Revista Fonte de Água Viva - nº 8

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www.radiofontedeaguaviva.net Revista da Associação Católica Fonte de Água Viva – ACFAV – Edição 8

EDIÇÃO ESPECIAL SANTA TERESINHA 1

Revista Fonte de Água Viva – Edição Especial Nº 8


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Sumário Uma Edição Especial ................................................................................................................. 4 Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (1873 – 1897)........................................... 5 Veja Datas Importantes da Vida de Santa Teresinha ................................................................ 17 Alençon (1873-1877) ....................................................................................................... 17 Lisieux (1877-1888) ......................................................................................................... 17 Carmelo (1888-1897)....................................................................................................... 20 Fatos póstumos ............................................................................................................... 23 Pensamentos e Frases de Santa Teresinha .............................................................................. 25 Torne-se Um Sócio Evangelizador ........................................................................................... 33 Novena das Rosas ................................................................................................................... 35 Orações a Santa Teresinha ...................................................................................................... 37

EXPEDIENTE A Revista Fonte de Água Viva é uma publicação da Associação Católica Fonte de Água Viva (ACFAV). Contatos: Site : www.radiofontedeaguaviva.net – e-mail: acfav@hotmail.com Colaboraram nesta edição: Edmilson Aparecido; Pe. Zezinho,sc; Rosemary Pereira Mota. Agradecimentos: Rádio Fonte de Água Viva; CNBB; Congregação dos Padres Dehonianos, Basílica Santa Teresinha. É permitida a reprodução dos artigos aqui contidos, favor citar autor e fonte.

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Editorial

Uma Edição Especial Estamos dedicando esta edição a uma das Santas mais populares de todo o mundo: Santa Teresinha do Menino Jesus. Ao longo dessa edição você conhecera a história desta menina que mesmo sem sair do convento onde morou conseguiu Evangelizar o mundo inteiro. Também conhecerá seus pensamentos e ensinamentos que nos leva até uma verdadeira experiência com Deus. Pedimos que você nos ajude a levarmos essa edição ao maior número de pessoas. Assim como Santa Teresinha que sonhava em ser missionária, que você possa ser um verdadeiro missionário, uma verdadeira missionária, levando essa mensagem de paz e amor a todas as pessoas do mundo. Santa Teresinha – Rogai Por Nós!

A Redação

Cantinho do Leitor Este espaço é seu querido(a) leitor(a), participe enviando criticas, elogios e sugestões. Revista Fonte de Água Viva e-mail: acfav@hotmail.com Site: www.radiofontedeaguaviva.net Facebook: www.facebook.com/associacaocatolicafontedeaguaviva Contamos com sua Participação!!!

OBS: Nesta Edição Não Publicaremos as Cartas e e-mails recebidos

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Vida de Santa Teresinha - Biografia

Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face (1873 – 1897) Maria Francisca Teresa Martin nasceu em Alençon, França, no dia 2 de janeiro de 1873, cercada de grande afeto e educada pelos pais, Zélia e Luís Martin, segundo sólidos valores cristãos. Foi batizada dois dias depois do nascimento, tendo como madrinha a irmã mais velha, Maria (1860-1940), que depois se tornaria irmã Maria do Sagrado Coração. Teresa era a caçula de cinco irmãs, todas as quais se dedicaram à vida religiosa. Além de Maria, havia Paulina (1861-1951) futuramente, madre Inês de Jesus; Leônia (1863-1941) depois irmã Maria Francisca Teresa; e Celina (1869-1959) mais tarde irmã Genoveva da Sagrada Face. O casal Martin teve outros quatro filhos, que morreram ainda na infância. Chegou-se a temer que Teresa tivesse o mesmo fim pois, desde o início da vida, a pequena sofria com crises de enterite. Santa Teresinha e Sua Irmã Celina Não tendo a Sra. Zélia Martin como alimentar a caçula, confiou-a a uma ama de leite que morava numa aldeia distante cerca de duas horas de Alençon. Ali Teresa permaneceu de março de 1873 a abril de 1874, quando retornou a casa. Depois desse percalço, Teresa teve uma infância extremamente feliz. Todos os escritos de sua mãe dão conta de que ela era uma criança alegre, esperta, carinhosa e obstinada. E assim permaneceu até os quatro anos, ocasião em que sua mãe morreu de câncer (em 28 de agosto de 1877). Antes desse evento, diz Teresa, “tudo me sorria na terra. Deparava com flores a cada passo que desse, e minha boa índole contribuía também para me tornar a vida agradável. Ia, porém, começar um novo período para minha alma. Devia passar pelo cadinho da provação e sofrer desde a minha infância, a fim de que pudesse ser oferecida mais cedo a Jesus. Assim como as flores da primavera começam a germinar debaixo da neve e desabrocham aos primeiros raios de sol, assim também a florinha (...) teve que passar pelo inverno da provação” (Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face. História de uma alma: manuscritos autobiográficos. 2ª. ed., São Paulo: Paulus, 2008. p. 45). Sem a Sra. Martin, cujo sofrimento durante a doença permanecera vivo na mente de Teresa por muitos anos, a caçula da família escolheu a irmã Paulina como sua “segunda mãe”.

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Após a morte da esposa, o Sr. Martin decide mudar-se para a cidade de Lisieux, por insistência de seu cunhado, Isidoro Guérin. Instalados na casa conhecida como “Os Buissonnets”, tinham contato frequente com os tios maternos de Teresa, que ajudaram em sua educação, e com as primas Joana e Maria. Nesse período (entre os quatro e os 14 anos), Teresinha identifica, após a infância extremamente feliz, o segundo e mais doloroso momento de sua vida especialmente depois do ingresso de Paulina no Carmelo, em outubro de 1882. A menina antes extrovertida torna-se tímida, passa a chorar com facilidade e diz só sentir-se bem em família.

Os Buissonnets Com oito anos e meio, Teresa, que até essa idade havia estudado em casa, com as irmãs Maria e Paulina, entrou para um pensionato mantido por monjas beneditinas na Abadia de Notre-Damedu-Pré, em Lisieux, onde estudou até os 13 anos. Esse período foi muito difícil para a pequena Teresa, que considera os cinco anos que passou na abadia os mais tristes de sua vida. Não porque tivesse dificuldade com os estudos (ao contrário, era quase sempre a primeira da turma, embora tenha entrado em classe de alunas mais velhas que ela, graças à boa educação que tivera em casa), mas porque se sentia deslocada, não gostava de brincar da forma como as outras crianças brincavam, “parecia-

lhe [...] muito desagradável viver entre flores de toda espécie, com raízes às vezes um tanto grosseiras [...]” (op. cit., p. 66). Depois que deixou a abadia, continuou sua educação tomando aulas semanais com uma professora particular, Sra. Papineau. Teresa tinha nove anos quando sua “segunda mãe” entrou para o Carmelo, fato que lhe deixou desolada e que intensificou a dor da ainda não cicatrizada ferida pela perda da mãe. Com esse acontecimento, diz ter compreendido “num instante” o que era a vida: sofrimento e separação contínua. Diz ela: “derramei lágrimas bem amargas, pois ainda não compreendia o gozo do sacrifício” (op. cit., p. 72). No entanto, quando sua doce “mãe” lhe explicou como era a vida no Carmelo, Teresa quis seguir o mesmo caminho, não por Paulina, “mas por Jesus tão somente” (op. cit., p.73). Compreendendo que aquele era um chamado divino, Paulina levou a irmã para visitar a madre priora do Carmelo, Maria de Gonzaga, que acreditou na sinceridade do desejo e na vocação de Teresa, mas advertiu-lhe que seria preciso aguardar até os 16 anos. Frágil emocional e fisicamente, aos 10 anos de idade a “rainhazinha” do Sr. Martin é acometida de uma doença de diagnóstico incerto. Certa noite, após um passeio com o tio em que ele lhe falou sobre sua mãe, Teresa começou a ter tremores, anorexia, alucinações, que se agravaram até que ficou sem poder falar. Os médicos não conseguiam nem mesmo fazer um diagnóstico de sua enfermidade. No entanto, ela foi instantamente curada após um sorriso de uma imagem de Maria Santíssima, a quem a família invocava sob o título de Nossa Senhora das Vitórias, que se encontrava em seu quarto – daí a origem da devoção à “Virgem do Sorriso”. Formidavelmente, tudo isso aconteceu num dia 13 de maio, porém o 6

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ano era 1883 – mais de 30 anos antes da primeira aparição de Nossa Senhora em Fátima (em 1917).

Nossa Senhora do Sorriso Em 8 de maio de 1884, Teresa faz sua primeira comunhão, motivo de grande júbilo para toda a família. O acontecimento foi comparado por ela a um beijo de amor, ou, mais ainda, a uma fusão de amor com Jesus. No dia 14 de junho do mesmo ano, recebeu o sacramento da Confirmação, tendo sido sua madrinha a irmã Leônia. “Nesse dia”, diz ela, “recebi a força de sofrer, pois logo em seguida devia começar o martírio de minha alma...” (op. cit., p. 95). A Florzinha branca, que já havia muito pensava em seguir o caminho da irmã Paulina, acalentava cada vez mais o sonho de ser carmelita. Mas antes dela foi a vez da irmã mais velha, Maria, entrar para o Carmelo (para o mesmo convento onde se encontrava Paulina), em 15 de outubro de 1886.

Por volta de um ano após sua primeira comunhão, e por cerca de um ano e meio, Teresa foi atormentada pela “doença dos escrúpulos”, pela qual tudo se lhe afigurava pecado, e tudo parecia ser impeditivo para receber a Eucaristia. “É preciso passar por tal martírio para o compreender. [...] Todos os meus pensamentos e as mais simples atividades se tornavam para mim motivo de perturbação” (op. cit., p. 100). Teresa só sentia algum alívio quando contava os seus pensamentos à irmã Maria, que a acalmava e orientava. Depois que Maria entrou para o Carmelo, a caçula passou a dirigir-se sobre essa questão aos seus quatro irmãos falecidos: “Foi aos quatro anjinhos, meus predecessores lá no alto, que me dirigi com a ideia de que suas almas inocentes, por não terem jamais conhecido inquietações nem temores, deviam compadecer-se de sua pobre maninha que sofria aqui na terra [...] (op. cit., pp. 109-110). Diz ela que a resposta não se fez esperar e que a paz logo lhe inundou a alma com sua “deliciosa exuberância” (op. cit., p. 110). Ainda antes dos 14 anos, uma de suas principais leituras foi o livro A imitação de Cristo, que de tanto ler sabia quase de cor. Ao lado da Sagrada Escritura, foi na Imitação de Cristo que a santa dizia encontrar “alimento sólido e todo puro” para a sua espiritualidade (op. cit., p. 197). Por volta de 17 ou 18 anos, encontrou luzes e sustento espiritual nas obras de São João da Cruz. Mas foi sem dúvida nos Evangelhos que encontrou “tudo quanto minha pobre alminha necessita. Nele sempre encontro novas luzes, sentidos ocultos e misteriosos... Compreendo, e sei por experiência, que o reino de Deus está dentro de nós. Jesus não precisa de livros nem de doutores para instruir as almas. Ele, o Doutor dos doutores, ensina sem ruído de palavras [...] É quem me orienta,

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inspirando-me o que devo dizer ou fazer” (op. cit., p. 197).

