Jornal em A União

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A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - TERÇA-FEIRA, 16 de julho de 2013 CONTATO: opiniao.auniao@gmail.com REDAÇÃO: 83.3218-6511/3218-6509

Crônica

Carlos Romero -

caromero@uol.com.br

Eleição e confraternização Eleição e confraternização ao vivo. Festa de amigos. E como faz bem à saúde a solidariedade humana!” Por conta de minha alimentação basicamente integral, cuja exceção só ocorre quando saio pelo mundo afora, desta vez, atendi ao convite dos amigos, e fui participar do almoço de confraternização que Fátima Bezerra Cavalcanti ofereceu aos amigos da Academia Paraibana de Letras, num restaurante aqui de Tambaú, pela sua recente e expressiva eleição como imortal daquela veneranda instituição. Resolvi substituir o prato de arroz integral por um suculento prato de camarão, que ainda está motivando minha salivação. O restaurante estava cheio de imortais admiradores da desembargadora e escritora Maria de Fátima, cujo sorriso conseguiu amenizar o rigor da toga que veste, lá no Tribunal de Justiça. E eu fiquei pensando com os meus botões, como é divino o sentimento de confraternização, que tanto nos distancia dos animais. Mas o que mais me encantou foi ver um José Nêumanne vindo lá do sul do país para votar e solidarizar-se com a colega eleita. O mesmo digo do nosso querido Eilzo Matos, saindo do seu Sertão para votar e se confraternizar com a candidata eleita. A alegria dominava e contagiava todos. Vi sorrisos e felicidade nos rostos do primo e magistrado Alexandre de Luna Freire, numa animada mesa, a que não faltaram Ramalho Leite, ex-superintendente deste matutino e candidato a uma vaga na Academia, o nosso Gonzaga Rodrigues, meu conterrâneo, rindo dos seus oitenta anos. Estavam também o nosso Flávio Tavares, eufórico, ainda em plena lua de mel com a imortalidade acadêmica, o sereno e discreto Humberto Melo, o poeta sempre bem humorado, Astênio Fernandes, sem esquecer o nosso Juarez Farias, o Flávio Sátiro,

que está editando uma bela revista de cultura, Maria das Graças Santiago, Mercedes Cavalcanti, a nossa Pepita, em animada conversa com o historiador Wellington Aguiar, que não cabia em si de contente. Vez por outra soltando boas gargalhadas. Mas o grande maestro daquela orquestra de solidariedade humana era, e só podia ser, o dinâmico presidente da Academia, o nosso Damião, que está fazendo bons melhoramentos na Casa de Coriolano de Medeiros, inclusive colocando corrimãos na entrada da Academia, cuidando, assim, da segurança dos imortais idosos. E que dizer do meu amigo, primo e alagoanovense Wills Leal, cheio de vivacidade intelectual. Não dá para falar de todos. Na minha mesa estavam a nova imortal, Wills Leal e o desembargador Marcos Cavalcanti, que já está de livro novo para lançar. O ex-governador José Maranhão, contente com a imortalidade da esposa, estava também presente, em animada conversa, certamente falando de política, que é a sua “cachaça”. E o gostoso mesmo foi o prato de camarão que me fez esquecer o arroz integral e as verduras por algum tempo. Eleição e confraternização ao vivo. Festa de amigos. E como faz bem à saúde a solidariedade humana! Saí do restaurante não de barriga cheia mas com o coração pulsando de alegria. E melhor ainda foi a carona que meu primo Alexandre Luna Freire deu a mim e ao Eilzo Matos, que me falou da seca do Sertão, dos açudes secando. A água se tornando difícil, menos a água das lágrimas do sertanejo, que, embora, antes de tudo um forte, como disse Euclides da Cunha, já não aguenta tanta penúria e tanto descaso.

savio_fel@hotmail.com

um dos países onde o movimento ganhou força de forma mais rápida e intensa. Em 1907, o Estado de Indiana foi o primeiro a aprovar uma lei que permitia o programa de eugenia, seguido em 1909 por Washington e Califórnia. Antes da Segunda Guerra Mundial, 32 estados americanos já haviam aprovado leis deste tipo e em muitos casos a prática forçada de esterilização era apoiada. Mudam os tempos, os “States” até elegem um presidente negro, mas o que infelizmente se constata é que lá a voz do preconceito continua falando mais alto. Não custa lembrar que a eugenia, que se pode traduzir como “limpeza étnica” também foi tentada pelo regime hitlerista da Alemanha. Deu no que deu. Para uma nação que tem sido alvo de atentados terroristas e de atos de hostilidade em quase todas as partes do planeta, os Estados Unidos já poderiam ter compreendido que as causas de suas próprias tragédias estão justamente nestas manifestações de arrogância e presunção. Enquanto de deixar levar pela intolerância e pelo preconceito, o povo americano muito dificilmente encontrará a paz que tanto almeja. Enquanto não se livrar dos seus impulsos imperialistas, estará alimentando o ódio dos seus adversários. E eles já são tantos que não precisaria cultivá-los com tanta determinação.

