, e Jooan assentiu em resposta.’ “Sim, é estranho que a base esteja na área mais próxima do novo distrito da cidade.


Receio que algum tipo de poder que não conhecemos possa estar por trás de tudo isso.” Quando Jooan terminou de falar, um silêncio pesado caiu sobre eles. Todos eles entendiam como as coisas seriam difíceis se algum outro poder estivesse envolvido. Agora, eles só tinham força e energia para lutar contra alguns Beom. Algo mais na imagem simplesmente significava problemas. Seria ótimo se fôssemos como a Tiger Butterfly. Eles são praticamente uma força agora. Dessa forma, nossas chances de vitória seriam maiores. Zeha suspirou de frustração. Nesse momento, Haru colocou a mão no ombro de Zeha. Haru apertou o ombro de Zeha suavemente. “Suspirar não muda nada. Bem, há um ditado que diz que toda crise é uma oportunidade. Vamos apenas esperar e descobrir o que nos espera.” Cein abaixou-se um pouco para verificar sua coxa. Ele tinha uma bainha que estava conectada ao cinto em sua cintura. Cada lado tinha punhais que ele havia comprado há alguns dias. Cein tinha ido ao mercado outra vez no outro dia porque queria encontrar Zeha e os outros novamente. Mesmo que ele não os tenha visto, ele encontrou os dois punhais e simplesmente não conseguiu deixá-los por um preço acessível. Tecnicamente falando, era acessível apenas para os caçadores de Beom. Mas para Cein, que nunca caçou e recebeu uma recompensa, isso lhe custou um braço e uma perna. O dinheiro vinha de seus pais, que eram generosos quando se tratava de dar-lhe mesadas, mas mesquinhos quando se tratava de amor e carinho. Em vez de gastar, Cein ignorou o dinheiro e o deixou acumular em seu banco. Era sua maneira de protestar contra seus pais. Naquela época, é claro, ele não tinha ideia de que esse dinheiro seria útil um dia. Juntamente com o dinheiro que ele ganhou com aulas particulares na faculdade, Cein conseguiu comprar as adagas com o dinheiro. Mas eu não tenho nenhum plano para caçar Beom... Quando Zeha perguntou se ele era um caçador, Cein não pôde deixar de assentir.


Talvez Cein tenha feito isso porque queria passar mais tempo com eles. Para descobrir por que todos eles compartilharam a mesma vida passada. Ou talvez, no fundo, ele só quisesse pertencer a algum lugar. Provavelmente foi por isso que Cein quase pulou quando Zeha o convidou para se juntar ao time. Mas... “Estamos prestes a começar uma grande luta em breve.” Essas palavras o aterrorizaram. O terror de ser comido vivo por um Beom. O medo que ele tinha quando estava preso na escuridão, dentro do estômago do Beom. O trauma atacou sua alma e o sufocou como se fosse um tsunami caindo sobre tudo o que estava em seu caminho. Foi pura sorte que Cein tenha sobrevivido àquele dia. E ele não estava pronto para fazer outra aposta. E assim, ele fugiu. Cein não queria ver um Beom nunca mais, muito menos lutar contra eles. Era por isso que ele não conseguia entender por que ele pagou essa quantia de dinheiro para obter as adagas. Eles já lutaram? Se sim, eles conseguiram sair vivos? Faz uma semana desde que ele os encontrou. Cein estava vagando pelo mercado, esperando que eles se encontrassem, sem sucesso. Isso o fez se sentir patético. E assim, Cein decidiu seguir para o Distrito 19, que ele ouviu ser o lugar mais seguro entre os outros do distrito da cidade. Seu plano era apenas brincar, observando as vidas passadas das pessoas em um lugar seguro longe dos Beom. Até... “Está bloqueado?” “Sim, parece que sim. As estradas que levam ao Distrito 18 a 20 estão todas bloqueadas.” “Quem fez isso? Por que eles bloquearam?”


“Os soldados estão por toda parte. Acho que o governo decidiu conter a situação porque todos estão abandonando suas casas para chegar lá.” “Isso não faz sentido. É como dizer que as pessoas nos outros distritos podem simplesmente morrer.” Cein ouviu outras conversas enquanto se arrastava até seu destino. “Parece que os veículos também não são permitidos. E as faixas de ônibus também mudaram...” “Espere, o quê? Por que...? Mas e nós?” Cein caminhava com a cabeça baixa. Foi por isso que ele só encontrou a estrada lotada de pessoas e carros quando olhou para cima. Carros estavam estacionados na estrada impotentes enquanto pessoas nervosas agrupadas em grupos de três e cinco conversavam umas com as outras. Dado os muitos caminhões e carros em movimento na estrada, Cein poderia dizer que muitas pessoas estavam a caminho do Distrito 18. Eles viajaram tão longe apenas para descobrir que as estradas estavam completamente bloqueadas. Cein fechou os olhos e escutou. Desde que foi comido vivo pelo Beom, Cein desenvolveu um olfato e audição aguçados. Ele foi capaz de captar as vozes dos manifestantes resistindo aos soldados que estavam em seu caminho de longe. Os homens de uniforme pareciam rígidos e disciplinados. Era um contraste gritante com o barulho barulhento das pessoas. “Estamos apenas fazendo o que nos dizem para fazer.” Não explicaram mais. Cein não conseguia entender o que estava acontecendo aqui. O bairro antigo da cidade estava em perigo, e o governo decidiu responder bloqueando a estrada que levava ao novo bairro. Além disso, ninguém lhes disse nada. Foi uma decisão unilateral. Isso está realmente acontecendo agora, mesmo nos dias de hoje? Quando ele inclinou a cabeça para trás em descrença, a luz do sol pungente brilhou diretamente em seus olhos. O que está acontecendo com o mundo?


Cein olhou ao redor do caos. Seus olhos estavam cheios de várias emoções - medo, raiva, vazio e ressentimento. E seus olhares estavam fixos no que quer que chamasse sua atenção. Nesse momento, Cein avistou um grupo de quatro homens avançando corajosamente. Era Zeha e sua equipe. Cein instantaneamente esqueceu tudo sobre os manifestantes e os carros quando começou a segui-los silenciosamente. Era quase como se ele estivesse sendo atraído por algo. Eles estavam indo na direção oposta. Eles finalmente pararam em um beco escuro por onde quase ninguém passava. Cein ouviu Haru quando este apontou para o chão. “É isso. Eles entraram aqui e caminharam até lá.” Cein percebeu que Haru estava apontando em sua direção. E assim, ele rapidamente se escondeu atrás de um carro que estava estacionado nas proximidades. Nesse momento, um homem passou correndo pelo carro. Ele estava de jogger e uma jaqueta branca. Cein viu Zeha de repente levantar a mão para o homem. “Hwan, estamos aqui!” Zeha e outros deram as boas-vindas a este homem chamado Hwan. Haru então passou o arco que trazia no ombro para ele. “Usa isto.” Hwan aceitou com uma expressão sombria. Conversavam baixinho entre si enquanto removiam a tampa do bueiro. Assim que foi aberto, eles pularam um por um sem qualquer hesitação. Cein olhou em volta por um tempo antes de ir até lá. Ele olhou para baixo e viu o buraco escuro escancarado como se fosse devorá-lo a qualquer segundo. Cein lembrou-se de repente do Beom que o engoliu. Seu coração começou a bater furiosamente. Haru devia estar falando sobre o Beom.


O que devo fazer? Não adiantava perguntar. Ele teve que voltar e seguir seu próprio caminho. Ninguém o convidou para se juntar, e ninguém sabia que ele estava aqui. Ele não era responsável por nada. Além disso, Zeha e seus amigos eram completos estranhos para ele. Eles só se encontraram e conversaram uma vez. Não havia razão para que fossem importantes para ele. Mas... “Ok, aconteça o que acontecer. Vamos.”


Comandante Dongcheol resmungou em seu telefone. Era Kyeongtae. Ele relatou que Zeha e os outros tinham entrado no bueiro, e que parecia que eles estavam indo atrás da barreira. “O que eu faço, comandante?” “Você se lembra do que eu disse? Eu lhe disse que eles estariam melhor mortos.” “S, sim, mas... Senhor, eu tenho observado eles... E eles honestamente não parecem tão ruins. Além disso, eles são tão sérios sobre pegar o Beom quanto nós...” Dongcheol se conteve para não soltar um suspiro alto e pesado. Ele conheceu Kyeongtae na prisão. Durante esse tempo, ele era ingênuo e inocente. Talvez fosse porque aquela era sua primeira vez atrás das grades. Na verdade, ele não havia cometido um crime grave. Foi apenas um assalto bêbado com seus amigos. Quando os policiais os prenderam em flagrante, todos jogaram Kyeongtae embaixo do ônibus e passaram a ele todo o dinheiro. Foi assim que ele foi parar ali. Dongcheol gostava desse lado dele - um pouco tolo, mas inocente. Ele gostou porque ele poderia facilmente manipulá-lo. Você só precisa ser legal com eles, e eles dariam a vida inteira por você. “Ele vai atrapalhar o mundo, Kyeongtae.” Dongcheol murmurou. “Houve um momento em que eu estava errado?” “Não, senhor, mas...” Claro que não. Dongcheol sorriu amargamente. Quando ele era jovem, sua mãe tinha fugido depois que ela tinha o suficiente de seu pai batendo nela sempre que ele sentia vontade. “Eu vou voltar para você. Ok, Dongcheol? Seja bom, e eu voltarei para você.” E assim, ele fez questão de ser bom. Dongcheol não chorou quando seu pai o espancou. Ele fazia tarefas domésticas quando tinha apenas sete anos. Por muitos anos, ele foi um bom garoto. Mas com o passar dos anos, os espancamentos de seu pai tornaram-se mais frequentes e graves, e não havia sinal de sua mãe voltar. Um dia, Dongcheol foi atingido por uma epifania.


Você não tem ninguém em quem confiar no mundo além de você mesmo. Desde então, ele não se esforçou mais para ser um bom garoto. E assim, ele roubou, enganou e roubou pessoas... Mas ele tinha fé em si mesmo. Dongcheol confiava que chegaria um dia em que ele seria bem-sucedido e que ninguém seria capaz de levá-lo de ânimo leve. Ele chegaria a uma posição em que suas palavras significariam poder. E aqui estou eu. Os olhos de Dongcheol piscaram. Eu subi todo o caminho até aqui, para um lugar que ninguém pode roubar de mim, um lugar onde todos devem se curvar diante de mim. Minhas palavras são poderosas e ninguém se atreve a desafiá-las. À medida que os Beom se tornavam cada vez mais ferozes, a Tiger Butterfly crescia. Isso significava que mais e mais pessoas começaram a tratar Dongcheol com respeito. Até mesmo o chefe de polícia que ele havia conhecido alguns dias atrás tentou o seu melhor para ganhar seu favor e pediu para pegar todas aqueles Beom para eles. Isso era impensável para ele no passado. E assim, Dongcheol ficou cego pelo poder. Mas mesmo quando ele estava cego, um novo raio de luz pode ter entrado em sua visão. Tão brilhante e glorioso que Dongcheol se esqueceu de todo o resto. Enquanto ele pudesse permanecer segurando a luz gloriosa em sua mão, ele poderia fazer qualquer coisa por ela. Dongcheol ordenou com uma voz firme. “Vou pedir ao time de Seongjin para te apoiar. Trabalhe com ele e mate todos eles.”


1 O ar úmido cheirava a algo sujo. Zeha olhou em volta enquanto colocava a mão sobre o nariz. O túnel estava escuro como breu, completamente desprovido de qualquer luz. No entanto, Do-geon foi capaz de distinguir o contorno do local. Foi só depois que o portão se abriu que Do-geon conseguiu enxergar melhor. Claro, ele sempre teve boa visão, mas não tanto. “Sinto que melhorei em enxergar no escuro. Mas não é por comer muitas cenouras.” Zeha sorriu ao ouvir a piada de Do-geon por trás. Zeha ficou aliviado por ter Do-geon em sua equipe. Ele ficou intimidado com o olhar de Do-geon no início, mas depois descobriu que esse amigo era muito maduro para sua idade pela maneira como ele aliviava o clima toda vez que as coisas ficavam sombrias e sérias. “O que é isso?” Hwan perguntou enquanto apontava para o que parecia ser raízes grossas de árvores. Parecia ser feito de metal ou qualquer outra coisa. Era de cor preta e vermelha e lembrava... “Parece um vaso sanguíneo.” murmurou Jooan. Era exatamente como Jooan havia descrito. As raízes sobrepostas umas às outras certamente faziam com que parecesse uma. Eles se estendiam por toda parte, sem um fim à vista.


Os vasos sanguíneos de Sin-si? Zeha não pôde evitar estremecer enquanto calafrios percorriam sua espinha. Do-geon foi corajoso o suficiente para alcançar a coisa. “Isso é como um fio?” Pegue-! Antes que ele pudesse colocar a mão nele, Haru agarrou Do-geon pelo pulso e balançou a cabeça. “É melhor você não tocá-lo porque não sabemos o que é.” “Você está certo, mas... quero dizer, não é como se estivesse cheio de germes, certo? Eu acho que é um fio ou algo assim.” “Parece um pouco grosso demais para ser um, no entanto. Basta olhar para ele. É ainda mais grosso que nossos braços.” “Pode ser mais grosso que o de Haru, mas o meu é mais grosso que isso.” Do-geon disse enquanto flexionava seus músculos. Haru estalou a língua. “Você é uma criança, Do-geon. Isso é o que você é de fato. Uma criança no corpo de um homem.” Enquanto Haru e Do-geon discutiam sobre seus físicos, Zeha ouviu algo.

Thump... bum... Esse som rítmico tocando em uma batida consistente parecia muito familiar. Nesse momento, Do-geon parou e levantou a mão direita. Ele olhou para trás, sinalizando para todos que alguém estava atrás deles. Zeha e outros silenciosamente colocaram as mãos em suas armas. Logo, eles voltaram a andar como se tudo estivesse bem enquanto esperavam pacientemente que a pessoa chegasse perto o suficiente para atacar. Quando a distância entre eles e o seguidor diminuiu, Zeha imediatamente se atirou na pessoa sem hesitar. A espada de Zeha apontava diretamente para a cabeça da pessoa, enquanto Hwan


apontava diretamente para seu coração. Assim que a espada estava prestes a perfurar a cabeça da pessoa, Zeha percebeu que já tinha visto esse homem antes. “C-” Swoosh! Antes que Zeha pudesse terminar de dizer seu nome, uma corda foi lançada para fora e amarrou Cein pelas pernas. Isso fez com que Cein tropeçasse e caísse no chão. Zeha rapidamente desceu e o puxou para cima, trazendo-o para seus braços. Cein fez uma careta quando Zeha passou os braços ao redor dele. Zeha soltou Cein por reflexo, fazendo com que o último tropeçasse novamente. O primeiro imediatamente pulou em socorro do segundo mais uma vez. Assim que tudo acabou, Cein ergueu uma sobrancelha enquanto removia as cordas que o prendiam. “Você me convida para sua equipe, e é assim que você me recebe? Essa foi uma cerimônia de boas-vindas fantasiosa.” “Desculpe. Eu pensei que você fosse um Beom.” Zeha se desculpou sinceramente enquanto estendia a mão. Cein deu um tapa. “Bem, que seja. A propósito, onde vocês estão indo? Vocês não estão indo para um lugar cheio de Beom, estão?” “Nós estamos.” Do-geon deu de ombros e Cein riu como se pensasse que estava brincando. “Se você planeja ir para a base dos Beom assim, pode esquecer. Até mesmo o grande Tiger Butterfly falhou em sua tentativa de fazê-lo. Você realmente acha que pode fazê-lo, com apenas cinco de vocês? ?” “São seis.” “Com licença?” “São seis.” Zeha sorriu enquanto apontava para Cein. Os olhos de Cein tremeram ligeiramente antes de recuperar a compostura. “Eu não vou. Eu não quero morrer.”


“Nós não vamos morrer lá. Nós vamos viver.” “Isso é um absurdo. O que... nós podemos fazer?” “Você entendeu tudo errado...” Do-geon passou um braço em volta do ombro de Cein. “Nós não vamos lá para lutar. Nós vamos espionar os Beom. Vamos dar uma olhada rápida ao redor do lugar e correr imediatamente se as coisas ficarem feias. E se estiver tudo bem para nós fazermos isso. então, vamos caçar alguns Beom.” Todos eles tinham cérebro para saber que não deveriam invadir a base dos Beom e lutar contra eles. Seu objetivo principal era simplesmente espionar a base. Eles planejavam descobrir a localização exata, a estrutura e o nível de segurança da base. Mas como as contingências podem acontecer a qualquer momento, eles vieram preparados. Cein, que inicialmente estava cético, parecia ter sido conquistado ao ouvir o plano deles. Sua respiração, que estava pesada e rouca de medo, começou a voltar ao normal. Finalmente, ele ergueu o queixo arrogantemente e disse: “Tudo bem, eu vou acompanhá-los. Mas vocês tem que me prometer que vão me proteger se as coisas ficarem feias.” +++ Kyeongtae ficou no bueiro com seus companheiros de equipe enquanto esperava a equipe de Seongjin chegar. Kyeongtae olhou para Seongjin depois de seu chefe Dongcheol. Seongjin era o braço direito de Dongcheol. Era assim que ele se chamava. Parecia que Dongcheol pensava assim também. E assim, Kyeongtae estava ansioso para se aproximar de seu chefe, assim como Seongjin. Kyeongtae conheceu seu comandante na prisão. Foi tudo graças ao seu chefe que ele conseguiu se acostumar a viver lá.


Enquanto todos o insultavam por ser tão idiota, Dongcheol ficou ao seu lado. E foi assim que, na prisão, que estava cheia de criminosos, Kyeongtae conseguiu evitar ser alvo de sérios assédios. Seongjin deve estar em algum lugar próximo, pois ele apareceu em pouco tempo. Atrás dele, os membros do Time 1 estavam em formação. Kyeongtae podia dizer que eles eram bem disciplinados e bem treinados. O Time 1 era composto pelas pessoas mais fortes e capazes da Tiger Butterfly Force. “Kyeongtae, você está esperando há um tempo?” “Não senhor.” “Não me chame assim. Você e eu somos iguais. Somos capitães de equipe.” “N-Não. Nós somos completamente diferentes. Você está no Time 1.” Seongjin deve ter ficado satisfeito ao ouvir a resposta. Ele acariciou a cabeça de Kyeongtae enquanto olhava para o bueiro. Ainda estava aberto. “Então, eles entraram?” “Sim, havia cinco deles antes que algum sujeito de aparência esquelética os seguisse para dentro.” “Então isso faz seis deles... Hmm...” Seongjin pensou por um segundo enquanto olhava para o buraco. Devo segui-los ou fingir que não vi nada? Seongjin apareceu apenas porque Dongcheol ordenou que ele ajudasse Kyeongtae. Este foi um trabalho bastante desagradável. Ele ainda se lembrava claramente do incidente no museu. Zeha e os outros estavam seriamente subequipados e em menor número em comparação com a equipe de Seongjin. No entanto, eram fortes, tanto que ele teve a impressão de que estava indo contra o Beom. Então ele levou apenas um segundo para chegar à conclusão de que não teria chance contra Zeha e sua equipe. Além disso, se os outros fossem tão poderosos quanto Zeha, era evidente como as coisas iriam acabar. O comandante me mandou até aqui só para ajudar essa patética equipe. Ele provavelmente quer que eu use Kyeongtae como isca.


Seongjin imaginou que ele poderia enviar Kyeongtae para enfrentar a equipe de Zeha primeiro antes de se juntar mais tarde para matá-los facilmente. “Kyeongtae, do jeito que eu vejo, não há nada mais ineficiente do que todos nós indo para lá como se estivéssemos fazendo um piquenique. Você não acha?” “Sim, senhor. Você está certo.” “Então, aqui está o que vamos fazer. Eu vou ficar aqui para ficar de olho neste lugar. Vocês vão em frente e descubram para onde eles foram. Assim que me disserem onde eles estão, eu vou até lá para ajudar. . Como isso soa?” Kyeongtae inocentemente aceitou a oferta de Seongjin. Embora Kyeongtae tenha irritado Seongjin com sua incompetência, o último achou o lado ingênuo do primeiro simpático. Além disso, ele sabia como era o time de Kyeongtae. Todos eram imprestáveis. Não havia como derrotar Zeha e sua equipe. Eu vou me esgueirar enquanto ele está sendo completamente destruído por eles e matar Zeha. Depois disso, o crédito será todo meu. Vou matar dois coelhos com uma cajadada só. Terei o melhor dos dois mundos. Seongjin sorriu significativamente enquanto observava Kyeongtae descer o bueiro com sua equipe. +++ Zeha e outros pararam quando viram uma porta na frente deles. Embora eles tivessem passado por vários deles ao longo do caminho, todos eles estavam cobertos com os fios semelhantes a vasos sanguíneos que se estendiam por todo o subsolo. No entanto, este estava limpo e não tinha fios nele. Todos hesitaram, pois ninguém sabia o que aconteceria se eles o tocassem. Nesse momento, Hwan deu um passo à frente. Do-geon o agarrou pelo ombro. “Não há necessidade de pressa.” “Minha irmã pode estar do outro lado.”


Os olhos castanhos de Hwan estavam carregados de tristeza, desespero e loucura.


Ele estava bem ciente de que não havia como sua irmã, Juhee, estar viva. Mas Hwan não pôde deixar de se apegar à esperança. Talvez. Talvez, apenas talvez. Afinal, milagres existem no mundo. E assim, Hwan não perdeu a esperança. Como todos entendiam o que ele estava passando, tendo perdido entes queridos e esperando que eles ainda estivessem vivos, ninguém tentou impedir Hwan. Hwan abriu a porta apressadamente. Creak. Ele fez um rangido ao arranhar o chão. Nada indicava perigo. Em vez disso, eles foram recebidos com uma visão quase inimaginável. “O que é... isso? O que é esse... lugar?” Era como uma masmorra subterrânea que eles normalmente só viam em videogames. Exceto que esta masmorra subterrânea era real, e estava cheia de máquinas misteriosas que eles não conheciam os propósitos. Eles faziam sons de rangidos que ecoavam pelos corredores. As máquinas rústicas e escuras estavam ligadas às raízes nojentas que tinham visto no caminho até aqui. Eles rastejaram pelo teto, chão e paredes para algum lugar que não conheciam. “Acho que estamos no porão da loja de departamentos A.” Jooan murmurou. Ele então apontou para a pequena escrita na parede que dizia “Estacionamento”. Embaixo havia as palavras “Uma loja de departamentos”. “O quê? Estamos na loja de departamentos A? De jeito nenhum. Ainda não estava em operação? Eu pesquisei ontem à noite na internet.” Cein sussurrou. Do-geon murmurou algo baixinho enquanto dava um passo à frente e observava as máquinas de perto. “Eles não parecem ter sido feitos recentemente... O que diabos esse lugar está


fazendo sob uma loja de departamentos?” Thump... bum... O barulho rítmico das máquinas estava levando Zeha pela parede. Sob as lâmpadas fracas que faziam a sala inteira parecer monótona e suja, as máquinas lembravam Zeha de órgãos humanos. E esse barulho soa como um batimento cardíaco... Nesse momento, enquanto Zeha torcia o nariz com o quão repulsivo o lugar era, ele viu algo estranho com o canto do olho. Era uma criatura grotesca com cara de rato e corpo de aranha. Rapidamente escapuliu sob as máquinas quando cruzou os olhos com Zeha. Eu tenho que pegá-lo!