A graça da Maturidade Espiritual Teresa, assumidamente mimada e demasiadamente sensível (a ponto de admitir que se havia tornado “realmente insuportável” em razão dessa peculiaridade – op. cit., p. 111), diz que “recebeu a graça de sair da infância” após um acontecimento familiar que determinou uma guinada em sua vida. Esse evento acontece no Natal de 1886 e enseja o que ela considera a graça da conversão completa. Seguindo um antigo costume da família, ao chegar da missa da meia-noite foi pegar seus sapatos na lareira, os quais, previsivelmente, estariam com presentes. O pai, que sempre gostara de ver a filha dar gritos de alegria naquelas ocasiões, estava fisicamente cansado e, sem saber que a menina o ouvia, acabou por dizer palavras que a feriram: “Afinal, que sorte ser este o último ano!...” referindo-se ao fato de que, no ano seguinte, o pequeno ritual seria dispensado, já estando a caçula com 14 anos. A emotiva Teresa, que subia as escadas da casa, ficou com lágrimas nos olhos e, disfarçando, continuou seu trajeto. Apenas a irmã Celina percebeu o que se passara. Teresa então sufocou as lágrimas e, contrariando seu comportamento habitual, refez-se e desceu rapidamente as escadas. É que num átimo Jesus lhe transformara o coração fazendo-a amadurecer instantaneamente. Diz ela que o Bom Deus operou um pequeno milagre para fazê-la crescer de uma vez (op. cit., p. 112) e transformar a menina mimada e sensível em pessoa forte e corajosa, “vindo a justificar-se a observação que me fora feita: „Tanto choras em tua

infância que não te sobrarão lágrimas para chorar mais tarde!‟” (op. cit., p. 112). De fato, ali, diz ela, Jesus quis mostrar-lhe que devia livrar-se dos defeitos da infância, e daquele momento em diante estancou-se a fonte de suas lágrimas (op. cit., p. 112).

Santa Teresinha aos 15 anos Nessa noite de Natal Teresa identifica o início do terceiro período de sua vida, o mais belo de todos e o mais repleto de graças do céu. A partir daí, passou a sentir de forma ineditamente intensa o desejo de trabalhar pela conversão dos pecadores, de ser pescadora de almas: “Senti, numa palavra, a caridade penetrar-me no coração, a necessidade de esquecer-me a mim mesma, para dar prazer e, desde então, fui feliz! (op. cit., p. 113). Certo domingo, olhando condoída uma gravura de Nosso Senhor na cruz, e meditando sobre suas palavras – “Tenho sede” – sentiu intenso desejo de dar de beber ao seu Bem-Amado e sentiu-se ela própria sedenta de almas (nesse momento, ainda não as de sacerdotes, como ocorreria 8

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mais tarde, mas as de grandes pecadores). No ano seguinte (1887), ocorre um episódio marcante para a espiritualidade de Teresa. O execrado Henrique Pranzini, que havia assassinado duas mulheres e uma criança em Paris, fora condenado à morte. Nos meses de julho a agosto Teresa rezou intensamente pela salvação da alma do criminoso, que não demonstrava remorso, e pediu a Nosso Senhor um sinal de arrependimento do assassino. No fim de agosto, leu exultante nos jornais que no momento em que o pescoço de Pranzini foi colocado na guilhotina, ele agarrou um crucifixo que lhe dera um sacerdote e beijou três vezes as sagradas chagas. Era o sinal que ela havia pedido e que indicava a aprovação divina de seu desejo de ser pescadora de almas: “Não foi diante das chagas de Jesus, vendo correr seu sangue divino, que a sede de almas me calou no coração?” (op. cit., p. 115). Teresa considerou Pranzini o seu “primeiro filho” – ela que, mais tarde, já no Carmelo, diria a Nosso Senhor: vós o sabeis, não tenho outros tesouros senão as almas que vos aprouvestes unir à minha” (op. cit., p. 277).

Uma série de provações se seguiu à determinação de Teresa de entrar para o Carmelo. Logo de início, o tio materno, que ajudava o Sr. Martin na criação das filhas, proibiu Teresa de falar de sua vocação antes dos 17 anos. A menina ficou profundamente triste, mas resolveu, 15 dias depois, falar novamente com o tio. Nos três dias que antecederam a nova conversa, passou por uma “profunda noite da alma... Como Jesus no jardim da agonia, sentiame só, não encontrando consolo nem na terra, nem nos céus” (op. cit., p. 126). Mas no dia seguinte, um sábado – dia consagrado a Nossa Senhora –, conversando novamente com o tio, deparou com uma outra pessoa, que mostrou entender sua vocação e afirmou que a ela não faria oposição.

A Superação dos Obstáculos Para Entrar no Carmelo Teresa resolveu contar ao pai seu desejo de entrar para o Carmelo no dia de Pentecostes, 29 de maio de 1887. Apesar da tristeza por vislumbrar a separação de sua “rainhazinha”, o pai logo entendeu que essa era a vontade do Senhor, dizendo “que o Bom Deus lhe fazia grande honra em lhe pedir assim suas filhas” (op. cit., p. 124) – outras duas (Maria e Paulina) já estavam no convento.

Santa Teresinha aos 13 anos Por pouco tempo durou sua alegria, pois numa visita à irmã Paulina soube que o superior eclesiástico do Carmelo de Lisieux, padre Delatroëtte, só lhe permitiria entrar para o claustro aos 21 anos. Dirigiu-se então com o pai e a irmã Celina ao padre, mas novamente teve seus desejos frustrados. Como, por 9

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fim, o superior lhe afirmou que era apenas um delegado do bispo de Bayeux e Lisieux, Dom Hugonin (18231898), Teresa decidiu conversar com o prelado, com o firme intuito de demonstrar-lhe a firmeza de sua vocação; mas nesse encontro também não obteve resposta favorável.

Sagrada Face de Jesus Numa peregrinação a Roma, com o pai e a irmã Celina, feita por ocasião do áureo jubileu sacerdotal do Papa Leão XIII, teve uma audiência com o Sumo Pontífice. Depois de lhe beijar os pés, com os olhos marejados e a voz trêmula, pediu ao Santo Padre uma grande graça: a permissão de entrar para o Carmelo aos 15 anos de idade. Informado pelo vigário geral de D. Hugonin, monsenhor Révérony, de que o assunto estava sendo examinado pelos superiores do Carmelo, Leão XIII disse a Teresa: “Vamos lá... Vamos lá... Entrareis, se o Bom Deus o quiser!” (op. cit., p. 153). E o Bom Deus o quis. Finalmente, após inúmeros obstáculos, foi autorizada a entrada de Teresa para o Carmelo pelo

bispo de Bayeux, no dia 28 de dezembro de 1887. Porém a priora do Carmelo de Lisieux, madre Maria de Gonzaga, determinou que o ingresso se desse somente depois da Quaresma. Assim, em 9 de abril de 1888, quando era celebrada a festa da Anunciação, a Florzinha branca finalmente realizou o seu sonho. A escolha de seu nome religioso foi considerada por Teresa uma delicadeza do Menino Jesus. Desde cedo, ela se oferecera para ser um brinquedo nas mãos do Menino: “Dissera-lhe que se utilizasse de mim, não como brinquedo de valor, que as crianças se contentam em olhar, sem coragem de pegar nele, mas como bolinha sem nenhum valor, que poderia jogar ao chão, bater com o pé, furar, largar num canto, ou também apertar ao coração, quando fosse de seu agrado” (op. cit., p. 155). Ao meditar sobre qual seria o seu nome ao entrar para o Carmelo, ocorrera-lhe, como num sonho acordada, a lembrança de Jesus pequenino, e pensou que seria muito feliz se se chamasse Teresa do Menino Jesus (op. cit., p. 84). Sem saber de seus desejos, madre Maria de Gonzaga teve a idéia de chamá-la exatamente assim, para sua enorme alegria.

A Vida no Carmelo Logo depois que entrou para o claustro, Teresa fez, em 28 de maio de 1888, uma confissão geral, “como nunca fizera anteriormente”, com o padre Pichon, que, ao final, asseverou: “Na presença do Bom Deus, da Santíssima Virgem e de todos os Santos, declaro que jamais cometestes um só pecado mortal” (op. cit., p. 168). E assim aquela que recebeu tão grande graça de Nosso Senhor iniciou sua caminhada no Carmelo, sempre perseguindo o caminho da perfeição e da santidade em meio à vida de oração e trabalhos diários.

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No dia 10 de janeiro de 1889, Teresa recebeu o hábito da Ordem e escreveu pela primeira vez num santinho: “Irmã Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face”. Se a devoção ao Menino Jesus vinha da infância, a devoção à Sagrada Face iniciou-se por meio de sua irmã madre Inês de Jesus, já no início da vida religiosa de Teresa. No Carmelo, diznos a santa que as lágrimas e o sangue de Jesus se tornaram seu orvalho, e seu sol era a sua adorável Face, velada de pranto (op. cit., p. 170). Dessa forma, conseguiu aproximar-se de Jesus contemplando os sofrimentos expostos na sua Sagrada Face e adentrou os “mistérios de amor” nela escondidos, compreendendo enfim “o que vinha a ser a verdadeira glória” (op. cit., p. 171).

