A Voz de Loulé 3 de novembro 22

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Fernando Martins

O nosso jornal tem um novo colaborador. Fernando Martins, terapeuta Gibson, passará a assinar uma crónica, onde abordará os seus pensamentos, visões e filosofias de vida, relacionadas com a sua profissão. A terapia Gibson tem o propósito de cada ser-humano se voltar a reconhecer como ser único e especial que é.

EXECUTIVO MUNICIPAL FEZ BALANÇO DO PRIMEIRO ANO DO MANDATO 2021/25 8.000 trabalhadores em falta nos hotéis do Algarve Pág. 3 Desde 1952 Diretora: Nathalie Dias Rua 1.º de Dezembro nº 26B 8100-615 Loulé GPS: N 37º8’13’’ W 8º1’22’’ geral@avozdeloule.com Telf. 289 463 054 Quinzenário à Quinta-feira www.avozdeloule.com ISSN - 2182-0104 1,10 Euro (c/ IVA) ANO 69º - N.º 1995 3 de novembro de 2022 avozdeloule FESTIVAL MED MARCA PRESENÇA NA WOMEX 22 E ANUNCIA DATAS Inscrições para Cabaz de Natal já têm datas Pág.3 Pág.12 Projeto Quarteira Decide distinguido com Menção Honrosa Pág.2 Revisão do PDM vai ajudar nas respostas de habitação e combate à desertificação e despovoamento no concelho de Loulé Pág.6 Pág.s 8, 9 Entrevista a Carlos Manso Pág.3 Pág.s 4 e 5 Domingos Quadé apresenta “Direito Guineense dos Recursos Naturais Vivos” Pág.2 Estacionamento em Loulé: Há ou não há? Pág.5 Café Calcinha Autarquia «perspectiva» abertura do espaço até ao Natal Ombria Resort vence prémio internacional de cinco estrelas com Oriole Village Pág.7 13 novembro a partir das 10h

Quarteira é a primeira Freguesia da Rede de Autarquias Participativas a vencer um prémio das boas práticas de participação. O projeto «Quar teira Decide» foi no dia 20 de outubro distinguido, no âmbito do 5.º Encontro de Orçamentos Partici pativos, que decorreu na Nova SBE, em Cascais.

Em pouco menos de um ano, os moradores dos bairros do IGAPHE, da Checul, da Abelheira e da Amendoeira, foram chamados a participar no ‘Quarteira Decide’, em que, através de uma meto dologia de Orçamento Participativo, puderam de cidir e implementar os projetos que consideraram mais importantes e relevantes para a sua comu nidade. Cada bairro teve um orçamento próprio e esse foi debatido e consensualizado entre os mo

radores. Para acompanhar e facilitar este processo foram selecionados e capacita dos tutores locais.

“Este prémio é deles: Érica, Giovanna, João, Miguel, Naina, Samuel, Taissa e Vas co. Os jovens tutores, que trouxeram mais união, harmonia e qualidade de vida e bem-estar, às suas zonas residenciais e respetiva comunidade”, refere Telmo Pinto, Presidente da Junta de Freguesia de Quarteira. “O Quarteira Decide veio demostrar que, faz cada vez mais sentido envolver a população, nas decisões para a melhoria da freguesia. Sermos participativos só nos traz benefícios, quer pela aproximação à comunidade, quer pela união que se constrói entre as pessoas”.

O projeto Quarteira Decide é coordenado pela Associação Oficina, em parceira com a Junta de Freguesia de Quarteira, a Câmara Municipal de Loulé e a Associação Juvenil Akredita Em Ti.

Saiba mais sobre o projeto em https://jf-quarteira.pt/quarteiradecide

DOMINGOS QUADÉ APRESENTA

“DIREITO GUINEENSE DOS RECURSOS NATURAIS VIVOS”

O ex-bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau e ex-candidato independente às Presidenciais de 2014 neste país, Domingos Quadé, vem à Biblioteca Municipal de Loulé Sophia de Mello Breyner Andresen, no dia 4 de novembro, pelas 19h30, para apresentar o seu mais recente livro, “Direito guineense dos recursos naturais vivos”.

A fauna, a flora e o ambiente são as dimensões abordadas na obra. O livro fala basicamente do ambiente nas suas duas partes (vivos e não vivos).

Domingos Quadé nasceu no dia 15 de novembro de 1961, na povoação de Tande, secção de Ingoré, setor de Bigene, região de Cacheu. Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.

Recebeu formação de formadores da OHADA no Porto Novo, Benim. Foi-lhe atribuído o título de Professor Doutor honoris causa pela Cypres International Bible Institute University de Malawi, por reconhecimento da obra “Guiné-Bissau, pela força do Estado, Justiça e Reconciliação Nacional”.

É advogado de profissão e ex-bastonário da Ordem dos Advogados da Guiné-Bissau. O autor tem-se dedicado ao estudo do direito do ambiente em geral e do direito dos recursos naturais vivos em especial.

É consultor jurídico de várias instituições nacionais e internacionais, Deputado da Nação eleito pela lista do PRS, membro da Comissão Especializada para Assuntos Jurídicos, Constitucionais e Direitos Humanos e membro da Comissão de Revisão Constitucional da ANP.

É autor de várias obras ligadas ao Direito do Ambiente, nomeadamente: “Relatório Jurídico sobre a Reserva de Biosfera do Arqui pélago de Bolama Bijagós – Análise Jurídica e Políticas Públicas”, “Funcionamento Jurídico da Reserva de Biosfera do Arquipélago de Bolama Bijagós”, “Ensaios jurídicos- institucionais sobre Áreas Protegidas, Terrestres, contributo para o seu estudo”, “Direitos dos Recursos Naturais Vivos, (no prelo)”, “PRS, Uma Vida, Uma História (prelo)”, entre outras.

Esta iniciativa integrada na rubrica “Livros Abertos” terá a apresentação do também guineense José Canas.

FICHA TÉCNICA

DI RETORA Nathalie Dias

S EDE Rua 1º de Dezembro nº 26 B · 8100-615 Loulé Tel: 289 463 054 E-mail: geral@avozdeloule.com

ADMINISTRAÇÃO Nathalie Dias

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PRO PRIEDADE / EDITOR Goldenhouse – Med. Imob. Edição e Comércio de Jornais, Lda. Rua 1º de Dezembro nº 26 B 8100-615 Loulé NIF 505 139 260 ISSN – 2182-0104

REDAÇÃO Nathalie Dias CPJ nº 8050 A Stefanie Palma CPJ nº 7753 A Filipe Vilhena CPJ nº C-8284

PAGINAÇÃO Isaura Inácio

IM PRESSÃO LUSOIBÉRIA Av. da República, n.º 6, 1050-191 Lisboa Contacto: 914 605 117 e-mail: comercial@lusoiberia.eu

D ISTRIBUIÇÃO

Portugal, Europa, América do Norte, América do Sul, África, Austrália Quinzenalmente às quintas-feiras QuiosquesCTT, Iberomail

C O LABORADORES André Magrinho Ciência na Imprensa Regional Cristóvão Norte DECO Domitília Gonçalvel Francisco Bota Inez Indalécio Sousa Irina Martins Isidoro Cavaco Joaquim Hilário Luís José Pinguinha Luís Pina Manuel da Silva Costa Maria das Dores Lopes Maria José Dias Natália Sousa Neto Gomes Noelia Bota Alvarez Ofélia Bomba Ricardo Proença Gonçalves Teresa Lourenço

R EGISTADO NO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA (Secretaria Geral sob o nº 119521) Depósito Legal nº 108766/97

CAPITAL SOCIAL: 5.000€ Sócios e Quotas Nathalie Dias Rodrigues (mais de 5% do capital social)

Os artigos publicados n’ A Voz de Loulé, quando assinados, são da exclusiva res ponsabilidade dos seus autores.

ERC N.º 119 521

2 3 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
Projeto «Quarteira Decide» distinguido com Menção Honrosa

Atualidade

Café Calcinha

Autarquia «perspectiva» abertura do espaço até ao Natal

Depois de o primeiro concurso não ter tido quaisquer propostas de conces são, existem agora dois interessados. A autarquia «perspectiva» a abertura do espaço até ao Natal.

Fechado há muito tempo, o Café Calcinha tem duas propostas de concessão, provenientes do segundo concurso. A notícia foi avançada pelo executivo da Câmara Municipal de Loulé, na conferência de imprensa de balanço do 1º ano do último mandato do autarca Vítor Aleixo.

David Pimentel, vereador da Câmara Municipal de Loulé, explicou que foi rea lizada uma sessão de esclarecimentos sobre o Café Calcinha, no passado dia 21 de setembro, «precisamente porque acreditávamos que havia interessados que, provavelmente, não tinham apresentado propostas por não conhecerem […] e resolvemos abrir as portas do Calcinha». Foi ainda revelado que, na ses são, participaram cerca de 30 pessoas.

O mesmo responsável avançou que o Café Calcinha está, neste momento, pronto para ser utilizado: o espaço está «totalmente equipado, mobilado e com loiças».

Acerca do segundo concurso de concessão, «foram validadas duas propos tas e uma será selecionada, por cumprir os requisitos com maior pontuação». Deste modo, David Pimentel apontou que se «perspetiva a abertura do espaço até ao Natal de 2022». Esta é uma data indicativa, que não foi oficializada pelo executivo, podendo ainda sofrer alterações.

O objetivo é que a «nova operadora» que explore o espaço, aposte também

FESTIVAL MED

MARCA PRESENÇA NA WOMEX 22 E ANUNCIA DATAS

Os festivaleiros podem já marcar na agenda os dias da realização do Festival MED em 2023: de 29 de junho a 2 de julho. A data foi anunciada durante a WOMEX 22 - Worldwide Music Expo, certame dedicado ao setor das músicas do mundo, e onde o MED voltou a marcar presença. Mais de 2600 pro fissionais (incluindo 260 artistas) estive ram reunidos de 19 a 23 de outubro, no Altice Arena e na Sala Tejo, assim como em vários espaços da ca pital, para promover a indústria global da música, mas também conectar, inspirar e compartilhar expe riências. Esta feira permitiu, uma vez mais, novas parcerias em mercados trans continentais e um diálogo económico e cultural internacional aberto.

Quem por aqui passou nestes dias teve a oportunidade de visitar os stands 58 e 59 onde a equipa do Festival MED esteve disponível para transmitir todo o tipo de informações sobre o evento, alicerçar contactos e trocar ideias com outros parceiros. Da parte da organização do MED, além de auscultar o mercado e ficar a conhecer as novas tendências da indústria, a WOMEX permitiu fazer a ponte com diversos profissionais.

Mais de 50 nacionalidades, 7 palcos, cerca de 700 empresas exposi toras, mais de 100 oradores, dezenas de concertos, ciclos de cinema, palestras, debates e a habitual cerimónia de entrega de prémios foram alguns dos números que marcaram os cinco dias de networking desta 28ª edição da WOMEX, o encontro de música mais internacional e cultu ralmente diversificado do mundo e a maior conferência da cena musical global da atualidade.

na cultura, acrescentou o vereador no seu discurso.

O Café Calcinha situa-se na Praça da República, nº 67, r/c, em Loulé. Inau gurou a 5 de junho de 1929. Em frente ao espaço, está uma estátua do poeta António Aleixo, que frequentava o café.

INSCRIÇÕES PARA CABAZ DE NATAL JÁ TÊM DATAS

Decorrem de 31 de outubro a 9 de novembro, as inscrições para o “Natal Solidário 2022”, iniciativa do Município de Loulé que, ao longo dos anos, tem contribuído para apoiar as famílias na noite de Consoada através da atribuição de um cabaz alimentar.

Destinada aos agregados das freguesias do concelho com menos recursos financeiros ou em situação social mais vulnerável, todos os munícipes louleta nos que reúnam as condições necessárias poderão inscrever-se para receber um cabaz.

O “Natal Solidário 2022” faz parte do plano anual de atividades na área de ação social e pretende proporcionar a quem mais necessita uma noite de con soada condigna, com uma mesa onde não vão faltar o bacalhau, azeite, grão, feijão, bolo-rei e outros géneros alimentares.

33 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ

EXECUTIVO MUNICIPAL FEZ BALANÇO DO PRIMEIRO ANO

Depois de ter apresentado o Estado do Município na Assembleia Municipal na passada sexta-feira, Vítor Aleixo e a equipa que o acompanha na gestão da Câmara Municipal de Loulé, apresentaram no passado dia 25 de outubro em conferência de imprensa, o trabalho realizado ao longo dos últimos 365 dias.

Como nota introdutória nesta conferência de Imprensa, Vítor Aleixo falou da saúde financeira da Câmara Municipal de Loulé. Nos últimos dois anos consecutivos, de acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, publicado pela Ordem dos Contabilistas Certificados, “Loulé surge como o município de média dimensão em Portugal que mais investe” e até ao final do ano prevê-se que a despesa de capital do Município atinja perto de 40 milhões de euros

A isto junta-se o facto de Loulé ter a “melhor política fiscal municipal que é possível praticar de acordo com a lei em Portugal”, poupando às famílias e empresas na ordem dos 20 milhões de euros anuais

A vice-presidente, Ana Machado, por sua vez, falou da transferência de competência do Ministério para o Município ao nível da Educação, facto que marcou este ano letivo: “Assumimos mais competências, mas também mais alunos, mais escolas, mais 11 novas salas de aula, mais refeições, mais funcionários (um universo de 778 de pessoal não docente), mais manutenção do edificado, com um maior investimento nas escolas”

Mas são os novos projetos que fazem a diferença nesta área, como é o caso dos dois CREI – Centros de Recursos Educativos para a Inclusão, em Loulé e Quarteira. Os dois espaços acolhem crianças e jovens com multideficiência profundas e que não têm ATL que os possa receber após o período escolar. Neste momento são 32 os beneficiários desta iniciativa que arrancou em 2021.

