A Voz Regional - 31 de outubro de 2015

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A Voz Regional .com.br

Ano XXXII

Nº1561

Fundador: Dr. Paulo Albarello

Preço: R$ 2,50

Monte Aprazível, Tanabi e Nhandeara

31 de outubro de 2015

Políticos de Nipõa querem vender patrimônio do povo Pág. 5

A Propósito O gosto e vaidade para o cargo movem Wanderley Sant’Anna e só o acaso judicial impedirá sua candidatura em Monte. Página 4

Política

Bete Sahão, em recente visita a Monte, fala sobre os rumos da política no Brasil, as ameaças de impeachment da presidente Dilma e o que ela espera das eleições 2016. Página 3

Mãos Mágicas

Sônia Canheo sempre trabalhou com áreas em que as mãos viram as ferramentas principais, e hoje, confecciona bonecas encantandas, que encantam tanto crianças quanto adultos. Página 7

Gastronomia

Concurso Deguste chega ao �im em Tanabi, e além dos premiados, trouxe aquecimento da economia local e também, maior interesse da população em gastronomia e novos sabores. Página 9

Cultura

A morte em festa

E

squeça o preto e o funesto da morte! Ela também traz vida e é um rito de celebração para os entes queridos que já partiram para outros planos, para os espíritas, ou aguardam o dia do Juízo Final, para os católicos. Já para os mexicanos, que também choram seus mortos no próximo dia 2, há motivos para que as homenagens sejam festivas e mais leves. E direto do México, a jornalista Marina Paschoalli conta como Finados ou Día de Muertos se tornou um dos ícones da cultura mexicana, e atrai turistas do mundo inteiro para acompanhar as celebrações. “Os rituais dessa data talvez sejam os mais transcendentes por aqui depois do Natal: todas as casas têm seu altar, velar os amigos e parentes queridos em clima de festa a noite toda continua sendo tradição em diversas famílias e as crianças todos os anos fazem caveirinhas com o nome dos amigos para presenteá-lo”. Página 6

Henrique e Diego trazem a Suite 14 para agitar o sábado à tarde em Monte Aprazível. Página 8

SERVIÇO DE TAPEÇARIA Rua Francisco de Oliveira Pinto, 43


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O Darwinismo Social A partir da segunda metade do século 19, os países europeus mais industrializados lançaram-se a uma audaciosa empreitada contra nações da África e da Ásia, em busca de novos mercados consumidores e da exploração de matérias-primas baratas. Essa investida imperialista ficou conhecida como o neocolonialismo, que acabou adentrando pelo século 20 afora, na medida em que os Estados Unidos e Japão, agora também industrializados, passaram a exercer forte influência sobre a América Latina e a Ásia. Essas ações imperialistas resultavam na dominação política e econômica de países mais pobres, facilitando a sua exploração e o avanço do capitalismo. Entretanto, havia um problema de ordem moral, para não dizer legal: como legitimar essas ações violentas contra países indefesos, sem que houvesse guerra ou qualquer outro tipo de agressão que as justificasse? Em 1859, o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), depois de anos de pesquisa ao redor do mundo, publicou uma obra capital: “A Origem das Espécies por Meio da Seleção Natural”, que provoca polêmicas até os dias de hoje. Com esse livro, Darwin lançaria as bases para a chamada “teoria da evolução”, indicando que o homem, como as demais espécies, era resultado da evolução e mutação de outras espécies, que ao longo dos tempos, iam sofrendo alterações e adaptações, por meio da seleção natural que ocorre no ambiente da natureza. Muito embora Darwin nunca tenha aplicado sua teoria às questões socioeconômicas, alguns intelectuais e “cientistas” lançaram mão de seus conceitos para fazer uma série de deduções, tais como: a) a sociedade era como um organismo vivo, que, ao longo do tempo, poderia evoluir e melhorar; b) essa seleção teria criado “raças mais favorecidas pela natureza”, no caso, o homem branco europeu; c) essas “raças mais evoluídas”, na verdade, praticariam então uma ação benéfica quando interagiam com as raças mais “primitivas”. Por meio dessas distorções toscas e racistas, ergueu-se então o edifício do chamado “darwinismo social”, que, por sua vez, seria a tese legitimadora de todas as ações imperialistas desfechadas contra os países mais pobres. Nos Estados Unidos, o darwinismo social foi a força que sustentou grande parte do massacre promovido contra as populações indígenas.

O pensamento de Darwin acabou sendo mesclado com a obra do filósofo inglês Herbert Spencer (1820-1903), notório racista, que, antes do livro de Darwin, já havia cunhado a expressão “a sobrevivência dos mais aptos na natureza”. Spencer argumentava que o processo de seleção natural era prejudicado pelo Estado, quando este adotava medidas de proteção aos mais pobres, ou menos aptos a sobreviver. Toda essa trama supostamente científica tinha fortes ligações com teorias racistas, como a eugenia, que visava ao “aperfeiçoamento” da raça humana. O maior “teórico” da eugenia foi um francês, o conde Arthur de Gobineau (1816-1882), cuja obra foi a principal fonte de inspiração ideológica para o antissemitismo nazista. O fato é que se criou um forte vínculo entre o darwinismo social, o racismo “científico” e a eugenia, tudo para, num primeiro momento, justificar a suposta existência de “raças superiores”, que, por isso, teriam o direito de dominar as “inferiores” (o mais pobres). Toda essa mistificação teórica rapidamente caiu no agrado das grandes potências europeias, que, em conjunto com os Estados Unidos e Japão, logo passaram a agir com bastante desenvoltura contra os ditos povos “inferiores”. Infelizmente, no Brasil já tivemos muitos intelectuais e políticos que foram bem receptivos a essas teorias pseudocientíficas, que, por sinal, orientaram todo o processo de recebimento de imigrantes, após a “libertação” dos escravos. Com o final da 2ª Guerra Mundial, o darwinismo social foi cedendo espaço às novas concepções democráticas, inclusive com a ascensão do Estado do Bem-Estar Social. Porém, a partir dos anos 1980, as teorias neoliberalistas, contrárias à intervenção do Estado para corrigir desigualdades sociais, deram um fôlego renovado ao darwinismo social. Assim, embora mitigado e, na maioria das vezes, disfarçado, o darwiJoão Francisco Neto nismo social não só Agente Fiscal de não morreu, como Rendas, mestre e doutor sobrevive em muiem Direito Financeiro tas políticas públi(Faculdade de Direito cas adotadas pelos da USP) jfrancis@usp.br governos.

COMUNIDADE CRISTÃ

Um indicador infalível Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus (Colossenses 3:1-3). O mundanismo é o melhor indicador do estado espiritual de uma pessoa; melhor até que um pecado grosseiro aos olhos humanos. Um pecado desses pode acontecer repentinamente, sendo consequência de uma tentação ou de algo não premeditado. E quem o comete pode depois odiar, se arrepender e abandonar o pecado. Mas quem se sente confortável com os prazeres e atividades do mundo, claramente demonstra seu estado espiritual. Portanto, João faz a seguinte distinção: “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15). Muitos que se acham cristãos estão mortos nas distrações e alegrias dos prazeres, lícitos

e ilícitos, que o mundo oferece porque jamais morreram na cruz de Cristo, não sabem o que é vida ressurreta, e a imagem que têm de Cristo é parecida com uma porta de emergência que os livrará do inferno, após uma vida inteira dedicada a este mundo. Que tragédia! A Palavra de Deus é bem clara: quem ama o mundo, não importa quão religioso seja, não tem o amor do Pai em si. E, portanto, quem não ama o Pai não ama o Filho que ele enviou (João 8:42). Os cristãos apenas terão poder sobre o mundo se tiverem morrido e ressuscitado com Cristo. E sendo assim não sentirão a necessidade de mergulharem nas distrações, prazeres ou recreação do mundo.

