Jornal Bandeira UM - junho- 2013

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Ano 10 nº 106 Curitiba - PR

junho - 2013

Publicação mensal direcionada aos taxistas e usuários

Distribuição Dirigida

Comprometido com os interesses da categoria

Foto: André Rodrigues

Taxista prepara o lançamento do seu 2º CD com músicas inéditas em homenagem a categoria

Juvenil Marcondes apela ao sentimento familiar e profissional na hora de compor as músicas. Pág.08

Ipem começa vistoria em táxis

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Curitiba terá audiência pública para discutir ampliação da frota de táxis

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Taxistas buscam apoio de vereadores para mudar Lei que libera novas placas

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Presidente do Sinditáxi fala sobre a liberação das novas placas

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Foto: Divulgação

Ipem começa vistoria em táxis

Funcionários do Ipem fiscalizam equipamentos e documentação dos táxis.

O Instituto de Pesos e Medidas do Paraná deu início à aferição anual dos taxímetros usados pelos 2.252 proprietários de táxis licenciados em Curitiba. A operação já começou e se estende até 28 de outubro. A data de comparecimento segue a relação do número da porta do veículo. Os taxistas deverão comparecer à subsede do Ipem, na Avenida Erasto Gaertner, 1.737, das 8h30 às 11 horas e das 13 horas às 16h30, conforme tabela. Para a verificação é preciso apresentar os seguintes documentos, juntamente com o veículo: Certificado Oficial de última aferição, cópia do CRLV (cadastro do veículo feito pelo Detran) e cópia de comprovante de residência. Para o táxi especial, o profissional deverá apresentar ainda

a permissão especial da prefeitura. Já para o proprietário que está com o veículo em oficina de reparo mecânico, deverá, com antecedência, formalizar por escrito pedido de prorrogação de prazo para a verificação periódica. O proprietário do veículo convocado que não comparecer na data indicada estará sujeito às sanções previstas nos artigos 8.º e 9.º da Lei 9.933/99, que falam em advertência, multa, interdição, apreensão, suspensão e cancelamento do registro. O Ipem lembra ainda que a realização deste serviço está condicionada à apresentação do comprovante de pagamento da Taxa de Serviço Metrológico, cujo formulário deverá ser retirado na subsede e pago somente no Banco do Brasil.


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Durante a confusão o veículo teve o vidro quebrado.

Travestis e taxistas foram para as vias de fato e o resultado foi um carro depredado e um travesti machucado. O motorista do táxi acusa o travesti de vandalismo e este acusa os taxistas de agressão física. A confusão ocorreu durante a madrugada do último dia 5 na Avenida Visconde de Guarapuava no centro da cidade. O taxista, que tem 31 anos, identificado

como sendo Jader do carro 1520, foi solicitado para uma corrida por três travestis. Ao saber que o taxista não faria a corrida (a justificativa do mesmo era que ele não estava trabalhando), eles se revoltaram e deu-se início a toda confusão. O veículo Corsa modelo Classic do taxista foi o primeiro a sofrer com a fúria dos travestis. Segundo consta, eles chutaram a porta, jo-

garam pedras, quebrando o vidro traseiro do táxi. O taxista atacado identificado como Jader acionou os colegas pela central de rádio que compareceram ao local da confusão. Dois travestis fugiram, um ficou para pagar a conta. Identificado como “Kelly”, foi “detido” pelos taxistas até a chegada da Policia Militar ao local. Ao tentar fugir dos taxistas, “Kelly” foi perseguida e chutada quando estava no chão. No vídeo disponível no site www. natelado190.com.br é possível ouvir um homem dizer enquanto chuta o travesti: “está fugindo por quê? Levanta e volta para lá agora”. Ao ser questionado sobre o fato de serem violentas ou promover a depredação do carro, ele disse não ter parte com o ocorrido. “Tinha outra loira lá”, disse. “Eles confundiram, eu estava indo embora.” Outro travesti foi encontrado ferido, segundo o cabo Colaço,

do Siate. Ele foi levado ao hospital com fratura de fêmur e escoriação no braço esquerdo. Mas, a polícia não confirmou se há relação com a briga. Versões “Kelly” levada para a delegacia (Ciac-Sul). Atendida pelos polícias, ela negou ter jogado pedra no carro e

disse ter sido agredido pelos taxistas. O travesti assinou termo circunstanciado por danos e foi levado ao Pronto Socorro do Cajurú para ser medicado. Já o taxista Jader fez a ocorrência na delegacia e espera ser ressarcido do prejuízo causado no carro em que trabalha.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Travesti é preso após depredar carro de taxista que negou corrida no centro da cidade

Um dos travestis envolvido na confusão foi detido e levado pela Policia Militar ao distrito policial e depois ao pronto socorro para ser medicado.

Curitiba terá audiência pública para discutir ampliação da frota de táxis A reunião será realizada no dia 4 de julho pela Urbs, no Parque Barigui No próximo dia 4 de julho, a comunidade de Curitiba poderá participar de uma audiência pública para discutir as diretrizes para a elaboração do edital de licitação que vai ampliar a frota de táxis da cidade. A reunião será realizada pela Urbs, responsável pelo gerenciamento e administração do serviço de transporte individual de passageiros na capital, a partir das 19 horas, no Salão de Atos do Parque Barigui. De acordo com a Urbs, a convocação oficial da

audiência será publicada em jornais locais, nos diários oficiais do estado e do município e nos site da Prefeitura e da Urbs. A intenção é que todo o trâmite que permite a ampliação da frota seja finalizado, no máximo, no início do próximo ano. O órgão disse que durante a audiência será definida, entre outras resoluções, a quantidade de táxis que será adquirida por meio do edital para suprir a deficiência deste meio de transporte em Curitiba. A frota atual da

