1930
1908
Investimento no setor imobiliário
Campo Grande
Plano de Bairro na Cidade Dutra por Alfred Agache Início das obras da Represa Gurarapiranga
Estado de São Paulo
Socorro
Cidade Dutra
ARCO DO J U R U B AT U B A
Forte investimento no setor de civil União de Santo Amaro ao município de São Paulo Crescimento da população na região Sul Bairros operários Implantação do Autódramo Implantação - Av. Interlagos
1950
Sistemas de Marginais Estação Jurubatuba e Santo Amaro (escoamento da prod. industrial) Projetos de Bairro no distrito de Campo Grande pela Cia City e Light
Processo de ocupação histórica
Município de São Paulo
Requalificação
Plano Prestes Maia Retificação dos Rios Pinheiros e Tietê Projetos de alto padrão pela Light e Cia city Industrialização das várzeas Início das obras da Represa Billings
1940
“No processo de transformação das várzeas o vazio vem sendo ocupado por intervenções que visam atender ao conjunto da cidade a não ao lugar em que elas se fixam, por isso tendem a operar como desarticuladores na esfera local.” (FRANCO, 2005, p. 63)
Seu processo de ocupação se inicia em 1907 com a construção da represa Guarapiranga, seguido em 1910 com o projeto de urbanização de plano de bairro por Alfred Agache no bairro da Cidade Dutra. Com o avanço das tecnologias e a expansão da mancha urbana em São Paulo, começam a surgir discussões acerca dos problemas que os Rios Pinheiros e Tietê provocam nas várzeas até então ocupadas principalmente pelas indústrias. A partir desse momento o governo investe em projetos de retificação dos rios, incentivados pelos interesses do mercado para futuras ocupações nas várzeas dos rios. Nesse ínterim ocorreu um estudo de plano de sistema viário, que mais tarde viria a ser o Plano Prestes Maia, que visava a maior circulação de veículos e transportes na cidade de São Paulo. Em 1930 se iniciam as obras de retificação dos Rios Pinheiros e Tietê, com a justificativa de melhorar as condições de insalubridade das várzeas, reforçadas com a aprovação do Plano de Avenidas que será implantado simultaneamente. A intervenção rodoviarista logicamente beneficiou momentaneamente o mercado imobiliário, como a Companhia City e Light. A atuação dessas empresas na Zona Sul de São Paulo foi significativa a partir da retificação dos rios e do plano de avenidas, uma vez que ambas realizaram parcerias para projetos de bairros residenciais, sendo parte para o público de alta renda e outros para o público de renda mais baixa. Pontualmente no distrito de Campo Grande, nas margens do Rio Pinheiros, a Light construiu a usina termoelétrica de Piratininga. Com a vinda de mais indústrias em meados de 1945, o número de projetos de bairros cresceu, sendo implantados agora os bairros operários, necessitando consequentemente de novas vias para essa nova demanda,
1970
2000
Início da ocupação consolidada residencial nos distritos da Cidade Dutra e Campo Grande Processo de implantação de infraestrutura Implantação da Linha cptm
Fim do processo de consolidação e início do processo ociosidade Ainda apresenta forte presença do comércio local Em 2004 o plano diretor facilita a mobilidade local com o novo sistema de linhas de ônibus
2010
Processo de implantação do mercado imobiliário e outorga onerosa Abandono e ociosidade na maior parte dos imóveis industriais e noturnos
723 730 735 740 745 750 755 760 765 770 775 780 785 790 795 800m
Sendo um local entre várzeas a topografia se revela acentuada em poucos pontos, ou seja, alta amplitude de elevação. É possível deduzir a partir da hipsometria que as áreas alagáveis concordam com a topografia. A água pluvial escorre em direção ao Rio Pinheiros e à Represa Guarapiranga. Segundo (FRANCO, 2005) as cotas de inundação frequente em São Paulo são 720 à 725 m.
Apesar de parecer uma grande quantidade de áreas verdes, o mapa da cobertura vegetal indica que na realidade não constituem uma massa arbórea que se interligam, portanto não constituem uma cobertura vegetal nativa, são apenas fragmentos da Mata Atlântica. A área em que mais se encontra uma boa distribuição de árvores é no bairro da Cidade Dutra, onde há o projeto de Alfred Agache, um bairro jardim.