EXPEDIENTE Fundador: Dr. Paulo Albarello | Editor: Carlos Carmello | Diagramação: Victor Manfredo (17) 99200-7532 | Impressão: Editora JG Rio Preto (17) 3224-9175 | Redação: Flávia de Lima, Rita Gallo, Elcio C. Padovez, Edvandro Ferreira Circulação: Monte Aprazível, Tanabi, Nipoã, Poloni, Bálsamo, União Paulista, Nhandeara, Neves Paulista, Sebastioanópolis do Sul, Macaubal e Ida Iolanda. Praça Conêgo L. Álvarez, 15-A, Monte Aprazível-SP | CNPJ: 57.363.806/0001-61 Fone: (17) 3275-2313 | E-mail: avozregional2@yahoo.com.br

Ser de Cristo Mestre, havia alguém que expulsava demônios e quisemos impedi-lo, porque não era dos nossos. Um homem, que libertava outros do mal e lhes restituía a vida, é bloqueado pelos seguidores de Jesus. João faz-se porta-voz de uma mentalidade tacanha, feita de barreiras e de muros, para a qual não conta a vida plena do ser humano, o verdadeiro projeto de Jesus, mas a defesa identitária do grupo, o seu projeto desviado. Colocam, portanto, a instituição antes da pessoa, as suas ideias antes do homem: o doente pode esperar, a felicidade pode aguardar. Mas a “boa notícia” de Jesus não é um novo sistema de pensamento, é a resposta à fome de uma vida maior. O Evangelho não é uma moral, mas uma libertação perturbante. Com efeito, Jesus surpreende os seus: qualquer um que ajude o mundo a libertar-se e a florescer é dos nossos. Semeias amor, curas as chagas do mundo, proteges a criação? Então és dos nossos. És amigo da vida? Então és de Cristo. Quantos seguem o Evangelho autêntico, sem sequer o saber, porque seguem o amor. Pode ser-se de Cristo sem pertencer ao grupo dos Doze. Pode ser-se homem e mulher de Cristo sem se ser homem e mulher da Igreja, porque o Reino de Deus é mais vasto do que a Igreja, não coincide com nenhum grupo. Então aprendamos a fruir e a agradecer o bem, seja quem for que o faça.

Aqueles não são dos nossos. Todos o repetem: os apóstolos de então e os partidos de hoje, as Igrejas e as nações perante os migrantes. Ao contrário, Jesus era o homem sem barreiras, homem sem fronteiras, cujo projeto é um só: sejam todos irmãos. Os seres humanos são todos dos nossos e nós somos de todos, somos «amigos do gênero humano» (Orígenes). Muitas vezes sentimo-nos frustrados, impotentes, o mal é demasiado forte. Jesus diz: leva o teu copo de água, confia, o pior não prevalecerá. Se todos os milhares de milhões de pessoas levassem o seu copo de água, que oceano de amor se estenderia a cobrir o mundo. Basta um gole de água para ser de Cristo. Mas o anúncio de Jesus faz-se mais corajoso: dar-te-ei cem irmãos, se me seguires (Mateus 19,29), e queria dizer: cem corações nos quais repousar, mas também cem lábios para dessedentar. O Evangelho termina com palavras duras: se a tua mão, os teus pés, o teu olho te escandalizam, corta-os. Não atribuir sempre a culpa dos males aos outros, à sociedade, à infância, às circunstâncias. O mal aninhou-se dentro de ti: está no teu olho, na tua mão, no teu coração. Procura o teu mistério sombrio e converte-o. A solução não é uma mão cortada, mas uma mão convertida. A oferecer o seu copo de água (Pe. Ermes Ronchi, sacerdote e teólogo italiano). Diácono Everaldo Fochi

ENEM, doutrinação para o bem A redação do ENEM 2015 abordou o tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”. Este tema vem sendo debatido, principal-mente nas redes sociais, com um ânimo poucas vezes visto. Tínhamos nos acostumado com temas mais abstratos como guerras em países distantes, cri-ses econômicas globais, etc., ou seja, com questões mais distantes da nossa realidade imediata. Mas, desta vez, mediante a proximidade do tema com nos-sa realidade, o impacto foi maior e mais profundo. Como ele nos obriga a ver o que muitas vezes fingimos não existir, boa parte da população acusa os elabo-radores da prova de “esquerdistas” ou de “doutrinadores”, atribuindo-lhes um caráter pejorativo e contestatório demais por trazer aos nossos olhos aquilo que não nos agrada. O que há de errado com esse tema para causar tanta crí-tica e comentários ácidos? Basta uma rápida busca na internet para termos uma noção da importância da discussão desse tema em nosso país. Parece, à primeira vista, mentira o que os dados oficiais apontam. Citemos apenas alguns exemplos: 48% das mulhe-res agredidas declaram que a violência aconteceu em sua própria residência (*); 3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos (**); 77% das mulheres que relatam viver em situação de violência sofrem agres-sões semanal ou diariamente. Em mais de 80% dos casos, a violência foi co-metida por homens com quem as vítimas têm ou tiveram algum vínculo afetivo (***). As causas para tais ataques são as mais diversas possíveis, mas o que há em comum na maioria delas é o fato de a vítima, quase sempre, ser a mu-lher. Vale a pena notarmos que no tema aparece a palavra PERSISTÊNCIA. Essa palavra nos dá a ideia de que essa violência contra a mulher não é de agora. Ela subsiste ao tempo de forma perniciosa e lastimável sendo, muitas vezes, uma triste herança cultural transmitida no seio familiar. Sabemos que determi-nadas ações cometidas por um pai, independentemente de serem boas ou más, podem ser seguidas pelos filhos em sua vida adulta. Como exemplo,

um filho ao ver o pai não devolver o troco a mais que recebe, corre o risco de tam-bém não o devolver quando adulto. Do mesmo modo, um filho que observa um pai se negando a receber propina, dificilmente a aceitará também e, assim, sor-rateiramente, um padrão comportamental se estabelece na mente da criança, o que faz com que a persistência de determinados atos e hábitos se perpetue e, assim, de geração em geração, essas condutas vão se consolidando e tornan-do-se “normais” a ponto de não mais serem percebidas como aberrações soci-ais. Por isso, quando voltam a ser discutidas num exame de alcance nacional, nos surpreendem porque nos obrigam a repensá-las. Mas ao repensá-las, te-mos de rever as nossas ações pessoais, familiares e sociais e nem sempre é fácil refletirmos sobre os atos com os quais nos acostumamos a conviver. Temas como esse do ENEM vêm apenas mostrar nossas chagas ainda abertas pela ignorância, medo, preconceito e covardia. Se tivermos de pensar em dou-trinação, pensemos naquela que nos obriga a comprarmos o tênis da moda, a possuirmos o carro do momento, a ouvirmos o novo hit tematicamente vazio das rádios, a assistirmos às mesmas programações televisivas banais. Essas, sim, são doutrinações que não nos levam à reflexão de nossa realidade e que perpetuam os danos sociais causados por modismos vazios e imediatistas. Como se não bastasse o insulto de “doutrinadores”, os críticos ainda atribuem aos elaboradores da prova outro xingamento: “esquerdistas”. Caso esses insul-tos se refiram àqueles que mantêm o respeito ao próximo como uma conduta de vida, sejamos, portanto, esquerdistas, doutrinadores ou qualquer outra pe-cha que venham nos colocar, mas antes de tudo, sejamos humanos e, se não custar muito, sejamos respeitadores das diferenças e, dentre elas, a de gênero. (*) (PNAD/IBGE, 2009). (**) (Instituto Avon em parceria com o Data Popular (nov/2014) (***) Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).

José Carlos Damasceno


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O pior momento de Dilma é melhor do que governos de FHC, avalia Bete A deputada Bete Sahão, em conversa com A Voz Regional, comenta os problemas do governo federal e estadual, ameaça de impeachment da presidente Dilma e as eleições municipais em 2016 Carlos Carmello A deputada Bete Sahão (PT), em entrevista exclusiva a A Voz Regional, durante visita à Monte Aprazível e ao Lar Vicentino, reconhece o momento econômico delicado pelo qual passa o Brasil, mas compara que o pior desempenho do governo da presidente Dilma Rousseff como “infinitamente” melhor do que os dois governos de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Pode comparar qualquer índice econômico. Ele perde de lavada. No social, então, é covardia querer comparar o momento atual com aquele período sombrio. Nos tempos de FHC, o governo já teria corrido ao FMI, com o pires na mão, pedindo socorro. Hoje, com toda a crise de que falam, quantas vezes vimos o governo clamar por ajuda aos organismos internacionais? Nenhuma.” A deputada afirma que a crise econômica não pode ser vista apenas a partir da conjuntura nacional, indicando dificuldades globais ao citar o exemplo da China, “tida como o motor da economia e agora tem dado sinais de estagnação.” Bete Sahão arrisca dizer que a crise é menor do que parece, por acreditar que o clima político contamina a percepção das pessoas. “A

oposição sem projeto e os veículos de comunicação que lhe dão suporte martelam, diuturnamente, o discurso do caos na cabeça da população. Claro que, hoje, devido ao ajuste pelo qual o país precisa passar, essa narrativa vem encontrando algum eco na vida objetiva das pessoas. Porém, digo, sem medo de errar, que isto que enfrentamos hoje é muito menor do que as crises reais que tivemos de aturar no passado.” Para ela, os preceitos econômicos do Brasil hoje são mais sólidos e se conta com um mercado interno mais robusto. Impeachment A deputada petista define os movimentos que pedem o afastamento da presidente Dilma como golpistas e diz que eles se apropriam do termo impeachment de forma ilegítima, pois, segundo ela, a palavra se aplica a situações em que haveria crime de responsabilidade do governante. “A própria oposição reconhece que não há uma desonestidade sequer da presidenta Dilma, então, o nome correto do movimento que quer afastá-la do cargo é golpe.” Bete Sahão credita aos governos petistas, de Lula e Dilma, ao darem autonomia a Polícia Federal e ao Ministério Público, a devassa que vem sendo realizada na PETROBRAS por meio das in-

