Jornal A União 07 02 16

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A UNIÃO

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123 anos - PATRIMÔNIO DA PARAÍBA

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

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Ano CXX1II Número 006

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FOTO: Reprodução/Internet

FOTOS: Divulgação

Folia

Tradição e inovação no Carnaval da crise

Amanhã, Ursos e Batucadas se apresentam no Carnaval Tradição de João Pessoa. Totonho é atração de hoje no Carnaval de Jacumã. PÁGINAS 5 E 8

O cantor e compositor Totonho estará em Jacumã. Shows a partir das 17h

Meio ambiente Um alerta em defesa da fauna ameaçada O guariba de mão ruiva está entre os animais ameaçados de extinção no Estado.

PÁGINA 11

FOTO: Marcos Russo

Política para idosos

Atenção à infância

Condomínios oferecem acessibilidade, posto de saúde e várias atividades para os idosos

Cidade Madura amplia na PB a rede de proteção

Fonte: INMET

Litoral

Cariri-Agreste

Sertão

Com o início das aulas, os pais devem incluir produtos saudáveis no lanche que as crianças levam para a escola. PÁGINAS 9 e 10

FOTO: Marcos Russo

FOTO: Divulgação

Esportes

Combate

Jogadores ficam sem folia na PB

Exército contra o Aedes aegypti

Com o Paraibano 2016 em andamento, atletas treinam normalmente no carnaval. PÁGINA 21

Paraíba terá 1.500 militares na campanha que será realizada no próximo dia 13. PÁGINA 15

Informações úteis para a semana:

l Liga das Agremiações: “Carnaval Tradição jamais vai acabar”. Página 4 l

Nublado com Nublado com Nublado com chuvas ocasionais chuvas ocasionais chuvas ocasionais o o 31 Máx. 31 Máx. 33o Máx. 24o Mín. 21o Mín. 23o Mín.

Suco da fruta feito em casa é uma opção bastante saudável para o lanche da meninada

É hora de cuidar da alimentação das crianças

Os condomínios do programa Cidade Madura representam uma forma inovadora de o Estado atuar em defesa dos idosos. PÁGINA 14

clima & tempo

FOTO: Dsda fgysdfsd

Moeda

DÓLAR DÓLAR TURISMO EURO

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R$ 3,910 (venda) R$ 4,130 (venda) R$ 4,360 (venda)

Altura Deputados da CPI da Telefonia na PB vão ampliar atuação. Página 17 0.3m

l

Dinastia de famílias de políticos ainda é forte na Câmara. Página 19

l Tecnologia ajuda a medicina a tratar e prevenir a catarata. Página 25

Fonte: Marinha do Brasil

Marés

Hora

Altura

baixa

02h34

0.8m

ALTA

08h58

1.9m

baixa

14h58

0.9m

ALTA

21h23

1.8m


A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

O vírus da mentira

Em momentos de crise, a informação torna-se um dos bens mais valiosos, no sentido de se encontrar alternativas de solução. É preciso ter muita responsabilidade com o que se diz, da parte das fontes, como também com a reprodução ou interpretação do que foi dito, pelos veículos de comunicação. O mundo está em estado de alerta após a notícia de que o zika vírus pode ser o agente causador da aparente epidemia de microcefalia que se alastra pela América do Sul, sendo o Brasil um dos epicentros da doença, com indicativos de que pode atingir países de outros continentes, caso não seja detida. Há evidências de que haverá uma união mundial de governos, para combater a doença, haja vista tratar-se de um problema de saúde pública que não se restringe a um determinado país, mas pode afetar o planeta inteiro, em maior ou menor proporção, dependendo, por exemplo, de fatores climáticos. Mas o consenso, em praticamente todos os sentidos, será primordial para um enfrentamento consequente e conclusivo da doença, que, por outro viés, tende a ter um impacto semelhante ao provocado pelo Vírus da Imunodeficiência Humanana vida afetiva e no relacionamento sexual dos seres humanos. No caso da microcefalia, a Agência Estado noticiou, na semana passada, que “o Brasil não está compartilhando amostras suficientes e dados relativos à doen-

Artigo

ça para pesquisadores determinarem se o zika vírus está ligado ao aumento do número de bebês nascidos com microcefalia nos países da América do Sul”. A denúncia teria partido de autoridades da Organização das Nações Unidas(ONU) e dos Estados Unidos, preocupadas com a falta de dados, que estaria forçando laboratórios europeus e estadunidenses a trabalharem com amostras de surtos anteriores, frustrando os esforços de desenvolver antídotos. Ora, em nota divulgada também na semana que passou, o Sistema das Nações Unidas expressou sua “total solidariedade com a população e o Governo do Brasil, que estão enfrentando com energia a emergência de saúde pública provocada pela disseminação do vírus zika e pelos casos de microcefalia”. O Sistema, aliás, recomendou ações que já estão sendo adotadas pelo governo brasileiro e, inclusive, elogiou o discurso da presidente da República, Dilma Rousseff, no qual ela assegurou “o engajamento de todos os recursos do Estado brasileiro na luta contra o mosquito Aedes aegypti”. A população mundial precisa saber se alguém está mentindo nessa história: se o governo brasileiro, as “autoridades” da ONU ou dos Estados Unidos. Troca de acusações não leva a nada, do mesmo modo que noticiar o assunto pela superada escola sensacionalista apenas piora ainda mais a situação.

Martinho Moreira Franco -

martinhomoreira.franco@bol.com

Recordar é viver O Cabo Branco tirou a mim e a meus netos de casa para a matiné infantil do domingo, um restauro que caiu no gosto da meninada e também da velha guarda” Não fui propriamente um carnavalesco inveterado, embora, de uma forma ou de outra, tenha participado de festejos do carnaval. Socorro, minha irmã mais velha, por exemplo, preserva em seus arquivos uma foto em que, crianças, aparecemos, eu e ela, fantasiados em pose para o fotógrafo Vavá, do Petit Photo, da Rua da República: eu, de cigano; ela, de tirolesa. Devíamos ter vindo de uma matinal na AABB, então sediada na Rua das Trincheiras, imagino Ainda na infância, cheguei a ganhar um Concurso do Frevo, no programa Matinal do Guri, da Rádio Tabajara, mesmo sem direito a receber o prêmio, por calote do patrocinador, já contei essa história, deixa pra lá! Adolescente, sem carteira de associado ou dependente da AABB, do Astreia ou do Cabo Branco – clubes de elite da cidade -, valia-me de camaradagem com familiares de dirigentes desses clubes para pegar carona em seus bailes de salão. Havia a possibilidade de inscrever-se na categoria de sócio atleta, através da prática de esporte de quadra, mas, no meu caso, fracassei redondamente na primeira tentativa: cheguei a treinar basquete no Cabo Branco, mas, nos moldes do trocadilho, era tão fraquinho de arremesso que lançava a bola para a cesta, mas ela só chegava ao aro no sábado... Outro tipo de sócio atleta era o que pulava o muro do clube, mas esse exercício não combinava com o meu receio de ser flagrado pela vigilância. A verdade é que brinquei carnaval, sim, em memoráveis matinais da AABB, na sede da Avenida Pedro II, e inesquecíveis bailes noturnos, ora no Astreia, em Tambiá, ora no

Cabo Branco, em Miramar, não raro em um mesmo ano. Ah, lembro-me agora que tinha carteira de sócio dependente do Astreia, graças à influência que desfrutava no clube o coronel Ascendino Clementino de Araújo, patriarca dos Melquíades da gloriosa turma da Rua da Palmeira, vocês já me ouviram falar naqueles tempos. Havia, também, as prévias carnavalescas do Vermelho e Branco (nos últimos anos em processo de resgate) e da Festa de Reis no Astreia - não cheguei a frequentar O Carnaval Começa no Iate nem o Verde e Branco do Jangada, soçaites demais para o meu padrão. Com a decadência dos clubes, motivada em parte pela mudança de usos e costumes da sociedade, o carnaval foi perdendo status no calendário social da cidade, terminando por confinar os foliões em casa ou em rodas improvisadas de amigos para uma batucada ou um fundo de quintal, que ninguém é de ferro. Alguns tomaram o rumo do Recife, de Olinda e Salvador, para sair atrás do trio elétrico, enquanto outros, já agora, se mandaram para o Rio de Janeiro, onde o carnaval de rua ganhou fôlego de dois anos para cá. Eu optei por ficar ouvindo, na varanda do apartamento, Capiba e Nelson Ferreira na voz marcante de Léo Batista, quero dizer, de Claudionr Germano. Isto até o ano passado, bem entendido, pois o Cabo Branco tirou a mim e a meus netos de casa para a matiné infantil do domingo (há outra na terça-feira), um restauro da atual diretoria que caiu no gosto da meninada (e da velha guarda). Adivinhem pra onde vou mais tarde?

UN

Informe Ricco Farias

papiroeletronico@hotmail.com

Sobre presunção de inocência Há uma inversão da norma constitucional, em setores da imprensa, segundo a qual todos são inocentes até prova em contrário. Como bem pontuou o deputado federal Luiz Couto (PT) – e registramos aqui na coluna, na edição de ontem – parte da chamada ‘grande mídia’ vem tratando políticos acusados de irregularidade, com ou sem provas, como culpados, antes mesmo das conclusões investigatórias da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Isso, por si só, é temerário. A presunção de inocência é, por princípio, uma norma padrão, pétrea, que vem sendo solapada a todo custo, sobretudo pela imprensa do eixo Rio/São Paulo. Num país democrático, em que a liberdade de expressão está estabelecida, é fundamental que os meios de comunicação exerçam esse direito com cautela, sem o que poderão estar, deliberadamente, contrariando aquela presunção de inocência da qual falávamos acima. A reflexão do ex-ministro da Fazenda, Luiz Carlos Bresser-Pereira (foto), em sua página no Facebook, sobre o eu ele chama de “cerco ao presidente Lula” nos dá uma dimensão exata de que há, sim, exageros e indícios de partidarização, por parte de órgãos de imprensa, na cobertura relacionada ao ex-presidente. Textualmente: “Há meses que eu ouço frases como: “Quando vão chegar no Lula?”, ou então, “Quando vão pegá-lo?”. Porque, afinal, este é o objetivo maior do establishment brasileiro: atingir o maior líder popular do Brasil desde Getúlio Vargas. Não porque ele seja desonesto, mas porque ele se manteve de esquerda, porque se manteve fiel à sua classe de origem não obstante o clássico processo de cooptação de que foi objeto. Pois bem, o establishment chegou ao Lula. Não para incriminá-lo, mas para tentar desmoralizá-lo”. Bresser, contudo, ressalta que o líder petista errou ao aceitar que construtoras fizessem obras em seu sítio particular sem que houvesse pagamento: “Lula aceitou um presente que não deveria”.

Foto: Reprodução/Internet

Editorial

Humor

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Não sabem

Assédio

Depois que o diretório municipal do PSB divulgou nota rechaçando uma reaproximação da legenda com o prefeito Luciano Cartaxo, o presidente estadual do PSD, deputado federal Rômulo Gouveia garantiu que nem ele nem o gestor municipal tinham conhecimento de onde partira essa informação. Disse que ele também não vê possibilidade de isso vir a acontecer.

“Eu sempre me lembro de como tentaram reformar a piscina da casa do Ministro da Fazenda, em Brasília, quando ocupei esse cargo em 1987. Minha mulher os pôs para correr. Era o que devia ter feito Lula”. Do economista Luiz Carlos Bresser Pereira, ao afirmar que donos de empresas, empreiteiras ou não, assediam figuras centrais dos governos com o oferecimento de presentes e benesses, sem que estas tenham pedido por isso.

Ciência Política

Contra a dengue

Na BR 230

A UFPB abrirá inscrição para o processo seletivo do mestrado em Ciência Política e Relações Internacionais, a partir do dia 7 de março – se estenderá até o dia 11. O candidato poderá fazer a inscrição presencialmente, na Secretaria do Departamento de Relações Internacionais (DRI), campus de João Pessoa ou por intermédio do Sedex. Na modalidade ‘mestrado acadêmico’, são oferecidas 15 vagas.

O reitor Rangel Júnior propôs e a comunidade acadêmica acatou a sugestão. Nesta próxima semana, dia 10, docentes e discentes, além de técnicos administrativos farão um mutirão para identificar e eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, no campus UEPB, no bairro de Bodocongó. As aulas seriam iniciadas nessa data, mas uma portaria da Reitoria estabeleceu ponto facultativo justamente para que a atividade fosse viabilizada.

R$ 165 milhões. Este é o montante aprovado no Orçamento da União para iniciar a obra de duplicação da BR 230, no trecho entre Campina Grande a Cajazeiras. A primeira etapa a ser executada é de 33 quilômetros, de acordo com o senador Raimundo Lira (PMDB). Os projetos de viabilidade técnica e de impacto ambiental foram feitos para esse primeiro trecho.

Enfim, processo contra Renan será julgado Não é força de expressão dizer que Justiça é morosa. É fato, mesmo. O processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros, em que ele é acusado de ter falsificado documentos para esconder que a pensão de uma filha sua não teria sido paga por um lobista ligado à empreiteira Mendes Júnior, mas com recursos próprios, somente agora vai ser apreciado pelo STF, três anos depois. Em 2013, Calheiros renunciou à Presidência do Senado por causa da denúncia da Procuradoria-Geral da República.

A UNIÃO

SUPERINTENDÊNCIA DE IMPRENSA E EDITORA Fundado em 2 de fevereiro de 1893 no governo de Álvaro Machado

SUPERINTENDENTE Albiege Fernandes DIRETOR ADMINISTRATIVO Murillo Padilha Câmara Neto

DIRETOR DE OPERACÕES Gilson Renato

DIRETOR TÉCNICO E EDITOR GERAL Walter Galvão EDITORA ADJUNTA Renata Ferreira

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CHEFE DE REPORTAGEM Conceição Coutinho EDITORES SETORIAIS: Geraldo Varela, Carlos Cavalcanti, Alexandre Macedo, Felipe Gesteira e Denise Vilar EDITORES ASSISTENTES: Carlos Vieira, Emmanuel Noronha, José Napoleão Ângelo, Marcos Lima e Marcos Pereira PROJETO GRÁFICO: Ricardo Araújo, Fernando Maradona e Klécio Bezerra


Opinião João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

Sócio efetivo do IHGP

Páscoa e Carnaval

Aos astronautas, as batatas... Internacional da Batata, no Peru, visando à sua plantação nas terras vulcânicas e inóspitas de Pampa de La Joia. Com as experiências ali desenvolvidas, nas mesmas condições supostamente iguais as do Planeta Vermelho, a NASA realizará testes que irão definir a possibilidade de implantação de uma Colônia Agrícola, fora da Terra. Onde entra o Nordeste nesse Projeto da NASA? Entendemos que um dos alimentos mais constantes na mesa do nordestino é a batata, cujo custo não é alto diante da facilidade com que é cultivada à margem dos córregos d’água, e até nos leitos secos dos mananciais. Então, ao lado da carne dos

Arnaldo Niskier - Da Academia Brasileira de Letras

jumentos e jacarés exportada para a China, em crise de alimentação, a importação da batata pela NASA em muito favoreceria as nossas contas externas, e a renda do agricultor nordestino. Quanto à produção de Jacarés, em Alagoas, não sei se atenderia à demanda. Todavia, quanto à produção e exportação da batata para a NASA, a fim de assegurarlhe suprimento necessário às suas viagens espaciais, uma pergunta é válida: há água no Nordeste para alimentar nossos mananciais em condições de atender à nova pauta de exportação? Quando as águas do São Francisco chegarão até nós? Sem água, nem jumentos, nem jacarés, muito menos batatas...

Sucupira, o grande filósofo Fotos: Reprodução

Talvez tenha ultimamente ocorria sido um dos homens nas reuniões da mais cultos do Brasil. Academia Brasileira Nascido em 1920, de Educação. Mas, em Porto Calvo, antes, tivemos Alagoas, Newton o prazer de Lins Buarque conhecê-lo nas Sucupira formou-se lides do Ministério Bacharel em Direito da Educação, pela Faculdade de quando dirigia Direito de Recife o Departamento (1942) e Bacharel de Relações em Filosofia pela Internacionais. Universidade Nessa condição, Católica de esteve na Inglaterra, Pernambuco (1947). no início da década Em 1961, indicado de 70, para saber Newton Lins Buarque Sucupira foi professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro por Anísio Teixeira, pormenores da integrou o primeiro então criada professores Valnir Chagas, Edília grupo de intelectuais Open University Garcia e Terezinha Saraiva em grandes (Universidade Aberta), a convite do a compor o Conselho Federal de manifestações, nos anos 60 e 70. Educação (CFE), atualmente Conselho ministro Jarbas Passarinho. Um parecer do Conselho Federal Nacional de Educação (CNE). Atuou Quando voltou de Londres, de Educação organizou o sistema até 1990 como professor da Fundação no mesmo dia, honrou-nos com um de pós-graduação, dividindo-o em Getúlio Vargas e da UFRJ. Morreu aos telefonema, afirmando que o ministro duas categorias – stricto sensu, que 86 anos, no Rio, em 2007. desejava criar um grupo de trabalho visa prioritariamente à formação do (o primeiro da história da educação a Sucupira presidiu o grupo pesquisador, e lato sensu, dirigido de trabalho que elaborou a Lei da distância em nosso País) – e que gostaria à especialização profissional – e Reforma Universitária no Brasil, de contar com a nossa colaboração, o estabelecendo as categorias de em 1968. Após 16 anos atuando que de fato aconteceu. Foi o princípio da mestrado e de doutorado, sem que no Conselho (três mandatos), Universidade Aberta do Brasil. a primeira seja obrigatoriamente ficou conhecido como patrono da Em outra ocasião, a convite do um requisito para a segunda. O regulamentação da pós-graduação MEC, pesquisamos na UERJ sobre marco legal (Parecer 977/65), que brasileira. o ensino por correspondência. propiciou o crescimento ordenado Com sólidos conhecimentos O professor Sucupira foi o nosso da pós-graduação brasileira, ficou filosóficos e pedagógicos, o professor grande guia, com a firmeza das suas conhecido como Parecer Sucupira, prestou relevantes serviços ao País, convicções, bem próprias, como numa justa homenagem ao seu sobretudo com os seus admiráveis afirmou Paulo Elpídio Menezes Neto, relator. pareceres no histórico e então do sobrenome que significa “árvore Era uma felicidade com ele prestigiado Conselho Federal nordestina de galhos fortes, rijos e conviver. Aprendia-se sempre, como de Educação. Rivalizava com os ásperos.”

Essas coisas

Carlos Aranha -

Neste ano de 2016 a Páscoa e o Carnaval chegam bastante cedo. Mais cedo ainda foi em 2008 quando a celebração pascal aconteceu no dia 23 de março e o Carnaval nos dias 3, 4 e 5 de fevereiro. O Dia da Páscoa cai sempre no primeiro domingo, depois da primeira lua cheia, após o equinócio de Primavera no Hemisfério Norte, em março. Outro equinócio ocorre no mês de setembro, mas sem relação com celebração religiosa. Um e outro, porém, definem mudanças de estação. O equinócio, do latim aequus (igual) e nox (noite), identifica o dia que tem exatamente a mesma duração da noite. A espera pela lua cheia depois do equinócio de março é o que faz a Páscoa ser mais cedo ou mais tarde. O esquema dessa convenção foi acertado pelos padres da Igreja, desde o Concílio de Nicéia, no ano 325, pois as Escrituras Sagradas não revelam a data da Ressurreição de Jesus. Os padres aproveitaram, então, o calendário lunar que era utilizado para a celebração da Páscoa judaica, com o acréscimo da consideração do dia de domingo. O equinócio deste ano de 2016, assim como em quase todos os anos, ocorrerá no dia 20 de março. A primeira lua cheia depois dessa data será logo no dia 23, uma quarta-feira. O domingo seguinte será dia 27: é o domingo de Páscoa deste ano. Para marcar essa data, foram levados em consideração três pontos simbólicos. O primeiro é o equinócio no Hemisfério Norte que marca o início da primavera. Terminado o inverno, a natureza entra em festa pela luz do Sol e pela renovação total da Terra. As pessoas se deixam transformar pela beleza e alegria da nova estação. A Primavera é renascimento, é nova vida, é transformação, é passagem que a Páscoa bem significa. O segundo elemento é a lua cheia. Clareando a noite, a Lua passa a representar a luz de Cristo vencendo as trevas do pecado e da morte, tocando aqueles que creem e esperam vida nova no seu Espírito. Iluminada, a noite será como o dia! O terceiro ponto é o dia certo e invariável do domingo, pelo fato da Ressurreição ter ocorrido na madrugada desse dia, o primeiro da semana. A Páscoa é preparada pela Quaresma, corruptela de “quadragésima”, que são os 40 dias que a antecedem, sem se contar os domingos desse tempo. Os domingos não entram na contagem por serem dias de repouso e alegria e não de penitência como pede a Quaresma. Assim sendo, o início da Quaresma cai sempre numa quarta-feira, chamada de Cinzas, símbolo de penitência. O número 40 é também simbólico e indica tempo de mudança, superação, penitência e conversão. Lembremos, por exemplo, os 40 anos da caminhada dos israelitas pelo deserto para chegar à terra prometida ou os 40 dias que Jesus jejuou e foi tentado no deserto, antes de começar o seu ministério. Atrelado à comemoração da Páscoa está o período carnavalesco, com seus dias de folia, imediatamente antes do início da Quaresma. Para os cristãos, esse período era facultado a uma alimentação mais forte em proteínas, até com algum exagero de gorduras, para que pudessem suportar as restrições do tempo quaresmal, com jejuns e abstinência de carne. Desse modo, Carnaval acontece, mais cedo ou mais tarde, dependendo da mesma lua cheia da Páscoa.

Membro da Academia Paraibana de Letras - caranha@terra.com.br

Mudar de corpo é como trocar de roupa Algumas pessoas que comigo convivem (a exemplo de Gustavo Magno, Sílvio Osias e Walter Galvão) sabem o quanto brilham meus olhos quando escuto Gilberto Gil (foto), principalmente em suas entrevistas públicas e conversas pesssoais. Muito mais que sua própria música. Numa entrevista que deu ao jornalista carioca Luiz Fernando Vianna, Gil me comoveu e deve ter trazido luz para muitos que fizeram sua leitura. É que Gil - um dos poucos artistas brasileiros a levar com leveza e sinceridade as coisas holísticas - é essencialmente um filósofo. Antes que receba a primeira pedra atirada por alguns desses autoiluminados que transitam em universidades, observo que filosofia, neste tão ainda novo século, não é mais uma coisa do domínio absoluto de quem carrega “o diploma de filósofo”, de quem escreve e publica obras e obras na área. Filosofia hoje é a soma da simplicidade do(s) ser(es) justamente quando respeitase o holismo como tendência, que se supõe

seja própria do Universo, a sintetizar unidades em totalidades organizadas. Uma questão holística: filosoficamente cantando, escrevendo e falando, Gil continua como o que há de moderno e permanente na filosofia, não obstante as divergências e até contradições entre os sistemas. É a filosofia perene. Pode-se até voltar a Aristóteles, para compreender que o autor de “Parabolicamará” caminha pelo oceano de que “as tais fotografias” das coisas ditas divinas, são primeiras, imutáveis e separadas, enquanto são eternas, mutantes e homogêneas. Um trecho significativo da entrevista de Gil a Vianna: “O importante hoje é o dia transcorrer para tudo e para todos ao meu redor e dormir um sono para mim. Hoje, eu silencio com mais quietude para ouvir o barulho do mundo, para compreendê-lo. Talvez minha última grande obrigação, em que

Os homens, as mulheres mais infelizes são aqueles que só compreendem o infinito e a eternidade para a frente. Não os aceitam para trás.

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Ernando Teixeira

Evaldo Gonçalves - Da Academia Paraibana de Letras

Depois da alvissareira alternativa aberta para o Nordeste com a importação de jumentos e jacarés, incrementando nossos negócios com a China, a NASA acaba de abrir novas perspectivas, através da plantação de batatas para um possível cardápio dos astronautas quando de sua permanência no planeta Marte. Em sendo uma alimentação rica em vitamina C, Zinco e Ferro, é suficientemente calórica, capaz de atender às necessidades básicas dos Astronautas, durante a ida, volta e permanência em Marte, estimadas em mais de ano. A NASA preocupada com a sobrevida dos astronautas acaba de firmar parceria com o Centro

A UNIÃO

Interessa à “morte” de Gil, a sua “produção da boa morte”, como interesse à minha ”morte”, como às “mortes” dos leitores, como à nossa “morte”, todas estas conversas ao redor de nossos transitórios corpos, de nossas curtas circunstâncias no chão do planeta. Certa vez, quando escrevia a coluna “Essas coisas” no jornal “O Momento” (quando passou a diário), observei que “mudar de corpo é como trocar de roupa” Hoje acrescento: mudar de corpo para corpo, ou de corpo para energia pura (?), ou de energia para energia. nnnnnnnnnn Os homens, as mulheres, mais infelizes, são aqueles que só compreendem o infinito e a eternidade para a frente; não aceitam infinito e eternidade para trás. Isso traz infelicidade permamente, quando as infelicidades devem ser circunstanciais para melhorar o nosso largo e comum aprendizado cósmico. Basta sentir o quanto o tempo que adotamos e que nos dividem em fusos horários, enquanto a Terra gira em torno do Sol, é curto. Tão curtíssimo que não dá para medi-lo, com instrumento nenhum em sua realidade. Somente em sua atualidade.

ainda sou tentado a comprometer o ego, é a produção da boa morte. A vida é a preparação para a morte. Passo a vida tentando me livrar do mal. Como eu disse numa música, ‘se a morte faz parte da vida / se vale a pena viver / então, morrer vale a pena’. Esse é o ‘haikai’ que definiria meu perfil existencial hoje”. As atuais questões levantadas por Gil na travessia vida-morte (e, por que não, morte-vida; e, por que não, morte-morte, ou vida-vida?) explodem bem nessas suas palavras de simplicidade filosófica: “Se eu estou cada vez mais envolvido no processamento da minha morte, em viver bem para morrer melhor, então eu vejo a morte do meu filho (o filho e a do meu pai dentro do processo da minha morte e, consequentemente, da minha vida. Claro que há muita dor, como há no dentista que eu fui na semana passada. É a mesma coisa, só que uma é física e outra é moral, e eu sou mais corajoso para a dor moral. Um corte na mão por uma lâmina de barbear me assusta mais do que uma humilhação”. Ainda: “As perdas potencializaram muita coisa, n Amanhã será aniversário da professora Clea Lopes mas não tem um porquê eu estar Aranha de Macêdo. Comemoraremos no apartachorando muito. É como gaseificação. mento do Manaíra. Lembraremos, na ocasião, que se vivo fosse, o médico Marcus Aranha, meu irmão, As lágrimas estão para a psiquê como estaria completando amanhã 74 anos. Saudades mil! os gases estão para a digestão”.


