diretório de saúde ‘23
Esta revista faz parte integrante do Diário As Beiras de julho de 2023 e não pode ser vendida separadamente
9962199764
índice
• Centro perdeu 4,9 por cento da população entre os últimos censos e é a região mais envelhecida Pág 6 a 9
prestação de serviços
• Uma imensa rede de prestadores garante o acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde Págs 10 e 11
• Clínicas Leite estão na vanguarda da saúde e ao serviço do doente e da comunidade Págs 12 e 13
• Sucesso da atividade da Clínica da Mão levou a lançar a nova Clínica da Paralisia Págs 16 e 17
• Clínicas Delille Uma aposta em Medicina Dentária especializada, numa equipa multidisciplinar Págs 18 e 19
• Hospital CUF Coimbra “aumentou acessibilidade a cuidados de saúde diferenciados na região” Págs 20 e 21
• Hospital da Luz Saúde aposta na qualidade dos serviços e duplica volume de atividade Págs 22 e 23
• Sanfil Medicina “Cuidar com humanidade e com os melhores meios profissionais e técnicos” Págs 24 e 25
• Spine Center junta várias especialidades para tratar em exclusivo as patologias da coluna Págs 26 a 28
• Irmãs Hospitaleiras prestam cuidados diferenciados na área da psiquiatria e saúde mental Págs 30 e 31
• CHUC está a elaborar o primeiro Plano Diretor que surge 12 anos após a fusão dos hospitais Págs 32 e 33
• IPO aumenta números da produção clínica apesar das dificuldades provocadas pelas obras Págs 34 e 35
• Nova ULS é o maior projeto de reforma dos cuidados de saúde no Baixo Mondego Págs 36 e 37
• Hospital Arcebispo João Crisóstomo: Modelo de proximidade aumentou novos doentes Págs 38 e 39
• Hospital da Mealhada garante o acesso a cuidados de saúde de qualidade Págs 40 e 41
institucional
• Ministério da Saúde, SNS e privados Págs 42 e 43
• Ordem dos Médicos do Centro defende reorganização do SNS e integração de cuidados Págs 44 a 46
ensino
• Coimbra distingue-se na excelência do ensino das Ciências da Saúde Págs 48 e 49
• Faculdade de Medicina “Formar pessoas completas e não apenas médicos competentes” Págs 50 e 51
• Um curso na Faculdade de Farmácia da UC “é sinal de futuro e de empregabilidade" Págs 52 e 53
• ESTeSC “Portugal está no top mundial no que diz respeito à formação em tecnologias da saúde” Págs 54 e 55
• ESEnfC “Um sistema de saúde robusto contribui decisivamente para o aumento do PIB” Págs 56 e 57
• Procura muito elevada no Centro de Prestação de Serviços da Faculdade de Psicologia Págs 58 e 59
produção/distribuição
• Medicamento e inovação Págs 60 e 61
• Bluepharma instalou em Eiras uma unidade industrial única em Portuga Págs 62 a 64
• Plural+udifar é “um exemplo de sucesso” nos setores cooperativo e do medicamento Págs 66 a 69
• Infarmed autoriza utilização de medicamento para cancro da mama triplo negativo Págs 70 e 71
coorDenação // Dora Loureiro | texto//Dora Loureiro, Jot’aLves, PatríCia Cruz aLmeiDa e PauLo marques FotograFia// Ana Catarina Ferreira, Miguel Almeida e Pedro Ramos paginação// Carla Fonseca/Daniela Alves
Diretor Agostinho Franklin
Chefe De reDação Dora Loureiro reDação
Dora Loureiro (Chefe), Paulo Marques (repórter coordenador), Afonso Pereira Bastos, António Cerca Martins, António Rosado, Bruno Gonçalves, Daniel Filipe Pereira, Emanuel Pereira, José
o meu jornal, a minha região
PROPRIEDADE
Sojormedia Beiras SA
Armando Torres, Jot’Alves, Patrícia Cruz Almeida
Dep comercial Ana Paula Ramos, João Ribeiro e Mónica Palmela
paginação
Carla Fonseca, Daniela Alves, Daniela Marques e Victor Rodrigues
Dep aDmnistrativo Cristina Mota, Margarida Fernandes e Rosa Pereira
ContaCtos
seDe: Manga da Granja, 3070-071 Ançã, tel. 239 980 280, 239 980 290, reDação Tel. 239 980 280, redaccao@asbeiras.pt