cidade é de 2.252 táxis, e foi formada em 1975, quando a cidade tinha em torno de 600 mil habitantes. Hoje, Curitiba tem 1,7 milhão de habitantes, o que corresponde, aproximadamente, a um taxi para 778 moradores. O termo de referência que vai nortear todo o processo foi elaborado depois de uma série de encontros e reuniões com taxistas permissionários, condutores, empresas, cooperativas, sindicatos e vereadores, bem como processos para ampliação

de frota de táxi em outras possam solucionar o problema. A nota alega que cidades. a frota reduzida interfere ACP reclama frota atual também na referência que A s r e c l a m a ç õ e s a a cidade possui frente a respeito do déficit de táxis outros municípios. “Tem gente que prefere em Curitiba não se limitam apenas aos moradores usar os serviços de táxi e visitantes da cidade. A a usar ônibus, então, Associação Comercial do c o n f o r m e o u s u á r i o Paraná (ACP) afirma que percebe que não tem carro essa falha no transporte disponível, sai menos t a m b é m i n f l u e n c i a para fazer compras. Isso negativamente no setor é uma constatação que comercial da cidade. A precisa ser mudada e nós entidade publicou uma nota queremos alertar isso”, na imprensa solicitando declarou o presidente das autoridades a adoção da ACP, Edson José de medidas urgentes que Ramon.


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Taxistas buscam apoio de vereadores para mudar Lei que autoriza liberação de novas placas

Fotos e matéria: André Rodrigues / Fernando Cruz

da liberação das novas concessões. Art. 14. A outorga de autorização será entregue ao taxista devidamente inscrito e que comprove mais tempo de atividade no Serviço de Táxi em Curitiba e nunca tenha sido permissionário. § 1º Em caso de empate, a decisão será por sorteio, nos termos do Edital; § 2º O resultado será divulgado em edital firmado pelo Diretor de Transporte da URBS e publicado no Diário Oficial do Município; Artigo Os taxistas Manoel Ferreira Lima e André dos Santos buscam ajuda do vereador e líder do § 3º Do resultado cabeEm projeto enviado prefeito Pedro Paulo (PT). à C â m a r a M u n i c i p a l rá recurso ao Presidente Em relação ao serviço ticipação de quem já foi da comissão, 10 taxistas p e l o ( n a é p o c a ) p r e - da URBS no prazo de 5 estão dispostos a levar a f e i t o L u c i a n o D u c c i , dias, a contar da publicade táxi e todo burburinho permissionário. “A ideia é fazer uma questão adiante. que rola sobre a liberação o a r t i g o e s t a b e l e c e ção do resultado no Diário No momento, os ta- quem pode participar Oficial do Município. de novas concessões, há emenda para mudar esse quem se preocupe com artigo”, defende Manoel xistas estão procurando detalhes que vai além do Ferreira Lima, hoje cola- quem delibera o assunto debate de quantos táxis borador. No entendimento na Câmara Municipal. Vesairão rodando. Alguns do taxista, o artigo entra readores, principalmente taxistas estão se mo- em conflito com os prin- aqueles envolvidos no probilizando para garantir cípios estabelecidos na jeto e, ou, queiram levar à algumas mudanças na Constituição Brasileira. causa para o debate. Pedro Paulo (PT), que Lei Municipal que esta- “Acho injusto e inconstijá defendeu a questão no belece normas gerais tucional.” O taxista André dos debate passado, acena (13.957/12), principalmente relacionadas ao Santos também quer ver abraçar a causa e colocar artigo 14. Por meio de o assunto revisto. E caso a questão em pauta. “Essa uma comissão, até então o assunto não tome cor- lei é inconstitucional. Pelo formada por 48 profissio- po na Câmara, a ideia é menos essa é a avaliação nais, eles querem rever levar a reivindicação para jurídica que tenho”, disse Taxistas conversam sobre o projeto com os vereadores o item que exclui a par- ser sanada pela Justiça – ele, em relação a alguns Jairo Marcelino e Pedro Paulo. pontos do projeto de lei. O vereador e líder do prefeito Pedro Paulo (PT) defende a elaboração de um novo processo para liberação das permissões. Na defesa de interesses também há o vereador Jairo Marcelino (PSD) e o assunto ganha os corredores da Casa. Segundo o vereador Pedro Paulo, ainda este semestre poderá sair um decreto a favor da causa. Contudo, não há garantias. “Se eles não conseguirem, vão ter que entrar na Justiça”, observa.

E-mail: bandeiraum@jornalbandeiraum.com.br


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Campanha Lei Seca é destinada a conscientizar sobre os perigos de dirigir sob efeito de álcool e a tornar mais rigorosa a fiscalização

Fotos e matéria: André Rodrigues / Fernando Cruz

soluções alternativas como a do táxi – assunto na berlinda no qual muitos opinam, mas ninguém sabe ao certo o que vai acontecer. “A PMC poderia lançar junto (à campanha) e revelar quem serão os beneficiados ou como será a distribuição das concessões”, salienta.

Primeiras blitze foram realizadas a noite em vias centrais, principalmente nos finais de semanas.

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o último dia 14, Em Curitiba, deu-se início a campanha “Lei Seca – Vai pegar”. Representantes da Secretaria Municipal de Trânsito (Setran) Guarda Municipal, Instituto Paz no Trânsito e Polícia Militar visitaram diversos bares e estabelecimentos distribuindo folhetos e conversando com freqüentadores das casas. De acordo com o presidente da Abrabar, Fábio Aguayo,

que acompanhou a criação da campanha, a “lei” tem tudo para pegar. Contudo, ele reforça que apenas ficar na distribuição de panfletos não fará a lei ser adotada ou cumprida, correndo o risco de virar “lenda”. Ele defende que, para a lei ter mais efeito, deve haver condições para tal. Ou seja, a Prefeitura Municipal de Curitiba e demais órgãos competentes proporcionarem alternativas em relação às restrições da medida.