EXCLUSIVO

4 A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

Beto Costa

Presidente da Liga das Agremiações Carnavalescas de João Pessoa

“O Carnaval Tradição jamais vai acabar” Wellington Sérgio

“P

wsergionobre@yahoo.com.br

elo que conheço da população, o Carnaval Tradição jamais vai acabar pelo próprio nome que tem. Temos mais de uma década segurando um evento que virou tradição no carnaval da capital, que leva muita gente à avenida para participar, prestigiar e vibrar pela sua escola favorita”, foi o que disse em entrevista ao jornal A União, o presidente da Liga das Agremiações Carnavalescas de João Pessoa, Luciberto Costa do Nascimento, mais conhecido como Beto Costa. Segundo ele, apesar da diminuição da parcela que a Liga recebeu este ano, no valor de R$ 260 mil, para dividir entre as 24 agremiações - ano passado foi de R$ 319 mil - a criatividade foi utilizada para manter o colorido e o espírito de alegria e muita folia na avenida. Defensor de uma modernização no Carnaval Tradição de João Pessoa, o ex-presidente da agremiação Bandeirantes da Torre, defende um profissionalismo maior dos dirigentes das agremiações, reconhecendo que não podem fazer tudo sozinho, mas trabalhar em conjunto com a comunidade. Ele frisou que são posições não aceitas por alguns dirigentes, mas uma necessidade de unir todos que fazem a festa. Beto ressaltopu que o poder econômico é sempre forte e poderoso, buscando acabar com as tradições de um povo que tem uma cultura na alma. Segundo ele, o Carnaval Tradição tem mais de uma década e uma história de luta, coragem e determinação. Na entrevista ele frisou também os planos para a festa popular no ano que vem.

Como será o Carnaval Tradição 2016 “João Pessoa de Todos os Ritmos” deste ano? No ano que completa 101 anos de existência e com a inteligência dos dirigentes das agremiações, acredito que teremos um desfile bastante animado na Avenida Duarte da Silveira, na Torre, para aquelas pessoas que gostam e admiram o evento. Hoje e amanhã, a partir das 17h, passarão várias atrações pela avenida que farão a festa do Carnaval Tradição para o público que estará presente, mesmo com a crise econômica.

Quantas agremiações vão passar pela avenida? Serão 24 agremiações de vários bairros da capital, com 80 componentes, 10 tribos indígenas, 9 clubes de frevo e 5 escolas de samba. Será um colorido todo especial nas arquibancadas, com as pessoas fazendo a festa que é uma tradição no carnaval da capital. Acredito que a população e as torcidas organizadas estarão presentes ao evento. A diminuição dos recursos financeiro deste ano trouxeram mudanças de planejamento para os participantes? Quando se há uma diminuição no dinheiro a coisa muda e temos que fazer o que existe disponível. Este ano, a Liga das Agremiações de João Pessoa recebeu R$ 260 mil para dividir com aqueles que vão desfilar na festa. Ano passado a

parcela foi de R$ 319 mil, mas com a crise que vem afetando o país a situação é outra. Diante do quadro tivemos que dividir o “bolo” com criatividade e manter a festa tradição que vem de muito tempo. Vamos esperar que o próximo ano seja melhor e que possamos fazer uma festa mais estruturada. O número de pessoas que participa do Carnaval Tradição diminuiu nos últimos anos ou existe o desinteresse das pessoas? O público é o mesmo nos últimos anos, lotando as arquibancadas da avenida para prestigiar o nosso carnaval, principalmente dos bairros periféricos da capital. É uma questão de geração, onde as pessoas que estão a mais tempo envolvidas tinham preocupação com as agremiações e gostavam de participar. A concorrência aumentou muito com o fluxo de pessoas optando pelas praias, deixando um pouco de lado aquela coisa de assistir as tradições culturais da terra. Acredito que alguns dirigentes de agremiações estacionaram no tempo, já que contam com uma média de 60 a 70 anos. É raro você ter um dirigente na faixa etária dos 50 anos comandando as agremiações.Quando assumi a Liga, as agremiações estavam perdidas no tempo. Sabemos que a mudança de filosofia e de comportamento é devagar para chegar e inovar, com alguns dirigentes que não aceitam o novo método que devemos colocar

em prática. Espero ter o apoio daqueles que desejam modernizar o Carnaval Tradição de João Pessoa.

Quais serão as mudanças no Carnaval Tradição? Existir mais profissionalismo dos dirigentes das agremiações, reconhecendo que não podem fazer tudo sozinho, mas trabalhar em conjunto com a comunidade. Isso também serve para as tribos indígenas, as escolas de samba e os clubes de frevo. São posições que não serão aceitas por alguns, mas queremos a união de todos para fazer uma festa maior e melhor nos próximos carnavais. Falta o envolvimento da comunidade nas agremiações? Com certeza. Nas comunidades temos pessoas capacitadas, como coreógrafos, compositores, artistas plásticos que podem fazer o estandarte, entre outros. Com uma estrutura ao seu lado e as pessoas da comunidade envolvidas temos que mudar esta filosofia de trabalho. As agremiações tem que envolver as pessoas que desejam ajudar, prestigiar e fazer parte da sua escola de samba, afinal, a soma de todos será um resultado positivo. Tem risco do Carnaval Tradi-

ção acabar e a população perder o interesse? Pelo que conheço da população, o Carnaval Tradição jamais vai acabar pelo próprio nome que tem. Temos mais de uma década segurando um evento que virou tradição no carnaval da capital, que leva muita gente à avenida para participar, prestigiar e vibrar pela sua escola favorita. Podem imaginar que estou falando para defender algum partido político para as próximas eleições, mas não existe nada disso. Não podemos misturar as coisas, afinal, estamos querendo fazer mudanças e só com a ajuda de todos podemos conseguir o objetivo. Vejam vocês, anteriormente existiam a lapinha, coco de roda, tudo tradição de uma geração de muito tempo. Temos que resgatar tudo isto, onde tem pessoas que adoram a cultura da terra.

O que se pode fazer para manter a tradição do carnaval na capital? É alertar as autoridades para que todos possam trabalhar unidos para que a cultura se mantenha forte em todos os sentidos. Temos que preservar as raízes dentro das comunidades, com as pessoas que estão envolvidas sejam importantes dentro de um contexto para obter o êxito esperado por todos. Se

vocês repararem toda agremiação é de bairro periférico, com a população envolvida com o trabalho. Queremos manter esta hegemonia e convocar todos sem distinção de cor, idade e sexo. O poder econômico pode acabar com o Carnaval Tradição? O poder econômico é sempre forte e poderoso, buscando acabar com as tradições de um povo que tem uma cultura na alma, crescendo e participando de uma geração que gosta do que faz. Apesar das dificuldades não podemos aceitar aqueles que desejam passar por cima de uma cultura com mais de uma década e possa acabar o sonho de muita gente. O que desejamos é fazer uma ampla reforma para que o Carnaval Tradição possa se fortalecer e trazer mais empolgação na avenida. Quais os projetos para o Carnaval Tradição de 2017? Estamos reunindo todos aqueles que desejam as mudanças para fazer um projeto amplo e estruturado para o ano que vem. Iremos envolver as empresas privadas, autoridades e governos para que possamos ter outras festas mais empolgantes e que a comunidade esteja mais envolvida na festa mais tradicional do país.


Dedalus escreve sobre a história do fundador das Testemunhas de Jeová Página 6

A UNIÃO João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

FOTOS: Arquivo A União

Vibração contagiante Ursos e Batucadas ganham a avenida do Carnaval aman hã

Lucas Silva

O

Especial para A União

Urso Amigo Batucada além de ser uma brincadeira é também um grupo de percussão sócio cultural e arte educação que envolve o som dos brincantes”, comentou o presidente do atual campeão de bloco carnavalesco da capital, categoria urso, Dal Zapata. O bloco, que sai na Av. Duarte de Silveira no Centro de João Pessoa amanhã, promete levar brincantes do Carnaval e participantes do bloco a um tremendo frenesi cultural. O horário de início da atividade está previsto para acontecer a partir das 18h com a Batucada Nova Liberdade. Entretanto, apenas às 20h o Urso Amigo Batucada mostra seu vigor ao público. Os preparativos para o grande dia começaram logo após as festividades de fim de ano. Com ensaios e arrastões musicais, os integrantes se preparam nas ruas do bairro do Rangel para que todos possam pegar o pique do Carnaval. Durante o desfile do bloco, farão parte da batucada 50 integrantes na percussão e mais 20 brincantes, somando um total de 70 pessoas que passaram na avenida animando o público que estará assistindo nas arquibancadas. Entre os personagens que tem destaque na noite, fora o urso, estão inclusos os burrinhos, o estandarte principal e palhaços. Atualmente, a segunda-feira de Carnaval por ser um dia que leva muitas pessoas as ruas da capital o Urso Amigo Batucada tem um grande destaque e causa expectativas em quem o vê e em seus integrantes. “Pra mim o importante é divulgar a cultura popular paraibana,

idf LITERATURA

mas claro que nas crianças cria-se uma expectativa natural”, explicou Dal Zapata. Já os figurinos e acessórios utilizados são criados em sua grande maioria com materiais recicláveis. Dentre eles podemos destacar palha, papel, papelão, garrafas plásticas e lona. Por ter um âmbito educacional, são disponibilizadas ao público em geral 22 atividades como, por exemplo, circo, teatro, artes marciais, capoeira, futsal, vôlei, dança de salão, percussão, violão, entre outras. O projeto e bloco chama a atenção de jovens e crianças da comunidade ao qual ele faz parte devido ao seu leque de oficinas. “As oficinas estão tão presentes na vida de seus participantes que Vitor Cesar que cresceu conosco hoje é oficineiro. Ele mesmo que desenvolve a roupa do urso”, disse Dal. Recentemente, o grupo ocupa o Centro de Juventude do Rangel, onde é pensado e desenvolvido o trabalho educacional. Além do envolvimento dos próprios jovens, os arte-educadores que compõem o corpo docente estão sempre fazendo acompanhamento das crianças nas escolas que

elas estão matriculadas. “Por termos muitas escolas nas redondezas, sempre estamos averiguando a situação das crianças que fazem parte do projeto para que elas não percam rendimento dentro da sala de aula. Porque além de desenvolver o lado lúdico, queremos que elas aprendam tudo que lhe é passado em sala de aula pelos professores”, comentou o organizador do grupo Dal Zapata. Fundado em 2008, pelo atual presidente Dal Zapata, o grupo envolvido e engajado em desenvolver o trabalho artístico e cultural já possui oito anos de história que são traduzidas através de atividades educativas no bairro do Rangel. Toda brincadeira surgiu atrás da ideia de criar um ambiente em que as crianças pudessem ter envolvimento com o campo artístico. “Por nascer e crescer na comunidade do Rangel eu sabia as carências delas e pelo urso ser uma brincadeira infantil fiquei fascinado por aquilo. Então em cima disso eu queria desenvolver uma nova roupagem para ele. Daí surgiu o Urso Amigo Batucada”, disse o presidente do bloco Dal Zapata.

Logo após sua fundação, Dal por ser percussionista executava os ensaios da batucada na quadra próximo ao Centro de Juventude fazendo de certa forma uma promoção do urso. Além disso, ele passava nas escolas convidando as crianças a participarem dessa nova empreitada. Segundo Dal Zapata, em 2008 foi difícil haver uma disseminação de informação, porque tudo era feito por ele mesmo, mas com o passar dos anos pessoas referências do bairro começaram a associar o nome do projeto com o dele e assim a ideia se espalhou. “Hoje os jovens e crianças que fazem parte do grupo conseguem desenvolver seus próprios trabalhos”, completou. Hoje, participam do grupo cerca de 300 jovens ativamente, entre meninos e meninas. Porém no período carnavalesco a ajuda e engajamento da comunidade chegam a reunir 800 pessoas no geral. “Sempre existe aquele processo de transição, no qual os meninos entram e saem do projeto, mas quando se fala em Carnaval, todo mundo se ajuda”, comentou Dal Zapata.

Programação

n 18h – Batucada Nova Liberdade n 18h15 – Batucada Águia de Ouro n 18h30 – Urso Fulião

Crianças do bairro do Rangel se divertem com uma brincadeira tradicional da capital

Categoria Ursos Carnavalescos n 18h45 – Urso Anos Dourados n 19h – Urso Preto n 19h15 – Urso Sem Lenço Sem Documentos n 19h30 – Urso da Paz n 19h45 – Urso Verde n 20h – Urso Amigo Batucada (atual campeão) n 20h15 – Urso Jamaica n 20h30 – Urso Santa Cruz n 20h45 – Urso Reboliço n 21h – Urso Canibal n 21h15 – Urso Cachorro Louco n 21h30 – Urso Celebridade n 21h45 – Urso Panda n 22h – Urso Alegria do Panda

MULTICULTURAL

Hildeberto Barbosa faz uma reflexão sobre poesias e poemas PÁGINA 7

Jacumã terá Carnaval com bandas e artistas da cena alternativa PÁGINA 8


Vivências A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

Artigo

Estevam Dedalus Filósofo

André

O mão de ferro das Testemunhas de Jeová Ricardo Aguiar Joseph Franklin Rutherford foi o responsável por uma mudança radical na história da organização das Testemunhas de Jeová. Na época em que assumiu o comando ainda se chamavam Estudantes da Bíblia. Sucedeu a Charles Taze Russel, fundador da religião, após a sua morte em 1917. Contam que foi um advogado rígido, de personalidade forte e autoritária, de pele branca, alto, voz rouca, e desde sempre envolvido em polêmicas. Segundo James Penton, autor do livro Apocalipse Adiado: A História das Testemunhas de Jeová, era um sujeito demasiadamente enérgico. Autocrático com os amigos e inexorável com os adversários. Seu temperamento, de tal modo irascível, não surpreenderia ninguém se chegasse ao confronto físico por alguma questiúncula teológica. Como poderíamos esperar, não teve uma vida pública irrepreensível. Talvez seja o mais manifestamente “improbo” dos líderes da igreja. Durante o período em que esteve à frente da organização, viveu em condições nababescas e protagonizou escândalos. Partiu dele a ideia de construir uma mansão com dinheiro da igreja para supostamente abrigar os antigos patriarcas bíblicos: Jacó, Abraão e Moisés que, segundo ele, ressuscitariam em 1925. Não aconteceu, como é sabido, mas isso não impediu que vivesse o resto da vida no conforto daquela bela casa. Na década de 1920 protagonizou intensa campanha religiosa ao afirmar que milhões de pessoas que viviam naquela época jamais morreriam. A transição de poder não foi nada tranquila. As disputas internas foram encarniçadas e os Estudantes da Bíblia sofreram duras perseguições a partir da entrada dos EUA na Primeira Guerra Mundial. Rutherford chegou a ser preso em 1919 com outros membros da igreja sob a acusação de incentivar a deserção militar. O episódio foi o momento do ápice de instabilidade de seu poder. Isso não impediu que fosse reeleito na prisão. Rutherford questionou as orientações que Russell deixou a respeito da suces-

Crônica

são. A disputa seria resolvida através de eleição. Antes de morrer, Russell havia escrito um testamento que determinava a composição de uma comissão editorial responsável por administrar as produções da Sociedade Torre de Vigia – entidade responsável, entre outras coisas, pelas publicações das Testemunhas de Jeová. O testamento não foi respeitado por Rutherford e seus asceclas que criaram uma comissão paralela que sairia vitoriosa na eleição. Como se não bastasse, empreendeu uma política de perseguição e expurgos de seus opositores que resultou num grande cisma. Progressivamente aumentou o sectarismo da organização e suprimiu, um por um, seus mais destacados elementos democráticos, estabelecendo uma espécie de teocracia. Os anciões congregacionais perderam a autonomia e deixaram de ser eleitos, passando a ser escolhidos diretamente pela Sociedade Torre de Vigia. Houve uma época em que eles podiam discordar de alguns ensinamentos e, se desejassem, podiam também abrir novas eclésias filiadas aos Estudantes da Bíblia, sem que isso resultasse em expulsão da organização.

Rutherford tinha posições ambíguas em relação a negros e judeus, era às vezes racista, às vezes tolerante, e não disfarçava uma certa misoginia. Penton não deixou de observar a sua aversão às feministas e a maneira rude e fria como tratava a sua esposa. Chegou a defender publicamente que os homens não devem se “rebaixar” fazendo qualquer ato de consideração às mulheres, como tirar o chapéu na presença delas. Dizia que o Dia das Mães era um artifício caviloso inventado por feministas endemoniadas. Os casos de racismo contra negros são anteriores à época de Rutherford. Charles Russell, no passado, viu na cor negra sinais de corrupção e corroborou a ideologia da superioridade intelectual caucasiana em artigos que escreveu. Na revista A Sentinela, de 15 de junho de 1905, colocou dúvidas na negritude de Cam e Canaã, exaltando uma suposta superioridade branca. Acreditava que os negros que lograssem a salvação acabariam livres do flagelo da cor e se tornariam brancos. A vitória de Rutherford significou o estabelecimento de um governo teocrático, centralizado e autoritário. Esse novo sistema administrativo criou os congressos de zonas – que compreendia um conjunto de congregações – como forma de exercer um controle maior sobre o “rebanho”. Na visão de Penton – a qual endosso – esse sistema criou uma hierarquia, guardadas as proporções, semelhante à da Igreja Católica. Com a distribuição de poder entre servos tal qual entre acerbispos, bispos e padres. Na medida em que o tempo passava, as pessoas de mentalidade mais livre foram adandonando a organização. Tornaram-se raras no final da década de 1930. Qualquer discordância é desde então suprimida e os opositores estigmatizados como semeadores de apostasia são expulsos. A tendência foi o surgimento de uma massa homogênea de seguidores, extremamente fiel e crédula. A autoridade central se tornou inquestionável.

Kubitschek Pinheiro kubipinheiro@yahoo.com.br

Saudades das noites de Cabíria em Pipa Você, mulato inzoneiro ou morena sestrosa, muito boa noite! Aliás, bom domingo de Carnaval & Tao. O jornal está quentinho, você que principia por uma noite de puro delírio, tome uma atitude: se não foi a Salvador ou não está em Olinda, vá à Praia de Pipa no Rio Grande do Norte e não roube a cena. Treponema. Com certeza o escritor Jean Genet adoraria ter sido preso naquela praia. Ou em Baía Formosa, mas jamais em Jacumã. Oche, tergiversei? Não é que em Jacumã, o barulho é um infernal, que nem Nando Reis e os infernais seriam capazes de cantar ali. Em Pipa, a criatura não sente saudade de nada, talvez de Villa-Lobos, mas as índias andam de casaca, os afoitos fumadores de charuto se apaixonam na chuva e a juventude é tudo, aliás todos, de todas as cores se encontram no bar Gram Café sem espírito-de-porco, que os há por toda parte, mas ali só tem lugar para os indiscretos pingos de chuva. E muita calmaria no Carnaval. Na noite de Pipa não há lugar para declarações ufanistas. Floresta por floresta, coisa perigosamente erótica parecida com Kamasutra e seus louvores à arte de viver. Não importa. Em cada ranking, ganha que gosta de dançar. Talvez naquele texto que escrevi em 1977 no jornal O Norte, cujo título se me lembro era: florestas inteiras transformadas em toalhas de papel. Que papel, hein? Entramos no tal bar, eu e minha mulher que na época era minha namorada e quase não saímos, sei lá,

se não um cara chamado Tom Jobim que nos apresentara na ocasião Orfeu da Conceição, e nos contou num show em Minas (Jobim não gostava de fazer show, ele diz isso nesse ao vivo em Minas e explica como conheceu Vinicius e juntos fizeram Orfeu). Aliás, Jobim pergunta se seus arranjos para a peça rolava uma graninha....vai lá no disco e escuta o resto) Explícito nesse ou noutro Carnaval então a coisa funciona melhor ainda assim: você não pode querer ser melhor do que ninguém, exceto em sonhos. Sai por aí de pierot e lá na frente vire a colombina. Combinado? Voltando a Pipa. Saudades. Nada melhor do que ir a Pipa e sair pelos bares numa noite de chuva, lá longe, ali perto, as noites se confundem com Cabíria, com centenas de beijos de consciência que adormecem sob os pingos, os tais indiscretos pingos de chuva. Da alma ao fogo, claro, é assim que tem de ser. Na noite de Pipa todos são imigrantes Todos têm samba no pé, sabem direitinho que

o melhor da festa é deixar que as hienas se divirtam, ó pá e, muito mais fácil do que se imagina, o orgasmo acontece. O mundo é bom, sobretudo quando não temos o que fazer para acontecer. Asseguro a vocês que achei o máximo ver num beco sem saída um magote de dondocas de Jampa, que prefeririam viver na Corte de Luís XIV, todas finalmente instaladas nas altas esferas do poder de uma praia que não é de ninguém. Pipa é isso: alegria, descontração, dentes pintados ou faltando de verdade, bicho-de-pé, sexo, amor, filhos, beleza mano, beleza pura, sem tréguas onde quer que você se instale. Um dia vou virar um “bowie” e sobrevoar a Baía dos Golfinhos. Vem comigo, vem?

Kapetadas 1 - Conte-me a respeito do seu dia preciso dormir. 2 – Depois do carnaval vou à Academia Brasileira de Letras fazer uns adjuntos abdominais. 3 - Toda noite, os franceses desmontam a Torre Eiffel e guardam numa caixa para armar na manhã seguinte 4 - Meynar e Nessi uma dupla de jogadores sertanejos. 5 - Você o puxa papo o papo está furado joga-se conversa fora 6 – Ei, hoje eu mando um abraço para Chris Couto 7 – Som na caixa: “Me dá um gelinho aí, eu tô a cem por hora”, de Francisco Egydio

Escritor - diariodebordo@gmail.com FOTOS: Reprodução/Internet

Um poema Poderia sair um poema fácil daqui, um poema, digo, manufaturado, dentro e fora tudo igual. Até a linguagem corar de vergonha, porque não era bem isso que combinamos. Um poema é uma casa vazia que subitamente é ocupada: seres, móveis, sensações, o espanto de existir. Quando pensamos o poema, pensamos no tempo inventado, o tempo em que Deus não deu corda, fica por fora do tempo, um tempo ao relento. Quando pensamos o poema, somos o tempo mais sua música. O poema é: tempo, infância, eternidade. “Nostalgia do paraíso, inferno, limbo” disse Octavio Paz. Música das crianças exiladas, diria Herberto Helder. Uma paisagem nas páginas. Eugenio Montale sorri da estante, um riso metafísico. As catacumbas de Augusto. A estrada pedregosa de Drummond. Sérgio e seu zoo lúdico, espantosa savana. O mar de Sophia. O mar em Lúcio Lins. Tenho para mim que o poema é uma forma de loucura dirigida, um éden que a caneta traça no mapa dos nossos desejos. A máquina lírica. A água primitiva. A primeira coisa que fiz com um poema teve um algo de proibição. Foi um soneto, estava preso entre um soneto e uma tarde escura de inverno numa rede, na casa da avó. Os corredores da casa, os corredores do verso. Linguagem ressurgida como que regada, como que abrindo as flores noturnas. Se eu não entendia tanto, não vi problema. Eu guardava os versos como quem espera a semente discutir com a terra o seu projeto, que forma decidir. Eu seria o guardador de poemas, até não aguentar, até iniciar minha própria criação. Falha, às vezes, fiz da precariedade um modo de me guiar. Uma lâmpada indecente que cultiva muito bem sua fazenda de sombras. Conheci os livros. Desconfiei cá de alguns, desses poetas de cabeceira. Desconfiança boa: ainda entro num livro como a perscrutar o labirinto. Cada direção, infinitos modos de me perder. Um poema é um labirinto lógico e seu modo de atravessar é garantir que a beleza dará voltas e voltas sem achar uma saída. Planejamento onde o caos são suas paredes que se dobram para mais um enigma. Todo poeta traz uma provisão de sobrevivência para um mundo sem solução. Dar sentido às coisas, mais do que a filosofia (usina que questiona) e a ciência (que vai à frente, mas recua dois passos). São os poemas os pedaços de milagre. Não me lembro dos primeiros livros que adquiri, daqueles em que me senti como os fiéis companheiros de tantas jornadas. Eu, leitor, descobri por acidentes, e fui sendo tomado por desconfiança, depois choque, depois alumbramento. Como quem sobe uma escada para ver melhor em que mundo nós estamos. O poema é uma escotilha. E uma descida aos infernos da fala. É qualquer coisa acima disto que estamos falando. Um poema está sempre acima. Linguagem alta. E horizonte.


