Revista Sucesso / Edição 49

Sem dinheiro, Uezo pode fechar 7 filmes sobre empreendedorismo Revista da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande ANO 10 | Nº 49 | OUTUBRO / NOVEMBRO 2017 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Otavio Leite: “menos impostos para sair da crise”

- Como colocar sua empresa no alto das buscas na internet e atrair mais clientes - Influenciadores digitais: por que a divulgação de uma marca depende deles

Melhores ventos 04 Giro Local 08 Carreira: filmes sobre empreendedores 12 Capa: Como aparecer no Google 18 Entrevista: Otavio Leite 22 Cotidiano: Crise da Uezo 26 Que Lugar É Esse?

Os sinais ainda são tímidos mas dão algum alento. Com previsão de crescimento de 0,7% para este ano e 1,5% para o próximo, segundo o FMI, além da inflação baixa, a economia brasileira vai deixando para trás sua pior crise.

Os investimentos, porém, ainda tardam em voltar — o arremedo de reforma trabalhista costurado por um governo impopular e sem força política e a própria incerteza sobre os próximos meses contribuem para a falta de ânimo dos empresários. No caso do Rio, também conta a situação calamitosa na segurança pública, que afeta a vida normal e, consequentemente, o consumo.

Mas somos empreendedores e, portanto, naturalmente otimistas. Temos que ser. Em momentos de crise, o melhor mesmo é aparecer, por isso ensinamos na reportagem de capa como se destacar nos mecanismos de busca na internet e aumentar suas vendas. Uma entrevista com o deputado Otávio Leite prega a óbvia redução dos impostos para empresas e dá outras ideias para surfar melhores ventos econômicos, e uma lista de filmes sobre empreendedorismo mostra que até na hora de se divertir dá para aprender.

Boa leitura e bons investimentos.

Guilherme Eisenlohr Presidente da ACICG

ACICG - CONSELHO DELIBERATIVO Expediente A revista Sucesso é uma publicação de responsabilidade da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande. Endereço: Rua Augusto de Vasconcelos, 1236, Campo Grande - Rio de Janeiro - Telefone: 2416-4000 Editor: Alessandro Soler (MTB 26.293) | Editora Adjunta: Elisa Eisenlohr | Contato: revistasucesso@ outlook.com | Capa: Arte de Elaine Rodrigues sobre ilustrações de Freepik | Diagramação: Elaine Rodrigues Tiragem: 4 mil exemplares | *As opiniões de artigos assinados são de responsabilidade dos seus autores e não necessariamente refletem a posição da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande.

Presidente: Guilherme Eisenlohr Vice Presidente: Mounir Issa Nehme 1º Secretária: Waldecila Corrêa 2º Secretário: Jairo Tulio de Oliveira Rodrigues 1º Tesoureiro: Everaldo Fernandes 2º Tesoureiro: Luiz Costa Guedes Procurador Geral: Roberto Othoniel Diretor de Marketing: Fabiano Carvalho Diretor de Tecnologia / Informática: Victor Guerson Diretor Jurídico: Leandro David Diretora Financeira / Contábil: Rosane Brum

Diretor de Inovação e Parcerias: João Victor Cunha Diretor de Promoções: Ricardo Barbosa Diretora de Relações com Governo: Tereza Couri Diretor de Desenvolvimento Urbano: Carlos Brito Diretora Social e de Assuntos Comunitários: Silvia Fernandes Diretor de Relações Industriais: George Dib Diretor de Relações Públicas: Matias Barbosa Diretor de Eventos: Idmar Cid Muniz Diretora do Núcleo Calçadão: Mirtes Ferreira Diretor de Novos Associados: Samir Nehme CONSELHEIROS DE HONRA: Sergio Figueiredo, Wilson José C. Filho, José Luis Dutra, Jorge Luiz M. S. Junior, Rosali Garcia Tauil, Anderson Audi, Maurício Martins de Almeida, Renato Melo REVISTA SUCESSO |

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*Foto Helcio Peynado

GIRO LOCAL Guarda Municipal de Campo Grande sob novo comando No dia 23 de janeiro, a 13ª Inspetoria da Guarda Municipal ganhou nova inspetora. Arlete da Costa Machado passou a ser responsável pelas áreas de Campo Grande, Santíssimo, Senador Augusto Vasconcelos, Cosmos e Inhoaíba. A crise na segurança pública leva a corporação a priorizar ações de base para evitar assaltos e outros crimes.

Roberto de Regina, 90 anos de um mestre A história recente da música na nossa região se confunde com a do cravista Roberto de Regina. E da maquetação. E da medicina...

São múltiplos os talentos de Roberto, que, em 2017, completou 90 anos com uma jovialidade que impressiona. E que contrasta com seu amor pelo que chama de música “antiga” (“mas sem carga pejorativa”, como se apressa em explicar): ou seja, as grandes obras clássicas que marcaram gerações. Seu contato com esse universo tão rico, conta, começou muito cedo.

“Eu conheci a música ainda menino e tive sorte de entrar nesse mundo. Acho que é algo que enriquece fantasticamente a vida de uma pessoa. Mesmo criança eu

já tinha condicionamento porque meus pais gostavam e ouviam muita coisa. Aconteceu comigo o que acontece com qualquer pessoa que se depara com a beleza da música: me apaixonei.”

