Boletim informativo nº 21 acssc

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ASSOCIAÇÃO CABOVERDIANA DE SINES E SANTIAGO DO CACÉM Edição nº 21 Abril, Maio e Junho 2014

Atuação D&M em Sines Os Doçuras & Morabeza foram convidados a participar no 2º Encontro Literário-Musical das Escolas do 3º Ciclo do Ensino Básico de Sines que decorreu no Auditório do Centro de Artes de Sines no dia 2 de Abril. Ocorreu a apresentação dos textos vencedores do Concurso Literário, integrado na Semana da Leitura, que juntou as duas escolas do Concelho. Alguns elementos do grupo de dança alunos e outros ex. alunos animaram a comunidade estudantil com um momento de dança.

CLAII Itinerante Vila Nova de Santo André O CLAII Itinerante efetuou atendimentos nos dias 13 de Maio e 3 de Junho. O Gabinete do Centro Local de Apoio à Integração do Imigrante de Sines, desloca-se todas as primeiras terças feiras de cada mês ao Gabi-

Serviços Prestados:

Gabinete Municipal de Vila Nova de Santo André

Apoio ao Imigrante

Apoio na Regularização

Serviços Consulares

Trabalho

Informações Diversas


Reunião de Assembleia No dia 06 de Abril reuniram-se dirigentes e sócios da Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém para numa reunião de Assembleia-Geral com a seguinte ordem de trabalhos: relatório e contas de 2014 e respectivo parece do Conselho Fiscal.

Eleições ACSSC Triénio 2014-2017

Também deu-se procedimento à eleição no novo órgão social da instituição, tendo sido apresentada uma única lista, vencedora por unanimidade pelos presentes, do que incorporou novos elementos as-

Assembleia  Presidente: José do Rosário Lopes

sociativos, que vieram a reforçar e rejuvenescer á equipa , dando continuidade aos projetos da Associação, de forma inovadora e criativa.

 1º Secretário: Jenny Cabral Alves  2º Secretário: Vânea da Cruz dos Anjos  1º Suplente: Joaquim Lourenço Alves

Direção

 2º Suplente: Maria Antónia C. R. Pinto  3º Suplente: Aguinaldo Anildo Pinto

Presidente: Gracinda Margarida da Luz

Vice-Presidente: Maria Margarida da Luz

Conselho Fiscal

Secretário: Aldenir Cabral dos Santos

Tesoureiro: Verónica Soraya M. Silva

Presidente: Verónica dos Santos Reis

Vogal: Sidnei Aureliano S. Nascimento

Vogal: José Carlos Centeio de Oliveira

1º Suplente: Eduardo José Gomes Duarte

Vogal : Francisco Simão S. Conceição

2º Suplente: Aristides Baptista G. Pereira

1º Suplente: Rui Jorge Gomes Brito

3º Suplente: Osvaldino Moreira Tavares

2º Suplente: Nicolau Francisco Anjos

4º Suplente: Isabel da C. F. Gandarêz

3º Suplente: Ana dos Santos Reis

5º Suplente: Manuel Maria da C. Cabral


Férias Ativas da Páscoa No âmbito das atividades das Férias Ativas da Páscoa, a Associação colaborou com o sector Educativo da Câmara Municipal de Sines na dinamização de atividades lúdicas para crianças do 1º e 2º Ciclo do Agrupamento de Escolas de Sines. As atividades decorreram nos dias 07, 08 e 09 de Abril no Pavilhão dos Desportos de Sines, contando com a presença de cerca de 108 crianças. Proporcionou-se às crianças, técnicos e auxiliares uma viagem até ao Arquipélago de Cabo Verde rumo às descobertas das características típicas desta ex. Colónia Portuguesa. As atividades desenvolvidas tiveram como objetivo a transmissão da cultura/ tradições Caboverdianas que tão bem estão presentes nas Escolas do Agrupamento através dos alunos oriundos e descendentes, atividades ligadas ao quotidiano do povo, a língua, as brincadeiras tradicionais, jogos, música, dança e contos tradicionais que ajudaram a demonstrar algumas tradições das Ilhas Crioulas.