Roteiro João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

Cinema

Alex Santos Cineasta e professor da UFPB

alexjpb@yahoo.com.br

Por um cinema em sua originalidade FOTO: Divulgação

Sempre defendi a originalidade do Cinema. Um cinema construído muito mais próximo da realidade em que vivemos, e que possa fugir ao exacerbado recurso tecnológico “virtualizado” dos dias de hoje. Vejamos, por exemplo, o filme “Américo – Falcão Peregrino”, exibido ontem no Cine Mirabeau, em João Pessoa. Um cinema que se utilize sempre de uma estética bem pensada, de uma narrativa trabalhada cuidadosamente, senão real, pelo menos verossimilhante enquanto Arte; menos, aquilo que poderá acontecer; mais, aquilo que, “representado”, realmente aconteceu. Essa lógica nos leva à fase inicial do próprio cinema, tendo na câmera o agente visual denunciador das realidades sociais vigentes, nos lembrando um pouco o “documental”, recurso bastante utilizado na cinematografia do início do século vinte. Mais ainda, o teatro. Neste, a expectação cênica dos fatos captada em completa posição estática, única, individual. Aí, vem Griffith e mexe com a câmera, mudando a feição observadora do cinema, criando-lhe uma

APC prorroga prazo A diretoria da APC,atendendo solicitação dos alunos dos cursos de cinema, comunicação social e história, de diversas instituições de ensino público e privado do Estado, resolveu prorrogar a data de seu Concurso de Monografia sobre os “60 Anos da ACCP”. O prazo de entrega dos trabalhos agora é 30 de outubro deste ano. Os elementos para pesquisa do concurso, tais como, vídeo com entrevista e documentos, além do próprio Edital, podem ser consultados na Internet, no site da instituição, acessando: www.academiaparaibanadecinema. com.br

Wills passa bem O jornalista e escritor Wills Leal, vice-presidente da Academia Paraibana de Cinema, submetido a uma cirurgia na semana passada, ainda continua no Hospital da Unimed, em João Pessoa. Wills passa bem e deve ter alta nos próximos dias. Amigos das Academias de Cinema e de Letras deseja sua pronta recuperação.

Quadrinhos

hildebertobarbosa@bol.com.br

O ator Ricardo Moreira faz o papel de Américo Falcão no filme real “gramatica”, visualmente narrativa. Certa vez, no Lyceu Paraibano, quando proferia palestra sobre Cinema, a convite da Organização do Encontro de História da Linguagem, promovido pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, uma das alunas da Turma 84 me fez a pergunta: - “Professor, o que o senhor considera como o verdadeiro Cinema, no mundo tecnológico em que nos encontramos?” A questão colocada naquele momento pela aluna Yany Elizabeth, presente no auditório do Lyceu, foi mais que oportuna. Respondi-lhe, então: – Já não vivemos o ver-

dadeiro cinema, mutante que está sendo, em grande parte, pela pirotecnia desenfreada e as “virtualidades”de hoje. Fruto das facilidades eletroeletrônicas, das máquinas e computadores, que, dizem,“substituíram (sic) o cinema tradicional pelo moderno”. E acrescentei: – Contraporia à tão rude e equivocada concepção, minha prezada aluna, afirmando que, a capacidade de inspiração do homem, nas mais diversas formas de se construir uma Arte, verdadeiramente, não estaria, apenas, na máquina; porque é o próprio homem quem a manipula... – Mais “coisas de cinema”, acessando: www.alexsantos.com.br

A 5ª ONDA (EUA 2016). Gênero: Ficcção Ciêntifica. Classificação: 14 anos. Direção: J Blakeson. Com Chloë Grace Moretz, Nick Robinson, Alex Roe. A aventura se passa quando a Terra é repentinamente sofre uma série de ataques alienígenas. Na primeira onda de ataques, um pulso eletromagnético retira a eletricidade do planeta. Na segunda onda, um tsunami gigantesco mata 40% da população. Na terceira onda, os pássaros passam a transmitir um vírus que mata 97% das pessoas que resistiram aos ataques

PAI EM DOSE DUPLA (EUA 2015). Gênero: Comêdia. Duração: 96 min. Classificação: 12 anos. Direção: Sean Anders. Com Will Ferrell, Mark Wahlberg e Linda Cardellini. O longa conta a história de Brad (Will Ferrell) um executivo em uma rádio e se esforça para ser o melhor padrasto possível para os dois filhos de sua namorada, Sarah (Linda Cardellini). Mas eis que Dusty (Mark Wahlberg), o desbocado pai das crianças, reaparece e começa a disputar com ele a atenção e o amor dos pimpolhos.

CinEspaço1: 17h, 16h(DUB) e 18h, 20h e 22h (LEG). Manaría3: 15h15, 17h30(DUB) e 19h45 e 22h05(LEG). Mangabeira4: 19h e 21h15 (DUB). Tambía2: 16h30, 18h30 e 20h30 (DUB). REZA A LENDA (BRA 2016) Gênero: Ação. Duração: 86 min. Classificação: 14 anos. Direção: Homero Olivetto. Com Cauã Reymond, Sophie Charlotte, Luisa Arraes. Na ação, Ara é um homem de poucas palavras, mas muita determinação. Ele vive em uma terra devastada e sem lei que espera ansiosamente por uma espécie de messias que devolva a justiça e a liberdade, usurpadas pelo cruel Tenório (Humberto Martins). Auxiliado por sua gangue demotoqueiros armados, o rapaz irá lutar contra o universo ao seu redor e seus próprios dramas - como os ciúmes de sua mulher, Severina. Manaíra1: 14h30, 17h10, 19h30 e 22h10. Tambiá3: 19h20 e 21h. SNOOPY E CHARLIE BROWN – PEANUTS, O FILME (EUA 2015) Gênero: Animação. Duração: 88 min. Classificação: Livre. Direção: Steve Martino. Com NoahSchnapp, Bill Melendez e Francesca Capaldi. A animação é baseada nos quadrinhos do cartunista norte-americano Charles M. Schulz. A série, conhecida no Brasil como Minduim, acompanha as aventuras de Charlie Brown, Snoopy e sua turma. CinEspaço 3/3D: 13h50, 15h30 e 17h20 (DUB). Manaíra 3: 12h30 (DUB). Manaíra 7/3D: 13h20 e 15h45 (DUB). Mangabeira 5/3D: 13h e 15h15 (DUB). Tambiá 2: 14h30(DUB). Tambiá 3: 17h40 (DUB).

ATÉ QUE A SORTE NOS SEPARE 3 (BRA 2015) Gênero: Comédia. Duração: 107 min Classificação: 10 anos. Direção:Roberto Santucci, Marcelo Antunez. Com Leandro Hassum, Camila Morgado, Kiko Mascarenhas. Após os acontecimetos do último filme, onde perdeu a herança da família em Las Vegas, Tino (Leandro Hassum) procura um emprego fixo, sem sucesso. Um dia, é atropelado pelo filho do homem mais rico do país. Ao acordar depois de sete meses em coma, se surpreenderá com a notícia de que sua filha e o rapaz estão apaixonados. Convidado para gerir as finanças da empresa do pai do genro, para gerar dinheiro que usará para bancar o casamento, Tino consegue o inimaginável: falir a empresa, a maior do Brasil - o que gera um colapso na economia nacional. Manaíra7: 18h E 20h30. ALVIN E OS ESQUILOS: NA ESTRADA (EUA 2015) Gênero: Animação , Aventura, Comédia, Família. Duração: 136 min. Classificação: 12 anos. Direção: Walt Becker. Com Jason Lee, Kimberly Williams-Paisley, Justin Long . Dave (Jason Lee) está prestes a se casar com Samantha (KImberly Williams -Paisley), por mais que o filho dela não se dê muito bem com Alvin, Simon e Theodore. Eles decidem realizar o matrimônio em Miami, onde ficarão para a lua de mel, mas os pequenos esquilos não são convidados para a festa. É claro que o trio não ficará satisfeito e, por conta própria, resolve viajar até a cidade. Tambiá1: 14h.

SERVIÇO  Funesc [3211-6280]  Mag Shopping [3246-9200]  Shopping Tambiá [3214-4000]  Shopping Iguatemi [3337-6000]  Shopping Sul [3235-5585]  Shopping

Manaíra (Box) [3246-3188]  Sesc - Campina Grande [3337-1942] [3241-4148] Galeria Archidy Picado [3211-6224]  Casa

 Sesc - João Pessoa [3208-3158]  Teatro Lima Penante [3221-5835 ]  Teatro Ednaldo do Egypto [3247-1449]  Teatro Severino Cabral [3341-6538]  Bar dos Artistas

do Cantador [3337-4646]

Se for livro de poemas, sim, porque não existe livro de poesias. A poesia é uma experiência dos sentidos. Ainda não é linguagem, não é forma, não é representação. Só quando se converte, através da materialidade dos versos, em expressão verbal ou icônica, transmutase naquilo que entendemos como poema. Há, assim, sensações poéticas, vivências poéticas, inquietações poéticas que, por sua vez, se formalizam no poema por meio das operações inventivas no corpo da linguagem. Sim, se for de poemas, é preciso ler os livros dos clássicos, antigos e modernos. Ler uma vez, duas, três, enfim, sempre ler e reler, quer no plano geral da tessitura dos versos, quer na dimensão pontual deste ou daquele momento singular da dicção lírica. Dos antigos, penso em Dante, na “Divina comédia”, sobretudo pelo andamento melódico de seus tercetos rigorosos. Poucos poetas exploram as camadas acústicas dos vocábulos como Dante; poucos possuem, na elaboração das imagens, o sentido musical das palavras e dos versos, assim como a cadência geométrica do ritmo. Dos modernos, não devo esquecer um Baudelaire, um Pessoa, um Borges, um Jorge e Lima, sobretudo o último Jorge, o do “Livro de sonetos” e de “Invenção de Orfeu”, aquele Jorge que, segundo Mário de Andrade, tinha o poder de fazer com que as imagens dançassem. Digo que a experiência desta poesia encarnada na argila das palavras não pode nem deve ser fugaz, aleatória ou rarefeita. A grande poesia verbal exige uma convivência mais íntima com a partitura dos poemas, em seus sinais imagéticos, ideativos e sonoros. Creio ainda que esta convivência, para além do prazer que nos mobiliza a sensibilidade, traz, consigo, as diretrizes de uma sutil pedagogia, isto é, a pedagogia do poético, em tudo aquilo que ela implica de beleza e sabedoria. Dos clássicos também podemos passar para os contemporâneos. É preciso, na esfera dinâmica das leituras, não olvidar aqueles poetas que estão chegando, não importa se epigônicos, originais ou diluidores. Tanto os contumazes quanto os bissextos carecem de nosso olhar de leitor sedento de novas linguagens. Não raro, os de agora nos ajudam a mensurar melhor a densidade dos grandes mestres. Contudo, devemos ter cuidado. O cuidado de não engolirmos gato por lebre, pois, nesta faixa de Gaza em que se transformou a experiência poética contemporânea, tudo é possível na esteira irresponsável do mais frouxo relativismo. Se o leitor for um crítico, terá de assumir, pelos percalços do próprio ofício, o risco de ser apedrejado pelos irrequietos guerreiros do Parnaso, pois a sua voz não pode calar diante dos falsos moedeiros das palavras. Se for um leito comum, aquele leitor que lê simplesmente por prazer e fruição, pode se dá o luxo de não ir além do primeiro verso, fechar o livro de poemas e voltar ao convívio dos poetas que ama. Afinal, os bons poemas se renovam a cada leitura.

Sapucaí

Em cartaz

JOY: O NOME DO SUCESSO (EUA 2015). Gênero: Biografia. Duração: 124 min. Classificação: 10 anos. Direção: David O. Russell. Sinopse: Criativa desde a infância, Joy Mangano entrou na vida adulta conciliando a jornada de mãe solteira com a de inventora e tanto fez que tornou-se uma das empreendedoras de maior sucesso dos Estados Unidos. CinEspaço3: 19h10 e 21h40 (LEG). Manaíra10: 16h05 e 21h50

Certos livros, como lê-los? Crítico Literário

Val Fonseca

anteriores. Na quarta onda, os próprios alienígenas se infiltram entre os humanos restantes, espalhando a dúvida entre todos. Com a proximidade cada vez maior da quinta onda, que promete exterminar de vez a raça humana, a adolescente Cassie Sullivan (Chloe Grace Moretz) precisa proteger seu irmão mais novo e descobrir em quem pode confiar. Manaíra2: 13h10, 18h55 (DUB) e 16h, 21h55 (LEG).Mangabeira2: 14h30, 17h, 19h45 (DUB) e 22h15 (LEG). Tambiá4: 16h20, 18h30 e 20h40 (DUB)

Letra LÚDICA Hildeberto Barbosa Filho

A & EU

OS DEZ MANDAMENTOS (BRA 2015). Gênero: Drama. Duração: 120 min. Classificação: Livre. Direção: Alexandre Avancini. Com Guilherme Winter, Sérgio Marone e Camila Rodrigues. Sinopse: O filme é uma adaptação cinematográfica baseada na Bíblia e na célebre novela homônima da Rede Record, um dos maiores fenômenos de audiência dos últimos tempos da televisão brasileira. A épica e emocionante saga de Moisés, retratada na novela, que cobre mais de cem anos de história e adapta livremente quatro livros da Bíblia, ganhará cenas inéditas e um final diferente do veiculado na televisão. CinEspaço 2: 14h10, 16h40, 19h10 e 21h40. CinEspaço 4: 14h, 16h30, 19h e 21h30. Manaíra4: 13h45, 16h30, 19h15 e 22h. Manaíra5: 12h45, 15h30, 18h15 e 21h. Manaíra9: 14h15, 17h15e 20h. Mangabeira 1: 12h45, 15h30, 18h15 e 21h. Mangabeira 3: 13h45, 16h30, 19h15 e 22h. Tambiá5: 14h, 16h15, 18h30 e 20h45. Tambiá6: 14h, 16h15, 18h30 e 20h45.

A UNIÃO

Homenagem a dupla de cantores sertanejos O cantor e compositor Zezé Di Camargo, quando era adolescente, costumava assistir pela televisão aos desfiles das escolas de samba do Grupo Especial do Rio, mas nunca poderia imaginar que um dia participaria do encantamento que sempre tinha diante da beleza dos desfiles. A realidade mudou e, em 2016, ele e o irmão Luciano são os homenageados da Imperatriz Leopoldinense, com o enredo “É o amor que mexe com a minha cabeça e me deixa assim. Do sonho de um caipira, nascem os filhos do Brasil”. A escola desfila na Marquês de Sapucaí amanhã.

Rádio Tabajara PROGRAMAÇÃO DE HOJE FM 0h -Madrugada na Tabajara 5h - Aquarela Nordestina 6h - Bom dia, saudade! 8h - Máquina do tempo 10h - Programação Musical 12h - Sambrasil 15h - Futebol 18h - Programação Musical 18h30 - Rei do Ritmo 19h - Jampa Black 20h - Música do Mundo 21h - Trilha Sonora 22h - Domingo Sinfônico

AM 0h - Madrugada na Tabajara 5h - Nordeste da gente 6h- Bom dia, saudade! 8h - Sucessos Inesquecíveis 9h - Domingo no rádio 11h - Mensagem de fé 11h30 - Programação Musical 12h -Tabajara Esporte Show 15h - Grande Jornada Esportiva 20h - Plantão nota mil 20h30 - Rei do Ritmo 21h - Programação Musical


Diversidade A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

FotoS: Divulgação

Totonho promete não deixar ninguém parado com seus côcos, sambas e músicas calientes

Cantor, compositor e percussionista Escurinho é uma das atrações do evento

Alternativo

Diversas atrações no Carnaval Multicultural de Jacumã Lucas Silva

U Especial para A União

ma boa opção de lazer para quem não vai passar o Carnaval na cidade com os blocos carnavalescos é comparecer ao espaço do Beach Hotel Jacumã no final de semana e participar do Carnaval MultiCultural de Jacumã. Serão dois dias de festa no qual o público poderá conferir entre as atrações shows de Cida Alves, Seu Pereira Samba Trio, Jotinha e Seu Reginal, Escurinho, entre outros. Além dos shows, os artistas irão puxar marchinhas de Carnaval, forró pé de serra, samba, coco, embolada, maracatu e muita discotecagem. A festa começa às 17h, com o pôr do sol à beira mar. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do evento no valor de R$ 10 reais. É importante lembrar que como os ingressos serão vendidos apenas na hora é bom chegar cedo para garantir o seu passaporte. Uma das atrações do domingo (7) que irá tomar conta do palco será o cantor e compositor Totonho. A apresentação, que irá passear do seu primeiro ep ‘Coco Ostentação’ até o seu último cd, faz ainda um mix de composições dos discos ‘Totonho e os Cabra’ e ‘Sabotador de Satélite’ já lançados. Antes de ser chamado de Totonho pelos seus seguidores, Carlos Antônio Bezerra da Silva foi vendedor de buchada de bode e assistiu a muitas cantorias de repentistas de sua cidade natal, Monteiro, na Paraíba. Com sua casa sempre cheia, o músico começou a ter o seu primeiro contato

com a musicalidade e veio a João Pessoa. Após sua chegada à capital paraibana, o cantor se uniu com outros músicos formando a atual banda intitulada “Totonho e os Cabra”. Segundo Totonho, toda sua trajetória resultou no que ele é hoje e nos discos que compôs com sua banda. “Sou melhor compositor. Eu parto do princípio de uma frase, desmancho, faço outra, mudo, transformo, busco um sinônimo. Eu sou tipo um pedreiro que vai quebrando um tijolo até ele caber em sua construção”, comentou Totonho. Além do show, uma novidade que o artista está reservando para os fãs é o lançamento do novo álbum que será gravado no Rio de Janeiro, logo após o Carnaval. Este será o terceiro registro musical da carreira da banda, com o nome “Os Sambas Que Cartola Não Quis Fazer”. Com produção de Kamal Kassin, mesmo produtor que fez o disco “Sabotador de Satélite”, o novo álbum vai balançar as estruturas e propor ao público uma reviravolta no centro do ‘cabra’ e dar início a novos caminhos entre o fino coletivo e Jakcson do Pandeiro. Já na segunda (8) outro nome forte do cenário paraibano que irá se apresentar no evento será o cantor e compositor Escurinho. No show, o artista apresentará ao público músicas dos seus quatro CDs já lançados. “Estou muito animado para essa apresentação, porque esse evento mostra ao público que Carnaval não é apenas as marchinhas e frevo, e sim, uma mistura de ritmos como ciranda e coco que irei apresentar em meu show”, comentou Escurinho. Atualmente, sua banda é composta por seis integrantes, nos quais são Jairo Gomes (bateria e percussão), Guga Grimaldi (ba-

teria e percussão), Jr Júnior (baixo), Ruan Medeiros (guitarra), Dave Kane (trompete) e Nerei Freitas (trombone). Em suas músicas, Escurinho traz uma poesia urbana de caráter social, numa fusão de ritmos que vai do xote ao reggae, do experimentalismo ao rock, do forró ao baião, do caboclinho ao boi de reizado, dos ritmos afros e tribais e do maracatu ao côco de embolada. Com uma trajetória de quase 30 anos de carreira, Escurinho tem na bagagem quarto CDs, um DVD e turnês nacionais e internacionais. Também atuou no teatro, sendo responsável pela trilha sonora do espetáculo Vau da Sarapalha, inspirado na obra de Guimarães Rosa. “Quando migrei para o teatro eu já fui pensando na música, então foi uma grande surpresa e ao mesmo tempo um prazer poder fazer parte desse novo universo”, comentou. Pensando em projeto futuros, no final deste ano Escurinho pretende montar mais um novo projeto, dessa vez voltados para o âmbito da poesia. “Quero trabalhar com coisas destinadas a cultura popular, em especial com cordel”, comentou. Em 2015, o cantor conseguiu aprovação do seu último projeto intitulado ‘Cirando de Maluco’ que surgiu a partir da pesquisa na área da cultura popular e das expressões nordestinas, como também como plataforma para divulgação da produção musical dos artistas convidados. Como resultado desse projeto, o músico produziu com o patrocínio do FIC Augusto dos Anjos, o cd do mesmo título, com algumas cirandas que foram criadas através de improvisos nos shows.

BLOCO infantil

Tel Pastel anima as ruas do Valentina “Em uma conversa na frente de casa com um amigo surgiu à ideia de formar o bloco, mas com uma pegada diferente das que existem na cidade”, disse o Cláudio Silva ou como é conhecido pelas crianças e carnavalescos do bairro do Valentina de Figueiredo, palhaço Tel Pastel. Surgido em 2007, o bloco de Carnaval intitulado de ‘Bloco infantil Tel Pastel’ leva alegria a crianças e familiares que participam da brincadeira carnavalesca há nove anos. Os interessados em participar da atividade bastam apenas comparecer ao local com seus filhos. O bloco, em especial, sairá hoje, a pedido dos pais. Mas geralmente o dia em que o bloco vai as ruas é na segunda-feira de Carnaval. A concentração será em frente ao ginásio Odilon Ribeiro Coutinho. Residente do bairro do Valentina de Figueiredo, o bloco trabalha e tem como objetivo explorar o meio educativo. Voltado exclusivamente para as crianças do

bairro, os organizadores Severino Santiago, Eurípedes Leal e o próprio Cláudio Silva juntam-se com pais e familiares e fazem a festa. Entre as atividades estão inclusas brincadeiras populares, cantigas de roda, pinturas faciais e circo. A atividade tem início previsto às 16h onde é feita a concentração, logo após às 17h começam as brincadeira e animação das crianças e às 18h10 o bloco sai as ruas do bairro com o estandarte, alegrando moradores e crianças que queiram seguir o bloco. Em sua 9ª edição, o grupo de organizadores sempre trabalha uma temática diferente entre os pequenos, seja ele cultural ou de cidadania. Este ano a temática escolhida foi as Olimpíadas Brasileiras Rio 2016. “Por ter um educador físico entre nós, resolvemos usar esse tema. E ainda por cima por estarmos à beira das Olimpíadas Brasileiras Rio 2016”, explicou Cláudio Silva.

“A interação das pessoas é tão grande que os pais não levam bebidas alcoólicas para brincar e ainda fazem um cordão de isolamento para meninos”, comentou o educador físico Severino Santiago. Em uma estimativa feita por Cláudio o bloco já chegou a ter 1000 pessoas presentes na atividade. “Começamos com 50 crianças e chegamos a esse número tão grande. Eu fico muito feliz em saber que todos querem participar. Embora eu não ligue pra número e sim pra qualidade”, comentou o palhaço Tel Pastel. O palhaço Tel Pastel disse ainda que, as pessoas que já conhecem o bloco estão ansiosas para saber o que vai ter esse ano e nos da organização também, porque como falei, não ligamos pra número, mas achávamos que vamos quebrar o nosso recorde de mil pessoas. (LS)

O artísta e militante cultural Claudio Silva realiza anualmente a folia para as crianças do bairro


Destruição de habitats e caça põem em risco a vida de animais em extinção Página 11

A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

Avanço da obesidade Drama das crianças tem atingido caráter endêmico no Brasil FOTO: Marcos Russo

Dani Fechine Especial para A União

Típico de países desenvolvidos, o drama das crianças acima do peso tem atingido proporções endêmicas até no Brasil. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, uma em cada três crianças é obesa e, até 2025, os números de crianças obesas devem chegar a 75 milhões em todo o mundo. Segundo o Ministério da Saúde, 32,3% das meninas e meninos brasileiros menores de 2 anos tomam refrigerantes e suco de caixinha. E 60,2% deles comem bolacha recheada, biscoitos e bolos prontos. Ana Cristina Ramos, pediatra e nutróloga, afirma que o principal contribuinte para esses números é a necessidade da indústria alimentícia oferecer alimentos que durem muito e sejam saborosos e baratos. O momento é oportuno, afinal, as aulas dos pequenos estão começando e o lanche escolar faz parte de uma alimentação saudável. Cerca de 30% a 40% dos pais e responsáveis não sabem identificar o sobrepeso e a obesidade. Por isso, o mais importante é consultar um pediatra. As tabelas de peso, altura e índice de massa corporal são diferentes para cada faixa etária. Ana Cristina alerta que apenas olhar o Índice de Massa Corporal (IMC) não adianta. Além disso, a criança pode desenvolver aumento de colesterol e triglicerídeos, diabetes, alterações articulares, danos psicológicos e principalmente risco de doenças cardiovasculares precoces. O momento de olhar com mais atenção para os alimentos ingeridos pela criança é agora. Na rede de ensino pública, por exemplo, as merendas são elaboradas a partir de cardápios com orientações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). No entanto, esse cardápio segue algumas recomendações e espera-se que sejam todas cumpridas. De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, a alimentação deve ser planejada para atender às necessidades nutricionais diárias dos alunos, levando em consideração a faixa etária. Os cardápios deverão conter informações sobre o tipo de refeição, o nome da preparação, os ingredientes que a compõe e sua consistência, bem como informações nutricionais de energia, macronutrientes, micronutrientes prioritários (vitaminas A e C, magnésio, ferro, zinco e cálcio) e fibras. Além disso, são ofertadas porções de frutas e hortaliças nas refeições e todas as especificidades culturais das comunidades indígenas ou quilombolas são atendidas, bem como hábitos alimentares de cada região. A alimentação na rede pública se baseia no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que visa o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendizagem, o rendimento escolar e a formação de práticas alimentares saudáveis dos alunos e da oferta de refeições que cubram as suas necessidades nutricionais durante o período letivo.

