bahia novembro

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últimos 20 anos, Henrique Silva esteve ligado a ela desde a sua criação. E hoje, a Bienal é a mais forte e internacional ‘imagem de marca’ de Vila Nova de Cerveira, é conhecida em toda a parte, espalhou-se já por vários concelhos do Alto Minho e da Galiza, tem trazido até Cerveira artistas de renome internacional, tem apostado cada vez mais na inovação na arte…Enfim! A Arte ganha sempre quando tem, além de artistas, gente emprendedora, incapaz de se acomodar às situações e sem medo de arriscar, e o Henrique é isso tudo. Pela sua parte a Câmara de Vilanova da Cerveira tem um grande envolvimento com a arte. São os artistas conscentes deste privilégio? A Câmara de Vila Nova de Cerveira tem tido um papel importante no desenvolvimento das artes no concelho, na medida das suas posibilidades. Mas por vezes os apoios possíveis não são

o ‘livro’ da sua vida, contando algumas histórias que nunca tinha contado, provavelmente…E falando de sentimentos, sem medo. O livro foi construido, sobretudo, através de muitas horas de conversas com o Henrique, a sós, e de muitas conversas com várias pessoas que cruzaram a vida dele, em fases diferentes, e que tiveram diferentes papéis. Depois, houve a análise de documentos de vários géneros, associados ao percurso de vida dele, e a investigação histórica sobre factos ou locais que são referidos no livro. O livro mostra uma visão garimosa e de admiração cara o artista. Quanto há de biografia e quanto de homenagem? No momento em que encerrou um ciclo da sua vida, ao deixar, voluntariamente, a Direcção da Bienal de Cerveira, em 2007, achei que contar a vida do Henrique Silva era também uma forma

ainda os suficientes, porque os artistas – como é legítimo! – querem sempre ir mais longe, conseguir fazer mais e melhor, ter melhores condições, para que se tenha melhor Arte! Mas penso que, de um modo geral, os artistas sentem que Cerveira é um sítio especial, e que ali têm acontecido muitas coisas que não se passam noutros sítios, que há vontade de fazer o melhor possível. Essa consciência julgo que existe, sim. Como se levou a cabo o trabalho de investigação, qué dificuldades e colaborações tivo? Eu diría que foi muito fácil fazer este trabalho, porque houve uma fantástica colaboração por parte de todos – familiares, amigos, colaboradores, ex-colaboradores e colegas do biografado. Para além do próprio Henrique Silva, que decidiu abrir, sem barreiras,

de homenagear o trabalho que ele fez e a pessoa que ele é, é verdade. Mas a vida do Henrique é, na minha opinião, absolutamente ‘merecedora’ de um livro que a contasse. Se assim não fosse, não o teria escrito, por muito que admirasse o artista. Por isso, neste livro tudo é biografia. Conta-se apenas factos verdadeiros, histórias vividas e sentimentos reais. Ali não há ficção. É uma biografia, quanto a isso não há dúvidas. Uma biografia que também pode ser considerada uma homenagem, isso sim. O seu excelente trabalho enquadra-se num atractivo e moderno desenho. A cargo de quem esteve a criatividade e como se fixo a escolha? Toda a concepção gráfica do livro teve um papel primordial na

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