1 Zeha não sabia por que, mas sentiu uma forte vontade de pegar a misteriosa criatura. Assim que ele estava prestes a ir atrás dele, Cein o agarrou pelo pulso. “O-onde você pensa que vai?” “Eu só... vi alguma coisa.” “O que você viu? Era um Beom? Tem um Beom aqui? O que você está fazendo? Depressa, me proteja!” Cein olhou em volta com medo escrito em todo o rosto. “Não, apenas...” Zeha olhou ao redor, tentando rastrear a criatura. Mas mesmo seu agudo senso de audição não conseguia detectar para onde ele tinha ido. Ele se foi. “Eu vi algo realmente estranho. Parecia um rato. Mas tinha o corpo de uma aranha... e também tinha asas. As asas de uma libélula.” “O que é que foi isso...?” “Eu não tenho ideia. Acabei de ver. Você não viu?” “Não, eu não vi. Quero dizer, é impossível que haja uma coisa dessas,” Cein respondeu com uma voz duvidosa. Enquanto Cein e Zeha conversavam, Do-geon, Jooan e Hwan se aproximaram deles. Zeha contou a eles sobre a estranha criatura que acabara de ver. “Zeha, eu sei que você está se sentindo nervoso agora, mas você tem que se recompor.”


Essa foi a resposta deles. Nesse momento, Hwan, que estava ansiosamente segurando seu arco de novo, falou. “Vamos. Seja o que for, ainda temos um trabalho a fazer.” Hwan parecia pensar que havia sobreviventes trancados aqui. Mesmo que todos achassem que a chance de isso ser verdade era pequena, eles mantiveram isso para si mesmos. “Todos vocês, venham aqui.” A voz de Haru soou em meio ao rugido desagradável das máquinas. Eles foram até lá e encontraram as escadas que levavam à saída de emergência. Haru apontou para o teto. “Veja.” Os canos que saíam das máquinas se estendiam além da saída de emergência. “A porta está trancada.” Assim que Zeha estava prestes a desembainhar sua espada, Cein o interceptou. Ele sacou uma adaga e a girou uma vez antes de cortar a pequena abertura na porta. Shnk! Assim, depois que o som de metal sendo cortado ao meio ressoou no ar, a porta foi aberta. Todos olharam para Cein com admiração, impressionados com o que tinham acabado de testemunhar. O próprio Cein ficou chocado com o que acabara de acontecer. Ele olhou para a adaga descansando em sua palma em descrença. “Uau, isso funciona!” Exclamou Cein. Foi nesse momento que Cein percebeu que Zeha e o resto estavam todos olhando para ele. Ele abriu um sorriso envergonhado. “Não, hum, quero dizer... eu só tive a sensação de que funcionaria.” “Bom trabalho.” Do-geon deu um tapinha no ombro dele. Como todos haviam entrado rapidamente pela porta com Zeha na frente, ninguém notou Cein enquanto ele sorria meio tímido e meio alegre.


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Seongjin entrou na loja de departamentos A com sua equipe. Embora ninguém tivesse permissão para passar pela estrada que ligava ao Distrito 18 e mais adiante, nenhum dos soldados foi tolo o suficiente para parar os caçadores de Beom, especialmente quando se tratava do Tiger Butterfly. O prédio estava lotado de gente. Seongjin naturalmente assumiu que eram pessoas que viviam por aqui. Ele podia dizer pelo jeito que eles estavam vestidos com roupas extravagantes e luxuosas. Os imóveis por aqui eram extremamente caros. No entanto, ninguém menosprezou Seongjin e os outros, que estavam vestidos com roupas esportivas confortáveis. Todo mundo sabia que eles eram caçadores de Beom pelo fato de terem armas nas mãos. Seongjin adorava esse tipo de tratamento. Olhe para mim. Nasci em uma família pobre e vivi toda a minha vida com pessoas me dizendo que não presto para nada. Mas aqui estou agora, sendo admirado por ser talentoso. Hoje em dia, as pessoas respeitavam os caçadores de Beom ainda mais do que os médicos. “Parece bem limpo aqui, capitão.” Um de seus companheiros de equipe comentou. Seongjin também estava curioso. Por que eles se esconderam sob o porão deste prédio? Um tempo atrás, Kyeongtae havia relatado a ele que Zeha e os outros pareciam estar indo para o porão desta loja de departamentos. “Mas senhor, há algo estranho...” “Kyeongtae, apenas continue seguindo eles e ataque quando tiver a chance. Estarei lá em breve.”


Seongjin o interrompeu no meio da frase porque ele tinha a sensação de que Kyeongtae iria pressioná-lo para vir rapidamente para ajudá-lo. Seongjin tinha um plano diferente em mente. Ele planejava arrastar as coisas até que Kyeongtae e sua equipe drenassem completamente Zeha e os outros de sua energia. Ele então aparecia no último momento, como um herói.

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O cano desagradável que parecia uma raiz continuou a se espalhar pelo chão embaixo. Ao contrário do segundo andar do porão, o terceiro andar parecia um estacionamento normal. Mas não havia carros no estacionamento. Apenas alguns materiais de construção estavam empilhados por todo o lugar como se houvesse algum tipo de construção acontecendo. “Esses materiais de construção parecem um encobrimento...” Do-geon murmurou enquanto apontava para a porta oposta à saída de emergência. “Parece que essa é a base.” Um grande muro de concreto foi construído bem no meio do espaçoso estacionamento. A parede parecia artificial e nova. Uma porta de metal estava na parede, mas não havia ninguém protegendo o local. Todos ainda estavam dentro das escadas de emergência e não saíram para o estacionamento. Eles estavam procurando por qualquer sinal de perigo com a porta entreaberta. “O que nós fazemos?” Cein respondeu assim que Do-geon perguntou isso. “O que você quer dizer com ‘O que fazemos?’ Agora que descobrimos que algo está se formando aqui, temos que subir e contar a todos. Temos que dizer a eles que algo estranho está acontecendo aqui. “Não.”


Com isso, Hwan abriu a porta. “Eu estou indo ai.” “Ei, onde você pensa que vai?!” Cein agarrou-se ao braço de Hwan com ambas as mãos. “Solte.” “Eu não posso. Se essa é realmente a base, você acha que podemos lutar contra eles? Não temos chance. Será melhor para nós sairmos e buscar ajuda antes de voltarmos.” “Se minha irmã está lá... eu preciso salvá-la. Já estou atrasado. E se acabar quando sairmos e pedirmos ajuda?” Hwan disse quase em um apelo. “Você pode morrer se for agora, e isso vai fazer tudo o que fizemos até agora inútil.” “Eu não me importo.” Hwan soltou o braço do aperto de Cein. “Eu tenho que ir e verificar por mim mesmo.”



“Ok, vamos então.” Do-geon disse enquanto se endireitava. Jooan virou-se para Zeha, sem saber o que fazer. Todo mundo estava certo. Zeha entendeu de onde Hwan e Do-geon estavam vindo. Cein também fazia sentido. Mas havia apenas seis deles aqui. Correr para aquele lugar não era diferente de cometer suicídio. “Haru,” disse Zeha enquanto olhava para Haru. Haru assentiu enquanto jogava sua corda. Ele voou em direção a Hwan e Do-geon e se enrolou em seus braços. Quando Haru puxou a corda com a mão, Hwan e Do-geon, que tentavam resistir, tropeçaram no chão. Haru olhou para eles e disse: “Vocês crianças, olhem como vocês dois não podem nem me bater.” “Eu não me importo.” Hwan cerrou os dentes. “Eu preciso salvar minha irmã...” Clack! O som da porta de metal se abrindo interrompeu Hwan. Todos engasgaram quando se viraram para olhar a fonte. Dois beom estavam saindo pela porta. Nenhum deles era Bulti. Ambos tinham orelhas que se pareciam com qualquer Beom comum. Um tinha listras amarelas, enquanto o outro tinha listras cinza. Ao olhar mais de perto, sua pele era da mesma cor de suas orelhas. “É simplesmente ultrajante, estou lhe dizendo.” O cinza deu uma risadinha. “Eu sabia que ele tinha aqueles olhos selvagens, mas quem imaginaria que ele realmente comeria Zahu? Eu nem sei mais quem é o Beom.” “Zahu morreu de fome por proteger humanos, e lá está ele, devorando seu cadáver... Ele só me assusta.” “Deveríamos deixá-lo assim? Talvez devêssemos tê-lo matado. Ele parece perigoso.”


“Ele vai morrer em breve de qualquer maneira. Nós já informamos isso a Bulti, então ele vai descobrir uma maneira de lidar com ele.” Do-geon e Jooan pegaram suas armas com a menção de Bulti. O Beom estava caminhando em direção às escadas de emergência. Todos trocaram olhares para sinalizar um ao outro. Cein, por outro lado, olhou para Zeha e murmurou: “Me proteja.” Eu pensei que ele estava brincando, mas na verdade ele é real. Zeha balançou a cabeça enquanto colocava a mão na espada. Ele então olhou para Haru. Nesse momento, Haru arremessou sua corda na direção da lança, no momento em que Zeha e Jooan estavam atacando as feras que se aproximavam. A emboscada inesperada os pegou desprevenidos, de tal forma que eles não conseguiram reagir. Enquanto a corda amarrava os tornozelos dos dois Beom, Zeha cortou a cintura do Beom cinza. A lança de Jooan penetrou direto no estômago do amarelo. Ele então empurrou a lança para cima com o feixe ainda preso nela. “Grrrrrr!” O Beom amarelo rosnou de dor enquanto balançava os braços descontroladamente. Suas garras de repente dispararam enquanto tentava cortar a cabeça de Zeha. Zeha se esquivou rapidamente e evitou o ataque. Mas alguns fios de seu cabelo foram cortados. O Beom amarelo não parou por aí enquanto agarrou a lança com as mãos. Veias estavam saltando em seus punhos, mas não conseguiu quebrar a lança em pedacinhos. Simplesmente não quebrou. “Humanos nojentos...” O Beom Amarelo mostrou os dentes quando estendeu a mão para estrangular Jooan. Só então, Swish! Uma flecha cortou o ar e perfurou sua testa.


Jooan virou-se para descobrir que Hwan havia atirado. Ele puxou seu arco e estava prestes a atirar outra flecha. Hwan, que estava paranoico com a irmã até aqui, recuperou a compostura no momento em que a luta começou. Seus olhos rapidamente perseguiram o alvo enquanto ele calculava a quantidade exata de força necessária para atingir o alvo. Swish! Mais uma vez, a flecha saiu do arco para dar um último tiro preciso - na testa do Beom. O Beom, que tinha força apesar da primeira flecha, ficou inerte na segunda. Jooan se virou para ajudar Zeha assim que o Beom que ele estava atacando foi morto, apenas para descobrir que o último já havia matado o outro Beom também. O Beom contra a qual Zeha lutava estava sendo gravemente mutilado por Cein e suas adagas. “Eu vou matar vocês. Cada um de vocês. Um por um, eu vou acabar com vocês. Seus vermes, todos vocês apenas...” Cein estava montado no Beom enquanto esfaqueava repetidamente seu coração sem mostrar nenhum sinal de parar. Ele era exatamente o oposto do que ele era há pouco tempo, quando ele murmurou para Zeha para protegê-lo com medo em seus olhos. Jooan olhou para Zeha surpreso. E simplesmente deu de ombros. Do-geon caminhou rapidamente até Cein e tocou seu ombro. Cein estremeceu em choque enquanto se virava com uma adaga ainda na mão. Do-geon sorriu. “Você vai me matar também?” “Ahn...? Ah...” Parecia que Cein também não sabia o que estava fazendo porque olhou para as mãos ensanguentadas com uma expressão confusa enquanto fechava os olhos. “Não, eu...” “Você lutou muito bem. Você foi rápido e sagaz.” Cein baixou os olhos com o elogio. “Não, não foi nada. Realmente.”


“Não, você fez bem. Mas, por favor, limpe o sangue. Você está assustador.” Do-geon limpou o sangue do rosto de Cein com a mão. Cein deixou Do-geon limpar as manchas do rosto antes de se levantar. “Acho que posso lutar agora.” Cein estava olhando para a porta de metal. “O que vamos fazer agora? Vamos entrar lá?” “Pelo jeito que o outro Beom não está saindo mesmo depois dessa comoção, parece que não há muitos lá dentro...” Do-geon virou-se para Zeha. Zeha assentiu. “OK, vamos lá.” Eles abriram a porta de metal sem qualquer hesitação. Quando eles entraram, todo o inferno começou bem na frente deles.


1 Havia um fedor repugnante e repulsivo no ar. Havia várias celas de prisão alinhadas em ambos os lados. As pessoas estavam morrendo neles. Alguns deles até tinham cadáveres, que já estavam em decomposição e cheios de larvas. Aqueles que ainda estavam respirando e vivos não eram melhores. Eles tinham rostos vazios e olhos vazios que estavam há muito desprovidos de qualquer esperança de escapar de seu cativeiro prolongado. Pareciam estar mortos. Então eles mal mostraram qualquer reação, apesar de verem Zeha e o resto esgueirando-se para a sala. Este lugar era o epítome do inferno. Squash Ao dar um passo à frente, Zeha notou que o chão estava coberto com camadas grossas e pegajosas de líquido vermelho e preto. Quando ele seguiu o fluido misterioso com os olhos, Zeha avistou um homem amarrado em uma cadeira no outro extremo da sala. Ele estava conectado a um tubo misterioso que bombeava seu sangue para o sistema subterrâneo. O homem sentado na cadeira estava completamente imóvel com a cabeça baixa. Mas seu sangue continuou a ser sugado pelos canos, encharcando o chão e descendo pela drenagem. “Ai credo...” Zeha saiu de seu transe quando ouviu o som de Cein vomitando.


“Vamos nos apressar e salvar as pessoas aqui. O Beom pode chegar aqui a qualquer minuto.” Todos começaram a se mover rapidamente. A poça de sangue no chão respingava toda vez que Zeha movia os pés. Embora fosse um ruído bastante perturbador e irritante, ao mesmo tempo, o fez se sentir para baixo. Zeha descobriu que o homem que estava amarrado à cadeira já estava frio e sem resposta quando chegou até ele. Eu teria sido capaz de salvá-lo se tivesse chegado aqui um pouco mais cedo? Zeha e Cein cortaram os cadeados das celas enquanto os outros pularam dentro delas para escoltar os sobreviventes para fora. “Acordem, pessoal! Precisamos nos apressar! Vamos!” “Nós não temos muito tempo! Corra, agora! Mova-se!” As vozes animadas e enérgicas da equipe de Zeha ecoaram pelas celas, restaurando a luz há muito perdida e extinta nos olhos das pessoas. Assim que saíram de seus transes, as pessoas perceberam que agora tinham uma chance de escapar deste inferno. A fome e a tortura, no entanto, haviam causado um grande impacto em todos. Assim, eles não poderiam ficar sem as celas tão rapidamente quanto Zeha e o resto gostariam. Algumas pessoas de bom coração se ofereceram para ajudar e encorajar outros a sair das celas, enquanto alguns egoístas simplesmente empurraram os outros para o lado apenas para chegar à saída mais rápido. Mas Zeha e os outros estavam ocupados demais para controlar a multidão agitada para sair das celas de maneira ordenada e civilizada. Havia celas demais para desbloquear e pessoas demais para evacuar. “Os caçadores de Beom estão aqui!” “Ajude-nos! Salve-nos, aqui!” As pessoas gritaram enquanto esperavam que suas celas fossem destrancadas. Nesse momento, Zeha e o resto ouviram a porta de metal atrás deles se abrir. Zeha se virou depois de cortar um cadeado. Ele percebeu que era Kyeongtae e sua equipe, que estavam assistindo o caos com uma expressão de pânico em seus


rostos. Eles pareciam chocados por testemunhar uma cena tão inesperada. “Todos vocês! Agora não é hora de ficar parado e não fazer nada. Ajude-nos a tirar essas pessoas!” Os gritos de Zeha tiraram Kyeongtae de seu transe. Ele imediatamente ordenou que seus companheiros de equipe se juntassem aos esforços de evacuação. Zeha não podia estar mais grato pela presença deles. Normalmente, ter a Tiger Butterfly por perto significaria uma interrupção indesejada. Em uma emergência como essa, no entanto, sua presença significava pares extras de mãos amigas. A presença do Tiger Butterfly, sem dúvida, tornou todo o processo de resgate das pessoas muito mais rápido. Quando eles finalmente chegaram à última cela, todos pararam em suas trilhas. Eles ficaram momentaneamente sem palavras. “Ele... sério comeu o Beom?” Cein murmurou para si mesmo, incrédulo. Eles não podiam acreditar no que estavam vendo com seus próprios olhos. Dentro da cela, havia um cara e um Beom. O Beom tinha listras pretas em sua pele amarela. Ele havia sido rasgado em pedaços, evidente pelas marcas de mordida em sua carne. Ao lado dele estava um homem de cabelos castanhos com manchas de sangue ao redor da boca. Ele estava esparramado no chão, inconsciente. “Ele está vivo?” Do-geon estava prestes a entrar na cela quando ouviu um grito. “Está bloqueado!” Foi Kyeongtae quem saiu para liderar os sobreviventes. “Está totalmente bloqueado. As escadas que sobem e as que descem!” Ele explicou que a porta que dava para os porões um e quatro tinha sido trancada com tanta força que eles não conseguiam abri-la. “Você já tentou atirar nas maçanetas?” Do-geon perguntou.


“Não, não é isso. As portas estão rebocadas com concreto.” Quem quer que tenha criado essa terrível masmorra bloqueou as saídas de emergência com grossas paredes de concreto para garantir que ninguém pusesse os pés nos porões dois e três. Isso significa que o túnel subterrâneo é a única maneira de entrar e sair. “Então isso significa que temos que sair do jeito que entramos...” Zeha parou. Só então, arrepios subiram em sua pele. Algo estava se aproximando.


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Bulti estava caçando humanos no Distrito 6 quando recebeu um relatório de que Zahu havia sido comido pelo humano. Ele voltou para a base imediatamente para verificar. Ele imediatamente sentiu que algo estava errado quando conseguiu abrir a porta da saída de emergência sem precisar destrancá-la. Bulti nunca tinha esperado encontrar Beom mortos por todo o chão no momento em que desceu as escadas. “Grrrr!” Bulti soltou um grunhido feroz e gutural. Os três Beom que estavam com ele também arreganharam os dentes. As garras afiadas de Bulti se estenderam para baixo enquanto sua névoa negra se manchava com sede de sangue e raiva. “Grrrrrr!” Ele soltou um grunhido furioso. Ele não se importava se os caçadores lá dentro o ouviram ou não. Afinal, ele poderia acabar com todos eles sozinho. Ele era um Beom de alta patente que poderia facilmente dominar dezenas de caçadores de Beom.

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Um homem estava parado no andar mais alto do arranha-céu mais alto e mais bonito de Sin-si. Ele foi capaz de obter uma visão noturna clara da cidade brilhante e luxuosa de onde estava. Mas ele estava longe de ficar impressionado. Ele sabia que todos os luxos eram uma mera fachada, que, na verdade, tudo estava apodrecendo por dentro. Ele estava bem ciente de que a podridão estava gradualmente se espalhando para outros lugares como um vírus infeccioso. Mas ninguém na cidade notaria. Claro, eles podem ter uma vaga sensação de que algo pode estar apodrecendo, mas eles nunca seriam capazes de encontrar sua fonte. “Todos eles vão morrer antes mesmo de perceberem isso.” Ele cobriu a boca com um leque enquanto ria para si mesmo. “Eles são um bando inútil.” Há momentos em que os humanos pisam na colônia de formigas sem perceber que acabaram de cometer um massacre. Os primeiros não são os únicos que permanecem inconscientes do que fizeram. Este último morre sem nunca saber o que causou suas mortes em massa. Essa era a maneira que ele percebia os humanos. E o Beom não era diferente deles. O Beom nunca saberia como e por que essas coisas aconteceram, bem como o que aconteceu com eles. “Eles não passam de um bando inútil...” Ele murmurou para si mesmo enquanto fechava os olhos. Toda vez que ele fechava os olhos, memórias do passado ressurgiam em imagens claras e vívidas. Eles podem ter sido eventos que ocorreram dez ou vinte mil anos atrás... talvez até centenas de milhares de anos atrás. Mas o tempo era insignificante para ele. A única coisa que importava para ele eram os eventos que aconteceram a cada momento.


“Huh? O que é isso? Isso está realmente vivo?” “Você é capaz de alguma coisa? Parece que tudo que você faz é comer, defecar e desperdiçar sua vida.” “Uau, olhe para isso. Ele come bem. Ei, ei. Por que você não come isso também?” “Olha como ele rola todo o caminho para baixo! Tudo que eu fiz foi dar um leve chute, e ele caiu rolando assim.” A vergonha dolorosa permaneceu crua e fresca em seu coração, mesmo depois de tantos anos. Sua determinação final, também, permaneceu em seu coração mesmo depois de todos esses anos. Seu plano odioso, que ele vinha idealizando há mais de dezenas de milhares de anos, estava começando a tomar forma e se aproximava do sucesso. Baque. Nesse momento, algo escuro e pequeno atingiu a janela. Ele abriu a janela ligeiramente. A própria criatura com pernas de aranha e cara de rato voou e pousou em seu ombro. Enquanto os humanos sentiam repulsa por ele, ele o amava como se fosse seu filho. Ele ouviu o relato enquanto o acariciava com o dedo indicador. Seu olhar se voltou para a loja de departamentos A. A loja era apenas uma mera parte de um plano. Não importava se viesse à tona. Afinal, ninguém jamais descobriria que a situação trágica e horrível foi planejada por ele. Ele sorriu friamente. Ele bateu na boca da criatura com seu leque enquanto comentava: “Vamos ver. Quem será o vencedor?”

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Todos ouviram o rosnado do Beom. Seu rugido feroz fez os sobreviventes e a equipe de Kyeongtae congelarem de terror. Zeha agarrou sua espada e virou-se para Cein, que estava com muito medo de dizer qualquer coisa. Cein estava segurando suas adagas com força enquanto olhava para a porta do outro lado. Sentindo os olhos de Zeha sobre ele, ele se virou para o primeiro e murmurou: “Me proteja.” Zeha riu baixinho enquanto segurava sua espada, pronto para atacar o Beom a qualquer segundo. Ele gritou: “Todo mundo dentro, agora!” Sua voz fez todos saírem de seu transe aterrorizado. Agora que eles viram suas vidas em risco mais uma vez, eles imediatamente correram de volta para suas celas. Mas o Beom foi mais rápido. “Grrrrrr!” O Beom avançou e arremessou cinco pessoas contra a parede. Pow! Tum! Todos eles morreram antes mesmo de atingir o chão. Kyeongtae e sua equipe também não ajudaram muito. Kyeongtae ergueu uma arma para lutar enquanto os outros estavam ocupados empurrando as pessoas para trás deles e para dentro de suas celas. “Grrrrrr!” O Beom rosnou novamente. Bam! Pow! As pessoas foram voando contra a parede mais uma vez. O que está acontecendo? Zeha ficou nervoso. Ele podia ouvir os gritos do Beom e sentir seus movimentos. Mas eles não estavam à vista. Zeha sabia que alguns Beom se moviam nos véus de sua névoa escura, e outros eram extremamente rápidos. No entanto, este foi apenas em outro nível. Ele nunca


havia encontrado nada parecido com ele antes. Além disso, eles nem tinham nenhuma névoa com eles. “Tsk.” Só então, Do-geon estalou a língua enquanto apontava sua arma para uma sombra que havia aparecido no chão. Bang! A bala penetrou no concreto, fazendo com que pedras e sangue se espalhassem. “Arghhh!” O grito da viga se seguiu. Só então, o Beom cinza apareceu no meio da sombra. Zeha imediatamente saltou em direção a ele e apontou sua espada brilhante direto para seu peito. Já tinha ido embora quando ele desembarcou. Nesse momento, alguém gritou de dor. “Arghhh!” Era Cein. Zeha não podia acreditar. O Beom cinza, que estava bem na frente de Zeha apenas uma fração de segundo atrás, estava agora atrás dele, estrangulando Cein no ar. “Isso é ruim, Zeha,” Haru sussurrou. “Aquele está acima da média.”