Cerca de 30% a 40% dos pais têm dificuldade de identificar o sobrepeso e a obesidade dos filhos; lei proíbe a comercialização de refrigerantes em colégios

Consumo de alimentos com sódio é alarmante Em se tratando de alimentação infantil, nem sempre o que agrada o paladar do seu filho hoje garante a saúde da criança. “Em se tratando de alimentação infantil temos um número crescente e alarmante no consumo de alimentos ricos em sódio, gordura e açúcares refinados e estes são prejudiciais quando consumidos rotineiramente”, alerta a nutricionista Érika Nóbrega. É preciso balancear alguns ingredientes e deixar o lanche mais saudável. Permita que a criança participe desse momento, neste caso ela poderá também aprender a cuidar da própria alimentação. A nutróloga Ana Cristina Ramos explica que procurar os alimentos não industrializados é o primeiro passo. “Nas lancheiras é importante conter frutas, sucos das frutas feitos em casa, sanduíches leves,

saladas de frutas ou barrinhas de cereais”, explicou a nutróloga. Quem pareceu entender bem o recado foi Raiane Matias, de oito anos. Geralmente, quem prepara o seu lanche é a sua mãe, que escolhe iogurte, banana, laranja e outras frutas. Mas se ficasse a cargo da pequena fazer o próprio cardápio, não mudaria em nada. “Eu gosto de tudo isso, acho mais saudável”, disse. Ana Vitória, de oito anos, divide com Raiane essa preocupação. Conta que geralmente encontra dentro da lancheira comidas como pão com queijo, panetone, bolacha assada, bolo e, raras vezes, leva salgadinho frito. “Eu digo o que eu quero e minha mãe coloca, ela sabe o que eu gosto e o que eu não gosto. Pra mim, o mais saudável são frutas e sucos naturais”, completou a fala da colega. A

nutróloga concorda com Raiane e confirma que os sucos de caixinhas contêm açúcar em excesso, evitando-os sempre que possível. “O mais importante é realizar as 5 refeições da semana”, ressalta. A recomendação é tornar o lanche o mais natural possível, sem os sucos de caixa e massas pré-cozidas, além de salgadinhos e refrigerantes. Hugo Moraes tem nove anos e nunca comprou nada na cantina da escola, prefere trazer todo o seu lanche de casa. Geralmente escolhe salgadinhos de milho, sanduíche ou bolachas. Mas para Daniele Sophie, que escolhe o próprio lanche, o melhor mesmo são os biscoitos, bolos, batata frita e coxinha. “Não gosto de refrigerante, prefiro trazer suco de casa. Comidas saudáveis são aquelas sem açúcar e biscoito

assado também”, dá a sua dica. Mas quando está de férias é difícil não deslizar nas guloseimas. Assume que se joga no brigadeiro, chocolate e biscoito. A recomendação das especialistas é simples e está no consumo de alimentos naturais. “Devemos evitar os alimentos industrializados com grande quantidade de conservantes e aditivos químicos em sua composição, porque além de serem pobres em nutrientes, prejudicam a absorção das vitaminas e minerais fundamentais ao nosso organismo”, explica Érika Nóbrega. Para os papais e as mamães de plantão, a nutróloga Ana Cristina dá uma dica: “Nuse o bom senso e lembre-se que mais que sabor e praticidade o lanche precisa ter nutrientes. Na dúvida procure um bom profissional da nutrição ou seu pediatra”.

Como introduzir a educação nutricional De acordo com a nutricionista Érika Nóbrega, é necessário estabelecer algumas metas para as crianças que já consomem as “guloseimas”. O ideal é nunca cortar tudo de uma só vez. Levar as crianças ao supermercado ou às feiras

é sempre uma boa alternativa para colocar a criança em contato com os alimentos e incentivar a curiosidade por outros sabores. Os responsáveis por aquela criança devem sempre estar atentos para que elas tenham

bons hábitos alimentares e, para isso, os pais também precisam da reeducação alimentar. Crianças normalmente se espelham nos pais e fica difícil para elas entenderem que um alimento não é saudável se os pais comem todos os dias es-

ses alimentos. “Uma dica para aqueles que oferecem esse tipo de alimento diariamente é reduzir a oferta para algumas vezes na semana inicialmente e seguir as orientações do nutricionista para a reeducação alimentar”, recomenda. Continua na página 10


Geral

A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

avanço da obesidade

Lei proíbe venda de refrigerantes FOTO: Reprodução/Internet

Produtos não podem ser comercializados por escolas privadas e particulares Dani Fechine Especial para A União

No primeiro mês de 2015, uma lei estadual entrou em vigor proibindo a venda de refrigerantes nas cantinas das escolas públicas e particulares do estado. A notícia chateou algumas pessoas, como Raiane Matias que, no começo, não gostou, mas depois entendeu que a bebida não era saudável. Já Ana Vitória ficou super satisfeita. “Quando a escola parou de vender refrigerante eu achei uma maravilha porque eu não gosto de refrigerante. Faz muito mal para a saúde. Quando as pessoas me ofereciam eu dizia: não, obrigada, não quero, não gosto, não tomo”, explicou. A lei vale para escolas públicas e privadas. E quem desobedecer corre risco de fechamento. A justificativa é combater a obesidade em crianças e jovens.

Refrigerantes são alguns dos alimentos vilões da alimentação infantil por serem muito perigosos para os rins e extremamente ácidos, esclarece nutricionista

Um cardápio melhor para a escola

l A Sociedade Brasileira de Pediatria preparou

um cardápio para melhor orientar, abaixo, os pais que montam os lanches escolares dos seus filhos. - Pão de forma integral, melhor se for enriquecido com grãos. De todos, é o que tem a maior concentração de fibras – mais que o triplo da bisnaguinha –, com 25% menos gordura. - Queijo-de-minas fresco light, justamente por ser um dos menos gordurosos. Tem 70% menos gordura por fatia do que a mussarela. - Biscoitos sem recheio, porque é nele que está concentrada a gordura trans, usada para conferir cremosidade. Os de massa seca (maisena, aveia, leite) são menos gordurosos . Sucos naturais, pois é a única maneira de fugir do excesso de açúcar e da escassez de vitaminas.

- Bolo caseiro sem recheio. A diferença fundamental está no corte de gorduras. Elas são, em média, 20% menos do que nas versões industrializadas. - Versão caseira do achocolatado, porque permite moderar a quantidade do pó de chocolate e do açúcar acrescentados ao leite. - Leite comum semidesnatado. A lactose, afinal, ajuda na absorção do cálcio. l Os 10 alimentos vilões da alimentação infantil A nutricionista Érika Nóbrega listou os principais alimentos prejudiciais a saúde de uma criança. Seguem as dicas: Refrigerante: Pode ser muito perigoso para os rins por ser uma bebida extremamente ácida. Crianças que bebem refrigerantes apresentam níveis abaixo dos recomendados de vitamina A, que é um nutriente necessário para a visão e imunidade. O ideal é que o consumo de refrigerante seja extremamente

eventual ou nunca aconteça. Sucos de caixinha: A grande maioria é preparada com uma quantidade exacerbada de açúcar, água e corantes, com quase nada de fruta propriamente dita. A melhor alternativa é sempre tomar água ou sucos naturais feitos na hora. Biscoitos recheados: São alimentos que não matam a fome, têm altíssimo teor de gordura trans e zero de nutrientes. Uma alternativa é visitar uma loja de produtos naturais e experimentar os diversos biscoitos e cookies integrais. O ideal é que as crianças não sejam apresentadas a esse tipo de alimento. Nuggets: Os nuggets são uma mistura de ingredientes não nutritivos normalmente feitos de pele e partes do frango, além de farinha e leite em pó. Salsicha: Não possui valor nutricional algum, além de ser feita com as partes menos nobres das carnes, mais precisamente as vísceras e todo o resto que

Elejó

naturalmente iria para o lixo. Sem valor nutricional, são fabricadas com carnes processadas. Possuem alto teor de sódio, muitos conservantes e corantes. - Hambúrguer congelado: Possui gordura trans em níveis mais do que elevados. Salgadinho de saquinho: Assim como os biscoitos recheados, os salgadinhos de saquinho conferem à criança um alto consumo de gordura, sódio e zero de nutrientes. Macarrão instantâneo: Se a família fizer um macarrão sem ser instantâneo levará apenas 5 minutos a mais para cozinhar e é uma opção muito mais saudável. O pó do macarrão instantâneo é uma concentração de conservantes com sódio que ultrapassa os limites adequados para crianças. - Achocolatado em pó: Os achocolatados mais comuns e mais consumidos possuem quase nada de cacau. Tem alto teor de sacarose e outros componentes.

Dalmo Oliveira da Silva - Jornalista

Ilê entrega comenda a mulheres Em comemoração aos 30 anos de fundação, o Ilê Axé Osun Odenitá, o babalorixá José Erivaldo da Silva, no último dia 30 de janeiro, em João Pessoa, a cerimônia de entrega da Comenda “Iyanassô, Akalá, Adetá” para 30 mulheres de religiões de matriz africana da Paraíba e outras que tenham contribuído de maneira significativa para o desenvolvimento dos chamados “cultos afro-brasileiros” no estado. As agraciadas com a honraria foram: Mãe Lúcia Omidewá, Mãe Chaguinha de Osun, Mãe Penha de Yemanjá, Mãe Joselma de Oxóssi, Mãe Tuca de Oxaguiã, Mãe Dapaz de Osun, Mãe Adeilza de Osun, Mãe Mocinha de Omolu, Mãe Cristiana de Osun, Mãe Nena de Osun, Mãe Ivonete de Osun, Mãe Zetinha de Oyá, Mãe Gorete de Osun, Mãe Lourdinha de Osolufon, Mãe Ana Julia de Osun, Doné Renilda de Oxóssi, Doné Lúcia Omidewin, Doné Doriomam de Yemanjá, Doné Jackline de Osun, Doné Isabel de Bessen, Doné Verônica Lourenço de Osun, Iyádagan Dulce de Oyá, Iyádagan Mariah de Omolu, Iyakekeè Dos Anjos de Osumaré, Iyá Raimunda de Oyá, Iyamorô Vilmara de Oyá, Iyabasse Fernanda de Osun, Egbonmy Verônica de Osun, Ajibonan Silvana de Osun, Ekedi Tânia de Oyá, Ekedi Laura de Ogun, Ekedi Goreti de Oxóssi, Ekedi Ivonildes de Osun, Ekedi Solange de Oyá, Ekedi Sônia de Oyá, Ekedi Roberta de Osun, Ekedi Luana de Odé Kare, Ekedi Regina de Nanã, Ekedi Carla de Osun e Vanuza Cavalcanti de Osun. Além dessas, também receberam a comenda, a assistente social e presidente da Fundac Sandra Marrocos; a pedagoga Terlúcia da Silva, da ONG Bamidelê; a jornalista e deputada estadual Estela Bezerra; a bióloga e ambientalista Paula Francinete; a professora universitária Ivanice Frazão; a representante da comunidade muçulmana, Soraya Vilar; a professora universitária Ana Paula Cavalcanti, da ONG Videlicet; a ativista social e jornalista Fabiana Veloso; Maria das Neves, Fátima Lucena e Diana Motta. O título também foi entregue a religiosas de destaque nacional, como: Iya Estela Azevedo de osossi (Mãe Estela, do

Ilê Axé Opô Afonjá); Ekedi Sinhá de Xangô (do Ilê Axé Iyá Nassô Oká - Terreiro da Casa Branca); Doné Kika de Bessén (da Organização de Muheres Negras Oriashé, São Paulo); Iyá Jaciara de Osun (Salvador); Egbonmy Conceição Reis de Ogun (São Paulo); Egbonmy Nice de Oyá (do Ilê Axé Iyá Nassô Oká - Terreiro da Casa Branca); Iyá Lourdes de Oyá do (Ilê Oyatunjá – Salvador); Marcota Valdina Pinto (Salvador). “Resolvi criar está comenda e coloquei os nomes das princesas africanas que vieram escravizadas para o Brasil, porque elas foram mulheres de luta, resistência, persistência e fizeram a diferença para todos os religiosos de matriz africana deste país”, disse Pai Erivaldo de Osun. Morte noticiada A semana passada registrou um óbito que certamente entrou para a história recente do descaso dos poderes públicos para com a vida humana na Paraíba. Falamos do falecimento do aposentado João Batista, ocorrido no último dia 20. Pela grande exposição que o caso recebeu na imprensa local, não vamos aqui repetir a triste desventura do falecido, que precisava fazer urgentemente uma cirurgia para desobstrução de uma artéria (angioplastia), recebeu autorização da Justiça para que as autoridades de saúde do Estado patrocinassem o tratamento, mas não foi atendido a tempo, por diversas razões. Não vamos apontar “culpados”. Nem o Instituto Neurocardiovascular de Campina Grande (Incor), que se recusou a fazer a cirurgia na base do “fiado”, nem a Secretaria Estadual de Saúde, pela burocracia desumana na garantia de um direito consagrado na Constituição Federal. Nosso foco nesse episódio estará no processo de midiatização do fato. Chamou atenção a exploração espetacular de um depoimento que João Batista deu a uma equipe de reportagem de uma TV local. A matéria mostra um homem abalado, sem camisa, com um cateter afixado no pescoço, limpado as lágrimas com uma das

mãos. Um trecho de sua fala é repetido à exaustão “(...) Eu faço esse apelo: que pelo amor de Deus, não deixe eu morrer a míngua!”. A comoção foi fomentada pela mídia durante alguns dias depois do enterro de João Batista. O repórter, que colheu originalmente o depoimento angustiado dele, meses antes, voltou à tela para falar de sua frustração na condição de espectador e narrador privilegiado daquela situação desoladora. O quadro era o seguinte: uma morte anunciada em rede de TV pela própria vítima; a inanição e leniência do Poder Público; a judicialização inócua da Saúde Pública; a desmoralização do Sistema Judiciário; os efeitos medonhos da privatização da Saúde Pública; a burocratização do Serviço Público como subterfúgio de incompetências e omissões; lucro empresarial acima de qualquer valor humano e moral; o fracasso do “jornalismo heroico”. Em Mortes em derrapagem: os casos Corona e Cazuza (1991), meu antigo professor da graduação, Antônio Fausto Neto, classifica essa modalidade de reportagem como “imprensa do coração”. Numa entrevista que concedeu à Ana Paula Goulart Ribeiro, para a revista ECO -PÓS, em 2007, publicada com o título “Saúde em uma sociedade midiatizada”, em um dos trechos, Fausto vai comentar: “(...) o campo da comunicação precisa ver sua interação com o da saúde de modo relacional, no sentido de que ele não se constitui numa espécie de “varinha mágica”, circunstância em que seus processos disseminadores assegurassem a chama da[?] produção da anunciabilidade e de sua transparência. Diversidade de disciplinas, de métodos, processos de intervenção, de formas de linguagens, do acesso diverso da sociedade na questão dos sem idos[??], especialmente àqueles do campo da saúde, servem, dentre outros aspectos, para cada vez mais se relativizar que o ato comunicativo não é um facilitador de situações, mas um multiplicador de desafios para a construção de soluções”. É quando o fazer jornalístico se perde

entre a “prestação de serviços” e o apelo emocional das narrativas personalísticas. O repórter perde o controle sobre sua função na reportagem e se envolve emocionalmente com as fontes. O afã de ser sempre o algoz institucionalizado (autorizado) do governo de plantão também entra como ingrediente nesse jornalismo afetado. Ao final da saga, o espectador se encontra num trilema: não sabe se sente piedade do cardiopata João Batista, que teve seu momento de desespero hipermidiatizado; ou se solidariza com o repórter impotente, que comprova, por si mesmo, a ineficácia de seu ofício para mudar a desumana realidade numa sociedade marcada, intransigentemente, pelo monetarismo; ou ainda se aceita, de uma vez por todas, o fato de que a mídia se interessa apenas com uma coisa: sua audiência! Enegrecer Hollywood O protesto do diretor estadunidense, Spike Lee, ao denunciar a baixa incidência de indicação de atores e atrizes negras/os para o Oscar repercutiu mundialmente essa semana e trouxe à tona a problemática do racismo em Hollywood. Esse é o segundo ano consecutivo que negros não recebem a indicação para as estatuetas do Award mais prestigioso da sétima arte. A polêmica avançou ainda para a composição do júri do Oscar que possui também uma baixa prevalência das, assim chamadas, “minoriais etnorraciais”. Marcada para 28 de fevereiro, a cerimônia de entrega do principal prêmio de Hollywood ocorre esse ano sob os holofotes da barulhenta mídia étnica americana. Até o presidente afro-americano, Barack Obama deu pitaco na polêmica puxada por Lee, reclamando da pobreza na diversidade dos temas abordados nas produções cinematográficas selecionadas para a disputa do Oscar. “Acredito que, quando se conta a história de todo mundo, então, isso faz que haja uma arte melhor”, disse Obama a uma filial da rede televisiva ABC”, comentou Obama.


Geral João Pessoa, Paraíba - domingo, 7 de fevereiro de 2016

A UNIÃO

Animais em extinção Destruição de habitats e caça são os principais fatores na PB FOTOS: Edson Matos/Reprodução-Internet

Janielle Ventura Especial para A União

Destruição de habitats e caça predatória. Esses são alguns dos principais motivos que colocam animais em risco de extinção no Estado da Paraíba. Entre as espécies ameaçadas estão o peixe-boi marinho, o cavalo-marinho, e os primatas macaco-prego-galego e o guariba-de-mãos-ruivas. Os dois últimos se encontram na categoria Em Perigo e na categoria Vulnerável, respectivamente, de acordo com a mais recente “Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção”, de 2014. A analista ambiental do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros, Mônica Montenegro, explica que estas duas espécies de primatas hoje têm muito pouca área de floresta atlântica disponível para sobreviverem. Além disso, a maioria das áreas são pequenas e isoladas umas das outras, dificultando o crescimento populacional e a troca de indivíduos entre elas. “Para piorar, a situação ainda é agravada por uma considerável pressão de caça e de apanha de indivíduos na natureza. Na Paraíba, esta destruição de florestas se deve principalmente à monocultura da cana-de-açúcar, desde o início da colonização, porém com agravamento a partir do final da década de 70 até meados de 90. Infelizmente, ainda que em muito menor intensidade, estas espécies ainda sofrem com perda de habitat, caça e apanha”, afirmou a bióloga. Além das espécies marinhas citadas (peixe-boi e cavalo-marinho), a bióloga e chefe da Área de Proteção Ambiental da Barra do Mamanguape, Luciana Pacca, ainda alerta para as espécies super exploradas que venham sofrer redução em suas populações a curto ou médio prazo. Entre as espécies, Luciana ressalta: os caranguejos de mangue, guaiamum e caranguejo-uçá, as lagostas, os camarões e a espécie de siri (Callinectes sapidus).

Cavalo-marinho e macaco-prego são algumas espécies ameaçadas na Paraíba, conforme a Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção

Aves Lembrando das aves, o professor e biólogo, Douglas Zeppelini, fala das aves migratórias que empoleiram no telhado de um grande comércio situado na BR 230, por causa da degradação e perda do habitat de praia. “Isso se aplica em alguma extensão a todos os grandes vertebrados que figuram na lista vermelha nacional, e portanto estão em situação similar no Estado da PB”, destaca.

Conscientização Como um meio de evitar situações em que coloquem os animais em risco, as analistas propõem a conscientização da sociedade de maneira geral. “Não adianta aumentar a fiscalização e as penalidades se continuar havendo o descaso com o meio ambiente por parte de todos, desde os tomadores de decisão, até aqueles que dependem diretamente dos recursos naturais para sobreviverem”, ressalta Mônica.

Saiba mais l Proteção - Toda a fauna silvestre brasileira, por lei, já tem sua proteção garantida inclusive na Constituição Federal. Vários outros instrumentos legais, como a Lei de Crimes Ambientais (9.605) também garantem esta proteção. O reconhecimento de espécies enquanto ameaçadas também restringe o uso que pode ser feito delas. Mais recentemente, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, além de coordenar o processo de Avaliação do Estado de Conservação das Espécies, têm elaborado e coordenado Planos de Ação Nacional para a Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção (PAN). l PAN - São políticas públicas pactuadas com a sociedade, que identificam e orientam as ações prioritárias (de pesquisa, manejo, monitoramento, articulação, educação e sensibilização) a serem executadas para o combate dessas ameaças. As duas espécies de primatas ameaçadas de extinção na Paraíba, o macaco-prego-galego e o guariba-de-mãos-ruivas, fazem parte do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Primatas do Nordeste. Outra ação importante é o aumento das áreas protegidas, sobretudo unidades de conservação, tanto a criação de novas áreas, quanto a melhoria das existentes. Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção - Conhecida também como Lista Vermelha Nacional, ela mostra todas as espécies que estão ameaçadas no Brasil. Na última pesquisa, foram avaliadas 12.256 espécies pelo Ministério do Meio Ambiente e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). A lista pode ser facilmente acessada através do portal icmbio.gov.br . Fique atento Para enfatizar ainda mais a importância do respeito e da conservação das espécies, as analistas ambientais falam um pouco mais sobre as consequências dessas extinções. Mônica fala com relação aos primatas que são excelentes dispersores de sementes, ou seja, auxiliam na manutenção das florestas em termos de espécies vegetais. Além disso, enquanto predadores de alguns vertebrados e invertebrados têm sua importância dentro da cadeia alimentar, colaborando no equilíbrio entre as espécies. Já no habitat marinho, Luciana explica que há perda dos estoques pesqueiros, por consequência, inúmeros prejuízos econômicos. Além da perda da qualidade ambiental, da saúde pública e consequentemente prejuízo à qualidade de vida humana.

caráter pedagógico

Aquário realiza a conservação de espécies ameaçadas Entre as mais de 50 espécies para visitação no Aquário Paraíba, estão o cavalo-marinho e a lagosta. Duas espécies na lista de animais ameaçados de extinção. Além de ser um lugar turístico, o principal objetivo do aquário é conscientizar as pessoas da importância em respeitar o ciclo de vida animal. Com isso, ele contribui para a conservação da vida aquática, das suas espécies e dos seus habitats. Todos os animais expostos são do Litoral paraibano. Atribuindo um forte caráter pedagógico, muitos projetos educacionais farão parte da rotina do parque aquático. De acordo com a bióloga e doutoranda da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Karina Massei, conta que a ideia é atrair muitos grupos diferenciados como o de idosos, crianças, autistas, pescadores, estudantes da área e entre outros. Tudo isso para dis-

seminar a educação ambiental e a conscientização. Há um ambiente interno onde as pequenas espécies são divididas em 30 aquários. Cada um possui um tipo de etiqueta identificando o animal, sua importância na cadeia alimentar e outras informações. Alguns tanques “vazios” contém corais, muitas vezes confundidos com pedras. “Os corais são animais! São um tipo de floresta marinha. As pessoas pisam achando que são pedras ou plantas”, explicou. Cuidado Criar um ambiente onde as pessoas poderiam aprender mais sobre o universo marinho e ao mesmo tempo sobre a importância de conservação, é um sonho que veio sendo planejado há oito anos. Há cerca de 10 dias, esse sonho foi finalmente inaugurado pelos sócios, Emanuel Lopes e Irmar Ferreira.

Todos no local possuem papeis fundamentais para o funcionamento correto do lugar. “A maioria do pessoal é biólogo, senão, é pescador. Todos trabalham com muito entusiasmo dentro do espaço. É um sonho que está se realizando e que tem o objetivo de fazer diferença tanto para os animais, quanto para as pessoas que vierem aqui”, afirmou Emanuel. Segurança Para aumentar ainda mais a segurança, o Aquário Paraíba tem parcerias com órgãos ambientais como a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Através de pesquisas científicas, ele também procura aumentar o conhecimento sobre os animais através de parcerias com a UFPB e o Instituto Federal da Paraíba (IFPB).

Serviço Os valores são R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), estando aberto de quarta a domingo das 9h às 16h. É possível agendar visitas em grupos para levar alunos, idosos e afins. Quem deseja apenas levar a família para ganhar um dia de muito aprendizado sobre o mundo aquático também pode entrar em contato a partir dos seguintes dados: Endereço: Rua das Lagostas, nº 140, no Seixas, em João Pessoa. Explicação do local: Descendo a ladeira para a Praia do Seixa, depois da rotatória é só seguir em frente. É a quarta rua à direita após a Peixada do Amor Mais informações pelos telefones: (83) 3251-1531 ou 98620-1422


Social A UNIÃO

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GorettiZenaide

gzenaide@gmail.com

Ele disse

Ela disse

“Ninguém tem um elenco como Disney. Quando ele não gosta de um ator, simplesmente o apaga”

“Na vida real, a maioria dos atores de cinema é uma decepção. Eu, por outro lado, sou melhor na vida real do que no cinema”

ALFRED HITCHCOCK

MARLENE DIETRICH

colunagorettizenaide

@letazenaide

FOTO: Dalva Rocha

CONFIDÊNCIAS

Matinê

A PEDIDA de hoje é a matinê infantil que o Esporte Clube Cabo Branco vai promover no seu ginásio, a partir das 16h30, com a Orquestra Frevolândia, palhaços e praça da alimentação. O sócio em dia não paga e os demais, R$15 preço único para crianças a partir de 3 anos e adultos.

DESEMBARGADOR APOSENTADO E ADVOGADO SELETIVO

JOSÉ MARTINHO LISBOA

Tradição O CARNAVAL Tradição, que acontece na av. Duarte da Silveira, no Centro da capital está apresentando os desfiles de agremiações de samba, blocos de frevo e tribos indígenas. Arquibancadas estão montadas no local para melhor conforto do público.

Ildenir Palitot e sua irmã Ilze Palitot que hoje chega aos seus gloriosos 91 anos

Energias renováveis

Crescer e Miep

O COORDENADOR do curso de Engenharia do Iesp, professor Rômulo Oliveira, da secretaria Executiva de Ciência e Tecnologia do Estado, Francilene Procópio, do presidente da Fapesp, Cláudio Furtado, e o presidente do Sindiálcool/Pb, Edmundo Barbosa, estão em sintonia para trazer para João Pessoa uma unidade do VTT. Trata-se do terceiro maior centro de pesquisa de energias renováveis, situado na Finlândia.

EM CAMPINA GRANDE acontecem durante o carnaval os eventos Miep-Movimento de Integração Espírita na Paraíba, na Escola Estadual Elpídio de Almeida, e o 19o. Crescer - O Encontro da Família Católica na casa de shows Spazzio. O Crescer, que tem adorações, pregações e shows musicais, é organizado pela Comunidade Pio X e conta com as presenças do arcebispo da Paraíba, dom Aldo Pagotto e do bispo diocesano de Campina Grande, dom Manoel Delson Pedreira da Cruz.

FOTO: Arquivo

Zeca Baleiro

João e Socorro da Mata, ambos são os aniversariantes de amanhã

Zum

Zum

Zum

     O aniversariante deste domingo é o estimado amigo e fotógrafo Rocha. Ao lado

de Dalva e do filho Felipe comemora a data em ritmo de carnaval.    O jornalista Martinho Moreira Franco acompanhado de Gorete comanda hoje

animada mesa na matinê do Cabo Branco. Com filhos, genros, noras e netos.    Os estimados Roziane e Leconte Coelho estão curtindo o carnaval de Olinda neste

feriadão, acompanhados do filho Leocnte Júnior e da nora Mônica Saemi.