Fonte: Mapa Digital da Cidade de São Paulo. Elaborado por Audrey Ueno
Fonte: Mapa Digital da Cidade de São Paulo. Elaborado por Audrey Ueno
O uso e ocupação também define a densidade local, onde há maior comércio e residências há maior densidade, nota-se que coincide com os cheios e vazios também, onde há maior mancha de espaços cheios, é onde há maior densidade. Se distribui de forma homogênea nas várzeas com baixa densidade, principalmente por essas serem ocupadas por indústrias, galpões, o bairro jardim de Agache e lugares atualmente abandonados. Os locais com densidade média são as áreas próximas a eixos viários importantes. Enquanto as maiores densidades são lugares periféricos ou ocupações irregulares. 0 - 25
100 - 150
25 - 50
300 - 500
50 - 100
Acima de 500
“No processo de transformação das várzeas o vazio vem sendo ocupado por intervenções que visam atender ao conjunto da cidade a não ao lugar em que elas se fixam, por isso tendem a operar como desarticuladores na esfera local.” (FRANCO, 2005, p. 63)
Uso e ocupação
Densidade (hab/ha)
Fonte: Mapa Digital da Cidade de São Paulo. Elaborado por Audrey Ueno
2
O mapa de uso e ocupação reafirma o processo histórico de ocupação predominante por indústrias e bairros residenciais. Este cenário vem aos poucos mudando de caráter na faixa da Av. das Nações Unidas, onde há maior movimentação no setor de comércio e serviços.
Fonte: Mapa Digital da Cidade de São Paulo. Elaborado por Audrey Ueno
Índustrias e armazéns Comércios e seriços Armazéns e residencial Residencial Uso especial Lugares abandonados
Equipamentos
Risco geológico Sendo o risco geológico uma condição de desastre natural, ele é um fator de influência para o índice de vulnerabilidade. Esse mapa reafirma as condições mostradas no mapa de hipsometria, que também indica a relação das águas pluviais com a topografia da região, portanto as áreas de risco geológico são as que estão sujeitas a inundações e consequentemente deslizamento.
Educação privada Educação pública Hospitais
1
Diagnóstico Concentração de indústrias
Centralidades
Fios de alta tensão
Concentração de armazéns
Marcos
Dutos
Falta de areas verdes e vegetação
Bairro tombado - Agache
Área com pouco comércio
Terrenos e construções abandonadas
Comunidades
Bombeiros
Fonte: Mapa Digital da Cidade de São Paulo. Elaborado por Audrey Ueno
Fonte: Mapa Digital da Cidade de São Paulo. Elaborado por Audrey Ueno
Linhas de ônibus
B
Ponto de ônibus Ciclovia Linha esmeralda cptm
A B
Estação Autódramo
C
Estação Socorro
Estação Jurubaturba
ZERa
ZEIS3
ZEU
ZER2
ZEIS1
ZEUa
ZC
ZOE
ZEM
ZMa
ZEPAM
ZEUPu
ZM
ZPI2
Gab máx (45m)/ C.A (4,0) - Novo eixo de uso misto (comer e serv)
Intervenção infraestrutura
Gab máx (36m)/ C.A (4,0) - Zona de transição de gabarito e uso
Novas vias
Gab máx (28m)/ C.A (4,0) - Incentivo para ZEIS 1 e 3 e uso residencial
Instalação de um terminal de transporte local
Gab máx (15m)/ C.A (4,0) - Transformação pelo mercado imobiliário
- Após a compreensão das problemáticas e dos potenciais, as propostas são um conjunto de ambos. Para tanto será implantado: - Transposição na estação Jurubatuba - Implantação um parque que fará o papel da conectividade da fauna e flora local entre várzeas, - Requalificação de parte das vias, valorizando pedestres e ciclistas, criando novos fluxos de transporte público. - implantação de um terminal local de ônibus - Uma nova proposta de adensamento, deslocado uma parte de famílias em situação de risco para uma nova habitação nas proximidades Todos esses fatores em conjunto criam uma nova identidade para os residentes e atraem mais pessoas ao local e consequentemente a vivência e troca de experiências acarretam numa boa urbanidade.