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Cein congelou de terror no momento em que o Beom agarrou seu corpo inteiro. Seu aperto o lembrou de como ele havia sido engolido vivo por um Beom que ele encontrou nas ruas apenas algumas semanas atrás. Eu pensei que matar uma Beom resolveu meu trauma, mas acho que não.


O Beom abriu a boca para revelar sua garganta larga e negra. Cein não conseguia respirar. É isso. Ele não teria tanta sorte desta vez. Vou morrer. Ele queria viver. Mesmo que seus pais não o quisessem. Cein havia tentado tudo o que podia para agradar seus pais. Mas eles nunca o elogiaram, nem mesmo uma vez, em sua vida. Ele até foi aceito para frequentar a faculdade de medicina, na qual seu irmão não conseguiu entrar. Mas seus pais ainda o ignoravam. Foi quando Cein percebeu que não tinha lugar em sua família. Mas ainda assim... eu quero viver... Ele queria viver. Ele queria viver para descobrir seu lugar na vida algum dia. Cein acreditava que havia um lugar para ele onde seria elogiado pelas menores coisas. Um lugar onde ninguém o faria se sentir culpado por não ser bom o suficiente. As presas do Beom brilharam na luz. Cein fechou os olhos. Eu realmente... queria viver...


1 Smash! Só então, o som de algo cortando algo fez Cein arregalar os olhos. Era Jooan, que havia saltado no ar para esfaquear o Beom com sua lança. O aperto em volta do pescoço de Cein afrouxou instantaneamente. Os olhos amarelos do Beom rolaram para trás quando ele caiu no chão apenas um segundo depois. Cein tossiu violentamente quando Jooan se aproximou para lhe dar um tapinha nas costas. “Pegue suas armas, Cein.” “Oh, tudo bem...” Agora não era hora de sentar e agradecer por ter outra chance na vida. Cein pegou suas adagas e olhou ao redor. Zeha estava lutando. Ele estava indo muito bem. “O Beom está escondido em sua sombra.” Jooan falou baixinho, mesmo em uma situação terrível como essa. “Como ele sabe onde está o Beom? E... o que há com a velocidade dele? Zeha era tão rápido quanto o Beom. Ele apontou para uma sombra e a cortou se o Beom saísse. Assim que Zeha machucou o Beom e momentaneamente o deixou imóvel, Hwan ou Do-geon rapidamente pulariam para atirar nele. “Ele não sabe. Acho que ele está apenas esfaqueando cada sombra que aparece.” “O que...? Isso é impossível.”


Jooan sorriu levemente. “Não é.” “Huh?” “Eu posso fazer isso também...” Simples assim, Jooan se foi. Um segundo depois, ele apareceu ao lado da cela à esquerda e esfaqueou uma sombra que estava lá. “Argh!” Jooan tentou esfaquear seu estômago, mas falhou. A sombra já havia desaparecido. Tudo aconteceu em segundos. Jooan voltou para o lado de Cein mais uma vez. “Eu posso me mover como o Beom.” “Como você faz isso...?” “Eu sei, certo? As coisas simplesmente aconteceram...” Jooan sorriu levemente enquanto puxava Cein para o lado, salvando-o de um Beom que apareceu de repente e tentou arranhá-lo. Oh droga. Arrepios percorreram a espinha de Cein. Eu teria sido cortado pela metade se não fosse por Jooan. No entanto, Cein não estava tão aterrorizado quanto estava há pouco tempo. Ele tinha Jooan ao seu lado. Cein limpou a garganta. “Você pode me dizer antes de se mover? Você apunhala a sombra, e eu cortarei a garganta do Beom no momento em que ele aparecer.”

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Bulti não podia acreditar no que estava acontecendo diante de seus olhos. O Beom que ele trouxera era forte e de grau médio. No entanto, eles não eram páreo contra esses seis humanos.


Um deles até conseguiu ferir Bulti. Embora fosse apenas um arranhão que se curasse em pouco tempo, Bulti ficou irritado. É isso. Chega de brincar. Bulti rosnou para o céu um tempo atrás para convocar seu companheiro Beom para a base. Aqueles nas proximidades chegariam em breve. Não importava se a base seria destruída no processo. Bulti tinha certeza de que o homem misterioso seria capaz de fornecer-lhe mais edifícios como este.

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“Aaarrgh!” “O Be-beom...!” “Não!” “S-Salve-me! Socorro!” Levou apenas um segundo para a loja de departamentos A se transformar em um lugar caótico repleto de pessoas frenéticas correndo em todas as direções com o súbito aparecimento de neblina espessa e escura. Aqueles que se lembravam de ver alguns caçadores de Beom na loja começaram a pedir ajuda a Seongjin e aos demais. “Por favor... sa... me salve. Eu imploro...” “Aaargh! Olha...!” Duas pessoas foram lançadas no ar quando um dos Beoms balançou os braços violentamente em seu caminho para o porão. Gritos vinham de todas as direções. A equipe de Seongjin ficou tão chocada quanto as pessoas. Ele nunca teve planos de caçar qualquer Beom aqui, e havia mais de dez Beom no lugar agora. Eu não posso lutar contra eles.


Ele sentiu que algo deve ter dado terrivelmente errado. “Deixe ir!” Seongjin chutou as pessoas que estavam agarradas a ele antes de sair correndo da loja.

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“Mais Beom chegarão em breve.” Era Haru. “Huff, huff... sim... eu sabia.” Zeha ofegou enquanto olhava para Bulti, que havia aparecido na frente dele. Ele estava sem fôlego, pois havia tolamente desperdiçado sua energia cortando cada sombra que aparecia. Zeha esfaqueou cada sombra que viu. Enquanto isso lhe permitiu ferir fatalmente Bulti, Zeha também sofreu as consequências de suas ações. Ele estava sem fôlego e ferido. A ferida em sua coxa não parava de sangrar. A situação era extremamente terrível para o resto deles também. Mas eles foram capazes de matar dois Beom e cortar o braço esquerdo de Bulti. “Você é muito bom para um humano.” Bulti franziu o nariz enquanto colocava o braço cortado de volta no lugar onde estava. “E eu odeio humanos como você.” “É mesmo? Huff, huff... Por que você não nos deixa ir então?” Zeha provocou. Bulti torceu o nariz em desgosto enquanto cuspia, “Eu desprezo o seu tipo.” Nesse momento, Bulti e Zeha avançaram um contra o outro, prontos para colidir. Zeha foi para o braço esquerdo de Bulti que estava se recolocando sozinho, enquanto Bulti mirou na cintura do primeiro. Zeha imediatamente sentiu que o ataque seria fatal, então ele mudou sua espada


para bloquear o ataque. Clank! A espada colidiu contra as garras de Bulti, criando algumas faíscas no ar. Os dois recuaram. “Não revire os olhos.” Bulti avisou quando viu Zeha tentando olhar para trás em sua equipe. “Isso me faz querer arrancá-los e mastigá-los com os dentes.” “Huff... sim? Você vai adorar. Porque minha visão é... huff... boa.” “Você parece exausto.” “Na verdade.” Bultil sorriu enquanto olhava para o teto por um breve segundo. “Meus backups estão chegando.” “Ah, o meu também. Cerca de mil deles estão vindo.” “Sim, como se isso fosse possível.” Ambos estavam brincando e ganhando algum tempo. Eles perceberam há muito tempo que essa luta não terminaria um a um. Bulti estava esperando seu Beom chegar, enquanto Zeha esperava que sua equipe recuperasse suas energias. Só então... Bang! O som de um tiro ecoou por todo o lugar por trás. Um membro da equipe de Kyeongtae disparou ao perceber que ele poderia acabar com Zeha ali mesmo. Zeha não teve tempo de evitá-lo, pois não esperava que alguém atirasse nele. O tiro atingiu seu estômago. Bulti arregalou os olhos com a oportunidade de acabar com Zeha. “Tanto tempo!” Ele se atirou em Zeha. “Zeha!” Do-geon e Haru imediatamente correram para resgatá-lo. Mesmo naquele segundo, Zeha os advertiu internamente para ficarem longe dele. Vocês não podem ficar aqui comigo. Todos vocês vão morrer. Haru rapidamente pulou em cima de Zeha e o protegeu como se estivesse pronto


para desistir de sua vida por ele. Zeha viu tudo acontecer em câmera lenta. Ele viu as garras de Bulti alcançando Haru. Assim que o primeiro reuniu sua energia restante para empurrar Haru para o lado, um rosnado alto e angustiado ecoou por todo o lugar. “Grrrrrr!” Foi ainda mais alto e mais autoritário do que o de Bulti, que recuou imediatamente de sua força bruta. “Grrrrrr!” O rosnado vinha de trás. Nesse momento, Zeha se lembrou do Beom que havia sido deixado morto na cela. “Zahu morreu de fome enquanto protegia os humanos...” Zeha lembrou-se da conversa entre os dois Beoms que ele tinha sobre sua cabeça e ficou esperançoso. Talvez esse Beom chamado Zahu não esteja morto. Ele pode vir em nosso auxílio. O rosnado que sacudiu o prédio cessou apenas alguns segundos depois. Bulti ficou boquiaberto ao ver a criatura. “O que você está?” Zeha ficou chocado ao ver Bulti com uma expressão de pânico e medo no rosto. Ele se virou para ver quem tinha rosnado. Zahu não estava à vista. Em vez disso, era um humano que estava emitindo uma névoa escura sinistra por todo o corpo. Era o cara que tinha comido Zahu.



Seus olhos brilhavam de um dourado luminoso, tão brilhante que as outras partes do corpo estavam sombreadas pela luz. “Grrrr.” Ele soltou um grunhido pesado e gutural. Baque! Ele então saltou alto no ar com facilidade. Ele parecia estar voando. Ele está voando? Não, ele está pisando no ar. Logo, ele pousou em Bulti e começou a estrangulá-lo. Os olhos de Bulti tremeram de incredulidade e medo. Mas, ao mesmo tempo, ele estava interessado. “Você se tornou um Beom comendo um? É mesmo possível que os humanos se tornem um Beom?” Em vez de responder, o homem cravou suas garras afiadas no estômago de Bulti. “Arg...!” Bulti imediatamente começou a vomitar sangue. “Eu deveria ter matado você.” Nesse momento, Bulti passou os braços ao redor do homem e arranhou suas costas. Mesmo que eles cavassem em sua carne, o homem simplesmente levantou Bulti e o jogou no chão como se ele não fosse completamente afetado. Bam! Bulti foi jogado no chão com um baque alto. Ele voltou a ficar de pé apenas alguns segundos depois. Ele não soltou um gemido durante sua luta com Zeha. Agora, porém, ele estava grunhindo de dor e agonia. Parecia que seus órgãos internos haviam estourado quando ele colidiu no chão. Bulti tossiu sangue novamente. Ele lançou um olhar para o homem enquanto tossia sangue antes de se virar para escapar. O homem não o perseguiu. Baque. Só assim, o homem caiu no chão como se estivesse completamente drenado de


sua energia. “Nós também precisamos ir. O que vamos fazer com ele?” Do-geon perguntou a Zeha enquanto agarrava seu estômago. Do-geon também foi ferido no estômago. “Vamos levá-lo...” Jooan se aproximou enquanto apoiava Cein. Mais precisamente, eles estavam se apoiando, pois os dois pareciam que iriam desmaiar a qualquer momento. Hwan, que também estava ferido e pálido, estava ocupado perguntando aos sobreviventes sobre sua irmã. Nesse momento, uma mulher de meia-idade falou. “Aquela garota... dois dias atrás...” Zeha fechou os olhos com força. Dois dias atrás. Nós poderíamos tê-la salvo se tivéssemos chegado um pouco mais cedo. Zeha pensou que Hwan iria explodir em lágrimas. Mas ele não fez. Em vez disso, ele voltou para sua equipe com uma expressão estóica, como se já soubesse que isso aconteceria. “Vamos lá.” Hwan disse, sua voz soando seca como um deserto. Zeha estava de pé com a ajuda de Haru quando ele caiu no chão. Baque. Ele estava sangrando tanto que perdeu a consciência. E assim, Haru o carregou em seus braços com facilidade. Zeha continuou a sangrar. “Eu, hum... eu, eu...” Apenas Do-geon se virou quando ouviu Kyeongtae murmurar. Ele não conseguia entender por que um dos membros de sua equipe tentaria matar Zeha naquele momento. Ele tentou se desculpar pelo que aconteceu, apenas para Do-geon rosnar friamente para ele. “Não apareça na nossa frente da próxima vez. Caso contrário, eu poderia não ter


escolha a não ser colocar uma bala na sua cabeça.”


1 Após algumas buscas, Zeha e sua equipe conseguiram encontrar um hospital na área que ainda estava aberto. O velho médico que administrava o lugar sozinho foi levado de volta quando sete homens encharcados de sangue apareceram abruptamente na frente dele. Por fim, ele entendeu o que havia acontecido assim que um deles explicou que eram caçadores de Beom. O homem ofereceu-lhes um quarto de hospital sem pedir mais nada. “Eu sou o único médico aqui. Você deveria ir ao grande hospital para receber o tratamento adequado”, afirmou o velho médico categoricamente. Como não havia salas de cirurgia no hospital, eles só podiam cuidar de si mesmos com primeiros socorros simples. Do-geon, que estava franzindo a testa enquanto agarrava a ferida grave em seu estômago, fez uma careta enquanto se recostava na cama. Parecia que ia desmaiar a qualquer momento. O cara que tinha comido o Beom estava deitado inconsciente em outra cama. Zeha agarrou seu estômago. Achei que a bala tinha perfurado meu corpo... No entanto, quando o médico levantou a camisa de Zeha para tratar de seu ferimento, não havia nada além de um pequeno corte em sua pele. A dor latejante permaneceu enquanto o sangramento pesado drenava completamente sua energia. Mas a sensação aguda de picada da bala penetrando em seu corpo se foi.


O que está acontecendo com meu corpo? Ele tinha ouvido falar que um Beom forte podia curar rápido. Mas eu não sou um deles... Zeha lembrou a última vez que Hupo o atacou na Montanha Inwang. Sua lesão o deixou acamado por um longo tempo até que ele pudesse se recuperar totalmente. Parando para pensar sobre isso, eu tenho me curado dos meus ferimentos muito rapidamente esses dias. Mas... nunca foi tão rápido. Zeha sentiu-se cada vez mais forte a cada dia. Foi tão rápido que ele podia realmente sentir o crescimento acontecendo dentro dele. Zeha não foi o único a passar por isso. A mesma coisa estava acontecendo com Haru, Do-geon e Jooan. Zeha não tinha ideia sobre Hwan e Cein, já que eles se juntaram à equipe muito mais tarde do que os outros. Independentemente do que estivesse acontecendo com eles, havia uma coisa que estava clara para eles - um evento inexplicável estava ocorrendo dentro de sua equipe. Sin-si passou por muitas mudanças desde que a pedra Beom quebrou e os Beom começaram a correr para este mundo. A cidade viu o surgimento de pessoas que possuíam fortes poderes, como os caçadores de Beom, e a produção de muitas armas que aprimoravam suas habilidades. Isso faz parte de seus efeitos? Minha origem Beom está reagindo à quebra da barreira? Ou... Zeha olhou ao redor da sala. Estou ficando mais forte porque estou com eles? Algo estava errado. Embora Zeha pudesse explicar um pouco o quão próximo ele se sentia de Haru, considerando que o primeiro encontro deles havia sido bizarro, ele não conseguia entender por que se sentia tão à vontade com os outros. Ele foi capaz de se dar bem com todos eles logo de cara. Zeha não sentiu um vínculo tão forte com ninguém, apesar de ter conhecido muitas pessoas ao longo dos anos que passou no orfanato e nos muitos empregos de meio período em que trabalhou.


Eu preciso dessas pessoas. Não, espere, não é uma questão de eu precisar deles; é o fato de que eles devem ficar ao meu lado, não importa o quê. Zeha sentiu sua convicção crescendo dentro dele. Ele sentiu o mesmo por Hosu, o cara que havia comido a Beom, apesar de tê-lo conhecido há algum tempo. “Zeha, como você está?” Jooan perguntou enquanto olhava para Zeha, que estava deitado na cama. “Estou bem. Estou tão bem que é estranho”, respondeu Zeha. Ele então puxou sua camisa para mostrar a Jooan o que ele queria dizer. “Olhe para minha ferida. Está quase curada.” Todos, exceto Hosu, se aglomeraram ao redor de Zeha com suas palavras. Do-geon cambaleou de sua cama enquanto agarrava a ferida no estômago para examinar Zeha. Este último não podia deixar de se sentir autoconsciente. “Eu não disse que você tem que olhar tão de perto...” Zeha murmurou enquanto tentava abaixar a camisa. Nesse momento, Cein avançou e agarrou a bainha de sua camisa, impedindo-o de fazê-lo. “Por que não? Vamos, deixe-me ver.” Cein insistiu. “Por que você não se ocupa com essa sua estranha bola de pêlo?” Zeha bufou em aborrecimento. Cein estava acariciando o pelo prateado que ele segurava na mão desde que chegou ao hospital. Em vez de fazer o que Zeha havia sugerido, Cein enfiou o tufo de pele no bolso quase como se estivesse envergonhado. Ele então se inclinou para examinar o ferimento de Zeha. Ele está tão perto que está quase tocando minha barriga com o rosto... “Ei, ei, vamos...” Zeha parou, sentindo-se derrotado. “E aqui eu pensei que ele estava brincando! Olha, está quase curado. Você tem certeza de que a bala penetrou na sua pele? Talvez você estivesse simplesmente exagerando sobre um pequeno corte?” Zeha olhou para Cein incrédulo. O último apenas deu de ombros em resposta. “Por que não? Tudo bem. Você pode agir como se fosse o fim do mundo por causa


de uma pequena ferida. Não vou julgar. Afinal, sou um homem com um grande coração. Sou muito compreensivo.” “Oh, lembre-me novamente, quem era o gato assustado que me implorou para protegê-lo a cada segundo quando o Beom apareceu?” “Você vê, ao contrário de você, eu sou um tesouro nacional,” Cein retrucou. “É o poder do Beom,” Jooan declarou de repente, interrompendo Cein e Zeha, que estavam brigando para frente e para trás como criancinhas. Todos imediatamente se voltaram para Jooan. “É um dos poderes do Beom - o poder de curar rapidamente.” O coração de Zeha afundou com a observação de Jooan. Ele não havia dito a todos que seu pai era um Beom. Ele estava com medo de como os outros reagiriam se ele revelasse que ele era um mestiço devido ao ressentimento que eles tinham contra o Beom. Nesse momento, Jooan olhou nos olhos de Zeha e acrescentou: “Eu estou apaixonado por uma Beom. E uma bem forte. É assim que eu sei sobre isso.” O silêncio se fez na sala assim que ele terminou de falar. Todos arregalaram os olhos em descrença para Jooan, que admitiu isso como se não significasse nada. Do-geon foi o primeiro a sair de seu transe. Ele deu um tapinha tranquilizador no ombro de Jooan. “Hum... Bem, nem todo mundo é ruim... Não é como se sua namorada tivesse matado meus amigos... Certo...?” “Sim... E-você está certo. Nem todos os Beom são ruins. Eles são como nós humanos. Há muitos entre nós que são tão ruins quanto o Beom. Incluindo aquele que atirou em Zeha há pouco tempo. atrás.” Cein entrou na conversa e concordou com Do-geon. Hwan permaneceu em silêncio durante as conversas. Ele não conseguia defender o abominável Beom, não importa o quê. Afinal, havia apenas algumas horas desde que ele havia confirmado a morte de sua irmã. Jooan deu a Hwan um sorriso triste para expressar suas condolências por sua perda.


Hwan franziu as sobrancelhas e olhou para baixo. “Desculpe, eu-” “Não, Hwan. Você não precisa se desculpar. Eu entendo o que você está passando.” Jooan consolou Hwan. “Sim... Mas ainda assim, sinto muito.” “Está tudo bem. Foi um amor que ninguém teria entendido em primeiro lugar. Também foi um que estava destinado a ficar escondido atrás dos véus o tempo todo. E... foi uma morte que ninguém entenderia.” eu sofri em primeiro lugar.” “O que você acabou de dizer?” Hwan imediatamente olhou para cima. “Minha namorada está morta. Ela morreu lutando contra o Beom para me proteger. Mas você sabe o que é engraçado?” Jooan zombou enquanto olhava para as palmas das mãos. Ele ainda podia sentir como a pele de Narae esfregando contra sua palma enquanto ela morria em seus braços. Narae e Jooan só podiam se encontrar uma vez por ano desde que se encontraram quando ele ainda era criança. Ele ficou muito feliz quando seu sonho de poder vê-la todos os dias finalmente se tornou realidade. Lamentavelmente, Narae morreu assim que seus sonhos se tornaram realidade. “Não havia nada que eu pudesse fazer por ela. No entanto, ela me deixou seu poder pouco antes de falecer.”



A história de Jooan finalmente esclareceu o mistério que pairava entre eles; isto é, como Jooan era capaz de se mover em grande velocidade como o Beom. Outros teriam rido da história e insistido que era impossível e sem sentido para os humanos receberem os poderes de um Beom. Mas nenhum deles duvidou de Jooan. Afinal, todos eles estavam passando por eventos estranhos e inexplicáveis nos últimos meses. Os olhos de Jooan ficaram vermelhos como se estivesse pensando em Narae. Mas não derramou uma única lágrima. Ele levou algum tempo para se recompor antes de se voltar para Zeha. “E então, como eu estava dizendo, eu tirei minhas habilidades de uma Beom. E bastante forte.” Todos olharam para a barriga de Zeha mais uma vez enquanto este puxava seu cobertor para cobrir seu corpo. “Meu pai era um Beom”, confessou Zeha. Ele decidiu que não podia mais esconder isso, especialmente depois de ver como Jooan havia anunciado com ousadia que sua namorada era uma Beom. A maneira como seu pai conheceu sua morte foi semelhante à maneira como a namorada de Jooan conheceu o dela. Ele também morreu salvando-o. Zeha não pôde deixar de sentir vergonha de si mesmo por tentar esconder a verdade sobre seu pai enquanto pensava nisso. “E minha mãe era uma xamã que protegia o portão.” Zeha então começou a contar a sua equipe sobre o que havia acontecido na Montanha Inwang em 16 de janeiro no calendário lunar. Ele contou a eles sobre como era o dia em que os visitantes viriam e como era o aniversário da morte de seus pais. Ninguém sabia o que dizer quando Zeha terminasse. Eles demoraram para processar o que Zeha acabara de dizer - ele era filho de uma xamã que havia protegido a barreira que dividia o mundo dos Beom e dos humanos. A xamã então se casou com uma Beom, e o casal teve um filho, que quebrou essa mesma barreira para permitir que o Beom invadisse Sin-si. Claro, eles sabiam que não era culpa de Zeha. Afinal, ele havia sido enganado por Hupo.


