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E-commerce: como o varejo local pode se adaptar à revolução digital
REPORTAGEMESPECIAL REPORTAGEMESPECIAL A economia circular envolve todos os habitantes OPINIÃO OPINIÃO
MATÉRIA MATÉRIA
Brechós como uma opção sustentável no varejo



EXPEDIENTE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
REITORA
Prof.a Dra. Célia Regina Diniz
VICE-REITORA
Prof.a Dra. Ivanildes da Silva Fonseca
DIRETOR
Prof. Me. Rômulo Ferreira de Azevedo
Filho
DIRETOR ADJUNTO
Prof. Ricardo Ferreira Dantas
MATÉRIA E FOTOGRAFIA
Augusto Andrade
DIAGRAMAÇÃO
Augusto Andrade
VETORES
Freepik
ARTE DA CAPA
Augusto Andrade
DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
CHEFE DE DEPARTAMENTO
Prof.a. Maria Salete Vidal da Silva
CHEFE ADJUNTO DE DEPARTAMENTO
Prof. Luís Adriano Mendes Costa
COORDENAÇÃO DO CURSO
COORDENADOR
Prof. Dr. Orlando Ângelo da Silva
COORDENADOR ADJUNTO
Prof. Dr. Rostand de Albuquerque Melo
BANCA EXAMINADORA
Prof. Dra. Robéria Najda Araujo Nascimento
Prof. Dr. Rostand de Albuquerque Melo
ORIENTAÇÃO
Prof. Dra. Verônica Almeida de Oliveira Lima
SUMÁRIO
MATÉRIA
Revisitando o legado da Art Decó
06
MATÉRIA
Brechós como uma opção sustentável no varejo campinense
09
MATÉRIA
O poder do vitrinismo
11
MATÉRIA
O varejo na Paraíba: Campina Grande lidera o segundo lugar em empresas ativas no estado
14
REPORTAGEMESPECIAL
E-commerce: como o varejo local pode se adaptar à revolução digital
16
Diversidade no varejo: como atender um público plural
18
PERFIL
Érika Vanessa – Da crise ao sucesso no varejo 20
OPINIÃO
A economia circular envolve todos os habitantes
EDITORIAL


A Revista Trade é um produto midiático criado para oferecer informações que ajudem a desenvolver negócios no ramo do varejo Estamos atentos às inovações e estratégias de comunicação, com ênfase para o marketing, a fim de contribuir com o crescimento do seu empreendimento
A decisão de abordar esse tema surgiu da percepção de uma lacuna: a falta de um material menos técnico, porém mais detalhado e prático, com informações que permitam ao público não apenas ler, mas aplicar o conteúdo em seus respectivos segmentos.
É nesse contexto que nasce a Revista Trade, com uma abordagem diversificada e direcionada ao setor varejista Nosso objetivo é integrar empreendedores, colaboradores e negócios, atendendo tanto aqueles que estão ingressando no ramo e buscam orientação quanto aos veteranos que desejam ampliar sua visão sobre novas iniciativas.
Queremos facilitar a troca de experiência entre lojistas, empresários e colaboradores, tornando a comunicação mais eficaz e estratégica para alavancar as vendas no varejista.
Desejamos a você uma boa leitura e que as perspectivas trazidas por esta revista contribuam ainda mais ao seu trabalho.
Abraço, Augusto Andrade
Sualoja está conectada aoseu cliente?


Explore estratégias de comunicação eficazes no varejo para se conectar com seu público-alvo e impulsionar suas vendas.