A
Apesar de aparentar ser bem servida de transportes, a escala entre as conexões para o outro lado do rio Pinheiros são grandes, e as viagens acabam sendo demoradas para as pessoas que não moram perto das estações de trem. Av. Interlagos Av. Victor Manzini Av. Rio Bonito R. Olivia Guedes Penteado Av. Atântica Av. Nações Unidas Av. Nossa Senhora do Sabará Rua Miguel Yunes Av. Jair Ribeiro da Silva
Espaços livres
Desapropriação
Espaçsos livre + desapropriação Desapropriação Espaço livre
Propostas
Mobilidade
ZDE 2
Intervenção de paisagismo
- Alto potencial de transformação nas áreas com edifícios ociosos - Conexão de Fauna e Flora através da infraestrutura verde entre várzeas - Potencial de novo adensamento - Produção de novos lugares para ZEIS 1 e ZEIS 3 - Potencial de implantação de equipamentos de incentivo à produção cultural e de pesquisa - Atividades ao ar livre - Forte potencial de identidade com a população local.
Média vulnerabilidade
O zoneamento do Plano Diretor Estratégico de São Paulo vem de um profundo estudo e previsões da expansão da cidade. Todavia na área analisada as ZEIS 1 e ZEIS 3 estão localizadas em sítios que contradizem o plano diretor. Essas estão avançando em áreas que estão expostas às inundações e risco geológico, além de estarem avançando em trechos da ZEPAM. Uma solução seria deslocar as ZEIS 1 E ZEIS 3 para outras áreas próximas, com menos risco de vulnerabilidade.
Gabarito de altura e nova ocupação
Potenciais
Tansporte
Alta vulnerabilidade
Zoneamento
Gabarito de altura - PIU ACJ
A predominância de poucos tipos de uso e ocupação da região, criaram esse cenário de bairro dormitório, tornando a região monótona, com pouca troca e vivência. Não há como falar em urbanidade e não haver troca de experiências e vivências. Pelo caráter de bairro jardim em grande parte do território se torna difícil implantar as novas estratégias de urbanidade; por outro lado o espaço livre encontrado através de imóveis ociosos e abandonados, traz um pouco de luz sobre a tipologia de projeto que pode ser realizado. Existem diversos elementos estruturadores de partido nessa região, cada solução seria um projeto de revitalização por si só. Entretanto este trabalho se revela como uma requalificação através do planejamento urbano.
- Os maiores problemas encontrados foram : - A falta de uma transposição que interligue os lados do Rio Pinheiros na altura da estação Jurubatuba. - Pouca mobilidade para pedestres e ciclistas - Alta densidade de pessoas em lugares de alta vulnerabilidade - Pouco ou nenhum tratamento vegetativo -Pouca urbanidade
Lazer esporte
C
O índice de vulnerabilidade é um conjunto de infomações sobre diversos fatores sobre infraestrutura e elementos estruturadores. A carência desses elementos tornam a população exposta criando cenários precários de vida. Neste caso as áreas com maiores índices de vulnerabilidade condizem com as informações demonstradas nos mapas anteriores, que são áreas de risco geológico, com alta densidade populacional e poderio econômico baixo, ou seja, comunidades.
Tipo de intervenção das vias
Problemáticas
Polícia Lazer cultural
Risco baixo
Índice de vulnerabilidade
Planejamento de intervenção
outras unidades de saúde
Risco médio Fonte: Mapa Digital da Cidade de São Paulo. Elaborado por Audrey Ueno
Este plano não sofreu alteração entre o período de 2016 a 2020.
2016 - 2020 - ????
