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exercer diversas funções, tais como extensionistas rurais, assessores técnicos, educadores e pesquisadores. Muitos deles atuam diretamente junto a comunidades de agrium projeto sustentável e democrático de desenvolvimento rural, voltado para a agricultura familiar e orientado pelos pressupostos da Agroecologia. Isso requer mudanças profundas nas práticas e teorias que orientam o ensino agrícola.
os conhecimentos produzidos e disseminados sobre manejo agrícola são limitados no que se refere ao complexo funcioem temas relacionados à Ecologia e aos conhecimentos das ção se assenta na ótica do treinamento e adestramento para o mercado de trabalho. Além disso, as instituições brasileiras de ensino agrícola sempre estiveram altamente comprometidas com o setor patronal e do agronegócio, permanecendo alheias à enorme diversidade socioambiental que caracteriza o mundo rural brasileiro.
técnico e superior vem perpetuando o ideário produtivista, cujo objetivo principal é incrementar a produtividade dos grandes latifúndios por meio do manejo das culturas extensivas de exportação (modelo das plantations de cana-de-açúcar, café, algodão, cacau e a pecuária extensiva), valendo-se da tecCom os avanços tecnológicos e a reorganização produtiva do campo brasileiro baseados nos preceitos técnicos da Revolução Verde e no paradigma da modernização, um papel ças-chave para a legitimação desse modelo perante a sociedadesenvolver, aplicar e difundir as tecnologias ditas modernas. A despeito das várias reformas educacionais vivenciadas pelos níveis técnico e superior a partir dos anos 1960, os para atender ao padrão tecnológico da agricultura conventécnicos produtivistas. Apregoa-se a divisão entre o trabalho mina uma visão produtivista e imediatista da produção agrí-
Arriscamos a hipótese de que foram os estudantes e alguns educadores que faziam uma leitura crítica da modernização da agricultura os pioneiros do debate sobre a inserção
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agricultura alternativa