“A ordem é impedir desordens

Médico anestesista aposentado, Roberto de Regina também é artesão, criador de maquetes de igrejas, cidades... As peças estão reunidas num museu instalado em seu sítio, no Mato Alto, e podem ser visitadas. Assim como a Capela Magdalena, onde se apresenta.

Inspetoria tem atuado em conjunto

“Os visitantes querem ouvir uma música que não têm muita oportunidade de ouvir, vêm porque conhecem o meu nome por meio dos discos que sempre gravei. Então, têm a Capela como algo místico, vêm de longe para conhecer e ouvir o concerto, ter o jantar e ver o museu”, afirma.

Machado, de 67 anos, tem 24 anos

O telefone para marcar uma visita é 2410-7183.

localizadas nas zonas Norte e Oeste,

e pequenos delitos na região.

Nossa principal característica é a atuação integrada, firme, de acordo com a legislação e sem conflitos”, afirma a inspetora. A 13ª com a Coordenadoria de Controle Urbano, Inspetoria Regional de Licenciamento e Fiscalização (IRLF), Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Polícia Militar e Polícia Civil.

A inspetora Arlete da Costa de serviços prestados à Guarda Municipal, sendo uma das primeiras mulheres a integrar o efetivo da corporação. Ao longo da carreira, desempenhou praticamente todas as atividades operacionais desenvolvidas pela corporação e atuou em inspetorias regionais além do Grupamento Especial de Trânsito, na Zona Sul e no Centro.

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*Reprodução

GIRO LOCAL

Criada há mais de 20 anos por Marli Maria de Almeida, a Sorvetes Kilegal é uma empresa familiar e promete, com a adesão dos dois filhos da fundadora, expandir para uma franquia: essa é a previsão de Maurício Martins de Almeida. Ele e seu irmão, Marcos Martins, foram inseridos no momento em que a empresa cresceu tanto que precisou criar dois CNPJs e dividir os já existentes atacado e varejo, há cerca de quatro anos, ficando os filhos com varejo e os pais com fabricação e venda do atacado.

Projeto escolar vira coletivo de permacultura

“Para mim os planos são de crescer bastante, se Deus quiser teremos franquias, que por enquanto não temos, em bairros vizinhos.

Queremos desenvolver cada vez mais a qualidade do nosso produto.

Não queremos competir pelo preço, priorizamos a qualidade

fazendo nosso produto do nosso jeito e isso quebra qualquer barreira”, afirma Maurício.

Mesmo sendo criado na dinâmica da empresa, Maurício crê que a maior dificuldade de trabalhar em família é o fôlego “juvenil” dos filhos. Segundo ele, o filho vem com energia e cheio de ideias, mas destaca também que ao longo do tempo aprendeu que as coisas precisam ser feitas com certa segurança, seguindo exemplo de seus pais, mas abrindo espaço para inovação ainda assim.

Enquanto Maurício faz planos, Marli colhe os frutos de uma atuação comunitária de muitas décadas. Em agosto, ela foi homenageada (foto) com uma medalha durante a solenidade de ingresso de novos integrantes na Ordem dos Cavaleiros Honorários do Regimento de Polícia Montada (RPMont) da PM, sob comando da tenente coronel Andréia Ferreira da Silva Campos.

Parabéns, Marli!

*Divulgação

Já ouviu falar em permacultura? Caso não, saiba: nosso bairro já tem um belo projeto dedicado a ela. O método de criação de comunidades (urbanas, rurais) ambientalmente sustentáveis, criado por dois ecologistas australianos e que pode ser traduzido como “cultura permanente”, foi posto em prática num projeto do Colégio Dimitri Marques que derivou num coletivo, o Bio em Ação de Permacultura Urbana, responsável pela horta comunitária em frente à escola.

O objetivo, diz o professor de biologia Paolo Martins, que mobilizou seus alunos em torno da ideia, é estimular as pessoas a se reaproximarem de um modo de vida mais natural.

Empresa familiar com projeto de expansão

Quer ajudar? Os organizadores estão frequentemente realizando atividades de manutenção. Não há necessidade de pedir permissão ao coletivo para plantar mudas ou mesmo colher. Para saber mais, basta acessar a página no Facebook: facebook.com/ BioemAcaoPermaculturaUrbana.

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CARREIRA

Vai começar a lição de empreendedorismo:

prepare a pipoca e aperte o play 7 filmes que trazem importantes visões sobre o ambiente profissional

*Fotos reprodução

Lição de empreendedorismo a gente vê em toda parte. Mas umas são mais divertidas que as outras. Em filmes de longa-metragem de ficção há muitas, que, além de entreter, também inspiram. Nós compilamos sete deles que aportam conhecimento, valores e reflexão - além de serem muito bem produzidos. Confira quais são e onde pode encontrá-los.

“A rede social” (disponível no NOW) Estar na hora certa no lugar certo ajuda. Mas sem a fagulha da criação e do talento, nada é possível. Neste drama sobre a criação do Facebook dirigido por David Fincher e estrelado por Jesse Eisenberg, Andrew Garfield e Justin Timberlake, a história ficcionalizada de Mark Zuckerberg e do cocriadores da maior rede social do mundo destaca a importância do empreendedorismo e do foco correto no direcionamento nos negócios. Há ainda bastantes questionamentos éticos e uma boa abordagem das delicadas relações entre sócios.