Workshops Pinturas faciais e Moldagem de balões No dia 13 de Abril a Associação recebeu na sua sede a empresa Toc´Animar, gerida pela animadora Sô dona Fátima, que através da sua boa disposição proporcionou aos participantes um dia de aprendizagem de pinturas faciais e Moldagens de balões.

Feira da Primavera Nos dias 12 e 13 de Abril a Câmara Municipal de Sines, promoveu a Feira da Primavera no Centro Histórico de Sines, a Associação Caboverdiana esteve presente com uma banca de tecidos Africanos.

Atuação Doçuras & Morabeza Júnior A animar e com um espirito jovial estiveram as jovens meninas do grupo Doçuras & Morabeza Júnior, que contribuíram com boa disposição na feira das boas vindas à Primavera.

Projeto Proximus A parceira APF ( Associação de Planeamento Familiar) do Alentejo esteve em Sines nos dias 17 de Abril e 22 de Maio. Prestando um serviço de informação a nível técnico e material, centrada na prevenção do VIH/SIDA; Núcleo de Aconselhamento, que facilita o acesso do público-alvo a serviços de saúde sexual e reprodutiva e a e medidas de prevenção do VIH existentes com distribuição de métodos contracetivos e testes de despiste de VIH.


Visita Presidente da CM Tarrafal de São Nicolau a Sines

Foi com muita alegria que a Associação recebeu no passado dia 19 e 20 de Abril o Presidente da Câmara Municipal do Tarrafal de SãoNicolau Cabo Verde, Dr. José Freitas e seu assessor Alírio Cabral, que numa viagem pela Europa, fizeram questão de fazer uma curta paragem de dois dias à cidade de Sines para conhecer a Associação e contactar com o expressivo número de caboverdianos, originários da Ilha de São Nicolau (Cabo Verde). A visita iniciou com um encontro na sede da Associação entre comitiva e dirigentes da Associação, o Autarca constatou o trabalho desenvolvido por esta Associação e conheceu o realidade imigratória desta cidade. De seguida visitou o Bairro Amílcar Cabral, onde á moda de Cabo Verde andou de porta em porta saudando os seus conterrâneos. O dia encerrou com uma festa convívio “bôdje (baile) d’rabeca”, no Salão do Povo, em saudação à visita do Autarca. No domingo dia 20, dia de Páscoa, depois de participar na missa juntamente com outros membros da comunidade, o Autarca celebrou junto da comunidade da Ilha de São Nicolau, um almoçou convívio, onde pode uma vez mais interagir e confraternizar junto dos seus conterrâneos. Segundo as palavras do Presidente José Freitas de Brito : “Foi muito bom ter vindo a Sines. Conversei com as pessoas, trocamos informações e passamos a conhecer melhor esta realidade”. “Temos que pensar numa forte parceria e trabalhar de forma a aperfeiçoar o que de bom já fazem e preparar para que possam continuar a apoiar mais pessoas”, sugeriu José Freitas de Brito que valorizou o trabalho da Associação junto das comunidades imigrantes, em especial a Caboverdiana...