Santa Teresinha no Carmelo Nos dias que antecederam a cerimônia, Teresa andava triste porque tudo indicava que seu pai não poderia estar presente – desde o ano anterior ele apresentava sintomas da arteriosclerose cerebral que lhe provocou paralisia e tirou-lhe a sanidade mental, e que acabou por levá-lo à morte. Porém o Sr. Martin se recuperou

surpreendentemente e pôde participar, “formoso e imponente” (op. cit., p. 174), da solenidade, ocasião em que Teresa o abraçou pela última vez. Além de lhe conceder essa graça, Jesus quis agradá-la de tal forma que a presenteou com neve nesse dia glorioso – desde a infância, Teresa ficava extasiada com a neve (“quiçá por ser florzinha de inverno”, dizia ela (op. cit., p. 173), e sempre desejara que no dia de sua tomada de hábito a natureza estivesse, como ela, “enfeitada de branco” (op. cit., pp. 173-174). O que fora fazer no Carmelo, a Pequena Flor o disse antes de emitir os sagrados votos, no dia 8 de setembro de 1890, na festa da Natividade da Virgem Maria: “Declarei-o aos pés de Jesus-Hóstia no exame que precedeu minha profissão: „Vim para salvar as almas e, principalmente, para rezar pelos sacerdotes‟” (op. cit., p. 167). De fato, desde a viagem a Roma decidira-se firmemente a rezar especialmente pelas almas dessas pessoas tão especiais que se dedicam com tanto afinco ao reino de Deus. Na véspera de sua profissão, Teresa fora atormentada por dúvidas sobre sua vocação, o “demônio insuflava-me a certeza de que [a vida no Carmelo] não era feita para mim” (op. cit., p. 182). Porém uma conversa com sua mestra fez com que se pacificasse: “Ela, felizmente, viu mais claro do que eu, e tranquilizou-me por completo. Aliás, o ato de humildade que eu acabava de praticar afugentara o demônio, que talvez me não julgasse com ânimo de confessar minha tentação. Tão logo acabei de falar, dissiparam-se minhas dúvidas (op. cit., p. 183). Assim, no dia da profissão diz ter-se sentido “inundada por um caudal de paz...”, aduzindo que sua união com Jesus “não se efetuou entre trovões e relâmpagos, isto é, entre graças extraordinárias, mas

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no meio de uma ligeira brisa” (op. cit., p. 183).

No dia 24 de setembro de 1890 ocorreu a cerimônia de sua tomada de véu, à qual já não pôde comparecer o Sr. Martin. Um mês após a tomada de hábito de Teresa, seu pai fora internado na casa de saúde do Bom Salvador, em Caen, onde permaneceu por três anos. Tendo retornado a Lisieux em 1892, foi levado ao Carmelo para uma última visita às filhas, mas estava tão debilitado que mal podia falar. No momento de separar-se delas, só conseguiu dizer: “Até ao céu!” O Sr. Martin faleceu em 29 de julho de 1894, após uma longa e dolorosa doença que roubou a dignidade do querido “rei” de Teresa (a qual, apenas no Carmelo, numa conversa com a irmã Maria, foi compreender a visão que tivera, aos seis ou sete anos, das provações por que passaria o pai). Após a morte do Sr. Martin, a filha Celina, que até o fim cuidou do pai, junto com os tios maternos, entra também para o Carmelo, onde já se encontravam três das outras irmãs (Leônia entrou definitivamente para a Ordem da Visitação de Santa Maria, em Caen, em 1899, tendo recebido o nome de irmã Francisca Teresa). Aliás, a entrada de Celina no Carmelo foi o sinal que Teresinha pedira a Deus de que seu pai havia ido diretamente para o céu.

No dia 9 de junho de 1895, na festa da Santíssima Trindade, Teresa se oferece como vítima de holocausto ao Amor misericordioso de Deus, para salvação das almas. Ela, que considerava grandes e generosas as almas que se ofereciam como vítimas à justiça divina, preferiu oferecer-se ao amor do Pai, que “de todas as partes é desconhecido, rejeitado. Os corações a quem o desejais prodigalizar voltam-se para as criaturas, pedindo-lhes felicidade em troca de seu miserável afeto, em vez de se atirarem a vossos braços e aceitarem vosso amor infinito [...] Se vossa justiça, que só abrange a terra, tende a desobrigar-se, quanto mais não deseja vosso amor misericordioso abrasar as almas, porque vossa misericórdia sobe até os céus” (op. cit., p. 198). No início de 1895, por determinação de madre Inês de Jesus, Teresa dá início aos escritos que futuramente comporão o livro História de uma alma, que resume a vida e a doutrina da Santa das Rosas. A obra, publicada um ano após sua morte, já foi traduzida em 58 idiomas e é responsável por várias histórias de conversão em todo o mundo. Em fins de 1895, Teresa recebe uma grande graça. Ela, que sempre desejou ter um irmão sacerdote, pensava que se os seus irmãozinhos tivessem sobrevivido esse sonho se poderia realizar. “Eis como Jesus não só me concedeu a graça que almejava, mas uniu-me pelos vínculos da alma a dois de seus apóstolos, que se tornaram meus irmãos (op. cit., p. 273). No dia 17 de outubro, madre Inês de Jesus lhe confia a tarefa de ser irmã espiritual de um jovem seminarista da diocese de Bayeux (que veio a ser o padre Maurício Bartalomeu Bellière), por cuja alma deveria zelar de modo especial com orações e sacrifícios. Depois, em 30 de maio de 1896, a então superiora 12

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madre Maria de Gonzaga perguntou-lhe se não queria tomar a seu encargo os interesses espirituais de um missionário, Adolfo Roulland, seminarista da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, que fora ordenado em 28 de junho 1896. “Pois bem, eis como me pus em união espiritual com os apóstolos que Jesus me dera na qualidade de irmãos”, disse a Florzinha de Jesus (op. cit., p. 276).

eco muito fiel. Permiti-me que vos conte porque desejei e ainda desejo, caso a Santíssima Virgem me cure, abandonar, em favor de uma terra estranha, o delicioso oásis onde vivo tão ditosa sob o vosso maternal olhar. [...] dissestes-me [...] que eu tinha tal vocação, e que o único obstáculo seria minha saúde” (op. cit., 237). Mas não foi da vontade de Deus que Teresa partisse em missão. Entretanto, Ele, que sempre atendeu sobejamente os desejos da Santa, fez que, após sua morte, ela fosse declarada Padroeira Universal das Missões, sem nunca ter saído do Carmelo, ratificando o valor da oração e do sacrifício para a salvação das almas. Diz-nos o papa Bento XVI: “todo cristão, mesmo se é forçado a viver na solidão, pode ser um missionário autêntico através da oração”.

Padecimento e Morte

Nas várias ocupações que assumiu no Carmelo - rouparia, refeitório, sacristia, instrução de noviças (como auxiliar de madre Maria de Gonzaga) -, Teresa sempre procurou fazer suas tarefas com humildade e obediência. Esforçava-se por manter distância de Paulina e Maria, limitando-se às conversas na hora do recreio, já que “não foi para viver com minhas irmãs que vim ao Carmelo, mas unicamente para atender ao chamado de Jesus” (op. cit., p. 235). Em meio a sua rotina, nutria o desejo de ser missionária. Mesmo já doente, dirigiuse à superiora madre Maria de Gonzaga assim dizendo: “Bem o sabeis, minha querida madre, vossa aspiração apostólica encontra em minha alma um

Desde o início de 1896, Teresa, que ao longo de sua vida no Carmelo já experimentara diversos momentos de aridez espiritual, passou pela grande provação da tentação contra a fé. Com a alma invadida por “densas trevas”, o pensamento do céu, tão doce para ela, já não era senão motivo de luta e tormento (op. cit., 231). Assim explica o estado em que se encontrava: “De repente, [...] os nevoeiros que me cercam ficam mais compactos, penetram-me na alma, envolvem-na de tal sorte que já me não é possível reconhecer a imagem tão doce de minha Pátria [o céu]. Lá se foi tudo! Quando quero repousar meu coração, fatigado das trevas que o rodeiam, com a evocação do país luminoso pelo qual aspiro, meu tormento redobra. Parece-me que as trevas, tomando a voz dos pecadores, me dizem escarnecendo-se de mim: „Sonhas com a luz, uma pátria embalsamada dos mais suaves perfumes. Sonhas com a posse eterna do 13

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Criador de todas essas maravilhas. Crês que um dia sairás dos nevoeiros que te cercam! Avante, avante! Alegra-te com a morte. Dar-te-á não o que esperas, mas uma noite mais profunda ainda, a noite do nada” (op. cit., p. 232). Porém, ao invés de esmorecer, ela, que já apresentava sintomas da tuberculose que ocasionaria sua morte , empenhavase com mais fervor ainda aos atos de fé: “Ah! Que Jesus me perdoe se lhe fiz agravo. Sabe porém que eu, embora não esteja em gozo da fé, procuro pelo menos praticar as obras correspondentes. Acho que, de um ano pra cá, fiz mais atos de fé do que em toda a minha vida. A cada nova ocasião de combate, quando o inimigo vem provocar-me, comporto-me com valentia [...] Corro [...] para o lado de Jesus, digo-lhe que estou disposta a derramar até a derradeira gota de sangue para professar que existe um céu” (op. cit., p. 233).