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“O homem que mudou o jogo” (disponível no NOW, serviço de vídeo sob demanda da NET) Com direção de Bennett Miller e estrelado por Brad Pitt e Philip Seymour Hoffman, apresenta a história real de um técnico de time de beisebol dos anos 1980 que criou um sofisticado e pioneiro programa informático para usar estatísticas e levar a equipe aos primeiros postos no campeonato nacional dos Estados Unidos. A inovação foi tamanha que, até hoje, tais métodos de análise de jogadas e técnicas são empregados nos times profissionais dessa modalidade.

CARREIRA

“Enron, Os Mais Espertos da Sala” (disponível, na íntegra, em versão dublada ou legendada em português, no YouTube)

“A grande aposta”

Os perigos da “contabilidade criativa” e as tentações da corrupção e da fraude ao lidar com milhões de dólares dão o tom a esse documentário premiado que aborda um dos maiores escândalos da história corporativa americana: a quebra da Enron. A empresa energética sediada no Texas, então a sétima maior dos EUA, foi a pique em 2001, quando se descobriu que seus executivos, que vinham maquiando contas para mostrar superávits e cumprimento de metas, fugiram com bilhões de dólares e deixaram acionistas falidos.

(disponível no Netflix) Dirigido por Adam McKay, e com Christian Bale, Ryan Gosling, Steve Carell e Brad Pitt no elenco, esse filme americano de 2009 aborda a crise imobiliária que arrastou os EUA e o mundo a uma quase depressão econômica em 2008. Na história, um dos personagens mostra ter uma visão inovadora ao perceber que as hipotecas em atraso que eram dadas como garantia a novos financiamentos imobiliários levariam a uma quebra iminente do sistema. Ele decide, então, apostar na bolsa, num fundo de investimento e em grandes corretoras prevendo essa derrocada. O filme traz importantes questionamentos éticos sobre o mercado de capitais.

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CARREIRA

“O lobo de Wall Street” (disponível no NOW) Protagonizado por Leonardo Di Caprio e dirigido por Martin Scorsese, mostra a história real de excessos de um dono de corretora em Nova York, nos anos 1980, que, ao perspicazmente apostar em pequenos investidores de ações - diferentemente do que faziam todas as demais corretoras -, se tornou um verdadeiro imperador da bolsa.

Seu envolvimento com festas, drogas e fraudes de impostos, no entanto, o levaram à ruína.

“Erin Brokovich - Uma mulher de talento” (disponível no NOW) Estrelada por Julia Roberts, a fita mostra a história real de uma mulher sem formação superior que, confiando na sua intuição e movida por um grande sentido de responsabilidade corporativa e social, destapou um caso de contaminação de uma comunidade por uma empresa energética nos anos 1980.

Brockovich é considerada, até hoje, uma pioneira da sustentabilidade e da causa verde. O filme, dirigido por Steven Sorderbergh, arrebatou vários prêmios,

“Cidadão Kane”

Oscar de melhor atriz. boa abordagem

(disponível em locadoras e cineclubes)

das delicadas relações entre sócios.

O clássico dirigido e protagonizado

assim como Julia Roberts, vencedora do

por Orson Welles em 1941 mostra a ascensão e a queda de um magnata dos meios de comunicação, marcada por sombras e derrotas pessoais. A mensagem é clara: nem só o sucesso profissional traz glória e felicidade ao homem. A primorosa direção de um dos maiores realizadores americanos levou inúmeros críticos, ao longo das décadas, a considerar este o maior filme já feito.

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Conheça algumas técnicas da chamada SEO, a otimização dos mecanismos de busca que pode aumentar sua exposição – e seus lucros Por Maurício Ferro 12

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Numa época em que as pessoas passam o dia conectadas e têm milhares de distrações online, ter a atenção de alguém virou um bem precioso.

Por isso, a SEO (“Search Engine Optimization”, em inglês, ou “Otimização dos Mecanismos de Busca”, em português) é uma ferramenta que cresce e se consolida entre as principais apostas das empresas para atrair os olhares. É por meio do aperfeiçoamento nessa área que um site pode ficar entre os primeiros resultados numa busca do Google, por exemplo.

avalia o quanto ele está associado ao termo

Se a lógica ensina que capturar atenções é cada vez mais difícil, nada como ter uma ajudinha extra. Uma ou milhares. Segundo o coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Miceli, a principal tendência da SEO para este ano é o uso, por empresas, dos chamados influenciadores digitais, pessoas influentes nas redes sociais que, ao usar certos termos ou palavras-chave, falar sobre temas ligados a uma marca, um produto ou serviço e, depois, ter tudo isso reproduzido por seus muitíssimos seguidores, conseguem colocar qualquer um lá no alto dos tópicos mais discutidos. (Leia mais sobre os influenciadores digitais no quadro na página 14).

Já ouviu falar em “encontrabilidade”?

“As empresas contratam pessoas físicas, teoricamente comuns, que exercem influência sobre um público específico. Nesse caso, além das referências nas redes sociais, os influenciadores, por meio de seus sites pessoais, mencionam a marca contratante e fazem links para o site delas. Isso acaba levando mais gente e aumentando a ligação entre a empresa e o tema em questão”, ele explica. “Essa atividade, o Marketing de Influenciadores, deve continuar crescendo”, projeta o coordenador da FGV.

oficiais bem organizados, por exemplo. Isso

Além da tendência apontada para 2017, há mecanismos tradicionais que não podem ser abandonados se o objetivo for avançar na SEO. São ações simples, como colocar títulos relativos aos conteúdos das páginas, utilizar tags (comandos da linguagem HTML), cuidar do próprio endereço e utilizar SEMPRE palavraschave no conteúdo do site. “O posicionamento de um site é definido por uma fórmula que

(ou termos) que o usuário especificou para fazer a sua busca. Essa fórmula gera uma pontuação, e os sites são ordenados para que os resultados sejam apresentados”, ensina Miceli. Afinal, como diz o dito já popular nesta hora digital, não há melhor lugar para se esconder do que na segunda página da pesquisa do Google. Se você não aparece entre os primeiros, sua chance de ganhar cliques cai exponencialmente.