Entre as alternativas estaria a liberação das novas concessões. Pois, trata-se de uma das principais opções dos frequentadores de bares e casas noturnas. Questão pontual que Aguayo vem salientando, inclusive em visita ao prefeito Gustavo Fruet. Oportunidade Segundo Aguayo, paralelo ao lançamento da campanha (Lei Seca – Vai pegar) poderia atrelar

Estimulo aos taxistas “Eu sinto que os taxistas são reféns da falta de transparência”, diz Aguayo em relação a todo o debate da liberação das placas. “Falta respaldo para o taxista e para a sociedade.” No complemento do tema, Aguayo defende melhorias para os profissionais atuantes. “A PMC tem que propor um estimulo [ao taxista]”, diz. Segundo Aguayo, a prefeitura tem que criar pontos em frente aos bares, pois não adianta fomentar o uso se não tem táxi e nem ponto para aten-

der a demanda. Por parte da associação, Aguayo diz incentivar e apoiar o uso do táxi como transporte alternativo, principalmente no atendimento aos frequentadores de bares e casas noturnas.

cidadão, consumidor de bebidas, não seja criminalizado. Inclusive, propõe haver uma melhor preparação das pessoas que farão abordagem e fiscalização. Outra sugestão é que se faça um trabalho de conscientização do consumo Aprimorar a camde álcool para os panha Em relação à cam- jovens, já que há panha, sugestões muitos que são repara aprimorar foram cém motoristas. “Não debatidas em reu- adianta trabalhar só nião com o prefeito o adulto, os jovens e demais órgãos. En- consomem bebidas tre elas, de ser pre- alcoólicas também”, ciso observar que o acrescenta.

Fabio Aguayo diz incentivar e apoiar o uso do táxi como transporte alternativo, principalmente no atendimento aos freqüentadores de bares e casas noturnas.


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O Governo do Estado aumentou o repasse de recursos do DER para a compra de etilômetros (bafômetros) e radares para coibir excessos de velocidade e embriaguez ao volante.

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i n tensificação das blitze de trânsito e o rigor da nova Lei Seca contribuíram para a redução de 22,84% no total de homicídios culposos (sem intenção de matar) no trânsito, em todo o Estado. O percentual corresponde a menos 135 mortes registradas nos primeiros três meses deste ano, na comparação com o mesmo período do ano anterior, nas cidades e nas estradas. O Governo do Estado aumentou o repasse de recursos do Departamento de Estradas de Rodagens (DER) para a compra de etilômetros (bafômetros) e radares para coibir excessos de velocidade e embriaguez

ao volante. Para melhorar a segurança dos usuários das entradas, o Governo do Estado investe R$ 840 milhões na recuperação e conservação das rodovias paranaenses, com cerca de 2 mil homens trabalhando diariamente ao longo dos 11.800 quilômetros de estradas estaduais. QUEDAS Somente na capital, a redução foi de 20%, de 55 no primeiro trimestre do ano passado para 44 nos três primeiros meses deste ano. “Além da entrada em vigor da nova Lei Seca, que estabelece punições mais rígidas aos motoristas, a intensificação das fiscalizações con-

tribuiu para esse resultado”, analisa o comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), tenente-coronel Valterlei Mattos de Souza. “Fazemos minibloqueios itinerantes e multiplicamos as blitze em Curitiba, o que aumentou em cerca de 150% o número de pessoas encaminhadas à delegacia por embriaguez ao volante”, aponta.

um dos 399 municípios e nos bairros de Curitiba estão no Relatório Estatístico Criminal de Homicídio Culposo de Trânsito, elaborado pela Coordenadoria de Análise e Planejamento Estratégico (Cape) da Secretaria de Estado da Segurança Pública. O relatório atual pode ser acessado pelo link www.seguranca.pr.gov. br/arquivos/File/Relatorio_Transito_1Tri2013. pdf. Relatórios anteriores produzidos pela Segurança Pública estão disponíveis no site oficial da pasta (www. s e g u r a n c a . p r. g o v. b r ) , clicando em “Gestão da Segurança”, no menu

ao lado esquerdo e, em seguida, “Estatísticas”. DUPLICAÇÕES O Governo do Estado também está aplicando mais R$ 250 milhões em obras de duplicações, como as da PR-445, entre Londrina e Cambé, e a PR-323, entre Maringá e Paiçandu, além da construção de contornos rodoviários, que tira o trânsito pesado das regiões centrais da cidade. Outra ação é a duplicação das rodovias concessionadas, com investimentos que somam mais de R$ 1,5 bilhão em obras. Neste ano serão construídas mais de 20 passarelas pelo Paraná.

RELATÓRIO A queda no número de homicídios culposos de trânsito se verifica em 19 das 23 áreas integradas de segurança pública (Aisp) do Estado. A que registrou maior redução foi de São Mateus do Sul, no centro do Estado, com 57,14%. Nos nove municípios que compõem esta Aisp, ocorreram seis mortes no trânsito, contra 14, no primeiro trimestre do ano passado. Outras reduções significativas ocorreram em Paranaguá (37,5%), Foz do Iguaçu (48,89%), Toledo (45,71%), Maringá (44,44%), Londrina (47,73%) e Jacarezinho (46,15%). Na Região Metropolitana de Curitiba a Operações da Polícia Militar contribuíram para a redução de queda foi de 16%. Os índices de cada 22,84 % nas mortes no trânsito nas rodovias do Paraná. Foto: Arquivo ANPr

Foto: Arquivo ANPr

Mortes no trânsito caem 23% no primeiro trimestre


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Taxista prepara o lançamento do seu 2º CD com músicas inéditas em homenagem a classe

Fotos e matéria: André Rodrigues / Fernando Cruz

Juvenil Marcondes aproveita as horas de folga no ponto para escrever as letras

disco anterior. “A gente doa muito”, diz. “Meu objetivo não é ganhar dinheiro e sim transmitir as mensagens de incentivo”, salienta. No meio profissional, os colegas dão uma força e comentam sobre o dom musical do colega. Inclusive, Juvenil até recebeu convites para tocar em festas e casas noturnas, mas, segundo ele, não é seu objetivo. “E eu estou lá preocupado com sucesso”, brinca. O taxista-cantor Juvenil Marcondes tra-

balha no ponto Guarani, em Colombo. Chegou a Curitiba na década de 1980. Trabalhou em algumas rádios e já acumula 14 anos no serviço de táxi. Juvenil é casado com a também taxista Maria Luiza, pai de dois filhos e avô coruja. Em 2010 gravou o CD “A vida traz surpresas”, com 13 músicas, entre elas, uma homenageando o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. Atualmente, além de taxista e cantor, Juvenil estuda Filosofia.