Eu não tenho como prever como será o desempenho de nossas candidaturas em 2016. Porém, estou certa de que elas serão fortes. Se algumas pessoas no PT erraram, elas têm de pagar por isso. Mas isso não pode servir de pretexto para atirar os demais membros do partido na lama.

vestigações sobre corrupção, que segundo ela, ocorre desde os tempos de FHC. Ela lamenta, porém, o fato de as investigações terem desencadeado o que classificou como discurso de ódio contra o PT, enfraquecendo e deturpando o processo democrático, no entender dela. A deputada não acredita que as manifestações radicalizadas contra o partido contaminarão as candidaturas petistas nas eleições do ano que vem. “Penso que esse ódio tende a ficar restrito a uma parcela reduzida do eleitorado. É uma parcela que faz barulho e que ganhou certa projeção, amparada pela im-

prensa de oposição. Eu não tenho como prever como será o desempenho de nossas candidaturas. Porém, estou certa de que elas serão fortes. Se algumas pessoas no PT erraram, elas têm de pagar por isso. Mas isso não pode servir de pretexto para atirar os demais membros do partido na lama. Somos mais de 1,5 milhão de filiados. Milhões de pessoas sérias e comprometidas com a construção de um país melhor e mais justo. Tenho certeza de que a maioria da população saberá separar as coisas e reconhecer o esforço de nossas lideranças nos municípios.”

Governo tucano “O governo Alckmin tem sérios problemas de gestão, podemos citar, de um modo geral, a falta de transparência no trato com a coisa pública. Veja, por exemplo, os sigilos que ele decretou em torno dos documentos e dados da Sabesp e do Metrô, dois órgãos envolvidos em sérias denúncias de corrupção. O que ele tem a esconder da população?”, pergunta, para exemplificar a cobrança seletiva, segundo ela, com que imprensa e setores da sociedade tratam os governos petistas. Ela aponta a ausência de diálogo com a população como outro ponto crítico do governo de São Paulo e lembra a reforma da rede de ensino, que está resultando no fechamento de escolas. Ela citou ainda problemas de gestão sérios como a crise hídrica e falta de investimentos. “Compare, por exemplo, quanto o governo federal destina para a saúde do município e compare com o quanto o governo estadual manda. É vergonhoso para São Paulo, na condição de Estado mais rico do País, investir tão pouco em uma área dessa importância. E isso vale para todas as outras áreas, que também não recebem recursos do governo estadual.” Na área da educação, segundo a deputada, o Plano Estadual da Educação só passou

a ser discutido com a interferência dos deputados petistas e do PSOL. “Conseguimos uma vitória para a população, que foi garantir a realização de audiências regionais para que a população possa debater o projeto e fazer suas sugestões. A participação dos cidadãos e cidadãs é fundamental para que tenhamos uma legislação que de fato atenda aos anseios da sociedade, em especial em uma área tão crucial, como é a educação. Essa legislação é bastante complexa e versa sobre diversos temas. De modo geral, ele estabelece metas para serem cumpridas nesta área nos próximos dez anos. Com as audiências públicas, teremos condições de trazer a sociedade para o debate, especialmente os professores e demais profissionais que atuam na área. Para Bete Sahão, o trabalho da oposição ao governo tucano é dificultado já que o governador Geraldo Alckmin possui uma maioria ampla na Assembleia Legislativa. “A maioria governista procura blindar o debate e as investigações que possam desnudar os interesses do Executivo, mas temos conseguido furar essa barreira, pelo menos levando ao conhecimento do público os escândalos envolvendo a administração tucana. Não é uma tarefa fácil, porém, temos atuado com persistência, para seguir com nossas apurações.”


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Dinheiro em prol da população

Cartão postal abandonado

Pelos distritos

O vereador João Roberto Camargo, PPS, tem cobrado melhor uso do dinheiro municipal em prol a população. Responsável pelo projeto que colocou mais um médico plantonista na Santa Casa do município, o vereador solicitou ao chefe do executivo, para que reverta os recursos na contratação de mais médicos “Com o dinheiro que é gasto nas festas aqui em Monte, daria para contratar vários especialistas, neuropediatra, pediatra, cardiologista, urologista e assim estaríamos oferecendo um sistema de saúde com qualidade para população”. Camargo lembra ainda que não é contra a realização de festas, até mesmo porque, segundo o vereador, elas são formas tradicionais de manifestações de Monte. “O que não pode acontecer é o município gastar uma quantia enorme em festas e deixar faltar serviços básicos de saúde e não investir no bem estar da população”.

Abandonada pela atual adminstração, a fonte luminosa, na praça São João, é sempre lembrada pelo vereador Lelo Maset, PDT, que tem cobrado que fonte seja ligada novamente “É uma pena, a fonte é um cartão postal da cidade, um local onde as famílias poderiam ir para passear, aproveitarem a noite da cidade, mas está totalmente abandonada e ninguem faz nada”. De acordo com o vereador, o executivo alega problemas de manutenção, mas não especificou quais seriam os problemas e também não buscou uma solução. “Na verdade sempre tem história nova, seria interessante que reativassemos este cartão postal do municipio”. Ainda de acordo com o vereador, até mesmo a funcionária, contratada para limpeza do local, está deixada de lado e não vem recebendo os salários.

O vereador Gilmar da Funerária, PSB, tem obtido destaque nas indicações e reinvindicações de melhorias para os distritos de Monte Aprazível. Somente este ano o vereador já sugeriu ao chefe do executivo, a construção da uma nova unidade básica de saúde, para atender os moradores de Itaiúba, que segundo o texto da indicação de Gilmar, passam por condições precárias no atendimento de saúde. O vereador cobrou ainda a reforma do Centro de Lazer de Engenheiro Balduíno, e lembrou do pedido antigo dos moradores para a iluminação do estádio. O distrito de Junqueira também foi lembrado pelo vereador, que cobra a construção de galerias pluviais, para evitar transtornos para população. Além das indicações Gilmar, convive nos distritos e deixa caminho aberto para que os moradores destes locais reivindiquem seus direitos.

Uma solução para todos

Mais segurança

Na última sessão dos vereadores, Márcio Miguel, PP, protocolou o requerimento ao poder executivo do município, para que seja tomada alguma providencia com relação a situação do prédio da antiga fábrica Pro Plan, Atualmente o prédio serve como abrigo para moradores de rua e usuários de drogas, que correm risco de acidentes e colocam em xeque a segurança do bairro. No pedido protocolado por Márcio, deixou claro que a prefeitura ganhou na justiça o direito de demolição do prédio, aguardando assim, um possível recurso dos antigos proprietários, mas desejando saber quando será possível a demolição da área. “O local serve como casa para moradores de rua, que correm um risco enorme do prédio cair sobre eles a qualquer momento, sem falar que o local está completamente abandonado e só tira a beleza da entrada da nossa cidade, alguma providencia deve ser tomada o mais breve possível”.

O presidente do CONSEG de Tanabi, vereador Tenente Osmar presidiu no dia 22 a reunião ordinária mensal em que se discutiram questões de segurança do município. Tenente Osmar relatou aos membros do Conselho as modificações nas mãos de direção em algumas ruas e anunciou, para breve, a implantação de mão única na Capitão Daniel da Cunha até a ponte do bairro São Judas. Segundo o vereador Osmar foram discutidos o estabelecimento de pontos de embarque e desembarque de estudantes universitários para melhor segurança deles. O CONSEG notificou a prefeitura para bloquear a ponte de madeira sobre a represa do Parque Ecoturístico, impedindo que motociclista a utilizem como desvio. Ficou estabelecido que a PM, dentro das possibilidades, reforçará a segurança, inclusive nos bairros de Ecatu e Ibiporanga.