Estar no topo das buscas faz tanto a cabeça dos empreendedores que já ganhou até nome: “encontrabilidade”. “É um termo técnico que fala sobre o quão bem rankeada a empresa está” explica João Paulo Nogueira, professor de E-Business e Mídias Digitais da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). “Isso é uma parte essencial do negócio hoje em dia.”

Existem inúmeras formas de incrementar o posicionamento de uma marca. Nogueira, que também é coordenador de imagem do GShow, diz que o “rankeamento” pode ser impulsionado simplesmente por canais cria uma relação mais próxima entre a marca e suas palavras-chave. “Uma pequena marca de serviços de manutenção doméstica que queira se posicionar bem nesse mercado precisa investir em produzir conteúdo sobre esse mercado, usando as palavras-chave.

Isso, obviamente, também serve para marcas maiores”, diz ele.

Fale de mim. Sempre A produção de conteúdo é um ponto em comum entre os dois especialistas. Como é fundamental para o “rankeamento” de uma empresa a quantidade de links que o site dela recebe de outros sites, é importante que essas empresas produzam conteúdo sobre seus produtos, serviços e mercados. “Os algoritmos de busca entendem que quanto mais um site é referenciado por um determinado termo, mais relevante ele é”, afirma Miceli. “Quanto REVISTA SUCESSO |

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mais conteúdo, mais chances de outros sites chamarem essas páginas. E, quanto mais links, melhor a pontuação”, conclui.

Em outras palavras, se uma marca de beleza que cuide de cabelos quiser aumentar sua influência, poderá usar blogs ou sites especializados para produzir conteúdo. Assim,

O crescimento de redes sociais abriu espaço para uma tendência no mercado. De olho em pessoas que expõem suas vidas (quase sempre bem “divertidas” e “glamourosas”) nas redes sociais, empresas as contratam para divulgar - mais ou menos explicitamente - produtos ou serviços e, assim, potencializar sua exposição de marca e suas vendas. Os chamados influenciadores digitais viraram “vendedores de luxo”, que lucram simplesmente por postar mais uma foto usando um produto no Snapchat

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procura aparecer entre os resultados mais importantes e relevantes no momento em que o consumidor pesquise sobre um tratamento para o cabelo, por exemplo.

SEO para todos os tamanhos Tanto o professor André Miceli, da FGV, quanto o professor João Paulo Nogueira, da ESPM, estão de acordo sobre a importância da SEO

ou no Instagram ou fazer um comentário certeiro no blog pessoal, no Twitter ou no Facebook sobre uma “novidade”.

A partir do momento em que uma pessoa decide mostrar sua vida, aquelas que a seguem são as pessoas que estão interessadas no que é mostrado. Os influenciadores, assim, segmentam o público. Cabe às marcas identificar quem tem o perfil mais adequado para o seu produto. “As empresas identificam os seguidores, ou seja, o público com o qual o influenciador conversa,

para todas as empresas, independentemente do tamanho que tiverem. “Do ponto de vista técnico, não há diferença entre as estratégias (a serem adotadas por pequenos ou grandes negócios). Os algoritmos não levam em consideração faturamento, número de funcionários ou algum dado dessa natureza para criar a ordenação”, afirma Miceli, enquanto Nogueira diz que, “em suma, (o avanço nas técnicas de SEO) é um movimento que todas as empresas precisam fazer.”

A diferença entre os dois está no otimismo em relação às pequenas empresas. O professor da FGV fala de uma “vantagem” dos peixes

e conseguem uma penetração mais assertiva”, explica Luisa Cunha, que tem quase 5 mil seguidores no Instagram.

A influenciadora Raissa Alves, por exemplo, define-se com “um perfil voltado para o público feminino, de 16 a 35 anos de idade, que curte ir à praia, aproveitar o dia e se vestir bem, mas sem precisar gastar muito”. Com mais de 87 mil seguidores no Instagram, é fácil que as marcas identifiquem com quem a influenciadora dialoga na rede social e explorem sua imagem.

Em seu Power Point de apresentação, Raissa lista mais de 20 marcas com as quais já trabalhou – entre elas Ki Korpo, Drogaria Venâncio, L’Oréal, Afghan e Crocs, por exemplo – e diz ter sua imagem “no maior Instagram de moda do Brasil” e “no maior Instagram fitness do mundo”.

Além disso, aponta algumas formas de divulgação que as marcas podem optar, como envio de produtos em troca da exposição ou pagamento em dinheiro por fotos ou menções.

Ela leva o trabalho muito a sério.

INVESTIMENTO BARATO Se a exploração da imagem de influenciadores digitais pode ser considerada um investimento assertivo, a influenciadora Luisa Cunha

grandes. “O que acaba acontecendo é que, além de seus sites serem mais referenciados em função de serem normalmente mais conhecidas, empresas maiores podem dedicar mais recursos humanos e financeiros para tratar de questões técnicas e de produção de conteúdo. E isso, naturalmente, melhora o posicionamento de seus sites”, afirma Miceli.