Enquanto aguarda a chegada de clientes, o taxista cantor Juvenil mostra seu talento aos colegas do ponto.

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umente o volume, pois o modão vai tocar. Pelo menos nos carros dos taxistas da cidade de Colombo, região metropolitana de Curitiba. É que as novas músicas do colega Juvenil Marcondes estão quase prontas. O taxista lança seu segundo CD intitulado “Sou taxista”. Uma homenagem aos profissionais do volante e à família. Juvenil ama ser taxista e tem na música um passatempo. Entre uma corrida e outra, sai um verso, uma frase que vai para uma canção. “Não tenho um método para compor”, diz. “A palavra vem e vou montando o quebra-cabeça musical”. No segundo disco, feito de forma independente, Juvenil apela ao sentimento

familiar e profissional. Como ele mesmo salienta, “as músicas são do bem” e trazem uma mensagem positiva. “Não sou muito favorável a essas canções que fomentam o mal para a sociedade. Sou contra cantar coisas negativas”, defende. “Amor, paixão, família, gosto de coisas assim.” A música que abre o disco é “Sou Taxista”. Uma grande homenagem de quem se realiza com o que faz. “Sou taxista, com dignidade / Incentivo à classe, num laço de amizade / Agradeço a Deus pela oportunidade / Poder ganhar a vida passeando na cidade / Nunca fui queixoso, sou feliz trabalhando / Bem humorado e pomposo, trabalhando cantando / Me perguntam por quê? Sorrindo

respondo / Isso pra mim é um prazer, melhor profissão do mundo//”. “É uma mensagem de incentivo e educação. Mensagem tanto para o taxista estabelecido quanto para quem está começando na profissão”, completa.

Os taxistas e amigos do ponto Guarani são os maiores incentivadores para a carreira musical do amigo.

Hobby Quem pensa que Juvenil Marcondes quer largar o táxi para se dedicar à carreira de cantor, engana-se. Ele vê a coisa mais como um passatempo e uma maneira de se posicionar perante a vida. Os dois CDs foram viabilizados com recursos próprios. Ou seja, dinheiro do próprio bolso. Feito aos poucos e na medida da possibilidade, Juvenil diz não ter ganhado dinheiro com o

Juvenil ama ser taxista e tem na música um passatempo.


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Taxistas opinam sobre a liberação de novas placas Você é a favor ou contra a liberação?

Fotos e matéria: André Rodrigues / Fernando Cruz

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nquanto a discussão (e pressão) acerca da liberação de novas concessões recheia as conversas, ilustra páginas dos jornais, tele jornais e tudo mais, vale agregar opiniões. Nesse imbróglio de interesses, muita gente foi ouvida e teve a chance de dar o pitaco sobre o assunto. Na contextualização do problema, no caso a falta de táxi e liberação de novas placas, dois personagens não poderiam passar despercebidos. Um deles, o usuário e o outro o taxista. Logo, com todas as confabulações, teorias e conjecturas sobre o serviço de táxi em Curitiba, há de ser dar a voz a quem vive e entende realmente da questão: o profissional do volante o taxista. Abaixo segue uma enquete com motoristas de táxis abordados aleatoriamente na cidade de Curitiba sobre a liberação das novas concessões.

“Sou a favor. Primeiro porque realmente falta táxi em Curitiba. Em segundo porque esses táxis (os novos) irão para a mão dos taxistas de verdade, para quem trabalha realmente. Isso anima a gente.” Gabriel Rodrigo Pereira, carro 626 2º motorista.

“Eu sou sincero. A população está precisando. Eu vou nos bairros e tem gente esperando o táxi há uma hora e meia. Gentil Santiago de Souza, carro 1880 2º motorista.

“Na verdade não sou contra. Sou a favor da liberação das placas de forma gradual - em três vezes. E uma coisa ainda importante é que tem que adequar os pontos na periferia e na área central.” Jose Almir Gelenske, carro 1891 – Titular.

“Sou contra a liberação, no seguinte sentido: no momento está complicado o trânsito, há obras e tudo mais. O passageiro não quer saber disso. Outro detalhe, não sobe o táxi (tarifa) É preciso reavaliar a tarifa.” Manoel Monteiro da Rocha, carro 2263 – Titular.

“Sou a favor desde que se arrumem as concessões que estão irregulares aí. Aí sim poderá haver mais permissões. Primeiramente tem que consertar tudo que está errado e só depois colocar mais carros na rua.” José Pedro dos Santos, carro 1486 “quilômetreiro”.


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Os prefeitos Luizão de Pinhais e Marcus Tesserolli de Piraquara ao lado do governador Beto Richa.

A tão esperada duplicação da Rodovia Estadual Deputado João Leopoldo Jacomel, trecho que liga os municípios de Pinhais e Piraquara ganhou um novo capítulo. Em solenidade organizada por alguns deputados estaduais, o governador Beto Richa assinou a autorização para a contratação do projeto da obra na PR-415. O trecho entre os dois municípios contemplados tem uma extensão de 13,9 quilômetros.