Quando, na Sexta-feira Santa, verificou que vomitara sangue, e apercebendo-se de que aquilo provavelmente era sinal

de proximidade da morte, foi tomada de grande alegria, pela esperança de em breve estar com seu amado Jesus. “Era como que um murmúrio suave e distante a anunciar-me a chegada do Esposo”, diz ela (op. cit., p. 230). Porém ainda havia um longo caminho de sofrimentos a percorrer, ponteado por dores e incômodos intensos, febre, tosse, uma série de hemoptises que se inicia em 6 de julho e dura até 5 de agosto. Em 8 de julho de 1897, com o agravamento da doença, Teresa passou à enfermaria do convento e foi somente aí que parou de escrever os textos que futuramente comporiam o Manuscrito C de História de uma alma, dirigido à madre Maria de Gonzaga). Próximo a ela foi instalada a estátua da Virgem do Sorriso, que desde a infância a acompanhava. No dia 17 de julho, sentindo aproximar-se a morte, fez a célebre declaração: “Sinto sobretudo que minha missão vai começar, minha missão de fazer amar o Bom Deus como eu o amo, de indicar às almas minha pequena trilha. Se o Bom Deus atender meus desejos, meu céu se passará na terra, até o fim do mundo. Sim, quero passar meu céu a fazer o bem na terra” (op. cit., p. 285). Em 28 de julho, agrava-se bastante seu estado de saúde, e dois dias depois Teresa recebe a Unção dos Enfermos e o Viático. Após uma inesperada melhora, volta a sofrer atrozmente. Durante esse período, chegou a dizer: “Que seria de mim se o Bom Deus me não desse força? Não se faz ideia do que é sofrer assim. [...] Que grande graça possuir a fé! Não fosse minha fé, matarme-ia, sem hesitar um só instante” (op. cit., 286). Em todo esse tempo de agonia, Teresa mantém surpreendente senso de humor. A irmã Maria da Eucaristia, que assistia a doente, chegou a escrever aos pais, dizendo-lhes: 14

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“Quanto ao moral, sempre a mesma coisa, a jovialidade personificada, fazendo rir a todos quantos dela se acercam. Momentos há em que a gente pagaria para ter vez de ficar junto a ela...” (op. cit., p. 287). Teresa comunga pela última vez em 19 de agosto. Nos dois últimos dias antes de morrer, a Santa que faria chover rosas sobre toda a humanidade entrou em agonia. Próximo da hora de sua morte, relata sua irmã Paulina (madre Inês de Jesus): “[...] percebi pela súbita lividez que o derradeiro transe se aproximava. [...] Horrível estertor lancinou-lhe o peito por mais de duas horas. O rosto estava congestionado, as mãos arroxeadas. Tinha os pés gelados, e tremia de todos os membros. Copioso suor orvalhavalhe a fronte em gotas enormes, destilando-lhe pelas faces. Sentia uma ofegação cada vez maior, e para respirar, soltava de vez em quando gritinhos involuntários” (op. cit., p. 293). Na hora do Ângelus, fixou o olhar na imagem da Virgem do Sorriso e segurou firmemente o crucifixo do qual não se separava e para o qual, pouco antes de morrer, olhou, dizendo: “Meu Deus, eu vos amo, eu vos amo.” Depois dessas últimas palavras, seu semblante voltou à expressão de saúde ao olhar para um ponto abaixo da estátua da Virgem do Sorriso; ela parecia estar em êxtase. Logo em seguida, fechou os olhos e faleceu, aproximadamente às 19h20min do dia 30 de setembro de 1897. Teresa foi enterrada no mesmo cemitério de Lisieux em que estavam sepultados seus pais, mas em março de 1923 seu corpo retornou ao Carmelo de Lisieux.

A Glória nos Céus e a Chuva de Rosas Sobre a Terra Logo após a sua morte, inúmeros foram os milagres atribuídos à antes

desconhecida carmelita descalça. No processo de beatificação de Teresa, foram apresentadas à então Sagrada Congregação dos Ritos (hoje Congregação para as Causas dos Santos) duas curas prodigiosas. A primeira foi a da irmã Luísa de São Germano, da Congregação das Filhas da Cruz, que padecia de grave úlcera hemorrágica no estômago; a segunda, do seminarista Charles Anne, que estava com tuberculose pulmonar cavitária. Ambos foram instantaneamente curados após recorrer à intercessão de Santa Teresinha. Analisadas com todo o rigor estabelecido pela Igreja para atestar a autenticidade de um milagre, as curas foram declaradas inexplicáveis e prodigiosas.

Os milagres se sucederam em todo o mundo. Ensejando a rápida abertura do processo de canonização da Beata, foram expostos ao exame da Sagrada Congregação dois novos casos: a cura de Gabriela Trimusi e de Maria Pellemans, apresentados respectivamente pela diocese de Parma 15

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(Itália) e de Malines (Bélgica). A irmã Gabriela Trimusi, da Congregação das Filhas dos Sagrados Corações, em Parma, foi curada de uma artrossinovite crônica que lhe provocava enormes dores nos joelhos e de uma espondilite que lhe atacava a espinha dorsal. A doença já durava anos, e não respondera a nenhum dos tratamentos tentados. Curou-se após uma novena em honra da Bem-Aventurada. Maria Pellemans sofria de turberculose pulmonar, tendo mais tarde manifestado também enterite e gastrite da mesma origem tuberculosa. Curou-se após uma peregrinação ao túmulo da então Beata Teresa do Menino Jesus, cuja intercessão invocou. Teresa foi beatificada em 29 de abril de 1923 e canonizada em 17 de maio de 1925, pelo Papa Pio XI, que a proclamou padroeira universal das missões, ao lado de São Francisco Xavier, em 14 de dezembro de 1927. Pio XI tinha grande devoção a Santa Teresinha, que dizia ser “a estrela de seu pontificado”. Em 3 de maio de 1944, o papa Pio XII proclamou-a padroeira secundária da França, ao lado de Santa Joana d‟Arc. Pela carta apostólica Divini Amoris Scientia, de 19 de outubro de 1997, o Papa João Paulo II proclamou-a doutora da Igreja Universal, incluindo-a num rol reservado a apenas 33 outros santos da

Igreja, dos quais somente três são mulheres (as outras duas são Santa Teresa d‟Ávila e Santa Catarina de Sena). No fim desse ano, em 13 de dezembro, a urna com suas relíquias foi trazida ao Brasil pelas mãos do cardeal primaz Dom Lucas Moreira Neves. A festa em honra de Santa Teresinha foi incluída no calendário de festividades da Igreja Católica em 1927. A celebração era então feita no dia 3 de outubro. Em 1969, o Papa Paulo VI transferiu-a para 1º de outubro (isso porque no dia 30 de setembro, data em que morreu a santa, celebra-se o dia de São Jerônimo, que traduziu a Bíblia do grego para o latim). Em nossa basílica, celebramos o trânsito de Santa Teresinha para o céu no dia 30 de setembro, e no dia 1º de outubro ocorre a grande festa em que os fiéis demonstram sua gratidão à santa em meio a uma alegre chuva de rosas. Salve Santa Teresinha! – “a maior santa dos tempos modernos”, no dizer do papa Pio X. Fonte: Basílica Santa Teresinha http://basilicasantateresinha.org.br/

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Cronologia de Santa Teresinha Veja Datas Importantes da Vida de Santa Teresinha Alençon (1873-1877) 2/1/1873 4/1/1873 14/1/1873 15 ou 16/3/1873 2/4/1874 29/3/1875 16/7/1876 24/12/1876 03/4/1877 4/4/1877 18 a 23/6/1877 28/8/1877 29/8/1877

Nascimento de Maria Francisca Teresa Martin, à rua SainteBlaise (São Brás), 36 (hoje 42). Batismo na igreja de Nossa Senhora (pelo Pe. Lucien Dumaine). Padrinhos: a irmã mais velha, Marie (13 anos) e Paul Albert Boul (13 anos). Primeiro sorriso à mãe. Partida para Semallé (Orne) a fim de ser amamentada por Rosa Taillé. Retorno definitivo de Teresa para casa. Viagem com a mãe a Mans para visitar a tia (Irmã Maria Dositéia) no mosteiro da Visitação Primeiro retrato. Faz beicinhos para o fotógrafo. Zélia Martin consulta-se com Dr. Notta, em Lisieux. Fica sabendo que não é possível operar o tumor no seio. Aos quatro anos, afirma: "Serei religiosa em um claustro". Primeiro escrito de Teresa: um bilhete a Luisa Madalena, amiga da irmã Paulina. Peregrinação da Sra. Martin, Maria, Paulina e Leônia a Lourdes Morre da Sra. Martin Enterro da Sra. Martin. Teresa escolhe Paulina como sua segunda mãe.

Lisieux (1877-1888) 15/11/1877

Chegada de Teresa e suas irmãs a Lisieux, aos cuidados dos tios Celina e Isidoro Guérin Instalação nos Buissonnets O Sr. Luís Martin chega aos Buissonnets Teresa vê o mar pela primeira vez, em Trouville

16/11/1877 30/11/1877 8/8/1878 Verão de 1879 (ou Teresa tem uma visão profética da provação de seu pai em 1880) Fim de 1879 (ou Primeira confissão de Teresa começo de 1880)

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13/5/1880

Primeira comunhão de Celina Primeira carta (que se conserva) escrita por Teresa (sozinha). 1º/12/1880 Destinava-se à irmã Paulina. Matrícula de Teresa na abadia das beneditinas como semi3/10/1881 interna. 12/1/1882 Inscrição na Obra da Santa Infância Paulina decide ingressar no Carmelo. Teresa também se sente 16/2/1882 chamada. 2/10/1882 Paulina entra para o Carmelo de Lisieux. Teresa sente dores de cabeça constantes, sofre de insônia e Dezembro de 1882 aparecem-lhe bolhas pelo corpo. Enquanto o Sr. Martin, Maria e Leônia estão em Paris para a 25/3/1883 Semana Santa, Teresa adoece na casa dos Guérin. Tem tremores nervosos e alucinações. Tomada de hábito de Paulina (Irmã Inês de Jesus). Teresa pôde 06/4/1883 abraçar a irmã no locutório. 7/4/1883 Recaída, nos Buissonnets. 13/5/1883 Pentecostes. Sorriso da Virgem cura instantaneamente Teresa. Agosto de 1883 Férias em Alençon 22/8/1883 Primeiro encontro com o Padre Pichon em Alençon Fevereiro-maio de Cartas da irmã Paulina com a finalidade de preparar Teresa para 1884 a primeira comunhão 5 a 8/5/1884 Retiro preparatório. 7/5/1884 Confissão geral. Primeira Eucaristia na Abadia das Beneditinas. Profissão de 08/5/1884 Irmã Inês de Jesus no Carmelo. 22/5/1884 (Ascensão) Teresa comunga pela segunda vez. Teresa é crismada na abadia por Dom Hugonin, bispo de 14/6/1884 Bayeux, tendo a irmã Leônia como madrinha. Agosto de 1884 Férias em Saint-Ouen-le-Pin, na casa da tia Celina Guérin. 25/9/1884 Inscrição na Confraria do Santo Rosário Teresa é nomeada Conselheira da Associação dos Santos Anjos, 14/12/1884 na Abadia. 26/4/1885 Inscreve-se na Confraria da Sagrada Face de Tours. 3-10/5/1885 Férias em Deauville. Retiro preparatório de renovação. Início da crise de escrúpulos, 17 a 21/5/1885 que durara cerca de um ano e meio. Julho de 1885 Férias em Saint-Ouen-le-Pin. 22/8 a começo de Viagem do Sr. Martin a Constantinopla. outubro de 1885 Fim de setembro Férias em Trouville. de 1885 Outubro de 1885 Teresa retorna sozinha (sem Celina) para a abadia. 15/10/1885 Inscreve-se no Apostolado da Oração 2/2/1886 Recepção como aspirante das Filhas de Maria. Fevereiro-março Teresa deixa a abadia e passa a ter lições com a Sra. Papineau. de 1886 18