Na área da Ação Social, Ana Machado enumerou algumas das medidas que têm sido determinantes como o apoio aos refugiados da Guerra da Ucrânia, com uma rede local para a sua integração; o trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Planeamento e Intervenção dos Sem-Abrigo de Loulé e da equipa de rua; o reforço do apoio alimentar e dos apoios às IPSS; o Regulamento Loulé Solidário e o subsídio ao arrendamento habitacional (324 candidaturas apoiadas).

Na Saúde, as competências transferidas do Governo central deixaram na

mão do Município “três extensões de saúde em muito mau estado”, em Loulé, Quarteira e Almancil, mas que estão a ser alvo de intervenção. Além do Centro de Vacinação COVID-19, a Autarquia apoiou ainda novas unidades de saúde familiar implementadas neste último ano – “Estrela do Mar”, em Quarteira, e “SerraMar”, em Loulé, e através do Cartão ABEM e da Associação Dignitude, tem contribuído para o acesso da medicação a doentes crónicos.

No setor das Obras Municipais, Abílio Sousa destacou os “dois investimentos de enorme importância para o desenvolvimento do concelho”. Por um lado, o “fecho” da Circular Norte de Loulé – 2ª fase, um investimento de 5,4 milhões de euros que irá ligar a rotunda junto ao Centro de Saúde e a rotunda do “Cilindro”. O vereador do pelouro adiantou que a obra aguarda o visto do Tribunal de Contas, prevendo-se que no próximo mês os trabalhos possam arrancar. Por outro lado, o novo edifício de Saúde de Loulé, cuja construção já iniciou, uma obra importante, orçada em cerca de 5 milhões de euros, que vai permitir melhorar o funcionamento do atual Centro de Saúde. Também as extensões de saúde de Almancil (em fase de conclusão) e Quarteira (já adquiridos monoblocos para funcionamento provisório) estão a ser alvo de uma requalificação.

Ao nível do Saneamento Básico, Abílio Sousa referiu o investimento de 7 milhões de euros no abastecimento de água: nas Pereiras/Pequeno Mundo, no Cerro do Galo e em Vale Telheiro. Já na tão aguardada obra da EN 125, apesar de haver disponibilidade financeira e projeto concluído, “o problema é que existem parcelas em que não conseguimos identificar os proprietários”, explicou o vereador, apelando aos moradores da zona para colaborarem com esta informação.

Quanto a obras plurianuais que transitaram de outros anos e que agora estão em fase de conclusão, são quase 30 milhões de euros investidos no edifício do INEM, ampliação do Heliporto Municipal, Pavilhão Multiusos e Biblioteca/Centro de recursos de Almancil, requalificação de passeio e ciclovia na Avenida Carlos Mota Pinto, incubadora e espaço de empresas no Ameixial, troço entre a rotunda das Pereiras e a EM 527-2, Creche do Forte Novo e Escola JI+EB1 Hortas de Santo António 2

Com a incumbência de falar de matéria central nas políticas municipais - o ambiente e ação climática - Carlos Carmo destacou a aprovação daquele que é o documento orientador de toda esta temática: o Plano Municipal de Ação

4 3 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
DO
MANDATO
2021/25

Climática, aprovado no mês de fevereiro. O Plano congrega as questões da adaptação e da mitigação, com 33 medidas e 72 ações prioritárias em várias áreas, como é o caso do Plano Municipal de Contingência para os Períodos de Seca

Também a classificação da Foz do Almargem e do Trafal como “Reserva Natural Local” constitui uma iniciativa do Município tendo em vista a proteção do seu território natural.

Na área dos Bombeiros e Proteção Civil, Carlos Carmo enalteceu o trabalho que tem sido feito em termos reforço dos meios no que concerne à vigilância florestal, como é o caso da construção da Unidade Avançada de Proteção Civil em Vale Maria Dias, “sede dos Sapadores Florestais”

No que concerne às questões dos trabalhadores da Autarquia, foi Marilyn Zacarias quem se pronunciou, destacando desde logo o grande chapéu sob o qual se rege atualmente o serviço de recursos humanos: a conciliação da vida profissional e pessoal.

Diretamente ligado a este setor, esta vereadora falou da promoção da igualdade de género “que decorre de uma estratégia nacional para a igualdade e não discriminação, aprovada em maio de 2018”. Integrado neste plano nacional, a Autarquia de Loulé celebrou um protocolo através do qual estão a ser implementadas ações como a celebração do Dia Internacional do Homem ou programa comemorativo do Dia Internacional da Igualdade

Já o vereador David Pimentel fez a contextualização financeira e reforçou a ideia deixada também pelo autarca Vítor Aleixo: “O Município está numa fase francamente positiva, com uma significativa produção de receitas”.

No contexto dos municípios nacionais, David Pimentel deixou um outro dado relevante – Loulé é aquele que tem o maior equilíbrio orçamental, no universo dos 308 municípios do país.

Tema central neste momento da atividade municipal, a Estratégia Local de Habitação tem como grande objetivo de, até 2030, encontrar soluções para cerca de 1400 agregados familiares, quer das famílias mais necessitadas, quer das famílias de recursos intermédios. No âmbito do Programa 1º Direito, em que Loulé foi o primeiro município algarvio a assinar o protocolo com o IHRU, encontram-se programadas soluções para 320 agregados familiares elegíveis, com um investimento total de 44 milhões de euros.

“O Município de Loulé é o quarto município onde é mais dispendioso adquirir casa e o décimo mais dispendioso para alugar casa”, referiu David Pimentel que afirmou nesta conferência de Imprensa que o reforço do parque habitacional “tem que ser de iniciativa pública para conseguir percorrer este caminho adicional de oferta do mercado”. Em resumo dos investimentos realizados até agora destacam-se as aquisições de frações feitas no valor de 5,2 milhões de euros, a aquisições de terrenos, lotes e parcelas no valor de 2,3 milhões de euros, e as empreitadas em execução ou concurso que somam 17,9 milhões de euros.

A construção dos 64 fogos na Urbanização da Clona, num investimento de 11,5 milhões de euros; a construção de 17 fogos em Salir, obra em curso; e a requalificação do Bairro Municipal Frederico Ulrich, em Loulé, datado da década de 50, prevê um investimento de 2,7 milhões de euros na reabilitação de 18 fogos correspondentes a esta primeira fase.

Para encerrar as intervenções e o balanço, as palavras foram para Vítor Aleixo que falou das áreas que estão sob a sua responsabilidade direta. No setor da Cultura relembrou três importantes inaugurações na área patrimonial realizadas no último ano: o Banhos Islâmicos e Casa Senhorial dos Barreto, obras de recuperação da Igreja Matriz de Loulé e reabertura do edifício do Atlético Sporting Clube, agora sede da Casa da Cultura de Loulé.

Entre outras iniciativas de carácter cultural, o edil apontou a digitalização da documentação existente no Arquivo Municipal de Loulé. Por outro lado, foi reforçado recentemente o fundo documental da Biblioteca Municipal Sophia de Mello Breyner Andresen com mais uma doação de livros e revistas de Guilherme D’Oliveira Martins. Nota ainda para a integração e credenciação do Cineteatro Louletano na Rede de Cineteatros Portugueses.

Em relação à modernização deixou a novidade de uma nova plataforma de gestão de ocorrências, que se encontra na fase final de testes. Numa ligação direta à “Linha Loulé 24”, é criada uma aplicação móvel onde o utilizador poderá reportar qualquer ocorrência e acompanhar, a par e passo, a sua resolução.

Por último, deu nota das melhorias “num setor tradicionalmente muito escrutinado pela opinião pública”, o dos serviços de gestão urbanística. “De há um ano e meio a esta parte operámos uma transformação muito significativa, de tal modo que neste momento temos praticamente em dia os processos que entram na Câmara Municipal de Loulé”, garantiu o autarca. A contratação de novos arquitetos, existindo neste momento um staff de cerca de 10 técnicos a trabalhar permanentemente na análise dos processos, e a instituição da figura do “Gestor de Processo””, o único interlocutor entre os serviços e o utilizador externo, além da criação do Balcão Virtual para receber, de uma forma desmaterializada, os processos do Urbanismo, foram passos decisivos para pôr ordem na casa.

Aleixo deixou ainda uma nota para a implementação dos ODS Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da Nações Unidas. “Estamos a trabalhar internamente para que todo o trabalho autárquico possa, gradualmente, passar através do crivo dos 17 ODS”.

Face às recentes alterações de estacionamento em Loulé, o executivo apresentou soluções para esta temática, em conferência de imprensa no balanço do 1º ano do último mandato do autarca Vítor Aleixo.

Segundo os autarcas, existem à disposição vários lugares para estacionamento, nos seguintes locais:

- Parque de estacionamento frente à Junta de Freguesia de S. Sebastião: 45 lugares;

- Parque da Marroquia: 70 lugares (é de terra batida e está quase sempre a 20% da sua capacidade);

- Estacionamentos próximos do Lidl, na rua traseira do hipermercado - 40 Jugares;

- Parque de estacionamento da Cássima (Junto à Segurança Social)- 200 lugares.

A falta de estacionamento em Loulé tem-se vindo a acentuar. Os populares queixam-se dos lugares pagos e da pouca oferta. Após o encerramento do estacionamento do Largo do Batalhão dos Sapadores do Caminho de Ferro (frente à Igreja Matriz) e do Largo Professor Cabrita da Silva (contíguo à Igreja Matriz), devido à recuperação e valorização do património da Igreja Matriz, e do encerramento do parque de estacionamento em terra batida, propriedade de um privado, próximo à GNR, têm sido constantes as queixas dos comerciantes e dos visitantes pela repentina diminuição de lugares de estacionamento.

53 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
Estacionamento em Loulé: Há ou não há?

Desporto

LOULÉ DISTINGUE ATLETAS E CLUBES NA GALA DO DESPORTO 2022

No próximo dia 1 de dezembro, os atletas do concelho e os respetivos clubes irão brilhar fora dos recintos desportivos. A Câmara Municipal de Loulé está a organizar para esta data a Gala do Desporto 2022, a partir das 18h00, no Pa vilhão Municipal Professor Joaquim Vairinhos, num momento que irá juntar as estrelas do desporto louletano.

Este evento visa reconhecer os atletas e equipas que, ao longo dos anos civis de 2020, 2021 e 2022 (épocas 2019/2020, 2020/2021 e 2021/2022), se destacaram pelos seus resultados desportivos ao nível regional, nacional e in ternacional, levando o nome de Loulé por todo o país e além-fronteiras.

Recorde-se que durante a realização da Gala do Desporto 2019, a Autarquia homenageou os atletas, equipas e clubes do concelho que, nos anos civis de 2018 e 2019, se distinguiram pelos seus resultados desportivos: 159 títulos nacionais e 39 internacionais, de 32 clubes, bem como os 271 campeões regio nais de 27 modalidades. Espera-se que neste ano não seja diferente e conta-se com a presença de um número elevado de atletas e clubes neste final de tarde/ noite de consagração.

Esta Gala é uma das iniciativas que integram o “Compromisso com o Des porto” que o Município de Loulé tem levado a cabo ao longo dos últimos anos, com o claro objetivo de promover o desporto em todas as suas vertentes, prin cipalmente a prática do desporto informal no seio da comunidade louletana.

Portugal Masters

Jordan Smith bate recorde do torneio, Santos o melhor português

O golfista inglês Jordan Smith bateu o recorde do Portugal Masters, ao concluir o torneio do DP World Tour com 254 pancadas, 30 abaixo do Par do Dom Pedro Victoria Golf Course, onde Ricardo Santos foi o melhor português.

O britânico, de 29 anos, assumiu a liderança do evento português pontuável para o Circuito Europeu logo na primeira volta e não mais largou, apesar de ter contado com a companhia de Gavin Green ao final de 36 buracos. Na terceira ronda, Smith desco lou do malaio e na derradeira corrida pelo título confirmou a superioridade, sagran do-se campeão com três ‘shots’ de vantagem.

Jordan Smith, que antes da prova ocupava o 14.º lugar no ‘ranking’ do DP World Tour, registou ontem seis ‘birdies’ (uma abaixo) nos buracos 4, 9, 10, 12, 15 e 17 e um ‘eagle’ (duas abaixo) para completar o percurso com 63 pancadas (-8) e um total de 254, superando assim em sete ‘shots’ a anterior melhor marca, pertença de Andy Sullivan, em 2015, e Padraig Harrington, em 2016, quando o traçado já era Par 71.

Graças ao triunfo na 16.ª edição do Portugal Masters, Jordan Smith, oitavo britâ nico a vencer no percurso algarvio, conquistou o segundo título da carreira no Cir cuito Europeu, depois da vitória no European Open em 2017, e sucedeu ao belga Thomas Pieters na lista de campeões, devendo ainda ascender ao nono lugar no ‘ranking’.