Aposta errada

Os candidatos com pretensão a disputar o cargo de prefeito de Monte Aprazível no ano que vem devem estar conscientes de que terão de disputar a vaga com o ex-prefeito Wanderley Sant’Anna. Ele só não será candidato se for impedido pela Justiça. Wanderley tem gosto e vaidade para o cargo e com essas vontades como motores, somente o acaso ou forças alheias são impedimentos.

Aposta certa

O nome do padre e ex-prefeito de Monte Aprazível, José Viana Arrais, paira como fantasma para os postulantes a uma indicação de vice de qualquer chapa. Sosseguem! Aos 80 anos e meses de idade e mesmo com disposição física para chupar manga espada no pé e agilidade mental para decifrar enigmas matemáticos, Viana deu como cumprido seu papel de liderança política e espiritual na cidade.

“Teje” presa

Acossada de um lado por ecologistas desavisados e pelo Ministério Público de outro, a prefeita Bel Repizo (PMDB), de Tanabi, optou pelo mal menor que beneficia gente. O MP ordenou que a prefeita se virasse para abrigar crianças em creche e ecologistas fizeram protestos para impedir o corte de uma seringueira exótica plantado no único terreno público próximo dos novos bairros carentes de escola infantil. Pôs abaixo a figueira.

Fogo na roupa

Pesquisa divulgada no final de semana dá conta que o ex-presidente Lula ainda tem a maior intenção de votos

para o pleito de 2018. A ênfase foi dada na rejeição registrada ao seu nome: 57%. O detalhe é que o tucano José Serra, tem 56%, Aécio Neves subiu para 47” e Marina Silva saltou de 31% para 50%. A leitura é óbvia: o esforço em tocar fogo em Lula, Dilma e no PT está consumindo as vestes de todo mundo.

Oxigenação

Eleitores de Monte Aprazível estão preocupados com o pensamento conservador, que parece ser tornou hegemônico no Congresso, na grande imprensa, nas entidades patronais e parcela da sociedade. Eles pretendem criar um grupo de discussão de temas políticos e sociais e segundo a comerciante Keila Morais (PT), um das integrantes, a ideia é que o grupo seja suprapartidário, sem que isso o impeça de dar pitacos em eleições.

Atividade

José Francisco (PC do B), ex-prefeito de Tanabi, retorna de férias da Europa depois do feriadão. Entusiastas de sua candidatura dizem que a data marca o início do calendário eleitoral no municipal.

O tempo da morte

Em Nipoã, um mero exame de sangue tem o resultado ao paciente entregue em, no mínimo, 30 dias.

Opções

Genilson dos Santos (DEM) e o vereador Luzinho Assola (PPS) se apresentam como opção à sucessão da prefeita Marli Ferreira, em União Paulista, e esperam um sinal de apoio dela para definir a cabeça de chapa. Genilson foi candidato a deputado federal em 2012 e Luizinho é identificado naturalmente com a prefeita. Os outros prováveis candidatos são Izaias Alves, que já exerceu o cargo em três mandatos, e José Luiz Sabino, prefeito por uma vez.

Atividade

O médico Nelson Montoro e o empresário Toninho Minuci, prováveis candidatos em Monte Aprazível, estão em intenso trabalho eleitoral.

Aliviômetro

Faltam 427 dias para Mauro Pascoalão desocupar a prefeitura de Monte Aprazível.

De propósito

Antes, muito antes, de sua passagem por celas suíças, com destino a xadrez nos Estados Unidos, nesta semana, o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, passou por Monte Aprazível, mais precisamente no Bar do Raul, estabelecimento que não existe mais. José Maria Marin foi, como diria Brizola, filhote da ditadura e apadrinhado por Paulo Maluf exerceu o cargo de governador por dez meses. Não bastasse, virou cartola do futebol. Atribui-se como consequência de a um discurso seu a prisão, tortura e assassinado do jornalista Wladimir Herzog, em 1975, episodio que apressaria o fim da ditadura militar. Com esse enredo de vida, o final só poderia acabar em cadeia.


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Vereador acusa Luciano de dilapidar patrimônio de Nipoã Com voto do presidente Pedrão da Oficina, Câmara aprova venda de terreno, avaliado em R$ 400 mil e o único da prefeitura; o mesmo projeto foi rejeitado no ano passado

Edvandro Ferreira O vereador Dão Pedreiro (PV) teme pelo patrimônio do município de Nipoã, depois que a Câmara, na sessão da última terça-feira, concedeu autorização para o prefeito Luciano Scalon (PP) colocar a venda um terreno, que segundo ele, é o único imóvel urbano da municipalidade. No ano passado, a mesma

Câmara rejeitou o projeto com o mesmo teor, quando a Mesa Diretora, presidida por Dão, mobilizou os habitantes da cidade contra o projeto. “É inaceitável vender um patrimônio da população para cobrir os rombos da má gestão do prefeito. Dispor do terreno é injustificável, mesmo que o prefeito tivesse o melhor dos propósitos para ele. É um terreno que fica ao lado da sede da

prefeitura e o município precisa dele, o nosso Posto de Saúde precisa de um novo prédio, esse terreno vai fazer muita falta”, prevê o vereador. Dão questiona a justificativa do prefeito, que alegou que o recurso obtido com a venda será usado para implantação de aterro sanitário e barracão de coleta seletiva. “No ano passado, o prefeito Luciano usou como justifica que o dinheiro seria usado

O prefeito Mauro Pascoalão (PSB), o presidente do PRÒS, Danilo Cesar Calango, e o empresário José Carlos Gleriano, estiveram reunidos com o deputado federal e representante da Frente Parlamentar de Apoio ás Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas da Câmara dos Deputados, Sinval Malheiros (PV), na semana passada, quando discutiram a realidade da saúde em Monte Aprazível. O encontro foi na empresa MINAJEN, de propriedade da família Gleriano. Segundo Danilo, na ocasião, foi solicitado do deputado apoio para a Santa Casa. “O deputado �icou muito sensibilizado com o pedido e con�irmou que fará gestões para viabilizar investimentos para a entidade que desenvolve importante trabalho de atendimento médico e de saúde para os municípios da região”, ressaltou Danilo.

Av. Antonio Canheo - 510 - Monte Aprazível

para pagar o décimo terceiro e salário de dezembro de 2012 dos funcionários, agora é para aterro sanitário. Na verdade, é para cobrir o rombo da má gestão dele, que é a maior da história do município, e ficaremos sem aterro, o município sem terreno e os funcionários sem receber dezembro de 2012.” Segundo o vereador, em 2014, ao receber o projeto de venda do terreno, ele usou suas prerrogativas para retardar a votação para que a população o discutisse e os vereadores refletissem sobre a venda. O projeto foi rejeitado por unanimidade. “Agora, o presidente Pedrão fez o inverso. Recebeu o projeto na sexta à tarde e os vereadores só tomaram conhecimento horas antes na votação de terça. Não houve discussão, o que houve foi pressão do prefeito que esteve presente na Câmara até o projeto ser colocado em votação.” Além de Dão, votaram contra os vereadores Capelão, Carlinhos do Banco do Brasil e João Gasparino. Votaram favoráveis Rosa do Bar, Marcos Mineiro, Flávio Spagnholi e Maurício Bonito. Em voto de desempate, o presidente Pedrão votou favora-

O terreno, colado a sede da prefeitura, de 853 metros, é avaliado em torno de R$ 400 mil

velmente. .Para Dão Pedreiro, a questão do terreno não está liquidada. Ele considera tratar-se de um dos imóveis urbano mais valorizado da área urbana da cidade, estimado, segundo ele, em R$ 400 mil. “Agora, a tarefa dos vereadores que votaram

contra e da população é acompanhar o processo de alienação (venda em leilão público), a transparência do processo e o estabelecimento do valor mínimo, porque se mal maior que é vender o terreno é inevitável, temos que zelar para que não seja jogado fora”.

Abreu Barbieri Empreendimentos Imobiliários Ltda.- CNPJ12.876.190/0001-94, torna público que recebeu da CETESB a Licença de Operação de Loteamento Nº. 81000084. Localizado na Avenida Maria Viúdes Aguerra Peres, s/nº - Centro, no município de Sebastianópolis do Sul – SP.


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De que cor é a morte?