Parabéns Domingo: sras. Mércia Almeida, Marisa Molina, Ilze Palitot, Luana Gomes Soares e Maria Alba Ribeiro Coutinho, ex-deputada Estefânia Maroja, fotógrafo Rocha. Segunda-Feira: empresários Mercinho Lucena, Carlos Henrique Silva, João Vidal de Lucena, João e Socorro da Mata, ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, executivos Paulo Santos Coelho e João Feitosa Neto, sras. Cely Furtado, Cleia Aranha, Glads Marques, Irene Lombardi, publicitária Verônica Lisboa.

ATÉ O MÊS de maio deverá saír o novo CD de Zeca Baleiro, pelo selo da Som Livre. O novo álbum, ainda sem título, será lançado em turnê que começa do Nordeste, sendo no dia 18 em Natal, no Rio Grande do Norte e dia 20 de maio no Teatro Pedra do Reino, no Centro de Convenções de João Pessoa.

Dois Pontos A cantora Joelma foi convidada para comandar um trio elétrico no desfile ontem do Galo da Madrugada mas não aceitou.   Ela canta no dia 2 de abril no Internacional do Recife em show solo.  

Apelido: Não tenho. Uma MÚSICA: “Esperando na Janela”, de Targino Gondim, Manuca Almeida e Raimundo do Acordeon, cantada por Gilberto Gil e gosto de “Mulher Pequena”, de Roberto Carlos. Um CANTOR: Roberto Carlos. Assisto todos seus shows de final de ano. Uma CANTORA: Marisa Monte e também Paula Fernandes, que acho encantadora! Cinema ou Teatro: cinema Um FILME: um filme que nunca esqueci foi “O Pagador de Promessas”, de Dias Gomes Uma PEÇA de teatro: praticamente não vou a teatro, mas admiro todas as peças escritas pelo nosso conterrâneo Ariano Suassuna. Um ATOR: Antônio Fagundes e Tony Ramos Uma ATRIZ: pela inteligência Marília Pêra. Um LIVRO: Embora tenha lido muito Humberto de Campos, Machado de Assis, mas um livro que me marcou foi “A Paraíba e seus Problemas”, de José Américo de Almeida, onde le diz que “ver bem não é ver tudo, é ver o que os outros não veem”. Um ESCRITOR(A): Machado de Assis, que tenho toda coleção e o paraibano de Conceição, Ascendino Leite. Não sei se você sabe, mas Ascendino Leite foi tabelião no Rio de Janeiro e quando ele veio morar em João Pessoa ao se aposentar, tornou-se meu amigo e eu seu leitor assíduo, pois a cada obra lançada eu recebia um exemplar. Um lugar INESQUECÍVEL: já fiz muitos bons cruzeiros nas Ilhas Gregas, em Bahamas, gostei de todos mas um lugar que é inesquecível é Lisboa, em Portugal. VIAGEM dos Sonhos: já fiz a minha viagem dos sonhos que foi reunir toda a família na comemoração das nossas bodas de ouro em julho do ano passado. Fomos, Carmi e eu com os filhos, genros, nora e netos para Campos do Jordão e de lá, exigi que todos fossem terminar a comemoração na minha fazenda Santa Mônica, em Jacaraú, onde nasci. Foi um momento inesquecível aquela festa com músicos da terra e toda a família reunida. CAMPO ou PRAIA? apesar de veranear há seis anos em Camboinha eu prefiro mesmo é o campo, principalmente na minha fazenda onde tenho um gadinho e vou todas as semanas. RELIGIÃO: não tenho rejeição por nenhuma, mas de origem sou católico. Um ÍDOLO: não tenho Uma MULHER elegante: minha filha Mônica Lisboa Figueiredo. Um HOMEM Charmoso: não acho nenhum. Uma BEBIDA: Vodca importada. Aprecio muito a francesa, a polonesa e a russa. Um PRATO irresistível: uma bacalhoada e um bobó de camarão são irresistíveis. Um TIME do coração: sou Fluminense. Até teve um fato curioso quando eu era juiz em Campina Grande, há muitos anos atrás, um famoso jogador do Fluminense estava naquela cidade e bateu num garoto, sendo condenado por mim, mesmo sendo tricolor de coração. O jogador teve como advogado na época o desembargador Raphael Carneiro Arnaud e o ministro Abelardo Jurema, que era muito ligado ao time no Rio, intercedeu por ele que pagou a fiança e foi solto. Mas mesmo sendo do Fluminense, não deixou de ser processado. Qual seria a melhor DIVERSÃO: um bom filme e cavalgar na fazenda Santa Mônica. QUEM você deixaria numa ilha deserta? não tenho inimigos e mesmo se tivesse não os mandariam para uma ilha deserta. Um ARREPENDIMENTO: não tenho pois tudo que fiz foi consciente. A prova de que não me arrependo de nada é estar casado com Carmi há 50 anos e ser muito feliz.

FOTO: Goretti Zenaide

“Já fiz a minha viagem dos sonhos que foi reunir toda a família na comemoração das nossas Bodas de Ouro em julho do ano passado. Fomos, Carmi e eu com os filhos, genros, nora e netos para Campos do Jordão e de lá, exigi que todos fossem terminar a comemoração na minha fazenda Santa Mônica, em Jacaraú, onde nasci. Foi um momento inesquecível aquela festa com músicos da terra e toda a família reunida!”


1o Grupamento coordena etapa contra mosquito Aedes aegypti

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CARNAVAL TRADIÇÃO 2016

Escolas e clubes de frevo na avenida

FOTO: Divulgação

Resultado da apuração será divulgado após o desfile da última escola de samba Teresa Duarte

teresaduarte2@hotmal.com

Cinco escolas de samba e nove clubes de frevo desfilam hoje na Avenida Duarte da Silveira, bairro da Torre, em João Pessoa, conforme programação do Carnaval Tradição 2016. Para ganhar a preferência do público e principalmente dos jurados, os representantes das escolas estão apostando em temas que vão desde o esporte, artesanato, chegada do samba ao Brasil, passando por reverências a todo um continente até a infância. Segundo o regulamento do desfile, cada tribo indígena terá 30 minutos para se apresentar. Para as escolas de samba o tempo máximo é de 40 minutos e os clubes de orquestra, 25 minutos. De acordo com o presidente da Liga Carnavalesca de João Pessoa, Beto Costa, o resultado da apuração neste ano será divulgado, logo após o encerramento do desfile da última escola e não haverá prêmio em dinheiro. Apuração O corpo de jurados será composto por seis membros que vão julgar com notas de zero a 10 para os quesitos de conjunto, fantasia, batuque, estandarte, coreografia, orquestra, bateria, mestresala e porta-bandeira, samba enredo, alegorias e adereços, evolução e conjunto.

Veja programação de hoje l Clubes de frevo 17h30 – Criança Feliz 18h – Acorda do Frevo da Torre 18h30 – Piratas de Jaguaribe 19h – Dona Emília 19h30 – São Rafael 20h – Alegria do Frevo 20h30 – Gigantes do Frevo 21h – Ciganos do Esplanada 21h30 – Bandeirantes da Torre (atual campeão)

l Escolas de samba 22h – Pavão de Ouro 22h40 – Unidos do Róger 23h20 – Malandros do Morro 0h – Independente de Mandacaru 0h40 – Império do Samba (atual campeã) 1h30 – Resultado dos clubes de frevo e escolas de samba

l Saiba Mais O primeiro desfile oficial de agremiações carnavalescas em João Pessoa foi realizado em 1918, com a apresentação da Tribo Indígenas Africanos, do bairro da Torre. Em 1930 surgiram várias agremiações, que foram divididas em cinco categorias: Tribos Indígenas, Escolas de Samba, Clubes de Orquestras, Ala Ursas e Batucadas.


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Programas e ações beneficiam a população idosa na Paraíba PB tem primeiro condomínio horizontal projetado para a pessoa idosa do Brasil Dani Fechine Especial para A União

Moradoras do Cidade Madura de João Pessoa, o primeiro entregue pelo Governo do Estado, contam com área de lazer e atividades necessárias para a terceira idade

“Somos todos irmãos, gosto de respeitar para ser respeitado” Chegar à terceira idade traz uma lição necessária para todas essas pessoas: o importante é nunca esquecer. Nunca se esquecer de ser feliz. As palavras de alguém que já chegou na terceira idade são capazes, claramente, de despertar sorrisos e carinho, ainda que por pessoas desconhecidas. É, talvez, uma forma de gratidão por alguém que já viveu muito da vida e usa seu tempo agora para conversar. É o caso de Djair da Penha, de 67 anos. Frequenta o Ponto de Cem Réis religiosamente todas as tardes, local em que fez amigos e fez também o tempo andar mais devagar, no entanto, mais leve. Sente-se feliz sendo idoso, porque quando seu Djair era mais novo aproveitou da vida tudo que conseguiu tirar dela e fez tudo que gostava de fazer. “Como um idoso também tenho tudo”, mas reclama da assistência médica e da falta de medicamentos. Orgulha-se do coração solidário e humilde. Talvez tenha sido isso que deu tanta saúde a Djair da Penha. Já ajudou muitas pessoas e o sonho é que essa ajuda se espalhe cada vez mais. “Queria ser rico”, desabafa. Emocionado, seu Djair conta que resolveu cuidar da própria saúde. Lacri-

mejando os olhos, diz que parou de beber aos 49 anos. Era alcoólatra e só se renovou quando a porta do Alcoólatras Anônimos (AA) abriu para a sua vida. “Já tinha perdido minha família, já tinha perdido tudo. Hoje eu sei viver. Faz 18 anos que parei. Tenho 18 anos de vida. Tudo mudou. Agora sou respeitado”, volta a sorrir. Cuidou de si, mas sente falta de quem cuide dele realmente. “Sinto falta da assistência médica para os idosos”. Djair conta que em agosto deu entrada para consultar-se com um urologista e em novembro o posto médico informou que não havia médico do SUS na Prefeitura de João Pessoa. “O Hospital Universitário me socorreu”, afirmou. Felizmente, nunca foi desacatado por ser idoso, a não ser nessas situações específicas. “No dia que eu for desrespeitado eu tomo providência, chamo a polícia e quem mais for necessário”, finalizou. Ao lado de seu Djair, Damião Pereira faz companhia. Num jogo de adivinhação, Damião esconde a idade. Aparenta ser mais jovem e ter mais vida do que já conseguiu viver. Setenta e quatro anos na identidade e a juventude correndo pelas veias. Começou a traba-

lhar com sete anos. Os brinquedos eram a enxada, o foice e o machado. Com uma vida dura na infância e juventude, encontrou na velhice o oásis que precisava. “Hoje as coisas mudaram, tudo está melhor”, agradeceu, retribuindo a vida com uma olhada rápida para o céu. Para Damião, não há motivo para desrespeito. Os direitos devem ser respeitados, afinal, “somos todos irmãos”. “Gosto de respeitar para ser respeitado”, completou. Já dona Josefa Ferreira tem 62 anos, mas oito de “tricotagem”. Sentada num banco de praça, vê o tempo passar com as mãos entrelaçadas em agulha e linha. Costura a vida com as próprias mãos. Viúva, perdeu o marido quando ele tinha 40 anos, mas não deixou de viver. O amou com todo o coração e até acha difícil encontrar alguém como ele. “Eu não procuro homem nenhum, mas se Jesus mandar, né... Será bem aceito. Amor é felicidade. A coisa melhor do mundo é amor, felicidade na vida”, emociona quem escuta. Quando pergunto a dona Zefinha – como prefere ser chamada – sobre o que já aprendeu com a vida, a senhora sorri e responde: aprendi a tricotar.

FIQUE ATENTO

Direito de ser cidadão

Importante denunciar!

Para contribuir com a preservação da vida e dos direitos das pessoas acima de 60 anos, foi criado, em 2003, o Estatuto do Idoso, ampliando os direitos desses cidadãos. Na saúde, transporte, lazer, habitação e em outras instâncias sociais, o idoso tem o direito e o dever de se inserir ativamente nesse meio. Na saúde, por exemplo, o idoso deve ter atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS), além de ter acesso a distribuição gratuita de remédio de uso cotidiano e ter sempre direito a acompanhamento quando internado. Algo que acontece constantemente e que os idosos precisam estar atentos para não serem lesados é que os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério de idade. No transporte coletivo também há exclusividade de direitos às pessoas idosas. Com o tempo que passa com pressa e sem perceber, os idosos vão perdendo as forças. Esse é um dos motivos que torna obrigatória a reserva de 10% dos assentos dos transportes públicos para os idosos. Acima dos 65 anos, eles também têm direito a gratuidade do transporte coletivo público e, no transporte interestadual, são reservadas duas vagas gratuitas em cada veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. E não é porque a velhice chegou que a vida pediu permissão para parar. Todo idoso – cidadão acima dos 60 anos – tem direito a 50% de desconto em atividades de cultura, esporte e lazer. Além disso, é obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos programas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos.

Sobre qualquer violação de direitos dos idosos, o mais indicado é a denúncia. Embora as penas sejam consideradas de Pequeno Potencial Ofensivo, prestar a queixa é fundamental. De acordo com Sônia Maria de Paula, promotora de Justiça do Cidadão, as denúncias podem ser feitas no Conselho dos Direitos Humanos, no Disque 100, no Disque 123 – atendimento local –, na Ouvidoria do Ministério Público, na sede do Ministério Público, através dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) e dos Conselhos Estadual e Municipal do Idoso. Qualquer pessoa pode denunciar, inclusive, a acusação pode ser anônima. O primeiro passo da Promotoria do Cidadão é apurar a acusação e depois tomar as providências legais. Tipificado como crime, a resolução do problema fica a cargo da delegacia especializada. As penas são de no máximo dois anos. “O que mais me preocupa é que os criminosos saem praticamente impunes. Sempre denunciem, precisamos ajudar essas pessoas”, lamenta Sônia Maria. O Conselho Estadual do Idoso também recebe denúncias da população. “Recebemos algumas denúncias locais e enviamos para Delegacia da Pessoa Idosa ou para o Conselho Municipal da Pessoa Idosa de João Pessoa”, informou Margarida Maria Silva, presidente do Conselho Estadual do Idoso.

FOTOS: Marcos Russo

Uma longa vida carregada nas costas e na memória. Ensinamentos, conquistas, comemorações. Levam consigo a sabedoria e a vivência de alguém que viu a idade aumentar, o cabelo esbranquiçar e o desrespeito avançar. De acordo com o Disque 100, em 2014 a Paraíba registrou 788 denúncias de direitos violados, cerca de 65 por mês. Com o intuito de diminuir esses números e contribuir para uma vida melhor e mais estável na terceira idade, programas e ações na Paraíba têm proporcionado resultados, beneficiando a população idosa. É o caso dos condomínios Cidade Madura, uma ação na área da assistência social para a pessoa idosa. O Cidade Madura é o primeiro condomínio horizontal projetado para pessoa idosa do Brasil. O local tem 40 unidades com acessibilidade, posto de saúde, redário, área de lazer e todas as atividades necessárias para a terceira idade. Foram entregues à população condomínios do Cidade Madura em João Pessoa, Campina Grande e outro está em fase de preenchimento de vagas em Cajazeiras. No início deste ano, o governador Ricardo Coutinho autorizou a construção de mais um Cidade Madura em Guarabira. Outros dois também serão construídos nos municípios de Patos e Sousa. Para conseguir uma vaga em um dos condomínios, o idoso precisa procurar a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Humano (Sedh), na gerência de proteção social especial, e preencher a lista de espera. Além do Cidade Madura, o Governo da Paraíba, por meio da Sedh, apresenta o Programa “Acolher – Não é só pela idade. É por mais dignidade” para melhorar a qualidade de vida dos idosos que vivem em Instituições de Longa Permanência para Idosos (Ilpis). No Estado existem 37 Ilpis, com mais de 1,5 mil pessoas institucionalizadas que foram beneficiadas na 1ª edição do Acolher. A segunda edição foi lançada pelo governador Ricardo Coutinho e o processo está em andamento. Como exemplo tem a piscina térmica coberta do Lar da Providência, um sonho antigo realizado com a ajuda do Projeto Acolher. O Governo também oferece atividades para idosos, como palestras, oficinas, aulas de educação física, entre outras, por meio dos Centros Sociais Urbanos (CSUs). Existem 16 Centros que foram recuperados pela atual gestão. No local são oferecidos cursos profissionalizantes, escolinhas de futebol e atividades esportivas para crianças e adolescentes, grupos de idosos, entre outras. O Conselho Estadual do Idoso também trabalha diretamente com essa pauta. Neste momento, todas as ações estão centradas na IV Conferência Estadual da Pessoa Idosa, que acontecerá nos dias 2 e 3 de março. Além desse foco, estão o acompanhamento e monitoramento das Instituições de Longa Permanência para Pessoa Idosa em todo o Estado junto ao Ministério Publico e outros Conselhos, bem como a capacitação aos Conselhos Municipais.


Paraíba João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

A UNIÃO

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1 Grupamento coordena etapa contra mosquito aedes aegypti o

FotoS: Divulgação

Força-tarefa vai “invadir” nove municípios para enfrentar o mosquito Cardoso Filho

josecardosofilho@gmail.com

Conscientizar a população quanto a gravidade da presença do mosquito Aedes aegypti é um dos objetivos da Campanha Nacional que o Ministério da Saúde vai realizar no dia 13 deste mês em todo o País. Na Paraíba, 1.500 militares das Forças Armadas irão ‘invadir’ nove cidades para distribuir material impresso com orientações para a população sobre como manter a casa livre dos criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e do zika vírus. A ação faz parte da 2ª etapa da campanha contra o mosquito, que na Paraíba está sendo coordenada pelo 1º Grupamento de Engenharia e Construção. Contará também com a participação da Capitania dos Portos e Secretaria Estadual da Saúde, além de agentes dos municípios selecionados. Em todo o País serão mobilizados 220 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Na Paraíba, segundo a Assessoria de Comunicação do 1º Gpt E, para a distribuição do efetivo das Forças Armadas, os municípios a serem visitados foram indicados pela Secretaria Estadual da Saúde por apresentarem maior incidência das doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Na 3ª fase da campanha, entre os dias 15 e 18 deste mês, sob a coordenação do Ministério da Saúde, 50 mil militares farão visitas nas residências, acompanhados por agentes de saúde, para inspecionar possíveis focos de proliferação, orientando os moradores e, se for o caso, fazendo aplicação de larvicida em criadouros. Na última fase, ainda em elaboração com o Ministério da Educação (MEC), o Exército integrará uma grande mobilização escolar de orientação, nas redes públicas e privadas, para ampliar a disseminação de informações a respeito da gravidade do problema, dos males causados pelo mosquito, do grau de responsabilidade de cada um dos braasileiros nesta “guerra” e dos procedimentos a serem adotados para cooperar e participar dessa campanha nacional. Na primeira fase da campanha contra o mosquito Aedes aegypti, iniciada no dia 29 de janeiro e encerrada anteontem, as Forças Armadas realizaram um mutirão de limpeza em 1.200 unidades militares espalhadas pelo País.

Saiba mais

Objetivo da Campanha Visitar três milhões de residências em 356 municípios, incluindo todas as cidades consideradas endêmicas, de acordo com indicação do Ministério da Saúde, e as capitais do País. Na Paraíba serão visitados os seguintes municípios: Bayeux, Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira, João Pessoa, Patos, Rio Tinto, Serra Branca e Pombal.

Militares das Forças Armadas se “armam” para combater o mosquito em Bayeux, Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira, João Pessoa, Patos, Serra Branca e Rio Tinto

Fique atento Denuncie

Veja como denunciar, caso haja suspeita de foco do mosquito: João Pessoa – Ligue para os números 3214-5934 / 3214-5718 / 3218-9357 e 0800-282-7959. O denunciante irá identificar o endereço, número da casa ou terreno, e bairro onde está localizado. Um agente irá até o local para fazer a inspeção. Se o foco for detectado, todo o local será dedetizado. Todo caso suspeito da doença deve ser informado em até 24 horas às esfereas municipal, estadual e federal, através dos telefones 0800.281.0023, 3218.7331 e 9.8828.2522. Campina Grande – Denúncias podem ser feitas a partir de ligações para o Disk Dengue 3322-5760, ou para o Dengue Zap com mensagens, vídeos e fotos, através do número 99991-0553. Outras cidades – A parceria entre agentes e a população deve ser feita para que o combate tenha resultado positivo. Em caso de suspeitas de foco, ligue para a vigilância ambiental da sua cidade e denuncie. Site - A PM lançou no site www.pm.pb.gov.br um espaço para que as pessoas possam indicar os locais em que haja focos do Aedes aegypti. Para isso, basta acessar o site e seguir os passos indicados. Com a utilização dos drones, a PM fará uma verificação no local e, caso confirme a existência dos focos, encaminhará a informação para a SES. Aplicativo - Ao acessar a Play Store, é só digitar o nome “Aedes na mira” e fazer o download. Quando o aplicativo for aberto, podes ser observadas as opções denúncia, cuidados, gestantes e serviços de referência. Na opção denúncia, aparece o comando “capturar imagem”. Com a foto devem ser enviadas informações sobre o local do possível foco.

Dicas úteis

Saiba como evitar focos e criadouros próximos a você: l Apenas tampar um recipiente com água não basta, é preciso vedá-lo completamente, pois o mosquito é pequeno e pode entrar com facilidade; l Lave a caixa d’água a cada seis meses usando bucha nova, pano e cloro. Nunca usar sabão; l Observar o quintal pelo menos uma vez por semana para verificar vasos de plantas, calhas e acúmulos de água (mesmo em época sem chuva); l Não deixar água de chuva acumular sobre a laje; l Trocar água de vasos por areia; l Não deixar acumular água na laje e coberturas de prédios; l Manter lixo em sacos plásticos e lixeira bem fechada. Jogar fora apenas nos dias de coleta; l Cubra com cuidado os pneus velhos para evitar acúmulos; l Denuncie em caso de suspeitas. Orientações para as grávidas fornecidas pelo Ministério da Saúde: l Devem ter a sua gestação acompanhada em consultas pré-natal, realizando todos os exames recomendados pelo seu médico; l Não devem consumir bebidas alcoólicas ou qualquer tipo de drogas; l Não utilizar medicamentos sem a orientação médica; l Evitar contato com pessoas com febre, exantemas (manchas vermelhas pelo corpo) ou infecções; l Adoção de medidas que possam reduzir a presença de mosquitos transmissores de doenças, com a eliminação de criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água).

Prevenção O mosquito Aedes aegypti pode transmitir doenças como a dengue, chikungunya e o zika vírus, além da microcefalia em bebês. Ao sentir os sintomas de algumas dessas doenças, o paciente deve se dirigir à Unidade Básica de Saúde mais próxima. Saiba diferenciar os sintomas de cada uma delas: Dengue – Sintomas mais diversos com dores de cabeça, febre alta, tonturas e dores das articulações, além de sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes. Zika – Caracterizada pelo aparecimento de manchas avermelhadas pela pele, febre menor do que 38,5 graus, dores articulares ou musculares, dor de cabeça, coceira. Os sintomas desaparecem entre o terceiro e o sétimo dia. A Paraíba conta com três unidades sentinelas do zika vírus, implantadas nas cidades de Bayeux, Campina Grande e Monteiro. Chikungunya – Os doentes podem apresentar febre acima de 38,5 graus, de início repentino, e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos. Podem ocorrer também dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele.

Situação de vigilância sanitária De acordo com o Boletim Epidemiológico, na Paraíba, até 28 de janeiro de 2016, foram visitados 645.681 imóveis (78%). Em todo o Estado já foram notificados, de 1o a 25 de janeiro, 1.256 casos suspeitos de dengue, de acordo com o último boletim da Secretaria de Estado da Saúde. Integração dos órgãos Para a ação do dia 13, o Exército conta com apoio das Secretarias de Educação e Saúde do Estado, do governo estadual e federal, das áreas de segurança pública e de entidades civis, tais como o Lions Clube e Associação de Escoteiros. Sindrome de Guillain-Barré Vinte e quatro casos suspeitos, 16 descartados e oito em investigação por suspeita de ter correlação com o zika virus. Óbitos Segundo o boletim epidemiológico em 2015, até a 52a Semana Epidemiológica, a Paraíba apresentava seis óbitos por dengue. Em comparação ao mesmo período de 2014, foram registrados nove óbitos.


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A UNIテグ

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Joテ」o Pessoa, Paraテュba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016


Dinastia das famílias ocupa espaços na Câmara dos Deputados Página 19

A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

TV POR ASSINATURA E INTERNET

CPI da Telefonia vai ampliar atuação FOTO: Divulgação/ALPB

Ofensiva da Comissão contra as operadoras vai aumentar em 2016 O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia Móvel, deputado João Gonçalves, comentou os novos desafios em 2016 para a comissão que investiga danos aos consumidores causados pelas operadoras de telefonia celular. Durante o processo de investigação em 2015, os deputados ouviram, além da população insatisfeita com os serviços prestados, representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), do Tribunal de Contas da União (TCU) e das operadoras de telefonia Oi, Tim, Vivo e Claro. De acordo com João Gonçalves, os serviços de internet e tv por assinatura oferecidos pelas prestadoras serão os próximos temas debatidos na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). João Gonçalves disse que o empenho dos membros da comissão sobre as investigações irão aumentar, já que as operadoras ainda demonstram pouco interesse em realizar a melhoria na prestação do serviço. “Vamos aumentar a cobrança em cima de resultados. As empresas quiseram investir cerca de R$ 30 milhões, mas os membros da CPI não con-

Aplicação das leis na PB

Próximo passo da CPI será entregar o relatório desenvolvido ao Ministério Público Federal

cordaram. Por isso, houve um aditamento da CPI e vamos agora investigar o serviço de internet e tv por assinatura”, afirmou o deputado. O presidente da CPI ressaltou ainda que o próximo passo será a entrega do relatório desenvolvido pela comissão ao Ministério Público Federal, Estadual e a outros órgãos da Justiça. O relatório final com mais de 300 páginas foi entregue na ALPB no dia 16 de dezembro e apresenta todas as irregularidades encontradas ao longo dos tra-

balhos da CPI. São indícios de sonegação fiscal, desrespeito a legislação ambiental, violação do patrimônio histórico e descumprimento do compromisso de universalizar e ampliar a telefonia móvel e fixa. Além disso, o documento revela que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) não cumpre seu papel fiscalizador e que muitas vezes é conivente com as operadoras com a não aplicação de multas e com dados “maquiados”. Segundo o relator da CPI, deputado Bosco Carnei-

Curiosidades da Política

ro, o ano de 2015 foi muito positivo para a Comissão no que diz respeito às investigações realizadas. A comissão promoveu audiências em diversos municípios das mais variadas regiões do estado, a exemplo de Campina Grande, Patos, Santa Rita, São Bento, Guarabira e Mamanguape, e em 2016 o empenho será ainda maior. “Com base na documentação e nas informações obtidas, a CPI agora vai desenvolver um trabalho com mais elementos”, afirmou o relator da CPI.

