Relatório de Atividades de 2019

Page 1

Tecnologia Social Conexão entre desenvolvimento e sustentabilidade nas transformações sociais

Relatório Anual

2019


Missão

Contribuir coletivamente para a redução da desigualdade social e promover o desenvolvimento humano de jovens, adultos e famílias residentes nas comunidades do Município do Rio de Janeiro por meio do acolhimento, capacitação para o trabalho, geração de renda e fortalecimento das lideranças locais.

Visão

Ser reconhecido, como Instituição que promove acesso a direitos humanos e sociais, de forma articulada aos atores locais, contribui na formulação das políticas públicas e dissemina a cultura de gestão.

Valores

. Reconhecimento da dignidade da pessoa humana . Aceitação da diversidade . Crença na capacidade humana de progredir . Solidariedade pessoal e social . Ética e transparência nos relacionamentos


Alinhar missão à A paixão que nos move cultura de gestão Ao definirmos, em 2002, nossa missão na direção de contribuir coletivamente para a redução das desigualdades sociais, via formação para geração de trabalho e renda, assumimos viver intensamente a frase de nosso fundador, D. Helder Camara:

“Quando os problemas se tornam absurdos os desafios se tornam apaixonantes” E é essa paixão que nos move todos os dias e não permite desanimarmos diante da piora constante dos indicadores de aumento de pobreza em nossa cidade e país. Por acreditarmos que somente a política pública pode gerar verdadeiro impacto de redução das desigualdades, destacamos em nosso último Planejamento Estratégico o objetivo de colaborar com as políticas públicas, alavancando transformações sustentáveis através de parcerias estratégicas com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (via CRAS – Centro de Referência da Assistência Social e programa Bolsa família), Sebrae e SENAI. Como estratégia de atuação elaboramos a Metodologia das 3 Fases com foco nas pessoas que se encontram na base da pirâmide social. Com a experiência adquirida no trabalho com as famílias extremamente pobres nas comunidades do Rio de Janeiro e com as lições aprendidas, o Banco da Providência conquistou a qualificação, pela Fundação Banco do Brasil, como Tecnologia Social de Superação da Pobreza Extrema. A metodologia é inovadora no sentido de que estimula as pessoas em situação de maior vulnerabilidade a serem os “gestores” de suas próprias mudanças. Promove o desenvolvimento de competências como reconhecimento do potencial da família. Os resultados alcançados são relevantes e foram comprovados por meio de Avaliação de Impacto que revelou a sustentabilidade nas transformações sociais alcançadas.

Certa dose de ousadia nos leva a apostar em duas direções: contribuir na redução do número de famílias que se encontram em situação de pobreza extrema e implementar uma agenda coletiva, agregando parceiros com missões semelhantes, capazes de elaborar ações estratégicas decisivas. Para que possamos cumprir tão desafiante missão, vale ressaltar que a cultura de gestão por resultados, na qual temos investido nos últimos anos, tem sido um fator determinante, agregando à metodologia de desenvolvimento humano as boas práticas de gestão. Como reconhecimento, além de termos alcançado o Certificado de Gestão e Transparência com o conceito A+, recebemos, pelo terceiro ano consecutivo o Prêmio das 100 Melhores ONGs do Brasil, pelo Instituto Doar. Nosso comprometimento com a missão, a ética, a transparência e a boa gestão é a melhor forma de agradecer aos financiadores, parceiros e voluntários, sem os quais esses resultados não seriam possíveis. Clarice Linhares Superintendente

1


Tecnologia Social

Metodologia certificada pela Fundação Banco do Brasil A Metodologia das 3 Fases foi certificada pela Fundação Banco do Brasil como Tecnologia Social. Podemos entender Tecnologia Social como um conceito ligado aos valores da vida, como aprendizado dos cidadãos visando a um desenvolvimento humano em equilíbrio com a natureza. Fonte: Tecnologia e Desenvolvimento Social e Solidário-UFRGS

A Tecnologia Social deve: 1

Ser solução para um problema social específico

2 Ser de baixo custo 3 Ser replicável Características fundamentais: 1

Praticar o diálogo

2

Promover a participação

3

Desenvolver a elaboração de projetos de vida para a resolução de vulnerabilidades

O reconhecimento da Metodologia das 3 Fases como Tecnologia amplia as condições para o Banco da Providência fazer o repasse metodológico para outras instituições e equipes com missão de contribuir para reduzir desigualdades sociais.