Já Nogueira enxerga uma janela para que “marcas menores tenham uma oportunidade grande de capitalizar quase gratuita, porque só vão ter o custo da produção do conteúdo”.

E isso significa conseguir uma excelente visibilidade, que pode gerar muita receita.

também diz ser possível afirmar que é uma forma mais barata de divulgação. Pelo menos numa comparação com meios tradicionais de mídia, como a impressa ou a televisiva. “E, às vezes, esses meios não dão a penetração que o influenciador dá”, acrescenta. “Uma propaganda no intervalo da novela pode ser só mais uma no meio de mil. Às vezes a pessoa nem dá bola”, diz ela.

Para Luisa, a conectividade que é proporcionada por uma época de redes sociais desperta o desejo nas pessoas de fazer o que o influenciador faz, ir aonde ele vai, comer o que ele come e vestir o que ele veste. “As pessoas estão 99% do tempo conectadas e integradas, e acho que o Instagram é a principal plataforma. É onde essas pessoas buscam referência, restaurantes, marcas, amigos, familiares, ídolos, artistas ou o que for”.

Já Yasmin Maldonado, que tem quase 4 mil seguidores, ainda destaca um outro aspecto para o crescimento da profissão. Mesmo sem se considerar exatamente uma digital influencer, ela opina que a informalidade das redes dá às marcas uma maior facilidade de acesso ao público. A explicação: “os influenciadores usam os produtos no dia a dia”. A naturalidade do processo explica a eficiência.

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INFORME PUBLICITÁRIO

DESENVOLVIMENTO URBANO Por Carlos Machado Brito Advogado, Bacharel e Mestre em Direito, Economista e Diretor-Presidente da Sociedade Cultural do Progresso Urbano no Brasil

O POUSO É A MANEIRA DE VIABILIZAR AS UPP’S Pouso, posto de Orientação Urbanística e social da Secretaria

a reconquista de território e a manutenção da segurança devem

Municipal de Urbanismo, tem objetivo de promover a consolidação

ser atendidos com pressuposto e pontos de partida para outras

dos novos bairros e sua real integração à cidade formal, através de

importantes transformações nas comunidades cariocas de baixa renda.

Orientação Urbanística e social, planejamento local, regularização

O jornal O Globo de 10/03/2017 afirmou: “A despeitos das falhas e

urbanística e fiscalização.

equívocos, o programa das UPP’s tem ganhos incontestados, além de

O Pouso tem como competência:

terem permitido ao Estado a retomada de território controlados pelo

• Elaboração da legislação de uso e ocupação, do solo, de acordo

tráfico, as upp’s reduziram drasticamente o tráfico no Rio de Janeiro,

com a tipologia de cada área;

salvando milhares de vítimas.

• Elaboração de propostas de projetos de alinhamento e de

Robert Muggah, Diretor de pesquisa do Instituto igarapé, afirma em órgão

reconhecimento de nomenclatura oficial de logradouro;

da impressa: “Com a crise econômica, o programa da pacificação iniciou

• Fiscalização;

seu calvário, o orçamento para a segurança pública foi reduzido em 32%

• Orientação técnico-Construtiva;

em 2015,’ o que levou a uma paralisia. O sistema de incentivos foi cortado

• Legalização das edificações;

e os policiais voltaram a receber salários precários, com o aumento da

• Numeração das casas;

violência em áreas previamente “pacificadas” começaram as críticas,

• Concessão de certidão de Habite-se.

muitos acadêmicos que antes apoiavam o programa, agora comemoram o

As Upp’s (Unidades de Policia Pacificadora) têm como objetivo

seu fim, mas poucas soluções alternativas são apresentadas”.

LEGISLAÇÃO EM APOIO AO POUSO O jornal “O Globo” de 28/02/2015 - afirmação e manchete de seu

Em 22 de Dezembro de 2016 a Casa Civil da presidência Republica editou

editorial que “UPP fica no caminho sem formalizar propriedade” o ex-

a Medida Provisória nº 759. No seu título II a MP trata da Regularização

Secretário Mariano Beltrame afirmaria sobre o título de propriedade

Fundiária Urbana que cria REURB, a qual atinge medidas judiciais,

“Ele é o único do processo de aquisição da propriedade plena,

urbanística, ambientalistas e sociais que visam à regularização dos

representa a segurança civil do cidadão sem a qual não há segurança

núcleos urbanos informais, Na justificativa do projeto o órgão competente

pública que dê jeito”.

do Ministério das Cidades afirma: “Os moradores que não possuem os

O economista peruano Hernando de Soto defende a ideia que titulo de

direitos de propriedade, de seus imóveis tendem a investir menos na

propriedade é o primeiro passo para o progresso econômico. “Quando

melhoria de seus domicílios com medo de perder os investimentos”, Para

um morador de comunidade se transforma em dono do imóvel em que

a sociedade, a irregularidade urbanística causa transtornos e dificuldades

vive, passa a ter algo para dar em garantia de empréstimos para tocar,

na mobilidade urbana em decorrência dos problemas de infraestrutura e

por exemplo, um pequeno restaurante, uma oficina, ou um salão de

equipamentos urbanos e comunitários. A regularização converte locais

beleza,” empreendimentos já comuns em favelas.

em endereços. Os moradores passam a ter um CEP.