Marina Paschoalli, que trocou Monte Aprazível pela Cidade do México há 5 anos, conta suas experiências no Día de Muertos dos mexicanos e de como a morte é celebrada por lá Marina Paschoalli, do México

Lembrando da minha infância, quando penso no Dia de Finados, todas lembranças que passam por minha cabeça tem, curiosamente, cor acinzentada. É curioso porque hoje essa é a cor que menos representa Finados para mim, mas voltemos a infância: lembro do cheiro de

incenso da missa e do cheiro a fósforo queimado, velas brancas derretendo sobre tumbas de concreto, o céu azul do verão aprazivelense contrastando com a falta de sorrisos nas caras das pessoas. “Crianças, silêncio, hoje é dia de respeito!”. Uma curta frase cala as poucas gargalhadas que soam. Nossa cultura vela os mortos em silêncio. Nem mesmo a lembrança de todas as flores que provavelmente pintavam todo o cemitério nessa data conseguem afugentar essa ideia que tenho de que era um feriado cinza. A morte para mim era monocromática. Há mais ou menos cinco anos me mudei pro México, e entre tantas coisas que alteraram minha forma de ver o mundo, uma delas foi a percepção da morte, e o Día de Muertos desde então é meu feriado favorito. Desde a segunda quinzena de outubro, quando os ramos laranjas e amarelos de cempasúchil (cravo da Índia) começam a aparecer pelos jardins, os ânimos já mudam. Papel picado de todas as cores e temas enfeitam a cidade, caveirinhas de açúcar e de chocolate são postas a venda nas esquinas, tem pan de muerto em todas as padarias (e não, o pão de morto não é feito de gente morta, como o nome pode sugerir). Tradição e festa por todos lados. O Día de Muertos aqui no

A tumba só guarda um esqueleto Mas a vida em sua abóbada mortuária Prossegue alimentando-se em segredo. Manuel Acuña

México não é um feriado inteiramente católico, mas uma mistura da celebração de origem pré-hispânica para honrar os mortos com as católicas de Finados e Dia de Todos os Santos. Reza a lenda que no dia 1º, a alma das crianças que já faleceram voltam à Terra para visitar os seres queridos por uma noite. Já no 2º dia, é a vez dos adultos. Pode parecer estranho, mas imagine se você tivesse um dia por ano pra matar a saudade das pessoas queridas que já morreram? Ou melhor, se você estivesse no mundo dos mortos e pudesse voltar uma vez por ano. O que fariam? Festa, obviamente! E festa é o que o México faz todos os anos nos dias 1º e 2 de novembro. Se Monte Aprazível ficasse no México, nosso cemitério seria mais lotado nessa data que em época de rodeio, acreditem! As oferendas aos mortos são postas tanto nos cemitérios como em altares nas casas das pessoas a partir do dia 1º, e consistem em vasos de cravo da índia (flor que aqui é conhecida pelo nome de origem nahuatl cempasúchil), caveiras de açúcar, pão de morto e outros comes e bebes, junto com as velas acesas. A finalidade é não só homenagear mas também atrair os espíritos para que lembrem e voltem a visitar esse dia. Claro que o México é um país gigante e cada região herdou tradições diferentes. Cada cidade ou estado tem sua particulari-

convênios: AUSTA, HB SAÚDE, UNIMED

dade. No meu primeiro Día de Muertos, por exemplo, em 2010, fui visitar uma cidadezinha rural de cinco mil habitantes chamada San Vicente, que fica na Huasteca, uma região mexicana ao longo do rio Pânuco e costa do Golfo do México. Durante a noite do 1º di, todos participam da velação e no caminho para o cemitério, os lugareiros passam antes a visitar as oferendas de todos os vizinhos, levando algo para contribuir: pratos de comida, doces, bebidas, frutas, flores… quando finalmente chegam no cemitério, lá os espera um grupo de huehues, que são homens e mulheres que dançam e tocam música típica usando máscaras de madeira. Diz a lenda que em San Vicente há muitos e muitos anos, antes da invasão azteca, estava um grupo de pessoas, muito triste, chorando seus finados, quando apareceu um espírito mascarado dançando pelas tumbas. O sacerdote do povoado se aproximou e descobriu que o espírito estava ali pra mostrar como honrar aos mortos com aquelas danças. O pessoal a princípio não botou muita fé, até que apareceram mais almas mascaradas e inevitavelmente as lágrimas cessaram e começou a festa. A partir daí se difundiu por toda a região da Huasteca a tradição das apresentações de huehues mascarados que dançam nas ruas e cemitérios muito alegremente, algo incrível de

presenciar. Alguns anos depois, na ilha de Janitzio, no estado de Michoacán, pude assistir a velação mais bonita que já vi na vida: do alto da ilha, todo o lado de Patzcuaro se acende com as oferendas que os pescadores colocam em cima das lanchas. Tenho fotografias mentais pra vida toda. Este ano o plano é ficar aqui na cidade, ir ao lago de Xochimilco para ver a encenação da lenda da Llorona e visitar o cemitério local. Minha oferenda já está pronta, enfeitando a casa. Os rituais dessa data talvez sejam os mais transcendentes

por aqui depois do Natal: todas as casas têm seu altar, velar os amigos e parentes queridos em clima de festa a noite toda continua sendo tradição em diversas famílias e as crianças todos os anos fazem caveirinhas com o nome dos amigos para presenteá-los. Cada um termina comendo a própria caveira e isso sempre me pareceu muito simbólico: transformar os ossos em açúcar. Os esqueletos em arte, o silêncio em música, porque o México me ensinou que posso respeitar e dançar ao mesmo tempo. O Día de Muertos me ensinou que a morte tem uma versão colorida.

Serviço dos cemitérios na região Rita Gallo Os cemitérios de Monte Aprazível, Tanabi e Nhandeara funcionam em horário especial no Dia de Finados, O cemitério de Monte está aberto à visitação das 5 às 19 horas. O de Tanabi, dàs 7 às 19 horas. Já os cemitérios São João Batista, em Nhandeara e o Campo Santo, em Ida Iolanda, funcionarão no Dia de Finados das 6 às 20 horas. No fim de semana, o ho-

rário de funcionamento é das 7h30 às 18 horas. A limpeza no interior e exterior dos cemitérios foi feita pelas prefeituras, mas a limpeza dos jazigos é de responsabilidade dos familiares, que tem até hoje para efetuarem a limpeza nos cemitérios de Monte Aprazível e Nhandeara, e até amanhã para limparem os túmulos no cemitério de Tanabi. Nos dias 1º e 2 não serão permitidas construções ou reparos nos túmulos.


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Educar e encantar com as mãos A costureira, professora, funcionária pública, psicopedagoga, artesã e artista plástica Sônia Canheo constrói uma realidade manual Carlos Carmello A minha realidade é manual. Tudo na minha vida profissional é e foi feito com as mãos. Aos doze anos, ganhei meu primeiro presente, uma máquina de costura que tenho até hoje. Minha mãe era costureira, mas só costurava roupa de homem e fui fazer um curso de corte e costura para aprender fazer roupas femininas. Enquanto aprendia a costurar, eu tinha nas mãos outra ferramenta, a enxada com que ajudava meu pai na roça. A gente morava num sítio, onde hoje é a Vila Aparecida (Monte Aprazível). Naquela época, tinha uma ou outra casa, o resto era chácaras e lotes, o bairro estava começando e os moradores faziam quermesse para erguer a igreja. Enquanto trabalhava como costureira, continuei estudando até me formar professora. Mas continuei com a costura, porque eu não era efetiva; em 1970 comecei a dar aula no MOBRAL (movimento brasileiro de alfabetização de adultos) e logo depois, virei inspetora de aluno em Nhandeara e no Feliciano Sales Cunha, em Monte. Eu já estava casada com Luiz Carlos Canheo e recorri a um trabalho manual que já sabia fazer, o bordado e pintura em tecidos, para prestar um concurso para um emprego melhor. Fui aprovada no concurso de auxiliar de