De acordo com as análises realizadas na área estudada. Possui uma alta concentração de indústrias, galpões, edifícios ociosos e abandonados, praticamente nenhuma cobertura arbórea nativa nas áreas de várzeas, insuficiência de equipamentos culturais, carência de infraestrutura (BRAGA, 2006) nas áreas de vulnerabilidade, Incentivo no avanço da ocupação das várzeas, falta de conexão entre modais de transporte. Entende-se que todas essas características são parte do processo de ocupação do local, todos esses fatores contribuem para a produção de não lugares, uma vez que a paisagem se ordena através de indústrias e galpões que não contribuem para a relação do espaço e produção cultural do bairro, consequentemente assumem a posição de espaços excludentes, reafirmando o discurso de Fernando de Mello Franco quando diz:
3
Limite do PIU ACJ
2016 PIU do Arco do Jurubatuba
Diagnóstico Cobertura vegetal e áreas verdes
Intervenção proposta
O plano de intervenção urbana Arco do Jurubatuba foi realizado em 2016. Proveniente de um diagnóstico multidisciplinar de quatro equipes onde identificaram as potencialidades e os problemas da área. Em um determinado momento se reparou que as equipes apontaram necessidades semelhantes como: -Transposição nas margens do Rio Pinheiros, principalmente próximo a estação do Jurubatuba -Criação e melhoria das áreas verdes nas margens do Rio Pinheiros -Equipamentos públicos culturais -Incentivo a economia local e adequação da existente -Transformação das áreas ociosas e subsidiadas. No entanto, o diagnóstico e as diretrizes propostas pelo PIU ACJ não condizem com as problemáticas identificadas pelas equipes. O plano e as propostas focam em como obter mais verticalização da região, e solucionar o problema de ociosidade do autódromo. Logo pode-se dizer que os problemas reais de quem mora em no ACJ não serão resolvidos.
2014 novo Plano diretor do município de São Paulo
para isso foi criada a Avenida Interlagos, juntamente com o Autódromo Interlagos, com o objetivo de recreação da população local. Em 1950 fora aprovado o sistema de Marginais que possibilitou novamente um adensamento das várzeas dos rios, trazendo a onda das indústrias automobilísticas. Para o escoamento dessa produção foram implantadas as ferrovias de Santo Amaro e Jurubatuba, mais tarde em 1970 essas estações foram integradas ao sistema de ferroviário da CPTM, linha esmeralda. A partir de 1970 a ocupação dos distritos de Socorro, Cidade Dutra e Campo Grande se deu de modo desordenado, com caráter de ocupação predominantemente residencial e industrial, esse cenário permaneceu inalterado até o período de 2008. A consolidação do local se tornou um problema visto que consequentemente se tornaram bairros dormitórios, os comércios aos poucos começaram a se tornar ociosos, e a quantidade de edifícios abandonados cresce cada dia mais. Houve um crescimento de empreendimentos residenciais, a partir de 2008 na região do Arco do Jurubatuba. Os projetos são as torres residenciais que utilizam da outorga onerosa para sua implantação, em sua maioria estes edifícios possuem 24 andares. Esse movimento foi freado por um breve momento pelo novo Plano Diretor estratégico de São Paulo (2014) e pela crise imobiliária. Entretanto, atualmente de 2018 a 2020 é possível notar a retomada desses empreendimentos, que aos poucos estão descaracterizando os locais.
Análise urbana Hipsometria
Plano de Intervenção Urbana - PIU ACJ
2014
Diretrizes projetuais Linha de ônibus existente Estações de trem Comunidades em vulnerabilidade e risco Potencial para uso misto Readequação viária
Implantação da tranferência de
Infraestrutura verde
poder construtivo
Transposição
Novo plano de ocupaçao
Novas linhas de ônibus
Recorte
Nova área comercial de bairro
Implantação de parque e
Áreas comerciais de bairro
vegetação nativa
Recorte
O recorte escolhido foi definido considerando a similaridade da paisagem a partir dos problemas identificados e das propostas realizadas, acaba no limite dos eixos viários que serão requalificados, originando o desenho do recorte.
Potencial de Transformação
Espaçsos livre + transformação
Desapropriação + transformação
Transformação
Transformação
Espaço livre
Desapropriado
C.A máx utilizado (4) T.O máx (2,5) Apartamento tipo A - 54m² Apartamento tipo B - 72 m² Apartamento tipo C - 88m² Área verde (10%): 9.065,65 m ² Área institucional (5%): 4.532,57 m ² Área sem afetação (10%): 9.065,15 m ²
Quadra1 - 400 unidades totais Quadra2 - 385 unidades totais Quadra 3 - 360 unidades totais Quadra 4 - 396 unidades totais Quadra 5 - 273 unidades totais Quadra 6 - 232 unidades totais Quadra 7 - 234 unidades totais Quadra 8 - Institucional + área verde doada
Área total da Gleba: 110. 151,10 m² (com viário) 90.651,65 m ² (sem viário) OBS: a área de viário existente atende os 15% de viário
Densidade final: número de habitações / A ha 2280 hab / 7,95ha = 286 hab/ha
Podem ser deslocadas em torno de
1000 famílias
01/2