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ENTREVISTA *Fotos de divulgação

REVISTA SUCESSO: Um de seus projetos estrela é o 3674/12, que prevê incentivos fiscais para pessoas que queiram abrir sua primeira empresa. O que espera com isso?

OTAVIO LEITE: Espero que tenhamos condições de um dia poder proclamar a seguinte frase: “Só não abre uma empresa no Brasil quem não quer”.

Hoje há muitas burocracias que precisam ser combatidas. Por isso, temos uma lei viva que precisa permanentemente ser atualizada.

RS: Existe um estudo que estime quantos empregos seriam criados com essa medida?

OL: Não tem propriamente um estudo, mas não tenho dúvidas de que seria uma medida importante. Tenho certeza de que, virando lei, vai estimular muito o empreendedorismo. Com esse benefício, a criação de empregos dentro das pequenas empresas poderia ter um salto de 25% em dois anos no Brasil.

Menos impostos, mais investimentos Com três projetos de lei que preveem desonerações ou incentivos fiscais a micro e pequenas empresas, o deputado federal Otavio Leite diz, em entrevista à SUCESSO: “Não existe mágica, mas essas medidas podem ajudam o país a sair da crise” Texto: Maurício Ferro

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Não há saída para a crise que não seja por meio do fortalecimento da atividade econômica. É isso o que pensa o deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ). Entrevistado pela SUCESSO, ele comentou três de seus projetos de lei atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados, que preveem incentivos ou desonerações fiscais a micro e pequenas empresas, além de financiamento coletivo ao empreendedor.

“A Receita ganha de outra forma, com mais pessoas empregadas e mais atividades econômicas implantadas”, crê.

RS: Como funcionaria esse benefício?

OL: Na prática, segundo o projeto, o empreendedor montaria uma empresa enquadrada no Simples e, durante os dois primeiros anos, não pagaria impostos.

Poderia usar o valor equivalente como capital de giro. Mas, a partir do 25º mês, começaria a pagar o benefício que recebeu. Seriam, portanto, dois anos de carência para o empreendedor fazer com o negócio avançar e se consolidar. No fundo, criamos uma espécie de período de amadurecimento do negócio. Se for uma empresa com políticas sustentáveis do ponto de vista ambiental, prevemos um benefício três vezes maior: ou seja, só começa a pagar depois de seis anos.

RS: É possível conceder tantos incentivos fiscais nesse momento difícil que estamos atravessando?

OL: Esse dinheiro não faz falta, porque, quando a empresa é criada, ela gera emprego. E continua o recolhimento de FGTS e IPTU, por exemplo. Ou seja, gera atividade econômica. Esse é um incentivo que não traz prejuízo ao erário.

ENTREVISTA RS: E no caso de o negócio não avançar?

OL: O empreendedor fica responsável por quitar o débito. Mas estamos dando condições para que a empresa ganhe musculatura. O projeto é importante, porque ajuda a empresa a ganhar musculatura, ampliar-se, conquistar espaço no mercado.

O que falta para a aprovação?

OL: Passar por apenas uma comissão antes de ir a votação.

RS: O senhor também tem um Projeto de Lei (6590/13) que procura estabelecer diretrizes para financiamento coletivo (crowdfunding) de micro e pequenas empresas.

OL: O crowdfunding já é uma modalidade bem presente no âmbito cultural e em atividades sociais de diversos países. É preciso fortalecer essas iniciativas aqui no Brasil, porque geram empregos.

RS: Esse projeto também prevê dedução tributária. Mais uma vez, suscita a velha questão: é possível ao Estado abrir mão dos impostos?

OL: Não haverá prejuízo, porque a Receita ganha de outra forma, com mais pessoas empregadas e mais atividades econômicas implantadas.

RS: Acha que o brasileiro tem cultura de crowdfunding?

OL: O Brasil está muito atrasado ao nível internacional nesse tema. Essa proposta nos coloca em pé de igualdade.

Não temos a cultura, por isso é preciso estimular. Se o contribuinte já pode apoiar eventos culturais e esportivos por renúncia fiscal, nada mais justo que expandir essa regra para financiamento coletivo, que é uma novidade importante e merece ser impulsionada.

RS: Em que medida esses projetos podem nos ajudar a superar a crise?

OL: Eles abrem uma janela, mas não existe mágica. Tenho certeza de que essas medidas podem ajudar o país a sair da crise.

RS: Um terceiro projeto seu, o PL 249/13, permitiria a micro e pequenas empresas o acesso ao mercado de capitais sem deixar os benefícios do Simples. Ele também prevê linhas de crédito a empresas que se enquadrem nos limites do próprio Simples, de faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. Como avaliar o risco desse crédito a micro e pequenos empreendedores?

OL: Esse é outro ponto em que o país precisa se aperfeiçoar. O investidor precisa ser mais bem informado para apostar naquele empreendimento.

Acho que mais empresas precisam ser instituídas. É um espaço fértil para que empresas de consultoria avaliem o potencial dos negócios.

RS: Seria o caso de o Banco Central regulamentar mais?

OL: Acho que o Banco Central precisa exigir mais dos bancos, para que estes apresentem ofertas de microcréditos. É preciso ampliar o microcrédito no Brasil e diminuir a taxa de juros.

RS: E o que o senhor pensa da atuação dos bancos públicos em relação os microcréditos?