Gavin Green ainda deu luta até à reta final, mas não foi capaz de acompanhar o ritmo elevado de Smith, sobretudo depois de fazer um ‘bogey’ no buraco 14, a beliscar os seis ‘birdies’ (2, 4, 5, 9, 13 e 18) e um ‘eagle’ (17), acabando assim como vice-campeão, à frente do finlandês Tapio Pulkkanen, terceiro classificado com 262 pancadas (-22).

Entre os portugueses, Ricardo Santos foi quem terminou melhor, ao entregar um quarto cartão consecutivo com 69 ‘shots’ para um agregado de 276, oito abaixo do Par, e partilhar o 59.º lugar com o inglês Andy Sullivan.

Já Tomás Bessa despediu-se do 16.º Portugal Masters, dotado de dois milhões de euros em prémios monetários, isolado na 70.ª posição, após contabilizar 281 ‘shots’ (67+71+69+74), três abaixo.

Portugal Masters realizou-se entre os dias 27 a 30 de outubro, no Dom Pedro Victoria Golf Course, em Vilamoura.

A Câmara Municipal de Loulé anunciou, no passado dia 25 de outubro, al gumas medidas que serão enquadradas em sede de revisão do Plano Diretor Municipal (PDM), processo em curso, e que serão fulcrais para encontrar as soluções habitacionais no âmbito da Estratégia Local de Habitação, bem como para responder aos problemas da interioridade que afetam a serra algarvia.

O PDM foi um dos assuntos em destaque na conferência de imprensa dedi cada ao balanço do primeiro ano do mandato 2021/25. Esta é uma matéria que terá impacto na gestão do ordenamento do território e na tomada de decisões estratégicas por parte da Autarquia, mas terá, so bretudo, um reflexo direto na vida das pessoas.

Os trabalhos de revisão do PDM continuam em curso e “estão numa fase bastante intensa em que já se avançou muito”. Até ao momento, o ex ecutivo tem recebido contributos quer da parte dos deputados municipais, presidentes de juntas de freguesia e dos próprios vereadores, que es tão a ser encaminhados para uma versão final do documento. No entanto, antes da apresentação à CCDR Algarve que preside a Comissão Consul tiva da revisão do PDM, e constitui uma das enti dades-chave na análise da proposta, a Autarquia quer ouvir também a sociedade civil, nomeada mente “clubes e associações desportivas, IPSS, autoridades escolares e associações empresariais”.

Recente alteração legislativa veio permitir que a submissão da proposta à CCDR Algarve, sem penalizações a seguir identificadas, possa ocorrer até 31 de outubro de 2022 e, visto tratar-se de um processo que se quer “muito partici pativo” e como tal mais moroso, o autarca Vítor Aleixo adiantou que serão ne cessários “mais um ou dois meses para estimular a participação”. Por imperati vos legais, durante este período, o Município de Loulé ficará temporariamente impedido de aceder a novos fundos comunitários e nacionais, excetuando nas áreas da saúde, educação, habitação e apoio social.

Habitação e combate ao declínio económico e social do interior são duas preocupações às quais se pretende que este instrumento de gestão territo rial venha a dar resposta, como adiantou Vítor Aleixo. A carência de habitação acessível às classes de rendimentos intermédios e à população com maiores

dificuldades socioeconómicas poderá ter no novo PDM um mecanismo para agilizar as respostas.

“Na revisão do PDM vamos ser profundamente inovadores”, sublinhou, por seu turno, o vereador David Pimentel, enumerando 3 medidas previstas no documento: a majoração do índice de edificabilidade para habitação a custos controlados; zonamento específico para habitação a custos controlados; pos sibilidade de, nas áreas para equipamentos (escolares, desportivos, etc.) des tinar uma percentagem de edificabilidade de habitação a custos controlados. “Habitação a custos controlados é toda a que se destina a ser habitação própria permanente, tem que ficar na posse do proprietário 20 anos como prazo mínimo e é vendida abaixo dos referenciais do mercado em cerca de 30%, sendo construí da com taxas de 6% e não de 23%”, explicou o vereador.

Já Vítor Aleixo acredita que estas três abor dagens passíveis de virem a fazer parte do PDM poderão constituir-se, no futuro, como uma “defesa de um mercado imobiliário que é global, que infla ciona preços todos os dias e que deixa de fora mui tos jovens em início de vida, muitas famílias que não têm rendimentos para contrair um empréstimo bancário para uma habitação”.

A outra medida estrutural prevista no novo do PDM tem a ver com a flexibili dade que vai existir para o interior do concelho de Loulé, “em nome da coesão territorial, do combate à desertificação, ao despovoamento e ao envelhecimen to da população que aqui habita e do combate ao declínio económico”. “O PDM vai propor medidas pontuais, mas numerosas em todo o interior do concelho de Loulé exatamente para combater esse declínio”, reiterou.De referir que dezem bro de 2023 é o prazo limite para a revisão do PDM, sendo que após a pronún cia por parte das entidades que integram a Comissão Consultiva, será a pro posta objeto de discussão pública e de aprovação pela Assembleia Municipal, a quem compete. O autarca justifica a morosidade de um processo há muito aguardado por todos: “É um concelho enorme, que concentra em si todas as realidades de Portugal, com zonas muito dinâmicas, economicamente pujantes e, depois, outras com problemas idênticos ao interior do resto do país”.

6 3 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
REVISÃO DO PDM VAI AJUDAR NAS RESPOSTAS DE HABITAÇÃO E COMBATE À DESERTIFICAÇÃO E DESPOVOAMENTO NO CONCELHO DE LOULÉ

“A Voz de Loulé” Edição 1995 Loulé 2022-11-03

COMUNICAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE DIREITO DE PREFERÊNCIA DE CONFINANTES NA VENDA DE PRÉDIO RÚSTICO

Atenta a impossibilidade de notificar os proprietários de prédios confinantes ao referido imóvel, vêm os proprietários, nos termos e para efeitos dos artigos 416º e 1380º e seguintes do código civil, da Lei 11/2015 de 27 de Agosto, do Regime Juridico da RAN e da Portaria 219/2016 de 9 de Agosto, comunicar aos preferentes legais a sua intenção de proceder à venda do Imóvel infra identificado, expondo-se nas condições que ora se apresentam:

1. Vendedores: MARIA JOSÉ PEREIRA MARTINS GOMES DA PALMA natural de Boliqueime, Loulé, de nacionalidade portuguesa, viúva, titular do cartão de cidadão com o número 02139779 1ZX9, emitido pela República Portuguesa e válido até 09/07/2031, portadora do contribuinte fiscal número 122 209 710 residente Rua Drº Emiliano da Costa nº52, 8000-324 Faro

CARLOS ALBERTO DOS SANTOS DIAS, natural de Boliqueime, Loulé, de nacionalidade portuguesa, titular do cartão de cidadão com o número 02040760 2ZX8, emitido pela República Portuguesa e com validade até 09/08/2029, portador do contribuinte fiscal número 118 185 349, casado sob o regime de comunhão de bens adquiridos com MARIA JOÃO RODRIGUES SALAS DIAS, natural de Vila Real de Santo António, de nacionalidade portuguesa, titular do cartão de cidadão com o número 02215688 7ZY2, emitido pela República Portuguesa e com validade até 27/05/2031, portadora do contribuinte fiscal número 103 286 470, residente na Rua Drº Júlio Dantas 4/5 Tunes, 8365-235 Tunes;

ANTÓNIO HENRIQUE COELHO PEREIRA, natural de Boliqueime, Loulé, de nacionalidade portuguesa, divorciado, titular do cartão de cidadão com o número 05203002 4ZY1, emitido pela República Portuguesa e com validade até 03/08/2031, portador do contribuinte fiscal número 144 888 920, residente na Urbanização Fazenda Grande, lote P13, 1º Esq. Mexilhoeira Carregação 8400-141, Estômbar; Na qualidade de únicos e legítimos herdeiros da herança aberta por óbito de TERESA DA SILVA PATRICIO PEREIRA NIF 744 640 440;

2. Imóveis: Prédio urbano em regime de propriedade total sem andares nem divisões suscetíveis de utilização independente descrito como morada de casas térreas, com 3 compartimentos e logradouro sito no Sítio das Agostas, 8100-060 Boliqueime, freguesia de Boliqueime e concelho de Loulé, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 1074 e descritos na Conservatória do Registo Predial de Loulé, da freguesia de Boliqueime sob o número 5705, prédio inscrito anteriormente ao ano de 1951, para o qual, em cumprimento do Decreto-Lei n.º 118/2013, de 20 de Agosto, foi emitido certificado energético nº SCE258302323, emitido em 23/08/2021;

Prédio rústico composto por terra de cultura com amendoeiras, oliveiras, figueiras, alfarrobeira e citrino com área total de 990m2, sito em Agostos, freguesia de Boliqueime e concelho de Loulé, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 2227 e descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé, da freguesia de Boliqueime sob o número 5704;

3. Comprador: MÁRIO GONÇALVES COELHO, natural da Rodésia, de nacionalidade portuguesa, titular do cartão cidadão com número 02213911 7ZX8, emitido pela República Portuguesa e válido até 15/09/2030, portador do contribuinte fiscal número 143290495, casado sob o regime de comunhão de bens adquiridos ROSA MARIA RODRIGUES DE BRITO ISCA COELHO natural de Albufeira, de nacionalidade portuguesa, titular do cartão cidadão com número 05212618 8ZX1, emitido pela República Portuguesa e válido até 15/09/2030, portadora do contribuinte fiscal número 143290509, residente na Av. Prof. Aníbal António Cavaco Silva, nº19

4. Preço e condições de pagamento: As Partes declaram que o negócio apenas se realiza na sua globalidade, a venda apenas de um dos bens supra mencionado causará um prejuízo avultado para os referidos vendedores, tendo eles apenas intenção de proceder à venda no seu conjunto pelo preço global de venda de €140.000,00 (cento e quarenta mil euros), sendo dado a título de sinal e principio de pagamento a quantia de €28.000,00 (vinte e oito mil euros), e o remanescente do preço, na quantia de €112.000,00 (cento e doze mil euros), na data de outorga do título público de compra e venda;

5. Data da Escritura: até ao dia 18 de Novembro de 2022;

6. Custos, Impostos e Despesas: Todos os custos inerentes ao título público de compra e venda, impostos ou despesas serão da responsabilidade do respetivo Comprador;

O prazo para exercício de direito de preferência é de 8 (oito) dias corridos, contados a partir da data de publicação do presente anúncio, nos termos do disposto no nº2 do artigo 416º e do artigo 225º e seguintes do Código Civil, sob pena de caducidade do respetivo direito de preferência.

Contactos: amsilva@remax.pt

A publicação deste direito de preferência é da inteira responsabilidade do anunciante.

A ADVOGADA RESPONDE!

Numa herança em que há três herdeiros, pode um dos herdeiros, com apenas um terço, impedir as partilhas contra a vontade dos outros dois herdeiros? Existe algum prazo limite das partilhas?

Cara Ricardina, desde já muito obrigada pela sua questão, que é mais comum do que pensamos, e quando se trata de partilhas são raras as famílias onde exista um acordo pacifico e consensual a todas as partes envolvidas. Cumpre-me desde logo esclarecer que havendo acordo entre os herdeiros, estes procedem à partilha amigável dos bens. E acredite que esta seria a solução recomendável, menos trabalhosa e desgastante para todas as partes envolvidas.

Não havendo acordo, qualquer um deles (herdeiros) pode requerer inventário, destinado exatamente à partilha dos bens. No decurso do processo de inventário, podem os herdeiros chegar a acordo, que fica lavrado em auto.

Não havendo acordo, acabará por haver licitações, verba a verba.

Quem der mais por cada um dos bens, ficará com eles, havendo depois um processo de acerto de contas, em que quem fica com bens a mais dá tornas aos outros, ou seja, compensa-os em dinheiro.

Chamo à atenção, pois o processo de inventário é um processo moroso e desgastante para as partes envolvidas, contudo é a melhor solução para quando as partes não conseguem chegar a um acordo amigável quanto à partilha dos bens.

E ao contrário do que muitas pessoas pensam não existe um prazo para "pedir partilhas" poderá ser realizada a todo o tempo.

Cara Ricardina, espero ter ajudado a clarificar as suas dúvidas, e neste caso recomendo vivamente que procure um advogado este poderá assegurar que os seus direitos são respeitados e salvaguardados ao longo de todo o processo.

E não se esqueça a Justiça não se faz sem Advogados!

As respostas dadas nesta rubrica são prestadas de forma geral e abstrata, tratando-se de informações meramente informativas, pelo que não constitui nem dispensa a assistência profissional qualificada, não podendo servir de base para qualquer tomada de decisão sem a referida assistência profissional qualificada e dirigida ao caso

Venho por este meio Manuel Sousa Gonçalves, residente em Estrada nacional 125, sítio do Conseguinte, 8100-294 Loulé, pretende vender o prédio rústico situado em Rochinha - Conseguinte, freguesia de Quarteira, concelho de Loulé, descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé com a matriz n°431, requisição n°10779/20091013 de 27 de Outubro de 2022, e inscrito na respectiva matriz rústica sob o artigo n°431.

A prominente compradora é a senhora Elsa Bermudez, natural da Venezuela. A venda será pelo valor de 95.000€ (noventa e cinco mil euros), o qual será pago no ato da escritura pública que se irá realizar no cartório notarial Dr Nuno Louro em Vilamoura até ao dia 25 de Novembro de 2022.