PubLiCiDaDe tel. 239 980 287, publicidade@asbeiras.pt
CLassifiCaDos tel. 239 980 290, classificados@asbeiras.pt assinaturas tel. 239 980 289, assinaturas@asbeiras.pt
4 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
Índices de saúde 6-9
Institucional 42-47
Prestação de serviços 40-41
Produção/distribuição 61-71
Ensino 48-59
DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23 // DIÁRIOASBEIRAS | 5
Atualmente, na região Centro existem dois idosos por cada jovem 6 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23 índices de saúde 99781 Coimbra Tlm: 938 498 007
Centro perdeu 4,9 por cento da população entre os últimos censos e é a região mais envelhecida
A Região de Saúde do Centro apresenta o índice de envelhecimento mais elevado do Continente e tem vindo a aumentar nas últimas décadas
Na Região de Saúde do Centro residem
1.659.499 pessoas (Censos 2021), que representam 17% da população de Portugal Continental, sendo a terceira região de saúde mais populosa do continente. O Baixo Vouga
(22%) e o Baixo Mondego (21%) são os ACES - Agrupamentos de Centros de Saúde com mais população na região; o ACES Pinhal Interior Sul é, pelo contrário, o menos habitado (2%) da região.
A distribuição da população residente mostra uma maior concentra-
ção de efetivos populacionais nos concelhos e ACES do litoral e nos concelhos outrora sedes de distrito. Entre os Censos de 2011 e 2021, a região Centro perdeu 4,9 por cento da população, acentuando-se a tendência de decréscimo iniciada entre os Censos de 2001 e 2011, e tendo-se
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 7 índices de saúde 99539
generalizado a todos os ACES e Unidade Local de Saúde (ULS). Os dados consstam do Perfil Regional de Saúde da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC)
Maior esperança de vida
De acordo com os Censos 2021, a Região de Saúde do Centro apresenta o índice de envelhecimento mais elevado do continente e tem vindo a aumentar nas últimas décadas. Atualmente, na Região Centro existem dois idosos por cada jovem.
O índice de envelhecimento e o índice de dependência de idosos apresentam valores mais elevados nos concelhos e ACES/ ULS do interior da região.
O aumento de idosos, a par do decréscimo acentuado da natalidade, introduziram alterações significativas na pirâmide etária da região, com estreitamento da
base, o que configura um cenário de acentuado envelhecimento populacional.
A esperança de vida à nascença tem aumentado nos últimos anos na região, sendo idêntica à do continente. Cada indivíduo nascido na Região de Saúde do Centro pode esperar viver cerca de 82 anos, mais dois anos do que a média europeia (UE-27). As mulheres vivem mais seis anos do que os homens, de acordo com os dados do Perfil Regional de Saúde da ARSCentro.
Mulheres com menos filhos
O índice de fecundidade tem estabilizado nos últimos anos na região, sendo inferior ao do continente. Para uma população crescer naturalmente, cada mulher em idade fértil deve ter mais do que 2,1 filhos. Na Região de Saúde do Centro, cada mulher entre os 15 e os 49 anos tem, em média, 1,2 filhos.
8 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
99763
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 9 99537
sdsd sdsdsds dsdsdsdsds dsdsdsdsd sdsdsdsdsdsd sdsdsdsdsdsd
OBorro beaquo molores simentem quatenisti doloribus ad miniatio ea idebisit fuga. Da quuntis molorro
Uma imensa rede de garante o acesso dos aos cuidados de saúde
Os cuidados de saúde primários são o primeiro nível de acesso dos cidadãos aos cuidados de saúde, assumindo importantes funções de promoção da saúde e prevenção da doença, prestação de cuidados na doença e ligação a outros serviços para a continuidade dos cuidados.