“O Banco Central precisa exigir mais dos bancos. É preciso ampliar o microcrédito no Brasil e diminuir a taxa de juros.”

OL: Existem as linhas de crédito, mas é preciso que instituições como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil primeiro divulguem mais essas linhas de crédito e, ao mesmo tempo, procurem criar condições mais favoráveis, como maior período de carência e menores exigências.

Otavio Leite

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Imposto de Renda: Acompanhar o status da declaração evita malha fina A Receita Federal liberou, na semana passada, o terceiro lote de restituições do Imposto de Renda 2017. Com isso, muitos contribuintes que ainda não receberam os valores temem que suas declarações acabem na malha fina. Para tirar a dúvida, é preciso consultar o extrato da declaração no site do Fisco. O hábito de acompanhar o status de processamento da declaração é essencial, de acordo com o vice-presidente de Fiscalização, Ética e Disciplina do Conselho Federal de Contabilidade, Luiz Fernando Nóbrega.

— Isso evita dor de cabeça, e a Receita dá uma chance para que o contribuinte acerte. Por exemplo, uma empresa declara que pagou R$ 15 mil para um funcionário, mas ele informou valor diferente. O acompanhamento serve para que o contribuinte acerte esse erro e tire a declaração de análise, antes que vá para a malha fina. Em casos de dúvidas, deve procurar um profissional de contabilidade.

O vice-presidente operacional do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRCRJ), Samir Nehme, explica que, se tudo estiver bem, na consulta ao site, a declaração aparece em fila de restituição ou processada, se a pessoa não tem nada a receber ou já recebeu.

— Quando aparece com pendência significa que a Receita identificou uma irregularidade e que o contribuinte tem o direito de promover a regularização por

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meio de uma declaração retificadora.

Isso aconteceu com a aposentada e escritora Beatriz Coelho Silva, de 63 anos: — Em 2015, eu ganhei uma ação trabalhista na Justiça, e uma parte da indenização foi recebida em janeiro e fevereiro de 2016. Eu cometi um erro sobre isso na declaração, mas corrigi há cerca de um mês. Agora, com tudo certo, minha declaração está na fila da restituição.

Neste ano, a Receita recebeu 28.524.560 declarações até o prazo de 28 de abril, porém, só divulgará o número de declarações retidas em dezembro. No ano passado, apenas 2,61% do total de 29.542.894 declarações ficaram em malha fiscal.

Retificadoras são recebidas - Caso perceba que omitiu dados ou informou dados errados, o contribuinte pode corrigir a sua declaração de rendimentos. Segundo a Receita Federal, a Declaração de Ajuste Anual (DAA) retificadora substitui a anterior integralmente, portanto, deve conter todas as informações anteriormente declaradas com as alterações e exclusões necessárias, assim como as informações adicionais, se for o caso. A retificadora deve ser enviada, em um prazo de cinco anos, pelo programa de transmissão “Receitanet” ou por meio do serviço “Retificação on-line”. Não é possível trocar a opção inicialmente adotada, seja o modelo simplificado ou completo.

*Foto via Visualhunt

INFORME PUBLICITÁRIO

INFORME PUBLICITÁRIO O vice-presidente operacional do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro (CRCRJ), Samir Nehme, lembra que é melhor corrigir logo para evitar problemas: — Este ano, a Receita Federal deu uma guinada na fiscalização das declarações do Imposto de Renda, inclusive nas declarações dos últimos cinco anos, como a legislação permite. Com a falta de recursos do governo federal, há uma mudança de postura. Só no meu escritório, já promovemos umas 300 retificadoras de cliente. Imagina as pessoas físicas que fazem sozinhas, de qualquer forma, no último dia e sem acompanhamento, o risco que estão correndo.

Lotes já pagos - O primeiro lote de foi liberado no dia 16 de junho apenas para contribuintes com prioridade, como idosos e pessoas com deficiência física e mental. No dia 17 de julho, receberam as pessoas que fizeram a transmissão das declarações até 4 de março, e no dia 15 de agosto, respon-

sáveis por declarações entregues até 20 de março.

Próximas datas - O quarto, quinto e sexto lotes saem nos dias 15 de setembro, 16 de outubro e 16 de novembro, respectivamente. Por fim, quem deixou para a última hora deve receber a restituição no último lote, em 15 de dezembro. A consulta aos lotes costuma ser liberada uma semana antes das datas de depósito. A restituição ficará disponível no banco durante um ano. Se o contribuinte não fizer o resgate nesse prazo, deverá fazer o pedido por meio de um formulário na internet. * Matéria originalmente publicada no Jornal Extra, dia 28 de Agosto de 2017 SAMIR FERREIRA BARBOSA NEHME Contador / Advogado / Administrador de Empresas Vice-Presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado do RJ

* Reprodução Jornal Extra

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COTIDIANO

Uezo pede ajuda da região para se manter funcionando Sem dinheiro, única faculdade pública da região, que oferece cursos voltados para a indústria, pode fechar a qualquer momento

Texto: Rita de Cássia Costa Fotos: Nathalia Cavalcante

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A comunidade acadêmica é pequenina: dois mil alunos, 93 professores, 27 técnicos de laboratório. Mas a importância da Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) para a nossa região é enorme. Única faculdade pública por aqui, oferece cursos voltados para a indústria, uma das grandes vocações da Zona Oeste carioca. Para se ter uma ideia, na pós-graduação, 100% dos alunos são profissionais da região, segundo a reitoria. Na graduação, são oferecidos dez cursos, entre eles Tecnologia em Construção Naval e Ciências Biológicas. Mesmo tão importante, contudo, a Uezo, dependente de um governo quebrado,

está mais ameaçada do que nunca.