O prefeito de Pinhais, Luizão Goulart assinou também o documento e ressaltou a importância da duplicação da rodovia para a população. “É uma obra fundamental para a nossa região, uma luta de muitos anos da nossa comunidade. Quando fui deputado, apresentei projetos para a duplicação”, salientou. Luizão também destacou a necessidade de novas readequações na rodovia. “Obras de calçamento e

ciclovia são necessárias nos principais cruzamentos, já que com a duplicação o trânsito deverá ser ainda mais intenso na região”, completou. Já o prefeito de Piraquara Marcus Tesserolli agradeceu o apoio dos vereadores, dos deputados, e enalteceu o Rotary Club de Piraquara e as demais entidades que se organizaram para lutar pela duplicação. "São entidades que já possuem um histórico de reivindicações e luta pela cidade, e foram os grandes responsáveis por toda essa mobilização. Agora chegou a hora de assumir minha responsabilidade de prefeito e junto conduzir esse processo para conseguirmos enfim a conquista da duplicação" destacou. Para conseguir concretizar esta conquista, os Rotary’s de Pinhais e Piraquara organizaram um abaixo assinado e uma ampla campanha. De acor-

do com o planejamento do DER, a obra terá duas etapas: na primeira, será construída mais uma faixa no trecho entre a Avenida Jacob Macagnan e o Expotrade de Pinhais; na segunda, a rodovia será duplicada até o contorno Leste da BR 116, em Piraquara. Participaram da reunião os deputados Valdir Rossoni (presidente da Assembleia Legislativa), Ademar Traiano (Líder do

Governo na Assembleia), Raska Rodrigues, Francisco Buhrer, Cleiton Kielse, Stephanes Junior e Nelson Justus. “É bom lembrar que os deputados economizaram R$200 milhões e essa economia foi devolvida ao executivo. Deste montante, aproximadamente R$40 milhões dessa quantia serão destinados a obra na rodovia Pinhais-Piraquara”, afirmou o presidente da Assembleia.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Pinhais e Piraquara conquistam a duplicação da Rodovia Leopoldo Jacomel

Cerimônia reuniu o governador Beto Richa, deputados e prefeitos da região metropolitana.

Taxistas participam de 'adesivaço' de campanha contra exploração sexual

Foto: Divulgação

Denuncie!”, desenvolvidas em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria da Mulher e da Fundação de Ação Social (FAS). A campanha leva adiante ações continuadas de combate à violência sexual contra crianças e adolescentes e de enfrentamento à violência contra a mulher. Outra ação da campanha é a divulgação rativas de rádio táxi de dos números dos serviCuritiba adesivaram em ços de disque-denúncia seus carros as peças e de atendimento dessas da campanha “Não dê situações, como o 156, carona à impunidade. da Prefeitura de Curitiba,

No Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, taxistas de seis coope-

a central de denúncias Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos do governo federal, e o serviço do Ligue 180, da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República. O "adesivaço" aconteceu na Rodoferroviária (bloco estadual), participam também gestores da Urbs e conselheiros tutelares das nove regionais da cidade, que também fazem no dia a dia o atendimento dos casos de violências contra crianças e adolescentes.

As centrais representam 1.800 táxis que circulam nas ruas de Curitiba e transportam juntas uma média de 1,8 milhão de passageiros todos os meses, segundo levantamento da Associação das Centrais de Rádio Táxi de Curitiba. Ficará afixada nos veículos a nova versão da tabela de preços com os motivos da campanha, cartões de visita, adesivos específicos e talonários de recibo com as informações e orientações sobre como encaminhar denúncias.


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Presidente do Sinditáxi fala sobre a

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ardegan, conversou com a reportagem do Jornal Bandeira UM e fala sobre os desafios que os taxistas enfrentam enquanto trabalhadores, seja ele permissionário, primeiro ou segundo piloto, dá sugestões que melhoraria o serviço e fala principalmente sobre a demora na liberação das novas concessões.

Bandeira UM - Qual o posicionamento do SinditaxiPR em relação à liberação das novas concessões?

Abimael - A posição oficial do Sinditaxi-PR é a seguinte: Curitiba está há mais de 40 anos sem receber nenhum táxi, a última (liberação) foi em 1975. De lá para cá sempre teve um grupo aí que olhava apenas para o umbigo e sempre tentou fazer só para eles, nunca pensaram na população, muito menos no trabalhador. O Sinditaxi-

Abimael Mardegan aguarda

PR está aqui para defender o trabalhador, seja ele permissionário, segundo ou terceiro motorista. Estamos aqui para quem dirige o táxi, não para empresário, investidor ou quem quer sugar o “ganha pão” do trabalhador. Bandeira UM – Fala-se muito em número de concessões que serão liberadas. Qual o número ideal? Abimael – Na verdade, como eu lhe disse, são mais de 40 anos sem liberação de um táxi, a população cresceu quatro vezes mais, então o número de táxi ideal seria de 5 mil carros para atender a população. Mas, vamos levar em consideração que temos Interbairros (ônibus), o ligeirinho. Na gestão passada [Luciano Ducci] foram liberadas mil vans e cada van supre três táxis, ou seja, praticamente 3 mil táxis censurados. Então, hoje precisa

Jornalista André Rodrigues entrevista com exclusividade o presidente do SINDITÁXI.