RevisitandoolegadodaArtDecó
A Rua Maciel Pinheiro e a história comercial da cidade
Por:AugustoAndrade

A Rua Maciel Pinheiro, uma das vias mais importantes de Campina Grande, carrega consigo séculos de história e transformações econômicas. Conhecida no passado por nomes como “Rua Grande”, “Rua do Comércio” e “Rua da Feira”, foi o berço do varejo local desde o século XVII, quando a cidade ainda era um pequeno povoado. No final do século XX, Campina Grande já se consolidava como o principal centro comercial da Paraíba, impulsionado pela feira livre organizada por Alexandrino Cavalcante de Albuquerque Pioneiro, Alexandrino fundou cerca de 20 estabelecimentos entre bodegas, armazéns e barracas que ocupavam o Largo da Maciel Pinheiro e a Rua Sete de Setembro. Essa dinâmica transformou a área em um polo de vendas, moldando a identidade varejista da cidade.
A arquitetura
ArtDéco
como testemunha dopassado comercial
Aos poucos, os prédios da região central adquiriram função predominantemente comercial, especialmente a partir de 1864, com lotes que mesclavam lojas, hotéis e espaços sociais. Hoje, esses edifícios guardam outra riqueza: a herança Art Déco, movimento arquitetônico que surgiu na Exposição Internacional de Paris (1925) e chegou a Campina Grande nas décadas de 1920 e 1930. O estilo, marcante nas ruas Cardoso Vieira Venâncio Neiva e Maciel Pinheiro, foi essencial para requalificar a área urbana do centro, alinhando-se às tendências globais da época A arquiteta Mônica Rossi destaca que, apesar das variações entre os prédios, o conjunto forma um patrimônio uniforme e historicamente relevante.
Foto:AugustoAndrade
Sequência de prédios na esquina da rua com a galeria Catolé por trás
Preservação e revitalização:

o futuro do centro varejista
Lojas com a legalidade ativa do projeto na Rua Maciel Pinheiro
Foto:AugustoAndrade
Embora bem preservadas por décadas, as construções Déco começaram a sofrer intervenções a partir dos anos 1990. Para resgatar sua originalidade, foi criado um programa de requalificação que já atendeu 150 edifícios emblemáticos, restaurando fachadas e estruturas.

Pontoscomerciais ativosnocentroda cidadepassado recentementepor pinturasemsuas fachadas
O projeto, ainda em vigor, vai além da estética: busca revitalizar o centro como um espaço atrativo para o comércio e o turismo, com melhorias na mobilidade urbana, criação de áreas verdes e incentivo ao uso sustentável do espaço. Essa iniciativa não só preserva a identidade histórica do varejo campinense, mas também a projeta para o futuro, equilibrando tradição e modernidade.
Foto:AugustoAndrade
Por que isso importa para o varejo?
A preservação do patrimônio Déco fortalece o turismo históricocomercial, atrai investimentos e valoriza os estabelecimentos locais. Para Campina Grande, é uma oportunidade de reforçar sua vocação como cidade que honra seu passado comercial enquanto se reinventa um legado que continua vivo nas fachadas do centro

Foto:AugustoAndrade
Fachadas de edifícios que abrigam lojas na Rua Maciel Pinheiro que passaram recentemente por uma pintura preservando o legado do projeto

Foto:AugustoAndrade

Prédio mais antigo na esquina da Rua Cardoso Vieira preservado em sua arquitetura com legado do projeto


Foto:divulgação

Brechós como uma opção sustentável no varejo campinense
Por: Augusto Andrade
Cidade abraça moda circular e consumo consciente
Pesquisas da BCG apontam que 54% dos consumidores brasileiros evitam marcas com impactos ambientais negativos, refletindo uma mudança no comportamento de compra No varejo, essa tendência impulsiona modelos alternativos, como os brechós, que combinam acessibilidade e sustentabilidade Em Campina Grande, esse movimento ganha força com iniciativas locais que repensam o ciclo da moda.