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Começo de julho de 1886 Por volta de 5 de outubro de 1886 15/10/1886

Teresa passa três dias em Trouville. Viagem de alguns dias a Alençon com o pai e as irmãs. Entrada de Maria no Carmelo de Lisieux (Irmã Maria do Sagrado Coração de Jesus)

Fim de outubro de Teresa fica livre da crise de escrúpulos. 1886 1º/12/1886 Leônia volta para casa. Aos treze anos, depois da missa da meia-noite, Teresa recebe a 25/12/1886 graça da “conversão”, nos Buissonnets. 19/3/1887 Tomada de hábito de Maria. O Sr. Martin tem um ataque de paralisia. Leitura das 1º/5/1887 conferências de Arminjon. Pentescostes. Teresa obtém autorização do pai para ingressar no 29/5/1887 Carmelo aos quinze anos de idade. 31/5/1887 Teresa é admitida como Filha de Maria na Abadia. 20-26/6/1887 Férias em Trouville. Primavera-verão Conversas espirituais com Celina no mirante dos Buissonnets. de 1887 A imagem do Crucificado desvenda a vocação apostólica de Julho de 1887 Teresa. O assassino Pranzini é condenado à morte. Teresa reza e se 13/7/1887 sacrifica pela conversão dele. 16/07/1887 Entrada de Leônia na Visitação de Caen. 1º/9/1887 Teresa lê a notícia da execução de Pranzini e de sua conversão Visita a Dom Hugonin, em Bayeux, para solicitar autorização 31/10/1887 de ingressar no Carmelo. Teresa viaja para Paris com o Sr. Martin e Celina e depois ruma 4/11/1887 para Roma, passando por Mião, Veneza e Loreto. Em audiência com Leão XIII, Teresa solicita sua anuência para 20/11/1887 entrar no Carmelo. 2/12/1887 Teresa regressa a Lisieux. Resposta favorável de Dom Hugonin à priora do Carmelo, 28/12/1887 Madre Maria de Gonzaga, para admissão de Teresa. Resposta positiva, mas a Madre Superiora decide que a entrada 1º/1/1888 de Teresa se dê depois da Quaresma. 09/4/1888 Festa da Anunciação. Entrada de Teresa no Carmelo de Lisieux.

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Carmelo (1888-1897) 9/4/1888 a 10/1/1889 22/5/1888 28/5/1888

Postulantado. Ocupação: rouparia. Profissão da Irmã Maria do Sagrado Coração. Confissão geral ao Pe. Pichon. Libertação de sofrimentos espirituais. Sr. Martin vai para o Havre. Novo ataque do Sr. Martin, nos Buissonnets.

23/6/1888 12/8/1888 fim de outubro de Teresa é admitida pelo Capítulo Conventual à tomada de hábito. 1888 31/10/1888 Grave recaída do Sr. Martin no Havre. 5-10/1/1889 Retiro para tomada de hábito. Tomada de hábito. Última festa para o Sr. Martin. Teresa 10/01/1889 acrescenta "da Santa Face" ao seu nome religioso. 10/1/1889 a Noviciado Ocupação: refeitório (com irmã Inês de Jesus) – 24/9/1890 serviço de vassoura. 12/2/1889 O Sr. Martin é internado no Hospital Bon Salvador de Caen. Teresa recebe uma graça marial no eremitério de Santa Julho de 1889 Madalena e "semana de quietude". Retardamento da profissão de Teresa. Ela lê Les fondements de Janeiro 1890 la vie spirituelle, do Pe. Surin. Ao longo do ano, descobre os textos relativos ao “servo que 1889 sofre” (Isaías). Leitura das obras de São João da Cruz. 28/8 a 8/9/1890 Retiro para profissão. Secura espiritual. 2/9/1890 Exame canônico na capela. Bênção de Leão XIII. 7/9/1890 Teresa duvida de sua vocação. 8/9/1890 Profissão de Teresa. Sente-se "inundada de um rio de paz". 24/9/1890 Tomada de véu, sem a presença do Sr. Martin. 10/2/1891 Designada segunda sacristã, com a irmã Santo Estanislau. Abril-julho 1891 Oração por Jacinto Loyson. Retiro pregado pelo padre franciscano Aleixo Prou. Teresa é 07 a 15/10/1891 lançada "nas ondas da confiança e do amor". 5/12/1891 Morte da madre Genoveva, fundadora do Carmelo de Lisieux. Fim de dezembro Epidemia de influenza. de 1891 10/5/1892 Retorno do Sr. Martin a Lisieux. 12/5/1892 Última visita do Sr. Martin no locutório do Carmelo. 2/2/1893 Teresa compõe sua primeira poesia, O orvalho divino. Eleição de Madre Inês como Priora. Teresa torna-se auxiliar da 20/2/1893 mestra de noviças, Madre Maria de Gonzaga. Junho de 1893 Teresa pinta um afresco no oratório. 24/6/1893 Leônia entra pela segunda vez na Visitação de Caen. Teresa fica no noviciado. Ocorre sua nomeação como segunda Setembro de 1893 porteira. 20

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2/1/1894 21/1/1894 Primavera 1894 16/6/1894 29/07/1894 Agosto 1894 14/9/1894 Dezembro 1894 1895 5/2/1895 26/2/1895 abril 1895 9/6/1895 11/6/1895 20/7/1895 15/8/1895 17/10/1895 20/1/1896 24/2/1896 17/3/1896

21/3/1896

2 a 3/3/1896 3/4/1896 05/4/1896 10/5/1896 30/5/1896 3/7/1896 7-18/9/1896 08/9/1896 13-16/9/1896 Novembro de 1896

Teresa atinge a maioridade. Primeira “recreação piedosa”. Interpreta o papel de Joana d´Arc. Começa a sofrer da garganta. Entrada da irmã Maria da Trindade, que é confiada a Teresa. Morte do Sr. Martin. Teresa muda de cela. Entrada de Celina no Carmelo. Ela é confiada a Teresa. Recebe da Madre Inês de Jesus a ordem de escrever suas memórias. Ano da redação do Manuscrito A. Tomada de hábito de Celina (Irmã Genoveva) Teresa compõe a poesia “Viver de amor”. Confidencia a Irmã Teresa de Santo Agostinho: "Morrerei em breve". (Festa da Santíssima Trindade) Recebe, durante a missa, a inspiração de oferecer-se ao Amor Misericordioso. Faz, com Celina, a oblação do Amor, diante da Virgem do Sorriso. (Pouco depois, ao começar sua via-sacra, vivencia intensa experiência do amor de Deus.) Leônia sai da Visitação. Entrada de Maria Guérin no Carmelo. Teresa é designada, por Madre Inês, irmã espiritual do Pe. Maurício Bellière, seminarista e aspirante a missionário. Teresa entrega a Madre Inês o Manuscrito A. Profissão da Irmã Genoveva. Tomada de véu da Irmã Genoveva. Tomada de hábito de Maria Guérin (Irmã Maria da Eucaristia). Difícil eleição (sete dias) de Madre Maria de Gonzaga ao priorado. Teresa é confirmada no cargo de mestra auxiliar no noviciado. Outros ofícios: sacristia, pintura, rouparia (com Maria de São José). Noite de Quinta para Sexta-feira Santa: primeira hemoptise, na cela. Segunda hemoptise. Entrada na "noite da fé" (provação da fé), que durará até sua morte. Sonho com a Venerável Ana de Jesus. Madre Maria de Gonzaga confia a Teresa um segundo irmão espiritual: Padre Roulland, das Missões Estrangeiras. Primeira missa do Padre Roulland no Carmelo. Conversa com Teresa no locutório. Retiro individual. Redação do Manuscrito B. Carta à Irmã Maria do Sagrado Coração (Manuscrito B, 1ª parte). Leitura da vida de Teófanes Vénard. Novena a esse mártir para conseguir a partida como missionária para a Indochina. Recaída 21

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25/3/1897 Início de abril 1897 6/4/1897 3/6/1897 8/7/1897 30/7/1897 19/8/1897 30/8/1897 14/9/1897 29/9/1897 30/9/1897 4/10/1897

do pulmão. Profissão da Irmã Maria da Eucaristia. (Fim da Quaresma) Fica gravemente enferma. Início das “Últimas Conversas”. Redação do Manuscrito C, por ordem de Madre Maria de Gonzaga. Teresa desce para a enfermaria. Hemoptises até 5 de agosto. Manuscrito C inacabado. Unção dos enfermos. Última comunhão. Última fotografia no claustro Desfolha uma rosa sobre o crucifixo. Agonia. Confissão ao Pe. Faucon. Morte de Teresa, diante da comunidade reunida, por volta das 19h20min. Sepultamento no Cemitério de Lisieux.