“25 de Abril e Descolonização: Relatos de Vida” Nome: António do Rosário Oliveira Idade: 60 anos Naturalidade: Cabo Verde, Aldeia do Talho da Ilha de São Nicolau Área de Residência: Beja Qual a sua Profissão: Médico Veterinário, Docente e Investigador no Ensino Superior nas áreas das Ciências Veterinárias Como é que teve conhecimento e viveu o 25 de Abril 1974? Através da Rádio em São Nicolau, Cabo Verde, tudo normal, porque não tinha informação e nem tinha experiencia política suficiente, apenas dediquei um poema a minha falecida mãe em 1973,ano da sua morte, também Amílcar de Cabral. Em que ano veio para Portugal? 4 de Outubro de 1974 Segundo a sua experiência quais foram as dificuldades mais evidenciadas durante o período da repressão? Como estudante do Liceu Gil Eanes em Cabo Verde, nunca fui abordado por ninguém a não ser em 1971 quando apareceram inscrições nos murais com “vivas a Amílcar Cabral”. Apenas vi e registei o fato mas nada de importante aconteceu comigo, pois era um pacato e humilde estudante filho duma doméstica e proprietária (Maria da Luz do Rosário) Nascida e criada na ilha de São Nicolau do arquipélago de Cabo Verde. Que influências a revolução dos cravos teve nas ex. colonias? A Independência foi total: Política, Económica, Social. E o reflexo de tudo isso deu origem a C.P.L.P. (Comunidades dos Países de Língua Oficial Portuguesa). Em Cabo Verde a mudança não foi imediata, desde 5 de Julho de 1975 vivia-se no Sistema Uni partidário, a Reforma politica Pluripartidária foi estabelecida em 1991. É preciso continuar a estudar, inovar e lutar pela democracia todos os dias. Identifique as mudanças políticas, económicas e sociais pós 25 de Abril? Liberdade, Liberdade, Liberdade, as mudanças foram acontecendo lentamente, a democracia é um regime bastante sensível as alterações económicas, principalmente, no mundo em que vivemos é o mais adequado ao povo. Mas é preciso Lutar e inovar a bem da população e do povo que nos rodeia, sem preconceitos, é a minha mensagem como Um Ilhéu da Macaronésia. Para si o que foi o 25 de Abril? Apesar de tudo o que aconteceu (o 25 de Abril livrou-me de ir para a Guerra Colonial Portuguesa , matar os meus irmãos). É o que está a acontecer neste mundo agora globalizado, vale sempre lutar para um mundo melhor. Para Portugal convém ver e ler os dados e resultados estatísticos gerais e especiais contidos no sítio www.pordata.pt antes e agora em todas as áreas do conhecimento, pois há 40 anos havia 25 % de analfabetos, atualmente só 5%. A cultura, a educação e a formação são armas indispensáveis. Em Cabo Verde no tempo em que viveu o meu ilustre Professor BALTAZAR LOPES DA SILVA (NHÔ BALTAS – 1907-1989) o analfabetismo NAS DÉCADAS DE 60 e 70 DO SÉCULO PASSADO era insignificante entre a população Caboverdiana, quiçá andava á volta de 3 a 5% da população, hoje temos que pensar, pois convém pensar e discutir bem o que são os info-ricos, os infopobres e os info-excluídos.


Nome: Miriam Mills Mascarenhas

Idade: 53 anos

Naturalidade: Guiné-Bissau/ foi para Cabo verde em criança e viveu lá até aos 14 anos Área de Residência: Vila Nova de Santo André