Brechós: muito além da economia
Mais do que oferecer roupas a preços acessíveis, os brechós representam uma iniciativa concreta alinhada à economia circular Ao prolongar a vida útil das peças, eles reduzem o desperdício e desafiam a lógica da “moda rápida”
Em Campina Grande, a Soul Consciente se destaca nesse cenário. Fundada em 2020, a rede já possui unidades em João Pessoa, Belo Horizonte e Natal, além de uma loja na cidade, consolidando-se como referência em moda second hand.
Como a Soul Consciente pratica a moda circular
Para Anne Varandas, gestora de expansão da marca, o brechó é uma resposta aos impactos ambientais da indústria da moda: “Nosso brechó nasceu da vontade de dar uma nova vida às peças que ainda têm muito valor, reduzindo o desperdício e promovendo o consumo mais consciente.”A loja adota um sistema de créditos: quando um fornecedor vende uma peça, recebe crédito para adquirir outras no brechó, fechando o ciclo da moda circular.
Além disso, a curadoria rigorosa garante qualidade e incentiva a reutilização criativa:

Parte externa da Soul Consciente localizada no bairro Catolé, Campina Grande-PB.

"Percebemos que a moda rápida gera impactos negativos no meio ambiente e queríamos oferecer uma alternativa sustentável onde as pessoas pudessem encontrar roupas de qualidade com história e a preços acessíveis”, completa.




Parte interna da loja
Foto: divulgação
Peças sustentáveis em cabides nas araras da loja
Porqueissoimporta
Dados da Akatu revelam que:
• 23% dos brasileiros compram e vendem roupas usadas regularmente;
• 29% apenas compram em brechós;
• 4% apenas vendem roupas usadas;
• Enquanto 44% ainda não aderiram ao modelo
Em Campina Grande, a aceitação cresce à medida que lojas como a Soul Consciente educam o público sobre os benefícios ambientais e econômicos da moda circular.

Os brechós têm se tornado um diferencial competitivo importante no mercado, atraindo um público consumidor cada vez mais conscienteum nicho em franca expansão. Como destacou Anne Varandas: “Percebemos que os clientes valorizam não apenas o preço acessível, mas a história por trás de cada peça. Muitos nos procuram porque querem fazer parte dessa mudança de mentalidade no consumo.”
Além do apelo sustentável, o modelo oferece vantagens econômicas para os varejistas: as peças de segunda mão apresentam margens mais atraentes em comparação com produtos novos, reduzindo custos operacionais A sustentabilidade também se consolida como um valor agregado que fortalece a imagem das empresas junto aos consumidores

Foto: divulgação
Cliente na loja Soul Consciente escolhendo peças sustentáveis
O poder do vitrinismo O poder do vitrinismo
Como a exposição visual pode alavancar as vendas
Por: Augusto Andrade
O vitrinismo, utilizado no campo do marketing e do visual merchandising, refere-se à arte de expor produtos em vitrines de forma atraente e estratégica. Seu objetivo é captar a atenção dos passantes, despertar interesse e, consequentemente, aumentar as vendas. Trata-se de uma técnica que combina funcionalidade e promoção eficaz de produtos, que devem ser dispostos de maneira clara e de fácil visualização.
Os princípios de uma vitrine eficaz
Posicionamentoestratégico

O olhar humano segue um padrão natural: da esquerda para a direita e de cima para baixo. De acordo com Gilma Macedo, especialista em visual merchandising, o olhar humano segue um padrão automático: da esquerda para a direita e de cima para baixo. O ponto focal é essencial para captar rapidamente a atenção do cliente. Os produtos devem ficar entre 0,50 cm e 1,50 m de altura. Isso ajuda a manter os produtos ao alcance dos olhos e das mãos, pois essas são ações decisivas na hora da compra.

Vitrine com peças seguindo os tons de rosa e bege na paleta de cores em uma loja na saída da rua Cardoso Vieira.




Vitrine montada com peças expostas no interior de uma loja no começo da Rua Barão do Abiaí.
Foto: Augusto Andrade
Vitrine com manequins com peças com as cores de bege e rosa na travessa da Rua Cardoso Vieira para Barão do Abiaí