Mas as consequências de suas ações foram tão agonizantes que eles não puderam ignorá-lo como se não fosse nada e tranquilizar Zeha de que estava tudo bem. Então eles simplesmente permaneceram em silêncio. “Você... você quebrou a barreira...?” Nesse momento, uma voz rosnou atrás deles. “Você?! Você quebrou a barreira?!” Uma grande sombra escura voou sobre a equipe e atacou Zeha. Ele então pressionou o ferimento de Zeha com o joelho. “Argh!” Zeha gritou de dor. Ele não tinha visto o ataque chegando e, portanto, não teve tempo de se defender. O agressor agarrou Zeha pelo pescoço. “Você tem alguma ideia...” Era Hosu, o cara que havia comido o Beom. Ninguém percebeu que o homem havia recuperado a consciência. Agora, os olhos do homem, que eram amarelos como os de um Beom, estavam fortemente tingidos de ódio. “Você tem alguma ideia do que eu tive que passar por sua causa?!” Suas presas se afiaram. “Você tem alguma ideia do que eles fizeram comigo?!” Este homem parecia tão zangado e emocionado que todos ficaram sem palavras. “Você tem alguma ideia de como eles arrancaram e cortaram meu corpo?! O quanto eu queria morrer?! O quanto eu queria viver ao mesmo tempo?! Você não saberia, não é?!” Zeha se viu incapaz de revidar. Ele tem razão. É tudo por minha causa. Zeha tentou várias vezes colocar toda a culpa em Hupo, apenas para se descobrir culpando a si mesmo a cada vez. Zeha estava se sentindo imensamente culpado desde o incidente na Montanha Inwang. Ele simplesmente não tinha expressado isso a ninguém. Ele queria chorar toda vez que alguém morria e toda vez que a cidade ficava ainda mais destruída.


Sinto muito. Sinto muito. É tudo por minha causa. Se eu soubesse antes. Se eu tivesse me interessado mais pela morte de meus pais. Se eu fosse mais forte. Se eu fosse mais esperto, teria descoberto os esquemas dos Beom de antemão. A cidade ainda estaria em paz. Ninguém teria morrido ou perdido suas famílias, amigos e entes queridos por causa do raio. Se não fosse por mim. Meus pais não deveriam ter me salvado naquela época. Eu deveria ter morrido com eles. Dessa forma, nada disso teria acontecido. Lágrimas de arrependimento e dor escorriam pelas bochechas de Zeha. Ele olhou para cima e fez contato visual com todos. Ele olhou para Cein, antes de ir para Do-geon, Hwan e Jooan. Ele então se mudou para Haru, descansando seu olhar nele por mais tempo do que os outros antes de passar para Hosu. “Eu sinto muito.” Espero que eles sintam a sinceridade em meu pedido de desculpas. Eu sei que isso nunca pode confortá-los, mas ainda assim. “Sinto muito. Eu realmente sinto.”


1 Hosu ficou irritado. Ele estava irritado porque não conseguia entender por que queria perdoar Zeha, que estava se desculpando com todos em sua voz rouca. Certo, pelo que ele é responsável afinal? É tudo por causa de Hupo. Ele é uma vítima também. Hupo matou seus pais. Hosu foi capaz de se recompor depois de alguma luta. Ele só precisava de alguém para culpar por tudo o que havia acontecido com ele. Ele temia que ele iria perdê-lo de outra forma. “Dois meses,” Hosu murmurou com a voz quebrada. Ele havia sido sequestrado por um beom dois meses atrás. Ele havia esquecido como era o beom. “Você sabe o que eu passei durante esses meses?” O beom não matou humanos misericordiosamente. Em vez disso, eles os torturavam como queriam, como se fossem bonecos de pano em vez de seres vivos. A dor era tão excruciante que ele até invejava aqueles que morreram rapidamente.


“Mas, você vê, meu corpo era tenaz. Eu simplesmente não podia morrer.” Hosu nunca se considerou mais forte ou com mais resistência do que os outros. Mas ele sabia que estava errado quando viu as pessoas presas morrendo poucos dias depois de um pouco de tortura. Hosu, por outro lado, sobreviveu. Apesar de ter sido espancado, Hosu ainda estava vivo por algum motivo. “Eles começaram a me privar de comida algum tempo depois.” Hosu foi trancado na cela com um beom chamado Zahu. Zahu se recusou a comer humanos, ao contrário de seu companheiro Beom, que queria alimentar humanos para ele. “Eles deram a Zahu uma escolha. Ou ele me comia ou morria de fome. Mas algo interessante aconteceu. Algum palpite sobre o que pode ser?” O beom também ofereceu a Hosu uma escolha. “Eu também tive uma escolha. Eu o como ou morro. A escolha era minha. Eles devem ter pensado que Zahu iria explodir e me devorar no momento em que eu tentasse comê-lo de fome.” Hosu ficou terrivelmente faminto assim que eles cortaram a comida para ele. Ele estava no estado mais abatido e patético em que já estivera. A tortura sugou cada gota de sangue dentro dele enquanto lutava para sobreviver aos dias que se passaram. E ele foi privado de comida para nutrir seu corpo esfarrapado. Mas ainda assim, Hosu persistiu. Ele simplesmente não conseguia se rebaixar ao nível deles e comer Zahu. Ele lutou contra seu desejo de fazê-lo tão tentado quanto estava. “O nome do beom era Zahu. Aquela besta idiota escolheu morrer de fome.”


Zahu disse algo a Hosu antes de dar seu último suspiro. “Você, humano. Coma-me e viva. Encontre uma maneira de viver e saia deste lugar.” Hosu balançou a cabeça. Ele se esforçou para não se banquetear com Zahu, apesar de seus instintos implorando para que o fizesse. Ele temia que se tornaria tão fera quanto o outro beom assim que provasse a carne de Zahu. Zahu sabia que Hosu não estaria disposto a comê-lo apesar de sua insistência. Então ele arrancou um pedaço de sua própria carne e enfiou na boca de Hosu. “Coma. Você não pode morrer aqui. Viva e conte ao mundo sobre este lugar terrível. Nada é normal aqui.” Hosu saboreou a doçura do sangue de Zahu assim que a carne entrou em sua boca. Parecia o fim dos muitos dias pelos quais ele estava faminto. E assim, ele cedeu aos seus desejos e devorou o beom. Hosu era uma fera naquele momento. Uma besta cuja razão e lógica humanas foram superadas pelo desejo e instinto inatos de sobreviver. “E foi assim que eu sobrevivi. Eu o rasguei e o comi. O próprio beom que tentou me salvar. Eu mastiguei sua carne, pedaço por pedaço. Olhe para mim agora.” Ele se tornou um monstro. Hosu não conseguia se lembrar do que aconteceu depois. Tudo era um borrão. A única coisa que ele conseguia lembrar era uma memória estranha gravada em sua mente e uma dor de cabeça latejante. Ele abriu os olhos um segundo depois para se encontrar em um hospital cheio de estranhos, ouvindo o homem chamado Zeha compartilhar sua história sobre como ele havia quebrado o selo da barreira.


“Olha o que eu me tornei... Um monstro.” Hosu começou a chorar. Suas lágrimas escorriam por suas bochechas e caíram no rosto de Zeha de tal forma que se misturaram com as lágrimas dele. “Eu me tornei... um monstro.” Hosu entendeu que não era culpa de Zeha. “Eu...” Tudo o que lhes acontecera não passava de um triste e trágico infortúnio. Todos em Sin-si haviam experimentado a tragédia de uma forma ou de outra. Ainda estava no presente, e mais pessoas iriam experimentá-lo no futuro. “Eu me tornei um monstro...” Hosu abaixou a cabeça. Ele tirou o peso em cima de Zeha e enterrou o rosto nas próprias palmas. Ele começou a soluçar. As lágrimas de Hosu encharcaram a camisa de Zeha enquanto ele chorava amargamente. Zeha molhou o cabelo de Hosu com suas próprias lágrimas em troca. Foi uma noite triste e dolorosa.



Hupo sorriu para o livro ilustrado que ele havia tirado de uma das prateleiras de uma livraria. Debaixo da anatomia do tigre colorido havia uma frase que o fez sentir-se nostálgico. “Dê-me um bolo de arroz, e você vai viver.” Quando foi isso? Bulti e Maro voltaram para Hupo com uma cesta de bolinhos de arroz em um dos dias em que visitaram. Quando Hupo perguntou a Bulti o que era, este respondeu: “Eu vi uma menina carregando algo na cabeça e perguntei o que era. Ela me disse que eram bolos de arroz. Eu brinquei que não a comeria se ela me desse bolos de arroz. Isso fez com que ela me desse sua cesta .” Naquela época, Bulti não matava as pessoas do jeito que ele as maltrata e mata agora. Esse foi o caso para a maioria do beom. O beom fugiu para salvar suas vidas no mundo das sombras depois que eles foram derrotados na batalha naquela época. Eles viveram longos anos no espaço atemporal, despojados de sua escolha de viver ou morrer. Um dia, os beom perceberam que o poder na barreira havia enfraquecido. E assim, eles saíram - apenas para descobrir que o mundo havia mudado completamente. Tudo era novo e estranho para eles inicialmente. Então, levou alguns anos até que eles percebessem que seu inimigo eram os humanos. Mas os humanos se esqueceram do gom e do beom. A batalha ainda estava fresca, como se tivesse acontecido apenas no dia anterior. Mas, para os humanos, foi um evento que aconteceu dezenas de milhares de anos atrás. Um evento que aconteceu há tanto tempo que todos tinham esquecido. A história da batalha não foi nem mesmo transmitida de boca em boca.


Os beom foram tomados pelo vazio e pelo desespero pela súbita mudança do mundo. Mas eles se consolaram com o fato de que podiam sair do mundo das sombras uma vez por ano. Isso era verdade mesmo quando eles descobriram que comer humanos lhes dava força para sobreviver em seu mundo sem serem dissolvidos como areia. Eles mataram o número certo de humanos para sobreviver - nem mais, nem menos. Isso ocorreu porque a batalha e os rancores do passado se foram da civilização e da memória humana. Alguns beom resmungaram contra a diretriz de Hupo, mas ainda assim obedeceram e reprimiram sua raiva contra os descendentes das tribos gom, esperando o dia em que o selo finalmente se romperia. Eles acreditavam que o selo iria quebrar algum dia. Além disso, eles não viram nada de bom em antagonizar toda a raça humana quando finalmente puderam viver no mundo humano. Mas centenas de anos se passaram sem nenhum sinal da quebra do selo. Os humanos estavam crescendo e se desenvolvendo dia a dia enquanto esperavam. Alguns começaram a considerar a abertura da barreira uma vez por ano como uma maldição em vez de uma bênção, porque os lembrava do quanto os humanos progrediram enquanto permaneciam estagnados. Não havia nada mais desesperador para os beom do que testemunhar os humanos ficarem cada vez mais poderosos. Foi doloroso testemunhar seu desenvolvimento enquanto estavam trancados em um mundo tão terrível. Logo, o desespero se transformou em ódio. “Por que devemos viver assim quando esses desgraçados estão vivendo tão bem?!” Bulti e Maro, que uma vez receberam alegremente o bolo de arroz dos humanos, começaram a se ressentir deles. Hupo mudou também. E assim, ele não impediu seu companheiro de matar humanos como quisessem no Dia dos Visitantes. Beom merece matar.


Hupo raciocinou que os humanos devem ser responsáveis pelos pecados que seus ancestrais cometeram. Afinal, o gom havia traído sua espécie. Ele começou a odiar os humanos depois de ver como eles viviam livremente e confortavelmente. “Os humanos perderam o poder de gom.” Hupo fez um discurso toda vez que o beom fumegava de raiva por ter sido arrastado de volta ao mundo das sombras depois de 16 de janeiro. “A raça humana cresceu em grande número, mas podemos eliminá-los se lutarmos juntos.” Ele sabia que lutar contra os humanos cujos antigos poderes haviam sido retirados seria tão fácil quanto respirar. “Nossa hora vai chegar. Vamos aguentar até lá.” Quando chegar a hora, massacraremos todos os humanos que existirem. Exterminaremos todos os descendentes do gom traidor da face da terra. Esse era o plano quando o selo quebrou para permitir que eles vagassem livremente em torno de Sin-si. Hupo pretendia matar todos os humanos que viviam em terra. Mas ele logo percebeu que havia perdido alguma coisa. A quebra do selo significava liberdade não só para o beom, mas também para outras coisas. Um deles era o poder. Foi por isso que alguns humanos começaram a recuperar os antigos poderes que haviam perdido. Era assim que eles podiam se tornar os caçadores de beom. Para surpresa de Hupo, esses caçadores possuíam grande força e número. Então os beom falharam em conquistar Sin-si tão facilmente quanto eles gostariam de conquistá-lo. Era hora de Hupo reconhecer que era impossível acabar com a humanidade. E assim, ele mudou seu plano para se livrar daqueles que mereciam a morte.


A lista priorizava os caçadores de beom e criminosos imprestáveis. Ele decidiu salvar os fracos e bons para que fosse uma conquista fácil no futuro. Baque. Hupo ainda estava imerso em pensamentos enquanto olhava para o livro ilustrado quando foi arrancado de seu devaneio por uma sensação suave ao redor de sua perna. Quando ele olhou para baixo, ele encontrou uma garota olhando para ele com olhos assustados. Ela parecia ter uns cinco ou seis anos. A garota estudou seu rosto como se sentisse que havia algo errado com ele. Mas ela não conseguia apontar o que era. Hupo foi subitamente dominado pelo desejo de brincar com ela. Então ele abriu um sorriso para ela “Dê-me um bolo de arroz, e você vai viver.” Ela inclinou a cabeça para o lado. No entanto, assim que viu o livro nas mãos de Hupo, ela imediatamente sorriu como se o entendesse. Ela então vasculhou a bolsa que ela tinha na cintura e ofereceu a ele algo. Era um pedaço de pão que estava um pouco achatado no saco. Hupo apertou os olhos e disse: “Isso não é um bolo de arroz. Acho que vou ter que comer você-” “Ei! O que você está fazendo aí com aquela garota?” Uma voz aguda foi ouvida por trás. “Professora!”


A garota alegremente chamou sua professora e passou por ele. “Você sabe que pode ser denunciado à polícia por falar com uma criança em tempos como esses, certo? Você é um adulto grande, então deveria saber melhor do que falar com uma garota...” Hupo a ignorou em aborrecimento. Sim, é melhor se livrar disso também. O mundo está melhor sem esses humanos barulhentos e irritantes. Quando ele se virou lentamente, a professora parou em choque. Ao contrário da criança, ela imediatamente reconheceu o que havia de errado com ele. Era a morte escorrendo de seus olhos. Suas presas foram expostas como uma resposta para afastar essa pessoa particularmente irritante. “Uh, uh... O qu...” Ela estava apavorada demais para sequer soltar um grito. Mas ela ainda segurava a garota com força em seus braços. “Professoraaa.” A garota percebeu que algo estava errado com sua professora e choramingou ao se virar para ver Hupo. Nesse momento, Hupo lembrou-se do pão que a menina havia oferecido a ele e Bulti e Maro, que havia recebido a cesta de bolo de arroz como um idiota muitos, muitos anos atrás. Ele não conseguia entender por que a imagem apareceu em sua mente.


De repente, seu coração parecia vazio. O desejo de matá-los imediatamente morreu quando suas presas se retraíram. Hupo passou pela garota e murmurou: “Seja bom. Nós não comemos crianças boas.”


1 A manhã havia chegado. No entanto, o ambiente sufocante permaneceu na sala. Cein estava deitado em uma cama improvisada que deveria ser para os cuidadores dos pacientes. Ele se sentou um pouco para checar Hosu. Hosu explodiu em soluços de raiva enquanto segurava o colarinho de Zeha na noite anterior. Ele ficou assim por um tempo antes de finalmente voltar para sua cama. “Sinto muito”, ele engasgou, “quer dizer, não é como se fosse sua culpa.” Hosu então foi se deitar, ficando assim a noite inteira. Não parece que ele está dormindo... eu quero ver como ele está mais uma vez. Cein olhou para a vida passada de Hosu com sua sombrancelha do beom enquanto ele estava inconsciente. Assim como todos os outros, sua vida passada era exatamente igual à de Cein. Os sete compartilharam a mesma vida passada. Foi só depois que o beom começou a destruir a cidade que esses estranhos se reuniram. Isso tinha que significar alguma coisa. Não poderia ser pura coincidência. Cein sentiu o desejo de lhes contar sobre isso, mas a atmosfera na sala estava pesada demais para ele falar. Então o pai de Zeha é um beom. Haru diz que ele é a pedra beom. Do-geon perdeu seus amigos que ele conheceu no orfanato para os beom.


Hwan perdeu seus pais e soube que sua irmã estava morta. Novamente, por beom. Jooan tinha uma bela namorada. Mas agora, ela se foi. Por último, há Hosu, que sofreu a tortura dolorosa que lhe foi infligida pelo beom. Cein achava que ele era a pessoa mais miserável do mundo inteiro. No entanto, ele agora percebeu que seus problemas eram triviais em comparação com os outros. Portanto, não lhe renderia nenhuma resposta positiva quando dissesse o que estava escondendo - que estava viajando confortavelmente pelos distritos para observar as vidas passadas de pessoas aleatórias quando percebeu que todos os sete compartilhavam a mesma. “Alguém afim de algumas refeições para matar sua fome? Foi Haru quem quebrou o silêncio na sala. Ele estava sentado perto da janela e olhando para fora. No entanto, ele agora estava de pé no centro da sala enquanto se dirigia ao resto. “Você não disse que você é uma rocha? Como você pode ficar com fome?” Cein retrucou. Haru respondeu: “De fato, não estou com fome. É por isso que perguntei se você está com fome ou não, minha querida criança”, explicou Haru pacientemente. “Sim, estou com fome.” Foi Do-geon quem respondeu à pergunta. Ele não deve ter gostado da atmosfera sufocante no quarto, a julgar por como ele já estava sentado na cama, apesar das más condições em que estava. “Eu não quero comida de hospital. Vamos pedir comida. Zeha, tem alguma coisa que você queira comer?” Zeha, assim como Hosu, esteve na mesma posição a noite inteira. Ele se sentou encostado em sua cama enquanto olhava para seu cobertor. Após o tumulto emocional que aconteceu na noite anterior, Hosu voltou para sua cama após o momento acalorado, deixando Zeha ser consolado pelos outros. “Está tudo bem. Não é sua culpa. Nós não achamos que você é o culpado por isso.” Todos eles tranquilizaram seu amigo abatido. No entanto, Zeha permaneceu indiferente às suas garantias. Eles não conseguiam eliminar a imensa culpa que ele estava sentindo, não importa o quanto tentassem. Zeha permaneceu em silêncio mesmo depois que Do-geon o chamou.


Do-geon olhou para Cein e deu a entender que ele deveria fazer alguma coisa. No entanto, o último apenas balançou a cabeça. Ele não sabia como consolar as pessoas. Enquanto isso, Hwan e Jooan se levantaram de suas camas ao ouvir a conversa dos outros. Hwan pulou da cama com um leve salto em seu passo enquanto respirava fundo. Ele tinha um olhar determinado em seu rosto enquanto se aproximava de Zeha. Ele então bateu na parede ao lado de Zeha com a mão. “O que é isso...?” Zeha finalmente olhou para cima e perguntou. “O beom matou meus pais bem na minha frente. Eu os vi morrer diante dos meus olhos.” “Desculpe...” Zeha abaixou a cabeça. “Minha irmã foi sequestrada e morta pelos beom também.” “Eu sinto Muito...” Zeha olhou para baixo com vergonha, cantando suas desculpas repetidamente. Hwan então segurou as bochechas de Zeha com as mãos e o forçou a olhar para cima de forma que eles se encontrassem. “Você não entende o que estou querendo dizer?” Hwan perguntou impaciente desta vez. “Eu sinto Muito...” “O beom fez isso.” “...” “Beom fez isso. Não você.” “Mas eu quebrei a barreira...” Ele entrou na sua cabeça e obrigou você a fazer isso. Você acha que algum de nós aqui teria feito algo diferente do que você fez se tivéssemos enfrentado o mesmo beom? Nada disso é culpa sua”, assegurou Hwan. Zeha fechou os olhos, segurando-se para não explodir em lágrimas. “Você tem que perceber que não há fim para este jogo de culpa. Além disso, colocar tudo em si mesmo não faz você se sentir melhor. É um ciclo vicioso. É assim que é. Você se arrepende de algo e culpa os outros e a si mesmo. , de novo e de novo... Claro, às vezes é necessário. Mas... não temos tempo a perder agora. Mesmo enquanto falamos...


Hwan apontou para a janela com o dedo. “As pessoas estão morrendo enquanto falamos. Pessoas que são pai de alguém, mãe de alguém ou filho de alguém. Pessoas estão morrendo do lado de fora enquanto estamos sentados aqui confortavelmente, chorando sobre o leite derramado. O que está feito não pode ser desfeito.” Hwan então deu um tapinha no ombro de Zeha. “Sim, eu sei que seu pai é um beom. Mas e daí? Você não acha que isso é uma coisa boa? Você tem o poder do beom. E você. Hosu, não é?” Hwan virou-se para Hosu, que estava sentado em sua cama. “Você disse que se tornou um monstro, certo? Eu sei que soa estranho da minha parte dizer isso, mas isso é uma grande coisa! Você era tão forte lá atrás. Não importa o que você é, se você é um monstro ou não. Você é forte, e é isso que vai te salvar. Você tem alguma ideia de quantas pessoas em Sin-si matariam só para ser tão poderoso quanto você? Eu, por exemplo...” Hwan seguiu. De repente, ele se lembrou de sua família e pensou em como poderia salvá-los se fosse tão forte quanto Hosu. Ele fechou os olhos enquanto continuava, “Estamos vivos, e ainda estamos aqui agora.” O silêncio encheu a sala assim que Hwan terminou. Todos contemplaram as palavras de Hwan. Nesse momento, uma série de palmas afiadas ecoou por toda a sala. Clap, clap! O barulho encheu a sala inteiramente. Era Do-geon. Todos olharam para Do-geon com expressões confusas em seus rostos. “O quê? Foi um discurso apaixonado e sincero. Você tem que dar palmas a ele. Bom trabalho, Hwan. Você é incrível.” Hwan riu. “Guarde suas palmas para outra coisa. Estou com fome. Vamos pegar algo para comer.”



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O grupo ponderou se havia comida sendo entregue em um momento como esse, mas, felizmente, muitas pessoas ainda estavam vivendo suas vidas normais, apesar da crise em andamento. “Sou muito grato a eles. Eles estão arriscando suas vidas fazendo seu trabalho. O mundo não estará condenado enquanto ainda tivermos essas pessoas.” Hwan então dividiu um par de pauzinhos de madeira descartáveis ao meio e deu para Hosu. Hwan parecia estar à beira da morte quando procurava freneticamente por sua irmã. Agora, porém, ele parecia alegre e cheio de energia. Era quase como se ele tivesse superado completamente o horror da percepção da morte de sua irmã. No entanto, todos na sala sabiam que não era o caso. Hwan não superou sua morte. De jeito nenhum. Na verdade, ele estava lutando para seguir em frente com sua vida. Ele não tinha outra opção; ele só poderia se levantar, mesmo que não estivesse pronto para seguir em frente. Caso contrário, ele seria sufocado pelo peso da tristeza pela morte de sua família. Por mais que doesse, Hwan escolheu permanecer forte até que um dia vingasse sua família. Ver Hwan lutar para agir como se tudo estivesse bem, mesmo depois de ter perdido toda a sua família, encorajou o resto a permanecer forte. Então eles comeram a comida como se tudo estivesse bem. Eles conversaram durante a refeição como se tudo estivesse perfeitamente bem. Mesmo que Zeha e Hosu ainda estivessem meio desajeitados um com o outro, Hosu não estava mais olhando para Zeha como se fosse atacá-lo e rasgá-lo em pedaços a qualquer momento. Em meio a tudo isso, Cein estava tendo um dilema interno durante toda a refeição. “O que devo fazer? Devo dizer a eles? E se eles pensarem que eu sou maluco depois de falar sobre nossa vida passada? E além disso... o que eu vi não era sobre humanos, mas-” Cein estava pensando em contar ou não aos outros quando Jooan perguntou:


“Cein, o que é isso na sua mão?” “O que você está falando?” Cein então seguiu o olhar de Jooan e percebeu que ele estava olhando para a sombrancelha do beom em sua mão esquerda. Oh, eu devo estar apertando na minha mão por hábito. “Ah, isso?” Cein ficou feliz por Jooan ter perguntado. “Esta é a sobrancelha de um beom.” “A sobrancelha de um beom?” Jooan perguntou curioso. “Sim, na verdade fui comido vivo por um beom.” A voz de Cein era monótona e sem emoção. No entanto, os eventos daquele dia fatídico permaneceram vívidos em sua cabeça. Era tarde da noite. Ele estava a caminho de casa depois da aula quando esbarrou em sua família no beco perto de sua casa. Eles estavam sorrindo e rindo enquanto conversavam um com o outro até que viram Cein. Todos então ficaram em silêncio. “Cein, você está voltando da aula?” Levou algum tempo para a mãe de Cein falar alguma coisa. Ficou claro que ela era estranha em torno de seu próprio filho. “Nós estávamos indo jantar. Por que você não se junta a nós?” Seu pai perguntou em um tom forçado. Cein percebeu que seu pai na verdade não queria que ele viesse. Ele teria aceitado alegremente a oferta como um garoto sem noção que não poderia dar dicas se isso tivesse acontecido há alguns anos. “Eu, hum... não é que eu esteja mal com minha família. É apenas um pouco estranho,” Cein defendeu enquanto o resto deles olhava para ele com olhos sérios. Ele então contou como sua mãe estava grávida dele quando planejava voltar ao trabalho depois de dar à luz seu irmão. Ela havia soluçado no dia em que soube da gravidez. Não eram lágrimas de alegria. Foram lágrimas de tristeza. Para ela, Cein era uma criança desnecessária.