Ao abrigo do disposto no artigo 1380° do Código Civil, venho dar conhecimento aos proprietários dos terrenos confinantes a faculdade de exercerem o direito de preferência, devendo no prazo de 8 dias, conforme estipula o n°2 do artigo 416°do Código Civil, dizer se pretendem exercer o seu direito de preferência, por via de comunicação dirigida ao interessado acima descrito, sob forma de carta registada com aviso de receção, para a morada acima indicada.

Quarteira, 28 de Outubro de 2022.

A publicação deste direito de preferência é da inteira responsabilidade do anunciante.

73 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
Envie as suas perguntas para geral@avozdeloule.com, para análise e resposta da Advogada.
“A Voz de Loulé” Edição 1995 Loulé 202211-03 EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA

a Carlos Manso Entrevista a Carlos Manso

Carlos Manso é Licenciado em Gestão de Empresas e Pós-Graduado em Gestão Empresarial pela Faculdade de Economia da Universidade do Algarve. Atualmente é Presidente do Conselho de Administração da Infralobo. Nesta entrevista, fala-nos um pouco das diferenças entre o setor público e privado, a gestão da água e a seca, que mais uma vez está na ordem do dia.

A Voz de Loulé (V.L.) – O Carlos Manso nasceu no Algarve, é natural de

Olhão, e estudou cá. Fale-nos um pouco das suas origens.

Carlos Manso (C.M.) - É isso mesmo. Tive a oportunidade de nascer neste local maravilhoso que é o Algarve. Foi em Olhão que cresci e dei os primei ros passos na área da gestão, posso dizer que fui Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária, envolvi-me com a política na cidade e fui tesoureiro da Junta de Freguesia durante 14 anos. Depois, entrei na Uni versidade do Algarve, na Faculdade de Economia, no Curso de Gestão de Empresas. Sempre gostei muito de gerir e organizar coisas. Quando entrei na Universidade, uma das coisas que me preocupei em fazer, com amigos que ainda hoje tenho, foi criar uma Comissão Universitá ria de Valorização Profissional, que tinha como ob jetivo a organização de eventos semanais na Facul dade de Economia, onde tivemos a oportunidade de receber pessoas como o Miguel Frasquilho, que na altura trabalhava no BES e que chegou a Secretário de Estado e a Administrador da TAP, O Teixeira dos Santos, ex-Ministro das Finanças em Portugal ou o Edson Athayde, na área do marketing. Tive sempre envolvido nesta vertente de organizar e melhorar o meio ambiente onde estava.

Depois, tive a felicidade de entrar na auditória, fazia revisão de contas numa empresa regional, a Isabel Paiva Miguel Galvão & Associados, e tive o prazer de conhecer pessoas tecnicamente sólidas e conhece doras daquilo que eram as realidades empresariais, contabilísticas e de fiscalidade do setor privado. Tam bém me ensinaram muito a nível de profissionalismo e ética no trabalho, o que me permitiu crescer. Estive oito anos nessa empresa e depois, senti que faltava algo mais, apesar de ser feliz. Passei depois pela Vi sual Forma, com diretor financeiro, onde conheci um dos maiores empresários do Algarve, que é o Luís Ferrinho.

E posso acrescentar que sempre tive o particular gosto pelo setor da água, porque achei que era um setor a precisar de maior desenvolvimento. Temos de analisar as coisas no devido tempo e, naquela altura, eu já sentia que o setor iria ter um papel importante no futuro. Com o Eng. Aquilino Pereira, surgiu a oportuni dade de vir para diretor financeiro da Infralobo e não hesitei. Paralelamente, passei na direção da ACASO – IPSS de Olhão, e desenvolvi projetos, como os cui dados continuados de curta, média e longa duração. Sempre tive a preocupação de intervir na sociedade. Tenho gosto por futebol e karaté.

V.L. - Fale-me um pouco do seu percurso profis sional na Infralobo.

C.M. - Comecei como Diretor Financeiro, depois tive a oportunidade de passar para Diretor Geral e só depois fui nomeado Presidente do Conselho de Ad ministração.

V.L. - Como foi essa ascensão?

C.M. - Eu posso dizer que foi natural. Obviamente posso analisar mal esta questão, mas acho que faria sentido visto que entrei pela “porta” da área financei ra, que era a minha área, e já tinha feito auditorias a empresas municipais do setor. Tendo oportunidade de entrar na Infralobo, comecei a envolver-me mais na operação e na gestão estratégica e, a partir daí, foi natural. Convém existir oportunidades de evolução para todos e isso acontece na Infralobo, até para que a empresa possa fazer um caminho sustentado da quilo que é a sua área de intervenção.

V.L. -Quando começou, vinha do setor privado. Quais as diferenças entre o público e o privado? A Infralobo é uma empresa público-privada.

C.M. - A primeira diferença que senti quando vim para a Infralobo, há treze anos, foi que o setor estava numa fase mais inicial, a nível de regulação e aquilo que são as grandes preocupações atuais (eficiência,

8 3 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
Presidente do Conselho de Administração da Infralobo

sustentabilidade, alterações climáticas). Tudo isso é-nos hoje familiar, mas an teriormente parecia tudo muito distante. Por isso, a Infralobo é uma empresa diferente hoje em dia, com vontade de evoluir e dar o salto. Esta é uma empresa que tem conseguido competir com aquilo que se faz a nível nacional.

V.L. -A nível pessoal, o que o motiva a trabalhar na Infralobo?

C.M. - O que me motiva a trabalhar na Infralobo a nível pessoal é o facto de eu considerar esta uma área muito importante e este é um setor que, a longo prazo, ganhará ainda mais importância. Se eu gosto desta área e deste setor, é aqui que quero desenvolver o meu trabalho. A Infralobo é uma empresa que tem condições únicas para fazermos um excelente trabalho, presta serviços numa área de excelência do Algarve e do concelho de Loulé e é um gosto para mim e, certamente, para os meus colegas, dar o nosso contributo para que as pessoas que estão neste “cantinho” a viver ou passar férias, possam ser felizes.

V.L. -A Infralobo é uma parceria público-privada. Como é feita esta gestão? O que se poderia mudar?

C.M. - A Infralobo, sendo uma empresa municipal, muitas das vezes fala-se do nome Infra, mas este é apenas o nome, como existe por exemplo a Infraquin ta, a Inframoura e a FAGAR que são empresas que, do ponto de vista jurídico, têm o mesmo enquadramento. São na sua base parcerias público-privadas, só que umas são parcerias público-privadas estritamente públicas, como é o caso da AmbiOlhão e da EMARP- Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Por timão e depois temos parcerias público-privadas, em que um dos parceiros é privado, como é o caso da Infralobo.

Gostava de falar do modelo empresarial, onde temos de analisar o conceito de tempo. Há 20 anos ligava-se muito a questão empresarial aos privados e hoje fala-se muito da economia de Estado, em que uma empresa pode ser pú blica ou Municipal e pode ser eficiente. A diferença desta empresa é o relaciona mento que temos, há uma parceria de acionista e temos de ver que uma grande parte das decisões que tomamos, estão dentro daquilo que são as orientações do setor, quer as orientações do ponto de vista político, como a descarboni zação da empresa e a implementação de uma estratégia ligada às alterações climáticas. Isso já tem uma visão autárquica, porque o Vítor Aleixo é presidente da direção da Associação adapt.local – Rede de Municípios para a Adaptação Local às Alterações Climáticas e é esse o ritmo que é impresso na Infrablobo, porque se olharmos para a esfera empresarial privada ou pública, andamos em velocidades diferentes e o que nós notamos aqui, nas empresas Municipais, é que temos um equilíbrio entre aquilo que são as nossas obrigações do ponto de vista regulatório do setor e aquilo que são as visões estratégicas do ponto de vista político.

V.L. -No passado verão, deflagrou um incêndio, nas Gambelas, em Faro, que se alastrou até Vale do Lobo, entre outras áreas. O que se fez na altura? Atualmente que medidas foram tomadas para minimizar no futuro possíveis incêndios?

C.M. - Tivemos uma reunião com a Proteção Civil e uma série de identidades importantes e que poderão ter um papel importante nesta temática no futuro, como é o caso da Infralobo. Nessa reunião analisámos o incêndio que deflagrou nas Gambelas e se estendeu depois até Vale do Lobo, entre outras zonas, com o objetivo de encontrar mecanismos que minimizem o impacto negativo dos incêndios e tentar que estas entidades estejam melhor preparadas – não que rendo dizer com isto que estavam mal preparadas, mas há sempre espaço para melhorar a nossa atuação. Já tivemos situações que foram identificadas e que vamos debater em futuras reuniões. Não querendo intrometer-me naquilo que são as competências dos outros, mas certamente no futuro estaremos melhor preparados na resposta que podemos dar na nossa área de intervenção.

Nós sabemos nas nossas áreas de intervenção quais são os pontos de risco e podemos neutraliza-los quando o perigo estiver lá perto. É importante ressal var que a Infralobo quer ajudar na situação de viaturas e pessoas. Não estamos diretamente no combate ao incêndio, mas queremos assumir esse papel – des taco ainda que neste incêndio das Gambelas, muitas pessoas e funcionários se juntaram para ajudar. Podemos ainda realizar simulacros, para estarmos melhor preparados, mas do meu ponto de vista, demos uma resposta positiva a este acontecimento, que foi o incêndio que deflagrou nas Gambelas.

V.L. -A seca é uma grande preocupação na região do Algarve. Como está a ser gerida esta situação a médio e longo prazo? (futuro)

C.M. - É uma boa forma de colocar a questão, porque a seca não é um pro blema de agora. Parece que falar em seca, virou “moda”. O Algarve sempre teve período de seca, mas nós agora temos é um perigo preocupante, que vamos ter de olhar com atenção: a gestão da água nos períodos de seca e de escassez. Nós já passámos por algo parecido, em 2005, mas sem a barragem de Ode louca. Se analisarmos os consumos de água, mesmo em termos de agricultura, aquilo que eram os consumos de água antes e depois da barragem, apesar da seca, a barragem permitiu alavancar o consumo de água e mesmo a qualidade de vida das pessoas com a sua construção. Agora, o setor deu um salto enorme desde 1993, com a criação do grupo das Águas de Portugal. Foram feitos in vestimentos avultados a nível de infraestruturas, que permitem que o país tenha 96% em termos médios de cobertura de água e cerca de 93% de saneamento. Contudo, tudo isto foi feito no passado. Temos de olhar para o que fizemos e

pensar no que vamos fazer agora para que o problema não se agrave.

V.L. -É necessário “controlar” a agricultura, para que seja poupada mais água?

C.M. - Era importante ter um modelo na agricultura em que existisse um ob servatório que determinasse a quantidade de água que lá é consumida, que é retirada dos furos, onde é utilizada e porquê. E isto não é nada de extraordiná rio, nem nada contra ninguém. Simplesmente medimos para puder decidir. Nos nossos 9 furos legalizados, temos um sistema que, quando atingimos o limite de água que podemos retirar, ele emite alertas e a bomba deixa de funcionar.

Cada vez mais, estamos todos ligados. A escassez obriga a que o relacio namento com a água seja diferente. Tivemos aqui um evento, organizado pela AMAL, em que a RTA também participou, com investigadores noruegueses, em que eles estão a dar os primeiros passos da eficiência da água, com a colocação de contadores na casa das pessoas, porque eles têm muita água.

V.L. - Quanto à questão da água, que projetos têm para o futuro?

C.M. - Queremos fazer um tarifário bi-horário, tal como há na EDP, para po dermos gerir os períodos em que os consumidores utilizam a água. Queremos ainda permitir a criação de uma aplicação para que os nossos clientes possam fazer a gestão dos seus sistemas de rega particulares com o nosso sistema de rega. Queremos disponibilizar essa facilidade e tornar os nossos clientes mais eficientes.

Temos de perceber, primeiro, que o país anda a várias velocidades e que tudo está interligado. Temos os grandes centros urbanos junto ao litoral, em que a água não faturada tem valores muitos baixos, como o caso do Porto, Lisboa e das Infras. Contudo, é preciso perceber também que não é o Municí pio que poupa água, nem as pessoas. Há quatro setores que é preciso avaliar em termos de consumos: cerca de 70% / 75% é da agricultura; 14% / 20% é do setor urbano (Municípios e consumo de casas); indústria com 7% / 10% e o Golfe com 4% / 6%. No setor urbano, onde a Infralobo opera, somos regulados pela ERSAR e temos, na água, no saneamento e nos resíduos, 14 indicadores em cada setor em que todos os anos temos de apresentar contas. E é aí que sabemos e, por isso, que falamos muito, das perdas na rede e na água não faturada, mas estamos a falar num setor que vale de 14% a 20% e que tem dados, que nós damos constante atenção.