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papiloscopista, mais uma vez, um trabalho que envolve as mãos, mas as dos outros. O papiloscopista analisa as impressões digitais dos dedos. Para me manter em São Paulo durante três meses do curso da Academia de Polícia, usei o dinheiro que ganhei com guardanapos pintados e bordados que o seu Bem Bem (Ernesto Peresi) vendia na venda dele. Eu pintava 60 ou mais guardanapos por semana. Com a garantia do emprego público, em 1998, fui aprender a pintar telas. Comecei com as técnicas acadêmicas, mas meu primeiro quadro foi intuitivo, nem tinha muita noção do estilo, mas ele foi classificado como näif (com inspiração primitivista e segue apenas a maneira natural de pintar) e de cara ganhei o primeiro prêmio no Festival do Folclore de Olímpia, que é referência para esse estilo de pintura. Para não perder a classificação do estilo näif, deixei de frequentar o curso acadêmico e continuei pintando de maneira intuitiva. Fui presidente do Fundo Social de Solidariedade de Monte Aprazível, na ges-

tão do prefeito padre Viana (1993/1996) e na gestão do Carlos (o marido), de 2001 a 2004, fui primeira dama e voltei a presidir o Fundo. Tive a oportunidade de uma estrutura mais favorável e realizar um trabalho muito interessante com artesanato. Criamos a Casa da Cidadania, ensinamos muitas técnicas de trabalho manual, criamos uma asso-

ciação de artesãos da cidade, onde eles foram cadastrados, receberam carteira e incentivo. Muitos novos artesãos que aprenderam as técnicas nos cursos da Casa da Cidadania estão vivendo de sua arte hoje. Montamos cursos de pinturas em tela e em tecido, confecção de cestos com papel jornal, bordado, culinária, maquiagem, modelo e outros. Não tinha custo nenhum para a prefeitura, e os trabalhos eram vendidos para comprar o ma-

terial utilizado nas aulas. Era custo zero e as pessoas aprendiam uma profissão para melhorar a renda. Depois que deixei a prefeitura e me aposentei, passei a me dedicar a psicopedagogia. O trabalho da psicopedagoga é ensinar o aprendizado, ensinar a criança a aprender e os brinquedos desempenham um papel muito importante nesse processo e mais uma vez eu recorri às mãos. Nesse processo de aprender brincando, faço com as crianças os próprios brinquedos. Confeccionamos juntos os brinquedos que são utilizados, como o cinco marias (jogo dos saquinhos de areia), jogo da velha, bonecas. Hoje, as bonecas que faço para vender ocupam quase todo o meu tempo. Foi o meu aprendizado para usar as mãos mais recente. Apesar de toda a minha experiência com costura, eu não sabia fazer. Fui catando uma dica aqui, outra ali, vendo na internet, e fui criando o meu estilo, minha temática. São bonecas para brincar, para crianças de qualquer idade, sem adereços e peças para crianças menores, e bonecas que servem para decoração, para o encantamento de

crianças e adultos. Apesar de fazer tanta coisa com as mãos, eu não ganho dinheiro, como outros artesãos também não ganham. O trabalho artesanal não tem valor, é um problema cultural do brasileiro, eu acho, que prefere pagar mais por um produto industrial, feito em série, a comprar um trabalho artesanal, que é único e personalizado. Outro problema é que não há incentivo. Aqui em Monte Aprazível mesmo, a associação dos artesãos foi abandonada, não se ensina nada, nunca mais teve uma feira de artesanato. Na televisão mesmo tem passado uma propaganda incentivando as pessoas comprarem produtos de microempresas, de artesãos, aquilo que é vendido nos bairros das grandes cidades, quem sabe os gestores públicos se conscientizem disso. Nós temos que dar oportunidade para as ideias criativas, as ideias artísticas, para que o artesão possa sobreviver de seu trabalho. Eu não tenho a preocupação e a necessidade de sobreviver com o meu artesanato, com meus quadros. Para mim, é mais pelo prazer de fazer coisas bonitas do que ganhar dinheiro, mas tem muita gente que pode ter uma renda melhor e viver com dignidade com o trabalho de suas mãos. Basta incentivo, porque as mão fazem mágicas.


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Do pagode ao sertanejo ostentação Dupla Henrique e Diego se apresenta pela primeira vez em Monte Aprazível; Dupla é marcada pela variedade musical em seu perfil

Edvandro Ferreira

Luiz Henrique Teixeira e Diego Barros da Silva, nasceram numa das capitais onde o sertanejo é de lei: Cuiabá, no Mato Grosso. Mas a dupla não queria ser apenas uma das inúmeras duplas que brotam no estado, referência do novo estilo sertanejo, denominado universitário. E hoje, já sucesso Brasil afora, os cuiabanos, que se apresentam às 17h em Monte Aprazível, conversaram de forma exclusiva com A Voz Regional sobre a carreira e do que vem por aí. O início Durante a infância, ambos, mesmo antes de se conhecerem, demonstravam que queriam se destacar entre a multidão e procuraram estilos diferentes para ficarem perto da música, que já fazia parte de suas vidas. Diego por exemplo, aproveitou inspiração familiar e iniciou a carreira artística de forma modesta na Escola de Samba Estrela do Oriente, onde o presidente era o seu avô, até chegar como vocalista em diversos grupos de pagode, mas como ele mesmo define. “Tenho da influência da música desde quando estava na barriga da minha mãe”. Já Henrique preferiu a escola e as reuniões do grupo de jovens para começar a vida de cantor. “Eu até tinha a fama de ser meio relaxado com as

coisas da escola e a música foi uma forma de focar nos estudos e como estudava numa escola católica, o padre me colocou para tocar violão nos grupos”. No inicio, teve que carregar microfones e aparelhos para outras duplas e bandas. Naquelas andanças que o mundo artístico proporciona, os dois foram se encontrar quando foram chamados para atuarem no mesmo grupo de pagode, em 2002, onde ficaram por três anos, até abandonarem o cavaquinho e se dedicarem ao violão, e ao estilo universitário. Depois de lançamentos independentes e poeira da estrada, a dupla começa a colher os louros da vitória, com inúmeros sucessos que estão na boca do povo, como Coração sem Noção, Festa Boa, Oh Delícia, Safadim e o mais recente sucesso, Suíte 14, gravada em novembro passado com a participação do funkeiro MC Guimê, e visualizada por mais de 6 milhões de pessoas na internet. Além da ostentação com o funkeiro, a dupla caiu nas graças do público com outro sucesso da galera ostentação: o hit Eh Tudo Toiss, feita em homenagem ao jogador Neymar. O que vem por ai A dupla enxerga no cenário musical constantes mudanças entre as mais tocadas

2015 Rua José Luis Fermino, 142 Pq. das Aroeiras - Monte Aprazível

Suíte 14, gravada em novembro passado com a participação do funkeiro MC Guimê, já teve mais de 6 milhões de pessoas na internet.

do país, mas se sente privilegiada por terem músicas gravadas do início da carreira e que ainda despertam interesse no público. “Tem músicas que gravamos em 2009 e até hoje nós cantamos, o pes-

soal pede mesmo”. Entre as novas marcas de Henrique e Diego, está Suíte 14, música que ficou entre as 5 mais tocadas no país e na lista Billboard, e que também chegou a alcançar o primeiro lugar no

ranking nacional. No último disco lançado pela dupla, Tempo Certo, os músicos contam com as participações especiais de César Menotti e Fabiano, MC Guimê e Turma do Pagode. “

O César Menotti e o Fabiano nós somos muito fãs, assim como gostamos da Turma do Pagode, que também é algo diferente e vai de encontro naquilo que nós gostamos, que é a mistura de ritmos”.


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Festival Deguste aquece vendas em Tanabi Edvandro Ferreira O movimento no setor de bares, restaurantes e similares em Tanabi esteve aquecido e com temperos diferentes nos últimos dias. O primeiro festival gastronômico do muni-

cípio fez com que a população se tornasse especialistas em sabores e atendimentos para escolher os melhores pratos da noite tanabiense. Segundo o presidente da Associação Comercial e Industrial de Tanabi e organizador

do evento, Miler Veiga, o festival Deguste superou as expectativas, além de colaborar para o desenvolvimento para o setor alimentício do município. “Tivemos um resultado melhor do que esperávamos, a adesão da população foi formidável e

movimentou os bares, lanchonetes, pizzarias e lanchonetes”. O comerciante comenta ainda que em 20 dias de festival, mais de R$85 mil foram movimentados no setor. Os 20 estabelecimentos participantes inscreveram 20

pratos diferentes, sendo um por estabelecimento, para serem votados pela população sobre qual seria o mais saboroso. Segundo levantamento feito pela organização do evento, mais de 7 mil votos foram computados até a última semana

Aos poucos, a administração de Mauro Pascoalão em Monte Aprazível, vai se revelando. Se revelando para o fantástico, o sensacional, nós, é que não estamos preparados para ela, que é futurista, está muito além de nosso tempo. Vivemos em um mundo que só agora começa a discutir questões da sexualiddade e de gênero, mas a administração de Monte Aprazível já a superou. Por aqui já foi resolvido a questão de gênero, e de forma radical, o gênero foi abolido, é tudo uma coisa só, homem com homem, mulher com mulher, e todos em um mesmo sanitário, como ocorre no Centro de Saúde, conforme mostra a placa. A revolução é um tanto tímida ainda, tem duas placas indicando que feminio e masculino usem o mesmo espaço. Mas é questão de tempo para se economizar com as plaquinhas, que, em Monte, já são dispensáveis.