colocar mil táxis para rodar urgente para termos uma noção do que vai acontecer, se a população vai gostar e como vai ficar no dia a dia. Bandeira UM – Discutese a liberação de 748 carros de forma gradual (uma parcela agora outra depois). Você acha isso uma solução ideal? Abimael – Negativo. Eu venho batendo nesse ponto há pelo menos três anos. Na gestão passada foram prometidos 750 e não foi entregue nenhum. Nós queremos as 748 de uma vez só. Não adianta você vir com dose homeopática. É a mesma coisa que o cara estar morrendo e você vai dando água de gota em gota. Liberam-se as 748 numa pancada só e vê como fica. Vamos liberar todos os pontos para livres, porque como diz a própria Constituição: igualdade a todos, direitos iguais a todos. Então, se está escrito “táxi Curitiba” em todos os carros, todos os taxistas têm direito igual. Vamos liberar os pontos para a gente servir melhor a população. Nosso maior tesouro é o usuário de táxi e temos que atender ele. Coisa que a gestão anterior não teve o carinho com isso e muito menos com o taxista. Esperamos que essa [Gustavo Fruet] tenha e não faça como a passada, omitindo-se e não faça nada. Até porque já passaram mais de 180 dias da posse dele e até agora não tivemos posição nenhuma. Chega-se na Urbs e ouve “vai sair”. Não temos a definição concreta de ninguém. Nós queremos do prefeito o seguinte: que ele tome uma atitude e fale que vai liberar todas as concessões de uma vez e ser for necessário coloque mais carros para rodar. Temos que largar a mão de ficar olhando para empresário e investidor. Empresário e investidor não leva a população, não leva Curitiba, quem leva é o segundo e terceiro piloto e permissionários que trabalham realmente em seus carros.

Bandeira UM – Por que você defende a liberação de todos os pontos?

eles têm. Só precisamos que o prefeito tenha pulso firme e libere de uma vez só.

Abimael – Pela seguinte questão: o táxi tem que rodar na cidade toda. Como eu falei, o maior beneficiado tem que ser o usuário do serviço. Não adianta a pessoa ficar no Shopping Muller ficar lá quando abre às 10 horas e quando ele fechar às 22 horas, ele ir para a Rodoferroviária. O que acontece, se ele quer ficar só no ponto do shopping, ele fique lá 24 horas, leve o passageiro, vá e volte. Isso não acontece. Então, porque um tem que ser beneficiado e outros não, se a Constituição fala ‘direitos iguais a todos’. Vamos usar a isonomia; igual para todo mundo. Vamos liberar tudo e todos vão trabalhar por igual. Não tem que beneficiar fulano ou siclano e não existe esse negócio de “eu tenho direito adquirido”. Direito adquirido ninguém tem, é do município e o município faz o que ele quiser. Só precisamos de uma pessoa determinada, para fazer a coisa certa na hora certa.

Bandeira UM – Parece que há uma divisão, inclusive, considerando a questão de haver taxistas permissionários e 2°piloto, e dizem que a liberação de novos táxis não vai resolver a questão do serviço. Qual a visão que você tem sobre isso?

Bandeira UM – Com muitos táxis na praça pode acontecer de ter um desequilíbrio econômico do setor. Você acredita nisso? Abimael – Temos 2.252 carros, temos 2663 (segundo) pilotos, você imagina o seguinte: dá mais pilotos do que táxi. Se for liberar 748, imagina-se que quem trabalha para os outros vai trabalhar para si. Se hoje ele tem uma diária de R$ 130 reais, ele paga R$ 3,700 reais por mês para uma pessoa ficar em casa sem fazer nada. E se ele ganhar R$ 2 mil reais para ele, já consegue pagar um carro, ele consegue ter uma qualidade de vida superior a que ele está levando hoje. Então é notório: liberam-se as 748 de uma vez só e vamos ver como vai ficar o mercado. Os investidores, empresários vão berrar; é claro que vão berrar, pois vão perder, vamos assim dizer, um “pseudo-escravo’ que

Abimael – O Sinditaxi-PR veio para lutar única e exclusivamente pelo trabalhador, seja ele permissionário, segundo ou terceiro piloto. Investidor nós não queremos mais na cidade. Vamos parar por aí. Tal como no Rio de Janeiro que teve [campanha] “Diárias nunca mais”, Curitiba vai andar para o mesmo patamar. Diárias nunca mais, cada um com seu carrinho, cada um trabalhando, cada um sustentando sua família. Isso é que nós queremos. Automaticamente, a pessoa tendo o carro dela, ela trabalha mais motivada, com mais incentivo, ela tem uma qualidade de vida superior a que ela leva hoje. Então, o sindicato briga pela dignidade do taxista. E taxista para nós é todo mundo que dirige o táxi. E eu acho que ainda vai ser pouco [748]. Pouco porque a demanda é muito grande. Tem muita gente que vem para cá fazer concurso e perde, muita gente perde vôo, muita gente fica sem táxi e não só na hora do rush. Bandeira UM – Você é favorável a liberação da concessão para mais de um motorista para que o táxi não fique na garagem? Abimael – Isso também seria viável. Hoje em dia, se todos já trabalham enquanto um terceiro (no caso o dono) fica em casa, libera a dois. Pega um par, por exemplo, eu me dou bem com aquela pessoa, vamos lá e pegamos a concessão para nós dois. Reveza os dias de trabalho e assim sucessivamente. Até porque hoje em dia nós temos três horários: o permissionário que pega


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liberação das novas placas na capital

reunião com prefeito Gustavo Fruet o carro as oito e vai para a casa as 18, guarda o carro na garagem e não trabalha mais, temos o que trabalha 12 horas; um de dia e outro à noite, e tem o que faz 24 horas, então vamos acabar com isso? Vamos regularizar; deixar todo mundo e deixar a população tranquila em relação ao táxi.