Qual a sua Profissão: Professora

Como é que teve conhecimento e viveu o 25 de Abril 1974? Eu tinha 14 anos, tivemos conhecimento na rádio local do governo português, foi noticiado numa das rádios piratas, como das Ilhas Canária e outros países, no estrangeiro espalhou-se rapidamente. Lembro-me da minha mãe, chamar-me a mim e aos meus irmãos a chorar e a dizer: filhos vocês a partir de agora não fazem a ideia da vida que irão ter, a partir de agora vocês são livres, ... Se esta luta não tivesse parado vocês com a personalidade que têm, mais adiante iriam ter muitos problemas. Não podíamos reclamar nem dizer nada! na altura não tínhamos a consciência do que nos estava a ser proporcionado. Ela abraçou-nos a chorar., virou-se para o meu irmão mais velho e disse: o meu filho não terá que enfrentar a guerra colonial , pois na altura qualquer mãe que tivesse um filho próximo da idade de recruta para guerra tinha o seu coração nas mãos. Em que ano veio para Portugal? Saí de Cabo Verde com o meu pai e irmãos em Dezembro de 1974 no Návio Rita Maria ,passámos a passagem de ano no mar, cheguei a Portugal, Lisboa em Janeiro de 1975. Demoramos 15 dias a chegar a Portugal, o que num percurso normal seria 1 semana, isto porque sabiam que o meu pai estava no barco e estavam a fazer uma guerra de nervos, para provocar medo para afugentar as pessoas que eventualmente pudessem vir a trazer problemas ao regime PAIGC fazendo repressão sobre a nossa viagem com o objectivo de não embarcarmos. Segundo a sua experiência quais foram as dificuldades mais evidenciadas durante o período da repressão? Não tinha consciência do que uma simples ideia/ ato, poderia causar, havia pessoas presas, por simplesmente exprimirem as suas opiniões. Eu era uma adolescente que reclamava muito, havia uma amiga minha que mandava-me sempre calar, e Que influências a revolução dos cravos teve nas ex. colonias? O povo automaticamente associou esta revolução a uma possível independência, quando a população ouviu a noticio começou a movimentar-se pelas ruas, porque em Cabo Verde não havia guerra armada. A reacção geral em CV, começaram-se as ditas manifestações, juntara-se em plenários, a palavra de ordem era reaccionário, eram os termos utilizados constantemente, qualquer pessoas de que se não gostava era reaccionário ou informador da PIDE. Identifique as mudanças políticas, económicas e sociais pós 25 de Abril? O meu pai associou-se a um grupo político que não o PAICV, meteu-se no UDC (penso que era União Democrática de Cabo Verde), na visão do meu pai democracia não se fazia com um só partido, porque assim as decisões concentrariam num grupo de pessoas, ele foi uma das pessoas tentou que isso não acontecesse, mas deu-se mal, os ânimos estavam, exaltados e na altura o meu pai estava ascender na sua carreira no banco, mas não acabou por ser nomeado a gerente, porque não era aliado do PAIGC e estes não aceitavam novas linhas. Em Portugal e Cabo Verde em termos sociais, senti em algumas situações falta de respeito, confundiu-se a liberdade e a libertinagem, as pessoas já abusavam da liberdade, havia certas cenas como homens que chegavam perto de mulheres com falta de respeito e as senhoras muito indignadas perguntavam o que era aquilo e eles diziam “então agora é liberdade podemos fazer o que queremos”. Em Portugal havia pessoas que ainda não tinham consciência das mudanças que viriam a sentir. Lembro-me do meu pai falar que as pessoas com poder económico escondiam os seus bens, para evitar ostentação, deixavam de mostrar que eram ricas, para não serem saneadas pelo povo. Para si o que foi o 25 de Abril? Hoje digo ainda bem que houve o 25 de Abril! Liberdade é uma conquista que não há dinheiro nenhum no mundo que a pague, embora haja portugueses que intitulem que o 25 de Abril foi só dos portugueses eu digo que foi uma conquista de todos.


Nome: Armindo Vaz Gomes Pereira

Idade: 57 anos

Naturalidade: Cabo Verde, Ilha de Santigo

Área de Residência: Sines

Qual a sua Profissão: Pescador Em que ano veio para Portugal? Aos 17 anos decidi viajar para Portugal, mas devido á falta de condições financeiras os meus familiares que em Portugal viviam enviaram-me dinheiro para pagar a viagem. Cheguei a Portugal a 22 de Abril de 1974, com uma licença militar, num avião militar. Fiquei instalado em casa de familiares em Carnaxide, num bairro de Barracas com condições muito precárias, onde residiam imigrantes e nacionais. Como é que teve conhecimento e viveu o 25 de Abril 1974? Tive conhecimento através da televisão do café, no Largo de Carnaxide, apercebi-me que havia uma revolução, senti que era algo positivo porque se os soldados estavam na rua era para mudar alguma coisa tanto para os portugueses como para os residentes africanos, na altura não se podia falar do Regime. Quando soube tive a noção de que estava “livre”, porque quando vim sabia que ao completar 18 anos tinha que comparecer no quartel mais próximo da minha área de residência em Portugal para ingressar nas forças armadas devido á minha Licença Militar. Nos dias seguintes os soldados concentraram-se na área de Lisboa, mas em Carnaxide os dias decorriam dentro da normalidade Segundo a sua experiência quais foram as dificuldades mais evidenciadas durante o período da repressão? Falta de liberdade de expressão, as pessoas viviam oprimidas, em Cabo Verde eu não reunia-me com muitos rapazes com medo da polícia politica PIDE. Que influências a revolução dos cravos teve nas ex. colonias? Em todo o lado houve uma grande mudança, após o 25 Abril tivemos a independência de Cabo Verde a 5 de Julho de 1975, também tive o conhecimento através da televisão, com o fim da opressão podia-se falar livremente, era uma alegria para todos nós imigrantes, fomos comemorar num café, porque embora não estivéssemos lá, sendo nós Caboverdianos sentimos uma enorme emoção, foi algo muito bom. Na altura emigrar para Portugal era mais fácil, era atribuído a identidade portuguesa aos cidadãos das colónias, em contrapartida se houvesse guerra eramos obrigados a participar como cidadão português. Todos tínhamos bilhete de Identidade português e Licença Militar, um ano após a independência, todos os cidadãos Caboverdianos que possuíam documento português foram obrigados a substituir para o Cartão de cidadão estrangeiro, atual autorização de residência e deslocar-se às suas embaixadas para alterar os documentos. Identifique as mudanças políticas, económicas e sociais pós 25 de Abril? Foi uma grande mudança, as pessoas já podiam falar com mais liberdade, a mudança do governo, mas no entanto falavase pouco sobre esse assunto porque as pessoas tinham pouco conhecimento. Algumas pessoas regressaram a Cabo Verde, muitas empresas fecharam, houve escassez de trabalho. Fiquei alguns meses sem trabalhar, mas depois consegui um emprego temporário nos Caminho-de-ferro de Sintra, quando terminou vim para Sines. Embora já tivesse passado algum tempo a situação em Sines não era melhor que a de Carnaxide, havia muita pobreza e embora essas dificuldades se sentisse mais nos imigrantes também havia Portugueses que viviam em péssimas condições, moravam em cabanas feitas de madeira. Atualmente nota-se o enorme desenvolvimento, mas na altura Sines era só areia… A política nos pós 25 de Abril teve fases boas e mas tal e qual os dias de hoje. Na altura do Governo do Mário Soares as coisas estavam tão más e escassas, assim como ao peixe, a crise quando vem não é para um é para todos. Para si o que foi o 25 de Abril? Liberdade