2


Metodologia FASE 1 Desenvolvimento Humano

• Habilidades em identificar o potencial como ser humano: o olhar de talentos e competências

• Habilidades em desenvolver atitude pró-ativa na família e na comunidade

• Habilidade em se reconhecer como um sujeito de direitos. Identificar a Rede comunitária

• Habilidades específicas da profissão

FASE 2

• Habilidades de gestão

Capacitação Profissional

• Habilidades básicas para a participação e cidadania

FASE 3 Geração de Trabalho e Renda

• Habilidades empreendedoras: planejar, ser determinado, ter persistência

• Habilidades de resiliência: aprender com os erros, lidar com as crises

• Habilidades associativas e solidárias: exercitar a cidadania, praticar ações para construir um mundo justo, com trabalho decente e digno para todos

3


Nossa estratégia

Construir uma agenda pública capaz de oferecer condições para desenvolver habilidades e competências básicas em contextos com acúmulo de vulnerabilidades.

O Programa de Inclusão Social de Famílias Foco: famílias em situação de vulnerabilidades, com perfil de renda abaixo da linha da pobreza extrema (menos de R$89,00 per capita/mês) Origem das famílias: famílias inscritas no Programa Bolsa Família, nas Coordenadorias de Assistência Social (CRAS), da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos. Em 2019 foram 70 famílias em 6 Agências de Famílias implantadas em 6 CRAS; e mais 2 Agências de Famílias, em paróquia e instituição parceira. Desenho da estratégia: trabalhar com metas de superação da pobreza extrema. Matricular as famílias no programa que utiliza a Metodologia das 3 Fases, com ênfase no Desenvolvimento Humano (Fase 1); Capacitação para o Trabalho (Fase 2); Geração de Trabalho e Renda (Fase 3). Agenda pública: desenvolve o Programa em parceria com instituições da política pública, no exercício de suas missões: CRAS; SENAI e Sebrae.

Empreendedorismo na Base da Pirâmide Em setembro co-realizamos na Casa Firjan, com CIEDS, Sebrae e SENAI, o Seminário Empreendedorismo na Base da Pirâmide: Inovação Social, Colaboração e Desafios, tendo como foco a apresentação dos resultados da Avaliação de Impacto do Banco da Providência. A proposta conclusiva do Seminário foi a elaboração de uma agenda pública positiva com ações estratégicas decisivas a serem assumidas para alcançar desenvolvimento dos que estão na base da pirâmide.

4

Estratégia para chegar aos mais pobres Para Marcelo Neri, diretor do FGV Social e um dos palestrantes no Seminário, existem desafios e cuidados necessários para se chegar até os empreendedores mais pobres. Há o desafio da formalização entre os ocupados mas se esta for condição necessária ao apoio microempresarial, os pobres não serão atingidos. Enquanto que nas classes AB 11,4% têm CNPJ, na classe E esse percentual é de somente 0,24%. O diretor do FGV Social concluiu apontando as ações desenvolvidas pelas instituições sociais: “Observo também o Banco da Providência usando o Bolsa Família como estratégia para chegar aos mais pobres”.


Perfil das Famílias

Na entrada no Programa de Inclusão Social de Famílias

70%

87%

com funções domésticas, cuidados com os filhos, vinculação a trabalhos precários, sentimento de abandono.

de aquisição das qualificações do mercado.

das famílias são chefiadas por mulheres,

42%

dos membros da família são crianças e adolescentes

das pessoas matriculadas são mulheres, sem oportunidades

94%

portanto, necessitam das ações de proteção básica do poder público e das famílias.

41%

dos adultos tem apenas o ensino fundamental

das famílias vivem em situação de pobreza extrema

$

(per capita até R$89,00)

90%

dos adultos não geram renda ou vivem de biscate

5


Avaliação de Impacto O Banco da Providência entende que a melhor forma de prestar contas é mostrar evidências ou indicadores de transformações sociais das ações estratégicas. No ano de 2018 realizamos em parceria com o pesquisador Leandro Pongeluppe da Universidade de Toronto, uma Avaliação de Impacto de nosso Programa de Inclusão Social de Famílias. A pesquisa utilizou o método de estudo randomizado controlado (RCT) com grupo de controle e grupo de participantes do Programa de Inclusão Social de Famílias - Metodologia das 3 Fases.