Nos últimos anos, Portugal tem assistido à melhoria dos seus indicadores de saúde, mas também a um conjunto vasto de medidas e reformas com o objetivo de melhorar a eficiência e a eficácia do SNS. Entre elas destacamse a reforma dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), com a extinção das sub-regiões de saúde, a criação dos agrupamentos de centros de saúde (ACES) e a nova organização dos centros de saúde, onde as USF assumem um papel de destaque.
A rede de Cuidados de Saúde Primários da região de saúde do Centro inclui 86 centros de saúde, sendo 21 integrados nas Unidades Locais de Saúde (ULS) de Castelo Branco e da Guarda e os restantes 65 nos ACES da ARS Centro.
Nos centros de saúde os cuidados podem ser prestados pelas Unidades de Saúde Familiar (USF) – no final de 2020, na região de saúde do Centro, encontravam-se em atividade 89 USF -, pelas Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) e pelas 62 Unidades de Cuidados na Comunidade (UCC).
A expansão da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, criada em 2006, foi outra medida que teve como objetivo melhorar a eficiência e a eficácia do SNS através da prestação de cuidados a cidadãos em situação de dependência ou reabilitação, maioritariamente utilizados pela população idosa. Atualmente, na área da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), existe um total de 2794 camas da rede cuidados continuados – 1037 no distrito de Coimbra.
A rede hospitalar da ARS Centro, é constituída por cinco centros hospitalares (Centro Hospitalar do Baixo Vouga; Centro Hospitalar e Universitário Cova da Beira; Centro Hospitalar de Leiria; Centro Hospitalar Tondela – Viseu, e Centro Hospitalar e Universitário de
10 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
prestação de serviços
dsdsdsdsd dsdsdsd sdsdsdsdsdsd
molorro et autet atum inci que sequi is cor ra qui cupta delende lecaborehene ni tem voluptaerit vent
de prestadores dos cidadãos saúde prestação de serviços
Coimbra). Este último destaca-se pela sua dimensão e excelência – é o maior centro hospitalar não só da região Centro, mas também do país.
É constituído por dois hospitais generalistas (Hospitais da Universidade de Coimbra e Hospital Geral), o Hospital Pediátrico de Coimbra, duas maternidades (Maternidade Bissaya Barreto e Maternidade Daniel de Matos) e um hospital psiquiátrico (Hospital Psiquiátrico Sobral Cid). Oferece cuidados especializados em todas as áreas da saúde, desde o pré-natal até ao idoso.
De acordo com dados da Administração Regional de Saúde do Centro, em 2020 o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra tinha um total de 1.608 camas, correspondentes a 35,3% da lotação praticada na região, seguida do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, e do Centro Hospitalar de Leiria, com pesos respetivos de 14,9% e 11,2% no total da região.
A rede hospitalar da ARS Centro é ainda constituída por dois hospitais centrais especializados (Instituto Português de Oncologia de Coimbra e Centro de Medicina Física e Reabilita-
ção da Região Centro Rovisco Pais), um hospital distrital ( Figueira da Foz), dois hospitais de nível 1 (Hospital Arcebispo João Crisóstomo, Hospital Doutor Francisco Zagalo) e três hospitais integrados em duas ULS (Hospital Sousa Martins, da Guarda, Hospital Nossa Senhora da Assunção, de Seia, e Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco), totalizando 24 entidades prestadoras de cuidados de saúde hospitalares do SNS.
Setor privado e social
A estes hospitais do SNS acrescem as unidades de saúde do setor privado e social. No setor privado operam, na região de Coimbra, a Clínica de Montes Claros (Estádio Cidade de Coimbra), a Fundação Sophia, o Hospital da Luz Coimbra, a Sanfil Medicina, o Centro Cirúrgico de Coimbra e o Hospital CUF Coimbra. Do setor social são a Fundação de Nossa Senhora da Guia – Hospital de Avelar, a Fundação Aurélio Amaro Diniz (Oliveira do Hospital), o Hospital da Misericórdia da Mealhada e o Hospital José Luciano de Castro, em Anadia.