O ano letivo só começou em maio, e aos trancos e barrancos. Não há dinheiro para pagar os funcionários nem para a manutenção básica.

Faltam 85 professores.

No último dia 25 de setembro, uma reunião na Assembleia Legislativa (Alerj) tratou do tema, com a participação de deputados e representantes da instituição.

Deputados defenderam a inclusão da Ueza no regime de duodécimos, proposta que atualmente tramita na assembleia (PEC 47/17). Se aprovada, a proposta garantirá repasses mensais de dinheiro, como acontece no restante da área de educação, e não anualmente.

“Não há dinheiro em caixa, não possuímos equipe de segurança, além de 16 professores que ainda não tomaram posse desde 2014, impedindo que algumas disciplinas sejam oferecidas. Sim, somos desassistidos, mas não devido à distância, e sim pela falta de reconhecimento da Uezo enquanto instituição de ensino superior na Zona Oeste”, afirma Thamyres Vianna, presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE).

De acordo com a Secretaria de Estado de Fazenda e Planejamento, “os repasses à Fundação Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo) totalizaram R$ 15,5 milhões em 2016, equivalentes a 77% do orçamento da instituição no ano passado, de R$ 20,2 milhões. Do total repassado, R$ 11,4 milhões são relativos a pessoal, e R$ 4,1 milhões, a custeio. A prioridade é a folha salarial.”

A reitoria, Maria Cristina de Assis, faz um apelo e pede o envolvimento da comunidade da Zona Oeste para proteger a Uezo. “Podemos desenvolver cursos de extensão em parceria com associações

COTIDIANO e outras entidades da região.

Poderíamos participar ativamente do desenvolvimento da Zona Oeste. A saída da crise passa pela universidade, pela formação universitária”, sugere a reitora. “Se aqui temos uma universidade de portas abertas para o desenvolvimento da comunidade, precisamos primeiro ter o orçamento financeiro para abrir portas, cumprir os serviços que hoje são terceirizados, ter os salários em dia, compor nosso quadro de pessoal”, complementa a vice-reitora, Luana Silva de Moraes.

Sem sede própria desde sua fundação, a Uezo funciona nas dependências do Instituto de Educação Sarah Kubitschek, escola estadual em Campo Grande. A universidade foi criada no governo de Anthony Garotinho, há 12 anos, e desde então luta pelo seu espaço. Hoje possui um terreno na Avenida Brasil, investimento de R$ 2 milhões que jamais foi utilizado.

Segundo a reitora, como não há sequer a valorização dos recursos humanos e dos serviços básicos, “fica complicado falar em campus próprio”.

“Precisamos garantir que os alunos se formem, que tenhamos os serviços de limpeza e segurança, além da conclusão do pagamento de salários dos servidores”, afirma a vice-reitora.

A chapa, ainda nos primeiros dias de seu mandato, está em processo de reconhecimento da situação administrativa da instituição. Um dos principais problemas apontados tanto pela reitoria quanto pelos alunos é a falta de professores. Em lei instituída em 2009, a universidade deveria ter 275 professores em seu quadro, mas, desde 2014, luta pela posse de 16, jamais aprovada pelo estado.

A administração afirma ainda que 35% das disciplinas de Engenharia de Produção não possuem professor. Além disso, 100% do quadro de técnicos

administrativos são temporários, o que dificulta a criação de memória na instituição.

Em nota, a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social, responsável pela Uezo, diz que está concentrando todos os esforços na renegociação de contratos dos serviços para restabelecer a infraestrutura necessária ao reinício das aulas. Tão logo a situação esteja normalizada, “serão direcionadas ações para finalizar o projeto de unidade própria”. Não há, naturalmente, qualquer prazo previsto para isso.

Instalações vazias e com poucos recursos para manutenção; acima, a reitora, Maria Cristina de Assis: apelo à comunidade

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QUE LUGAR É ESSE? *Foto: Nathalia Cavalcante

É um ponto de passagem de muita gente, mas nem todo mundo presta atenção na paisagem e na topografia privilegiada da nossa região a partir de lá. Apesar de pouco arborizado, Campo Grande é cercado de montanhas e parques naturais que são a única reserva de mata nativa que ainda nos resta, daí a importância de conhecer esse patrimônio e preservá-lo.

Já sabe que lugar é esse? Caso sim, escreva para revistasucesso@outlook. com e conte para nós. Quem acertar primeiro ganha um exemplar do livro “O verdadeiro poder - Práticas de gestão que conduzem a resultados revolucionários”, De Vicente Falconi.

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Na edição passada, o leitor Conrado Bahia foi o primeiro a acertar que o lugar da foto era o alto do Rio da Prata, na localidade conhecida como Farol, onde se realiza a tradicional Feira Orgânica do Rio da Prata, com uma bela vista para as montanhas de Campo Grande. Conrado ganha um jantar para duas pessoas com rodízio de massas no restaurante Romanella West Grill.

O segundo leitor mais rápido foi Adilson Pinto, que ganha almoço em sistema de self-service, também para dois.

Parabéns aos dois e bom apetite!

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