A 6 de Maio realizou-se o Lançamento Oficial da 1º Pedra do novo espaço da Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém, a cerimónia contou com a presença da Embaixadora da Embaixada de Cabo Verde em Lisboa, Dr.ª Madalena Neves, o Presidente da Câmara Municipal de Sines, Dr. Nuno Mascarenhas, coordenadora do projeto da ADL, Dr.ª Maria José e de todo um corpo de dirigentes, sócios e simpatizantes da Associação. Momentos antes da cerimónia, o Autarca Dr. Nuno Mascarenhas recebeu na Câmara Municipal de Sines, a Sr.ª Embaixadora e a presidente da Associação para uma conversa sobre a importância desta nova construção e sua relevância para os projetos desta instituição e a relação de cooperação que a CMS mantêm com a Associação.

Lançamento Oficial da 1º Pedra A tão esperada construção da nova sede da Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém viu o seu arranque a 6 de Maio. Este novo espaço denominar-se-á de Centro de Interculturalidade e Apoio Comunitário, terá como foque dar resposta aos serviços e atividades prestadas pela Associação e pelo departamento de Centro Local de Apoio à Integração do Imigrante de Sines.


FMINT - Fórum Municipal para a Interculturalidade 2014 A Associação e o grupo Doçuras & Morabeza foram convidados pela SOLIM (Solidariedade Imigrante) a participar no FMINT( Fórum Municipal para a Interculturalidade) promovido pela Câmara Municipal de Lisboa, a estar na feira Intercultural com uma banca com produtos tradicionais e venda de tecidos africanos. Os Doçuras & Morabeza fizeram parte do cartaz cultural, que por sua diversidade cultural enriqueceram este evento. O Fórum constitui um espaço de debate, reflexão e estudo, por forma a aumentar o conhecimento, a partilha e a qualificação das práticas dos atores socais relevantes para a promoção do diálogo em torno da imigração, diversidade e interculturalidade, garantindo a participação das diferentes comunidades presentes no concelho de Lisboa.


II Fórum Nacional de Transformação - Cabo Verde 2030 A convite do Governo da Republica de Cabo Verde, a Presidente da Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém , Gracinda Luz, participou no II Fórum Nacional de Transformação Cabo Verde de 2030, o evento organizado pelo Governo decorreu durante os dias 14, 15 e 16 de Maio, na Assembleia Nacional da cidade da Praia – Ilha de Santiago. O evento organizado pelo Governo, através do Centro de Politicas Estratégicas, em conjunto com parcerias público-privados e da sociedade civil. Desta forma espera-se obter consensos sobre os caminhos do futuro para Cabo Verde e sobre como aprofundar e acelerar a Transformação do país.