Iluminaçãoeharmonia

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adquiriram função predominantemente comercial, especialmente a partir de 1864, com lotes que mesclavam lojas, hotéis e espaços sociais. Hoje, esses edifícios guardam outra riqueza: a herança Art Déco, movimento arquitetônico que surgiu na Exposição Internacional de Paris (1925) e chegou a Campina Grande nas décadas de 1920 e 1930
O estilo, marcante nas ruas Cardoso Vieira Venâncio Neiva e Maciel Pinheiro, foi essencial para requalificar a área urbana do centro, alinhando-se às tendências globais da época. A arquiteta Mônica Rossi destaca que, apesar das variações entre os prédios, o conjunto forma um patrimônio uniforme e historicamente relevante.
Simetria e movimento

partir de um eixo central, para que os dois lados da vitrine sejam divididos de forma equivalente em relação a tamanho, cores e peso “visual”. Espaçamentos alternados criam dinamismo, enquanto a simetria transmite organização e profissionalismo.

Vitrine com looks em tons fortes e suaves clássicos para ocasiões específicas localizada na Rua Cardoso Vieira.
Dicas práticas para vitrines que vendem

Gilma Macedo compartilhou
algumas dicas básicas, que fazem toda a diferença no resultado da vitrine:

Por que or que investir na investir na vitrine do seu vitrine do seu negócio? negócio?

Defina um tema claro alinhado à temporada ou lançamentos;
Evite excessos: menos produtos, mais impacto; Renove frequentemente a vitrine para manter o interesse;
Destaque ítens sazionais ou promocionais.

é o primeiro contato do cliente com a loja e pode influenciar diretamente sua decisão de entrar e comprar. Quando bem planejada, ela desperta o desejo, comunica a identidade da marca e melhora a experiência do consumidor - resultando em mais vendas."
Esses elementos reforçam a importância de se manter uma vitrine cuidadosamente elaborada, que cria uma conexão efetiva entre cliente e produto. Quando o consumidor desenvolve uma percepção positiva, naturalmente surge o interesse pela compra Para construir uma presença sólida no mercado, é fundamental investir continuamente na identidade visual da loja, fortalecendo gradativamente a sua imagem perante o público

O varejo
na Paraíba: Campina Grande lidera o segundo lugar em empresas ativas no estado
Números tem impactado positivamente a economia
Por: Augusto Andrade A mesorregião litorânea concentra a maior fatia (38,05%), com 17 557 empresas
O setor varejista paraibano mantém crescimento expressivo em 2024, com 46.136 empresas ativas registradas pela Receita Federal. Os números revelam que a cada 1.000 empresas ativas no estado da Paraíba, aproximadamente 168 atuam no segmento varejo, ou seja, 1 empresa no segmento para cada 88 habitantes.
Top 5 municípios com empreendimentos
varejistas
Cinco cidades concentram 43% do varejo estadual, com Campina Grande destacando-se como o segundo:
Distribuição por região:
Sertão: 10.746 empresas
Agreste: 14.286 empresas




Borborema: 3 547 empresas
17 557 empresas
Mata (Messorregião Litorânea):
17.557 empresas (38,05%)
Agreste: 14.286 empresas (31%)
Sertão: 10.746 empresas (23,3%)
Borborema: 3.547 empresas (7,7%)

João Pessoa 22,9%
Campina Grande
Fonte: Receita Federal do Brasil, 2024.
Mata (Messoregião Litorânea
Paraíbaemdestaque
O secretário de Estado da Fazenda (SEFAZ-PB), Marialvo Laureano, destacou o desempenho excepcional do varejo na Paraíba em 2024: “O varejo é um dos termômetros da economia e, neste aspecto, o setor na Paraíba se mostrou com índices invejáveis em praticamente todo o ano. Para se ter uma ideia, dos doze meses deste ano, a Paraíba ficou três meses em 1º lugar e quatro meses em 2º lugar, alcançando sempre taxas expressivas”. Com o fortalecimento de polos como Campina Grande e o aumento do poder de consumo, o Estado se consolida como referência em varejo no Nordeste.
Fonte:GovernodaParaíba,2025.