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 11
prestação de serviços
Clínicas Leite estão e ao serviço do doente
A estratégia de desenvolvimento das Clínicas Leite - que têm como “cartão excelência, da inovação e de tratar o ser humano nas suas múltiplas vertentes,
Que balanço faz deste percurso na área da saúde, já com mais de duas décadas, das Clínicas Leite?
De uma forma simples, mas inequívoca, extremamente positivo. Tive a felicidade de abraçar a Oftalmologia numa fase de grande desenvolvimento científico, nacional e internacional. Numa fase em que novas áreas se abriram novas tecnologias nas suas vertentes de diagnostico e terapêutica surgiram. Uma fase única e irrepetível, e, que me permitiu colocálas ao serviço do doente e da comunidade. A que acresce o poder ter estado envolvido cientificamente no surgir das mesmas, participando ativamente em projetos científicos nacionais e internacionais com entidades públicas, universitárias e privadas farmacêuticas e tecnológicas.
A excelência dos cuidados de saúde tem sido a aposta das Clínicas Leite, que tem como regra a abordagem integral da pessoa, isto é, olhar para o doente e não apenas para a doença?
Inequivocamente, a pergunta contém em si as linhas mestras que definem o nosso conceito de excelência, o doente é uma pessoa, não é uma doença, mas ainda assim é obrigatório lembrar que não olhamos só a patologia física, mas olhamos também o componente psicológico de cada doente. Só assim entendemos o conceito de Pessoa.
Mas, a excelência passa também, obrigatoriamente por inovação tecnológica no diagnóstico e terapêutica, apresentação de soluções integradas, com o objetivo da maximização dos resultados clínicos para o doente. Esta aposta na excelência leva naturalmente a querer estar na vanguarda das soluções de diagnóstico e terapêuticas para os nossos doentes e para a comunidade onde estamos inseridos, Portugal.
Podemos dizer que a oftalmologia é o “cartão de visita” das Clínicas Leite, que foram pioneiras em várias técnicas?
A oftalmologia é o nosso “cartão de visita” em muito condicionado pelo meu trajeto e com as origens das Clínicas Leite na área da oftalmologia. Segui todo um trajeto de múltiplas vertentes, desde uma carreira clínica num Serviço de Oftalmologia, de eleição, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, com um Diretor, Professor Doutor José Cunha Vaz, mentor e motivador inexcedível. Quero também deixar um palavra de eterno agradecimento a quem moldou o meu espírito de investigação e impetuosidade, Dra. Carolina Mota. Aproveito aqui, igualmente, para enaltecer a brilhante equipa clínica e formativa que dotava o Serviço. Este fabuloso “mix” permitiu-me um evoluir para uma carreira académica que culminou num doutoramento e seguinte responsabilidade na estruturação e evolução até ao presente da Oftalmologia na Faculdade de Ciência da Saúde da Universidade da Beira Interior.
Também permitiu um longo trabalho de investigação com empresas farmacêuticas e tecnológicas e, subsequentemente, levou à possibilidade de trazer e introduzir em Portugal novas tecnologias, nomeadamente na área laser para cirurgia refrativa (miopia, astigmatismo e hipermetropia) ou na cirurgia laser da catarata.
Estive envolvido noutras áreas como a investigação de viscoelásticos de alta densidade (Healon 5) ou na primeira lente multifocal produzida pela Kabi Pharmacia. Apesar disto a minha primeira área de investigação foi a retinopatia diabética, quer no diagnóstico precoce, quer na terapêutica. Este espírito de investigação levou à introdução, na prática clínica, do estudo do filme lacrimal, do teste IDRA, ou de terapêu-
12 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
Eugénio Leite, administrador e diretor clínico das Clínicas Leite
na vanguarda da saúde doente e da comunidade
como “cartão de visita” a oftalmologia, mas oferecem outras especilialidades - assenta nos princípios da múltiplas vertentes, destaca o administrador e diretor clínico, Eugénio Leite. No futuro haverá novos projetos
ticas aplicáveis, como o Laser E-Eye, permitindo assim tratar uma entidade que atinge cerca de 60% da população portuguesa.