Sávio -

Não bastassem as denúncias de que, pela via cibernética, andam espionando milhões de pessoas no mundo inteiro, Brasil no meio, os americanos estão agora às voltas com outro problema constrangedor: investigação feita recentemente na Califórnia confirma que pacientes psiquiátricos latino-americanos, ali residentes, foram submetidos a intervenções cirúrgicas para esterilização. A notícia não chega a ser uma novidade até porque, desde o final do século passado, sabe-se que milhares de pessoas foram esterilizadas em instituições psiquiátricas nos Estados Unidos e, na maioria dos casos, contra a vontade de suas famílias. Estas intervenções são sempre feitas em nome da saúde pública e de uma melhoria da raça. O que há de novo nisso tudo é que a esta altura, em pleno século XXI, se imaginava que a eugenia já não estivesse mais em voga nos Estados Unidos. Mas este recente estudo demonstra que das mais de 60 mil esterilizações feitas nos EUA, desde os anos 1970, um terço destinou-se à comunidade latino-americana. A eugenia foi uma corrente de pensamento médico e social que surgiu no final do século 19, cuja premissa era de que, por meio de uma seleção genética, poder-se-ia melhorar a espécie humana. Os Estados Unidos foram

Domingos

Intolerância

Humor

Editorial

UN

Informe Geovaldo Carvalho

geovaldo_carvalho@hotmail.com

QUEREM FUGIR DO STF O Senado está avaliando, dentro da “Agenda Positiva”, a possibilidade de acabar com o foro privilegiado de parlamentares e autoridades. Porém, pode ser um tiro no pé se for em frente. Na verdade, alguns não querem agora se igualar ao cidadão comum, mas, sim, na verdade, fugir da ferocidade que tem demonstrado o Supremo Tribunal Federal, a partir do julgamento do “Mensalão”. Antes, o foro privilegiado era o Céu. Não se sabe de nenhum caso em que a Justiça mandou um parlamentar para a cadeia. Há milhares de processos nos escaninhos da impunidade. Não avançava. Hoje, a pancada do bombo mudou e beira à temeridade ter um caso apreciado pelo Supremo. Os “mensaleiros” estão sentindo na pele os efeitos do sopro de responsabilidade do STF. Idem com relação ao deputado Danadon, hoje jogado no catre comum de um presídio, por desvio de dinheiro. Sabem os parlamentares, com essa súbita vontade de integrarem a máxima de que “todos são iguais perante a lei”, que passando a ser tratado pela Justiça comum, há mais flexibilidade. Em caso de punição, há outras instâncias a recorrer. No Supremo não. Transitou em julgado, é fim de linha. Então, com os novos tempos, o foro privilegiado não é mais privilégio, mas uma ameaça intransponível. Agora só falta a galera despertar para a manobra e cair nas ruas, pedindo a manutenção do foro privilegiado. Independente de tudo, quando parlamentares abrem mão de privilégio, é de se desconfiar.

ERUNDINA: “É A VIZ DO PSB”

QUEBRA-PAU Um clima pesado reina no processo sucessório no Sindicato da Associação dos Docentes da UEPB. A oposição, que vem recorrendo à Justiça e até ao vandalismo, convocou assembleia geral para hoje, de forma ilegal. Como já houve até agressão a professores no encontro anterior, tudo pode acontecer hoje. Essa guerra é declarada em um momento crítico da UEPB, bastante fragilizada, e que em nada ajuda a instituição.

Para a paraibana Luiza Erundina (PSB-SP), deputada por São Paulo, “estão colocadas as condições objetivas e subjetivas” para o lançamento da candidatura do governador Eduardo Campos à Presidência da República no próximo ano. Ela considera que as próprias manifestações de rua seriam uma exigência do PSB se posicionar em relação ao futuro do Brasil. “A realidade está dada, o partido tem que se posicionar diante dela, e uma das possibilidades é o partido ter candidatura própria, e esse nome é o governador de Pernambuco. Nos falta construir um projeto de nação, político, que vá para além de quatro, oito anos e dialogar com a sociedade”, disse Erundina.

AUSÊNCIA

PELA FÉ

DESCONTÃO

A ex-prefeita Flavia Galdino, presidente do PSB em Piancó, não compareceu ao encontro do partido realizado na sexta-feira, em João Pessoa. A ausência dela e de seus correligionários só robustece a informação dada apor esta coluna de que Flávia estaria trocando o PSB pelo PMDB, como parte do “pacote” fechado para fazer dobradinha com o deputado Manuel Júnior, no próximo ano.

A cantriz paraibana Elba Ramalho, atuante devota de Nossa Senhora, escancarou as portas de sua casa, em São Conrado, no Rio, para jovens da Paraíba, Espírito Santo e São Paulo que vão participar da Jornada Mundial da Juventude. Elba Ramalho também se apresenta no evento, cantando no dia 22 no Riocentro e dia 23 no Santuário de Aparecida, em São Paulo.

A Antares Comunicação foi a responsável pela criação da campanha “Descontão Premiado”, que envolveu o setor de mídia da agência no desenvolvimento de outdoors, busdoors e outros meios de divulgação da promoção realizada pela CDL de João Pessoa. A promoção começou no último dia 9 deste mês e se encerra amanhã.

NOVO EDITAL A Sudene acaba de liberar o edital do concurso público que oferece 71 vagas, sendo 67 de nível superior e quatro vagas para cargos de nível médio/técnico. Aos portadores de necessidades especiais serão reservados 5% do total de vagas. A seleção será composta por prova objetiva e discursiva, a serem aplicadas no Recife, no dia 15 de setembro. As inscrições serão recebidas de 18 de julho a 12 de agosto, através do site da Fundação Getúlio Vargas.

A UNIÃO

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