93 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ

andre.magrinho54@gmail.com

O acordo para as interligações de energia

O gasoduto ibérico com as interligações ibéricas, apresentado recentemente pelo primeiro-ministro António Costa, como um acordo histórico e uma grande vitória para Portugal, num domínio tão sensível quanto é o da energia, foi imediatamente diabolizado pelo eurodeputado Paulo Rangel, considerando-o como uma traição nacional. A interrogação que se coloca é se existem motivos suficientes para esta excessiva polarização de posições, num domínio em que faria sentido um entendimento entre os principais partidos do nosso espetro político? Uma análise objetiva diz-nos que nenhuma destas posições extremadas faz grande sentido, seja a triunfalista seja a derrotista. Até porque o acordo de 2014, que serve de contraponto tem estado completamente bloqueado. Face a isso, o acordo em que o primeiro-ministro foi um dos protagonistas, vinculando a França, Espanha e Portugal, vai contornar o bloqueio francês em relação à interligação para o gás natural e a eletricidade através dos Pirenéus, que a França sempre se opôs alegando questões ambientais. Os interesses franceses, muito claros no domínio da eletricidade e da respetiva integração internacional, estão respaldados na organização regional conhecida por “Pentalateral Energy Forum”, que acolhe os países do Benelux, a Alemanha, a Áustria e a Suíça, países em relação aos quais as empresas francesas não têm estado interessadas em alargar as interconexões elétricas, dado isso gerar mais concorrência do lado ibérico dos Pirenéus, até porque o poder da indústria nuclear francesa é muito forte. Tendo em conta este desbloqueamento de princípio, o acordo alcançado afigura-se de grande valia para Portugal em matéria de segurança energética, como muito bem frisou o especialista Agostinho Miranda, para quem o traçado do novo gasoduto BarMar (Barcelona, Marselha) e CelZa (Celorico da Beira, Zamora), torna possível a Portugal aceder a novas fontes de aprovisionamento, nomeadamente em África e no Mediterrânio. Veja-se que desde há cerca de um ano se verifica uma interrupção do fornecimento de gás proveniente da Argélia via gasoduto, em razão de um conflito diplomático entre Marrocos e Espanha. É uma situação de grande vulnerabilidade, porque atualmente Portugal está dependente, em cerca de 50%, do fornecimento de GNL da Nigéria. Nesta perspetiva, o acordo de princípio alcançado afigura-se muito positivo. Mas, também é verdade que muita coisa está por esclarecer quanto à sua viabilização, estando agendadas reuniões nesse sentido para Alicante, na segunda semana de novembro. Sobretudo, este acordo também foi apresentado de forma entusiástica como um “corredor verde para o hidrogénio e outros gases renováveis”. Aqui, aconselha-se muita prudência em relação à sua viabilidade a custos sustentáveis. Sem dúvida, que o hidrogénio verde será um vetor energético do futuro e é bom que se invista nesse sentido. Mas, também é verdade, que ainda está por provar o interesse em fazer circular o hidrogénio em tubagens de muita longa distância, dadas as características do hidrogénio. Seriam necessárias canalizações totalmente novas, e resta saber se existem condições de financiamento, e se tal se justifica. Também não se vê por que razão o hub de Sines é menorizado neste acordo, enquanto infraestrutura da maior importância para o país, mas com valências limitadas no contexto dos terminais de gás ibéricos, a não ser que seja viável a circulação do hidrogénio verde a grandes distâncias. Vamos esperar por novos desenvolvimentos, tanto de natureza política como técnica.

Opinião

indaleciosousa.adv@gmail.com

TRIBUTAÇÃO DE CRIPTOMOEDAS

O Governo determinou na proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023 que as mais-valias obtidas com criptoativos “detidos por um período inferior a um ano” passam a pagar uma taxa de 28%, “sem prejuízo da opção de englobamento.”

Na nova proposta orçamental, que ainda vai ser discutida no Parlamento, o Governo propõe um novo regime de tributação de criptoativos e criar um quadro fiscal amplo e adequado aplicável aos criptoativos, em sede de tributação de rendimento e de património.

1. Novidades

1.1 A principal novidade diz respeito às mais-valias obtidas com criptoativos detidos por menos de 1 (um) ano, como é o caso dos lucros gerados pela venda de criptomoedas. O regime, que se assemelha ao das ações, implica que os contribuintes tenham de declarar estas operações e pagar uma taxa de 28% de IRS, ou optar pelo englobamento.

1.2 Se os ativos forem detidos por mais de 1 (um) ano, esses ganhos ficam isentos. A proposta de OE esclarece que, para essa contagem, também é contabilizado o período de detenção dos criptoativos adquiridos antes da data da entrada em vigor do novo regime.

1.3 Em sede de IRS, o Governo propõe a tributação dos rendimentos provenientes de operações com criptoativos como rendimentos empresariais e profissionais, onde estão incluídas as atividades da mineração de criptomoedas e emissão de criptoativos.

2. Imposto do Selo

2.1 Além do mais, o novo regime não prevê, expressamente, a tributação das transmissões gratuitas de criptoativos, bem como a incidência de Imposto do Selo sobre as comissões cobradas na intermediação de operações relativas a criptoativos, sujeitando estas a uma taxa de 4%.

3. Comunicação à AT

3.1 As pessoas singulares ou coletivas, organismos e outras entidades sem personalidade jurídica que prestem serviços de custódia e administração de criptoativos por conta de terceiros ou tenham a gestão de uma ou mais plataformas de negociação de criptoativos, ficam obrigadas à entrega de uma declaração de modelo oficial à AT, até ao final do mês de janeiro de cada ano, relativamente a cada sujeito passivo, comunicando as operações efetuadas com a sua intervenção relativamente a criptoativos

Esta decisão do Governo surge depois de o Ministério das Finanças ter pedido à Autoridade Tributária uma avaliação à forma como outros países taxam os criptoativos. Na mesma altura, o ministro das Finanças, Fernando Medina, confirmou no Parlamento que as criptomoedas passariam mesmo a pagar impostos.

A VIDA NADA ME DEU

À vida tudo pedi E a vida nada me deu, Nestes anos, que vivi, Sempre a sorte me esqueceu.

Se não posso mudar nada E porque Deus quis assim, Eu sigo na minha estrada Cheia de cardos, sem fim.

Vou prosseguindo caminhos, Cheios de curvas e pó, Onde as rosas são espinhos E me sinto sempre só.

Neste Outono sem estio E num destino cruel, Sempre a vida me serviu, Apenas, taças de fel.

P’ra terminar os meus dias Na solidão onde estou, Sonhando com alegrias Que o destino me negou.

Peço à vida por favor, Que ponha, no meu caminho, Uma migalha de amor E um pouco de carinho.

Um dia ao teu lado

Tu és uma boa mulher

Cozinheira ainda mais

Mas quando a tensão te sobe Eu saio nem olho pra trás

Entro em pé de bico

Limpo os pés sem barulho Oiço o aspirador

Depois a esfregona a passar

A Lolita a ladrar

O Joli a miar

É o telefone que toca Ninguém vai atender

Isto é mesmo de morrer

Quando a tensão está boa é um amor de pessoa

Nem sempre a vida sorri Também temos sofrimento

A vida é mesmo assim Todos temos o nosso tempo

A linha que percorremos Não foi por nós traçada Foi alguém que nos ajudou para que fosse alcançada

Tudo na vida tem fim Caminhamos lado a lado

Se tivesse que voltar

Seria sempre a teu lado

Não somos ricos nem pobres Somos só abençoados

Damos amor aos amigos

Um dia seremos lembrados

Um estudo divulgado recentemente no Algarve revela que a região deve aproveitar o «grande potencial» que tem ao nível da conetividade digital com os turistas para se transformar num smart destination [destino inteligente].

As conclusões do estudo assentam nos quatro pilares de um destino inteligente (sustentabilidade, acessibilidade, transformação digital e cultura, património, criatividade e inovação), apontando 18 alavancas e sugerindo um total de 39 iniciativas.

Até parece uma pandemia a quantidade de autarcas, membros do Governo e outros políticos … acusados de corrupção … não achas Polichinelo?

Ora … ora … Coelhinho … vais ver que ainda agora a procissão vai na praça … (FBI)

10 3 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
Poesia Manuel Possolo Viegas isidorocavaco@gmail.com Poesia Isidoro Cavaco Poeta Local Indalécio Sousa Advogado, Licenciado em Direito e Mestre em Ciências Jurídico-Forenses Opinião André Magrinho Professor Universitário, Doutorado em Gestão
Algarve tem potencial «muito grande» para melhorar conetividade digital com turistas

PALAVRAS DE FOGO: DESAFIO PARA UM RENASCER O PÃO DOS SANTOS: PÃO POR DEUS!

“Mas Ele disse-lhes: Dai-lhes vós de comer” (Lucas 9, 13). Aproximamo-nos do Dia de Todos os Santos e da Comemoração de Todos os fiéis Defuntos. Celebrações para rescendermos a esperança, refundarmos a vida, cuidarmos caminhos sabendo que somos esperados. Mas tem sentido falar-se hoje de Santidade? Contribuirá a santidade para um projeto de vida feliz, que a morte não elimine para sempre?

Como assumimos a morte na nossa vida? Na Sagrada Escritura a palavra hebraica para dizer “Santo” – “qadôsh”, contém em si a ideia de separado e de puro, destinado ao serviço de Deus. Javé é por excelência o Santo, o “separado” porque sai de si mesmo, não da criação, mas sai de si por amor, para ir ao encontro. No Livro do Levítico alarga-se o seu horizonte no chamado “Código da Santidade” e Deus torna-se então modelo e critério para a santidade do homem. Os Santos não são uma exígua casta de eleitos, mas uma multidão inumerável de pessoas felizes por viverem próximos de Deus, na sua luz, na grande família dos amigos de Deus, no seu amor. Esta é a vocação, o chamamento de todos nós, sermos felizes em Deus, como Jesus e com Ele.

A Santidade exige um esforço constante, mas é possível para todos porque, mais do que uma obra do homem, é sobretudo um dom de Deus! Os Santos são os que têm as mãos inocentes e o coração puro, os que aprenderam a não invocar o Nome de Deus em vão. Eles não são orgulhosos, autossuficientes; não constroem pela horizontalidade medíocre; não esperam armar ciladas aos outros que tratam por irmãos; não recorrem aos deuses falsários de pés de barro que prometem a custo preço a felicidade e a vida.

Os santos são os que encontram a sua felicidade na pobreza, na humildade, na fome e sede de justiça, na misericórdia, na pureza de coração, na promoção da paz, no sofrimento por amor do Reino de Deus. No Dia de Todos-os-Santos, que o recente Halloween procura empobrecer pela cultura e medo da morte como momento destruidor da vida, ainda é feliz tradição as crianças saírem à rua e juntarem-se em pequenos bandos para pedir o Pão por Deus de porta em porta.

O peditório do Pão por Deus está associado também a uma memorável tradição marcada pela fé de oferenda aos defuntos. Este hábito ganhou força um ano após o grande terramoto de 1755 que destruiu completamente parte da capital e que aconteceu justamente no dia 1 de novembro. Nessa época, a fome e a miséria sentiam-se pela cidade de Lisboa e reforçou a necessidade de partilha de alimentos com os mais necessitados. Em 1756, as pessoas percorriam assim as ruas, batendo às portas e pedindo qualquer esmola, mesmo que fosse apenas pão. Dado o desespero, as pessoas pediam “Pão, por Deus”. Em troca muitos pedintes recebiam pão, bolos, vinho e outros alimentos para honrar os seus mortos e pedir pela sua alma. Ao pensar na riqueza desta tradição, acordei em mim estas palavras de Daniel Faria: “Nunca conheci terreno mais fértil do que as mãos juntas, festa maior do que as mãos afastadas, prodígio maior do que as mãos impostas”.

Crónicas de Um Terapeuta (Terapia Gibson)

Olá a todos meu nome é Fernando Martins e sou Terapeuta Gibson.

O que começou como uma mentoria/ formação ligada ao desenvolvimento pessoal, emocional de entendimento do meu EU, da minha essência, resultou numa formação contínua em Terapia Bioenergética.

Fruto dessa formação e de ter descoberto algo que amo fazer, peguei nesse conhecimento, nas ferramentas que tenho vindo a adquirir, co-criei as minhas e comecei a trabalhar como Terapeuta de forma a poder ajudar todo e qualquer ser humano que venha até nós.

É com grande gratidão e alegria que aceitei este desafio, até porque é nos desafios que evoluímos e nos transformamos.

Irei partilhar com vocês a nossa perspetiva sobre os mais variados temas.

Ao longo das próximas edições o nosso foco será poder ajudar-vos a entender e a saber gerir Emoções, Sentimentos, Pensamentos com os quais vocês podem ser confrontados.

O intuito passa por vos Despertar para que possam ter consciência de como é possível saber lidar com tais desafios, no fundo Medos que o ser humano alimenta pelas mais variadas razões.

A palavra DESPERTAR será utilizada muitas vezes, assim como Consciência e Equilíbrio, pois é necessário que haja esse entendimento para que se encare a Vida como deve de ser vivida.

O aprender a saber gerir e lidar com Sentimentos Negativos e Positivos, sim há pessoas que não sabem lidar nem gerir as Emoções Criativas, os elogios, pois sobrevivem com crenças que as limitam, que as bloqueiam.

Para qualquer questão ou tema que queiram ver aqui esclarecidos, podem enviar para o email: m2equilibrioeconsciencia@gmail.com.

Algumas poderão ser respondidas aqui outras só mesmo em consulta.

Caminha sem medo e encontrarás o teu interior - Fernando Martins

HOJE VOU CONTAR UMA ESTÓRIA

Entrou na farmácia uma rapariga dos seus vinte e poucos anos, com uma criancinha de cinco ou seis meses ao colo, embrulhada com uma mantinha … estávamos em pleno inverno … com o aspeto de estar a arder em febre, a tossir consecutivamente, uma tosse rouca, a fervilhar de secreções, que naturalmente naquela idade não sabia expetorar e que lhe dificultava visivelmente a respiração. Aquela mãe exibiu então uma receita de papel timbrado do velho Hospital da Misericórdia de Loulé.