Bandeira UM – Com relação ao projeto que regulamenta o serviço do táxi em Curitiba, qual foi a participação do Sinditaxi-PR? Abimael – Vou te falar uma única coisa: o sindicato vem brigando, mas como foi me dito, por um sujeito da gestão passada: “Abimael, você pode me dar todas as sugestões que você quiser, só que se eu vou acatar depende só de mim”. Para você ver como a gestão anterior tratava o trabalhador. Esperamos e repito novamente, que essa gestão tenha a consciência de atender a população e o trabalhador. Se essa não tiver, vai acontecer a mesma coisa. O Ducci foi varrido no primeiro turno, porque foram 4 mil votos que faltou para ele e esses votos eu te garanto que foi do taxista. O Fruet ganhou graças ao taxista, graças ao trabalhador. Bandeira UM – O prefeito Gustavo Fruet atende o trabalhador e atende os diretores e presidentes de rádio táxi, porque ele não recebe o taxista? Abimael – Uma boa pergunta e essa pergunta você pode fazer diretamente ao prefeito, porque só depende dele. Ele é o chefe do município. A caneta dele que vale, ele só precisa ter mais determinação. Ele precisa ser um cara mais determinado. Ele tem que falar assim: eu assumo, eu sou prefeito, eu faço, eu aconteço. Certo ou errado, assuma. Estamos tentando marcar, já falei com o Salamuni [vereador], mas até agora não foi possível. Não sei quando vai ser possível se reunir com ele. Essa semana [segunda quinzena

do mês] vamos se reunir na Câmara Municipal, vamos falar com o Pedro Paulo (PT) e assim que tivermos uma posição concreta vou passar para os taxistas.

Bandeira UM – Isso não aparenta uma divisão na categoria? Hora ele atende presidentes de rádio táxi, outra ele tem que atender segundo e terceiro piloto? Abimael – Eu não digo que exista uma desunião. A divisão já existe. Existe o trabalhador como permissionário, primeiro e segundo piloto e existe empresário e investidor. Aquelas pessoas, que na gestão passada, conseguiram, não sei de que maneira, receber uma placa de doação e em contrapartida dava lá 200 mil reais. A Gazeta do Povo já publicou tudo isso e estamos voltando a falar a mesma coisa. Se essa gestão não tiver a coragem de sentar e ver o que está certo e errado, nós vamos continuar na mesma coisa. Bandeira UM – Até porque a Copa do Mundo está chegando e há a necessidade de preparar o taxista, comprar carro, tirar documentação (alvará) e todo o processo burocrático da questão. Há procedimentos que precisarão ser seguidos. Não funciona assim? Abimael – Funciona, mas quem sou eu. Eu apenas represento um sindicato e nós estamos brigando para que as coisas aconteçam o quanto antes. Só que agora não depende de nós, depende exclusivamente do Poder Público. Agora, se vai chegar na Copa assim. Olha, a coisa está tão complicada que temos invasão [carros] de São José dos Pinhais, de Colombo, de Araucária, todo mundo que vem para cá, a pessoa dá com a mão, o táxi para e leva embora. Temos invasão das vans, agora estamos tendo invasão, ônibus, motocicleta, tem gente levando dois para trazer o carro para casa. Ou seja, a prefeitura está deixando se tornar;

Foto e matéria: André Rodrigues / Fernando Cruz

olha nem vou falar a palavra que eu pensei aqui porque é muito pesada. Enfim, ela está inerte. Não está fazendo nada e deixando o circo pegar fogo. Só que uma hora o circo vai explodir. Como eu falo: os taxistas estão a ponto de explodir. Eu tenho que falar com o prefeito antes que isso aconteça. E depois que acontecer, ele que não venha nos chamar de bando. Somos uma categoria de trabalhadores, queremos o melhor para a cidade como sempre fizemos levando o retrato da cidade para o Brasil inteiro. Afinal, todo mundo que chega aqui precisa pegar um táxi e somos a porta de entrada, somos o reflexo que a cidade é.

tem que ter dois anos para galgar uma autorização, uma outorga, seja lá como vão chamar agora. Sabemos que desde 2010, todas as concessões, autorizações, estão vencidas. Já deveria ter sido feita uma licitação. Foram para Brasília, brigaram, enrolaram e até agora nada e a Urbs se tornou inerte porque não fez nada. Agora falam que está no Ministério Público. Vamos ver se o MP faz alguma coisa. Agora o certo mesmo, é recolher tudo, fazer uma licitação por tempo de serviço. Tem que ter valor oneroso? Coloca lá R$ 500 reais, mas vamos dar para quem trabalha e não para quem está explorando, sugando o trabalhador.

Bandeira UM – Alguns taxistas estão pleiteando a revisão do artigo 14 das normas gerais (13.957/12) que exclui a participação de quem já foi permissionário. Aliás, eles também consideram o artigo inconstitucional. Qual sua opinião sobre isso?

Bandeira UM – Abimael, quais os apontamentos que você faz em relação à categoria. Fora essa discussão das permissões, quais são as necessidades do taxista trabalhador?

Abimael – Esse artigo é polemico mesmo! Cada caso é um caso diferente. Obviamente teve muitos permissionários que tiveram seu táxi e “doaram” para terceiros em benefício tiveram uma “arrecadação”. Então nesses casos tem que avaliar. Como eu digo: cada caso é um caso. Por exemplo, eu tenho um caso de um rapaz que foi obrigado a se desfazer para ajudar a mãe. Mas, ele é consciente, ele concorda plenamente. Porém, têm pessoas que venderam, e foram trabalhar com outra coisa, fizeram um monte de coisa e quebraram a cara e agora querem voltar para o táxi. Eu resumo da seguinte maneira: você vai num casamento, lá tem o Buffet, você se serviu por primeiro, depois você vai cortar a fila? Você acha que tem o direito de cortar a fila dos outros? Eu acho que não. Eles [taxistas] queriam que nem entrasse [o artigo], nossa sugestão foi que deixasse com limite mínimo de dois anos. Ou seja, a pessoa