Excursão ao Santuário de Fátima A 4 de Maio a Associação organizou uma Excursão ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima, a visita contou com 45 fieis da comunidade Caboverdiana de Sines.


Em 25 de Maio de 1963, 32 chefes de estado africanos reuniram-se em Adis Abeba (Etiópia) contra a subordinação que o continente africano sofria há séculos – esse processo recebeu várias denominações como: colonialismo, neocolonialismo ou partilha da África; as comunidades africanas padeciam com apropriação forçada (por povos que se consideravam superiores) das suas riquezas humanas e naturais. Nessa reunião, em Adis Abeba, os líderes criaram a Organização da Unidade Africana (OUA) que hoje é conhecida como União Africana. A ONU (Organização das Nações Unidas), vendo a importância desse encontro, instituiu em 1972 o dia 25 de Maio como Dia da Libertação de África. A data simboliza a luta e combate dos povos do continente africano pela sua independência e emancipação.

25 de Maio Dia d´Africa A assinalar o dia de África a Escola Básica Vasco da Gama de Sines convidou o grupo júnior Doçuras & Morabeza a animar o recreio da manhã do dia 26 de Maio. Ao ritmo africano as dançarinas, alunas desta escola demonstraram aos seus colegas as suas habilidades de danças. Como forma de apresentar a sua intervenção as auxiliares colaboraram para a animação juntando a sua atividade à dança com o grupo.


Atuação D&M Encontro das Vespas No dia 31 de Maio o grupo júnior marcou presença no evento do Encontro das Vespas do Litoral Alentejano, a atuação ocorreu no Centro de Artes de

Encontro com Ministra das Comunidade de CV Por ocasião da passagem por Lisboa da Sra. Ministra das Comunidades de Cabo Verde, Dra. Fernanda Fernandes, a Associação esteve presente no encontro promovido pela Embaixada de Cabo Verde em Lisboa realizado no sábado, dia 07 de Junho, entre as 16h00 horas e as 18h00 horas, na Universidade Lusófona, no Auditório Professor Agostinho da Silva. O encontro teve como objetivo contribuir para o reforço da relação entre a diáspora Caboverdiana no estrangeiro e o país natal O encontro constituiu uma oportunidade de interação com as Associações Caboverdianas em Portugal, a sessão teve com foque principal a Emigração Caboverdiana em Portugal. A Ministra deu a conhecer estratégias do Governo no que se refere às políticas de emigração, frisando a importância dos emigrantes no desenvolvimento de Cabo Verde, e como tal, a intenção do Ministério das Comunidades manter essa relação de reciprocidade com a diáspora .

Assinatura do Protocolo RIVDAL Decorreu a 13 de Junho a Assinatura do Protocolo RIVDAL, no salão Nobre da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, do qual a Associação é parceira.

Sines.


Doçuras & Morabeza Sénior Ativo O Município de Santiago do Cacém convidou uma vez mais o grupo de dança Doçuras & Morabeza a realizar uma atividade dinâmica junto da comunidade idosa do concelho, no dia 12 de Junho realizou-se o encontro denominado Sénior ATIVO, esta atividade decorreu no Parque da Figueira em Santiago do Cacém e contou com a presença de 250 idosos. A atividade iniciou com uma atuação do grupo e de seguida com demonstração e interação com os participantes ao ritmo do quizomba e Kuduro. Além de prazerosa, a dança na terceira idade pode trazer ainda mais benefícios à saúde do que os exercícios físicos tradicionais. Pelo caráter lúdico, idosos aderem melhor à prática do que aos exercícios tradicionais.

BENEFÍCIOS DA DANÇA:

- Melhora significativa no equilíbrio do corpo devido aos movimentos ; - A socialização e a alegria da dança ajudam a melhorar o humor e prevenir doenças como depressão e até o Alzheimer ; - A atividade eleva a capacidade cardiorrespiratória e a força muscular ; - Melhora a qualidade do sono .


Como Surgiu?