Pelo diálogo estabelecido com o farmacêutico apercebi-me de que a receita prescrevia três medicamentos … um antibiótico para combater a infeção, um antipirético para baixar a febre e um xarope expetorante para expulsar as secreções e aliviar a tosse.

Para minha grande surpresa, aquela pobre mãe quis previamente saber quanto lhe custaria cada um daqueles medicamentos … e depois de algum silêncio e hesitação … decidiu optar apenas e só pelo mais barato … pelo xarope para a tosse … naturalmente por não dispor da capacidade económica para adquirir os outros dois medicamentos. Porque se estava na presença de uma situação aparentemente grave de pneumonia ou até de bronquiolite …e aquela criança não iria sobreviver se medicada apenas com um xarope para tosse … senti que não poderia ficar indiferente e deveria fazer alguma coisa … pisquei o olho ao farmacêutico … que já tinha começado a argumentar que aquele menino estava muito doente … e para espanto daquela mãe sofredora … decidi intrometer-me na conversa e dizer que afinal a farmácia lhe iria oferecer os medicamentos!

Depois da inesperada surpresa, de muita hesitação e relutância, aquela pobre mãe … não muito convencida daquele desfecho … acabou por aceitar, afirmando que mais tarde viria pagar os medicamentos, não obstante lhe ter sido reafirmado que a farmácia lhos oferecia! Depois de mãe e filho terem saído, entendi que naturalmente deveria justificar a minha intervenção e dizer ao farmacêutico que iria custear do meu bolso aquela importância …já que aquela criança não iria sobreviver se medicada apenas com o xarope! Devo acrescentar que o farmacêutico recusou o meu pagamento e assumiu ele próprio o custo daqueles medicamentos.

Não gostaria de terminar esta comovente estória sem referir que, anos mais tarde, em conversa com aquele farmacêutico, ele me contou que, dois ou três meses depois, aquela mãe voltou à farmácia para dizer que o seu filho melhorou rapidamente com aquele tratamento… e que queria pagar a dívida … mas o farmacêutico, de novo, voltou a recusar receber! É a chamada estória com um final feliz! Ora bem … tudo isto se passou nos já longínquos anos 60 do século passado … já lá vão outros 60 anos … numa altura em que não havia ainda Serviço Nacional de Saúde (SNS)… criado apenas em 1979.

Antes disso a assistência médica competia às famílias, às instituições privadas e aos serviços médico-sociais das caixas de previdência … de má memória! Só mais tarde começaram a surgir os primeiros Centros de Saúde, em 1971 … e depois, finalmente o SNS, hoje com cobertura universal. Infelizmente o resto desta crónica, contrariamente àquilo que eu bem gostaria e ao contrário também daquela estória que acabei de contar, não está a ter neste momento, uma evolução feliz.

É hoje uma gravíssima preocupação estarmos a assistir, todos os dias, ao desmoronamento progressivo do SNS, sem que os sucessivos governos corrijam as causas … bem conhecidas … daquele desmoronamento e do abandono progressivo dos seus profissionais mais qualificados. E … não menos grave… e provavelmente do desconhecimento da maioria dos leitores desta crónica, não obstante o SNS comparticipar percentualmente no custo dos medicamentos … diversos inquéritos nacionais vêm revelando que 1 em cada 10 doentes … 10% da população portuguesa … não tem condições económicas para adquirir na farmácia os medicamentos que lhe são receitados nas consultas do SNS! É uma situação gravíssima e que se presume que se vá agravar ainda mais no clima progressivamente inflacionista que todos estamos a viver que afeta gravemente toda a população, mas sobretudo as classes mais desfavorecidas … com a agravante de estarmos à beira de uma subida acentuada do preço dos medicamentos, sob pena de desaparecerem do mercado farmacêutico em Portugal! Como era de prever, todas estas situações se agravaram significativamente com a recente pandemia de Covid-19 e com a crise mundial que decorre da catástrofe da guerra na Ucrânia. Não obstante esta panorâmica extremamente preocupante, não podemos perder a esperança de um mundo e um futuro mais pacífico e mais humano.

113 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
Terapia Fernando Martins

M.ª José Dias

Instruída em Alimentação Saudável

Naturalmente mj_naturalmente@sapo.pt

Bolo de Chocolate para Diabéticos

Ingredientes - 4 ovos

- 1 taça de cacau em pó peneirado - 2 taças de farinha de amêndoas - 1 taça de leite de coco

- 1/2 taça de manteiga derretida ou óleo de coco

- 1/2 taça de adoçante xilitol (em pó)

- 1 colher de sopa de fermento

8.000 trabalhadores em falta nos hotéis do Algarve

AHETA

Preparação

Bata os ovos com a manteiga e o adoçante, em seguida acrescente o cacau e a farinha de amêndoas.

Por fim, acrescente o leite até a massa ficar cremosa, adicione o fermento mexendo delicadamente e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC. Deixe por cerca de 30 minutos ou até espetar o palito e sair limpo.

A calda é uma ganache. Derreta em banho maria uma barra de chocolate 70% e adicione creme de leite até dar ponto de calda.

SondaLoulé

Sondagens e Captações de Água, Ld.ª

Telf.: 289 415 712

A AHETA - Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve estimou, no passado dia 26 de outubro, em quase 8.000 pessoas as necessidades de mão-de-obra dos seus associados até finais de 2023, esperando que o Governo tenha «visão» para resolver essa escassez de mão de obra.

Hélder Martins, presidente da AHETA, disse em conferência de imprensa, onde foi apresentado o estudo “O capital humano na hotelaria e empreendimentos turísticos do Algarve", que “gostaríamos que o Governo tivesse visão” para ajudar a resolver os problemas do setor, entre os quais a falta de mão-de-obra.

O documento, encomendado à Universidade do Algarve através do Laboratório Colaborativo do Turismo e Inovação (KIPt COLAB), indica que “as necessidades de recursos humanos variam entre 4.484 e 7.906 até finais de 2023, nas empresas inquiridas”.

O estudo tem por base uma amostra que representa 54% da capacidade de alojamento no Algarve, 52% da procura turística e 34% do emprego na região.

De acordo com os números divulgados, os associados da AHETA têm atualmente cerca de 17.000 empregados, precisando de aumentar em cerca de 30% esse efetivo.

“As dificuldades de contratação são evidentes, principalmente nas áreas mais operacionais, como sejam a alimentação e bebidas, o alojamento e a manutenção”, segundo a responsável pelo relatório, a professora Antónia Correia, também presente.

Mesmo assim, as condições de trabalho no turismo e hotelaria registam “uma melhoria progressiva, no que toca a estabilidade e salário”, assegurou, avisando que as “expectativas face ao futuro revelam um muito moderado otimismo”.

O valor médio do salário bruto das empresas associadas da AHETA foi de cerca de 1.013 euros em 2022, 70% superior ao que os mesmos empreendimentos pagavam em 2015.

Para esta associação, a recente decisão do Governo em estabelecer um protocolo de livre circulação de trabalhadores para o setor com os países de língua oficial portuguesa, Marrocos e Índia deve ser agilizado, para assegurar a chegada de mais trabalhadores no próximo ano.

Hélder Martins referiu que “pode haver problemas” na capacidade dos consulados portugueses naqueles países de passarem os respetivos vistos, o que pode vir a atrasar a chegada da mão-de-obra em 2023.

Este dirigente sugeriu que o executivo português estudasse “ajustes” a fazer na carga fiscal, de forma a que as empresas e trabalhadores tivessem mais incentivos ao emprego no setor.

O alojamento dos trabalhadores deslocados é outro grande problema que a AHETA gostaria de ver solucionado, nomeadamente, através da construção de habitação para essa mão-de-obra a um custo inferior aos alojamentos turísticos.

“O custo do alojamento é o maior entrave para que as pessoas venham trabalhar para a nossa região”, concluiu.

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Fax: 289 435 034

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12 3 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
Foto: Nathalie Dias

João Ricardo ingressou na UAlg com média superior a 19 valores

Chama-se João Ricardo e foi o estu dante que ingressou com a média mais elevada na Universidade do Algarve, este ano letivo. Com 19,16 valores, poderia ter optado por qualquer curso, mas escolheu Gestão de Empresas, em primeira opção, na Faculdade de Econo mia da UAlg.

Vindo da Escola Secundária de Loulé, João Ricardo confessa que não foi uma escolha fácil. “Tinha várias opções, todas bastante dispersas, de áreas completa mente diferentes, mas, de todas, Gestão de Empresas pareceu-me o curso que maior e mais variado número de hipóteses me abre de futuro”.

Questionado sobre o facto de ter ou não equacionado concorrer a outra uni versidade fora da região, assume que pensou nessa possibilidade, mas refere que há um fator que nem sempre é considerado pelos alunos, no momento de fazer esta escolha: a qualidade de vida. «Para muitos, o Algarve é um paraíso turístico. É um privilégio podermos estudar num lugar com essas característi cas. Por isso escolhi a Universidade do Algarve. Porque não é só “estudar onde é bom viver”, quem vem para a UAlg rapidamente percebe que “é viver onde é bom estudar». João Ricardo acrescenta ainda que “a Universidade deve orgu lhar-se do que oferece aos seus alunos”.

“Sentimos que estamos num habitat singular, o que nos faz valorizar a sorte de podermos estar aqui.”

Para não ver goradas as suas expetativas, preferiu não as criar antecipada mente, mas, depois de ter passado algum tempo, diz-se muito satisfeito com a escolha que fez. “Por todos os motivos. A adaptação torna-se fácil quando o am biente é harmonioso e tranquilo, como o da Faculdade de Economia. Sentimos que estamos num habitat singular, o que nos faz valorizar a sorte de podermos estar aqui.”

Sobre a “receita” para se atingir uma média de ingresso tão elevada, pre fere não arriscar qualquer prescrição. Na sua opinião, “para cada um, pode ser prescrito algo diferente”. Todavia, “diria que a motivação para fazer sempre mais e melhor é o que nos deve guiar. Acreditarmos verdadeiramente que é possível alcançar determinados patamares e não nos ficarmos pelo suficiente faz a diferença”. Depois, acrescenta, “tive a sorte de ter família e amigos que contribuíram para isso e devo também um agradecimento à minha escola e aos professores que se cruzaram comigo por tudo o que me proporcionaram”. Para João Ricardo, este percurso nunca é um trabalho solitário, por isso, o mérito não é só seu.

Em relação ao futuro, confidencia que “sempre quis ser professor e since ramente acho que vou ser, porque é onde me vejo a fazer o que gosto”. Mas, ciente de que em três anos de licenciatura muita coisa pode acontecer, devido ao facto de se cruzar com novas realidades e experiências, conclui: “estarei sempre aberto a novos objetivos e aspirações”.

ANO HIDROLÓGICO: PROTEÇÃO CIVIL DE LOULÉ SENSIBILIZA A COMUNIDADE PARA O RISCO DE CHEIA

Numa altura em que se aproximam as primeiras chuvas, a Câmara Municipal de Loulé, através do Serviço Municipal de Proteção Civil, no âmbito da sua área funcional de sensibilização e informação pública, tem vindo a promover uma ação de sensibilização, sobre o risco de cheias e inundações no concelho, nomeada mente nas zonas suscetíveis a este tipo de fenómeno.

A iniciativa contou com a cooperação do Corpo de Bombeiros de Loulé e foi planeada de forma a proporcionar um contacto direto com a população nas zonas do município historicamente mais suscetíveis e de maior vulnerabilidade a este tipo de risco, com destaque para as freguesias de S. Clemente, S. Sebastião, Boliqueime e, naturalmente, as zonas costeiras de Almancil e Quarteira.

Nas localidades, em espaços públicos e privados foram distribuídos folhetos e cartazes sobre os comportamentos preventivos e de autoproteção. Os técnicos municipais deixaram ainda conselhos sobre comportamentos a adotar na iminên cia, durante e depois de uma cheia, particularmente para que a população esta atenta às indicações meteorológicas, a importância de um seguro para habitação ou comércio, mas também para que sejam colocados anteparos nas portas, que se evite utilizar as garagens em caves inseridas nos locais de risco, entre outros.

Em Portugal, o ano hidrológico começa a 1 de outubro e termina a 30 de se tembro. Inicia-se no mês de outubro por ser a época onde as reservas hídricas atingem o seu mínimo e quando começa o período chuvoso do ano. No início do ano hidrológico deve-se estar alerta para os efeitos das primeiras precipitações fortes, muitas vezes acompanhadas com potentes rajadas de vento e com o au mento da agitação marítima.

No ano letivo 2022/23 entraram ainda na UAlg mais 29 novos estudantes com média de ingresso superior a 18 valores.

Recorde-se que todos os estudantes que ingressaram na UAlg, em primeira opção, com nota de candidatura igual ou superior a 17 valores, irão ter bolsa de excelência. Atribuídas aos melhores alunos de cada curso de licenciatura e mestrado integrado, que se matricularam no 1.º ano, pela primeira vez, as bol sas pagam integralmente o valor da propina (697,00 euros).

O programa municipal de sensibilização e informação pública tem como princi pal objetivo promover a resiliência das comunidades no que concerne aos riscos coletivos, dando cumprimento à Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Pre ventiva 2030, de forma a prevenir e reduzir os riscos de catástrofes existentes, a exposição a perigos e vulnerabilidades a catástrofes, visando o desenvolvimento de uma cultura de segurança

A melhor forma de prevenção é o conhecimento dos riscos existentes no seu meio, bem como os procedimentos de autoproteção que se devem adotar, po dendo assim minimizar os danos provenientes de uma situação mais gravosa.