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Fatos póstumos 7/3/1898 2/5/1898 26/5/1898 30/9/1898 28/1/1899 Páscoa de 1899 Outubro de 1899 1899-1902 19/4/1902 17/12/1904 14/4/1905 9/7/1906 15/10/1907 Janeiro de 1909 5/3/1910 Julho de 1910 3/8/1910 12/8/1910 6/9/1910 10/6/1912 Julho de 1914 10/12/1914 17/3/1915 9-10/8/1917 9/2/1918 14/8/1921 29/4/1923 17/5/1925 Janeiro de 1927 13/7/1927

Dom Hugonin permite a impressão de História de uma alma. Morte de Dom Hugonin. Reine Fauquet, menina cega de quatro anos de idade, é curada sobre o túmulo de Teresa. Impressão de 2.000 exemplares de História de uma alma. Leônia entra definitivamente para a Visitação de Caen. Esgotada a primeira edição de História de uma alma. Esgotada metade da segunda edição (com tiragem de 4.000 exemplares). Relatos de graças e curas. Chegam peregrinos para rezar na sepultura da Irmã Teresa no cemitério de Lisieux. Reeleição de Madre Inês de Jesus como priora (ficará em exercício até a morte, por vontade de Pio XI, descontada uma interrupção de 18 meses (1908-1909). Morte da Madre Maria de Gonzaga Morte da Irmã Maria da Eucaristia, de tuberculose. Luís Veuillot, no l´Univers, difunde que o Carmelo trata de introduzir a causa da Irmã Teresa no Tribunal de Roma. Dom Lemonnier, novo bispo de Bayeux, pede que as carmelitas anotem suas recordações a respeito da Irmã Teresa. Padre Rodrigues (OCD, Roma) e Mons. de Teil (Paris) são nomeados, respectivamente, postulador e vice-postulador da causa de beatificação de Teresa. Rescrito de Roma para o processo dos escritos. Desde um ano atrás, o Carmelo recebeu 9.741 cartas da França e do exterior Instituição do tribunal diocesano para o processo do Ordinário. Primeira sessão do processo, no Carmelo. No cemitério de Lisieux, exumação dos restos mortais da Irmã Teresa, e transladação para novo sepulcro. Pio X assina o Decreto de Introdução da Causa (declarara, em particular, a um bispo missionário que a Irmã Teresa era “a maior santa dos tempos modernos”. Média de 200 cartas por dia. Em Roma, decreto de aprovação dos escritos da Irmã Teresa. Em Bayeux, início do Processo Apostólico. Segunda exumação e reconhecimento canônico dos restos mortais da Irmã Teresa no cemitério de Lisieux. Pelo correio do dia, 512 cartas. Bento XV promulga o Decreto sobre a heroicidade das Virtudes da Venerável Serva de Deus e profere uma alocução sobre a infância espiritual. Beatificação da Irmã Teresa do Menino Jesus por Pio XI. O Carmelo recebe entre 800 e 1.000 cartas por dia. Relíquias são trasladadas do cemitério de Lisieux para o Carmelo. Solene Canonização na Basílica de São Pedro, em Roma. Homilia de Pio XI em presença de 60.000 pessoas. À noite, na Praça de São Pedro, 500.000 peregrinos. Publicação das “Últimas conversas”. A festa litúrgica de Santa Teresinha é ampliada para a Igreja Universal. 23

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30/9/1998

Proclamada Padroeira Universal das Missões, ao lado de São Francisco Xavier, por Pio XI. Lançamento da primeira pedra da Basílica de Lisieux. Inauguração e bênção da Basílica de Lisieux pelo legado do Papa, Cardeal Pacelli, futuro Pio XII. Mensagem de Pio XI, retransmitida pelo rádio. Fundação da Missão de França. Seu seminário é instalado em Lisieux. Nomeada Padroeira secundária da França, juntamente com Santa Joana d'Arc, por Pio XII. Lisieux é parcialmente destruída pelos bombardeios dos aliados. A abadia (escola de Teresa) desaparece. 50º aniversário da morte de Santa Teresinha. Sua urna é transportada por quase todas as dioceses da França. Primeira edição das Cartas. Solene consagração da Basílica de Lisieux. Publicação da edição fac-similar dos Manuscritos autobiográficos (reconstituição de História de uma alma segundo os textos originais), pelo Padre Francisco de Santa Maria. Publicação dos “Derniers entretiens” (primeiro volume da Edição do Centenário). Publicação da “Correspondance générale” (Edição do Centenário). Celebração do centenário de nascimento de Teresa Martin. Celebração do cinquentenário de canonização da santa. Primeiro centenário da morte. Solene proclamação de Santa Teresinha como Doutora da Igreja, pelo Papa João Paulo II. A urna com suas relíquias chega ao Brasil para peregrinar por várias dioceses, trazida pelo Cardeal Primaz Dom Lucas Moreira Neves. Primeiro Centenário da Publicação de "História de uma Alma".

Junho e julho de 2010

Relíquias de Santa Teresinha visitam a África do Sul

14/12/1927 30/9/1929 11/7/1937 24/7/1941 3/5/1944 Junho de 1944 1947 Setembro de 1948 11/7/1954 1956 Julho de 1971 Julho de 1972 1973 17/5/1975 30/9/1997 19/10/1997 13/12/1997

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Pensamentos de Santa Teresinha Pensamentos e Frases de Santa Teresinha

Amor - caridade “Pratica-se mais caridade prestando obséquios a quem nos é menos simpático. Oh! como ajeitamos mal os nossos negócios (espirituais) nesta terra! É preciso, portanto, não faltar à caridade com o próximo.” “O nosso Amado devia ter enlouquecido para vir à terra em busca dos pecadores com o fim de fazer deles os seus amigos, os seus íntimos, os seus semelhantes. Ele que era perfeitamente feliz com as outras duas Pessoas da Trindade, dignas de adoração.” “Nós não poderemos nunca fazer por Ele as loucuras que Ele fez por nós, e as nossas ações não merecerão nunca esse nome, porque não passam de ações muito razoáveis e muito aquém do que o nosso amor quereria realizar.” 25

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“Tenho um caráter tal que o temor me deita para trás, ao passo que o amor não só me faz correr, mas voar.” “Como é doce o caminho do amor! É certo que se pode cair, que se podem cometer infidelidades, mas o amor, fazendo tudo de um sabor, bem depressa consome tudo o que possa desgostar Jesus, não deixando senão uma humilde e profunda paz no fundo do coração.”

“Compreendi que o amor abrange todas as vocações, alcançando todos os tempos e todos os lugares...” “Minha vocação é o amor!” “Muitas vezes, sem que nós o saibamos, devemos as graças e luzes que recebemos a uma alma escondida, porque Deus quer que os santos comuniquem a graça uns aos outros por meio da oração, para que no céu se amem com um grande amor, com um amor ainda maior que o amor da família, mesmo da família mais ideal da terra. Quantas vezes não tenho pensado se não deverei todas as graças que tenho recebido às orações de uma alma que pedia por mim a Deus e a quem só conhecerei no céu!” “A caridade não deve consistir em simples sentimentos, mas em obras” “A caridade é o caminho excelente, que conduz seguramente a Deus.” “... Pensar em uma pessoa que se ama é rezar por ela.” “Ó Trindade, vós sois prisioneira de meu amor!”

“Apanhar um alfinete por amor pode converter uma alma. Que grande mistério! Só Jesus pode dar um valor tão grande às nossas ações. Amemo-Lo, pois, com todas as nossas forças.” “Vede que pensar coisas belas e santas, fazer livros, escrever vidas de santos não tem valor algum em comparação com a simples ação de responder imediatamente quando vos batem à porta.”

“Ó meu Deus, Trindade Bemaventurada! Eu vos desejo amar e vos fazer amada...” “Parece-me que agora nada me impede de levantar vôo, pois não tenho mais grandes desejos a não ser o de amar até morrer de amor.”

“Sinto que quando sou caridosa é só Jesus que age em mim.”

“A caridade deu-me a chave de minha vocação.“ 26

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Sacrifício - mortificação “Muitas almas dizem: „Mas eu não tenho forças para cumprir tal sacrifício‟. Que elas façam, então, o que eu fiz: um grande esforço. Deus jamais recusa esta primeira graça que nos dá coragem de agir; depois disso o coração se fortifica e vai-se de vitória em vitória.” “Não tenho outro modo de mostrar-Te o meu amor senão lançando-Te flores, isto é, não deixando escapar nenhum pequeno sacrifício, nem um só olhar, nem uma só palavra, aproveitando até as menores coisas e fazendo-as por amor...” “Minhas mortificações consistiam em refrear minha vontade, sempre prestes a se impor.”

esperança de chegar ao cume da montanha do amor, pois Jesus não pede grandes obras, mas somente abandono e agradecimento.” “Jesus não olha tanto para a grandeza das obras, nem sequer para a sua dificuldade, mas para o amor com que se fazem.” "Os mais belos pensamentos nada são sem as obras".

Nossa Senhora “Às vezes surpreendo-me dizendo: „Querida Santíssima Virgem, parece-me que sou mais ditosa do que Tu, porque eu te tenho por Mãe, ao passo que Tu não tens uma Santíssima Virgem a quem amar... É verdade que Tu és a Mãe de Jesus, mas esse Jesus, Tu no-Lo deste por inteiro a nós, e Ele, da cruz, te deu a nós por Mãe.´” “Maria, se eu fosse a rainha do céu e tu fosses Teresa, eu quereria ser Teresa para que tu fosses a Rainha do céu”. "A Santíssima Virgem demonstrou-me que nunca deixou de proteger-me. Logo quando a invoco, quando me vem uma incerteza, um aperto, imediatamente recorro a ela, e sempre cuida de meus interesses como a mais terna das Mães." "Sabe-se muito vem que a Santíssima Virgem é a Rainha do Céu e da Terra, porém ela é muito mais Mãe que Rainha".

Obras “Se todas as almas fracas e imperfeitas sentissem o que sente a mais pequena de todas as almas, a alma da vossa Teresinha, nem uma só perderia a

"Eu nunca aconselho nada a ninguém sem antes recomendar-me à Virgem Santíssima. Ela é que faz que as palavras que digo tenham eficácia nos que as ouvem." “Prestai atenção ao que faz Maria; imitai-a... e esse Deus de bondade 27

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recompensará vossa fé.”

“Não foi sofrendo e morrendo que Jesus resgatou o mundo?”

Sofrimento

“O sofrimento unido ao amor é a única coisa que me parece desejável no vale das lágrimas.”

"Quando se quer atingir um fim, devese procurar os seus meios. Jesus me fez compreender que era pela cruz que Ele queria me dar almas e minha atração pelo sofrimento cresceu na medida em que o sofrimento aumentou".

“Bem ao contrário de me lamentar, alegro-me porque o Bom Deus me permite sofrer ainda mais por seu amor.” "Sobre a prensa do sofrimento Te provarei meu amor. Não quero outra alegria senão me imolar cada dia." “Jesus, sem dúvida, mudará minha natureza no céu, do contrário sentirei saudades do sofrimento e do vale de lágrimas.”

"O sofrimento me estendeu os braços e neles me joguei com amor". "Vejo que só o sofrimento pode gerar almas". "Quero sofrer por amor e mesmo alegrar-me por amor". "Meu Deus, por vosso amor aceito tudo: se quiserdes, quero mesmo sofrer até morrer de aflição". "O sofrimento se torna a maior das alegrias quando a gente o busca como o mais precioso dos tesouros". "Se um suspiro pode salvar uma alma, que não podem fazer os sofrimentos como os nossos? Não recusemos nada a Jesus!" "Aproveitemos de nosso único momento de sofrimento! Só vejamos cada instante... um instante é um tesouro!"