A estratégia de desenvolvimento levou, contudo, à criação de novas especialidades nas Clínicas Leite?
Decidimos trabalhar as áreas importantes na vertente de melhorar a autoestima. Desta forma os olhos podem ser a belíssima janela de ligação ao mundo. Assim, desenvolvemos áreas importantes como psicologia, psiquiatria, medicina estética, fisioterapia, Yoga ou medicina dentária, sempre com o foco em implementar os princípios da Instituição: Excelência, Inovação e Dedicação pessoal e profissional. Mas, não descuramos as parcerias, particularmente na área profissional como a Medicina do Trabalho.
As Clínicas Leite estão presentes em Coimbra e também em Lisboa. Há novos projetos para o futuro?
Realmente, no presente, estamos com duas unidades, uma em Coimbra e outra em Lisboa, mas o futuro irá trazer outros projetos extremamente interessantes e, com eles, a realização de três desejos, um deles um sonho, outro uma ambição e por último um tributo à comunidade. Assim, e aqui já posso adiantar que as Clínicas Leite estão a desenvolver um projeto de suporte a uma rede de Residências Sénior de elevado padrão qualitativo e “Independent Living Apartments” nas múltiplas vertentes relacionadas com os princípios de longevidade e envelhecimento ativo de altos padrões de Excelência, de norte a sul de Portugal. Algo que, em devido tempo, apresentaremos publicamente.
Outro projeto, que se encontra em fase avançada de desenvolvimento, é a criação de uma Clínica onde se agre-
garão unidades de referência na área da saúde.
O meu tributo à comunidade será um projeto desportivo-académico que visa criar um espaço que permita envolver o ser humano em todas as fases da sua vida: desde a criança (formação), à fase ativa (múltiplas áreas) e na reforma menos favorecida (a Casa de Retiro).
Apenas o tempo dirá se conseguirei chegar à sua concretização. Contudo, continuarei ativo, interventivo e impulsionador de projetos de excelência que tenham por base a Saúde.
A Fundação Eugénio Leite tem, entre as suas missões, a promoção da saúde e a prevenção da doença?
A Fundação Eugénio Leite - F.E.L., insere-se dentro do conceito de Fundação Empresa e é o culminar de um longo trajeto de atividade de responsabilidade social quer das Clínicas Leite, quer o meu trajeto pessoal.
e encaminhamento.
De igual importância temos a Missão 2: o apoio à infância e juventude, nomeadamente crianças e jovens institucionalizados. Esta surge da máxima que, na nossa sociedade, a oportunidade dada aos nossos jovens tem que ser igual independentemente da sua origem e aqui particular atenção às crianças institucionalizadas, que a vida já castigou suficientemente, na sua fase de transição para a sociedade produtiva, e, denominada fase de autonomização.
Temos acordos apenas com a Medis, MultiCare e Future HealthCare.
A opção por não trabalhar com subsistemas é uma forma de mostrar o desacordo pela desvalorização do ato médico
Refira-se de uma forma muito clara e objetiva que a F.E.L. não pretende substituir o SNS ou entidades privadas de saúde, mas seguir um conceito desde há muito conhecido, mas muito pouco aplicado: trabalhar a prevenção e a educação do doente diabético, uma das três maiores causas a nível mundial de cegueira ou incapacitantes e cujos custos sociais e familiares são incalculáveis.
Este é o foco da Missão 1 da F.E.L. A sua concretização passa, por agora, pelo desenvolvimento de workshops ou ações formativas e de ações de rastreio ativo
Aqui, o nosso objetivo é desenvolver, numa primeira fase, workshops formativos ou ações formativas sobre um conjunto de temáticas fundamentais para a atividade diária, que permitam capacitar os jovens menos favorecidos pela vida e provenientes de Instituições de Acolhimento.