O Serviço Municipal de Proteção Civil informa ainda que neste período importa estar preparado para a adoção de procedimentos de proteção, como a desobs trução de sistemas de escoamento, limpeza de telhados, a fixação de estruturas soltas e a circulação atenta junto a árvores e em zonas ribeirinhas.

133 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
30 novos estudantes com média de ingresso superior a 18 valores

Necrologia

“A Voz de Loulé” Edição 1995 Loulé 2022-11-03

Exercício do Direito de Preferência

VENDA DE TERRENO RÚSTICO

Notificação para o exercício do direito de preferência na venda de terreno rústico sito em Sobradinho de Alfeição, freguesia de São Sebastião, Concelho de Loulé, composto por terra de cultura com 16 alfarrobeiras, 26 amendoeiras e 8 oliveiras, descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé sob o número 4075 e inscrito na Matriz Predial Rústica sob o artigo número 3651 da mencionada freguesia e concelho.

AGRADECIMENTO

Esposa, filhos, nora, genros, netos e bisnetos, vêm por este meio agra decer a todas as pessoas que com a sua presença testemunharam a sua amizade, acompanhando o seu ente querido até à sua última morada ou de qualquer outro modo ma nifestaram sentimento de pesar pelo doloroso acon tecimento.

Para todos a nossa gratidão.

- Faleceu no dia 25 de setem bro, com 85 anos, João Alfredo Gonçalves de Almeida, residente França/Loulé.

- Com 83 anos, faleceu no dia 13 de outubro, Amélia Maria San tiago Gonçalves, residente em Loulé.

- Faleceu no dia 14 de outubro, com 93 anos, Luiz Vieira Estanis lau, residente em Loulé.

- Com 42 anos, faleceu no dia 15 de outubro, João Paulo Gonçal ves da Silva, residente em Quar teira.

- Faleceu no dia 16 de outubro, com 69 anos, Marços Rafael Ro cha, residente em Quarteira.

- Com 80 anos, faleceu no dia 16 de outubro, Alberto Enes Ra mos, residente em Quarteira.

- Faleceu no dia 17 de outubro, com 69 anos, Ermelinda Ricardo, residente em Almancil.

- Com 91 anos, faleceu no dia 20 de outubro, Mariana da Concei ção Ruivo, residente em Loulé.

- Faleceu no dia 20 de outubro, com 84 anos, Ana Maria de Sousa Mota Marques Barbosa Neves, re sidente em Quarteira.

- Com 88 anos, faleceu no dia 21 de outubro, Pedro de Castro e Brito, residente em Loulé.

- Faleceu no dia 21 de outubro, com 83 anos, José Cabrita Nunes, residente em Loulé.

- Com 89 anos, faleceu no dia 21 de outubro, Evangelina Cavaco Romão, residente em Quarteira.

- Faleceu n dia 22 de outubro, com 87 anos, Maria da Conceição Romeiras da Encarnação, residen

Agência

te em Quarteira.

- Com 71 anos, faleceu no dia 21 de outubro, Manuel Ricardo Carriço Silva, residente em Alman cil.

Estes funerais foram realizados pela Agência Funerária João & VítorTel. 800 209 254

- Faleceu no dia 28 de setem bro, com 88 anos, Cesaltina Filipe de Almeida, residente em São João da Venda, Almancil.

- Com 89 anos, faleceu no dia 28 de setembro, Ângela Apolónia Casanova, residente no Sítio da Soalheira, Loulé.

- Faleceu no dia 1 de outubro, com 91 anos, Benedito Berto Coe lho, residente em Salir.

- Com 86 anos, faleceu no dia 5 de outubro, Maria Catarina Coelho Cordeiro, residente em Salir.

- Faleceu no dia 5 de outubro, com 77 anos, Efigénia Maria Guer reiro Luzia Costa, residente em Loulé.

- Com 90 anos, faleceu no dia 7 de outubro, Agostinha de Sousa Silvestre, residente em Querença.

- Faleceu no dia 8 de outubro, com 71 anos, Maria Amália Cabrita da Silva, residente em Boliqueime.

- Com 83 anos, faleceu no dia 13 de outubro, Manuel dos Márti res Aquilino, residente em Loulé.

Estes funerais foram realizados pela Agência Funerária Gil Barreto, Lda Tel. 289 462 946-Loulé / Faro

José Manuel de Sousa Laginha, cabeça de casal na herança de Isa bel Guerreiro de Sousa Laginha, casado, residente em 6, Den Herder Drive, Somerset, New Jersey, Estados Unidos da América, vem dar conhecimento, que vai vender o prédio rústico acima descrito, pelo valor de 9.150,00 euros (nove mil cento e cinquenta euros) a Vasco Manuel Bernardo Galguinho Rosinha Fernandes, solteiro, maior, na tural da freguesia de Assunção, concelho de Elvas, contribuinte fiscal 233 946 357, que não é proprietário confinante. O documento que titulará a transmissão - escritura de compra e venda - será realizado / outorgado no dia 17 de novembro de 2022, pelas 16h30 no Cartório Notarial da Dra. Maria do Carmo Correia em Faro e findo o prazo legal de oito dias para o exercício do direito de preferência (cfr. art.º 416, nº2, do Código Civil) - e o pagamento do preço será efetuado da seguinte forma:

a) com a assinatura do contrato de promessa de compra e venda (CPCV) foi paga pelo promitente comprador, através de transferên cia bancária, o valor de dois mil euros, valor esse que deverá ser entregue ao promitente vendedor no prazo de exercício do direito de preferência e;

b) com a outorga da escritura de compra e venda será pago o remanescente no montante de € 7.150,00 (sete mil, setecentos e cin quenta euros) e o comprador(es)/ adquirente(s) tomarão posse plena do imóvel (prédio rústico).

Os eventuais interessados no exercício deste direito, dispõem do prazo de 8/OITO dias, a contar da data da publicação do presente, para exercer a preferência, comunicando-o por carta registada com aviso de receção enviada para a morada abaixo mencionada, iden tificando o prédio confinante de que é proprietário e oferecendo os (seus, dele preferente) dados pessoais e contacto, sob pena de cadu cidade do referido direito, conforme resulta do disposto no n.º 2 do artigo 416.º do Código Civil. A documentação referente ao prédio rústico acima identificado estará disponível para consulta na Socieda de de Advogados Martinez Echevarria & Ferreira, com escritório na Av. Cerro da Vila, Edf. Vilamarina, Lojas 46 a 49, Vilamoura 8125436, Quarteira.

A publicação deste direito de preferência é da inteira responsa bilidade do anunciante.

C H E C U L, C.R.L.

Cooperativa de Habitação Económica e Cultural de Quarteira BAIRRO CHECUL, EDF-SEDE 8125 - 633 QUARTEIRA

CONVOCATÓRIA

Nos termos da Lei ao abrigo do artº 34 dos estatutos da CHECUL -Cooperativa de Habitação Económica e Cultural de Quarteira, CRL, convoco os senhores associados a estarem presentes no Edifício-Sede da Cooperativa, sito na Rua General Francisco de Menezes, no dia 26 de Novembro de 2022 pelas 15 horas, onde se realizará uma As sembleia-Geral Ordinária, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1. Apresentação, discussão e votação do Orçamento para 2023

2. Assuntos de interesse geral

Se à hora marcada não estiverem presentes o número suficiente de Sócios, a Assembleia-Geral realizar-se-á às 15 horas e 30 minutos do mesmo dia e local, com a mesma Ordem de Trabalhos e com qualquer número de sócios presentes.

Quarteira, 24 de Outubro de 2022

“A Voz de Loulé” Edição 1995 Loulé 2022-11-03 ANÚNCIO COMUNICAÇÃO PARA EXERCÍCIO DO DIREITO LEGAL DE PREFERÊNCIA NA VENDA DE PRÉDIO RÚSTICO

Paulo Alexandre Soares Coelho, na qualidade de Presidente do Conselho de Administração da empresa Pasco - Imobiliária SA, NIPC 503 325 155, com sede em Raso de Paredes 3750-316 Águeda, empresa proprietária do imóvel abaixo indicado, na impossibilida de de notificar os proprietários dos prédios confinantes ao referido imóvel que sejam titulares de direitos de preferência legais na venda do mesmo, vem por este meio comunicar a intenção de proceder à venda do imóvel infra identificado, expondo-se nas condições que ora se apresentam:

1. Imóvel: prédio rústico, sito em Pereiras de Almancil, freguesia de Almancil, concelho de Loulé, descrito na Conservatória do Regis to Predial de Loulé sob o número 4053 e inscrito na matriz predial rústica sob o artigo número 1412 Confrontações do prédio:

Norte - Domingos Martins Sousa

Sul - Manuel Correia e Outro

Nascente - Ricardo Bárbara Leal

Poente - António Viegas e Outros

2. Comprador: Raúl Guilherme Vieira Mimoso.

3. Preço da Venda: € 55.000 (cinquenta e cinco mil euros).

4. Condições de Pagamento: Pagamento do valor no ato de com pra e venda (DPA).

5. Data e Local do DPA: Dia 16 de novembro de 2022, às 16h00 no escritório da Solicitadora Mª Rosa Victoriano, cuja morada é Ave nida José da Costa Mealha, 34 - Centro Comercial Galerias Dona Leonor - Loja 27 R/C, 8100-501 Loulé.

Deverão os confinantes, querendo, exercer o direito de preferência nos termos do disposto no nº 2 do artigo 4160º do Código Civil, no prazo máximo de oito dias, após a publicação do presente edital, por carta registada com aviso de recepção, para a morada: Raso de Pare des 3750-316 Águeda.

Na falta de resposta no prazo legal presumir-se-á a falta de interes se no exercício de tal faculdade.

A publicação deste direito de preferência é da inteira responsabi lidade do anunciante.

O valor mediano de avaliação bancária aumentou em setembro para o novo máximo histórico de 1.429 euros por metro quadrado, um aumento homólogo de 15,6% e mais 15 euros do que em agosto, divulgou o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “em setembro, o valor mediano de avaliação bancária, realiza da no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1.429 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo aumentado 1,1% face a agosto (1.414 euros/m2)” e 15,6% relativamente ao mesmo mês de 2021.

O instituto nota que “o número de avaliações bancá rias consideradas diminuiu pelo quarto mês consecutivo, situando-se em cerca de 26 mil, o que representa uma redução de 8,7% face mesmo período do ano anterior e menos 22,0% que em maio último, mês em que se regis tou o máximo da série”.

Em setembro, o maior aumento face ao mês anterior registou-se na Região Autónoma da Madeira (1,1%) e a única descida verificou-se na Região Autónoma dos Aço res (-0,6%).

Já em comparação com o mesmo período do ano anterior, a variação mais intensa aconteceu no Algar ve (17,8%) e a menor na Região Autónoma da Madeira (10,5%).

No mês em análise, o valor mediano de avaliação ban cária de apartamentos foi 1.591 euros/m2, tendo aumen tado 16,2% relativamente a setembro de 2021 e 0,9% face ao mês anterior.

Os valores mais elevados foram observados no Algar ve (1.949 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.888 euros/m2), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (1.024 euros/m2).

Quanto ao valor mediano da avaliação bancária das moradias, foi de 1.136 euros/m2 em setembro, o que re presenta um acréscimo de 13,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior e de 0,9% face a agosto.

Os valores mais elevados observaram-se no Algar ve (2.019 euros/m2) e na Área Metropolitana de Lisboa (1.961 euros/m2), tendo o Alentejo e o Centro registado os valores mais baixos (907 euros/m2 e 923 euros/m2, respetivamente).

Numa análise por regiões NUTS III, verifica-se que, em setembro de 2022, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa e o Alentejo Litoral apresentaram valores de ava liação 36,7%, 33,0% e 9,6%, respetivamente, superiores à mediana do país.

Pelo contrário, o Alto Tâmega foi a região que apre sentou o valor mais baixo em relação à mediana do país (-47,3%).

O próximo inquérito à avaliação bancária na habitação, referente a outubro, será publicado em 29 de novembro.

14 3 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
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Funerária Gil Barreto Tel. 289 462 946 LOULÉ ALBERTO NARCISO GUERREIRO 94 Anos
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“A Voz de Loulé” Edição 1995 Loulé 2022-11-03
Avaliação bancária na habitação atinge recorde de 1.429 euros/m2 em setembro

1ª Quinzena novembro

Horóscopo Quinzenal por Maria Helena

Carneiro

Amor: Seja corajoso e não tenha medo de assumir um compromisso.

Saúde: Regular. Dinheiro: É possível que receba um convite de trabalho muito aliciante.

Números da Sorte: 18, 11, 29, 36, 44, 49

Pensamento Positivo: O Amor ilumina o meu coração.

Touro

Amor: Procure conversar com o seu par e esclarecer assuntos que estão a prejudicar a vossa relação.

Saúde: Cuidado com os movimentos bruscos.

Dinheiro: O sector financeiro está protegido. Números da Sorte: 3, 6, 19, 35, 47, 48

Pensamento Positivo: A minha intuição é a mais sábia conselheira!

Gémeos

Amor: Poderá ter uma acalorada discussão com o seu par. Não guarde rancor.

Saúde: Sem grandes dificuldades.

Dinheiro: Período pouco favorável.