Contamos com a parceria da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos/ RJ, sendo o público alvo formado por famílias inscritas no Programa Bolsa Família, nos CRAS dos territórios de Pavuna e Cidade de Deus, indicados por estarem nos Territórios de Paz, política pública visando alterar os altos índices de violência urbana.

Objetivo da Avaliação de Impacto: Avaliar o impacto gerado pelo Banco da Providência (BP) em sua atuação junto a comunidades com deficiências de serviços públicos (i.e. favelas) na cidade do Rio de Janeiro. Verificar o impacto não apenas em termos econômicos mas também sócio-emocionais. Disseminar informação relevantes à atuação do Banco, à formulação de políticas públicas, e à boas práticas em avaliação de projetos sócio-ambientais.

Principais resultados: Os participantes do programa têm melhora significativa na sua condição econômica, tanto em sua inserção no mercado de trabalho, principalmente via empreendedorismo, quanto em aumento real de renda. Ademais, análises de custo-benefício do projeto apontam para um Valor Presente Líquido positivo. Os participantes também apresentam melhoras sócio emocionais significativas, relacionadas a autoconfiança e otimismo. Análises mostram que estas melhoras estão ancoradas na Fase 1 do programa, a qual é a mais rápida, flexível e de baixo custo. Efeito Médio do Banco da Providência em Renda Mensal per Capita (em R$)

6

300 200

106,3

266,1 nota: elaborado por Leandro Pongeluppe

159,8

100

Controle

Efeito BP

Tratados


Surpreendentemente, os participantes apresentam uma maior percepção de estigma social por serem moradores de favelas. Análises qualitativas mostram que esse aumento na percepção de estigma advém do preconceito exterior para com as pessoas que residem em favelas, o que chamamos de efeito “saída do gueto”. O projeto do BP apresenta importantes desdobramentos para políticas públicas na área de inclusão produtiva, e deve ser usado como modelo de avaliação de impacto com o máximo de rigor e o mínimo de custo.

Metas Institucionais Previstas

Alcançadas

68%

das famílias que não geravam renda passarem a gerar

76%

63%

das famílias que viviam em situação de pobreza extrema, superarem esse indicador (R$89 per capita mensal,

69% o indicador

das famílias superarem pelo trabalho o valor do benefício do Programa Bolsa Família (R$178 per capita mensal)

58% Bolsa Família

55%

critério Governo Federal)

passaram a gerar renda

superaram

superaram o

7


Resultados de renda

Inovações nos indicadores de pobreza extrema

153

foram capacitadas no curso de empreendedorismo na Agência do Empreendedorismo

Investir nas habilidades para desenvolver talentos nas pessoas

590

famílias entraram no Programa em 2019

2.182

pessoas membros das famílias

Alcançar a superação de alguns indicadores de vulnerabilidade

8

734

pessoas fizeram cursos profissionalizantes na Agência de Capacitação

38%

fizeram mais de um curso nas 1.085 vagas oferecidas

Garantir oportunidades como apoio para desenvolver as competências

69%

das famílias superaram o indicador de pobreza extrema


Alcançar qualitativamente aquisições importantes como o trabalho decente e digno para todos

75% das famílias aumentaram a renda e entre estas, 98% aumentaram mais que 100% R$ 320,85 renda per capita mensal final

R$ 11,38

renda per capita mensal inicial

$ $ $

$ $ $

$ $ $

$ $ $

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

R$ 24.831,16

renda mensal total gerada pelas famílias quando entraram no projeto

Onde antes girava anualmente nas comunidades:

R$ 297.973,92

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

$ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $ $

R$ 542.467,02 renda mensal total gerada pelas famílias após a conclusão do programa

Hoje gira anualmente:

R$ 6.509.604,24 9


Depoimentos Programa de Inclusão Social de Famílias Mauriceia Vieira mora na Penha com

seu marido e 3 filhos, e estava desempregada há 2 anos.