Mas, o grande objetivo será identificar e selecionar os jovens com potencial para um futuro de patamar superior e auxilia-lo no seu percurso. Isto passa também por identificar uma empresa que assuma o apoio deste crescimento (Curso Superior) e a partir do momento em que unamos o/a jovem institucionalizado(a) em autonomização e a entidade (empresa), passaremos a monitorizar e apoiar todo o trajeto até a finalização da licenciatura e integração no mercado de trabalho. Uma forma simples de retribuir à comunidade um pouco do que ela me permitiu ser, uma forma de lhe dizer de modo singela, Obrigado.
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 13
“ estão
prestação
de serviços
prestação de serviços
97144
Sucesso da atividade levou a lançar a nova
Instalada na Clínica de Montes Claros (Estádio Cidade de Coimbra), e também tendo como base a criação de uma próxima e diferenciada relação médico-paciente, Como surgiu a Clínica da Mão? Este projeto foi alargado a várias cidades?
A Clínica da Mão foi fundada em Coimbra em 2013, pela ambição pessoal de criar uma unidade nacional, diferenciada no tratamento da patologia da mão e do membro superior. Após a obtenção do grau de especialista de ortopedia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e com experiência na área da cirurgia reconstrutiva da mão e membro superior, constituímos uma equipa multidisciplinar que inclui outros colegas especialistas de referência: Cirurgia Plástica-reconstrutiva, Reumatologia, Fisiatria ou Imagiologia, tendo como objetivo, melhorar a diferenciação e qualidade no tratamento da patologia da mão/membro superior. Na nossa caminhada, é decisiva a aquisição e implementação de recentes e inovadoras terapêuticas e técnicas cirúrgicas. A Clínica da Mão desde a sua génese, que exerce a sua atividade tanto em Coimbra, na Clínica de Montes Claros (Estádio Cidade de Coimbra), como em Lisboa, Porto e Viseu.
Que balanço faz do percurso de uma década da Clínica da Mão?
Começámos do zero, mas o crescimento foi muito positivo, tendo como base a criação de uma próxima e diferenciada relação médico-paciente. Crescemos com independência dos grandes grupos de saúde, a Clínica da Mão é hoje, uma unidade onde o paciente tem um atendimento personalizado com soluções diferenciadas no seu tratamento, incluindo modernos e inovados métodos de tratamento.
A cirurgia da mão tem conhecido novas evoluções, nos últimos anos?
Sem dúvida. Talvez a área com maior evolução na última década na cirurgia da Mão foi a implementação da Cirurgia artroscópica do punho e mão. A
artroscopia revolucionou na transição de algumas técnicas “clássicas”, para novas técnicas com utilização da vídeocirurgia. A artroscopia permite realizar cirurgias, através da introdução de uma mini-câmara, por pequenos orifícios na pele (3 milímetros) com vantagens óbvias: mínima agressão cirúrgica, menor taxa de complicações, rápida recuperação, melhores resultados e satisfação do paciente. São exemplos da sua utilização: cirurgia no tratamento da artrose, (p.ex. artrose do polegar - rizartrose), na reparação de lesões ligamentares do punho (“pulso aberto”) ou no apoio na reconstrução de fracturas complexas.
E na microcirurgia, também existem inovações?
A microcirurgia é decisiva na cirurgia reconstrutiva global. Na mão e nos membros existem permanentes inovações, sendo um bom exemplo a microcirurgia reconstrutiva dos nervos periféricos. A necessidade de melhores resultados na cirurgia reconstrutiva nervosa, motivou nos últimos anos, uma evolução no modo de tratamento destas lesões, privilegiando-se uma abordagem cirúrgica precoce e rigorosa, adjuvada por novos dispositivos (neuroprotetores e neurocondutores) ou também por novas técnicas de transferências de nervos (“troca de nervos” para recuperar função). A microcirurgia é também importante no tratamento da dor neuropática, nos casos de compressão do nervo periférico: por exemplo no síndrome do túnel cárpico grave ou em situações de difícil diagnóstico: compressões nervosas no cotovelo, punho ou antebraço.