Números da Sorte: 8, 17, 19, 25, 33, 39

Pensamento Positivo: Sei que tenho o poder de concretizar os meus sonhos.

Caranguejo

Amor: Faça planos em família, todos precisam de motivação.

Saúde: Evite pegar em pesos

e adote uma postura correta pois a humidade poderá fazer com que sinta fortes dores na coluna. Dinheiro: Com muito esforço pessoal vai conseguir liquidar as dívidas. Números da Sorte: 2, 11, 19, 26, 29, 34

Pensamento Positivo: Eu acredito nos meus sonhos!

Leão Amor: Faça os possíveis por estar perto de um amigo muito querido. Não permita que esta amizade acabe.

Saúde: Proteja-se do sol. Dinheiro: Inscreva-se num curso online que lhe dê boas perspetivas de futuro.

Números da Sorte: 1, 5, 17, 22, 36, 40

Pensamento Positivo: Concentro-me mais no presente!

Virgem Amor: Dê mais atenção ao seu par. Procure satisfazer os seus desejos e fomente o romantismo. Saúde: É possível que se sinta enfraquecido. É aconselhável que tire umas férias.

Dinheiro: Seja firme mas justo. Procure avaliar todos os comportamentos de um subordinado antes de adotar uma atitude drástica.

Números da Sorte: 11, 25, 26, 38, 44, 49

Pensamento Positivo: Estou atento às oportunidades que surgem.

Balança

Amor: Imponha-se e não se deixe intimidar pelas ameaças de uma pessoa que pensava ser

sua amiga.

Saúde: Consulte o seu médico para diagnosticar a causa do seu mal-estar.

Dinheiro: Seja tolerante e compreensivo com um novo colega de trabalho, ajude-o a adaptar-se.

Números da Sorte: 12, 13, 19, 25, 33, 44

Pensamento Positivo: Sei que posso realizar os meus projetos, eu acredito em mim!

Escorpião

Amor: Evite deixar-se abater por uma discussão familiar.

Faça todos os possíveis por manter a calma.

Saúde: Tendência para a ansiedade.

Dinheiro: É possível que não consiga terminar um projeto dentro do prazo estabelecido. Não desanime e esforce-se por finalizá-lo o mais depressa possível.

Números da Sorte: 2, 29, 31, 36, 44, 49

Pensamento Positivo: Empenho-me com trabalho na conquista dos meus objetivos.

Sagitário

Amor: Será necessário ter muita calma e paciência para conseguir superar os pequenos contratempos.

Saúde: Tenha cuidado, terá maior risco de infeções.

Dinheiro: Finalmente poderá conseguir um aumento. Números da Sorte: 4, 10, 15, 22, 29, 36

Pensamento Positivo: Eu sei dar valor a tudo o que tenho!

Capricórnio

Amor: Esteja atento aos sinais pois pode conhecer um novo amor.

Saúde: Altura ideal para deixar de fumar e para seguir rotinas mais saudáveis. Dinheiro: Antes de tomar alguma decisão avalie as consequências que ela terá. Números da Sorte: 1, 4, 17, 21, 29, 33

Pensamento Positivo: O meu coração ajuda-me a escolher aquilo que é melhor para mim.

Aquário

Amor: Poderá ter chegado o momento de decidir mudar a sua vida. Tenha coragem e arrisque.

Saúde: Estável. Dinheiro: Seja competente e não deixe escapar as oportunidades. Números da Sorte: 9, 26, 28, 31, 39, 47

Pensamento Positivo: Encontro as respostas de que preciso dentro do meu coração.

Peixes

Amor: O seu par poderá estar demasiado exigente, o que fará com que se sinta irritado.

Saúde: Não abuse das gorduras e consulte um especialista em cardiologia de modo a prevenir futuros problemas. Dinheiro: Evite gastos supérfluos. Números da Sorte: 9, 11, 22, 36, 44, 47

Pensamento Positivo: Sossego o meu coração através da Fé.

“A Voz de Loulé” Edição 1995 Loulé 2022-11-03

ANÚNCIO

DIREITO DE PREFERÊNCIA

Na impossibilidade de identificar o paradeiro de José de Oliveira Neto e outro, proprietários registados como confinantes a nascente do prédio rústico, situado em Ferrarias ou Corgo da Zorra, freguesia de Almancil, concelho de Loulé, descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé, sob o número 10.982 (dez mil, novecentos e oitenta e dois), da dita freguesia, inscrito na matriz da referida freguesia sob o artigo 2.141 (dois mil cento e quarenta e um), propriedade de "DYNAMIKPROTAGONIST, UNIPESSOAL LDA", NIPC 513 788 883, com sede em Escritório Central Quinta do Milharó, Olhos de Água, freguesia de Albufeira e Olhos de Água, concelho de Albufeira, e com morada indicada para efeitos de notificações em a efectuar ao abrigo do presente anúncio em apartado 629, 8200-998 Albufeira, matriculada na competente Conservatória do Registo Comercial de Albufeira, a referida sociedade vem anunciar que:

a) O prédio supra referido será vendido a MICHAEL DAVID NOBLETT, solteiro, maior, natural de Stockport, Reino Unido, de nacionalidade britânica, portador do passaporte nº 511220012 emitido pelo IPS em 04/092/1972, válido até 2024/01/03, NIF 299.652.726, residente em "Casa Terrella", Areeiro, 8100-225 Loulé;

b) O prédio é vendido em conjunto com os seguintes prédios:

a. prédio urbano, denominado lote n.º 57, composto por talhão de terreno para construção urbana, situado em Ferrarias, freguesia de Almancil, concelho de Loulé, descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé, sob o número 5.540 (cinco mil, quinhentos e quarenta), da dita freguesia, inscrito na matriz da referida freguesia sob o artigo 6.449 (seis mil, quatrocentos e quarenta e nove), actualmente P14959

b. o prédio urbano, denominado lote n.º 58, talhão de terreno para construção urbana, situado em Ferrarias, freguesia de Almancil, concelho de Loulé descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé, sob o número 5.541 (cinco mil, quinhentos e quarenta e um), da dita freguesia, inscrito na matriz da referida freguesia sob o artigo 6.450 (seis mil, quatrocentos e cinquenta),

c. O preço de compra e venda é global, é de € 3.750.000,00 (três milhões, setecentos e cinquenta mil euros).

d. A preferência apenas poderá ser exercida relativamente aos três prédios no conjunto, na medida em que constitui condicionante do negócio para ambas as partes que apenas têm interesse na concretização do negócio na sua globalidade, englobando os três prédios, os quais, atento o projecto imobiliário previsto para os mesmos, assumem natureza de unidade económica e imobiliária unitária.

c) O preço é integralmente pago com a outorga da escritura de compra e venda.

A escritura terá lugar no dia 12 de Dezembro de 2022, pelas 11 horas, no cartório notarial a cargo da Dra. Paula Valentim, sito em Rua "A Voz de Loulé", Bloco 4 R/c Dto. Loja L, 8100-817 Loulé

Assim, ao abrigo do disposto no artigo 1380.º do Código Civil, vem dar conhecimento aos proprietários dos terrenos confinantes a quem assista tal faculdade, a faculdade de exercerem o direito de preferência, sobre o conjunto dos três prédios, e pelo valor global de € 3.750.000,00 (três milhões, setecentos e cinquenta mil euros), devendo, no prazo de 8 (oito) dias, nos termos do número 2 do artigo 416.º do Código Civil manifestar a intenção de exercício de tal direito por via de carta registada com aviso de recepção, remetida à proprietária supra identificada.

A publicação deste direito de preferência é da inteira responsabilidade do anunciante.

“A Voz de Loulé” Edição 1995 Loulé 2022-11-03

EXERCÍCIO DO DIREITO DE PREFERÊNCIA

Venho por este meio Cândida Gonçalves Velhinho Caetano, e José Caetano Costa, ambos residentes em Cabeça de Águia 8100-071 Boliqueime em Boliqueime, pretende vender o prédio rústico:

Quebra - Cabeças “Puz”

Fases da Lua

Situado em Estrela Montes, Freguesia de Freguesia Boliqueime, Concelho de Loulé, confrontando a norte com Manuel Neves da Cruz; a Sul com caminho; a Nascente com António Lourenço Paulino e outros e a Poente com José Alexandre Madeira. Está descrito na Conservatória do Registo Predial de Loulé sob o n.º 5493/20010730 e inscrito na respetiva matriz sob o artigo nº 5102.

A promitente compradora é a senhora, Ana Sofia Viegas Carvalho, solteira, maior natural da Freguesia da Sé e São Pedro Concelho de Faro, e Nacionalidade Portuguesa.

A venda será pelo valor de 22.000,00€ (Vinte e dois, mil euros), o qual será pago no ato da escritura publica que se irá realizar num Cartório no Algarve até ao dia 30 de dezembro de 2022.

E ao abrigo do disposto no artigo 1380º do Código Civil venho dar conhecimento aos proprietários dos terrenos confinantes a faculdade de exercerem o Direito de Preferência, devendo no prazo de oito dias, conforme estipula o nº2 do artigo 416º do Código Civil, dizer se pretendem exercer o seu direito de preferência, por via de comunicação dirigida ao interessado acima descrito, sob forma de carta registada com aviso de receção, para a morada acima descrita.

Loulé, 27 de outubro de 2022

A publicação deste direito de preferência é da inteira responsabilidade do anunciante.

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153 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
Vende-se Prédio Rústico

A problemática do roubo da alfarroba é um assunto já co nhecido por todos, mas que se intensificou nos últimos dois a três anos devido à sua valorização.

da atuam. A impunidade prevalece». O Presidente da AGRUPA esclarece que «este Decreto de Lei não irá revolver o problema por completo, mas irá solucio nar grande parte dos roubos que existem».

Volvidos alguns meses desde a manifestação, a Ministra já se manifestou sobre esta temática, mas o problema continua por resolver e o Decreto de Lei não foi ainda aprovado. «Não vou descansar enquanto não tiver uma respos ta», frisa Horácio Piedade, que pede ainda maior união entre produtores e co merciantes.

Apelando também a novos sócios, o responsável acredita que «os produ tores de alfarroba só terão voz se estiverem associados. Não quer dizer que todos tenham de o ser, mas se viessem seria bom. Com 400 sócios, já somos ouvidos, mas se tivermos mais, ganhamos maior notoriedade».

«O número de assaltos aumentou exponencialmente. Esses roubos fazem cada vez mais mossa nos agricultores», disse André Coelho, jovem agricultor, em declarações ao nosso jornal. Esses roubos são feitos de várias formas: «existem roubos feitos antes da alfarroba estar em condições para a apanhar e os roubos feitos depois, onde os indivíduos vão aos campos». O agricultor destacou ainda que estamos a atravessar uma fase mais complicada «com os roubos nos armazéns, porque agora quem os pratica já são criminosos de outro patamar, que utilizam armas de fogo».

A AGRUPA – Agrupamento de Produtores de Alfarroba e Amêndoa, tem vin do a trabalhar para combater o roubo da alfarroba. Horário Piedade, presidente desta Cooperativa, revela que «já dei entrevistas, já escrevi em jornais e não tenho tido retorno». Em conjunto com «os trituradores e os técnicos e advo gados da direção regional, a AGRUPA fez um esboço do Decreto de Lei, que enviamos para a Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, há mais de um ano e meio, sem feedback». A falta de respostas motivou a manifestação, no passado dia 29 de julho, em frente à Câmara Municipal de Loulé.

Na altura, Horácio Piedade disse, em comunicado, que «os roubos e fur tos de alfarroba (nos pomares e nos armazéns) constituem uma das principais preocupações dos produtores, quer pela sua elevada frequência, quer pelo descaramento com que os ladrões e os que lhes compram a alfarroba rouba

Pub.

André Coelho relata ainda que existe uma «quantidade de alfarroba roubada que nunca chega a entrar nas contas oficiais». Existem ainda agricultores víti mas de furtos «que nunca chegam a denunciar os roubos», devido ao medo. Nos últimos anos, o preço do fruto aumentou dez vezes, tendo já atingido entre 40 a 50 euros a arroba (15 quilos).

A AGRUPA é uma cooperativa que pretende prestar apoio aos sócios, servi ços técnicos de elaboração e execução de projetos florestais e agrícolas, assim como a participação em projetos experimentais em parceria com outras entida des. Com 400 sócios, a cooperativa foi fundada em 1996.

A semente do fruto da alfarroba é muito usada na indústria alimentar, sendo também aplicada nas indústrias farmacêutica e cosmética. É um dos produtos de excelência da região algarvia com elevado preço.

16 3 de novembro 2022 A VOZ DE LOULÉ
Mais um ano: A alfarroba continua a ser roubada
Junta de Freguesia de Salir entrega subsídio de Natalidade a casal
O subsídio é relativo ao nascimento do seu primeiro filho
O Presidente da Junta de Freguesia de Salir, Francisco André, entregou mais um subsídio de Natalidade no valor de 1.500 € ao casal, Rainer Hen rique Rodrigues Felizardo e Amanda Steckert Batista, com morada na Cor telha, relativo ao nascimento do seu primeiro filho Vítor Steckert Felizardo, ocorrido no dia 17 de setembro de 2022.
«A Junta de Freguesia deseja a todos os familiares as maiores felicida des», escreveu em comunicado a autarquia.
Rainer Felizardo, Amanda Steckert Batista e Francisco André Horácio Piedade e André Coelho

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