Hilton Gouvêa

A Assembleia Legislativa do Estado, através da Comissão de Legislação Cidadã, pretende intensificar, neste ano, o acompanhamento da aplicação das leis. O presidente da Comissão, deputado Bosco Carneiro, afirmou que traçará metas no sentido de fiscalizar o efetivo cumprimento da legislação paraibana. “Ainda neste mês de fevereiro vamos nos reunir e traçar as ações de trabalho. Queremos contribuir com a sociedade, porque existem muitas leis já aprovadas que precisam ser acompanhadas para que sejam aplicadas de fato”, pontuou. O acolhimento de projetos de lei de autoria de entidades representativas da sociedade civil será outro ponto defendido pelo parlamentar em 2016. “Vamos acolher projetos de lei de autoria da sociedade civil, de ONGs, que tendo viabilidade poderão ser subscritos para que possam tramitar na Casa de Epitácio Pessoa através

da Comissão”, explicou Bosco Carneiro. O parlamentar complementou que os cidadãos têm diversas iniciativas que podem se tornar leis, daí o papel da Comissão em analisar propostas que possam se transformar em projetos de lei. Integram a Comissão Legislação Cidadã, além do presidente Bosco Carneiro, os deputados Bruno Cunha Lima (vice-presidente), João Gonçalves, Genival Matias e Doda de Tião; além dos suplentes Ricardo Barbosa, Renato Gadelha, Manuel Ludgério e Inácio Falcão.

O acolhimento de PLs de entidades representativas da sociedade civil será outro ponto defendido para 2016

Jornalista - hiltongouvea@bol.com.br

De Gaulle e Alain Delon Vou começar hoje com uma internacional. Charles De Gaulle, herói da Resistência durante a invasão nazista à França, era muito macho. Alain Delon, ator francês que chegou a ser eleito o homem mais bonito do mundo, dizia arreda que eu sou mais macho ainda. Só que Delon, era lisonjeiro. E, De Gaulle, a fina flor da grosseria em pessoa. Contase que Delon compareceu aos Campos Elíseos, em Paris, e foi cumprimentar De Gaulle, que o recebeu do alto de seus dois metros de altura e com a cara de camelo irritado. Na despedida, Delon, procurando ser cavalheiro, disse a De Gaulle: “estou lhe ofertando este broche, presidente, para que não esqueça mais de mim.” De Gaulle, ferido talvez nos seus brios de homem, respondeu: “vou procurar tomar chá de amnésia, para que tal coisa não me aconteça”.

Bota uma aí Dizem que Jânio Quadros gostava de apertar uma “branquinha” pela goela abaixo. Um dia, pegou o metrô de São Paulo com a sua comitiva de assistentes da Prefeitura (ele era prefeito) e foi dar uma volta. Acabou adormecendo. No

Ilustração: Lênin Braz

caminho, ainda sonolento, ouviu o serviço de som anunciar: “Pirassununga, Pirassununga”! Imediatamente JQ acordou e ordenou: “bota uma aí”. Pirassununga é a marca de famosa cachaça paulista. Corrigindo gafes Na coluna anterior publiquei que Dona Maria I, a Louca, havia assinado a pena de morte de Tiradentes após sua chegada ao

Brasil, em 1808. Não foi. Ela assinou o macabro documento em 1792, quando ainda reinava em Portugal. Tiradentes foi enforcado 16 anos antes da família real lusitana chegar ao Brasil.

Governador Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, era atrevido e espirituoso. Também engolia muita corda, feito cacimbão. Em dezembro de 1926 mandou desaforada

carta para Júlio de Melo, governador de Pernambuco, propondo a divisão do Estado em dois. No novo traçado, ele, Lampião, governaria o lado sertanejo e Melo o Litoral e cidades próximas. Lampião “se sentia o rei da cocada preta” ou do Sertão, porque, em 27 de novembro do mesmo ano havia vencido uma volante de 300 soldados, na famosa batalha da Serra Grande. Estácio Coimbra,

sucessor de Melo, nomeou para chefe de polícia um advogado de arrojo, Eurico de Souza Leão, que forçou o cangaceiro a se homiziar em estados vizinhos, até ser morto em Sergipe, a 28 de julho de 1938, pela volante alagoana do Tenente João Bezerra. O rei soldado D. Pedro II foi aclamado pelos mais humildes ao tomar a iniciativa de se

alistar para a Luta contra Solano Lopes, na Guerra do Paraguai (1864-1870). Também foi no seu governo que nasceu a Lei do ventre livre, que determinava liberdade para os filhos de escravos nascidos a partir de 28 de setembro de 1871. Em 1885 veio a lei do sexagenário, declarando livres os escravos com mais de 60 anos e finalmente a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, que aboliu a escravidão.


NACIONAL A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

Primeira derrota do governo vira termômetro para criação da CPMF FOTO: Ananda Borges/Câmara dos Deputados

Governistas avaliam resultado como um indicativo de dificuldade

Walter

Galvão

Igor Gadelha Da Agência Estado

A votação na noite de quarta-feira, 3, na Câmara dos Deputados da Medida Provisória 692, que elevou as alíquotas da tributação incidente sobre ganhos de capital, serviu como um termômetro político para votação de propostas do governo que preveem aumento da carga tributária, como a da emenda constitucional que recria a CPMF. Líderes da oposição e da base aliada avaliam que a derrota sofrida pelo Executivo, com a aprovação de alíquotas mais brandas do que as desejadas pela equipe econômica, é um indicativo da dificuldade que o governo enfrentará para aprovar a volta do tributo. Os sinais vieram em duas votações. Na primeira, o substitutivo do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) foi aprovado por 206 votos a 176. O governo apoiou essa primeira votação do texto do tucano que já reduzia as alíquotas. A estratégia era conseguir aprovar o texto e aprovar na sequência uma emenda que retomasse o texto original. A emenda, porém, foi rejeitada por 223 votos a 141, com 4 abstenções. Em partidos da base, como PR (18 a 10), PSD (22 a 1) e PP (21 a 5), os votos contrários superaram os apoios. Até no PT houve um voto contrário, o do deputado Zé Geraldo (PA), e uma abstenção, de Luiz Sérgio (RJ). O número de votos preocupou articuladores do Planalto, uma vez que o governo só conseguiu 141 votos a favor, muito menos do que os 308 necessários para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pre-

galvaopvw@gmail.com

Batalhas e guerreiros

MP que eleva tributação sobre transações milionárias e grandes fortunas foi ‘abrandada’ na Câmara

vê a recriação da CPMF. Bastante alinhado ao Planalto, o líder do PMDB, Leonardo Picciani (RJ), avaliou que a votação de quarta-feira serviu como um “indicativo” político de dificuldade para votação da CPMF, mas não deve servir de parâmetro. “O plenário estava muito disperso, depois do Carnaval será possível ter um termômetro mais claro”, disse. O líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), vai na mesma linha e pondera que a pressão de estados e municípios pode ajudar o governo no trabalho de convencimento dos deputados. “Vai ser muito difícil aprovar, mas não é impossível”, afirma. Para a oposição, a votação serviu de aviso ao governo da indisposição da Câmara de votar matérias de aumento de impostos. “Sem dúvida, é um termômetro para a CPMF, que tende a ter um resultado ainda pior. É um sinal claro da má vontade dos deputados, inclusive da base, com essa lógica de aumento de impostos”, avaliou o líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA). Para o líder do DEM, Pau-

derney Avelino (AM), a votação da MP 692 é um termômetro para “toda matéria” que prevê elevação da carga tributária. “A CPMF vai ser derrubada de lavada”, afirmou. Líderes da base aliada compartilham a avaliação da oposição. “A votação de ontem (quarta) foi o grande e importante termômetro político para o governo sobre como será a votação da CPMF na Casa. Se a votação do tributo fosse hoje, tal qual foi apresentada pelo governo, o resultado poderia ser igual ou pior ao da MP de ontem”, afirmou o líder do PSD, Rogério Rosso (PSD) De acordo com Rosso, a votação do substitutivo de Tasso Jereissati mostrou que a orientação de bancada não deve ter efeito e que cada parlamentar votará conforme sua consciência política. O líder do PR, Maurício Quintella (AL), lembrou que pior do que o resultado da votação do texto base foi a do destaque do PT que tentava retomar as alíquotas previstas na MP original. “No PR vamos ter muita dificuldade, principalmente em ano eleitoral”, disse Quintella.

COMISSÃO DE AGRICULTURA DO SENADO

Pela redação aprovada pelos deputados, foram estabelecidas quatro alíquotas adicionais de Imposto de Renda que incidirão sobre os ganhos de capitais: 15%, sobre a parcela que não ultrapassar R$ 5 milhões; 17,5%, entre R$ 5 milhões e R$ 10 milhões; 20%, entre R$ 10 milhões e R$ 30 milhões; e 22,5%, acima de R$ 30 milhões. Atualmente, já há uma tributação de 15% sobre esses ganhos de capital. A aprovação dessas alíquotas representou derrota para o governo, pois são mais brandas do que as enviadas na MP original (15%, 20%, 25% e 30%). A bancada do PT até tentou apresentar destaque para retomar as alíquotas previstas na MP original, mas a alteração foi rejeitada. Pelos cálculos da Receita Federal, o número de pessoas físicas atingidas diminuiu de 3,5 mil para 800 com a mudança. Com isso, segundo o líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), o governo deve arrecadar metade dos R$ 1,8 bilhão que previa inicialmente com a medida. (Com colaboração de Carla Araújo)

Combate ao Aedes aegypti entra em pauta No próximo dia 18, a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) promoverá audiência pública para discutir os avanços da pesquisa para geração de tecnologias capazes de combater o mosquito Aedes aegypti, vetor dos vírus da dengue, zika e chicungunha. O senador Wellington Fagundes (PR-MT) explica que, além dos graves problemas causados pelos vírus às pessoas, a dengue é também uma doença animal. Por esse motivo, a comissão quer conhecer pesquisas para controle do mosquito que estão em curso na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), na Universidade de Brasília (UnB) e nos Institutos Agronômicos de Campinas (IAC) e do Paraná (Iapar). “Nessa epidemia, não podemos separar as cidades e o mundo rural. É importante que esses pesquisadores venham aqui para orientar de que forma se pode fazer o combate ao mosquito”, frisou.

FOTO: Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas

Audiência pública vai discutir os avanços em pesquisas científicas e tecnologias contra o mosquito

Na opinião do parlamentar, a solução do problema também requer ação das prefeituras, dos governos estaduais e do Governo Federal em articulação com a população brasileira e com os países vizinhos. “O vírus não tem frontei-

ra, temos que ter a preocupação de forma globalizada. Temos que mostrar ao mundo que o problema não é só do Brasil e dos países em desenvolvimento, mas também dos países desenvolvidos. É um problema mundial”, afirmou. O debate na Comissão de

Agricultura no dia 18 terá início às 8h e será realizado na sala 13 da Ala Alexandre Costa, no Senado. Os internautas poderão enviar perguntas aos pesquisadores por meio do Alô Senado (0800-612211) e do portal e-Cidadania (www. senado.gov.br/ecidadania).

O travo amargo da derrota é uma droga que estimula desatinos entre muita gente. Essa é uma história antiga. Na Segunda Guerra, os japoneses deram vários exemplos de como não proceder diante da derrocada inevitável dos seus propósitos bélicos, políticos, econômicos e ideológicos. Centenas e centenas de ataques suicidas foram realizados pelos bravos e inconformados guerreiros do Japão. Nada mais conseguiram do que impor baixas modestíssimas aos adversários que exibiam à época nítida vantagem aeronaval. Semearam inutilmente cadáveres entre as suas próprias fileiras. Pilotos e mergulhadores suicidas se revezavam em saltos no abismo contra o inevitável. A derrota, eles sabiam que aconteceria desde 1944. Mas insistiram na autoflagelação até 1945. A batalha de Saipan foi modelar no sentido mais lúgubre. As Ilhas Marianas, no cenário conflagrado do Pacífico, ficaram tintas de sangue. Os japoneses, soldados e civis da ilha, se jogaram, muitos armados com varas de bambus, contra pelotões de fuzileiros estadunidenses. Foi um morticínio só. Puro desatino. As derrotas, em outros casos, estimulam o aprendizado. Pode-se dizer que são pedagógicas. Quem visita o Museu do Louvre em Paris tem a oportunidade de contemplar uma estátua que fixa muito bem esta situação. A obra do século XVIII foi esculpida pelo francês Sebastien Slodtz e mostra Aníbal, dos Bárcidas, o gênio da estratégia militar cartaginesa, contando os anéis dos romanos por ele abatidos na batalha de Cannes. Os romanos, desatinados por causa das derrotas sofridas contra o exército de Aníbal nas batalhas de Ticino (novembro de 218 a.C), Trebia (dezembro de 218 a.C) e Trasímeno (junho de 217 a.C), mobilizaram, em 216, nada menos que 100 mil soldados. Numa das mais célebres e geniais estratégias da história das guerras em todos os tempos, o general cartaginês avançou com sua tropa. Muitas fileiras dos seus soldados usavam armas e escudos romanos recolhidos nas vitórias anteriores. A confusão foi geral e 60 mil romanos foram mortos, 10 mil escravizados. Entre os mortos, 80 senadores. E três cônsules. Só 70 anos depois Roma conseguiria finalmente destruir Cartago. Aprendera com Aníbal que a força bruta em determinadas situações é inútil. Ah, e temos também nessa linha, de estratégias desestabilizadoras, a Ofensiva de Tet, Vietnam, 1968. Os comunistas do Sul se lançaram contra os liberais do Norte numa série de ataques-surpresa. Fizeram um estrago mediano entre as forças lideradas pelos Estados Unidos, que reverteram a situação e rechaçaram os por eles denominados de vietcongues. Mas a derrota dos norte - vietnamitas fez explodir a rejeição ao conflito pela opinião pública estadunidense, o que precipitou o quadro final desfavorável aos EUA. Vale mencionar estratégias de André Vidal de Negreiros nas batalhas, principalmente a de Guararapes, para expulsar os holandeses aqui do Nordeste. Os holandeses avançavam nas regiões de mangue com pesadas vestimentas e armamentos e eram surpreendidos pela infantaria luso-brasileira, muitos com roupas leves. Os invasores foram derrotados. A derrota, às vezes, provoca desatinos ridículos. Este é o caso do PSDB, que não se conforma com as derrotas que sofreu nas últimas eleições. E lembrei dos lances históricos até agora mencionados enquanto acompanhava na tarde de quinta-feira o evoluir do julgamento pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) das Ações de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movidas pela coligação de Cássio Cunha Lima contra a coligação de Ricardo Coutinho, governador eleito que a oposição quer cassar. As ações serão arquivadas devido à fragilidade das acusações motivadas pelo inconformismo dos que perderam até a fala ao abrir das urnas. Não consultei os áugures sobre esses fatos. Os fatos falam por si.


BRASIL

Políticas

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

A UNIÃO

Dinastia de famílias de políticos ainda é forte na Câmara Federal A CCJ foi cenário de um debate inusitado sobre o tema que causou tensão Étore Medeiros Da Agência Pública

Conhecida por debates acalorados quando se trata de discussões sobre a “família tradicional”, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara foi cenário de um debate inusitado sobre outros tipos de famílias – as de políticos – no fim de outubro, durante a votação do Projeto de Lei nº 6.217, de 2013. Proposta pelo deputado Esperidião Amin (PP-SC), a iniciativa pretende chamar a BR-101 em Santa Catarina de Rodovia Doutora Zilda Arns, excluindo naquele trecho a homenagem ao ex-governador Mário Covas. O nome do paulista batiza todos os quase 5 mil quilômetros da estrada desde setembro de 2001, seis meses após o falecimento do político. O clima ficou tenso na CCJ. Ninguém diminuía a importância de Zilda Arns, brasileira indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 1999, mas muitos se mostravam incomodados com a retirada do nome de um político de uma obra. Durante as discussões, houve exemplos – críticos ou elogiosos – de pontes no Piauí e em Santa Catarina com dois nomes: cada sentido da via para um cacique local. “Há certamente novas rodovias, novas obras que serão construídas em Santa Catarina e a que, de forma consensual, o nome da Zilda Arns poderia ser definido. Se começarmos a abrir aqui um precedente de ratear uma rodovia, uma estrada, para homenagear vários nomes, vai se criar, além de uma atitude desagradável, até um conflito para quem vai pegar o endereço”, protestou o deputado Mainha (SD-PI). José de Andrade Maia Filho, o Mainha, é filho de José de Andrade Maia, que foi prefeito de municípios do Piauí e suplente de senador. Em Itainópolis, a herança paterna na prefeitura garantiu a Mainha o início da carreira política,

Foto: Lucio Bernardo Jr/Camarados Deputados

em 1996, quando também se elegeu prefeito do município, aos 22 anos. Mas, justiça seja feita, ele não foi o único membro da CCJ a protestar, o que levou ao adiamento da apreciação do projeto. Deputado mais votado na Paraíba em 2014, aos 25 anos, Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), filho do ex-governador e hoje senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), foi um dos que também se posicionaram contra a medida. A discussão ilustra um mecanismo muito antigo da política nacional e especialmente significativo na atual legislatura na Câmara. De teor fortemente conservador, ela é também a que possui maior porcentual de deputados com familiares políticos desde as eleições de 2002. Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) publicado no segundo semestre de 2015 analisou os 983 deputados federais eleitos entre 2002 e 2010 para concluir que, no período, houve um crescimento de 10,7 pontos percentuais no número de deputados herdeiros de famílias de políticos, atingindo 46,6% em 2010 – número próximo aos 44% encontrados pela Transparência Brasil no mesmo ano. Logo após a última disputa eleitoral, a ONG divulgou outro levantamento que concluiu que 49% dos deputados federais eleitos em 2014 tinham pais, avôs, mães, primos, irmãos ou cônjuges com atuação política – o maior índice das quatro últimas eleições.

Após a última disputa eleitoral, uma ONG divulgou que 49% dos deputados federais eleitos em 2014 tinham pais, avôs, mães, primos, irmãos ou cônjuges com atuação política

EDITAL DE NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL DE DÍVIDA Pelo Presente Edital e em razão de endereço incerto e não sabido/pessoa não localizado(a) ficam convidados os seguintes Compromissários Compradores abaixo identificados, a comparecerem a sede da São Salvador Construção e Incorp. SPE LTDA, situada na AV. Comendador Renato Ribeiro Coutinho, nº 1582, sala 07(Posto Quatro Folhas) –Centro – Sapé – PB, no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias a contar da presente publicação, a fim de regularizarem pendências referentes aos contratos infra enumerados do Loteamento Bairro São Salvador sob pena de rescisão automática conforme contrato dos referidos instrumentos: COMPROMISSÁRIO CONTRATO(S) QD LOTE(S) Francisco de Assis Gomes 224 / 225 G 33 / 34 Jorge Marco Capitulino Nascimento 944 E2 4 Edvaldo Galdino da Silva 117 C 32 Maria de Fátima da Silva 620 E2 32 Sapé/PB28 de Janeiro de 2016

Na CCJ da Câmara, aconteceu um debate acolarado que mostra muito bem a dimensão da dinastia política familiar que reina na Casa

RN ilustra melhor o poder familiar Atualmente, o Estado que ilustra melhor o poder das dinastias nas eleições é o Rio Grande do Norte, onde 100% dos oito deputados eleitos se encaixam no perfil das pesquisas. A lista contempla Fábio Faria (PSD), filho do atual governador do Estado, Robinson Faria (PSD); Felipe Maia (DEM), filho do senador José Agripino (DEM); Antônio Jácome (PMN), pai de Jacó Jácome (PMN), eleito deputado estadual em 2014 aos 22 anos; Rogério Marinho (PSDB), neto do ex-deputado federal Djalma Marinho (UDN, Arena, PDS); Zenaide Maia (PR), esposa do prefeito de São Gonçalo do Amarante, Jaime Calado (PR); Walter Alves (PMDB), de um dos clãs mais tradicionais do estado, com ex-ministros, ex-governador e o ex-presidente da Câma-

ra dos Deputados Henrique Eduardo Alves (PMDB); Rafael Motta (PSB), filho do deputado estadual Ricardo Motta (PROS); e Betinho Segundo (PP), da família Rosado, que domina a segunda maior cidade do estado, Mossoró, é neto de governador e bisneto de intendente – nome que se dava aos prefeitos até 1930. E os elos familiares com o poder podem ser, em alguns casos, ainda mais antigos. A descendência de José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838), por exemplo, se sucede em postos nas estruturas de poder desde o período colonial e conta, até hoje, com um representante na Câmara, o deputado federal Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), no décimo mandato consecutivo. Coordenador do levantamento que analisou as três

primeiras eleições deste século, o professor de Ciência Política da UnB, Luis Felipe Miguel, observa que em diversas áreas é comum que os filhos sigam a carreira dos pais. O problema no caso da política é que ela não deveria ser considerada uma profissão. “Na política, isso é mais sério, pois ela deveria ser uma atividade aberta a todos os cidadãos”, diz. Diferentemente de outras áreas, continua o professor, nem sempre há isso de os filhos se aproximarem pela familiaridade com as profissões dos pais. Para Miguel, as estratégias de manutenção dos clãs no poder acabam por torná-los uma espécie de empreendimento – uma vez que a política também é vista em muitos casos como forma de enriquecimento pessoal –, com projetos bem definidos

para a ocupação até mesmo de espaços que credenciam para a disputa eleitoral. Um exemplo é a carreira de Paulo Bornhausen (PSB-SC), filho do ex-governador e cacique do DEM catarinense Jorge Bornhausen. “O Paulo, que seria o herdeiro, foi deputado estadual, federal, candidato a senador [derrotado em 2014], mas antes de ser lançado candidato ele ocupou durante alguns anos um programa de rádio de apelo popular numa rádio de bastante audiência de Florianópolis”, explica Miguel. Para o professor da UnB, como o processo eleitoral brasileiro é marcado pela desinformação e despolitização, pontos como o discurso e as propostas dos candidatos e mesmo a reputação ou a probidade do familiar que pede os votos não fazem diferença.

Aumenta o número de beneficiados pelo parentesco Nas eleições de 2002, 2006 e 2010, a diferença do número de beneficiados pelo parentesco na direita e na esquerda aumentou. Os herdeiros conservadores ampliaram a margem numérica sobre os progressistas, antes de 13 pontos percentuais, para quase o dobro (22,5 pontos porcentuais) em 2010, acompanhando o progressivo aumento de bancadas como a ruralista e a evangélica na Câmara no mesmo período. Em 2014, segundo uma análise feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), os brasileiros elegeram o Congresso Nacional mais conservador desde 1985 – o que acabou resultando, em 2015, no avançar de pautas como a redução da maioridade penal, o Estatuto da Família e a revogação do Estatuto do Desarmamento, todas na Câmara. Para Ricardo Costa Oliveira, cientista político e sociólogo da Universidade Federal do Paraná (UFPR), os elos de parentesco “são um fenômeno social e político do atraso” e estão intimamente ligados ao conservadorismo. “É uma relação direta. A maioria dos deputados fe-

derais com menos de 40 anos é de família política. Eles herdam não só o capital, mas a visão de mundo e as pautas conservadoras. Assim, temos jovens que defendem o que os avôs já defendiam”, explica. Em 2010, segundo o estudo da UnB, mais da metade (52,1%) dos deputados que ocuparam na Câmara o primeiro cargo público da carreira tinham o capital político familiar como herança. E, em 2014, apenas 15% dos deputados que chegaram à Câmara com até 35 anos não receberam o empurrãozinho de um sobrenome político, segundo a Transparência Brasil. Quando as novas gerações tentam se adaptar aos novos tempos, em geral não fazem nada mais do que modernizar velhos discursos. Mais que isso, o sistema eleitoral e político é estruturado de tal forma que muitos partidos novos acabam se moldando ao modo de funcionamento das velhas oligarquias. “O perfil de representação parlamentar petista, por exemplo, mudou muito. As primeiras bancadas eram compostas em grande parte por lideranças vindas diretamente dos sindicatos. Depois, chegou o padrão de carreira

eleitoral mais gradativa – com eleições sucessivas de um candidato a vereador, depois deputado estadual e federal. E já começam a surgir famílias políticas no PT.” Entre as dinastias que começaram a se organizar no partido nas últimas décadas estão a dos irmãos Viana, no Acre, Jorge – duas vezes governador e hoje senador – e Tião, recém-reeleito para o governo estadual; do clã paulista dos Tatto, com Jilmar, Ênio, Arselino, Jair e Nilto, que acumulam cargos como vereadores, deputados estaduais e federais; dos Dirceu, com o ex-prefeito de Cruzeiro do Oeste (PR) e hoje deputado federal Zeca Dirceu, filho de José Dirceu, nome histórico do PT e condenado por integrar o núcleo político do mensalão; os Genro, com o ex-governador gaúcho Tarso Genro e a filha Luciana, que migrou para o Psol; os irmãos José Genoino, ex-deputado federal e ex-presidente da sigla, condenado no mensalão, e José Guimarães (CE), líder do governo federal na Câmara; e os Lula, com a neta do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, Bia Lula, na secretaria de juventude do PT em Maricá (RJ).