Edifícios comercias que mantém o projeto Art
Decó

E-commerce: como o varejo local pode se adaptar à revolução digital

Comoestratégiasinovadoraspodemajudarlojasfísicasa expandiremparaodigital
Por:AugustoAndrade
O e-commerce revolucionou a forma de comprar e vender no Brasil. Segundo Babi Tonhela, especialista em varejo digital: “O consumidor agora pesquisa, compara preços, consulta avaliações e compra sem sair de casa isso empoderou o cliente e elevou suas expectativas quanto à agilidade, atendimento e personalização ” As plataformas digitais não apenas facilitam as compras, mas democratizam o acesso ao mercado digital. “Pequenos negócios agora podem competir em pé de igualdade com grandes marcas, contando com ferramentas acessíveis, integrações com redes sociais e marketplaces, além de soluções de pagamento e logística facilitadas ” , completa Babi

Os pilares do sucesso no digital


Recomendações inteligentes e ofertas segmentadas aumentam conversões: “quando o cliente se sente compreendido por meio de recomendações inteligentes, ofertas personalizadas ou comunicações segmentadas, tende a comprar mais e retornar”, explica Babi.

Algumas referências do mercado online como Petco, Magazine Luiza e Netshoes, vem se destacando com o uso de redes sociais e marketing de influência para se conectar com seus clientes Fernando Silva, CEO da agência Féxi, destaca:

“Hojeexistemmuitoshubse sistemasERPqueauxiliamna vendadasualojavirtual.A diversificaçãonasvendasnos maisvariadosmeios–como Americanas,AmazoneShein–mesmosendoconcorrentes, gerafaturamentoparaa empresa.”

A facilidade na busca por itens virtualmente nas lojas e as descrições detalhadas dos produtos tornam o processo de compra mais ágil. Vitrines com IA mostram produtos baseados no histórico do cliente. “Ela [IA] consegue identificar outros sites que o cliente acessou e passa a mostrar os produtos do seu interesse para ele comprar na sua loja virtual”, afirma Fernando
Cenário atual Cenário atual
Segundo pesquisa do Sebrae, 61% dos consumidores brasileiros já preferem fazer compras online em vez de em lojas físicas. Esse dado revelador reflete as vantagens do ecommerce: a comodidade de comprar a qualquer hora, a economia de tempo e a facilidade de encontrar produtos - com descrições completas e comparação de preços em poucos cliques - transformaram a experiência de consumo no país.

“Oe-commercenãoéapenas umatendência;éuma transformaçãoestruturalno comportamentodoconsumo enamaneiracomoas empresasserelacionamcom seusclientes”,enfatiza Fernando.
O futuro do varejo
O futuro do varejo
O varejo brasileiro está em pleno amadurecimento digital. Quem souber combinar tecnologia, dados, experiência e propósito terá um futuro promissor. O sucesso no ecommerce está diretamente ligado à capacidade de adaptação, inovação e foco genuíno no cliente Trata-se de um mercado dinâmico, repleto de desafios, mas também cheio de oportunidades para aqueles que estiverem preparados. Essa abordagem integrada não apenas atrai clientes, como os motiva a concluir a compra.
O desafio? Adaptar-se rapidamente A oportunidade? Pertence a quem souber aliar tecnologia, dados e atenção ao cliente em uma estratégia coesa.

MATÉRIA
Saiba quais são as estratégias para implementar um atendimento verdadeiramente inclusivo
Por: Augusto Andrade
Imagem: Freepik
Imagem em plano detalhe de rostos simbolizando a diversidade
Campina Grande apresenta uma diversidade cultural gigantesca resultante, dentre outros aspectos, dos vários polos universitários presentes na cidade e das festas populares e religiosas que reúnem milhares de pessoas anualmente. Esse contexto exige do varejo local uma constante adaptação, na qual os colaboradores precisam estar preparados para atender uma ampla gama de clientes, cada um com suas particularidades.
Adaptar-se a um público cada vez mais diverso – em termos de gênero, etnia, idade ou necessidades específicas – pode ser desafiador
Diante disso, o atendimento no comércio deve ir além do “Bom dia! Como posso lhe ajudar hoje?”