Conheceu o Programa do Banco da Providência através do CRAS e antes do curso fazia biscates de faxineira. Quando soube do projeto viu como uma oportunidade para se especializar em uma profissão, ter um certificado e conseguir um emprego. Decidiu fazer o curso de camareira pois achou que teria mais oportunidades no mercado de trabalho. Após ser aprovada, Mauriceia enviou currículos para hotéis no centro e na mesma semana foi chamada para entrevista. Ela conseguiu um emprego formal como camareira no Hotel O.K., com salário de R$1.300,00.

“Graças ao curso eu consegui um emprego. Na entrevista, eu estava segura, sabia que tinha aprendido a técnica e o estágio no Hotel Ibis foi fundamental para conseguir a vaga. Hoje saio de manhã e agradeço muito por ter agarrado essa oportunidade do Banco da Providência.”

Bruna Mariano ficou interessada no Programa de Inclusão Social porque ainda não tinha nenhuma certificação.

10

No início da Fase 1, Bruna se sentia perdida, mas em seu plano de atitudes conseguiu identificar o que gostaria de fazer e escolheu os cursos na área da beleza. Na Fase 2, ela fez os cursos de cabeleireiro, mega hair e maquiagem. E também o curso de empreendedorismo que contribuiu com controle de suas finanças.


Alexandra dos Santos, 41 anos, mora com seus

filhos no Complexo do Chapadão na Pavuna. Antes de iniciar os cursos no Banco da Providência fazia alguns biscates pois não tinha com quem deixar os filhos e se interessou pelo projeto para conseguir empreender. Na Fase 1 do projeto, identificou mudanças em seu comportamento. Pelas dinâmicas realizadas, resgatou sua confiança e aumentou sua autoestima. Na Fase 2, fez o curso de Corte e Costura e Malha e Lycra. Na Fase 3, fez o curso de empreendedorismo e com a consultora do Sebrae aprendeu sobre educação financeira. “Gostei muito de participado do curso, não só pela mudança financeira, mas também pela mudança emocional, me ajudou a mostrar que eu sou capaz! Me mostrou que eu consigo! Hoje estou mudando minha vida e da minha família. ”

Além disso, ela foi contemplada com o kit de ferramentas, o que ajudou a iniciar o seu projeto de trabalhar como cabeleireira. Hoje já iniciou seu negócio como cabeleireira na comunidade, está planejando abrir seu próprio salão. No último mês teve uma renda líquida de R$685.

Alexandra foi contemplada com o Kit de ferramentas e com o apoio do kit começou a gerar renda vendendo jogos de cozinha, jogos de cama, lençóis, e fazendo pequenos consertos em sua comunidade. Ela também foi uma das mulheres empreendedoras selecionadas para expor seus produtos na Feira da Providência em 2019. E em dezembro teve renda líquida de R$1.595.

“Eu não sabia fazer nada. Fui aprimorando as técnicas e agora estou trabalhando e ganhando meu dinheiro. O Banco da Providência mudou minha vida. Antes sentia que não tinha nenhuma utilidade profissional, eu hoje sei que sou útil na vida de alguém. Trabalho como cabelereira e minha renda está crescendo a cada mês. A felicidade reina lá em casa”.

11


Agência Jovem

Mais formação para juventude é igual a menos desigualdade social Diferencial da ação com a juventude: é a construção de uma metodologia direcionada para desenvolver habilidades socioemocionais e capacidades básicas nos jovens.

Fio condutor da formação: Projeto de Vida Oportunidade: para 100 jovens: Estratégia: contribuir para que jovens, com idades entre 18 e 24 anos, com Ensino Médio completo ou cursando, alunos de escolas públicas, que vivem em situação de vulnerabilidades na Cidade do Rio de Janeiro, tenham oportunidade de participar de um processo formativo.

Núcleos de Formação: 1. Elaboração de Texto e Matemática; 2. Informática e Fotografia; 3. Projeto de Vida, Cidadania e Empregabilidade.

Curso Tecnologias da Comunicação é o meio de aproximação com os jovens.

Talita Campos, 18 anos, mora com sua família na Pavuna e conheceu a Agência Jovem através do CRAS do seu bairro.

Se interessou pelo curso como uma oportunidade de aprendizado e crescimento pessoal. Além dos conhecimentos adquiridos, gostou muito da equipe de professores que a ajudaram a vencer alguns desafios e colocar em prática os aprendizados das aulas. Talita fez o processo seletivo da Droga Raia, que tem um plano de carreira para os jovens, e hoje está trabalhando como atendente, ganhando um salário mínimo que pode contribuir com as despesas de sua família.

