Jornal A UNIÃO

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s líderes do Partido Comunista se reúnem hoje a portas fechadas para discutir as escolhas econômicas e políticas a serem feitas por ocasião das iminentes mudanças na cúpula do país.

ma bomba destruiu o carro de um popular jornalista búlgaro na noite de quinta-feira na capital, Sófia, coincidindo com a visita do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.

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> China

otocicletas são baratas e eficazes para combater os engarrafamentos no país, mas as autoridades estão aumentando as restrições ao uso delas, para combater o alto índice de mortalidade.

7 João Pessoa > Paraíba > SÁBADO, 15 de outubro de 2011 ○

> > > GIRO PELO PLANETA

A UNIÃO

>>> ALTA DO PETRÓLEO > A Primavera Árabe elevou o preço, que chegou a quase US$ 130 o barril

Rebeliões no Oriente Médio e África custam US$ 55 bilhões, diz relatório Londres (Reuters) - As rebeliões que varreram o Oriente Médio e o Norte da África neste ano custaram mais de 55 bilhões de dólares aos países envolvidos, segundo um novo relatório, mas o aumento no preço do petróleo - uma das consequências dos movimentos da chamada Primavera Árabe - acabou beneficiando outros países produtores.

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ma análise estatística de dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), feita pela consultoria de risco político Geopolicity, mostrou que os países que tiveram as rebeliões mais sangrentas Líbia e Síria - sofreram também prejuízos financeiros maiores, vindo Egito, Tunísia, Bahrein e Iêmen em seguida. Juntos, esses países viram 20,6 bilhões de dólares serem eliminados do seu PIB, além de sofrerem prejuízos de 35,3 bilhões de dólares nas suas contas públicas, por causa da redução da arrecadação e dos aumentos de gastos. Enquanto isso, grandes produtores de petróleo, como Emirados Árabes, Arábia Saudita e Kuweit, conseguiram evitar protestos significativos - até porque puderam aumentar a distribuição de renda, como resultado da alta nos preços do petróleo. Para esses países, o PIB cres-

ceu.

No começo do ano, o barril do petróleo tipo Brent era negociado a cerca de 90 dólares. Chegou a quase 130 em maio, para cair aos 113 dólares atuais. "Como resultado, o impacto geral da Primavera Árabe em todo o mundo árabe foi ambíguo, mas positivo em termos agregados", afirmou o relatório, estimando que até setembro a produção econômica da região teve alta de 38,9 bilhões de dólares, em relação ao mesmo período do ano anterior. A Líbia parece ter sido o país mais afetado, já que a guerra civil paralisou a atividade econômica - inclusive as exportações de petróleo - num valor estimado em 7,7 bilhões de dólares, ou 28% do PIB. O custo total para as contas públicas foi estimado em 6,5 bilhões de dólares. No Egito, nove meses de turbulências corroeram 4,2% FOTO: Divulgação

Americanos se confrontam com a polícia durante as manifestações

EUA prendem mais de 30 durante protestos Pelo menos 30 pessoas foram presas ontem nos Estados Unidos quando a polícia dispersou protestos contra o sistema financeiro, informaram as autoridades. Por outro lado, os manifestantes de Nova York, que originaram os protestos contra Wall Street, conseguiram ontem uma vitória temporária com a suspensão de uma ordem para abandonar a praça que ocupam. "Vinte três pessoas foram presas, 21 pela patrulha estadual do Colorado e duas foram presas pelo departamento de polícia de Denver", disse o sargento Mike Baker, da patrulha do Colorado, France Presse. O motivo para desmantelar as manifestações foi permitir tarefas de limpeza, informou a imprensa local citando a polícia. No desalojamento do acampamento instalado em um parque em frente ao Capitólio, no centro de Denver, participaram 135 oficiais da patrulha estadual, detalhou o porta-voz. Segundo o canal de notícias Fox, houve breves confrontos e empurrões entre os manifestantes e a polícia, mas o desalojamento foi realiza-

FOTO: Divulgação

do com calma e sem deixar feridos. Os manifestantes tinham prazo até as 23h locais de quinta-feira para desalojar o parque, e a polícia começou a desmantelar as barracas às 3h30 da madrugada de ontem, informou a Fox. Também em San Diego foi preso um homem que se negava a deixar o acampamento instalado perto da prefeitura em apoio ao movimento nova-iorquino, informou Boyd Long, do Departamento de Polícia dessa localidade do sudoeste da Califórnia. A polícia de San Diego havia dado na quinta-feira um ultimato aos manifestantes - que estavam há uma semana acampados no local - para que se tirassem antes da meia-noite suas "propriedades pessoais não autorizadas". Às 8h locais de ontem, a polícia já tinha desmontado toda a ocupação e não foram reportados confrontos, apesar de os manifestantes continuarem portando cartazes no local. "Continuaremos defendendo seu direito de protestar", disse o oficial Long.