O zagueiro gente boa e professor exemplar por Edvandro Ferreira De forma até meio tímida, ele segue pedalando sua bicicleta com a sacolinha cheia de cartelas de bingos, que geram renda extra no final do mês, junto com o sorriso que o caracterizou em Nhandeara. A cidade ele praticamente viu se desenvolver desde quando nasceu no final da década de 40. Foi em Nhandeara, onde deu os primeiros chutes na bola, jogando pelo Nhandeara Esporte Clube e Paulistinha, e se tornou um zagueiro e derrubador de lateral adversário, como gosta de se definir com bom humor. Antônio Batista Beltran é cidadão ilustre e orgulhoso de Nhandeara, filho mais velho do casal João Batista e Abadia. Teve a vida inteira dedicada ao futebol profissional e amador e também à Nhandeara. Só abandonou a terra querida para jogar bola em alguns times do Centro-Oeste brasileiro, como o operário e na Bolívia, no Oriente Petrolero e Bata. Como treinador, teve uma curta passagem pelo Itumbiara, na primeira divisão de Minas Gerais. Com os garotos, se tornou campeão estadual mineiro em 1996, uma das conquistas que ele mais gosta de lembrar entre as dezenas. “Eu sonho em ter um campo de futebol, para colocar a molecada para correr atrás da bola, treinar e jogar” comenta ele, com o sorriso meio tímido e o olhar sonhador no horizonte, como se já visualizasse o “Batista Arena”.

Não se casou e não teve filhos de sangue, e segundo ele, não teve tempo para estas coisas. Decidiu ser o pai, avô, amigo, irmão de todos os moradores de Nhandeara. Assim como um pai, se orgulha ao falar dos inúmeros ‘filhos’ que passaram pela sua escolinha de futebol e cresceram profissionalmente em suas mãos e pés. Com muita alegria, lembra de alguns que hoje estão em grandes times nacionais, como Glauber, ex-zagueiro palmeirense e Doriva, atual técnico do São Paulo e campeão paulista em 2014, pelo Ituano. “Esses são uns que passaram por aqui e se deram bem, mas tem um monte. Se formos colocar aqui o nome de todos iríamos ficar até amanhã, mas todos são meu orgulho, É bom passear por Nhandeara e ver que muitos pais de família passaram pela minha escolinha e hoje são pessoas do bem. Esta é a minha maior medalha e maior troféu”. Sobre o riso, sempre presente no rosto, ele só diz que é impossível ficar no meio da garotada e não ficar contagiado pela alegria deles. “A melhor parte é justamente esta alegria e convivência que tenho com eles, e o respeito entre a gente, isso não tem dinheiro ou medalha que pague”, comenta, antes de pegar a bicicleta mais uma vez e passear tranquilamente na cidade que ele colaborou com o bom humor e a dedicação aos jovens.

Em Nipoã

O resultado com o nome dos quatro vencedores, sendo 3 pratos salgados e 1 doce, será divulgado na próxima terça-feira e A Voz Regional vai trazer as receitas vencedoras e também os novos chefs tanabienses.

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Natal Fiamenguini comanda mais uma tarde animada de churrasco no Restaurante Estrela

O �im de semana, principalmente a sexta-feira, é o tradicional dia de descontração dos amigos Dr. José Silvio Namar, Dodo Martuci e Cláudio Estrela

A pequena Leticia, �ilha da mamãe Karina Polotto e do papai Fabio Henrique Rubio, é puro charme em recente ensaio fotográ�ico

O delegado de Polícia, José Francisco, junto com o presidente da Câmara de Tanabi, Nivaldo Evangelista e o vereador Dema

A comemoração do Halloween da turminha do infantil da escola Fundação Educacional de Tanabi foi muito animado e com muitas guloseimas

A turminha da escola de futsal Brasileirinho, em recente campeonato de futsal na escola Ânglo

Quem também aparece na coluna é Adélia Repizo, que esbanja simpatia e charme em recente viagem a Itália, onde ela navegou pelo Lago de Como, o terceiro maior do país

O amigo tanabiense Leonardo Alexandre manda notícias da Croácia, onde vive atualmente. Na foto, Leonardo visita a cidade histórica de Dubrovnik

A belíssima Karla Repizo recebe os cumprimentos nesta quinta (05/11) de todos familiares e amigos

Em re Garc


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coletti.imprensa@yahoo.com.br

CPMF MAIS CRUEL O que os deputados e senadores não fizeram nos dez meses deste ano, a presidente Dilma Rousseff quer que eles façam nos próximos 45 dias. Quer dizer, até 18 de dezembro, quando se dá o início das férias parlamentares. Há na pauta de votações do Congresso Nacional projetos bombas para os bolsos dos brasileiros, com a justificativa de acertar as contas do governo, o chamado ajuste fiscal. Entre eles, o destaque é o que recria a CPMF, extinta em 2007, mas com uma alíquota mais salgada, de 0,38% sobre todas as operações financeiras realizadas no Brasil. O resultado será uma montanha de dinheiro, estimada por volta de R$ 60 bilhões anualmente. No projeto que enviou ao Congresso Nacional, o governo propôs a alíquota de 0,20%. Seriam direcionados os 0,18% a mais para os governos estaduais e prefeituras, que estão também com problemas sérios para fechar suas contas, em meio à crise em que o Brasil está atolado. Essa foi a isca lançada pelo Palácio do Planalto para atrair para o seu lado os governadores e prefeitos, na guerra que terá com os parlamentares para a aprovação do retorno do imposto do cheque. Agora, vejamos como a sociedade brasileira reagirá a mais esse avanço descarado em seu bolso, cada vez mais esvaziado pela incompetência e irresponsabilidade dos que hoje comandam o nosso país. MINISTROS COM DIAS CONTADOS A pressão é tanta do ex-presidente Lula e da cúpula do PT, que a presidente Dilma Rousseff já se sente incapaz de segurar Joaquim Levy no comando da economia do país. Esta degola deverá acontecer até o final deste ano. Lula quer emplacar nesse importante cargo o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Os petistas acham que já foi para o espaço o ajuste fiscal proposto por Joaquim Levy. As medidas restritivas nele previstas só serviram para prejudicar o PT, com reflexos na campanha eleitoral municipal que se avizinha. José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, é outro próximo de ser defenestrado do cargo, por pressão também de Lula e dos petistas. Eles entendem que Cardozo, como chefe da Polícia Federal, poderia ter feito muito mais para evitar que petistas graduados, como o tesoureiro nacional do partido, permanecessem na cadeia, em Curitiba, por envolvimento nas roubalheiras da Petrobras. CUNHA O EQUILIBRISTA Mesmo com a corda no pescoço por seu envolvimento nas falcatruas na Petrobras, o deputado Eduardo Cunha continua dando as cartas em meio à crise política que atormenta o país. Ele pisca apara o governo e ao mesmo tempo para a oposição. Por enquanto, ele tem o poder monocrático de decidir o destino do pedido de impeachment da presidente Dilma: arquivá-lo ou dar início ao processo. Daí, o fato de estar sendo bajulado pelo governo e pela

oposição. Dessa situação ele aproveita para ganhar tempo e tentar contornar o imbróglio em que se meteu ao receber recursos desviados da maior estatal brasileira. Além disso, criar condições para que outros políticos estrelados, entre eles o senador Renan Calheiros, caiam também na malha fina da Operação Lava-Jato. Com a ajuda tanto do governo como da oposição, Cunha está conseguindo empurrar com a barriga a ação apresentada no Conselho de Ética, pedindo o seu afastamento da presidência da Câmara dos Deputados. Existe ainda o temor de que esse afastamento possa ser solicitado ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Ali tramitam dois processos propostos pelo PGR contra Cunha. APOSENTADORIA AOS 60 E 65 ANOS De todos os problemas que atormentam o governo Dilma Rousseff, o mais perturbador é o da Previdência Social. É um verdadeiro sumidouro de recursos públicos. O déficit previdenciário neste ano chegará a R$ 82 bilhões. O rombo em 2016 está previsto em R$ 125 bilhões, o dobro do registrado em 2014- 56 bilhões. Para reduzir estes gastos bilionários, a equipe econômica estuda uma reforma ampla, radical e imediata do sistema previdenciário. Já está definido que os homens terão direito à aposentadoria aos 65 anos, e as mulheres aos 60 anos. Hoje, a idade média de aposentadoria é de 54 anos, enquanto a expectativa de vida é de 74,9. A equipe econômica está propensa a restringir o acesso a benefícios assistenciais pagos para quem não contribuiu ao INSS. Analisa também mudanças nas regras para concessão de aposentadoria por invalidez. Outra alternativa é melhorar o sistema de reabilitação profissional de trabalhadores que se acidentarem. O governo estuda ainda a possibilidade de alterar normas para concessão de auxílios doenças, a fim de que os patrões arquem com os primeiros 30 dias de afastamento. Atualmente, só os 15 primeiros dias de licença são custeados pelos patrões. Ao propor estas mudanças, o governo certamente provocará outra guerra dentro do Congresso Nacional e com as lideranças sindicais. É um tema suscetível de muita pressão. UMA TRAGÉDIA O desemprego é uma das maiores crueldades da crise econômica por que passa o Brasil. De janeiro a setembro último, 657.761 brasileiros foram colocados na rua. Isso representa, em média, 100 dispensas trabalhistas a cada hora. Só em setembro, aconteceram 95.602 demissões. Se o Brasil não superar a grave crise econômica, a estimativa é que pelo menos 4,7 milhões de brasileiros ficarão desempregados até 31 de dezembro de 2018. Ultimo dia do governo da presidente Dilma.