“Eu até entrei na escola de medicina que meu irmão não conseguiu entrar... Oh, olhe para mim, estou divagando. De qualquer forma!” Ele continuou a contar sobre como seus pais de colarinho branco e trabalhadores corporativos deram a seu irmão apoio infinito para torná-lo médico. No entanto, ele ainda não conseguiu entrar. Por outro lado, Cein conseguiu sem obter qualquer ajuda de seus pais. Mas quando ele anunciou a sua família sobre sua aceitação na escola de medicina, seus pais ficaram conscientes dos sentimentos de seu irmão e deram a Cein uma resposta morna. “Ah, é mesmo? Isso é bom. Bom trabalho.” Cein não recebeu a reação típica que os pais teriam quando seus filhos alcançassem grandes realizações. “Então, de qualquer forma, eu estava lá no beco com minha família. Foi quando um beom apareceu e me engoliu vivo.” Cein lembrou-se vividamente de como sua mãe havia puxado seu irmão para trás quando ele estava sendo devorado pelo beom. Aquele era o momento da verdade para ele. A verdade que ele vinha negando há tantos anos. Que seus pais só amavam seu irmão. O beom o devorou antes mesmo que ele tivesse tempo de lamentar essa verdade. “Mas algo estava errado, você sabe. Eu pensei que o beom iria me mastigar em pedacinhos. Mas em vez disso, ele me engoliu inteiro de uma só vez. Eu suponho que cada beom tem sua própria maneira única de comer.” Só assim, Cein foi engolido no estômago do beom. Ele passou pelo esôfago antes de atingir uma superfície dura com um baque. Ele se levantou e se viu em uma área estranhamente espaçosa. “Você vê, uma coisa que você deve saber sobre o estômago é que ele se expande tanto quanto a nossa ingestão de alimentos. Mas o estômago dele era... muito maior que o nosso. Era como, hum... muito espaçoso. Era como eu estava dentro de uma sala enorme.” Cein ficou preso no espaço escuro por um período considerável de tempo e às vezes se esquecia de que estava nele.


Somente quando ele roncava intermitentemente ele se lembrava de que estava dentro do estômago da fera. Assim que Cein se perguntou como ele poderia sair de lá, algo caiu ao lado de seu pé. Era um cadáver humano que havia sido feito em pedaços. “Fiquei realmente chocado quando ele caiu no chão. O cadáver foi despedaçado porque o beom o havia mastigado tantas vezes. Vocês deveriam ter visto por si mesmos. Eu estava...” Ele se sentiu apavorado. Foi quando Cein se deu conta de sua situação de ter sido engolido inteiro por um beom. Ele se perguntou se ele estava apenas sonhando até que o cadáver caiu ao lado de seu pé. Isso levou Cein a gritar freneticamente por ajuda. Ele bateu os punhos contra o que ele pensou ser a parede do estômago do beom e pulou várias vezes para perturbálo. Mas todos os seus esforços foram em vão. Poucas horas depois, outro cadáver caiu a seus pés. “Só de pensar nisso me dá vontade de vomitar. Não que eu tivesse vomitado naquela época.” Mas a verdade era que ele tinha vomitado. Cein tinha estado miserável e vomitado o conteúdo de seu estômago. Isso foi até que ele ouviu algo ressoando. Era um beom murmurando para outro beom.


1 “Acho que estou sofrendo de indigestão. Não deveria ter engolido o outro inteiro sem mastigá-lo.” O beom falou enquanto ele esfregava o estômago. “Eu não te disse que você tem que parar de devorar sua comida assim? Não é bom,” o outro beom comentou em tom zombeteiro. “Sim, sim. Estou mastigando esses dias.” Parecia que o beom tinha problemas para digerir desde que ele engoliu Cein. Cein notou como os cadáveres espalhados pelo chão continuavam a se acumular sem serem dissolvidos. Ele sabia que estava com sorte. No entanto, ele ainda estava com medo. Era possível que o beom estivesse apenas sofrendo de algum tipo de indigestão temporária, o que poderia explicar a ausência de ácido estomacal para dissolver os cadáveres. Mas e se o beom eventualmente se recuperar? Eu morreria aqui enquanto o ácido do estômago derrete todo o meu corpo? “E então, eu sentei quieto e não fiz nada.” Não havia nada que ele pudesse fazer a não ser sentar e esperar sua destruição iminente. Cein implorou ao beom que lhe mostrasse misericórdia. Ele o xingou, pisou em seu estômago e até fingiu ter enlouquecido. No entanto, o beom não respondeu. Era como se ele estivesse totalmente alheio ao que estava acontecendo dentro de seu estômago.


“Um dia, eu vi algo.” Justo quando Cein pensou que estava perdendo o controle de verdade, ele viu algo. Ele viu um vídeo piscando diante de seus olhos na escuridão total. Era sobre beom e gom e sua batalha inevitável. “Quando eu vi... Você pode pensar que estou sendo envergonhado por dizer isso, mas... hum... eu senti algo fluir dentro de mim. Algum tipo de grande poder.” Cein de repente percebeu que estava levantando dramaticamente a mão direita como se fosse um super-herói. Ele imediatamente abaixou por vergonha. “Você sabe, como um super-herói, mas também, não realmente. De qualquer forma, algo deslizou para dentro. Um segundo depois, ouvi o beom gritando como se fosse botar seu coração para fora.” O lugar tranquilo começou a tremer. “E bum. Explodiu.” Boom! O estômago do beom se abriu com um ruído agudo e ensurdecedor. O beom tinha morrido. Cein estava livre. No entanto, ele não teve tempo de agradecer a sua estrela da sorte e processar o que acabara de acontecer. Em vez disso, ele imediatamente fugiu do local e correu de volta para sua casa, onde sua família estaria esperando por ele. Ele estava completamente encharcado no sangue do beom. Cein correu em direção a sua casa mesmo enquanto se lembrava de como sua mãe havia protegido seu irmão em vez dele, e como seu pai nem sequer interveio para tentar ajudá-lo. Estava claro que eles não podiam se importar menos com ele. Mas não havia mais ninguém a quem Cein pudesse recorrer em um momento de terror como este. “Mãe, pai! Estou aqui! Eu-” Cein abriu a porta com um chute enquanto anunciava sua chegada e se viu incapaz de terminar sua frase. Não era que algo tivesse acontecido com eles. Eles estavam bem e muito vivos. Mas foi a reação deles. Seus olhos se arregalaram de terror e decepção assim que perceberam que Cein havia retornado vivo.


Eles pareciam duvidosos se a pessoa parada na porta era ou não Cein, se esse filho indesejado virou as costas para a família e trouxe o beom para cá. No momento em que Cein viu isso, ele explodiu de raiva. “Por quê?! Por que todos vocês estão me olhando assim?! Você não está feliz por eu estar de volta vivo depois de quase ser morto? Por que você está me olhando assim? Por quê?! Eu sou seu filho que você deu à luz! Não foi minha escolha nascer nesta família. Então, por que você está me lançando esses olhares como se eu não fosse ninguém?!” Sua família permaneceu em silêncio. Mais uma vez, Cein soube que não tinha lugar nesta casa. Ele sabia que não havia ninguém a quem pudesse recorrer aqui. Naquele momento, ele foi engolido pela solidão e tristeza. O beom o havia engolido vivo, mas sua casa e sua família o mergulharam em uma solidão abismal. Ele então invadiu seu quarto e começou a chorar. Sua mãe entrou no quarto algum tempo depois. Ela ficou longe de sua cama enquanto explicava: “Não é que não te amamos.” Cein conteve o desejo de rebater sua mentira descarada. “Eu estou... Estamos apenas... um pouco assustados... com você... Cein, você não se lembra do que aconteceu?” Ela começou a contar a ele o que tinha acontecido quando ele era criança. Em vez de dizer “mamãe” ou “papai” como qualquer bebê normal, Cein começou a murmurar coisas estranhas quando era criança. “Era como se não soubéssemos quem você era. Você era como um homem adulto. Você começou a falar sobre o beom...” Segundo ela, Cein havia falado sobre o beom quando tinha pouco mais de um ano. Era quase como se ele não fosse um bebê, mas um adulto. Ele perguntava a seus pais sobre o que havia acontecido com o beom, como eles deveriam ficar longe do beom porque eram perigosos e como a paz só poderia ser alcançada quando o beom tivesse desaparecido da face da terra. Depois de ouvir sua história, Cein pensou que era realmente assustador. “E os beom realmente começaram a aparecer neste mundo.”


Ela repetiu várias vezes que estava com medo porque tudo o que ele havia dito realmente aconteceu na vida real e pediu desculpas várias vezes. No entanto, o pedido de desculpas não significava nada para Cein, que estava ferido há tantos anos. Além disso, sua mãe mantinha distância dele, como se tivesse medo dele. Cein percebeu mais uma vez que ele realmente não tinha lugar na casa. Não havia lugar para ele aqui. Sua presença era apenas um terror para sua família. Ele só cairia em maior solidão e depressão se permanecesse aqui. “E então, eu saí. Foi quando me peguei segurando isso”, Cein concluiu sua história finalmente. “Então, o que você está dizendo é... você foi engolido por um beom, algum tipo de poder de super-herói surgiu de dentro de você, e foi isso que permitiu que você abrisse o estômago do beom e escapasse. E então, você encontrou-se segurando a sobrancelha do beom. Estou certo? Do-geon, que estava ouvindo a história com um olhar confuso no rosto, resumiu a história de Cein. “Sim, algo assim”, Cein confirmou. “Então é como um espólio de guerra.” Os olhos de Zeha, que estiveram cheios de culpa durante toda a noite, ficaram curiosos enquanto ele estudava a sobrancelha. Cein limpou a garganta nervosamente. Ok, aqui vem a parte importante. “Não posso dizer que é só um despojo... Essa sobrancelha me mostra coisas.” Cein explicou que podia ver as vidas passadas das pessoas quando a trouxe às sobrancelhas. Assim como ele esperava, todos reagiram com ceticismo. Haru era o único que o estava levando a sério. No entanto, Cein sabia que Haru era sempre sério e sombrio e tendia a agir às vezes. Então Cein não se sentiu confortado pelo fato de Haru parecer acreditar nele. “Vidas passadas...? Não existe isso...” Do-geon falou duvidosamente. “Estou falando sério, Do-geon. Se você não acredita em mim, você pode


experimentar por si mesmo.” Cein ergueu a sobrancelha para Do-geon, que a agarrou imediatamente e a trouxe para as sobrancelhas. Cein parou de respirar enquanto esperava que Do-geon ficasse surpreso. Por fim, os olhos de Do-geon se arregalaram. “Oh... Oh, oh! Eu vejo alguma coisa.” “Certo? Eu te disse!” Exclamou Cein. “Cein, você foi uma princesa em sua vida passada”, declarou Do-geon. Cein arrancou a sobrancelha da mão de Do-geon em aborrecimento e olhou para ele. “Você não confia em mim, não é?” Cein bufou. “Eu não posso confiar em você porque eu não vejo nada. Aqui, Zeha, tente você.” Zeha estendeu a mão. No entanto, Cein se recusou a passar a sobrancelha para ele. “Deixe. Eu sei que você vai brincar sobre isso de qualquer maneira. Eu ajudei vocês quando vocês estavam sendo enganados por um vendedor no mercado, mas olhe para você agora. Nem mesmo confiando em minhas palavras-” “Qual é a sua vida passada?” Haru interrompeu. “Me bate...” Cein respondeu com uma voz tímida depois de um segundo. “Diga-me, minha criança. Eu preciso saber qual foi sua vida passada,” Haru insistiu. “Vocês não acreditam em mim de qualquer maneira, então é óbvio que você não vai acreditar em mim quando eu contar a vocês qual é minha vida passada. Você pensaria que eu sou ridículo.” Cein murmurou para si mesmo enquanto segurava a sombrancelha. Haru olhou para Do-geon. “Veja como você aborreceu os sentimentos da criança! Diga-lhe que sente muito neste instante!” Haru exigiu. Cein corou e disse: “Não, ele não me chateou. E pare de me chamar de criança. Pare com isso. Você é que parece uma criança.” “Eu vivi por milhares, dezenas de milhares e bilhões de anos.” Cein olhou para Haru preocupado, mas permaneceu indiferente. Há algo estranho sobre Haru.


Cein virou-se para Zeha, que havia passado mais tempo com Haru. Ele estava sem palavras perguntando a Zeha se Haru era sensato. O último simplesmente deu de ombros. “Ele é apenas um pouco... bobo, se essa é a maneira certa de colocar isso. De qualquer forma, então, qual é a sua vida passada?” Zeha perguntou. “Você não vai confiar em mim de qualquer maneira, então por que eu deveria me incomodar em dizer a você?” Cein retrucou. “Parando para pensar”, Jooan interveio de repente, “tudo o que está acontecendo agora é algo que nunca teríamos acreditado no ano anterior. Existiriam caçadores de beom com poderes especiais... então você acha que teríamos acreditado na história?” Hosu balançou a cabeça. “Não. Eu nunca teria acreditado. A ideia de se tornar um monstro como um beom depois de comê-lo inteiro seria muito improvável.” “Você está certo. Eu não teria acreditado se alguém me dissesse que meu pai também era um beom.” Zeha concordou. Ele perguntou a Cein novamente. “Então, diga-nos. Qual é a sua vida passada?” Cein decidiu deixar de ser teimoso. A questão teve que ser tratada em um ponto ou outro. Era sobre como os sete compartilhavam a mesma vida passada. “Tudo bem. Existe um homem. Mas ele não é humano. Ele é... um pouco diferente. As orelhas e os olhos e o corpo...” “Ele é como uma beom?” perguntou Jooan. “Eu acho que ele é parecido com um beom... Mas eu diria que ele é mais como um... gom. Uma mistura de ambos, suponho.” “Um gom?” Zeha perguntou curiosamente. “Sim, um gom. Ele era mais como um gom. Então seu mundo tinha uma tribo beom e uma tribo gom. Havia mais, mas as maiores tribos eram essas duas. Eu acho que ele era de raça mista, de ambos os gom e tribo beom.” Haru franziu as sobrancelhas enquanto ouvia a história de Cein. Cein continuou.


“Eu sou esse homem. Aquele homem mestiço. Vou me referir a ele do ponto de vista de primeira pessoa a partir de agora. Então eu estava muito perto de um certo beom. Ele tinha pelo escuro e aparência afiada. De qualquer forma, aquele beom me chamou...” “...” “Tabae.”


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“Tabaeeee!” Hupo se levantou em sua cama. Ele teve que registrar o teto familiar em seus olhos até perceber que o que viu era um pesadelo. Era o mesmo todas as noites desde aquele incidente. Não importa o quanto ele quisesse parar de odiar Tabae, ele não conseguia por causa do pesadelo persistente. Só depois que ele for embora ele será capaz de acabar com esse ódio. “Aquele maldito vira-lata...” Todos o chamavam de vira-lata, mas Hupo gostava dele mesmo assim. Ele era honesto e confiável. Havia também um lado ingênuo nele. “Sim... ele foi honesto... Ou assim eu pensei. Quem diria que eu era realmente o ingênuo...” Hupo havia confiado em Tabae. As tribos beom e gom menosprezavam Tabae por ser um vira-lata, mas Hupo viu nele força e determinação. E assim Hupo cometeu um erro absurdo de acreditar que os dois poderiam trabalhar juntos para tornar a terra forte e pacífica para que pudessem deixar uma boa herança para seus descendentes. “Mestre, não há nada de bom em fazer amizade com um vira-lata.” Os súditos de Hupo não gostaram de como Hupo, seu mestre e guardião de Shin-si, se dava bem com Tabae. “Os vira-latas sempre foram famosos por esfaquear os outros pelas costas. Além disso, parece que ele tem mais sangue gom nele porque ele quer se dar bem com o gom.” “Ele está certo, Mestre. Eles estão preparando algo em segredo, e eu tenho sentimentos ruins sobre isso.” Beom e gom eram amigos e rivais ao mesmo tempo. A rivalidade não era nada sério. Era como uma batalha infantil sobre quem era mais


forte que o outro. No entanto, essa rivalidade saudável e leve estava gradualmente tomando um rumo estranho a cada dia. Hupo não estava cego para isso. No entanto, ele confiava em Tabae. Ele acreditava que não havia absolutamente nenhuma maneira de prejudicar Hupo, o guardião do lugar que Tabae ama - Shin-si. Mas sua confiança provou ser inocente. O que Hupo não sabia era que Tabae era muito mais obcecado por Shin-si do que ele jamais poderia imaginar, e nada poderia ser definido como definitivo e absoluto no coração. “Tabae...” Hupo não fazia ideia de que seu amigo de confiança massacraria o beom só para colocar as mãos na terra. “Eu confiei em você...!” Toda vez que ele fechava os olhos, ele via o sorriso benevolente de Tabae enquanto sugeria fazer Shin-si em paz. “Hupo, você não merece ser o guardião de Shin-si.” Mas essas foram as palavras que Tabae dissera a Hupo quando a guerra estava chegando ao fim com a vitória do lado do gom. Tabae então levou sua espada negra ao pescoço de Hupo. Até aquele momento, Hupo não conseguia entender a fria hostilidade que brilhava nos olhos de Tabae. Eles já foram gentis e quentes. O gom atrás dele insistiu e gritou para Tabae apagar toda a tribo beom da face da terra. Nesse momento, algo explodiu no epicentro da terra e deixou uma fração de segundo para Hupo e o outro beom escaparem. No momento em que Tabae se virou para encarar a explosão, todos eles correram para a parte de trás da pedra beom na Montanha Inwang. Hupo sabia que havia alguma energia estranha ao redor da área. Ele cortou o espaço com o último fio de força que tinha enquanto todos se escondiam no mundo misterioso. O plano deles era se recuperar, revidar e se vingar.


Mas o que eles não conseguiram entender foi como o gom criaria uma barreira ao redor da rocha beom para selá-lo com poder, mergulhando o beom para sofrer por muitos anos no mundo das sombras. “Que desprezível...” Para ele, tudo o que eles fizeram parecia desnecessário, não importa o quanto eles quisessem possuir Shin-si. Era ainda mais desnecessário atormentar os inocentes com aqueles anos terríveis. Foi assim que Hupo passou a detestar Tabae, o gom, e seus descendentes - os humanos.


1 Tabae. Zeha sentiu como se houvesse um grande sino tocando dentro de sua cabeça assim que ouviu esse nome. Todos os outros devem ter sentido o mesmo porque estavam franzindo a testa também. O mundo do beom e do gom. Um mestiço. Esta história teria sido imediatamente descartada naquela época. Mas tudo era possível agora. “E eu me dirigi ao beom preto como ‘Hupo’.” Os olhos de Zeha se arregalaram de surpresa com a menção desse nome. Ele se virou para Haru instintivamente. Este último acenou com a cabeça em resposta. Cein continuou sua história. “Hupo é o guardião dos Shin-si em seu mundo. É semelhante ao que temos. Ambos prometemos tornar a terra pacífica... Mas Hupo me traiu. Ele começou a matar o gom pelas minhas costas para expulsá-los de Shin-si.” Nesse momento, Do-geon levantou a mão. “Por que ele faria isso?” ele perguntou. “Achei que o beom e o gom estavam em boas condições. Aconteceu alguma coisa com o beom que os fez virar as costas para o gom?” Cein balançou a cabeça. “Eu não tenho certeza. Esta sobrancelha não me mostra todos os detalhes. O que está claro, no entanto, é que o beom começou a matar o gom e as outras tribos


de maneiras impensáveis, e isso levou a todos os tribos de Shin-si desprezando o beom. Foi assim que a guerra se tornou inevitável. Eu estava do lado dos goms. Porque foi o beom que cruzou a linha primeiro. E...” Cein olhou para a espada encostada na cama de Zeha. Todos seguiram seu olhar. Ele apontou para a espada enquanto continuava, “Eu segurei aquela espada quando declarei: ‘Vou tomar a frente e trazer paz à terra.’” Nesse momento, uma dor aguda atravessou a cabeça de Zeha. De repente, algo veio à sua mente. Era a lembrança de quando ele pôs a mão na espada pela primeira vez no museu. Ele já havia descartado isso como uma experiência estranha. Desta vez, no entanto, ele viu a cena se desenrolando diante de seus olhos com mais detalhes. “Hupo, você não merece ser o guardião de Shin-si.” A espada negra repousava no pescoço de Hupo. Hupo ficou gravemente ferido. No entanto, seus olhos brilharam ameaçadoramente. Zeha não conseguia entender. Por quê? Por que ele está me olhando assim quando foi ele quem começou isso? Os olhos amarelos de Hupo estavam cheios de ódio. Havia algo mais atrás deles. Por que ele parece triste? Havia uma tristeza incompreensível nos olhos de Hupo. “Ei, Zeha? Você está bem?” Hwan sacudiu Zeha pelo ombro, tirando-o de seus pensamentos. “Cein está dizendo a verdade,” Zeha afirmou categoricamente. “Claro que estou! Você acha que eu estava mentindo?” Cein defendeu em aborrecimento. Zeha então voltou para sua cama para pegar a Espada da Morte. “Quando peguei esta espada no museu naquela época, vi algo semelhante ao que Cein tinha visto. Ou devo dizer que ouvi? De qualquer forma, na visão, seguro a espada enquanto proclamo ao gom e às outras tribos que eu traria paz à terra.” “Eu também...” Era Hosu. “Eu também vi. Deve ter sido quando eu comi o beom. Era algo parecido com o que Cein disse. Eu me lembro de algo assim.”