Trata-se de criar uma conexão genuína entre a marca e o cliente.
Quando um negócio se dedica a proporcionar uma experiência personalizada, demonstra que valoriza cada pessoa, atentando-se às suas necessidades e expectativas Nesse processo, os colaboradores passam a reconhecer as diferenças individuais e são vistos como peçaschave na relação com o público. Isso favorece o engajamento e fortalece a colaboração interna Para que isso aconteça, é preciso ter um bom direcionamento: um atendimento exclusivo e personalizado para diferentes perfis de clientes Afinal, a inclusão começa no contato inicial, momento em que os colaboradores devem estar bem preparados, seguros e dominando boas técnicas de atendimento

7 estratégias 7 estratégias de de atendimento atendimento iinclusivo
nclusivo
2.ESTUDE O SEU PÚBLICO-ALVO
a. Entenda o segmento de mercado e como os clientes estão inseridos nele;
b. Aplique pesquisas de satisfação sobre o atendimento.
1.ENTENDA O PÚBLICO CAMPINENSE
a. Conheça a cultura local;
b Faça uma análise demográfica;
c Entenda a preferência dos consumidores.
3.CONTRATE LÍDERES QUE REPRESENTEM A DIVERSIDADE
a Estabeleça critérios de diversidade nas entrevistas, valorizando a inclusão;
b. Verifique a representatividade entre os colaboradores.
4.TREINE A EQUIPE PARA EVITAR FALAS INADEQUADAS NO ATENDIMENTO
a. Promova programas de capacitação contínua;
b. Simule situações de atendimento com perfis diversos de clientes
6.SENSIBILIZE O TIME DE GESTORES
a Faça workshops com especialistas em atendimento a públicos diversos;
b. Apresente cases de sucesso que evidenciem práticas de atendimento personalizado
5.PRIORIZE O BÁSICO COM EMPATIA E HUMANIZAÇÃO;
a Pratique a escuta ativa, respeitando o tempo e o ritmo do cliente;
b Trate com empatia, reconhecendo as emoções dos consumidores
7.PLANEJE UMA RECEPÇÃO PERSONALIZADA
a. Colete informações relevantes antes de iniciar o atendimento;
b Crie um ambiente acolhedor, com recursos de acessibilidade e noções básicas de Libras


Érika
Vanessa: da crise ao
sucesso no varejo
Por:AugustoAndrade
A trajetória de Érika Vanessa no varejo de moda é a prova de que resiliência e visão de mercado podem transformar crises em oportunidades Natural de Campina Grande, ela começou do zero – literalmente com R$ 400 e dez looks – e hoje comanda a LovLov, marca que virou referência em estilo e atendimento personalizado, com vendas para todo o Brasil e exterior
Onde tudo começou
Casada há 18 anos com um jogador de futebol, Érika viveu uma jornada cheia de mudanças Morou em Maceió por três meses e depois em Portugal por seis anos e meio, acompanhando a carreira do marido.Quando retornaram ao Brasil, enfrentaram dificuldades financeiras Perderam tudo porque não entendiam como funcionava o mundo do futebol. Enquanto o marido enfrentava uma nova rotina de trabalho como motorista de aplicativo e taxista, ela atuou na AeC por três anos
Foi nesse contexto que surgiu a ideia de empreender "Decidimos abrir uma loja online e começar a vender roupas”, lembra. As primeiras peças foram compradas em Santa Cruz, dando início a uma jornada que começou com apenas dez looks A loja nasceu online comprando peças para revenda em sua casa. Após a pandemia, Érika abriu a primeira loja física, localizada no Babilônia Center, uma galeria de lojas no centro de Campina Grande ”O espaço não tinha nem um metro, era só um provador”, revela.
A ascenção da LovLov
A transição do online para o presencial transformou a LovLov em referência em Campina Grande, com vendas para todo o Brasil e exterior ”No empreendedorismo, o negócio foi se expandindo naturalmente, criando conexões entre mulheres através do estilo, da autoestima e do empoderamento”, explica Érika. Para ela, o varejo vai muito além de simplesmente vender produtos. ”Exige resiliência, visão de mercado e uma forte conexão com o cliente. Precisamos entender profundamente as necessidades das pessoas”, destaca. Essa filosofia se reflete na gestão da equipe, onde o dinamismo e a liderança são peçaschave.
Não basta apenas resolver problemas dos clientes ”A equipe que integra a minha loja muitas vezes lida com a antecipação de tendências de mercado, marketing, liderança e redes sociais”, afirma Apesar dos desafios, Érika acredita em um estilo de gestão próximo e inspirador: “trabalhar com pessoas não é uma tarefa fácil, mas eu acredito numa liderança próxima, inspiradora e participativa”, conclui
O caminho até aqui exigiu total dedicação ”Eu era minha própria equipe - postava, respondia, fotografava, fazia vídeos e entregava”, recorda. Mas ela enfatiza que o sucesso verdadeiro vem da constância e capacidade de adaptação: ”o mercado muda o tempo todo e os clientes também”, dessa forma, é preciso evoluir junto com eles.