“Jamais teria acreditado que fosse possível sofrer tanto! Jamais! Jamais! Não posso explicar isso senão pelos desejos ardentes que tenho tido de salvar almas.” “O Bom Deus me dá coragem na proporção dos meus sofrimentos. Sinto que, no momento, não poderia suportar mais, mas não tenho medo, pois se Ele os aumentar, aumentará, ao mesmo tempo, minha coragem.” “A vida é apenas um sonho, em breve acordaremos e que alegria!... quanto mais nossos sofrimentos são grandes, tanto mais nossa glória será infinita.” “Acho que nesses momentos de grandes tristezas tem-se a necessidade de olhar para o céu em lugar de chorar...” “Sofro apenas cada instante. É porque se pensa no passado e no futuro que a gente se desencoraja e se desespera.”

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Morte “Não é a morte que me virá buscar: é Nosso Senhor.” “Como dizem que todas as almas são tentadas pelo demônio na hora da morte, penso que passarei também por isso. Mas talvez não: sou pequenina demais, e como os pequeninos ele não pode...”

tesouros senão as almas que quiseste unir à minha.” “A nossa missão é esquecermo-nos de nós mesmos. Somos tão pouca coisa! E não obstante, Jesus quer que a salvação das almas dependa de nossos sacrifícios e do nosso amor. Ele mendiga-nos almas. Compreendamos o seu olhar. São tão poucos os que sabem compreendê-lo!” “Dignou-se Jesus esclarecer-me a respeito deste mistério. Pôs-me diante dos olhos o livro da natureza, e compreendi que todas as flores por Ele criadas são formosas, que o esplendor da rosa e a brancura do lírio não eliminam a fragrância da violetinha nem a encantadora simplicidade da bonina... Fiquei entendendo que se todas as florzinhas quisessem ser rosas, perderia a natureza sua gala primaveril.” “Quis Ele [Deus] criar os grandes santos, que podem ser comparados aos lírios e às rosas, mas criou também os mais pequenos, e estes devem contentar-se em serem boninas ou violetas, cujo destino é deleitar os olhos do Bom Deus.”

"Depois de minha morte, farei cair uma chuva de rosas." "Eu não morro, entro na vida." "Não prefiro nem morrer nem viver... O que o Bom Deus prefere e escolhe para mim, eis o que me agrada mais.”

“Assim como o sol clareia ao mesmo tempo os cedros e cada pequena flor, como se na terra só ela existisse, assim também Nosso Senhor se ocupa em particular de cada alma [...] e como na natureza todas as estações se dispõem de molde a fazer desabrochar na data prevista a mais singela margarida, assim também todas as coisas estão proporcionadas ao bem de cada alma.”

Variedade das almas – Salvação das almas

Céu

“Tudo o que tenho, tudo o que ganho é para a Igreja e as almas.”

“Jesus irá fazer todas as minhas vontades lá no céu porque eu nunca fiz as minhas vontades aqui na terra.”

“Senhor, Tu sabes que não tenho outros 29

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“Quando eu chegar ao céu, quantas graças vou pedir para vocês! Atormentarei tanto a Nosso Senhor que, se Ele a princípio pensar em me recusar, minha insistência vai obrigá-lo a atender meus desejos.”

motivo de tanta alegria – não pelo sentimento, mas pela fé – que precisarei de alguma coisa que supere todo o entendimento para me saciar plenamente.” “Pressinto sobretudo que a minha missão vai começar: a minha missão de fazer amar a Deus como eu o amo, de dar às almas o meu pequeno caminho. Se Deus escutar os meus desejos, passarei o meu céu na terra até o fim do mundo. Sim, quero passar o meu céu fazendo o bem na terra.”

Perfeição - santidade

Santa Teresinha Doutora da Igreja “A vida não é triste. Ao contrário, é muito alegre. Se você dissesse que o exílio é triste, então se compreenderia... Comete-se um erro chamando vida ao que deve acabar. Só as coisas do céu merecem ser chamadas assim. Compreendendo isso, vê-se que a vida não é triste, mas alegre, muito alegre.” “Quando eu estiver no céu, será preciso encher muitas vezes minhas mãozinhas de orações e de sacrifícios para atirálos, como chuva de graças sobre as almas.” “Quero passar meu céu fazendo o bem à terra.” “Formei uma idéia tão elevada do céu que às vezes me pergunto como é que Deus se arranjará, depois da minha morte, para me surpreender. A minha esperança é tão grande e é para mim

“Às vezes, quando leio certos tratados espirituais em que se apresenta a perfeição rodeada de mil estorvos e mil obstáculos, cercada de uma multidão de ilusões, o meu pobre espírito cansa-se logo; fecho o douto livro que me faz doer a cabeça e me seca o coração, e tomo nas mãos a Sagrada Escritura. Então tudo me parece luminoso, uma só palavra abre à minha alma horizontes infinitos, a perfeição me parece fácil: vejo que basta reconhecermos o nosso nada e abandonarmo-nos como uma criança nos braços de Deus.” “Compreendi que na busca da perfeição há muitos graus, e que cada alma é livre de corresponder aos convites do Senhor e de fazer pouco ou muito por Ele, numa palavra, de escolher entre os sacrifícios que Ele nos apresenta. Então, como nos dias da minha infância, exclamei: „Meu Deus, eu escolho tudo‟.” “A santidade não consiste em dizer coisas belas, nem sequer em pensá-las ou senti-las... Consiste em sofrer, e em sofrer toda espécie de sofrimentos: „A santidade deve ser conquistada na ponta da espada‟.”

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“Consiste a perfeição em fazer Sua vontade, em ser o que Ele quer que sejamos.”

"O Senhor é tão bom para comigo, que me é impossível temê-lo."

“Sim, tudo está bem, quando só se busca a vontade de Jesus.”

"Por uma graça fielmente recebida, Ele me concedia uma multidão de outras."

Oração “Para mim, a oração é um impulso do coração, um simples olhar dirigido ao céu, um grito de agradecimento e de amor, tanto no meio da tribulação como no meio da alegria. Em uma palavra, é algo grande, algo sobrenatural que me dilata a alma e me une a Jesus."

“Deus não poderia me inspirar desejos irrealizáveis; portanto, posso, apesar da minha pequenez, aspirar à santidade." “Acho que a perfeição é fácil de se praticar, porque compreendi que basta pegar Jesus pelo coração...” “Quisera eu encontrar também um elevador que me elevasse até Jesus, porque sou demasiado pequena para subir a dura escada da perfeição.”

Bondade e misericórdia de Deus “Deus deu-me a sua misericórdia infinita e, através dela, contemplo e adoro as demais perfeições divinas... Então todas elas se apresentam aos meus olhos radiantes de amor.” "O Bom Deus me fez compreender que existem almas que sua misericórdia não se cansa de esperar..." "Como a bondade e o amor misericordioso de Jesus são pouco conhecidos!..." "Deus é mais terno que uma mãe."

“Para sermos escutados, não temos que ler num livro uma bela fórmula composta para um caso particular. [...] Fora do Ofício Divino, que sou muito indigna de recitar, não tenho ânimo de sujeitar-me a procurar nos livros belas orações. Faz-me doer a cabeça, são tantas! [...] umas mais bonitas que as outras... Não poderia recitá-las todas e, não sabendo qual delas escolher, faço como crianças que não sabem ler. Digo, muito simplesmente, ao Bom Deus o que lhe quero dizer, sem usar belas frases, e Ele sempre me entende...” "Como é grande o poder da oração! É como uma rainha que em todo o momento tem acesso direto ao rei e pode conseguir tudo o que lhe pede."

Pobreza e infância espiritual “Compreendo, e sei por experiência, que o reino de Deus está dentro de nós. Jesus não precisa de livros nem de doutores para instruir as almas. Ele, o Doutor dos doutores, ensina sem ruído de palavras.” “Ser pequeno é não desanimar com as faltas próprias, pois as crianças caem 31

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com frequência, mas são demasiado pequenas para machucar-se seriamente.”

imperfeições." "Meu caminho é o caminho da infância espiritual, o caminho da confiança e da entrega absoluta." "Espero tudo do Bom Deus, como uma criancinha espera tudo de seu pai." “Os grandes santos trabalharam para a glória de Deus; eu, porém, que sou uma alma bem pequenina, trabalho só para o seu prazer...” "Como estou longe de ser conduzida pela via do temor, sei sempre encontrar o meio de ser feliz e aproveitar de minhas misérias." Vaidade – Perigos do mundo

“Quando Ele nos vê profundamente convencidas do nosso nada, estende-nos a mão, mas se continuamos a tratar de coisas grandes – mesmo que sob pretexto de zelo –, Jesus deixa-nos sós.” "É muito doce a gente se sentir fraco e pequeno!" "É preciso abandonar o futuro nas mãos do Bom Deus..." "Não me inquieto, absolutamente, com o futuro..."

"Em vez de me causar mal, levar-me à vaidade, os dons que Deus me prodigalizou (sem que Lhe tenha pedido) me levam para Ele." "Eu vos suplico, ó meu Deus, enviar-me uma humilhação cada vez que eu tentar me elevar acima dos outros." “É tão fácil extraviar-se pelos caminhos floridos do mundo [...] Mas se o meu coração não se tivesse elevado para Deus desde o primeiro despertar, se o mundo me tivesse sorrido desde a minha entrada na vida, que teria sido de mim?”

"Não consigo crescer, devo suportar-me como sou, com todas as minhas

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Conquistando Corações Para Deus

Torne-se Um Sócio Evangelizador Você sabia que pode se tornar um Evangelizador sem sair de sua casa? Isso mesmo, ao se tornar sócio da Associação católica Fonte de Água Viva, você estará colaborando para que milhares de pessoas no Brasil e no mundo recebam a Palavra de Deus e tenham suas vidas transformadas. Ao se tornar sócio você assumira 3 compromissos:  Rezar pela nossa obra  Divulgá-la entre seus amigos e conhecidos  Colaborar mensalmente com a quantia que quiser e puder. Ao se tornar sócio (a) você receberá inteiramente grátis uma Cruz Dehoniana em madeira com cordão.