Todos ficaram em silêncio enquanto olhavam para a espada. Estavam todos mergulhados em pensamentos. Por mais difícil que fosse acreditar na história, suas experiências os obrigaram a acreditar. “Espere. Algo está errado.” Foi Do-geon quem quebrou o silêncio. “Então, você está dizendo que todos nós éramos Tabae em nossas vidas passadas... mas como isso é possível? O fato de termos uma vida passada significa que devemos ter uma alma que renasceu... Isso é estranho? Como podemos todos ser Tabae ao mesmo tempo?” “Nem todo mundo. Não eu.” Haru levantou a mão. “Eu sou a rocha beom. Não fui nada na minha vida passada.” “Oh, você está certo. Então, eu acho que você não sentiu nada quando ouviu o nome, Tabae, certo? Minha cabeça doeu quando Cein mencionou o nome.” “Hmm... Isso é um pouco estranho.” Haru murmurou enquanto acariciava sua barba inexistente. “Minha cabeça latejou um pouco quando ouvi seu nome... Mas é mais certo que não tenho uma vida passada...” “E se você fosse Tabae e depois se tornasse uma rocha?” Jooan sugeriu. Haru balançou a cabeça. “Não, não pode ser. Eu sou a grande Rocha Beom da Montanha Inwang. Eu sou a distinta e maravilhosa divindade que existe há bilhões de anos-” “De qualquer maneira...” Zeha rapidamente interrompeu Haru antes que ele continuasse. “O importante é que, independentemente do que Cein viu, seja uma vida passada ou não, todos nós temos algo em comum. E... compartilhamos um objetivo semelhante.” “Se livrar dos beom.” Hosu concluiu quando encontrou os olhos de Zeha. O ressentimento e amargura que Hosu mantinha em relação a Zeha não estava mais lá. Jooan então disse: “Bulti deve ser um beom de alta qualidade, mas mesmo que


não tenhamos sido capazes de subjugá-lo, conseguimos feri-lo gravemente. Isso significa que podemos lutar contra o beom forte se lutarmos juntos.” “Temos que encontrar Hupo. Isto é, se ele estiver vivo e ainda estiver em Sin-si”, concluiu Cein. Zeha explicou que foi Hupo quem o hipnotizou para quebrar o selo. Só então, Do-geon de repente disse com uma voz séria, “Isso significa que o beom de alto grau... ou, pelo menos, Hupo, pode nos hipnotizar. Devemos ter cuidado.” “Sim, nosso primeiro trabalho deve ser encontrar Hupo e matá-lo ou convencê-lo a acabar com isso. Isto é, se ele é o líder da tribo beom. Quero dizer, é impossível para nós matar todos os beoms da cidade, “ Hwan murmurou enquanto olhava para todos. Todo mundo estava olhando para a espada no meio. Zeha agarrou a espada enquanto murmurava: “Tabae disse que traria paz à terra matando o beom.” Assim que Zeha terminou sua frase, a voz de Tabae pareceu soar em todos os ouvidos. Era profundo e carregado de força. Todos na sala tinham algum tipo de envolvimento com o beom. Zeha ergueu a espada enquanto declarava: “Devemos trazer paz à terra.” Naquele momento, a pura determinação que Tabae tinha no passado eliminou quaisquer vinganças pessoais que eles tinham e as substituiu por um senso de dever. Eles viram os olhos esperançosos e encorajadores das tribos olhando para eles e ouviram seus aplausos sem ter que usar a testa da beom ou a espada. Eles foram transportados para o lugar de Tabae, absorvendo a confiança e a esperança das tribos que existiam há dezenas de milhares de anos. O grupo era como qualquer outra pessoa até alguns meses atrás. Eles eram jovens adultos comuns levando vidas comuns. Agora, porém, eles tinham a missão de restaurar Sin-si, a terra em que viviam e a casa que haviam perdido.


Nenhum deles renunciou ao seu senso de dever, apesar de sentir o peso do fardo em seus ombros. Eles apenas olharam para a espada em silêncio enquanto reprimiam o fluxo esmagador de emoções que surgiam dentro deles. “A propósito.” Algum tempo depois, Do-geon quebrou o silêncio. “Como devemos nos chamar?” Zeha riu com a pergunta de Do-geon, que franziu a testa em resposta. “O quê? Eu disse algo engraçado?” “Não, é só que toda a tensão no ar foi embora assim que você disse isso,” Zeha explicou enquanto sorria. “Sim, foi... tão sufocante.” Jooan sorriu ao concordar com Zeha. Do-geon evitou o olhar deles como se estivesse envergonhado. “O que quero dizer é que seria mais fácil se tivéssemos um nome para nós mesmos, como Tiger Butterfly.” “Que tal Tabae?” Cein sugeriu. No entanto, sua ideia foi imediatamente encerrada por Hwan. “Se Hupo está em Sin-si, ele vai nos atacar se usarmos esse nome.” “Oh, você está certo. Eu retiro. Não importa. Tabae não”, Cein concedeu imediatamente. Haru, que estava ouvindo a todos em silêncio, sugeriu: “Chakho Gapsa”. Todos olharam para Haru, tentando compreender o significado do termo. Vendo que ele era o único na sala a conhecer a palavra, Haru sorriu orgulhosamente enquanto cantarolava, “Vocês queridos filhos certamente sabem o que isso significa, certo? É assim que as pessoas chamavam os guerreiros especiais que capturavam tigres selvagens no passado distante. Eles eram chamados de Chakho Gapsa.” “Ah, sério? Eu não sabia que você sabia tanto.” Ao contrário de Do-geon, que ficou surpreso com a inteligência de Haru, Zeha apertou os olhos para ele e disse cinicamente: “Você verificou na internet? Está correto, certo? Tem certeza de que a ortografia está correta?


Zeha sabia que Haru raramente acertava os provérbios ou expressões idiomáticas. “Meu querido filho, você está ficando cada vez mais mal-educado com o passar dos dias. Não me faça repetir o que já disse várias vezes agora.” “O que você disse várias vezes agora?” “Que eu sou uma grande, distinta e maravilhosa divindade que existe há bilhões de anos-” “Este termo realmente existe. Chakho Gapsa.” Hwan, que havia pesquisado o termo na internet, interveio. Haru sorriu para Zeha. “De fato. Você precisa confiar mais em mim.” “Isso seria fácil se não fossem as coisas sem sentido que você disse no passado. Tudo bem, Chakho Gapsa. Vamos nos chamar assim?” “Parece um pouco longo. Que tal apenas Chakho? Chakho. É fácil dizer”, sugeriu Hwan. Eles debateram se deveriam ou não usar a versão mais curta ou mais longa do nome antes de finalmente decidirem por “Chakho”. Caçadores de Beom, Chakho. A determinação que existia no passado foi reacendida em um hospital pequeno e tranquilo em Sin-si.



O incidente que aconteceu na loja de departamentos A no Distrito 19 tornou-se um tema quente em toda a cidade. As notícias hoje em dia mal cobrem as histórias de pessoas sendo atacadas e despedaçadas por beom porque se tornaram muito comuns. No entanto, os testemunhos e histórias dos sobreviventes sob o porão do shopping fizeram a pele de todos arrepiar. A cidade caiu no caos quando souberam que o beom não apenas matou, mas também sequestrou e torturou pessoas até a morte. Isso levou os ricos a pagar grandes somas de dinheiro para contratar caçadores pessoais de beom, enquanto aqueles que não tinham recursos para isso se agruparam e seguiram com suas vidas normais. Para os caçadores de beom, no entanto, esse fenômeno social em mudança foi uma coisa boa. As pessoas estavam se acostumando com o beom e suas ações hediondos que o medo se tornou parte de suas vidas diárias. Então eles começaram a tratar os caçadores de beom de uma maneira menos favorável do que antes. Havia também algumas pessoas clamando para que os caçadores de beom fossem controlados pelo governo, assim como as forças armadas, porque estavam cansados de alguns caçadores de beom que eram desagradáveis e arrogantes por natureza. No entanto, as coisas tomaram um rumo mais uma vez quando o medo da morte reviveu. As pessoas queriam que os caçadores ficassem perto deles. Os apartamentos até fizeram anúncios de que forneceriam aos caçadores de beom a melhor unidade com a melhor vista, junto com alguma mesada e um carro, em troca de proteção. Os ricos procuravam caçadores de beom que estivessem dispostos a ser seus guarda-costas particulares. Tudo isso estava acontecendo na época em que os sobreviventes do terrível incidente receberam alta do hospital após tratamento e cuidados intensivos. No próprio dia, todo o prédio estava lotado de jornalistas e câmeras, porque eles queriam capturar as histórias pessoais e os testemunhos daqueles que conseguiram sair vivos. Até então, a polícia era a única fonte disponível para juntar as coisas sobre o que havia acontecido lá.


A maioria dos sobreviventes fez uma careta com a presença de grandes pessoas da mídia porque eles só queriam ir para casa o mais rápido possível. Por outro lado, aqueles que adoraram os holofotes responderam às perguntas e apareceram diante das câmeras com alegria. Depois de uma série de muitas perguntas e respostas, um depoimento particular de um jovem estudante universitário foi tão chocante que causou um grande rebuliço na cidade.

*Chakho Gapsa refere-se a uma força especial de elite durante a Dinastia Joseon (século XV) para responder ao frequente surgimento de tigres e leopardos que mataram as pessoas em todo o país. Os ataques tornaram-se tão frequentes que o governo os considerou ameaças nacionais e, assim, criou uma força composta por indivíduos fortes, rápidos e inteligentes que tiveram que passar por vários testes de triagem para provar suas habilidades. Além disso, estar na força trouxe grandes privilégios, como vestir armaduras e receber muitas recompensas e benefícios tangíveis e intangíveis.


1 “Algumas pessoas vieram para nos salvar. Eles tinham mais ou menos a minha idade... Todos nós teríamos morrido lá se não fosse por eles.” A existência de um grupo de heróis que havia resgatado o povo da ruína era uma notícia antiga. A polícia havia relatado essa história há muito tempo. Havia sete deles no total, incluindo um companheiro sobrevivente, e eles comandavam um poder considerável. O testemunho que se seguiu depois foi uma história interessante que ninguém na multidão esperava ouvir. “Um beom muito forte invadiu a sala, e nossos socorristas começaram a lutar contra ele... Eles continuaram lutando por um longo tempo... Isso foi, até que... um deles foi baleado por um caçador de beom. O atirador tinha uma tatuagem no pulso. Era uma borboleta. Segundo ele, quem atirou em um dos socorristas era um caçador de beom com uma tatuagem de borboleta. Era um caçador do Tiger Butterfly. A equipe de caça, que agora estava sendo tratada como uma “força” pelas pessoas, havia estabelecido uma influência sem paralelo na cidade. A história do estudante foi um choque para os jornalistas e para as pessoas que o ouviam. Os caçadores de beom da Tiger Butterfly Force atiraram nos outros caçadores que vieram para salvar os cidadãos do perigo iminente. Muitas pessoas deram um passo à frente depois para testemunhar em apoio a isso.


A cena foi tão chocante que ainda estava gravada em sua memória. Eles relembraram os mesmos eventos para os jornalistas horrorizados. Naquele dia, o vídeo das entrevistas viralizou na internet. Milhares de pessoas comentaram para debater sobre a autenticidade dos depoimentos. Entre eles estava um comentário que recebeu o maior número de curtidas. “Sério, esses testemunhos são reais. Eles não são falsos. Eu estava na loja de departamentos naquele dia e vi o Tiger Butterfly. Eu estava lá para pedir um autógrafo quando o beom apareceu. As pessoas gritaram por socorro, mas fugiram a área como um bando de borboletas tímidas. Seguiu-se um grito muito alto de um beom. Foi tão estrondoso que o shopping balançou como se houvesse um terremoto. Nós teríamos morrido se não fosse pelos heróis.” Houve várias respostas abaixo deste comentário. “Eu também estava lá. Uma mulher se agarrou a um dos caçadores de beom do Tiger Butterfly, implorando para que ele salvasse seu filho, apenas para ele chutá-la para longe e fugir! Foi tão chocante! A criança estava chorando ao lado de sua mãe .” “Espere aí, eles eram o Tiger Butterfly? Eu estava lá também. Nããããão. Eles estavam correndo como se fosse uma promoção da Black Friday!” “Lol. Que vergonha, Tiger Butterfly. Quem foi que se gabou de criar um mundo sem beom? Smh tsk tsk.” “Gente, não vamos esquecer que as borboletas podem voar. É por isso que elas voaram para longe. É natural que elas tenham voado para longe da cena naquele dia.” “Espere, houve um terremoto naquele dia? Eu não senti nada.” “Talvez fosse ao redor do shopping.” “Como isso é possível? Como pode um terremoto atingir a loja de departamentos?” “Quem se importa com o terremoto? Borboletas, por favor, façam-nos um favor e exterminem-se.” Claro, os últimos meses para a Tiger Butterfly Force foram uma mistura de bons e ruins, pois a crescente influência resultou em alguns comentários negativos sobre a equipe. Mas era compreensível, dado o tamanho da organização, e eles eram principalmente bons.


Alguns adeptos chegaram a argumentar que os pequenos e anônimos caçadores de beom deveriam ser enviados para se juntar à Tiger Butterfly Force para serem gerenciados coletivamente sob ela. No entanto, esses dias se foram. O mundo inteiro agora sabia sobre as coisas desagradáveis às quais a força estava recorrendo, levando o público a se voltar instantaneamente contra eles. Os outros caçadores de beom que sempre não gostaram da força por seu tamanho agarraram a oportunidade e deram o máximo para derrubar a força. Eles contrataram streamers on-line para realizar entrevistas individuais com os sobreviventes e espectadores na loja de departamentos para passar por todo o evento com mais detalhes. As pessoas amaldiçoaram a Tiger Butterfly, e toda a cidade enlouqueceu, morrendo de vontade de conhecer as identidades das sete pessoas que entraram no porão para salvar todos lá. “Comandante, mais da metade dos membros do Time 5 foram embora.” Um dos sujeitos relatou cautelosamente a Dongcheol, que estava olhando para o monitor na frente dele. As veias em suas têmporas estavam pulsando. Desde que a reputação da força despencou, os membros começaram a sair e deixar a equipe um por um. E agora, o número de equipes que o Tiger Butterfly havia diminuído de dez para cinco. Para Dongcheol, que sempre quis viver uma vida de reconhecimento, a força era considerada a ponte para tal vida. Ele pensou que estava quase lá, a apenas um passo de distância. Apenas exigia que o governo reconhecesse oficialmente a força como o grupo de caçadores de raios de Sin-si. Se isso acontecesse, era apenas uma questão de tempo até que ele ficasse ombro a ombro com Hwanwoong, presidente do Grupo Yisal. Eu estava tão perto de alcançar meu sonho. Mas a julgar pela gravidade e efeito da situação no momento, ele concluiu que estava de volta à estaca zero.


Ele sabia que suas opções eram limitadas em tal situação. “Comandante, o que devemos fazer?” O sujeito perguntou novamente enquanto seu comandante permanecia em branco. No entanto, quando os olhos que olhavam para o monitor se moveram para encarálo, ele se encolheu e estremeceu de medo. Dongcheol apertou o nariz e perguntou: “Onde está Seongjin? Encontre-o.”

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Seongjin estava escondido em uma casa abandonada no Distrito 2. O distrito havia sido devastado pelos beom em várias ocasiões. Como as casas não significavam nada quando a vida das pessoas estava em jogo, os moradores deixaram o bairro em busca de um novo lar. Então o lugar se tornou uma cidade fantasma. Com mesmo os sem-teto optando por outros distritos para morar, o local forneceu o esconderijo perfeito para Seongjin. Estou morto. Dongcheol vai me matar. Ele nunca tinha visto isso acontecer. Ele pensou que todos seriam mortos pelas garras do beom quando atacassem a loja de departamentos. E como os mortos não podiam falar, ele não via necessidade de fingir ser um herói na frente do povo. É tão injusto. Claro, somos caçadores, mas como poderíamos ter enfrentado tantos beom? Mesmo se ele tivesse ficado na loja com a vontade apaixonada de salvar vidas, ele nunca teria uma chance contra o beom. Nós não somos invencíveis! Ele simplesmente não conseguia entender como quase não havia vítimas do incidente. De acordo com as testemunhas, o chão tremeu por baixo enquanto tremia com o


grito uivante de um beom. E o beom no shopping de repente correu para fora do lugar em um movimento rápido. Seu líder ordenou que eles não caçassem humanos? Mas por que? Eu pensei que o beom gostasse de comer humanos? “Como eu gostaria que todos morressem no incidente...” Seongjin murmurou para si mesmo. Quando ele voltou do local para sua casa naquele dia, ele viu a notícia de que havia sobreviventes no infeliz incidente que assolou a loja de departamentos A. Ele então pensou que seria melhor ficar em casa sem ir ao escritório e esperar e ver como as coisas se desenrolavam. Assim como ele esperava, as pessoas começaram a testemunhar sobre o que havia acontecido no shopping. Foi então que ele percebeu que precisava de um lugar mais seguro para se esconder. Ele havia fugido no momento em que as notícias cobriram o incidente naquele dia. E foi assim que ele acabou aqui no Distrito 2. “Como aquele idiota pode ser tão incompetente?! Desde quando matar um homem é tão difícil?” A culpa recaiu sobre Kyeongtae e sua equipe. “Tudo é obra deles”, declarou Seongjin. Mesmo que os sobreviventes tenham dito que o chão tremeu como um terremoto com o grito uivante de uma beom, Seongjin estava convencido de que tinha a ver com Zeha e sua equipe. Aqueles que foram resgatados pela equipe de Zeha os descreveram como “os heróis que arriscaram suas vidas para nos salvar”. As pessoas estavam fixadas nos sete heróis sem nome, não na Tiger Butterfly. Eles queriam desesperadamente saber suas identidades. Isso era algo que Dongcheol estava preocupado. “Eu sou um homem morto. Eu realmente sou,” Seongjin murmurou nervosamente. Dongcheol nunca deixaria isso para trás. Ele tornaria Seongjin responsável por estragar as coisas. Esse foi o caso de Kyeongtae também. Seongjin apertou a cabeça em frustração.


“O que eu vou fazer?!” Ele nunca seria capaz de viver em Sin-si enquanto Dongcheol estivesse vivo. Dongcheol tinha grandes conexões que ele formou em várias ocasiões de prisão. Além disso, o Tiger Butterfly ainda era Tiger Butterfly, mesmo que sua reputação despencasse. Ainda detinha um poder considerável. Dongcheol daria tudo para restaurar sua glória danificada, e ele ainda estaria cercado por capangas leais que estavam dispostos a matar por seu comandante. “E se eu me juntar a Zeha?” Ele sabia que era impossível. Zeha nunca o levaria depois do que ele havia feito. Então ele concluiu que havia apenas uma maneira de sobreviver a essa crise. E isso tinha que ser feito antes que a equipe de Zeha ficasse ainda mais popular. “Se eu cortar a cabeça dele e oferecer a Dongcheol...” Ele esperava que Dongcheol esquecesse tudo com sua oferta.



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“Você ouviu isso? Um beom não vai comer você se você der a ele um bolo de arroz.” “O quê? Do que você está falando? Eu não estou com vontade de brincar.” “Estou falando sério! Minha sobrinha estava em uma livraria quando conheceu um beom. E ele disse que não a comeria por um bolo de arroz.” “Quantos anos tem sua sobrinha? Ela tinha seis anos?” “Sim.” “As crianças mentem o tempo todo nessa idade.” “Ei, você está me dizendo que minha sobrinha é uma mentirosa?” Soyeong e Seongjun estavam brigando na frente, enquanto Jeongmi os seguia por trás. Como eles falam tão alto? Eles não estão com medo? “Não, mas não faz nenhum sentido. Você esqueceu o que os beom fazem? Eles destroem as pessoas em pedaços antes de comê-los. Por que ele diria que não a comeria se ela lhe desse um bolo de arroz então? Sobrinha não acabou morta depois que ela conheceu um beom?” “Estou dizendo a verdade. Até a professora dela viu. O beom foi realmente assustador, mas ele os deixou ir. Ele disse à minha sobrinha para ser uma boa criança porque eles não comem boas crianças.” “Sério? Acho que isso significa que você é o primeiro a ir.” “Ei, fale por você.” Jeongmi estava incomodada que seus amigos estavam falando tão alto. Eles estavam no Distrito 1. O distrito foi o primeiro a ser atacado pelos beom, e agora, todo o lugar mal tinha luzes na área. Estava escuro como a noite, embora fosse apenas a tarde. Jeongmi tinha visitado este lugar algumas vezes quando um de seus amigos estava morando aqui, então ela sabia como o lugar havia mudado. Estava completamente quieto, sem qualquer sinal de vida.


“Ei, hum...” Jeongmi sussurrou, mas sua voz suave foi enterrada sob as vozes barulhentas dos outros tentando discutir sobre quem iria primeiro. “Ei, amigos.” Ela finalmente ficou impaciente e colocou cada uma de suas mãos em seus ombros. “Ahhh!!” “Arghhh!” Eles gritaram ao mesmo tempo. Os gritos agudos surpreenderam Jeongmi também, então ela gritou até Soyeong dar um tapinha suave em seu braço. “Ei! Por que você está gritando quando nos surpreendeu?” “Você me assustou muito bem, Jeongmi.” Jeongmi soltou um suspiro de alívio ao ouvir suas palavras. “O quê? Então você gritou por minha causa? Eu pensei que você viu um beom ou algo assim!” “Ufa, você simplesmente não pode se esgueirar para trás e me tocar assim. Você nunca sabe o que nos atacaria a qualquer segundo aqui.” Soyeong respondeu em um tom de reprovação. “Você tem certeza? Porque o jeito que vocês dois conversaram parecia que eu estava em um parque de diversões.” Jeongmi revirou os olhos levemente. “Ei, desde quando eu-” Soyeong estava prestes a protestar quando percebeu sua voz e percebeu que tinha que falar mais baixo. “Nós estivemos falando tão alto todo o caminho até aqui?” Soyeong perguntou com os olhos arregalados. “Sim, crianças. Vocês foram muito barulhentos.” A resposta veio de trás.


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“Aaarrgh!” “Arrrgh!” “Arghhh!” Todos eles gritaram em pânico ao som da voz. Eles estavam correndo para escapar o mais rápido que podiam quando o estranho voou e pousou bem na frente deles. “Pare de latir!” Eles imediatamente se encolheram obedientemente enquanto olhavam para a figura. Apavorados, as lágrimas começaram a brotar em seus olhos. A figura em pé na frente deles mal parecia humana. Ele estava envolto em uma capa esfarrapada, seu rosto enterrado sob o capuz com manchas verdes por toda a pele. Seus dedos eram longos e desfigurados. Eu não deveria ter vindo aqui para pegar as armas... Jeongmi queria chorar. Alguns dias atrás, na época em que a reputação do Tiger Butterfly foi destruída devido ao incidente na loja de departamentos A, Soyeong incentivou a todos, dizendo: Vamos todos comprar algumas armas. Encontrei um negociante que as vende por um preço baixo. “Armas? Para quê?” Jeongmi perguntou curiosa. “Porque precisamos de algo para nos proteger. Não podemos apenas sentar aqui e confiar nos caçadores de raios. Olhe para a Tiger Butterfly. Veja como eles correram para salvar suas vidas quando o beom veio atacando as pessoas.” Jeongmi não estava realmente com medo desde que ela tinha seus amigos.