Dia da Criança Africana

A 16 de Junho celebra-se o Dia da Criança Africana, efeméride que se assinala em memória das centenas de crianças negras do Soweto (na África do Sul) que, neste dia, em 1976,

A dar continuidade ao mês da Criança, a Associação Caboverdiana levou no passado dia 22 de Junho um grupo de 30 crianças e pré-adolescentes a assistir a uma sessão infantil no cinema Algarcine Sines, que concedeu à instituição os bilhetes. Nesta tarde divertida destacou-se a importância da celebração do Dia da Criança Africana.

foram mortas numa manifestação onde reivindicavam o direito à qualidade do ensino e a aprender na sua língua materna.

Perguntámos à Carolina o que ela entende sobre este dia e ela disse:

Esse protesto transformou-se

“Tenho pena que muitas crianças Africanas e outras não africanas ainda não tenham o direito de serem livres e brincarem. Eu gostava que todas as crianças do mundo pudessem brincar e serem felizes. E que todos pudessem ir à escola, ter uma família, uma casa amigos entre outras coisas. Agora sei porque existe este dia da Criança Africana, a minha tia contoume que em África ainda há muitas crianças que não têm nada mas têm direito de ter”.

em massacre. Deu-se uma luta sangrenta que durou duas semanas e fez de centenas de mortos.

Para homenagear essas vítimas e defender as crianças daquele continente, cujos direitos fundamentais não eram respeitados, nasce o Dia da Criança Africana, instituído em 1991 pela Organização da União Africana. A origem desta data está numa reivindicação, mas a UNICEF faz um alerta à comunidade mundial, no sentido de que se perceba que as crianças são o eixo do desenvolvimento, a génese do futuro de África e de qualquer continente.


Reunião com CDU de Sines A 27 de Junho Associação recebeu nas suas instalações os representantes do partido CDU de Sines, Dr.º Hélder Guerreiro e a Dra. Isabel Barros, no seguimento do trabalho autárquico de proximidade e em diálogo com as associações do concelho.

Excursão AQUASHOW– QUARTEIRA Terminamos o mês de Junho da melhor forma, com a chegada do verão a Associação organizou no passado dia 29 de Junho uma excursão ao Espetacular Parque de Diversões Aquáticas AQUASHOW, em Quarteira- Algarve. A excursão contou com 47 participantes, reunindo pessoas de todas as idades num convívio intergeracional entre dirigentes, sócios e simpatizantes da Associação, mais um ano cheio de diversões e adrenalina. Um dia descontraído onde se pode deixar levar pela sua imaginação , todos os participantes gostaram da experiência.


CLAII´Sines O balanço do 1º semestre no gabinete Centro Local de Apoio à Integração do Imigrante demonstra que apesar das dificuldades económicas que abalam o país, o sector migratório demonstra um maior crescimento na emigração, não obstante a imigração continua a ter um foque importante na região. De Janeiro a Junho do ano corrente, registou-se 617 contactos, dos quais 514 foram de imigrantes nacionais de países terceiros, Revelando-se este gabinete fulcral para a resposta das necessidades dos utentes que cada vez mais procuram este serviço.

Gabinete de Apoio Comunitário A par das dificuldades financeiras sentidas por indivíduos e famílias a Associação reforça os apoios através de encaminhamentos e apoios pontuais como alimentação, vestuário , atenuando desta forma as situações de carência.

Projeto Centro de Dinamização de Interculturalidade e Apoio Comunitário O desenvolvimento da construção da sede da Associação tem vindo a crescer de dia para dia, embora tenha deparado com algumas dificuldades até agora colmatadas, a Associação reforça que este projeto só pode ser finalizado com o apoio e envolvência dos sócios, simpatizantes que contribuam para esta causa.


À volta do MUNDO, levamos a nossa Cultura Contacte-nos Telefone-nos para obter mais informações sobre os nossos serviços Estrada da Costa do Norte,38 F Apartado 340 7520-134 Sines Tel.: 269 636 878 Tlm.:965 37269 Fax: 269 634 733 E-mail: a.caboverdeana.sines@gmail.com Visite-nos em : Facebook : Associacao Caboverdiana Doçuras & Morabeza


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