No Centro do Cairo, capital do Egito, milhares de pessoas ocuparam a Praça Tahrir para realizar seguidos protestos contra o governo de Mubarak do PIB. Os gastos públicos cresceram para 5,5 bilhões de dólares, enquanto a arrecadação teve uma queda de 75 milhões de dólares. Na Síria, onde ainda há uma violenta repressão governamental aos protestos, o impacto é mais difícil de avaliar, mas os primeiros indíci-

os sugerem um custo total para a economia de 6 bilhões de dólares, ou 4,5% do PIB. No Iêmen, o relatório estima que a parcela da população abaixo da linha da pobreza deve ultrapassar 15%, devido a desvalorização cambial e aos prolongados distúrbios. O custo total para a economia foi

ONU aprova a retirada de tropas do Haiti

Cuba estuda possibilidade de limitar mandato presidencial

Nações Unidas (Reuters) - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) concordou ontem em retirar quase 3.000 policiais e soldados, levando a força a um tamanho semelhante ao que possuía antes do terremoto devastador de janeiro de 2010. O conselho formado por 15 países aprovou por unanimidade a resolução que pede a retirada em resposta a uma melhora na segurança do país caribenho, o mais pobre das Américas. O plano prevê a retirada de 2.750 homens da força, conhecida como Missão das Nações Unidas de Estabilização do Haiti (Minustah), comandada pelo Brasil, de acordo com a resolução aprovada pelo conselho. A redução leva a força a ter pouco menos de 10.600 mil soldados e policiais. Muitos haitianos pediram a retirada completa da força depois das acusações de que soldados nepaleses da ONU teriam provocado uma epidemia de cólera ao país. As latrinas do acampamento deles teriam contaminado um rio - fato que provocou levantes no ano passado. No mês passado, a força da ONU enfrentou novos protestos públicos depois que um grupo de soldados uruguaios foi acusado de ter violentado um homem. A Minustah foi formada pelo Conselho de Segurança em 2004 e tem ajudado a polícia do Haiti a manter a segurança, especialmente durante as eleições, marcadas por fraude e agitações.

Havana (Reuters) - Cuba vai estudar uma proposta inédita para limitar o mandato do presidente e dos outros cargos do Estado, levando adiante a renovação do rumo político do país socialista na era pós-Fidel e Raúl Castro, que governam há mais de cinco décadas. O governista Partido Comunista (PCC) formalizou em um documento a proposta para limitar a permanência em cargos de direção do governo e do Estado em dois mandatos de cinco anos. O assunto foi trazido à tona inesperadamente pelo presidente Raúl Castro durante um congresso comunista em abril. "Projetar a renovação paulatina nos cargos de direção e definir os limites de permanência por tempo e idades, segundo as funções e complexidades de cada responsabilidade," diz o texto, que será analisado pelos militantes comunistas na 1ª Conferência

avaliado em 6,3% do PIB, com uma deterioração de 858 milhões de dólares no equilíbrio fiscal, ou 44,9% do PIB. A Tunísia, berço da revolta árabe e primeiro país da região a depor o seu governo, teve prejuízos em torno de 2 bilhões de dólares, ou cerca de 5,2% do PIB. O im-

Nacional do PCC, em janeiro de 2012. Será a primeira vez em meio século que o governo toma essa medida. Fidel Castro comandou o país como presidente durante 49 anos e foi substituído por seu irmão Raúl em 2008, quando ficou doente. ANTICORRUPÇÃO, DIVERSIDADE - Os preparativos para a conferência acontecem em meio a uma forte ofensiva anticorrupção encabeçada por Castro, trazendo à tona casos na aviação civil, nos setores dos charutos cubanos e do níquel, assim como em várias empresas comerciais estrangeiras radicadas na ilha. A conferência de janeiro vai acontecer em meio à implementação de mais de 300 reformas que visam reativar a frágil economia cubana de estilo soviético, mantendo a sobrevivência do socialismo. As reformas visam reduzir o papel e os custos do Es-

pacto aconteceu em praticamente todos os setores econômicos, incluindo turismo, mineração e pesca. O governo aumentou seus gastos públicos em cerca de 746 milhões de dólares, deixando um rombo em torno de 489 milhões de dólares nas contas públicas.

tado, com a extinção de mais de 1 milhão de empregos estatais, além de outorgar maior autonomia às empresas, ampliando o setor não estatal em Cuba, entre outras medidas. Castro, de 80 anos, disse que a "modernização do modelo econômico" é necessária para manter o sistema socialista, comandado até agora pela geração histórica da revolução de 1959. Por exemplo, o primeiro vice-presidente, José Ramón Machado, e o vice-presidente Ramiro Valdés têm perto de 80 anos e dirigem o Burô Político, juntamente com o presidente Castro. O PCC, único partido político reconhecido em Cuba, tem aproximadamente 800 mil membros entre os 11,2 milhões de habitantes da ilha e é considerado "a força dirigente superior da sociedade e do Estado," segundo a Constituição de 1976.

Parlamento italiano dá voto de confiança a Berlusconi Roma (AE) - O primeiroministro da Itália, Silvio Berlusconi, obteve ontem um voto de confiança do Parlamento. O político conservador obteve o apoio de 316 membros da Câmara Baixa, enquanto 301 dos deputados votaram contra o líder. Caso perdesse a votação, seu governo cairia e Berlusconi seria obrigado a convocar eleições, no momento em que

a Itália luta para superar a crise da dívida europeia e reforçar a economia nacional. Foi a oitava votação do tipo em 2011 e a nona nos últimos 12 meses para o primeiro-ministro, que tem usado votos de confiança para reforçar a coesão de seu grupo político. Os críticos, porém, dizem que, ainda que Berlusconi tenha força para se manter no poder, não possui mais a autoridade para

aprovar reformas políticas dolorosas necessárias para a economia italiana. "Esta emboscada falhou", disse Berlusconi antes da divulgação do resultado, referindo-se à oposição de centro-esquerda, que tentava realizar manobras protelatórias para forçar o premiê a renúnciar. A Itália tem dívidas de 1,9 trilhão de euros e a taxa de crescimento mais fraca da zona do euro.


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