A arte de conectar: o equilíbrio entre digital e humano
Érika Vanessa tem uma visão muito clara sobre o atendimento: não adianta fazer um trabalho impecável nas compras no Instagram se o cliente chegar na loja e não for bem atendido


Na LovLov, essa filosofia se materializa em ações concretas: ela mesma responde mensagens nas redes sociais para criar conexões genuínas, mantém presença constante no ponto físico ao lado de funcionários antigos e promove reuniões semanais que garantem que toda a equipe esteja alinhada com a experiência do cliente.
Antecipando desejos
Érika mantém o pulso no mercado de moda Ela acompanha redes sociais, influenciadoras e desfiles de moda para entender o que está em alta Viaja com frequência para compras e mantém contato com diversos fornecedores que a mantêm atualizada com as novidades. Essa busca constante por inovação reflete sua filosofia pessoal: “Coragem, determinação e mentalidade de crescimento. Empreender é desafiador e surgem inúmeros questionamentos, mas ter a clareza do propósito e a persistência para seguir em frente”, afirma. e os clientes também”, dessa forma, é preciso evoluir junto com eles.
Conexão e olhar no futuro
A aposta no digital foi uma decisão visionária que marcou a trajetória de Érika “Começamos a vender online quando muitas lojas físicas ainda resistiam. Isso nos permitiu alcançar clientes em todo o país mesmo sendo pequenos”, afirma. Com uma estratégia bem definida, ela investiu no uso de hashtags personalizadas, na escuta ativa nas redes sociais e no entendimento profundo do seu público-alvo fatores que impulsionaram o crescimento da marca e consolidaram sua presença no ambiente digital. Mas, para além das ferramentas e estratégias, Érika acredita que empreender é, acima de tudo, um ato de coragem
Coragem para começar, determinação para continuar e mentalidade de crescimento para seguir em frente, mesmo diante dos desafios Tudo isso, sem perder de vista o propósito que move o negócio. Ela conclui com um insight poderoso: ”O varejo exige muito mais do que só vender um produto, é preciso realmente entender as necessidades das pessoas.”


Foto:ArquivoPessoal

Foto:ArquivoPessoal


Aeconomiacircularenvolve todososhabitantes
Por: Regina Amorim
A economia linear, baseada em extrair, produzir e descartar, está evoluindo para os princípios da economia circular. Fruto das primeiras revoluções industriais, a economia linear é um sistema poluente que degrada o meio ambiente e contribui para uma série de desafios globais, incluindo as mudanças climáticas e a perda de biodiversidade. Até 2030, com o crescimento de uma população global e renda suficiente para ampliar o consumo de bens e serviços, teremos sérios desafios ambientais e sociais. Na população mundial serão mais de 1 bilhão de pessoas vivendo na pobreza e desigualdade, carecendo do acesso a alimentos, água e energia.É preciso estimular cada vez mais novos modelos de negócios sustentáveis, em todos os territórios, abrir novas oportunidades de geração de renda nas economias regionais, com base na inovação, presente na economia circular, que tem o objetivo de eliminar o conceito de lixo, prolongar a vida útil de produtos e materiais, otimizando a sua restauração e o seu reaproveitamento. A economia circular está associada ao uso mais consciente de recursos naturais e energia, para otimizar a fabricação de produtos, gerar novos tipos de negócios e criar empregos locais