Abimael – O Sinditaxi-PR está aqui há três anos e fizemos em três anos o que um outro sindicato não fez em mais de 40 anos. Corremos atrás de segurança, de colocar câmeras de monitoramente nos carros, já fomos ver tudo o que podíamos ver em relação à segurança dos taxistas. Corremos, corremos e chegamos à seguinte conclusão. Tudo isso depende exclusivamente da Urbs, porque ela é gestora do serviço. O que ela mandar, temos que obedecer. Inclusive, tivemos uma reunião com o secretário do prefeito sobre segurança e já está sendo encaminhado um projeto para que isso aconteça. Agora, em contrapartida, temos várias reivindicações da categoria. Por exemplo, sobre a vacina da gripe H1N1. Pedimos à Secretaria da Saúde para nos fornecer vacina. O ano passado ela falou que não era possível. Mandamos este ano outro ofício pedindo novamente. Por quê? O taxista é porta de entrada de Curitiba, pegamos gente do mundo inteiro. Não temos como sa-

ber quem está contaminado, quem não está. Até então estamos esperando uma resposta da secretaria. O taxista deveria ser vacinado, pois ele é um profissional de risco. Ele tem contato com todo mundo dentro do carro. As pessoas tossem e pedem para fechar o vidro. Tivemos casos de taxistas que pegaram a gripe. Então, estamos aí à mercê de qualquer doença, arriscando a nossa própria vida para levar Curitiba como ela sempre foi conhecida. Ou seja, uma capital ecológica, uma capital de primeiro mundo. Em contrapartida ela não retorna para quem a beneficia [no caso o taxista]. Bandeira UM – Falta um pouco de reconhecimento?

Abimael – Sim, falta um pouco de reconhecimento. A sociedade até vem reconhecendo muito bem. Como eu falei, o Sest Senat, a Fiep já nos reconheceram, a própria Urbs, em alguns casos, a prefeitura também nos reconheceu. Mas, o que está faltando mesmo é o próprio taxista que o sindicato foi feito para ele. Que o sindicato existe para defender a categoria. Precisamos de união para defendermos cada vez mais a nossa categoria. Bandeira UM – Para finalizar. Copa do Mundo: taxista ganha ou sai perdendo? Abimael – Meu amigo, olha, a Copa do Mundo vai ser uma polêmica grande em Curitiba. Se não liberarem esses carros o quanto antes vai ser uma lástima. Vai ter invasão, vai ter briga, os taxistas estão prontos para explodir. Sabe Deus o que vai acontecer! Eu também estou pagando para ver! Bandeira UM – Pegando o gancho da questão. Pode acontecer uma paralisação da categoria? Abimael – Olha pode ser que aconteça. E o pessoal está pedindo para que isso aconteça.


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A cada dia a loja O FROTISTA vem ocupando seu espaço no mercado de táxis em Curitiba Com muito talento e simpatia Nilson Rosa agrada a classe dos taxistas

Nilson Rosa com os funcionários Emerson e Vitor Ribeiro.

Pensou frota de veículos e vendas especiais, pensou, Nilson Rosa, da loja O Frotista, caso existisse, ele ganharia o prêmio “vendedor de destaque”, pois da direção da empresa, seu nome ganha destaque no bom atendimento e soluções no mercado de carros novos e usados na linha frotista, principalmente para taxistas. Nilson e equipe, há um ano proporcionam atendi-

mento aos colegas taxistas que almejam trocar de carro. E, segundo ele, a avaliação desse período de trabalho é muito boa. “Estamos trabalhando, nos dedicando aos clientes e esperando novas conquistas”. Nilson diz que o mercado não está lá essas coisas, mas vale continuar trabalhando e buscando novas oportunidades. Justamente nesse sentido, a loja montou um posto de

atendimento dentro do Banco do Brasil em São José dos Pinhais para auxiliar e orientar os clientes, principalmente o taxista. O atendimento, a possibilidade de multimarcas, preços, entre outros diferenciais como realizar a regularização do INSS, providenciar as documentações necessárias na hora da troca do veículo, viabilizar a compra de carro com isenção ou desconto, disponibilizar carros de todas as marcas, atendimento ao taxista autônomo, deixou a empresa bem vista no mercado de automóveis. “O Frotista é mais uma opção para o taxista que busca atendimento, preço e certeza de bons negócios”, reforça Nilson Rosa. O contato direto com a classe dos taxistas e frotistas também é um diferencial no mercado de carros e facilita parcerias que favorecem a categoria. Fora a questão da venda de carros em si, O Frotista fechou uma par-

ceria com o Restaurante e Churrascaria La Ventura, localizada na Avenida das Torres, para proporcionar um valor diferenciado à classe dos profissionais do volante. Do almoço ou jantar que sairia em torno de R$ 32 reais por pessoa, com o ticket (que pode ser retirado na loja O Frotista), o taxista paga apenas R$ 14,90, com direito a um refrigerante. A loja O Frotista, que tem à frente o jovem empre-

Fotos e matéria: André Rodrigues / Fernando Cruz

endedor Nilson Rosa, conta com uma excelente equipe de profissionais dispostos a lhe atender e oferecer o que tem de melhor no mercado de veículos para taxistas e frotistas do Paraná. A loja O FROTISTA está localizada na Avenida Comendador Franco n° 5262 (Avenida das Torres) no bairro do Uberaba, telefones 3018-1616 / 96409828 / 9185-9869, venha nos fazer uma visita.

Edson Roberto Leite, no momento em que fazia a avaliação de um táxi para a troca por um novo.

Cuidado ao emprestar seu veículo Atenção, motoristas! Tome cuidado ao deixar alguém dirigir o seu veículo. Mesmo que o condutor seja habilitado, se ele não tiver condições físicas ou psíquicas de dirigir, você poderá responder por isso. De acordo com o artigo 166 do Código de Trânsito Brasileiro, confiar ou entregar a direção do veículo a uma pessoa que não estiver em condições

de dirigi-lo com segurança, por seu estado físico ou psíquico, é uma infração gravíssima. O proprietário do carro recebe sete pontos na carteira e pode responder por crime de trânsito, previsto no artigo 310 do Código. Portanto, pense bem e, antes de entregar a chave do veículo, avalie a condição do condutor.

Dra. Sonia Inglat é advogada especialista em trânsito e apresentadora do quadro “Dicas de Trânsito” do Programa 190. soniainglat@yahoo.com.br - Twitter @soniainglat


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