Praça São João, 161 - Fone: (17) 3275-1735 - CEP: 15150-000

BOLETIM INFORMATIVO CÂMARA MUNICIPAL DE MONTE APRAZÍVEL Proposituras aprovadas na 17ª Sessão Ordinária, realizada em 20 de outubro do corrente ano. INDICAÇÕES Indicação nº 130/2015 - Autoria: Odair Marcelo Faria. Reitera Indicação, solicitando a instalação de iluminação pública na Praça do Bairro Cristo Rei. Indicação nº 131/2015 - Autoria: Edgard Maurício Vicente. Que intensifique a varrição de ruas nos bairros da cidade. Indicação nº 132/2015 - Autoria: Gilberto dos Santos. Reitera pedido para atualizar o valor da gratificação especial denominada Salário Aniversário dos servidores públicos municipais ao valor do salário mínimo vigente. Indicação nº 133/2015 - Autoria: Marco Aurélio Maset. Fazer estudos para criação de estacionamento mão única na Rua AUGUSTO CHIESA, com início na Rua Amador de Paula Bueno, até a Rua 26 de Maio, na Rua do Centro Cultural e na Rua da APAE, em sua lateral. Indicação nº 134/2015 - Autoria: Marco Aurélio Maset. Providenciar reparos na ponte de madeira localizada na estrada que dá sentido a fazenda ZOCAL, no bairro Rural da Fortaleza. Indicação nº 135/2015 - Autoria: Marco Aurélio Maset. Acionar o setor de serviços gerais para roçar e proceder uma limpeza geral no acostamento da Vicinal Irineu Silvano de Souza, além de passar a moto-niveladora no acostamento nos dois sentidos, para o uso de veículos caso necessário.

Indicação nº 136/2015 - Autoria: Edgard Maurício Vicente. Estudar a viabilidade da elaboração de um Projeto de Lei, dispondo sobre a destinação de espaço Publicitário nos muros das escolas Municipais. Indicação nº 137/2015 - Autoria: Edgard Maurício Vicente. Realizar a substituição de lâmpadas, nas praças, avenidas, na pista de caminhada do Parque das Águas e em muitos pontos nas ruas da cidade com urgência. PROJETOS PARA ENCAMINHAR ÀS COMISSÕES Projeto de Lei nº056/2015 - Autoria: Chefe do Executivo. Dispõe sobre a criação da imprensa Oficial do Município na forma eletrônica e dá outras providências. Projeto de Lei nº057/2015 - Autoria: Chefe do Executivo. Autoriza a receber em doação sem encargos de bens móveis de empresas particulares e dá outras providências. Projeto de Lei nº058/2015 - Autoria: Renato Reis Jubilato. Dispõe sobre o fornecimento de merenda escolar diferenciada para estudantes diabéticos, hipoglicêmicos e celíacos e dá outras providências. Projeto de Lei nº059/2015 - Autoria: Chefe do Executivo. Altera redação do Artigo nº 4º, Inciso I da Lei Municipal nº 3.300, de 03 de dezembro de 2014. Projeto de Lei nº060/2015 - Autoria: Chefe do Executivo. Autoriza o Poder Executivo a alterar a Lei nº 3.206, de 16/10/2013, que dispõe sobre o Plano Plurianual - PPA, e a Lei nº 3.294, de 19/11/2014, que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para o Exercício de 2015, e

abre Crédito Adicional Especial e dá outras providências. Projeto de Lei nº061/2015 - Autoria: Chefe do Executivo. Altera redação do Artigo 1º, da Lei Municipal nº 3.306, de 17 de dezembro de 2014, que autoriza o Poder Executivo a conceder auxílios e subvenções às entidades de assistência, de saúde e educação para o exercício de 2015, e dá outras providências. Projeto de Lei nº062/2015 - Autoria: Edgard Maurício Vicente. Institui a obrigatoriedade da Prefeitura Municipal de Monte Aprazível, a divulgar mensalmente listas de espera por vagas em Cemei’s e Creches, por meios físicos e eletrônicos. ORDEM DO DIA 1ª Discussão e votação Proposta de Emenda à L.O.M. nº01/2015 - Autoria: Mesa Diretora da Câmara. Acrescenta o §1º no art. 55 da Lei Orgânica do município de Monte Aprazível especificamente quanto à aplicação dos inc. IX e XIV da Lei Orgânica Municipal. Votação Única Projeto de Lei nº 048/2015 - Autoria: Marcio Luiz Miguel. Declara de Utilidade Pública a Fundação para Aquicultura de Monte Aprazível e Região - FAMAR, de Monte Aprazível e dá outras providências. Projeto de Lei nº 049/2015 - Autoria: Todos os Vereadores. Institui e inclui no Calendário Comemorativo Municipal, Passeio Ciclístico a ser realizado anualmente no dia 06 de agosto

CONVITE

C

Prezado Aprazivelense, A Câmara Municipal de Monte Aprazível, através de seu Presidente Marcio Luiz Miguel, em atendimento aos dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, convida os Munícipes, Autoridades, Representantes de Entidades Assistências, Educacionais e demais segmentos da Sociedade Aprazivelense, para a AUDIÊNCIA PÚBLICA a ser realizada no dia 07 de novembro de 2015 (sábado), no Plenário da Câmara Municipal de Monte Aprazível : 09:00 hs : (LDO) que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias para o Exercício de 2.016 – Projeto de Lei nº 50/2015 de autoria do Chefe do Executivo; 10:00 hs: (LOA) que dispõe sobre a Lei Orçamentária Anual para o Exercício de 2016 – Projeto de Lei 51/2015 de autoria do Chefe do Executivo;

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A AUDIÊNCIA PÚBLICA é obrigatória, sendo um dos instrumentos instituídos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Federal Complementar nº 101/2000 ) com o objetivo de oferecer à sociedade oportunidade de participar nas decisões políticas de alocação dos recursos públicos, o principio da transparência e motivar o controle social dos atos da Administração municipal, inclusive com abertura aos que se fizerem presentes, para apresentação de sugestões de Emendas, que serão encaminhadas ao Chefe do Executivo. Contamos com a sua valiosa presença. Monte Aprazível, 21 outubro de 2.015

Marcio Luiz Miguel Presidente

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12

31 DE OUTUBRO DE 2015

Marcelo Mazza, do Mazza Materiais para Construção, também é aniversariante da próxima quarta-feira. Na foto, ele aparece com a �ilha Marcela

A farmacêutica Zildene Gadelha, atualmente residente em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, curte as férias com amigos em Monte Aprazível

Nilda do Prado Ferrari, na foto com o marido Roberto, é aniversariante de amanhã, quando será festejada por familiares e amigos

A sexta-feira também será de festa para o vereador Renato Jubilato. Na foto, ele aparece com a esposa Karina Paulino

A sexta-feira também será de festa para o vereador Renato Jubilato. Na foto, ele aparece com a esposa Karina Paulino

O simpático José Hercil de Mendonça Costa também assume idade nova amanhã, festejado pelos �ilhos Ângelo e Katiany

Ligia Maria Pinatti Minuci brinda idade nova na próxima quarta (04/11) com o marido Toninho, com ela na foto, e com os �ilhos Juliano e Murilo

Rodrigo Gustavo Avellar, na foto com a esposa Kaíra, é aniversariante da próxima sexta (06/11). A coluna antecipa os cumprimentos

Os parabéns de hoje vão para Nelson Antônio Avellar, que na foto aparece com a esposa Marina

Antônio Fernando Salviato, da Montilar Móveis, também assume idade nova no dia 6, festejado pela esposa Nair, com ele na foto, e pelas �ilhas, genros e netos


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