12

“O processo de seleção foi um pouco assustador, mas ao lembrar de tudo que aprendi nas aulas e todas as orientações dos professores, fiquei mais confiante e consegui me destacar. Estou muito feliz com este resultado. Percebi que é importante ter uma boa capacitação para entrar no mercado de trabalho. Agora minha vida está bem melhor, consigo ajudar minha família e cuidar de mim. Meu emprego e o curso abriram portas para outros horizontes, sou muito grata por isso.”


Metas Alcançadas

Processo Formativo

Matricular 100 jovens

100 jovens matriculados

Jovens com oportunidade de participar de processo formativo, permanecendo em ambiente de aprendizado no período de abril a outubro.

Formar 75% dos jovens matriculados

89% dos jovens formados

Jovens formados na Cultura da Paz; Habilidades socioemocionais desenvolvidas; Aquisição de conhecimentos nas áreas de comunicações e cálculos.

Encaminhar 60% dos formados para processos seletivos

100% dos formados encaminhados

Jovens que demonstraram determinação nas oficinas de treinamento para os processos seletivos. Habilidades que conduzem a formação e representam resultados dos investimentos no projeto.

Ter 40% dos jovens colocados no emprego

45% dos jovens foram colocados

Jovens com sucesso nos processos seletivos. Empresas de relevância no mercado identificaram as competências adquiridas na formação. Oportunidade de construção de um novo futuro para a juventude.

81% dos jovens inseridos no emprego no ano anterior (2018) permaneciam empregados 1 ano após serem inseridos

13


Gestão Social Compartilhada

Financiadores e parceiros

Acreditamos que apenas juntando esforços será possível reverter indicadores tão adversos de transformação social, razão pela qual deixamos aqui nosso profundo agradecimento a nossos financiadores e parceiros. Com vocês compartilhamos valores éticos, desenvolvemos sinergia e trocamos conhecimento que gerou resultado no sentido de garantir aos jovens e adultos beneficiados novas habilidades, oportunidades e direitos que os possibilitam alcançar, mais preparados, o protagonismo de suas vidas. Financiadores:

Parceiros:

Apoio Operacional:

Doações e Voluntariado Além do investimento privado e do poder público, contamos com o fundamental apoio de pessoas que com suas doações e o trabalho voluntário colaboram no processo da transformação social para construção de um mundo mais solidário e fraterno. Uma vez mais superamos a meta de captação da campanha do Dia de Doar e para isso contamos com a contribuição de muitas pessoas e do Instituto Phi que a cada real doado doou mais um.

14

Como agradecimento deixamos aqui uma frase de nosso fundador Dom Helder Camara: A pessoa que faz o bem, jamais conhecerá toda a dimensão do bem que fez. Doe e faça parte desse grupo: bancodaprovidencia.colabore.org


Gestão Financeira A insipiente recuperação econômica aliada a sensível piora dos indicadores sociais marcaram 2019 como mais um ano de superação de desafios. Os constantes investimentos na cultura de gestão tem sido uma poderosa ferramenta para, um ano mais, termos superado as metas sociais e financeiras, fundamentais para a sustentabilidade da Instituição.

Receitas Feira da Providência

Outros eventos e campanhas

Parcerias PJ

6%

36%

27%

2%

Receita Financeira

7%

Doação Mensal Pessoa Física

8% 14%

Financiamento Projetos (PF) Convênio Emaús SMASDH

Despesas

80%

Projetos Sociais

Administração

16%

4%

Comunicação

15


Contabilidade Financeira e Gerencial O monitoramento do orçamento exige sempre uma atenção especial da equipe e com esse comprometimento atingimos, uma vez mais, a meta financeira de terminarmos o ano com no mínimo R$ 1.500.000,00 no fundo operacional. Em contra partida a um aumento de 2% nas despesas, relativo a maior número de cursos oferecidos, tivemos um incremento de 12% das receitas.

Receitas

Despesas

Nosso balanço é auditado pela empresa de auditoria externa Auditasse - Auditores Independentes, e as demonstrações contábeis e financeiras estão disponíveis no nosso site a partir de abril de 2020. Demonstrações financeiras do quadro abaixo realizadas por fluxo de caixa.