MUNDO

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A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

Drama de homem-árvore na Ásia mobiliza profissionais de Saúde

Um homem tem enormes verrugas em forma de casca cobrindo pés e mãos

Da BBC Brasil Um pai de família de 26 anos de Bangladesh, conhecido como “homem-árvore” pelas enormes verrugas em forma de casca que cobrem suas mãos e pés, finalmente deverá passar por cirurgia para remover as deformidades que começaram a aparecer há 10 anos. Abul Bajandar, da região bengali de Khulna, está passando por testes e preparativos para retirar as deformidades que pesam ao menos 5kg e inutilizaram suas mãos e pés. As verrugas pareciam inofensivas no começo, mas cresceram a ponto de transformar suas extremidades em malformações que lembram os galhos de uma árvore. Bajandar teve que abandonar o trabalho como motorista e hoje vive sob os cuidados da mãe e da mulher, que o ajudam a comer e tomar banho. O homem disse ao jornal local The Daily Star que as verrugas começaram a aparecer quando ele tinha 15 anos, mas “cresceram muito rápido” nos últimos anos. Ele diz sentir dor

intensa ao mover pés e mãos. A família de Bajandar procurou diversas maneiras de resolver o problema, de homeopatia até viagens a Calcutá, na Índia, em busca de um diagnóstico. Médicos não encontravam uma explicação, e Bajandar diz que remédios só pioravam a situação. Foi apenas após a intervenção de um jornalista local, comovido pela situação do rapaz, que o caso passou a ter alguma chance de solução. O chefe de uma rede de TV local contatou amigos e médicos em Bangladesh e no exterior, e acabou chegando à unidade de queimados do Hospital Universitário de Dhaka, o maior hospital público do País. “Talvez não consigamos oferecer uma cura absoluta, mas talvez possamos ao menos tentar deixar suas mãos funcionais”, disse o médico Samanta Lal Sen ao jornal local The Daily Star. A equipe de Sen resolveu tratar o caso sem custo nenhum para Bajandar.

Doença rara Existem apenas quatro pessoas no mundo identificadas com a doença de Abdul. O nome técnico da enfermidade é epidermodisplasia verruciforme, mais conhecida como

“doença do homem-árvore”. É causada por uma falha do sistema imunológico que aumenta a vulnerabilidade ao papilomavírus humano (HPV). É uma doença não contagiosa, relacionada com o câncer de pele e ainda pouco conhecida. O médico Sen, que dirige a unidade de queimados e cirurgia plástica no Hospital Universitário de Dhaka, disse ser o primeiro caso em Bangladesh. Até o momento, houve registro de outros três casos: na Romênia (em 2007) e dois na Indonésia (diagnosticados em 2007 e 2009). Sem cura “Nunca vi nada igual. A probabilidade de ter essa doença é de menos de um caso entre um milhão”, afirmou Anthony Gaspari, da Universidade de Maryland (EUA), que tratou um dos afetados na Indonésia, Dedé Koswara. Dedé, que tinha 35 anos quando detectaram a enfermidade, trabalhava em um circo, exibindo suas verrugas como “homem-árvore”. Graças a um documentário do Discovery Channel, o caso de Dedé se tornou público, e em 2008 ele passou por uma série de cirurgias nos EUA, que o livraram de 2kg de verrugas.

Foto: Reprodução internet

Abul Bajandar tem um problema genético da pele muito raro causado por falha no sistema imunológico


Marcus Vinicius é a esperança de medalha no tiro com arco Página 22

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João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

JOGADORES TREINANDO

Nada de folia

Jogos do Paraibano tem profissões que sempre esforçam equipes a manter tarão em atividades, enquanto atletas em plena atividade outros festejam. "Já não gosta-

V

Wellington Sérgio wsergionobre@yahoo.com.br

ários profissionais não sabem o que é brincar o Carnaval, já que estão sempre trabalhando no período dedicado aos festejos de momo. É o caso do jogador de futebol, que está envolvido em competições, sem direito a participar da tradicional festa do povo brasileiro. Enquanto várias pessoas caem na folia nos quatro dias, outras estão treinando para as próximas disputas. Além de não ter folga, atletas, comissão técnica e até os dirigentes estão focados para que o planejamento tenha continuidade no período que o brasileiro deixa tudo para depois do Carnaval. Para o treinador do Botafogo, Itamar Shuller, uma prática que todos que desejam seguir a carreira, sabem que algumas datas comemorativas da temporada - Carnaval e São João - passam em branco. Segundo ele, quem lida com o futebol tem apenas os festejos de final de ano para comemorar com amigos e familiares. "Ossos do ofício de outras profissões que ficam de fora dos festejos tradicionais que acontecem na temporada. Não podemos misturar as coisas, afinal, temos responsabilidade e jogos que ocorrem logo depois da festa", avaliou. O ex-técnico do Operário-SC disse que não lembra se algum atleta deixou de trabalhar para brincar a festa. "Não tenho conhecimento se algum atleta faltou ao treino para brincar o Carnaval. Sempre fui correto com as minhas responsabilidades na profissão", observou. O volante botafoguense Djavan, que tem 20 anos, acata a opção com naturalidade, por saber que exis-

va de Carnaval e como jogador foi a melhor opção. Trata-se de uma profissão que sempre estará em atividade no período de momo", disse. O treinador do Centro Sportivo Paraibano (CSP), Tazinho, frisou que não sabe o que é brincar o Carnaval há anos, sempre trabalhando no período dedicado a festa. Ele enfatizou que no futebol não tem "parada" para dar alguns "pulinhos", já que a responsabilidade é maior para os compromissos. "Em pleno Carnaval estamos em atividades para os jogos que teremos logo após os festejos. Passo aos atletas a responsabilidade de quem quiser seguir a carreira não misture as bolas", observou. O ex-jogador frisou que não recorda de algum epsódio em que o jogador deixou de treinar e escolheu o Carnaval. "Sabia que no outro dia estaria fora do clube se optasse pela festa. Durante a profissão não presenciei este fato", observou. Profissional de "pulso forte' e determinado o treinador do Auto Esporte, Índio Alagoano, pede aos jogadores que esqueçam o que estiver acontecendo lá fora e se concentrem nos treinos diários. Ele falou que sempre foi rigoroso no trabalho, principalmente nas festas tradicionais, a exemplo do Carnaval, que são quatro dias de folia pelo País. "Enquanto brincam estamos treinando duro para buscar os resultados positivos. É uma profissão como outra qualquer, porém, sem parada para festejar", avaliou. Ele frisou que não lembra na carreira se algum jogador deixou de treinar para cair na folia. "Por onde passei não tenho conhecimento se algum profissional saiu da programação. Sempre fui exigente comigo e jamais concordei com este tipo de comportamento", avaliou Índio.

Mais jovens abdicam de brincar para realizar um sonho Os jogadores mais novos que atuam nos clubes paraibanos avaliaram que o importante é a realização do sonho de vencer na profissão, independente de festas tradicionais, como o Carnaval. Clube que revelou grandes craques para o futebol nacional e do exterior o Centro Sportivo Paraibano (CSP) vem apostando nos garotos que abdicam as festas para conquistarem os frutos no futuro bem próximo. É o caso do lateral direito, Igor, de 18 anos, que sabe da responsabilidade de não “misturar” futebol com Carnaval. De acordo com o atleta do Azulão o profissionalismo está acima de tudo para quem deseja vencer no esporte. “Quando escolhi ser jogador sabia que não teria a mesma vida de antigamente. Carnaval está fora dos planos, desde que comecei na carreira”, observou. Companheiro de clube, o volante Mateus, de 19 anos, é da mesma opinião do amigo, ressaltando que nunca gostou de Carnaval e o futebol chegou em

boa hora para se dedicar a bola. “Foi um casamento que deu certo, já que não gostava de brincar a folia de momo. Quero realizar um sonho e tenho que ter uma meta na vida”, comentou. O lateral esquerdo Fábio, de 18 anos, outra revelação do Azulão, enfatizou que o futebol sempre esteve nos planos e que o Carnaval nunca foi um empecilho na carreira. “Prefiro treinar ao invés de ficar pulando no período de momo. Tenho um sonho para realizar e não será o Carnaval que vai atrapalhar”, disse o lateral. No elenco que formou para o Paraibano o Auto Esporte conta com vários jogadores da base, que estão começando a carreira no time profissional. Com 15 anos de idade o goleiro Jean descarta o Carnaval e busca o espaço no Clube do Povo. Ele sabe que terá muito tempo para treinar e buscar experiência para realizar um sonho de vencer no esporte. “ Nesta época prefiro até treinar e descartar a festa que nunca me empolgou. Para quem

pretende vencer é melhor esquecer que as festas do ano existem”, disse. O meia Ágabo, de 16 anos, é outro que aposta na carreira de jogador e descarta o Carnaval. Ele sabe que a profissão exige sempre uma melhor preparação, já que as competições não param de acontecer. “É só passar o Carnaval que teremos jogos programados pelo Paraibano. Apesar da pouca idade estou consciente que o futebol é mais importante que festa de momo”, frisou. Da mesma idade do companheiro automobilista, o volante Lucas Lima, está satisfeito pela escolha que fez para seguir carreira. De acordo com o atleta da base do Clube do Povo, desde que escolheu a profissão a meta é vencer e realizar o sonho de ser um grande jogador de futebol, independente das festas tradicionais. “Não sou adepto ao Carnaval, prefiro fazer o que mais gosto em campo. Futebol é paixão, amor e dedicação para vencer na vida”, ressaltou Lucas Lima. FOTOS: Marcos Russo

Matheus e Fábio, do CSP e os três jogadores do Auto, Agabo, Jean e Lucas Lima


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João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016 FotoS: Reprodução

Marcus Vinicius foi prata nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014, na China; e vice-campeão da etapa final da Copa do Mundo que aconteceu na Suíça. Ele é esperança de medalha na Rio 2016

tiro com arco

Aposta é em Marcus Vinicius Jovem de 18 anos surge como esperança de medalha na Rio 2016 Desde 2014, o tiro com arco passou a frequentar o noticiário esportivo brasileiro. O principal motivo atende pelo nome de Marcus Vinicius D´Almeida, jovem de 18 anos responsável por resultados de destaque nas últimas duas temporadas, como a prata nos Jogos Olímpicos da Juventude em 2014, na China, e o vice-campeonato na etapa final da Copa do Mundo do mesmo ano, na Suíça. Isso além do ouro no Mundial de cadetes de 2015, nos Estados Unidos. Também no ano passado, ele integrou a equipe brasileira que conquistou o bronze no Pan de To-

ronto, no Canadá, e ficou em nono no Mundial da Dinamarca. Marcus é a cara de uma modalidade que recebe investimentos e que sonha com uma medalha inédita nos Jogos Olímpicos Rio 2016. “A meta é uma medalha, e as chances estão aumentando. Conseguimos uma no Pan depois de 32 anos. Saímos de um posicionamento no ranking muito ruim e hoje temos a equipe masculina entre as nove no mundo, algo inédito. Isso nos dá asas e condições de planos mais ousados”, disse Joice Simões, chefe da equipe brasileira. Marcus Vinicius quer chegar aos Jogos no auge. “Minha meta é ter meu melhor desempenho, bater o meu próprio recorde nas Olimpíadas

em questão de ranqueamento, e o combate é consequência”, disse. O fator essencial que permite Marcus e a modalidade como um todo sonharem mais alto é o investimento. Uma série de convênios firmados entre o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTarco) desde 2011, num valor total de R$ 2,7 milhões, permitiu modernização da infraestrutura, aquisição de equipamentos, contratação de comissão técnica e participação em competições mundiais. Novos convênios foram publicados no Diário Oficial da União em 5 de janeiro deste ano. Pelo primeiro deles, com valor de R$ 2,19 milhões, serão beneficiados 16 arqueiros com

chances de participação nos Jogos, com o financiamento para disputas de competições internacionais. Os atletas contarão ainda com o apoio diário de uma equipe multidisciplinar (técnico, auxiliares, fisioterapeuta, psicólogo e nutricionista). Conforme permite o Plano Brasil Medalhas, outro convênio foi firmado especificamente para a preparação de Marcus Vinicius para as Olimpíadas, no valor de R$ 653,1 mil. O objetivo é que o atleta, que já recebe a Bolsa Pódio, conte com mais estrutura técnica para brigar pela medalha. O convênio prevê a contratação de uma equipe multidisciplinar completa para o arqueiro, além da aquisição de equipamentos. “Com certeza o apoio que a gen-

te recebe em termos de estrutura foi o que determinou a colocação que a gente está hoje. Só conseguimos chegar nesse patamar devido a esse suporte”, disse Joice. “O Marcus tem diferencial individualmente, tem estrutura e condições para buscar a medalha. Ele é o atleta mais preparado”, reforçou a chefe da equipe brasileira. A primeira participação do tiro com arco brasileiro em Jogos foi em Moscou, 1980, quando Renato Emílio ficou em 27º lugar no masculino, e Arci Kempner foi a 26ª no feminino. Esse foi o melhor resultado obtido pelo País na modalidade. O Brasil também esteve nas edições de 1984, 1988, 1992, 2008 e 2012, não tendo superado o 30º lugar.

Preparação para os Jogos

O tiro com arco é uma das modalidades que o Brasil nunca ganhou medalha desde o início dos Jogos Olímpicos

Atletas que vão disputar as seletivas n 1ª - 4 e 5 de março de 2016 n 2ª - 26 e 27 de março de 2016

n 3ª - 16 e 17 de abril de 2016 n 4ª - 30 de abril e 1º de maio de 2016 Feminino

Masculino n Marcus Vinicius D’Almeida

n Daniel Rezende Xavier

n Sarah de Oliveira Nikitin

n Larissa Feitosa de Rodrigues

n Bernardo de Sousa Oliveira

n Fábio Carvalho Emílio

n Marina Canetta Gobbi

n Michelle Milan Terada

n Marcelo da Silva Costa Filho

n Marcos Antônio Bortoloto

n Ane Marcelle Gomes dos Santos

n Inaia Rossi Silva

n Edson Jin Su Kim

n Nelson Silva de Moraes

n Graziela Paulino dos Santos

n Ana Clara Dias

n Drean Braga da Silva

n Fábio Passeto

n Alice Cabral Guimarães Simões

n Fabíola Lorenzi Dergovics

De acordo com Joice Simões, a primeira fase do planejamento até os Jogos é voltada para os treinos, que estão sendo realizados, desde 4 de janeiro, na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, no Rio de Janeiro. Nos primeiros meses, a seleção deve participar de competições menores, enquanto as seletivas olímpicas são realizadas. Vinte atletas foram pré-selecionados para as quatro provas que estão marcadas para março e abril. As seletivas definirão dois arqueiros de cada gênero, os mais bem pontuados. Os outros dois, também de cada gênero, serão convocados pela comissão técnica, com base no

histórico do atleta. “Quando formos pra as etapas da Copa do Mundo da Colômbia, em maio, e para a Turquia, em junho, já teremos os quatro atletas definidos. Nessas competições, os três que se derem melhor formarão a seleção, e o quarto será o reserva”, explicou Joice. Marcus aposta na mescla de foco e confiança como base da preparação até os Jogos. “Vou treinar do mesmo jeito, mas com a cabeça melhor, focado. Estou amadurecendo quanto a isso, estou aprendendo a fazer também o equilíbrio de qualidade e quantidade. Tenho que confiar em mim, e os melhores do mundo acreditam neles mesmos”, disse.


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liga sul-minas-rio

Segunda rodada com jogos hoje Competição segue com o objetivo de manter boa média de público A 2ª rodada da Liga SulMinas-Rio terá início hoje com os jogos Grêmio x Coritiba às 19h30 na Arena do Grêmio e Figueirense x Atlético-MG às 17h no Orlando Scarpelli com a missão de manter o bom público registrado na rodada inaugural. De acordo com o levantamento do site srgoool, o torneio da Primeira Liga registrou média de 9.467 pagantes e público total de 56.801 torcedores na primeira rodada. A marca da Liga Sul-Minas-Rio supera o início de todos os Estaduais. O Paulistão, por exemplo, foi o Estadual que obteve a melhor marca nas arquibancadas, mas ainda assim ficou abaixo do Regional (7.993). Já o Paraense obteve público total de 31.154 pagantes e média de 7.789 torcedores. A média da Liga Sul-Minas-Rio também é maior em relação a Copa do Nordeste 2015. O torneio terminou com média de 7.819 pagantes. Foram 74 jogos e público total de 570.777 fãs. De volta a temporada atual, Parazão e Paulistão, apesar da média inferior, superam a Liga Sul-Minas-Rio na taxa de ocupação de estádio. O torneio com clubes do Sul e do Sudeste apresenta taxa de ocupação de estádio de 27,7%. Pará e São Paulo, por outro lado, superam a marca de 30%. O Paraense chegou a 39,8%, ultrapassando a taxa do Brasileirão 2015 (39,7%), enquanto o Paulista tem 37%. A estatística levou em conta a capacidade dos estádios relatada no Cadastro de Estádios de Futebol (CNEF), da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Entre os clubes, o melhor desempenho foi do Atlético Mineiro. Atuando no Minei-

FotoS: Reprodução

rão, o Galo obteve o maior público (30.378) e a melhor taxa de ocupação de estádio (40,1%). O Fluminense, que trocou um quilo de alimento por ingresso, obteve taxa de ocupação de 29,6%. Criciúma (23,6%) e Internacional (22,6%) também superam o patamar de 20%. Já o Avaí, mesmo com a maior renda líquida da 1ª rodada, decepcionou nas arquibancadas com taxa de ocupação de apenas 14,3%. O clube catarinense só superou o América Mineiro (9,2%).

Carnaval Há quem diga que o Brasil para no Carnaval. A mesma afirmação, porém, não pode ser dita no futebol nacional. A maioria dos Estaduais que já colocou a bola para rolar não irá parar ao longo dos cinco dias de festa. Dos 21 Estaduais em andamento, 12 vem tendo jogos desde a última sexta-feira e com confrontos até a próxima terça-feira. Acrescente aos campeonatos sem foliões a Liga SulMinas-Rio, que dará início a 2ª rodada neste domingo, e a Copa Verde, que começou ontem. Entre os Estaduais sem folga para os jogadoresfoliões há cinco do Nordeste (Ceará, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe), três do Centro-Oeste (Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso) e dois do Sudeste (Minas Gerais e São Paulo) e do Sul (Santa Catarina e Rio Grande do Sul). A festa, por outro lado, está armada em nove Estaduais. Como não poderia ser diferente, Bahia e Rio de Janeiro fazem parte da turma que vão curtir os cinco dias. Alagoanos, capixabas, maranhenses, paraenses, paranaenses, pernambucanos e sul-mato-grossenses também querem aproveitar a festa mais popular do Brasil.

BRASILEIRÃO

Globosat e Interativo na briga pelas transmissões Está bem perto do fim um dos mais antigos relacionamentos de transmissão exclusiva do futebol no Brasil. A TV Esporte Interativo está muito próxima de anunciar o contrato com cinco clubes para a exibição de partidas do Campeonato Brasileiro a partir de 2019. Atlético-PR, Bahia, Coritiba, Inter e Santos discutem os últimos detalhes de um contrato que vai ceder os direitos de transmissão, para a TV paga, das edições de 2019 a 2023 do Brasileirão. Pelo acordo, a EI desembolsaria cerca de R$ 27,5 milhões anuais por clube, nove vezes mais do que paga, atualmente, a Globosat, que desde 1997 detém exclusividade na transmissão da Série A nacional. O martelo deve ser batido nos próximos dias. Nenhum dos clubes confirma o acerto, mas todos dizem que o desfecho está próximo. A negociação se arrasta desde o ano passado, quando a Turner se tornou sócia majoritária da Esporte Interativo. As negociações vêm sendo conduzidas pelos fundadores do canal esportivo. Caso o contrato seja assinado, é bem provável que

haja um racha na transmissão do Brasileiro, tirando os clubes da telinha. Por lei, só os jogos envolvendo os times que têm contrato com a mesma emissora podem ser exibidios. Assim, as transmissões da EI ficariam restrita a partidas com os times com os quais ela tem contrato. Até agora, oito clubes já fecharam com a Globo para o período de 2019 a 2023: Atlético-MG, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Fluminense, Sport, Vasco e Vitória. Outro ponto que deve gerar mais discussão é que os acordos com a Esporte Interativo são só para a TV paga. Os direitos da TV aberta e pay-per-view teriam de ser negociados com a Globo ou eventualmente outro interessado. Até agora, porém, nenhuma outra emissora demonstrou ter interesse nesse pacote. Assim, os clubes poderão ter problemas para ter seus jogos transmitidos. Outra possiblidade é, até lá, Globosat e EI chegarem a um acordo. De qualquer forma, assim que o contrato com a EI for assinado, o monopólio da Globosat chegará ao fim após quase duas décadas.

Grêmio x Coritiba é um dos jogos de hoje em Porto Alegre na competição que tem registrado média de público superior aos Estaduais

COPA DO REI

Barcelona quer a final no campo do Real De acordo com o jornal esportivo espanhol As, o Barcelona quer disputar a final da Copa do Rei 2015/2016 no Santiago Bernabéu, estádio do arquirrival Real Madrid. O motivo: a capacidade de público da arena do Real. Inicialmente, dois estádios lideram a lista de candidatos a palco da decisão do torneio: Vicente Calderón (do Atlético de Madri) e Mestalla (do Valencia), ambos com 55 mil lugares de capacidade. O Santiago Bernabéu comporta oficialmente 81.044 espectadores. A possibilidade é cogitada pela segunda temporada consecutiva.

Na final da temporada 2014/2015, o Barça também tentou levar para Madri a decisão contra o Athletic Bilbao. Acabou atuando como visitante no Camp Nou e vencendo a decisão por 3 a 1 – curiosamente, diante de 99.354 fãs, número superior à capacidade máxima do estádio do Real Madrid. "A ideia do Barcelona é colocar de novo o Real Madrid no centro do debate sobre a sede da final, em uma espécie de pressão ao clube, para que este se pronuncie em público a respeito de sua negativa sobre receber o evento", diz o jornal. "Como sempre, pediremos um estádio de maior capacidade e que

facilite o deslocamento de maior número de torcedores. Neste sentido, os estádios são contatos na Espanha", disse uma fonte do Barça, também de acordo com a publicação. Nos jogos de ida das semifinais da Copa do Rei, o Barcelona venceu o Valencia por 7 a 0, enquanto o Sevilla fez 4 a 0 no Celta de Vigo. As partidas de volta dos confrontos acontecem, respectivamente, nos dias 10 e 11 de fevereiro. Assim que forem definidos os finalistas, a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) se reunirá com os dois clubes para definir a logística da final.

Messi e Suárez seguem fazendo história na temporada e com chances de ganhar mais um título pela equipe espanhola


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MOMENTOS INESQUECÍVEIS

O esporte no Carnaval do País A folia de momo sempre fez parte de clubes e personagens esportivos Marcos lima

marcosauniao@gmail.com

O esporte brasileiro também esteve presente nos tradicionais carnavais do País, principalmente nos eixo Rio-São Paulo, onde a folia de momo tem maior propagação. No entanto, não muito raro, clubes, personagens e jogadores foram os vilões de blocos carnavalescos, escolas de samba e

alas ursas. Sambas enredos também fazem parte desta estatística. Este ano, no entanto, não será diferente. A União da Ilha do Governador vai falar sobre os Jogos Olímpicos do Rio, com o samba-enredo “Olímpico por Natureza… todo mundo se encontra no Rio”. Será a segunda escola a desfilar na Marquês de Sapucaí, com entrada marcada para as 22h05 de hoje. Em outras edições, o esporte fez parte desta história, das quais, oito momentos marcantes merecem seus registros:

la” “O Mundo é uma BoBeija-Flor, 1986 Brasil, Brasil, Brasil, oi canta forte e explode de alegria o Mundo é uma Bola girando, girando em plena euforia Era ano de Copa do Mundo, e uma das mais tradicionais escolas de samba decidiu homenagear o esporte mais popular do Brasil (e do Mundo). A Beija-Flor acabou em segundo lugar, três pontos atrás da Mangueira. A Seleção Brasileira, bem, deixa pra lá.

a n o p m li O o d s e s u e “D do a t s e f l: a v a n r a C o d terra leza” esporte, saúde e be

o…” “Uma vez FlamengEstácio de Sá, 1995 Corre o tempo no olhar Será que você lembra Como eu lembro o Mundial Que o Zico foi buscar

Portela, 2007

Voa minha águia leva o meu cantar Semeando a paz pelas Américas O show do Pan vai começar

Nem o apoio da maior torcida do País fez a Estácio de Sá ter sorte melhor no Carnaval de 1995, ano do centenário Rubro-Negro. A escola terminou apenas em sétimo e não conseguiu sequer ir ao desfile das campeãs. Foi o começo de um ano ruim para o Flamengo.

Outro desfile que promove um evento, desta vez os Jogos Pan-Americanos realizados no Rio. A Portela atravessou a avenida falando sobre o grande clichê deste tipo de eventos: a força que tem o esporte para unir povos. A escola terminou apenas em oitavo.

a” s o r e e d r e v é o p m “O Oli

Mangueira, 1997

De braços abertos sou o Rio de Janeiro Dois mil e quatro É o sonho brasileiro

As Olimpíadas foram tema da Escola como parte da promoção para tentar trazer os Jogos de 2004 para o Rio de Janeiro. Deu ruim – para a Mangueira, que ficou em terceiro lugar, e para a candidatura carioca, descartada logo na primeira fase do processo de escolha da sede.

“Acelera, Tijuca!”

Unidos da Tijuca, 2014

Acelera Tijuca, eu vou com você Nosso lema é vencer Guiando o futuro que um sonho construiu Ayrton Senna do Brasil Aquele que tanta gente considera o melhor piloto de Fórmula 1 de todos os tempos também deu à Unidos da Tijuca o título do Carnaval carioca. A velocidade foi o tema da escola, que terminava o samba-enredo com a nada surpreendente citação a Ayrton Senna.

a “De Gama a Vasco, Epopeia da Tijuca” Unidos da Tijuca, 1998

Rio de Janeiro brasileiro, meu irmão Sou Vasco da Gama, tantas vezes campeão O tema da Escola da era o navegador português que descobriu o caminho para chegar à Índia e deu nome ao clube, que acabou também lembrado na letra. O resultado, porém, não foi bom: a escola terminou na penúltima colocação e foi rebaixada.