Ela concordou com Soyeong. Aqueles chamados grandes caçadores fugiram para salvar suas vidas com medo do beom. Isso foi um choque suficiente para as pessoas comuns, que eram impotentes e fracas. Além disso, a conversa de adquirir algumas armas também havia sido levantada por seus pais. “Ouvi dizer que as armas são muito caras se você as comprar dos vendedores. Você acha que podemos comprá-las?” Jeongmi perguntou a Soyeong. “Nós não vamos lá porque essas armas são para os caçadores de qualquer maneira. Nós não poderíamos usá-las corretamente mesmo se as tivéssemos. Uma arma comum seria boa o suficiente para nós. Você não acha que é melhor ter do que ficar sem? Isso significa que teremos algo para atacar o beom caso os encontremos. Jeongmi não podia acreditar. Ela não podia acreditar que uma adolescente agora precisava de uma arma para se proteger. Então, novamente, o mundo mudou. Cada família precisava manter uma arma em sua casa para se proteger. “Mas ouvi dizer que nem mesmo os caçadores podem colocar as mãos em armas...” Jeongmi respondeu com um olhar ansioso em seu rosto. “É por isso que estou lhe dizendo que encontrei alguém que vende armas. E a um preço super baixo.” Não importa o quão barata fosse a arma de fogo, ela seria bem acima de 1 milhão de won. No entanto, o preço não era um problema porque eles tinham dinheiro e economias de férias para cobrir o custo. E eles sempre podiam pedir mais dinheiro aos pais dizendo que precisavam comprar livros didáticos para a escola. Nenhum dos pais iria repreendê-los mais tarde por mentir para eles porque eles mesmos haviam considerado comprar as armas como eles.


O traficante de armas disse a eles para virem para o Distrito 1. Os ingênuos e inocentes alunos do ensino médio nem pensaram duas vezes sobre sua decisão. Afinal, apesar de seu estado arruinado, o Distrito 1 não era tão assustador. Estar na companhia de seus amigos os fazia sentir como se estivessem em uma aventura. No entanto, foi só quando viram o homem à sua frente que perceberam que haviam tomado uma decisão impulsiva. Os cantos da boca do homem se ergueram para revelar seus dentes afiados. Ele é um beom. Ele é um beom. Fomos enganados por um beom. O homem era menor do que um beom em média. No entanto, ela tinha certeza de que ele era um. Os três estremeceram de medo, seus pés completamente enraizados no chão. “Por favor... não nos mate...” Soyeong implorou. “Por favor... Por favor, tenha piedade de nós. Eu nunca vou fazer isso... Por favor... N-não... Eu sou filha única. Eu imploro... Por favor, não faça isso.” nos mate... me desculpe.” Soyeong começou a choramingar. “E-eu também. Me... desculpe. Me desculpe. Eu nunca vou fazer isso de novo.” O homem inclinou a cabeça para o lado, uma expressão confusa no rosto. “Desculpe pelo quê?” “Por... tudo. Por estar aqui,” Soyeong lamentou, “Eu realmente sinto muito...” A essa altura, ela estava soluçando tanto que suas palavras eram quase inaudíveis. “Hmm...? Você não está aqui para comprar a arma?” Arma? A menção do objeto imediatamente secou todas as suas lágrimas. Elas olharam


para o homem com uma expressão atordoada em seus rostos. Nesse momento, o homem removeu o capuz que cobria sua cabeça. Os alunos tiveram que se conter para não gritar. Havia algo extremamente estranho em sua aparência. Ele não era um beom nem um humano. Ele parecia mais um monstro que não conseguiu evoluir para um humano. Um lado de sua cabeça estava significativamente amassado e um de seus olhos era maior que o outro. Ele também parecia ter uma doença de pele que deixava seu nariz vermelho, bulboso e esburacado. Seus lábios estavam enrolados para cima, pois tinham sido costurados para ficar assim. Vendo Seongjun ofegante de terror, o homem abriu um sorriso e falou lentamente: “O que há de errado? Eu pareço um monstro?” Todos eles imediatamente balançaram a cabeça. “Vocês crianças são tão legais.” Ele então colocou o capuz novamente. “Você está aqui para a arma, certo?” Embora não houvesse dúvida de que ele parecia assustador, ele não parecia uma pessoa ruim. Enquanto eles assentiam em uníssono, ele sorriu, visivelmente divertido. “É uma tendência entre vocês humanos fazer as coisas em sincronia?” “V-você não é um humano?” Soyeong recuperou a compostura quando ela perguntou isso a ele. “Bem, eu sou Pyori.”


“Desculpe?” “Esse é o meu nome. É Pyori.” “Ah... eu sou Soyeong. E ele é Seongjun. A outra é Jeongmi.” “Hmm...? Então, o que você está procurando? Três armas de fogo?” “Sim.” “Vai te custar um braço e uma perna.” “Nós... nós temos muito dinheiro.” Pyori virou-se e começou a se afastar a passos largos. Quando ele não ouviu o som de passos atrás dele, ele se virou e perguntou: “Por que você está parado aí? Vamos, me siga.” “P-para onde?” “Para ver as armas.” “Oh...” Os alunos trocaram olhares nervosos entre si. Eles estavam hesitando porque não tinham certeza se podiam confiar nele e seguilo. “Ele não me parece uma pessoa ruim,” Soyeong murmurou. “Mas impostores nunca parecem pessoas más. Pelo contrário, eles tendem a parecer mais legais e gentis”, Jeongmi se opôs. “Mas esse cara não parece nem um pouco gentil.” Enquanto eles estavam tendo um pequeno debate por conta própria, Pyori continuou andando sem esperar por eles. “Eu preciso de uma arma. Eu vou proteger minha família. Vocês vão em frente e façam o que quiserem. Eu estou seguindo ele.” Soyeong declarou em um tom firme antes de deixá-los seguir Pyori.


Seongjun e Jeongmi trocaram olhares antes de finalmente se juntarem a Soyeong. E assim, os três caminharam juntos, com Pyori liderando o caminho. Alguns minutos depois, quando eles estavam se perguntando quando ele iria parar, Pyori virou-se abruptamente e começou a correr em direção a eles com uma expressão ameaçadora no rosto. Os alunos momentaneamente se sentiram como veados que foram pegos pelos faróis. Eles estavam tão assustados que não conseguiam nem gritar. Os dedos desfigurados de Pyori se estenderam em direção a eles. Eles então sentiram seus braços e colares sendo puxados com força. Antes que eles percebessem, eles estavam sendo jogados atrás de Pyori. Eu sabia. Não deveríamos ter confiado nele... Assim como Jeongmi estava pensando isso para si mesma, ela ouviu Pyori gritar: “Corre!” Foi quando os alunos avistaram três homens que os seguiam secretamente por trás. Os homens tinham orelhas afiadas e presas afiadas... Os alunos imediatamente os reconheceram como beom. “Uh... Uau...” Este grupo de beom tinha uma aura totalmente diferente de Pyori. Agora que os alunos testemunharam o verdadeiro beom seus próprios olhos, eles perceberam como estavam errados ao pensar que Pyori era um beom. Havia algo selvagem e mortal neles que Pyori não tinha. Nesse momento, um dos beom saltou no ar. Seu salto foi tão alto que eles pensaram por um segundo que ele estava voando. Ele parecia dar passos no ar antes de mudar abruptamente e mergulhar em direção a


Pyori. Pyori imediatamente sacou duas armas de sua capa e começou a disparar contra o beom. Bang! Bam! O barulho agudo das balas ecoou por todo o bairro tranquilo. Bang! Bam! Infelizmente, no entanto, os ataques aleatórios de Pyori mal arranharam o beom. O beom cinza apenas girou e girou no ar para evitar as balas. Enquanto isso, um amarelo invadiu Pyori e colidiu com ele. Tum! Os alunos observaram o corpo frágil e pequeno de Pyori voar para longe. Pow! Ele bateu em um carro. Os alunos não podiam nem ir ver como ele estava, já que o beom agora se aproximava deles com expressões sinistras. Enfrentar um beom já era ruim o suficiente, quanto mais três. E assim, nenhum dos alunos se incomodou em tentar revidar. Beom deve tê-los lido também. Eles começaram a conversar entre si enquanto abordavam sua refeição iminente. “O menino é meu.” “Leve-o. Vou pegar a garota de rabo de cavalo. Ela parece gorda e deliciosa.” “Ah, por favor. Você não sabe que os de pele branca têm um gosto melhor?”


“Qualidade sobre quantidade, meu amigo.” “Ah, é melhor você tomar cuidado para não comer demais. Você não ouviu falar daquele idiota que engoliu um homem sem mastigar e não conseguiu comer nada por muito tempo?” “Sim, eu me lembro. O que aconteceu com ele afinal?” “Bem, eu não o vejo esses dias.” “Talvez ele tenha morrido de indigestão.” Os alunos estavam soluçando enquanto o beom estava guinchando de alegria. Nenhum deles se atreveu a fazer um som com medo de ser o primeiro a morrer. Eles não conseguiam nem implorar por misericórdia, pois estavam paralisados de medo. Foi quando os alunos perceberam o quão imprudentes eles haviam sido. Mesmo que tivessem uma arma, isso não lhes garantia segurança contra o beom. Pyori tinha duas armas com ele e se moveu rapidamente. No entanto, ele não conseguia nem deixar um arranhão no beom. O vento quente do verão soprou contra eles. Estava misturado com o cheiro fétido de sangue. Os alunos rapidamente perceberam que o cheiro desagradável vinha do beom. “Não...” Soyeong, incapaz de se conter por mais tempo, começou a soluçar, instantaneamente atraindo a atenção do beom. Ela estava tão apavorada que começou a soluçar. O beom cinza sorriu. “Você está chorando? Por quê? Você está com medo?” “Por favor, não, não... m-mate...” “Você quer que eu deixe você ir?” Soyeong assentiu enquanto colocava as mãos sobre a boca.


O cinza virou-se para seus pares. “Ela quer que a deixemos livre. O que devemos fazer?” “Bem, então devemos comê-la viva em uma grande mordida. Ela pode viver livremente em sua grande barriga, felizes para sempre.” “Está certo!” Ele gritou alegremente. A cena medonha do beom estendendo as mãos para Soyeong parecia uma eternidade para Jeongmi. Ela desejou que o tempo parasse. Ela desejou que o tempo parasse de uma vez por todas e que eles pudessem de alguma forma escapar da posição em que estavam. Ou... espero que estejam aqui. “Aqueles que salvaram os sobreviventes no Distrito 19. Aqueles que partiram logo depois que salvaram as pessoas. Se um deles estivesse aqui para nos resgatar... “Argh!” Só então, Soyeong ouviu o beom gritar de dor. Isso fez Jeongmi sair de seu transe. O beom ficou momentaneamente atordoado quando ele lentamente levou a mão à parte de trás do pescoço. Só entãoSwish! Algo perfurou o ar.


1 O beom cinza saltou bem a tempo de evitá-la. Hop! Algo atingiu o chão com um baque, caindo bem na frente de Jeongmi. Era uma flecha. Outro estava preso no pescoço do Beom cinza também. Quando ele o arrancou com raiva, um pequeno pedaço de sua carne saiu. “Onde você está?!” O beom gritou quando ele olhou ao redor. “Mostre-se!” Ele rosnou estrondosamente. Swish! Nesse momento, outra flecha voou com um som agudo. Desta vez, o beom não foi rápido o suficiente para evitá-lo. A flecha perfurou direto em sua coxa. A beom uivou de dor. “Aarrgggh-” Seu uivo chegou a um fim abrupto quando uma bala voando de um lugar desconhecido atingiu o pescoço do beom. O beom cambaleou antes de cair no chão impotente. Quando ele caiu de joelhos enquanto pressionava a mão contra a ferida sangrenta em seu pescoço, o beom olhou para o ar. O outro beom fez a mesma coisa. “Parece que eles estão longe... Onde eles poderiam estar?”


“Talvez eles sejam caçadores.” Caçadores de Beom? Jeongmi ficou aliviada ao ouvir a conversa que os dois beoms estavam tendo. Nós não vamos morrer! Os caçadores estão chegando. Diante da morte iminente, Jeongmi não se importava com quais caçadores de beom estavam vindo para salvá-los. Ela ficaria grata até mesmo aos caçadores de beom da desgraçada Tiger Butterfly. Ela estava pronta para ficar eternamente em dívida com qualquer um que pudesse salvá-la. “Mostre-se! Seus covardes patéticos! Eu disse, saiam!” Bang! Uma bala disparou para o ar. No entanto, não atingiu ninguém nem nada. O beom amarelo a pegou com a mão. Ele torceu o nariz em aborrecimento. “Baratas. Você está com medo de lutar?! Saia, agora mesmo! Eu vou te fazer em pedaços!” Apesar da provocação do beom, ninguém saiu, a não ser as flechas e balas que disparavam de áreas cobertas. O beom agitou os braços com raiva como se estivesse golpeando insetos para contra-atacar. No entanto, eles erraram alguns dos tiros. Nesse momento, o beom amarelo se virou com um sorriso no rosto, como se tivesse acabado de ter uma boa ideia. Ele então estendeu a mão para Jeongmi. Seu plano era mantê-la como refém para que seus atacantes não tivessem escolha a não ser parar. Jeongmi se encolheu e apertou os olhos bem quando o beom estava prestes a agarrá-la pelo pescoço. Mas para sua surpresa, ela não sentiu nenhuma garra afiada cavando em sua pele. Swoosh! Jeongmi abriu os olhos ao som de algo cortando carne. “Arrrgh!” Ela ouviu o beom gritar de dor.


A mão que tentou agarrá-la um segundo atrás agora estava se contorcendo embaixo dela como se ainda estivesse presa ao beom “Ahhh!!” Assim que ela soltou um grito ensurdecedor, “Aaarrgh!” “Uau!!” Seongjun e Soyeong seguiram o exemplo e lutaram para fugir. Nesse momento, eles viram um homem. Ele estava vestindo roupas tecnológicas com muitos bolsos. Ele era alto e tinha cabelos desgrenhados. Ele segurava uma espada preta como breu em sua mão enquanto estava entre eles e o beom. É ele! Jeongmi exclamou em sua cabeça. É ele. Ela poderia dizer à primeira vista que era ele. Ele foi um dos sete caras que desapareceram depois de salvar pessoas na loja de departamentos. Ela sabia que eles haviam encontrado um raio de esperança nesse estado desesperador. Nós não vamos morrer. Embora ela nunca o tivesse conhecido, ela estava confiante de que eles viveriam enquanto ele estivesse lá. “Você...!” O beom amarelo sem uma mão olhou com raiva para o homem enquanto ele rosnava. Enquanto isso, o beom cinza gravemente ferido não lutou muito contra Cein, pois sucumbiu aos ferimentos. O terceiro beom, que tinha listras na pele, lutava com Jooan. Cein ergueu suas adagas para esfaquear o beom amarelo quando viu Zeha balançando a cabeça em desaprovação. “Tsk.”


Cein resmungou enquanto baixava as armas. O resultado da luta foi óbvio. Esses três beom que permaneciam no Distrito 1 eram todos de baixo grau. Então eles não tiveram chance contra Chakho. O beom amarelo atacou Zeha com seu braço funcional ao perceber que seus amigos haviam sido mortos. No entanto, suas garras afiadas mal arranharam Zeha. Uau! A espada cortou as unhas compridas em um movimento rápido. Isso surpreendeu o beom. Suas unhas não eram como as do humano. Mesmo que ele fosse um beom de baixo grau, suas unhas eram duras e parecidas com aço. Mas bastou o simples empunhar da espada para cortá-los. O beom arregalou os olhos ao perceber que o homem na frente dele não era um homem comum nem um caçador de beom comum. “O que é você?” Ele rosnou para Zeha. “Diga-me onde está Hupo.” “Hupo? Ha! Como você sabe sobre nosso mestre? Você é apenas uma praga humana.” “Isso não é da sua conta. Onde está Hupo?” A beom enrugou seu nariz. Ele estava do lado de Maro porque não concordava com a mentalidade de Hupo de apenas matar os humanos maus. No entanto, isso não significava que ele iria trair Hupo. Hupo era o guardião da tribo. Todos os beom se consideravam em dívida com ele por nunca abandoná-los, mesmo em tempos de situações terríveis. “Você realmente acha que eu iria te contar? A propósito, eu tenho certeza que eu vi você de algum lugar... Oh, você é aquele garoto da Montanha Inwang.” O beom captou momentaneamente a mudança na expressão de Zeha, e ele pensou que poderia incitá-lo ainda mais. “Você não deseja saber sobre seu pai? Seu pai era-” Uau! O beom não teve chance de terminar sua frase porque sua cabeça foi cortada antes


que ele pudesse fazê-lo. O beom arregalou os olhos quando sua cabeça caiu no chão. Zeha olhou para baixo enquanto bufava, “Não, obrigado, estou bem. Minha memória é boa o suficiente para isso.”


Desde que Zeha e os outros formaram Chakho, eles mataram quatorze beoms. Mas nem um único revelou algo útil sobre Hupo. A tribo deve ser ferozmente leal a ele porque todos os seus lábios foram selados. “Ele disse alguma coisa?” Do-geon perguntou enquanto corria em direção a Zeha depois de apoiá-los de longe. Zeha balançou a cabeça e perguntou: “Onde está Hwan?” “Ele foi se juntar a Hosu e Haru. Eu suponho que todos eles eram apenas um beom de baixo grau.” “Sim, felizmente,” Zeha respondeu. “Ele disse alguma coisa sobre Hupo?” “Não, parecia que eles estavam todos de boca fechada.” “Sabe, estou realmente muito surpreso. Não sabia que eles seriam tão leais a Hupo.” “Eu sei certo?” Zé suspirou. As coisas estavam piorando. Enquanto os beoms ainda estavam soltos na cidade, houve uma mudança na atmosfera entre os caçadores de beom. Assim que a reputação do Tiger Butterfly foi manchada, os caçadores viram isso como uma oportunidade para elevar seus status. Todos disputavam o trono em que a Tiger Butterfly estava sentada há muito tempo. Isso representava um problema, pois os caçadores de beom estavam lutando para estar no topo, em vez de caçar o beom como deveriam, mesmo que as pessoas estivessem morrendo. Para piorar a situação, ninguém sabia nada sobre o paradeiro de Hupo. “Com licença...” Nesse momento, uma voz aguda interrompeu a atmosfera tensa. Zeha e Do-geon se viraram para ver os três estudantes que quase foram mortos pelo beom. Seus olhos brilhavam de admiração. Zeha notou como os alunos em seus uniformes escolares pareciam imaculados contra o distrito sombrio e sombrio. Nenhum deles parecia estar a segundos da morte.


Depois de sorrir para Chakho por um momento, um deles falou. “Vocês são os únicos... certo?” “Nós somos o quê?” “Você sabe... a loja de departamentos A. Os heróis da loja de departamentos A.” O rosto de Zeha ficou vermelho ao ouvir suas palavras. Ele estava ciente de como as pessoas os apelidaram. Ele também estava ciente de que todo o público estava procurando por eles. No entanto, ainda era embaraçoso para ele admitir que eram eles. Então ele ficou tentado a fingir que não tinha ouvido falar disso. “Ah, sim,” Zeha finalmente respondeu. No momento em que Zeha admitiu isso com uma expressão bastante relutante no rosto, os alunos bateram os pés excitados. “Ooooh! Eu sabia!” Jeongmi exclamou em alegria. “Meu, meu, oh meu. Eu nunca pensei que realmente testemunharia vocês lutando na vida real.” “Uau, apenas uau. Vocês são tão legais. E tão bonitos!” comentou Seongjun. “Nós somos grandes fãs de vocês. Vocês são tão legais. Eu não sei como vocês ficam fora dos holofotes quando vocês arriscaram suas vidas para salvar tantas pessoas.” “Eu realmente queria ver você na vida real! Posso segurar suas mãos?” Esta foi a primeira vez que Zeha encontrou algo assim. Ele se virou para os outros em busca de ajuda. No entanto, Do-geon, Cein e Jooan pareciam tão confusos quanto ele. “Espere um segundo. Ele está corando? Isso é tão fofo!” O tom de Soyeong estava cheio de alegria. “Sabe, eu realmente pensei que vocês seriam intimidantes e assustadores. Você sabe, como caras enormes. Como gângsteres.” “Sim! Olhe para Dongcheol do Tiger Butterfly. Ele realmente parece um gângster. Eu estava errado! Mesmo assim, vocês estão incríveis.” Soyeong concordou com Jeongmi. “Você não parece nem um pouco assustador. Na verdade, você é realmente muito fofo!”


“Meu nome é Soyeong. Por favor, lembre-se de mim,” Soyeong exigiu. “Soyeong! Sério? Meu nome é Jeongmi, a propósito.” “Eu sou Seongjun. Por favor, não me esqueça,” Seongjun disse enquanto tentava apertar a mão de Zeha. Oh garoto. Zeha olhou para Do-geon, que era o mais confiável e responsável, e perguntou-lhe com os olhos: O que devo fazer? Do-geon deu de ombros. Corra. Do-geon era tão ignorante quanto Zeha nessa situação. Zeha queria segui-lo e fugir. No entanto, ele não poderia deixar esses alunos aqui quando outro beom pudesse voltar para se vingar. “O que vocês estão fazendo aqui? Vocês não sabem que é perigoso?” Para alívio de Zeha e Do-geon, Jooan interveio e se aproximou deles como um adulto. “Ah, sobre isso. Viemos aqui atrás de armas.” “Armas?” perguntou Jooan. “Sim, tem um cara que vende armas muito barato. Oh, oh! Pyori!” Chakho os seguiu enquanto eles disparavam em direção a algum lugar. Eles pararam em um carro amassado, onde um homem estava caído no chão. Chakho ficou surpreso quando viram seu rosto. Ele tinha uma aparência grotesca e não era nem humano nem beom. Zeha ficou surpreso que os alunos não parecessem nem um pouco com medo de Pyori. “Pyori! Pyori, você está morto? Acorde. Sacudiram o homem com tanta força que Zeha ficou com medo de que ele morresse nas mãos deles. “Um...” Eles pararam imediatamente quando ouviram Zeha chamá-los. Eles o olhavam como cachorrinhos esperando as instruções do dono. Isso o deixou nervoso.


“É perigoso aqui. O beom pode aparecer novamente.” Foi quando os alunos se lembraram do que havia acontecido com eles alguns minutos atrás. Eles instantaneamente empalideceram. “Esta pessoa tentou nos salvar, você sabe. Mas o beom o pegou. Por favor, certifique-se de que ele viva”, implorou um deles. “Ok, nós vamos cuidar bem dele, então vá embora agora. Não olhe para trás e corram até que vocês estejam seguros.” Eles assentiram. Pouco antes de partirem, Jeongmi se virou e perguntou a Zeha: “Umm... Vocês são um time?” “Sim.” “Qual é o nome do seu time?” Após um segundo de hesitação, Zeha respondeu: “Chakho.”