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Para se Tornar Sócio, preencha a ficha abaixo e nos envie pelo Correio*, ou se preferir, acesse nosso site e faça seu cadastro: www.radiofontedeaguaviva.net ( ) SIM, eu quero me tornar um (a) sócio (a) Evangelizador (a) da Associação Católica Fonte de Água Viva e colaborar na Conquista de Mais Corações Para Deus. Nome: ______________________________________________________ Endereço: ____________________________________________________ Bairro: ______________________________________________________ Cidade: __________________________________________ UF: _______ CEP: ______________ e-mail: ______________________________________________________ Telefone: ( ) _________________________________________________ Celular: ( ) __________________________________________________ Paróquia em que Participa: ______________________________________ Pastoral em Que Atua: __________________________________________

*Envie para: acfav@hotmail.com

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Novenas

Novena das Rosas

(Pode-se rezar essa novena em qualquer época, mas é proveitoso fazê-lo do dia 9 ao dia 17 de qualquer mês, para participar da comunhão de orações dos que se dedicam a essa devoção.) Santíssima Trindade, Pai, Filho, Espírito Santo, eu vos agradeço todos os favores, todas as graças com que enriquecestes a alma de vossa serva Teresa do Menino Jesus durante os 24 anos que passou na terra, e, pelos méritos de tão querida Santinha, concedei-me a graça que ardentemente vos peço (pedir a graça...), se for conforme a vossa santíssima vontade e para salvação de minha alma. Ajudai minha fé e minha esperança, ó Santa Teresinha, cumprindo mais uma vez vossa promessa de que ninguém vos invocaria em vão, fazendo-me ganhar uma rosa, sinal de que alcançarei a graça pedida. Glória ao Pai... (24 vezes) Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por nós! Ave-Maria... Pai Nosso...

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Orações

Orações a Santa Teresinha

Ladainha de Santa Teresinha Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, atendei-nos. Deus, Pai do Céu, tende piedade de nós. Deus, Espírito Santo, tende piedade de nós. Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós. Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós. São José, rogai por nós. Santa Teresa de Ávila, rogai por nós. São João da Cruz, rogai por nós. São Rafael Kalinowski, rogai por nós. Santa Elisabeth da Trindade, rogai por nós. Santa Teresa dos Andes, rogai por nós. Santa Teresa Margaret Redi, rogai por nós. Beata Edith Stein, rogai por nós. Beata Maria Sacrário de São Luiz Gonzaga, rogai por nós. Beata Maria das Maravilhas de Jesus, rogai por nós. Santa Teresinha, estrela luminosa do Carmelo, rogai por nós. Santa Teresinha, Padroeira das Missões, rogai por nós. Santa Teresinha, Doutora da Pequena Via, rogai por nós. Santa Teresinha, Padroeira da França, rogai por nós. Santa Teresinha, Filigrana do Espírito Santo, rogai por nós. 37

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Santa Teresinha, do amor filial, rogai por nós. Santa Teresinha, perfeição de fé, rogai por nós. Santa Teresinha, pequena fortaleza de Deus, rogai por nós. Santa Teresinha, vocação para o amor, rogai por nós. Santa Teresinha, asceta e mística, rogai por nós. Santa Teresinha, amor no coração da Igreja, rogai por nós. Confiança obstinada, rogai por nós. Confiança invencível, rogai por nós. Confiança heróica, rogai por nós. Confiança na própria fraqueza, rogai por nós. Desejo de santidade, rogai por nós. Desejo de amor, rogai por nós. Desejo de virtudes, rogai por nós. Desejo de renúncia, rogai por nós. Desejo de retidão, rogai por nós. Desejo de fidelidade, rogai por nós. Desejo de perfeição, rogai por nós. Alma simples, rogai por nós. Alma sublime, rogai por nós. Alma cândida, rogai por nós. Alma missionária, rogai por nós. Alma penitente, rogai por nós. Alma pequenina, rogai por nós. Alma paciente, rogai por nós. Alma humilde, rogai por nós. Alma pacífica, rogai por nós. Alma suave, rogai por nós. Alma que escolheu tudo, rogai por nós. Alma dos pequenos sacrifícios, rogai por nós. Alma doce na noite da provação, rogai por nós. Apóstola da Misericórdia, rogai por nós. Apóstola da Confiança e do Abandono, rogai por nós. Apóstola da Simplicidade de Coração, rogai por nós. Anjo dos Enfermos e Prisioneiros, rogai por nós. Pequena Irmã dos Pobres em Espírito, rogai por nós. Irmã Universal, rogai por nós. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós. Rogai por nós, Santa Teresa do Menino Jesus da Santa Face, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Oremos... Ó Deus, que sois glorificado em vossos santos e santas, ouví-nos por intercessão de Santa Teresinha do Menino Jesus, que nos ensinou o Pequeno Caminho da confiança e do abandono em vossa Misericórdia. Por Cristo Nosso Senhor, Amém.

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Oração pelos missionários Ó Santa Teresinha, sois exemplo de simplicidade e de humildade e sempre vos colocastes nas mãos do Pai. Intercedei junto a Deus para que os homens compreendam o vosso caminho, que leva ao Céu, para que, vencendo o egoísmo e o orgulho, possam construir um mundo melhor e conquistem os povos para o Reino de Cristo pelo amor, justiça e paz. Fazei com que os homens compreendam a mensagem do Evangelho e sejam atraídos a viverem o ideal cristão do amor pelo espírito de desapego e doação. Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões, rogai por nós e protegei os missionários. Amém.

Oração de Santa Teresinha pelos sacerdotes

Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, conservai os vossos sacerdotes sob a proteção do Vosso Coração Amabilíssimo, onde nada de mal lhes possa suceder. Conservai puros e desapegados dos bens da terra os seus corações, que foram selados com o caráter sublime do Vosso Glorioso Sacerdócio. Fazei-nos crer no seu amor e fidelidade para Convosco e preservai-os do contágio do mundo. Dai-lhes também, juntamente com o poder que têm de transubstanciar o pão e o vinho em Vosso Corpo e Sangue, o poder de transformar os corações dos homens. Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna. Amém!

Para alcançar graças por intercessão de Santa Teresinha Santa Teresinha do Menino Jesus, que na vossa curta existência fostes um espelho de angélica pureza, de amor forte e de tão generosa entrega nas mãos de Deus, agora que gozais do prêmio de vossas virtudes, volvei um olhar de compaixão sobre mim, que plenamente confio em vós. Fazei vossas as minhas intenções, dizei por mim uma palavra àquela Virgem Imaculada de que fostes a florzinha privilegiada, à Rainha do Céu que vos sorriu na manhã da vida. Rogai-lhe, a Ela que é tão poderosa, sobre o Coração de Jesus, que me obtenha a graça por que nesta hora tanto anseio, e que a acompanhe de uma bênção que me fortifique durante a vida, 39

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me defenda na hora da morte e me leve à eternidade feliz. Amém.

(Faz-se o pedido) Velai, ó Flor do Carmelo, por nossas famílias: que em nossos lares haja paz, compreensão e diálogo. Velai por nossa pátria, para que tenhamos governantes íntegros, afinados com os anseios do povo sofrido. Velai por nós, para que o espírito missionário impregne todas as nossas ações. Amém.

Oração de Santa Teresinha

Prece à Santa das Rosas Santa das Rosas, trilhastes a Pequena Via da humildade e da submissão à vontade de Deus. Ensinai-nos, ó Santa Mestra, Doutora da Igreja, o caminho da santidade que nasce da escuta da Palavra de Deus, da realização de coisas simples e sem importância aos olhos do mundo. Nós vos pedimos que continueis a cumprir vossa promessa de fazer chover rosas de graças e bênçãos sobre o mundo. Ansiamos por rosas, muitas rosas do vosso jardim. Reparti conosco as graças que recebeis de Deus Pai. Intercedei por nós junto a Ele. Por vossas preces, venha o Senhor em socorro de nossas necessidades.

A Vós, Santa Teresinha Através das Vossas súplicas e do Vosso exemplo de santidade, Intercedeis para que fiquemos sempre mais perto do Senhor Jesus, E fazeis com que as vossas preces, sempre tão agradáveis ao Menino Jesus, Descortine nossa visão, para que possamos contemplar a face do Justo Senhor E para que, assim, sejamos abençoados em nossa caminhada de fé. Assiste-nos, meiga e afetuosa eleita, para que o Senhor Jesus, Estendendo sobre nós a resignação dos justos, Faça prosperar em nossas almas a virtude do amor. Rogamos, ainda, que pela força do nosso clamor, Sejamos amparados pelo teu obsequioso auxílio Que o Senhor Jesus, com a vossa insigne intervenção, Mantenha-se a controlar nossas alegrias e aflições, Dando-nos o firme impulso para a nossa vocação missionária. Amém.

Pequena novena 40

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Deus, nosso Pai, sempre acolheis aqueles que, neste mundo, vos servem fielmente. Queremos invocar Santa Teresinha do Menino Jesus por causa do grande amor que ela vos devotou. Sua confiança filial fazia-a esperar "que tu farias tua vontade no céu, pois ela tinha cumprido sempre a tua na terra". Suplico-vos acolher a prece que vos dirijo com fé, confiando-me à intercessão de Santa Teresinha. Pai Nosso... Senhor Jesus, Filho Único de Deus e nosso Salvador, lembrai-vos que Santa Teresinha consumiu sua vida aqui na terra pela salvação das almas, e quis "passar seu Céu a fazer o bem sobre a terra": porque foi vossa esposa bemamada e apaixonada por vossa Glória, nós a invocamos. Eu me entrego a vós, a fim de obter as graças que imploro, confiando-me à intercessão da Santa das Rosas. Ave Maria... Espírito Santo, fonte de toda graça e de todo amor, é por vossa ação que Santa

Teresinha viveu coberta de avisos divinos e a eles respondeu com perfeita fidelidade. Agora que ela intercede por nós, e não deseja nenhum repouso até o fim dos tempos, nós a invocamos. Peçovos inspirar e escutar minha prece, a fim de que seja concedido o pedido feito por intercessão da Padroeira das Missões. Ó Santa Teresa do Menino Jesus, vê a confiança que coloco em ti e acolhe minhas intenções. Intercede por mim junto à Virgem Maria, que veio te sorrir no momento da provação. Olha, também, por todos aqueles que te rogam: eu me uno a eles como a irmãos. Através das graças que desejamos, se tal for a vontade do Senhor, dá-nos sermos fortificados na Fé, Esperança e Amor no caminho da vida, e sermos ajudados na hora da morte, a fim de vivermos neste mundo a paz do Pai, e conhecer na eternidade a alegria de sermos todos filhos de Deus. Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo! Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

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