E no tratamento das artroses?
Actualmente existem novas opções cirúrgicas no tratamento das doenças degenerativas articulares - artroses, nomeadamente a cirurgia de preservação
16 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
José Alexandre Marques, fundador da Clínica da Cirurgia da Mão e da Clínica da Paralisia
da Clínica da Mão nova Clínica da Paralisia
Coimbra), e também em Lisboa, Porto e Viseu, a Clínica da Mão registou “um crescimento muito positivo, médico-paciente, afirma José Alexandre Marques. A Clínica da Paralisia é o projeto que se segue
articular suportada por tratamentos orto-biológicos. Usando técnicas miniinvasivas, conseguimos uma melhoria importante na dor e na mobilidade perdida. Mais uma vez, a artroscopia permitiu o aparecimento de novas técnicas de regeneração e preservação articular, incluindo a transplantação de tecidos (tendão) ou a aplicação de novos dispositivos médicos. Na Clínica da Mão preservamos e valorizamos um “tratamento biológico”, em vez da utilização de material sintético, como são as próteses.
A ecografia pode ser usada na cirurgia da mão?
Além de ser um método de diagnóstico, a ecografia permite ajudar a chamada cirurgia percutânea: técnica cirúrgica realizada através da pele, sem necessidade de cicatriz. É utilizada em casos selecionados com anestesia local, permite realizar cirurgias sem agressão, utilizando um catéter específico. São exemplos: tratamento da Doença de Dupuytren (“nódulos e cordas na palma da mão” que limitam a mobilidade dos dedos) ou em casos de tendinites da mão.
Como surgiu e para quem se vocaciona a Clínica Cirúrgica da Paralisia?
A Clínica da Paralisia surgiu pela necessidade de dar soluções a doentes com grandes limitações funcionais por sequelas neurológicas, nomeadamente doentes com: sequelas de AVC; tetraplégicos ou paraplégicos; sequelas de paralisia infantil/ paralisia cerebral; doenças neurológicas com espasticidade; lesões dos nervos periféricos. Estes doentes, de acordo com gravidade, têm limitações mais ou menos graves, que podem ser tratadas com cirurgia, com resultados relevantes na melhoraria das sequelas motoras e sensitivas, que causam dependência por perda ou disfunção
tanto do membro superior como inferior. A Clínica da Paralisia reúne uma equipa diferenciada na avaliação individual do paciente, resultando num plano de tratamento para melhorar as sequelas. Tal como na Clínica da Mão, a Clínica da Paralisia conta com uma equipa multidisciplinar, com cirurgião ortopedista com experiência adquirida fora do país, fisiatras com diferenciação em técnicas ecográficas e equipa de reabilitação.
Em que consiste a cirurgia da paralisia?
Resumidamente, há técnicas que são aplicadas há alguns anos, que atuam a nível das articulações, músculos ou tendões: transferir tendões para recuperar movimentos; fixar articulações em melhor posição. Contudo, um grande passo na melhoria e eficácia dos resultados atuais, surgiu recentemente com a implementação de técnicas microcirúrgicas sobre o nervo periférico. Estas técnicas conseguem diminuir permanentemente a anormal hiperexcitação dos nervos: cirurgia da espasticidade. Também se podem transferir nervos ativos para nervos inativos, recuperando movimentos e sensibilidade. Tal como um técnico de eletrónica, o cirurgião atua nos “cabos elétricos avariados ou com atividade muito aumentada”. O plano de tratamento inclui o apoio da fisiatria-reabilitação.