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Do-geon falou enquanto examinava sua arma. “Aquelas crianças eram realmente algo, não eram?” Chakho havia comprado uma casa grande o suficiente para todos morarem. Ela estava localizada no Distrito 6, um distrito que havia sido atacado por bombas em várias ocasiões. No entanto, isso foi bom para a equipe porque permitiu que eles comprassem essa casa de vários cômodos a um preço acessível. Eles deitaram Pyori em um dos quartos. Eles ponderaram se deveriam ou não levá-lo ao hospital antes de decidirem contra isso. Afinal, o homem inconsciente mal parecia um humano. “Você sabe como as crianças do ensino médio estão hoje em dia. Ninguém pode detê-las”, Zeha respondeu enquanto olhava para Pyori. “De qualquer forma, o que é esse cara? Seu nome era Pyori, certo? Você acha que ele é um humano?” “Ele deveria ser. Ele tem olhos, nariz e boca como nós. E ele tem duas pernas e dez dedos...” Do-geon parou enquanto estudava Pyori. Algo estava diferente em seus dedos. Eles eram tão retorcidos e deformados que mais pareciam galhos de árvores. “Como você chama isso...? Algum tipo de... mutação genética? Você acha que é algo assim?” “Nós iremos...” Do-geon e Zeha eram os únicos na casa. Os outros tinham saído para caçar enquanto ficaram para trás para cuidar de Pyori. Fazia algumas horas desde que ele desmaiou. No entanto, Pyori não parecia que iria acordar mais cedo. “Zeha, não chegue muito perto dele. Ele pode ser perigoso,” Do-geon avisou. “Mas ele tentou ajudar as crianças lá atrás.” “É possível que eles o interpretaram mal.” “Eca...” Nesse momento, um gemido os interrompeu. Zeha e Do-geon imediatamente pararam de falar e pegaram suas armas. Piori fez uma careta. Seus olhos se abriram um segundo depois. Zeha e Do-geon o observavam. Eles notaram que seu olho esquerdo era


significativamente maior que o direito. Eles não podiam deixar de sentir mais repulsa por sua deformidade do que quando ele ainda estava inconsciente. Ele examinou seus arredores antes de finalmente pousar os olhos em Do-geon e Zeha. Pyori então se levantou da cama para assumir uma postura defensiva. Um dos olhos de Pyori se arregalou um pouco mais do que o outro quando ele viu a Espada da Morte. No entanto, Zeha não tinha certeza se realmente ficou maior ou não. Depois de olhar para a espada negra por um longo tempo, Pyori olhou para Zeha. “O que é você?” ele perdeu a cabeça. “Um caçador de beom.” “Um caçador de beom? Você? Hahahahaha!!” Pyori caiu na gargalhada incontrolável. “O que é tão engraçado?” Zeha perguntou, indiferente. “Não, é só que eu me lembrei de um conto folclórico engraçado.” Um conto popular? Zeha teria rido disso no passado. No entanto, as coisas eram diferentes agora. Ele agora estava ciente de que vidas passadas existiam. Como Pyori parecia saber sobre a espada, era provável que esse “conto popular” fosse sobre Tabae. “Qual é a história?” Zeha perguntou depois que Pyori se acalmou. “Bem, não é da sua conta,” Pyori o dispensou instantaneamente. “Ei, qual é a história?” “Você deve ser um fã de contos populares, hein? Vá e peça a seus pais para contar essas histórias para você”, Pyori falou lentamente enquanto sacudia a poeira que estava em seu dedo. “Meu pai se foi.” Depois de levantar as sobrancelhas, ele disse: “Então... pergunte a sua mãe...” “Ela se foi também.” “Eu sinto Muito...” “Esqueça. Apenas me conte sobre esse seu conto popular,” Zeha pediu. No entanto, em vez de dizer qualquer coisa, Pyori simplesmente olhou fixamente


para Zeha. Foi nesse momento que Zeha percebeu que Pyori tinha olhos verdes. “A propósito, o que aconteceu com as crianças? Elas estão mortas?” Zeha percebeu que Pyori não iria revelar a história para ele assim. “Eles estão vivos. E fugiram em segurança.” “É ótimo saber.” “Eles me disseram que você tentou salvá-los.” “Na verdade não, eu tentei me salvar.” Ele não parece ser uma pessoa ruim. E assim Zeha baixou sua espada. Do-geon viu isso e seguiu abaixando sua arma também. Isso divertiu Pyori, que abriu um sorriso sorrateiro e revelou seus dentes afiados. “Crianças, vocês vão morrer cedo se confiarem em estranhos tão facilmente. E se eu estiver sendo legal para conquistá-los, só para atacá-los no final?” “Bem, você sempre pode tentar.” Zeha desafiou. Não parece que vou ser derrotado sem a espada. Pyori deve ter pensado o mesmo também. Ele encolheu os ombros. “Eu não acho que tenho chance, mesmo se eu atacar você por trás. Ok-” Pyori desceu da cama. “Obrigado por me ajudar. Estou indo agora.” Do-geon agarrou Pyori pelo ombro. “Ouvi dizer que você vende armas?” Do-geon perguntou. “Eu vendo.” “Você é um vendedor?” “Sim algo assim.” Piori assentiu. “O que você tem?” “Nada.” Ele levantou as mãos e continuou: “Qualquer coisa que eu possa fazer com essas mãos.” Zeha e Do-geon olharam para as mãos dele. A dúvida deve ter sido escrita em seus rostos quando Pyori respondeu: “Você sabe que poderes misteriosos fluíram para a cidade depois que o selo quebrou e permitiu que o beom entrasse em Sin-si, certo? E aqueles que têm os


poderes são os caçadores de beom.” “Sim, nós sabemos disso.” “Se for esse o caso, não pense que são apenas vocês humanos que receberam os poderes.” Vocês humanos? Isso significa que ele não é um humano. Pyori baixou os dedos. “Existem aqueles que restauraram os poderes antigos. Como eu.” “Poderes antigos...?” Zeha perguntou curiosamente. Pyori sorriu. “Vocês dois realmente não sabem de nada, não é?” “O que você sabe?” Zé perguntou. “Tanto quanto o que meus pais me contaram. E eles sabiam tanto quanto seus pais lhes contaram. É isso que são os contos populares. Eles são passados de geração em geração.” Um conto de fadas de novo? Zeha estava convencido de que esse conto de fadas continha algumas informações sobre Tabae. “Então, sobre o que é isso? Conte-nos.” “Eu não quero.” Pyori respondeu com firmeza. “Eu não estou brincando agora. Conte-nos. Se você precisar de dinheiro, eu vou te pagar se você nos contar a história.” “Eu não estou atrás do dinheiro. E por que eu deveria te contar a história? Eu nem sei quem você é.” Pyori disse cinicamente. “Hum, se você colocar assim, não tenho nada a dizer... mas...” Zeha falou enquanto sua voz ficava tímida. “Você, qual é o seu nome?” “Eu sou Zeha. E esse é Do-geon.” “Zeha.” Pyori mal prestou atenção em Do-geon. Seu olhar estava fixo em Zeha. “Zeha? Zeha... Zeha.”


Depois de repetir o nome de Zeha em voz alta várias vezes, Pyori abriu um sorriso enquanto empurrava Zeha levemente no peito. “Eu não confio em você, vira-lata.” Zeha congelou momentaneamente, sentindo como se tivesse acabado de levar um tapa na cara. Nesse momento, Do-geon avançou. “O que você acabou de dizer?!” Do-geon agarrou violentamente Pyori pelo colarinho. Seu corpo esquelético pendeu para o lado enquanto Do-geon o levantava com força. “O que você acabou de dizer?” “O quê? Você acha que eu vou retirar se você me ameaçar? Hmph, eu posso dizer isso várias vezes. Eu não confio em vira-latas. Vira-latas não são nada além de criaturas nojentas,” Pyori declarou, sem se afetar. “Ei!” Pow! Do-geon o empurrou contra a parede com um baque alto. Neste momento, o resto da equipe voltou de sua caçada. Eles ficaram de olhos arregalados enquanto observavam a cena se desenrolar diante deles. “Do-geon, o que há de errado?” Jooan perguntou cuidadosamente. “Essa coisa acabou de chamar Zeha de vira-lata!” Do-geon fumegava de raiva. “O que?” Os olhos de Jooan ficaram afiados. Ele invadiu Pyori e lhe deu um tapa no rosto. “Retire o que você disse,” Jooan rosnou. “Não, esqueça. Está tudo bem.” Zeha, que havia se recuperado do torpor, colocou a mão no ombro de Do-geon. “Do-geon, deixe-o ir. Está tudo bem.” “Eu não me importo se você acha que está tudo bem. Para mim, não está! Como ele ousa chamar alguém de vira-lata?” Do-geon protestou com raiva. “Oh, eu me pergunto por que você está fazendo tanto barulho quando essa Zeha diz que está tudo bem.” Pyori deu uma risadinha, não mostrando nenhum sinal de medo apesar de estar na presença de toda a equipe. Bem quando Do-geon estava prestes a dar outro golpe nele, Zeha agarrou seu pulso.


“Não, não, Do-geon. Por favor, não. Eu não quero lutar contra algo que não é um beom,” Zeha disse suavemente enquanto olhava Do-geon nos olhos. Do-geon lentamente soltou Pyori. Antes que Pyori pudesse escapar completamente de Do-geon, este o agarrou com força novamente e avisou: “É melhor você não aparecer na minha frente nunca mais.” “Uau, eu estou com tanto medo.” Pyori então fingiu estremecer de terror e empurrou levemente Do-geon no peito. Ele então saiu correndo como se estivesse com pressa. Haru observou silenciosamente enquanto ele partia.

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Pyori correu em direção ao Distrito 1. Ele precisava do corredor para se livrar dessa raiva surgindo em seu coração. No passado distante, esta terra tinha outras tribos além dos beom e gom. A tribo de Pyori existia silenciosamente entre eles sob o porão profundo desta terra que agora era uma cidade. Os humanos se esqueceram dessa época e idade, mas eles, que estavam destinados a viver escondidos, se lembraram. Eles se lembraram que havia um homem com a Espada da Morte. Ele era confiável e forte, e defendia os fracos. Então era natural que todos confiassem nele. Isso foi até que ele virou as costas e os traiu. Esta memória desta traição foi passada de geração em geração de tal forma que até Pyori estava ciente disso. Ele imediatamente reconheceu a espada negra que Zeha segurava como a Espada da Morte. Ele podia dizer que Zeha era mestiço. Um mestiço. De estatura alta com ombros largos. E a Espada da Morte.


Essas coisas imediatamente lembraram a Pyori da história que ouvira de seus pais. Era sobre Tabae, um vira-lata. Ele era um traidor que mordeu as mãos que o alimentavam e condenou a tribo de Pyori a viver na escuridão sob Sin-si. A tribo de Pyori teve que se mudar para as partes profundas do subsolo de Sin-si porque não podiam viver fora dele. Foi somente até que eles sentiram seus antigos poderes voltando que eles ressurgiram. Apesar dos desenvolvimentos que alteraram sua forma nos últimos anos, Sin-si ainda era Sin-si em sua essência. Uma atmosfera inquietante ainda pairava sobre ele. Quando Pyori ressurgiu pela primeira vez, ele mal se importava com Tabae ou o gom. Afinal, aconteceu muito tempo atrás para ele guardar rancor contra eles. A única coisa que importava para ele era que ele poderia finalmente chegar à superfície e aproveitar a luz do sol. E assim, Pyori começou a fazer armas e as vendeu secretamente para ganhar a vida enquanto se misturava com os humanos. Os poderes antigos permitiram que ele fosse habilidoso na fabricação de armas. Pyori pensou que poderia convidar seus outros amigos para morar com ele aqui em cima. No entanto, ele estava errado quando se deparou com Zeha. Pyori sabia que Zeha e Tabae eram pessoas diferentes. Afinal, Tabae viveu muitos, muitos anos atrás. Mas o evento que aconteceu eras atrás permaneceu profundamente gravado em sua memória, uma vez que foi transmitido através de gerações. Então, quando ele viu um mestiço como Zeha segurando a Espada da Morte, Pyori se lembrou instantaneamente de Tabae, e os sentimentos de ódio brotaram em seu coração. Pyori se viu em uma casa no Distrito 1. Outrora ocupado por uma pequena família, o local ficou vazio depois de terem sido mortos por um beom. Tudo nele foi deixado intocado.


Pyori abriu a geladeira para beber um pouco de água antes de deitar na cama. A imagem dos olhos feridos de Zeha brilhou em sua mente. “Eu fui demais? Não é como se fosse culpa dele.” “De fato. Você foi demais.” Pyori se levantou da cama alarmado quando ouviu alguém responder a ele. Ele viu um homem. Ele tinha cabelos grisalhos e um rosto de aparência jovem. Ele estava lá com Zeha e os outros. “Q-quem é você...?” perguntou Pyori. “Haru. Eu sou a Rocha Beom da Montanha Inwang.” A Rocha Beom da Montanha Inwang? Haru se aproximou e fez uma pergunta a Pyori quando percebeu que o último parecia surpreso demais para dizer qualquer coisa.+ “Você é um duduri, não é?”


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Haru estava segurando uma arma quando voltou. Ele passou a arma para Do-geon. “É de Pyori.” “Pyori...? Você quer dizer aquela criatura feia? Ele te deu isso depois de tudo o que ele fez há pouco?” Do-geon perguntou em aborrecimento. “Ele entendeu errado.” “Não entendeu o quê?” “Uau.” Haru suspirou enquanto se sentava. Era diferente ele estar agindo assim. “Pyori é um duduri.” “Um duduri? O que é isso?” Do-geon perguntou. “O beom e o gom não eram os únicos seres que viviam aqui. Havia outros. Só que aqueles dois eram os mais fortes”, explicou Haru. Suas palavras lembraram a todos as outras tribos que Cein afirmava ter visto em sua vida passada. “O dururi era um deles.” “Haru... você se lembra de tudo agora?” Zeha perguntou, pois sabia que Haru havia perdido a memória há muito tempo. Haru balançou a cabeça e continuou: “Embora eu soubesse instantaneamente que Pyori era um duduri no momento em que o vi... essa história que estou prestes a narrar para você é algo que ele me contou. Ele disse que essa história foi transmitida por seus ancestrais.” “Ele te contou tudo?” “Nem tudo... Ufa.” Haru suspirou novamente.


“De acordo com seu conto popular, Tabae era um traidor.” A tribo duduri confiava em Tabae. Não foram só eles. Todas as outras tribos confiavam nele também. Isso era inevitável porque não havia mais ninguém a quem eles pudessem pedir ajuda quando os beom estavam em fúria matando as outras tribos. O beom era o mais forte no Shin-si, e Tabae tinha sangue de beom nele. “De acordo com Pyori, os duduri e os outros apoiaram Tabae para sair vitorioso da batalha. No entanto, ele quebrou sua promessa expulsando-os e entregando a terra ao gom.” A maioria das tribos morreu fora dali. No entanto, a tribo duduri conseguiu durar até agora porque eles cavaram fundo neste lugar e viveram lá por todos esses anos. “Isso não pode ser. O Tabae que eu vi... não parecia um traidor,” Cein argumentou. Haru concordou com a cabeça. “Eu também não tenho o quadro completo, mas não acho que Tabae faria uma coisa dessas... Do-geon. Você vai usar essa arma ou não?” “Eu não vou usar isso. Não até que Pyori peça desculpas a Zeha por chamá-lo de vira-lata,” Do-geon bufou. “Do-geon, estou bem”, Zeha assegurou. “Eu não sou! Um vira-lata? Você nem chama cachorros assim.” Vendo o quão inflexível Do-geon estava, Haru não teve escolha a não ser guardar a arma em uma gaveta. Haru parecia letárgico quando colocou a arma dentro. Isso preocupou Zeha. Ele não poderia se importar menos com o que Pyori o chamou. Ele estava mais incomodado com o estado incomum de seu amigo Haru.


“Haru, você está... bem?” Haru sorriu amargamente. “Eu preciso dormir um pouco. Estou absolutamente esgotado por algum motivo.” Haru, que tinha a menor quantidade de sono entre eles - provavelmente porque ele era uma rocha - retirou-se para seu quarto para dormir um pouco e passou o resto do dia na cama. E assim, o mês inteiro passou assim, com todos ocupados caçando a beom todos os dias. Logo, era verão. Durante todo o mês, Chakho permaneceu completamente inconsciente de sua crescente reputação em Sin-si por sua caça ao beom. +++ Desde que conheceram Chakho há um mês, Soyeong, Jeongmi e Seongjun não conseguiam parar de falar sobre eles em sua escola. Seongjun apelidou Chakho como “Os Maiores Caçadores de Beom de Todos os Tempos”. Às vezes, ele os chamava de “Chakho the GOAT(Maior de todos os tempos)” Um dia, quando Seongjun estava falando sobre o time para seus amigos, um deles lhe mostrou seu telefone. “É este o Chakho que você está falando?” Um vídeo estava sendo reproduzido na tela. Foi intitulado, “Conheça os caçadores de Beom Rising - Chakho.” O título fazia parecer uma entrevista com Chakho. No entanto, não passava de uma gravação da luta capturada à distância. Zeha e Jooan estavam na cena. No entanto, sua velocidade relâmpago os tornava pouco visíveis, e eles apareciam apenas quando paravam às vezes durante a luta.


“Com licença...” Os alunos que assistiam ouviram uma voz no vídeo chamando os caras antes de saírem com a cabeça do beom. Um deles se virou com o chamado enquanto colocava a espada de volta na bainha. Foi um tiro certeiro. Seongjun exclamou: “Cara! Ele não é tão legal? Ele é o GOAT!” “Você é Chakho?” O cara assentiu levemente com a pergunta antes de desaparecer com o outro. Vendo isso, um dos alunos cujo apelido era “Detector de Celebridades” previu, “Eles vão ficar muito populares. Apenas espere para ver.” +++ Alguns dias após o incidente da loja de departamentos A, Dongcheol deu uma entrevista coletiva. “Não há palavras para expressar os sentimentos de culpa e remorso pelo incidente ocorrido na loja de departamentos. A culpa é minha por não cuidar da minha equipe. Assim, tomei a decisão de remover permanentemente as pessoas responsáveis pelo infeliz evento da equipe, para que o resto da minha equipe possa continuar caçando o beom. Como comandante do grupo, garantirei que isso não aconteça novamente. Mais uma vez, nós, Tiger Butterfly, estamos comprometidos com a segurança e proteção de Sin-si, como sempre fizemos.” Depois de muito se desculpar, Dongcheol ordenou que seus membros fizessem uma visita pessoalmente às vítimas e suas famílias para oferecer qualquer tipo de serviço que os ajudasse a se reerguer.


“Parando para pensar sobre isso, não é culpa do comandante.” “Certo, você sabe o que dizem, uma maçã podre estraga todo o barril. As maçãs podres já se foram.” “Não vamos culpar a maioria por um erro cometido por uma minoria.” Depois de pagar as pessoas para escrever comentários positivos sobre a força, Dongcheol finalmente conseguiu mudar a opinião pública para melhor. Agora, mais pessoas defendiam a força. Mas era isso e nada mais. Foi difícil para eles restaurar sua reputação depois que sua glória escapou de suas mãos. Um mês após o incidente, eles ainda não conseguiram recuperar seu trono, não importa o quanto tentassem. Na verdade, outra equipe estava a apenas alguns segundos de assumir seu trono. “Chakho...” Dongcheol assistiu enquanto um streamer online jorrou sobre o vídeo, “Conheça os Caçadores de Beom Crescente - Chakho” que ele havia enviado. Ele estava falando sobre o quão legal o time era. A maioria dos comentários elogiou Chakho, tanto que era quase veneração. O público ficou mais louco do que na época em que Tiger Butterfly estava chegando à fama. Com base nos comentários, Dongcheol pensou que isso deve ser por causa de sua aparência bonita. “Mas ainda assim, eu não me importo com essas crianças...” Dongcheol teve um mau pressentimento quando encontrou Zeha pela primeira vez, e ele estava certo. Nada disso teria acontecido se ele o tivesse matado com as próprias mãos naquela época. Dongcheol se arrependeu de pedir a seus subordinados que fizessem o trabalho.


Agora, Zeha e sua equipe Chakho se tornaram intocáveis porque seus rostos agora eram conhecidos do público. Eles tinham uma base de fãs muito forte para se livrar deles assim. No entanto, Dongcheol não queria aceitar seu destino e entregar a glória de ser o melhor caçador de beom para os outros. Ele queria que Tiger Butterfly fosse o melhor. E assim ordenou, “Vá e compre todas as armas que estão na bolsa. Eu não me importo com o quanto elas possam custar. Apenas vá lá e compre-as.” +++ Hupo estava ocioso em uma casa vazia. Ele havia entrado na base de traficantes de crianças e se banqueteado com cinco criminosos no dia anterior. Isso satisfez sua fome e o fez feliz. “É bom descansar assim, mestre”, comentou Heoseo, que estava sentado ao lado de Hupo. “Não vejo Maro e Bulti hoje em dia”, observou Hupo. Maro, Bulti e Heoseo eram seus subordinados mais próximos. “Isso me incomoda. Então, novamente, não é surpreendente, considerando que eles devem estar se regozijando. Eles detestam os humanos ainda mais do que qualquer um de nós.” “Diga a eles para não exagerarem.” “Eu vou. Oh, posso ligar a TV?” Heoseo estava na TV esses dias.


Assim que Hupo assentiu, ergueu o controle remoto e apertou o botão liga/desliga. Ele se transformou em uma notícia sobre o vídeo que o streamer on-line havia enviado. Assim que Heoseo estava prestes a mudar de canal para algo mais interessante, Hupo levantou a mão para detê-lo. “Espere.” A notícia estava passando o vídeo. Era sobre dois caçadores de beom lutando contra um beom. “Mestre, o que é isso que faz você querer assistir...” Heoseo não conseguiu terminar sua frase. Ele viu os olhos de seu mestre brilhando na escuridão intensa. Ele nunca tinha visto isso dele. Hupo reconheceu a espada que o homem empunhava. Era a mesma espada que tinha sido usada para matar incontáveis beom. “A Espada da Morte...” Hupo rosnou baixinho. Foi quando Heoseo reconheceu a espada nas mãos do homem, e seu rosto congelou. Hupo franziu o nariz. “Tabae...” Hupo então pulou de pé e gritou: “Tabaeeee!” +++


Enquanto isso, Bulti também estava em uma casa abandonada, descansando de sua lesão. As feridas que ele havia recebido de Zeha e sua equipe eram brutais. Então ele não se recuperou rapidamente, assim como os ferimentos que ele havia recebido da antiga batalha. “Bulti.” Maro chamou enquanto jogava uma mulher chorando que ele havia capturado para seu amigo ferido em sua direção. “Foi este que fez isso com você?” Maro tinha um telefone na mão. Ele o entregou a Bulti. O que jogou diante de seus olhos o enfureceu tanto que as presas de Bulti se estenderam para fora por reflexo. A mulher ficou histérica e começou a gritar de pânico quando viu isso. Pow! Maro a chutou inconsciente e parou o vídeo. Ele então apontou para a espada. “Você não se lembra desta espada?” “Por quê? O que tem isso? O que eu lembro é o rosto dele!” Bulti gritou com raiva. “Ei.” Maro deu um leve tapinha na cabeça de Bulti. “Você tem que se lembrar desta espada também. É a espada que foi usada para matar nosso pai.”


Quando Bulti se concentrou na espada negra que Zeha estava segurando, seus olhos brilharam. Ele olhou para Maro para encontrá-lo sorrindo friamente. “Sim, temos mais um motivo para matá-lo agora, não é?” +++ Ele sorriu enquanto assistia à TV. Cobrindo a boca com um leque, ele murmurou: “Ora, ora.” Ele fez uma pausa e caminhou em direção a ela. A TV tinha um logotipo Yisal na borda. Da TV ao ar condicionado, telefone celular, eletrodomésticos, cosméticos e necessidades básicas, era difícil encontrar coisas em Sin-si que fossem fabricadas por um grupo que não fosse Yisal. Hwanwoong era o dono dele. Hwanwoong olhou para a espada e colocou o dedo indicador na tela, apertando os olhos ao fazê-lo. Ele então traçou os contornos da espada. “Ora, ora.” Ele caminhou ao redor do escritório espaçoso e sentou-se no sofá. “Bom... acho que já vi a espada em algum lugar...” Quando ele levantou o braço, uma criatura espreitando em algum lugar em um canto escuro do escritório voou para pousar nele. Parecia uma águia, mas tinha cauda de cobra e orelhas de macaco. Era uma


criatura estranha. “Ele não parece ser bom com a espada?” Hwanwoong perguntou gentilmente. A criatura soltou um som estridente. “Eu pensei que acreditava que eles iriam se destruir por conta própria, mas agora que a espada está desembainhada, não posso simplesmente sentar e assistir.” Ele coçou a cabeça da águia assustadora. E, como se achasse divertido, acrescentou alegremente, “Eu acho que é hora, você não acha?”


Continua... Toda sexta-feira as 23h no wattpad em inglês! Iremos traduzir e liberar assim que possível!

Recomendação da BNB: Leiam a webtoon e a novel (livro/wattpad) juntos. Uma história é complementar a outra!


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