“R9 – O Voo Real do Fenômeno”

Gaviões da Fiel, 2014

Bateu asas e voou O menino-passarinho se transformou Consagrado no cenário mundial Ronaldo, fenomenal! A Escola contou a vida do segundo maior artilheiro das Copas desde a infância até a última fase da carreira, no Corinthians. O resultado não foi bom: apenas décimo lugar. Ronaldo também foi tema da Tradição, no Rio, em 2003. A escola ficou em penúltimo.

“O Reino do Galinho de Ouro na Corte da Imperatriz” Imperatriz Leopoldinense, 2014

Um canto de amor Imperatriz me faz reviver Zico faz mais um pra gente ver O maior ídolo da história do Flamengo foi o homenageado pela Imperatriz naquele que certamente foi o ano com mais referências ao esporte nos desfiles. Se não conseguiu o título, a escola ao menos foi ao desfile das campeãs ao terminar em quinto.


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FotoS: Evandro Pereira

A tecnologia a serviço da visão

Olho de uma pessoa afetado pela catarata

A catarata já não é mais o terror das doenças oculares

A

Hilton Gouvêa hiltongouvea@bol.com.br

moderna tecnologia utilizada pelos oftalmologistas já permite que a catarata não seja mais considerada o terror das doenças oculares, embora represente, nos dias atuais, a maior causa percentual de baixa de visão reversível no mundo. A estatística brasileira da incidência de catarata na população acima de 70 anos é de 43%, aplicando-se esse percentual, também, para os habitantes da Paraíba. A OMS estima em 0,3% ao ano o aumento de novos casos deste mal, o que significa 550 mil ocorrências novas a nível mundial, a cada virada do calendário. O bom da oftalmologia do Século XXI é que um paciente pode se submeter à troca do cristalino opacificado em qualquer idade, pois uma avaliação

pré-operatória permite, com grande margem de acerto, prever o resultado visual de uma cirurgia em faixas etárias elevadas. Quem afirma isto é o oftalmologista Oswaldo Travassos de Medeiros, presidente do Instituto de Olhos da Paraíba e Membro Titular da Sociedade Brasileira de Oftalmologia com Doutorado em Medicina- Oftalmológica pela Universidade Federal de Minas Gerais e professor titular de Oftalmologia da UFPB. Travassos, que possui registro de diversos aparelhos oftalmológicos que inventou ou aperfeiçoou, quebra outro tabu, ao se referir que o diabético pode fazer cirurgia de catarata, desde que seja esta doença o principal fator da eventual baixa de visão do paciente. “É frequente a associação entre catarata e diabetes por se promover, aí, uma série de alterações estruturais e circulatórias no globo ocular “, explica.

Doença pode se desenvolver em qualquer idade Pode-se dizer, atualmente, que após os 70 anos todas as pessoas são portadoras de catarata, variando, entre si, o grau de intensidade e, consequentemente, o nível de interferência visual. A catarata pode se desenvolver em qualquer idade, inclusive existe a forma congênita, sobretudo se a gestante teve rubéola nos três primeiros meses da gestação. A modalidade traumática se manifesta através de contusão nos olhos e nos casos de corpos estranhos penetrantes. A incidência dos raios solares, exposição às soldas elétricas, processos inflamatórios e substâncias cáusticas nos olhos são também fatores predisponentes ao surgimento da catarata. “Condições gerais de boa saúde ajudam na vitalidade do cristalino e seu me-

tabolismo mas, até agora, não existe dieta específica que interfira no desenvolvimento da catarata, nem medicamentos que evitem a sua progressividade”, diz o oftalmologista . A cirurgia de catarata normalmente é feita com a ajuda do ultra-som, denominada facoemulsificação. Recentemente tem havido a aplicação do Laser, para diminuir a resistência ao procedimento cirúrgico, sobretudo em cataratas mais antigas. Várias técnicas são aplicadas numa operação deste tipo, dependendo de seu estágio e de outros fatores ligados à idade e condições oculares do paciente. A implantação da lente intraocular em substituição ao cristalino opacificado, permite corrigir algum eventual defeito ótico no portador da doença.

Câmera acoplada a um aparelho oftalmológico que permite ao especialista ver o fundo do olho do paciente

Aparelhos criados e testados em congressos Travassos trocou o filtro de uma câmera de vídeo comum por outro especial e notou que ela filmava no escuro. Assim, conseguiu fazer uma biomicroscopia em infravermelho, sem que o paciente sentisse a intensidade da luz, fator que incomoda nas cirurgias oculares. Também transformou uma filmadora super-8 em um oftalmoscópio. Apresentado o aparelho no IV Congresso de Prevenção da Cegueira (Belo Horizonte, 1980), este mereceu publicações nos anais do evento e na grande imprensa. Estava descoberto o “teste do olhinho”, pois a máquina não só filmava em detalhes um parto, como permitia observar o clarão pupilar do recém-nascido.

O auto-oftalmoscópio, outra invenção de Travassos, faculta ao oftalmologista observar seu próprio fundo de olho. Este aparelho foi testado pelo professor Jules François, um especialista belga de renome mundial em visita ao Brasil, que ficou maravilhado ao ver seu próprio fundo de olho. O fato ocorreu no auditório do Hospital São Geraldo da UFMG, em Belo Horizonte. Outro aparelho é o Otmstereotest, cuja finalidade é medir a visão de profundidade, tem muita utilidade na prevenção da cegueira e facilita ao oftalmologista detectar problemas visuais na mais tenra idade . É utilizado praticamente em todo o Brasil e em países como França, Estados Unidos e Portugal.

Aparelhos com tecnologia de ponta contribuem para avaliação melhor do paciente

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Geral

Gastronomia

Especialista dá dicas de como controlar as finanças em 2016

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Polpetone gratinado tem filé mignon, pão italiano e manjericão

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Como controlar as finanças em 2016

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ara ter dinheiro no bolso e se preparar para realizar os objetivos definidos para 2016, planejamento financeiro ainda é mais garantido do que simpatia. O educador financeiro Reinaldo Domingos, autor do livro Terapia Financeira (Editora DSOP), preparou orientações aos brasileiros que querem passar longe da onda de endividamento. São orientações para quem quer quitar dívidas, curtir as férias sem comprometer os recursos para as despesas típicas do início doano – IPVA, IPTU, matrícula e material escolar - e ainda poupar.

Para não extrapolar as despesas e garantir recursos este ano Evitar compras por impulso: os consumidores devem se fazer algumas perguntas antes de comprar - Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima? Se não comprar isso hoje, o que acontecerá? Tenho dinheiro para comprar à vista? Se comprar a prazo, terei o valor das parcelas? O acúmulo de parcelas coloca em risco a realização dos sonhos que foram priorizados com a família? Planejamento financeiro de 2016: é fundamental evitar parcelamentos das compras. Porém, se for inevitável, faça uma planilha em que o valor já comprometido esteja previsto nos meses correspondentes. Sem esse controle, é certo o acúmulo de dívidas e o risco da inadimplência. É assim que inicia-se o ciclo de endividamento que afasta a realização daquilo que realmente traz satisfação e agrega valor à vida das pessoas. Por isso, reúna-se com a família para definir os desejos de curto (um ano), médio (até cinco anos) e longo (mais de 10 anos) prazos ou aqueles que se pretende em realizar em 2016 e incorpore o valor mensal necessário

para a realização dos mesmos no orçamento mensal do próximo ano. Subtraia o valor desses sonhos da receita. O saldo restante é o orçamento para as demais despesas mensais.

Para economizar e poupar sempre Pesquisar preço e comprar à vista: Tudo que se compra em prestações paga-se mais caro. Já quem pesquisa o melhor preço paga menos e aumenta a chance de comprar à vista e obter desconto. Pedir desconto: Se um produto custa mil reais e pode ser parcelado em 10 vezes de 100 reais, certamente à vista custará de 10% a 20% menos. Reter 10% dos rendimentos: para começar a construir a independência financeira, deve-se guardar 10% do que ganha. Com o tempo, pode-se partir para um plano de previdência privada para complementar o INSS. Para ficar livre das dívidas Qualquer que seja a dívida, o consumidor

deve investigar o que está levando ele a gastar mais do que ganha, somando dívidas que não consegue pagar e que roubam recursos que deveriam ser destinados para a realização de sonhos. Fazer acordos para pagamentos de dívidas sem antes saber qual é a real capacidade de pagamento, sem cortar excessos, sem ajustar o orçamento ao verdadeiro padrão de vida é um grande risco, além de uma medida paliativa que apenas adia a solução da causa do problema.

Algumas medidas para ajudar a quitar dívidas e reequilibrar o orçamento Cheque especial – cheque especial é uma das mais altas taxas de juros praticadas no mundo. Procure o gerente da conta e proponha imediato cancelamento dessa linha de crédito, mesmo que esteja utilizando. Proponha troca por uma linha de crédito que não ultrapasse 3% de juros mensais. Caso esteja pagando 100 reais de juros ao mês, proponha um parcelamento do mesmo valor, com prazo alongado. Isto fará com que não tenha mais que pagar juros mensais de 10% - isso faz sua dívida dobrar a cada 7 meses. Caso o gerente não aceite, o melhor a fazer é poupar para uma futura negociação. Cartão de crédito – busque negociação com operadora do cartão

ou banco. Proponha um parcelamento com juros que não ultrapassem 3% ao mês, e que estas prestações caibam no orçamento financeiro mensal. Caso a operadora ou banco não aceitem, não faça acordos que não conseguirá cumprir. Mesmo que o nome seja negativado, guarde dinheiro mensalmente para uma futura negociação. Outra estratégia é buscar crédito com taxas mais baixas como, por exemplo, o crédito consignado. Mas atenção: não resolve trocar um credor por outro, é preciso resolver e atacar a verdadeira causa do desequilíbrio financeiro. Financiamento de casa – Para a maioria dos brasileiros a compra da casa própria é um sonho que só é possível realizar adquirindo uma

dívida – o financiamento imobiliário. Em boa parte dos casos, o que impede o pagamento das prestações da casa são os gastos supérfluos. Se está difícil pagar as prestações, o melhor a fazer, além de cortar excessos de gastos, é procurar a financiadora e propor um alongamento da dívida, adequando a prestação à real capacidade de pagamento. Caso não consiga a renegociação, estude a possibilidade de trocar esse imóvel por um de preço inferior. Carro - um veículo não é investimento e, sim, um bem de consumo. A prestação em si nem sempre é o motivo da dificuldade de custear esse bem - embora ao final do financiamento a pessoa tenha pagado por dois veículos e

levado apenas um. O verdadeiro problema está na manutenção do veículo, cujo custo mensal equivale, em média, a 3% do valor do carro. A manutenção de um veículo de 20 mil reais, por exemplo, tem um custo de aproximadamente 600 reais mensais - gasolina, seguro, licenciamento, IPVA, entre outros. Portanto, é importante analisar o custo-benefício da compra do veículo. Se tê-lo é uma necessidade e está difícil pagar é melhor rever o orçamento e tentar renegociar o prazo da dívida com prestações que realmente caibam no bolso, considerando todas as demais despesas já assumidas. Se a renegociação também não for possível, o melhor é buscar um advogado e providenciar a devolução do veículo.


DIVERSÃO João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

Piadas

A UNIÃO

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Sudoku e caça-palavras

Sogra A sogra fala para o genro : -Nossa , como eu estou feia , acabada, bem que eu poderia receber um elogio. E o genro : – Um elogio eu vou te dar, você está com a visão ótima!

Bêbado Um bêbado acaba de sair do bar… atravessa a rua desatento e um carro o desvia e mete a mão na buzina: – Bi bi !!!!!!!!!!!!!!!! e o bêbado diz: – Eu também bibi…

Loira Uma loira estava na escada rolante quando de repente falta energia no shopping. Algum tempo depois, um garotinho vendo a loira sentada na escada rolante, pergunta: – Ei moça, por que você está sentada aí? A loira responde: – É que estou esperando a energia voltar.

Português O bandido chega no português e fala: – Pare! – Impare! – Mas estou te roubando! – Ah, então não brinco mais!

Joãozinho Joãozinho trás para o pai o recibo da mensalidade escolar. — Meu Deus! Como é caro estudar nesse colégio. E o Joãozinho responde … — E olhe, pai, eu sou o que menos estuda da minha classe!

Palavras Cruzadas

Horóscopo Áries

Touro

A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando dias de maiores preocupações com uma sociedade ou parceria comercial. Os problemas devem ser solucionados e finalizados no setor. Feito isso, procure descansar junto de seu amor. Vênus se une a Mercúrio e Plutão, recebe ótimos aspectos de Júpiter e promete sucesso em projetos profissionais e planos de carreira. As mudanças continuam durante toda semana. Mantenha certa racionalidade e evite a agressividade.

A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando dias de maior movimento em seus relacionamentos. Há um antagonismo entre as energias de uma Lua Minguante e Marte, pois um, aumenta a sua energia vital, enquanto o outro tende a derrubar. Procure equilibrar essas duas forças dentro de você. Vênus se une a Mercúrio e Plutão em Capricórnio e, em ótimo aspecto com Júpiter, promove mudanças interessantes em projetos que envolvam pessoas estrangeiras. Sua fé e esperanças estarão renovadas.

Câncer A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando dias de intensidade e emoções à flor da pele. É hora de diminuir as atividades sociais e ficar mais perto de seu amor. Tome cuidado com a agressividade, que pode estar presente em suas relações. Se estiver só, um romance pode fazê-lo refletir. Vênus se une a Mercúrio e Plutão em Capricórnio e recebe um ótimo aspecto de Júpiter indicando mudanças e um bom movimento em seus relacionamentos pessoais e profissionais. Fique atento às oportunidades, que certamente chegarão.

Libra A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando dias em que você deve preocupar-se em finalizar novos investimentos ou, ao menos equilibrar ganhos e gastos. Procure controlar seu ímpeto de gastar, pois ele pode estar bastante alto. O momento pede economia e controle nos gastos. Vênus se une a Mercúrio e Plutão e recebe um ótimo aspecto de Júpiter indicando dias de mudanças importantes em sua vida doméstica ou em um relacionamento em família. Um de seus pais, pode se recuperar de uma fase mais difícil.

Capricórnio A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando dias de resolução de problemas e finalização de projetos relacionados a uma equipe de trabalho. O momento envolve a necessidade de aparar arestas e finalizar etapas. Você estará mais fechado e distante das atividades sociais e dos amigos. Vênus se une a Mercúrio e Plutão e recebe um ótimo aspecto de Júpiter em seu signo indicando dias de mudanças positivas em sua vida pessoal e profissional. Boas novidades podem surgir, assim como novas oportunidades. Fique atento a elas.

Leão A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte deixando você mais fechado e, de certa forma, incomodado com uma situação, que pode envolver sua casa ou a família. Evite brigas, pois sua casa pode ser palco de mal entendidos. Cuide dos encanamentos, pois eles podem apresentar problemas, como vazamentos. Vênus se une a Mercúrio e Plutão e recebem um ótimo aspecto de Júpiter indicando dias de mudanças positivas e interessantes relacionadas aos seus projetos de trabalho. Um novo emprego pode surgir para leoninos desempregados.

Escorpião A semana começa influenciada pela Lua Minguante em seu signo, que chega tensa, unida a Marte indicando um momento de conflito entre o movimento e o descanso. Existe uma força dentro de você, que quer resolver, solucionar qualquer dificuldades existentes em seu entorno. No entanto, sua energia está razoavelmente baixa e você deve descansar. Vênus se une a Mercúrio e Plutão em Capricórnio e recebe um ótimo aspecto de Júpiter indicando dias de mudanças positivas relacionadas a um acordo ou negociação, que pode levar ao fechamento de um novo contrato. Fique atento às oportunidades.

Aquário A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando dias de finalizações importantes de projetos profissionais e planos de negócios. O momento pode envolver a finalização de um processo de seleção para um novo emprego ou uma promoção. Se puder, tire uns dias para descansar e estar pronto para começar uma nova fase. Vênus se une a Mercúrio e Plutão em Capricórnio indicando dias de mudanças importantes em seus planejamentos de projetos. Ainda não é hora de colocá-los em andamento.

Gêmeos A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando um intenso movimento no trabalho, em um momento que você deveria diminuí-lo. Tome cuidado com sua saúde, que pode ressentir, pela baixa de energia e necessidade de descanso. Tome cuidado com a falta de tato, ou agressividade com colegas. Utilize essa energia para produzir. Vênus se une a Mercúrio e Plutão em Capricórnio e recebe um ótimo aspecto de Júpiter indicando dias de mudanças importantes em projetos que envolvem sócios e parceiros comerciais. Um grande negócio pode ser firmado.

Virgem A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando dias em que um acordo pode ser fechado, depois de alguns dias ou semanas de negociações. Tome cuidado com a agressividade, especialmente nas palavras. Uma viagem pode ser realizada, e indicar um momento de finalização de um projeto ou contrato. Vênus se une a Mercúrio e Plutão e recebe um ótimo aspecto de Júpiter em seu signo indicando dias de mudanças positivas e crescimento, relacionado a um projeto criativo. Um romance pode dar um passo à frente.

Sagitário A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando dias em que sua energia vital pode ser derrubada. O momento pede distanciamento de atividades cansativas e relaxamento. Procure diminuir o ritmo de tudo, trabalho, compromissos sociais e até atividades físicas. O momento pede descanso. Vênus se une a Mercúrio e Plutão em Capricórnio e recebe um ótimo aspecto de Júpiter indicando dias de maior comprometimento com seus negócios e finanças. O momento é ótimo para rever ganhos e gastos e pensar em novos investimentos.

Peixes A semana começa influenciada pela Lua Minguante em Escorpião, que chega tensa, unida a Marte indicando dias de finalizações de processos que envolvem projetos com pessoas e empresas estrangeiras. É hora de parar, meditar e descansar. Não se deixe levar pela agressividade, que pode estar bem alta. O momento é ótimo para repensar sua espiritualidade e filosofia de vida. Vênus se une a Mercúrio e Plutão em Capricórnio indicando dias de mudanças importantes, que podem ser decisivas para o fechamento de um novo contrato com uma grande empresa.


Gastronomia

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A UNIÃO

João Pessoa, Paraíba - DOMINGO, 7 de fevereiro de 2016

Polpetone gratinado

FotoS: Reprodução/Internet

Receita para toda a família leva filé mignon, pão italiano, mussarela, tomate pelati e manjericão Ingredientes

Polpetone l 1 kg de filé mignon moído l 1 ovo l 3 fatias médias de pão italiano l 160 g de mussarela cortada em quatro pedaços l Leite, quanto bastar para molhar o pão l 1 colher (sopa) de salsa picada

Alho, sal e pimenta-do-reino moída a gosto l 120 g de parmesão ralado l

Molho l 800 g de tomate pelati l 30 ml de azeite l 10 folhas de manjericão l Sal e pimenta-do-reino a gosto

Modo de preparo Molhe o pão no leite e reserve. Em uma tigela, tempere a carne e misture o ovo. Aperte o pão até que saia o excesso de leite e adicione-o à carne, misturando sempre. Divida a mistura em quatro partes, coloque o pedaço de mussarela no meio e modele até que fique com forma redonda e achatada, semelhante a de um hambúrguer. Cozinhe o tomate pelati em fogo baixo, tempere a gosto até que ele desmanche. Adicione o manjericão e coloque o molho e os polpettones num recipiente raso que possa ir ao forno. Asse por cerca de 15 minutos. Vire os polpettones, cubra com o queijo ralado e deixe gratinar até dourar.

Macarrão na panela de pressão Ingredientes l l l l l l l

1/2 cebola 2 dentes de alho azeite ou margarina extrato de tomate água suficiente para cobrir o macarrão 1 caldo de galinha pimenta a gosto

500g de macarrão do tipo parafuso l 150g de presunto l 150g de mussarela l salsinha a gosto l queijo ralado l manjericão (opcional) l 1 caixinha de creme de leite

l

Modo de preparo

Cheesecake de morango Ingredientes O feriado de carnaval chegou e sempre recebemos os amigos e familiares para aquelas reuniões bem animadas. Mas aí vem a pergunta: o que servir aos convidados? Quer uma receita deliciosa e bem fácil de fazer? Então aprenda a fazer este cheesecake! Ingredientes para a base: l 1 pacote de bolachas aveia, bolacha Maria ou bolacha maisena l 2 colheres de sopa de manteiga derretida Triture bem as bolachas, junte a manteiga derretida e misture com as pontas dos dedos até obter uma espécie de farofa. Coloque numa forma com base removível, prense bem com as mãos e leve para

geladeira, enquanto faz o resto da sobremesa.

Pique a cebola em cubinhos e reserve Amasse os dentes de alho, coloque na panela de pressão, refogue com azeite ou margarina e deixe dourar bem Adicione em seguida a cebola Coloque o extrato de tomate e meio copinho de água e deixe ferver um pouco Acrescente a pimenta e o caldo de galinha Em seguida, adicione o macarrão do tipo parafuso cru à panela Acrescente a água até cobrir o macarrão, tampe a panela e deixe pegar pressão por 5 minutos Após os 5 minutos de pressão, desligue a panela e tire a pressão rapidamente Acrescente o presunto picadinho, a salsinha e dê mais 2 minutos de pressão Por último, acrescente o creme de leite de caixinha mesmo e o queijo e mexa até que o creme de leite se desenvolva Se preferir, pode dar mais uma pressão de apenas 1 minuto, só pra ficar mais cremoso Coloque o queijo ralado na hora que for servir Fica maravilhoso e é rápido e prático

Ingredientes do recheio: l 2 pacotes de cream cheese l 3 ovos l 3 colheres de sopa de açúcar l Gotas de limão l 1 frasco de geleia de morango para a cobertura Bata as claras em neve com uma colher de sopa de açúcar e reserve. Depois bata as gemas com o restante do açúcar, o queijo, o limão, incorpore as claras delicadamente (sem bater para não baixarem) e coloque na forma sobre o fundo de bolacha. Leve ao congelador durante cerca de duas horas, até ficar firme e cubra com a geleia.

Coluna do Vinho

Joel Falconi

As afinidades religiosas entre João Pessoa na Paraíba e Bento Gonçalves-rs que têm a mesma santa padroeira Quem poderia imaginar que o vinho nosso de cada dia também teve seu papel como elemento da Construção Civil? Longe de ser lenda historiada por imigrantes italianos e seus descendentes enraizados na Linha Leopoldina no município de Bento Gonçalves-RS, a narrativa do vinho que se transformou em água para viabilizar a construção da Capela das Neves, tem todos os matizes da realidade, relatada pelos atuais moradores da cidade de Bento Gonçalves, com certo orgulho daquele acontecimento; que apesar de carregado de nuanças místico-religiosas espelhou a vida difícil num período de seca na Linha Leopoldina, em que ali mesmo a água de beber era rara. E, por isso mesmo, em dado momento da colonização, aqueles homens e mulheres se viram numa encruzilhada; ou usavam o vinho tinto abundante feito com uvas Isabel na argamassa, ou então paravam de cons-

truir a capela, símbolo de integração e de fé. A construção da Capela das Neves se iniciou em 1907, em substituição ao pequeno Capitel de madeira que acolhia a imagem de Nossa Senhora das Neves, trazida da Itália pelas primeiras famílias que chegaram à localidade em 1880. Todas as noites, após o exaustivo dia de trabalho, a comunidade se reunia em volta da imagem para render graças por mais um dia de luta. E foi durante uma dessas rotinas de fé que perceberam a necessidade de dar à N. S. das Neves uma casa digna, à altura da sua crença e progresso material, conforme relata o escritor Remy Valduga, em seu livro “Caçador de Caranguejos”. Naquele ano a comunidade estava envolvida pela onda de esperança provocada pela exuberância dos parreirais e trigais, o que lhes garantia o sustento e uma nova vida em que a fome sentida na Itália e nos primeiros tempos do Brasil, já não fazia parte do cenário.

Determinados e unidos, os moradores definiram que de segunda à sexta-feira continuariam trabalhando nas lavouras e destinaram os sábados e domingos à capela. Sem disporem de burros e/ou carroças, começaram a preparar a estrutura, que consistia basicamente no corte e no transporte de pedras em padiolas ou nos braços, até o local da obra. Nesta etapa da missão, os leopoldinenses foram surpreendidos com uma forte estiagem que, ao estender-se por vários meses, acabou por secar vertentes e arroios da região. Sem água, o trabalho inevitavelmente teria que parar. Inconformados, os moradores passaram um dia inteiro na obra tentando encontrar uma forma de trazer água de locais mais distantes. Enquanto isso pairava no ar a pergunta: onde buscar água para elaborar a massa a fim de assentar os tijolos? Não havia resposta. A preocupação e o desânimo começavam a surgir, quando alguém teve uma inspiração divina e salvadora: olhando para as pedras dos alicerces, manchadas de sangue, sangue

renascente@outlook.com

que vazou das mãos cortadas e ressequidas, alguém exclamou: “Vejam as manchas vermelhas das pedras, é o nosso sangue, vamos usar o vinho para fazer a massa, ele é o Sangue de Jesus Cristo”, relata Valduga no seu livro. Cada família contribuiu com uma média de 200 litros de vinho, que eram carregados em pequenas barricas com capacidade para 50 litros, presas as costas por alças de couro. Havia casos em que o vinho era trazido de distância de três quilômetros, morro acima. Os tijolos foram feitos com barro, amassados com os pés. Ao barro se misturava cascas de trigo para dar mais consistência e, logo após eram moldados com as mãos e postos ao sol para secar. Depois de quase dois anos de trabalho, a capela foi concluída. Com o passar do tempo, a massa de areia, barro, vinho e casca de trigo que cobria as paredes foi substituída por reboco comum. Mas o vinho tinto usado para manter os tijolos, com a mesma massa, continua no interior da estrutura.


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