*Como a Feira é realizada em dezembro, o resultado é contabilizado no orçamento do ano seguinte.

16


Prêmios e certificação

Em 2019, além de renovarmos o certificado de Gestão e Transparência conferido pelo Instituto Doar, com o conceito A+, fomos eleitos pelo terceiro ano consecutivo uma das 100 melhores ONGs do Brasil.

“O Instituto CSHG tem por objetivo construir parcerias de longo prazo com organizações que estejam em busca de melhorias contínuas e, assim, causar maior impacto. O Banco da Providência, sem dúvida, é uma organização que não só atende esses critérios como também serve de exemplo para inspirar outras organizações.

A avaliação de impacto de ótima qualidade concluída em 2019 demonstra a seriedade do Banco da Providência e seu comprometimento em ter a confirmação de que o projeto está no caminho certo.” Isabel Aché Pillar

Diretora do Instituto Credit Suisse Hedging-Griffo

Feira da Providência A Feira da Providência contribui especialmente para a sustentabilidade do Banco da Providência pois tem 100% do seu resultado aplicado na continuidade de seus projetos. Nosso agradecimento a todos que contribuíram, empresas privadas, setor público, expositores, fornecedores, voluntários e público visitante, sem vocês a realização do evento não seria possível.

17


Conclusão No ano de 2019 o Banco da Providência se empenhou estrategicamente para contribuir no desenho de ações coletivas, capazes de virem a se transformar em políticas públicas direcionadas para a superação da pobreza extrema. Visou, sobretudo, demonstrar que é fundamental levar em conta o acúmulo da falta de oportunidades, de geração em geração, para os que estão na base da pirâmide. Com a experiência vivida é capaz de afirmar que é prioritário que as metodologias de superação de vulnerabilidades ofereçam apoio ao desenvolvimento de habilidades e competências, em jovens e adultos. Os resultados alcançados mostraram: 1 O propósito da missão foi realizado: superando a meta de famílias capacitadas na Metodologia das 3 Fases, alcançando que 69% das famílias formadas efetivamente alcançassem indicadores de desenvolvimento humano e superassem o indicador renda de pobreza extrema. 2 O reconhecimento da cultura de gestão pelos resultados: todos os financiadores renovaram os projetos e foi captado financiador novo: SC Johnson, que amplia, em 2020, para 150 o número de jovens com oportunidade para formação. 3 Os novos desafios propostos para 2020 são: Realizar ações para manter articulada a agenda pública positiva, em parceria com o SEBRAE e SENAI. Repasse metodológico da Tecnologia das 3 Fases de Superação da Pobreza Extrema para outros municípios. Escalar a metodologia: disseminar a aplicação da Tecnologia das 3 Fases para uso de outras instituições; implementar a utilização dos Cadernos e Apostilas que orientam a metodologia; ampliar o uso de indicadores de superação de pobreza extrema.

18


Presidente: Dom Orani João Tempesta DIRETORIA

Diretor Geral: Monsenhor Manuel de Oliveira Manangão Diretora Social: Ana Cecília da Costa Carvalho Melo

Homenagem para

Suelly Vasconcellos

Diretor Jurídico: Daltro de Campos Borges Filho

Diretor Administrativo-Financeiro: Cândido Feliciano da Ponte Neto CONSELHEIROS EMÉRITOS

Maria Christina Noronha de Sá Roberto Castilho CONSELHEIROS

Ana Cecília Nabuco Magalhães Lins Ângela Maria Machado da Costa

Cecília de Paula Machado Sicupira Eduardo Eugênio Gouveia Vieira Eliane Furtado de Mendonça Ferdinando Valle Magalhães Gilberto Morand Paixão

Para o Banco da Providência Suelly Vasconcelos como membro do Conselho

Curador exerceu, sobretudo, uma ação de grande

relevância, chamando a

atenção junto aos meios de comunicação para a

importante tarefa de apoiar a causa social de combate às desigualdades sociais, missão do Banco da Providência.