Por meio dela, podemos eliminar os resíduos e a poluição, ressignificar produtos e materiais e regenerar o meio ambiente, criando uma economia que beneficie as pessoas, as empresas e a natureza.É um sistema resiliente e positivo para as empresas, para as pessoas e para o ecossistema, que nos dá o poder de aumentar a prosperidade, gerar mais empregos e resiliência, ao mesmo tempo, que reduz as emissões de gases do efeito estufa, o desperdício e a poluição
A economia circular envolve todos os habitantes, entidades, governos e empresas de um território, gerando consciência e informações compartilhadas, desenvolvendo modelos de negócios inovadores Fico a imaginar que os gestores municipais e empresários, poderiam incluir como prioridade do desenvolvimento, o estímulo à economia criativa e à economia circular, contratando profissionais designers com expertise nessa temática

As escolas municipais também deveriam incluir no currículo escolar conteúdo básico que desperte nos alunos a sua criatividade, o estímulo ao consumo consciente e à reutilização de produtos e materiais O designer que cria produtos com impacto positivo, inspira-se nos sistemas naturais, onde não existe o conceito de desperdício, pois tudo é um recurso que se aproveita para outra coisa. A iluminação de led, tem baixo custo de operação A energia renovável é uma tendência, pois utiliza recursos ilimitados.
A parceria entre as indústrias de confecções, de artefatos de couro e outras, com as associações de artesanato, da sua cidade é uma atitude consciente e de responsabilidade social dos empresários, gerando oportunidades de emprego e renda.
Cabe ao poder público municipal disponibilizar o profissional, designer de produtos artesanais, para que esses artesãos, produzam com criatividade e inovação, peças artesanais e souvenirs, que atendam ao perfil do mercado consumidor.
A importância da venda de serviços em vez de produtos é uma ideia mais amplamente absorvida pela noção de economia circular Os brechós na sua cidade, são negócios da economia circular que vendem ou alugam roupas e acessórios, por preços mais justos, para outras pessoas Os brechós existem em todas as classes sociais.
A biomimética sustenta que podemos encontrar soluções para os desafios humanos imitando as estratégias da natureza. Exemplificando, os insetos são mais numerosos que os seres humanos, mas não causam poluição nem resíduos. Uma árvore que cai na floresta, serve de nutrientes para outros seres vivos Janine Benyus, autora de biomimética, define sua abordagem como “uma nova disciplina que estuda as melhores ideias da natureza e depois imita esses projetos e processos para resolver problemas humanos”.
É essencial criar produtos, processos e sistemas que resolvam nossos maiores desafios de design sustentável e em harmonia com toda a vida no planeta É essencial evoluir para as economias circular e criativa, sem preconceitos, mas com mudança na percepção de como as coisas devem ser feitas ou pensadas.





P o r : A u g u s t o A n d r a d e


INDICAÇÃO



Sinopse:


ABíbliadoVarejo
Autor:Constant Berkhout
Estratégiasde Marketinge Vendaspara Sobreviverà Revoluçãono Varejoe rosperar

ABíbliadoVarejodeCon utofereceuma perspecitivaaprofundad essenciaispara osucessonovarejo.Ademais,comumolhar experienteemodelosreais,oautorexpõeuma direçãopráticaeaplicávelparaempreendedorese profissionaisdoramo
AvacaRoxa
Autor:SethGoding

ComoTransformaro SeuNegócioese Destacardos Concorrentes
Sinopse: aprendaacriarprodutos eserviçosquevalhama penaser comercializadosem primeirolugar.









QUALÉOPRINCIPALCANAL DEVENDASUTILIZADOPELOS VAREJISTASATUALMENTE?


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