Glória Severiano Ribeiro

Sua atuação na divulgação

Heitor Cordeiro Chagas de Oliveira

Arraial sempre alcançavam

Jomar Pereira da Silva

seu testemunho que

Maria da Glória Archer

aderirem a ações concretas

Gustavo Miguez de Mello

da Feira da Providência e do

Isabel Gouveia Vieira

sucesso, especialmente por

José Thomaz Nabuco de Araújo Filho

estimulava outras pessoas a

Raphael Carneiro da Rocha Filho

solidárias.

Sérgio Pereira da Silva

Suelly Medeiros Vasconcelos in memoriam Técio Lins e Silva

EQUIPE OPERACIONAL

Superintendente: Clarice Linhares

Gerente Social: Terezinha Nascimento

CRÉDITOS

Coordenadora Operacional de Projetos: Ava Castellan

Alluan Lucas

Coordenadora de Captação: Fernanda Oliveira

COORDENADORES DE PROJETOS

Agências de Famílias: Ana Paula Figueiredo, Gleide Mattos, Neige Motta e Wilma de Lemos

Arte e Editoração:

Fotografia:

Kamilla Ribeiro

Agência de Capacitação: Jocilene Salles de Assis Julião

Redação:

Agência Jovem: Emanoel Gomes e Vanúbia do Santos Barros

Clarice Linhares

Agência de Empreendedorismo: Natalie Hanna e Simone Neves

Terezinha Nascimento

19


Agência de Famílias

Em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos:

CIDADE DE DEUS

PENHA

Av. Edgard Werneck, 1565 - CDD

Rua Flora Lobo, s/nº - Parque Ary Barroso

CRAS Elis Regina

CRAS João Fassarela

MARÉ

PAVUNA

Rua da Regeneração, 654 - Bonsucesso

Rua Mercúrio 439 – Pavuna

CRAS Nelson Mandela

CRAS Francisco Sales De Mesquita

PENHA

VILA KENNEDY

Rua Taperoá, 308 - Penha

Rua Santa Cecilia, 984 - Bangu

CRAS Carlos Drummond

CRAS Olimpia Esteves

Em parceria com paróquias e organizações parceiras:

VILA KENNEDY

RIACHUELO

Av. Etiópia, s/nº - V. Kennedy

Rua Ana Nery, 2400 – Riachuelo

Paróquia Cristo Operário e Santo Cura DArs

Creche Casa de Leylá

Agência Jovem Rua dos Arcos, 54 – Lapa

Rua Barão do Triunfo, 383 – Realengo

Agência de Capacitação Rua Barão do Triunfo, 383 - Realengo

Agência de Empreendedorismo Rua Barão do Triunfo, 383 - Realengo

20


Avaliação de Impacto “O desafio de avaliar o impacto do Banco da Providência foi sem dúvida imenso. Não apenas pelas dificuldades naturais relacionadas a uma avaliação, mas também pelas características de vulnerabilidade sócio-econômica da população tratada. Nesse sentido, o comprometimento da equipe do Banco para com a causa a que se engajam e para com a efetuação de uma avaliação de impacto de primeira linha viabilizaram o projeto. Como avaliador independente, posso dizer que os resultados encontrados demostram quantitativamente e qualitativamente o impacto positivo do Banco na vida das pessoas. Muito além dos ganhos em emprego e renda, o Banco da Providência re-acende a chama e a esperança das pessoas para a possibilidade de uma vida melhor. Para mim, foi uma oportunidade única trabalhar nesse projeto, o qual merece ser respeitado e replicado. É sem dúvida, um dos melhores projetos na área de superação de pobreza.” Leandro Pongeluppe¹

¹Leandro Pongeluppe, candidato a Ph.D. no Departamento de Gestão Estratégica da Rotman School of Management - Universidade de Toronto. Realiza

estudos e pesquisas relacionados à inovação

inclusiva e à inovação pública, especialmente, como o design e a governança das organizações

afetam o atingimento de metas sociais, como a redução da pobreza.

L.Pongeluppe@rotman.utoronto.ca


Faça a diferença! Com sua doação podemos ampliar nossa atuação e atender mais famílias!

Colabore: bancodaprovidencia.colabore.org

Rua dos Arcos, 54 - Lapa Rio de Janeiro - RJ - 20.230-060 (21) 3257-2769 institucional@providencia.org.br www.bancodaprovidencia.org.br /bancodaprovidencia


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.