Existem muitos pacientes que podem beneficiar com a cirurgia da paralisia e habitualmente nem sabem que existem estas opções
Existem muitos pacientes que podem beneficiar e habitualmente nem sabem que existem estas opções. São exemplos: doentes que sofreram um AVC: pacientes sem mobilidade, conseguem recuperar a postura, melhoria da marcha ou ganhar alguma mobilidade funcional; doentes com AVC com sequelas menores nos membros superiores e inferiores, (por espasticidade ou deformação) consegue-se melhorar postura e função; doentes tetraplégicos: recuperação de movimentos fundamentais através de actuação em músculos e nervos que estão ativos (conseguir “esticar” o cotovelo para manobrar uma cadeira de rodas; utilização do polegar-dedos na preensão; paralisia infantil: recuperação do equilíbrio, movimento da marcha ou função manual.
Como avalia os resultados da cirurgia da paralisia?
prestação de serviços
Pode exemplificar com casos tratados com a cirurgia da paralisia?
A mensagem inicial que transmitimos aos pacientes com paralisias, é que a recuperação total infelizmente não é possível, contudo os resultados são geralmente sempre positivos, motivantes e enormes para os pacientes. Com novas abordagens técnicas, confessamos que frequentemente a nossa expectativa é ultrapassada, com recuperações surpreendentemente positivas. Esta cirurgias são complexas e de carácter social muito relevante, por este motivo a nossa maior experiência foi realizada no SNS: CHUCoimbra-Ortopedia, em colaboração com o Centro de Reabilitação Rovisco Pais.
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 17 atividade
“
prestação de serviços
Clínicas Delille Uma
especializada, num equipa
Fazer funcionar uma equipa multidisciplinar e, por outro, o investimento procedimentos e técnicas mais actuais, mais seguros e clinicamente
A Clínica Delille tem um percurso de crescente sucesso e expansão desde que foi criada em 1993?
Começámos com um consultório de dois gabinetes na Cruz de Celas, com uma prática generalista, e fomos gradualmente crescendo em equipa de forma a realizar um trabalho multidisciplinar, abrangendo todas as especialidades da Medicina Dentária. Foi mesmo sempre a crescer, de forma sustentada, a acompanhar as necessidades dos pacientes e a evolução constante da Medicina Den -
Actualmente as instalações da Clínica Delille, na Solum, conta com 16 gabinetes, dois dos quais exclusivamente cirúrgicos. Em 2021, construímos o novo Laboratório de Prótese, ZirkonAtelier, na Rua do Brasil, que exigiu um investimento elevado em tecnologia para se tornar um Laboratório Dentário de Prótese Fixa de referência.
áreas da Medicina dentária?
Claro que sim. De outra forma não seria possível. Por um lado, a aposta em Medicina Dentária especializada foi fundamental para fazer funcionar uma equipa multidisciplinar e, por outro, o investimento constante em tecnologia permitiunos estar sempre capazes de oferecer aos pacientes os procedimentos e técnicas mais actuais, mais seguros e clinicamente mais previsíveis em todas as áreas. O investimento constante em formação contínua também faz parte deste reforço permanente que nos permite ser uma clínica de referência.
O investimento constante em tecnologia permitiu-nos estar sempre capazes de oferecer aos pacientes os procedimentos e técnicas mais actuais, mais seguros e clinicamente mais previsíveis em todas as áreas
O facto de a Clínica dispor de um Laboratório de Prótese próprio veio facilitar o desenvolvimento do trabalho?
Uma das apostas da Clínica foi apetrechar-se com recursos tecnológicos de ponta e uma equipa de qualidade, que a tornam capaz de intervir, com qualidade e oferecendo tratamentos inovadores, em todas as
O ZirkonAtelier é um laboratório especial porque já é um laboratório totalmente digital, ou seja, realiza trabalhos de prótese que são produzidos com um fluxo de trabalho baseado em desenho computorizado e produção executada por fresadoras e por impressoras 3D. É assim que deve ser feita actualmente toda a prótese fixa sobre implantes dentários, para a obtenção de resultados de excelência.
18 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
aposta
Francisco Delille, diretor clínico e Fundador da Clínica Delille
“
em Medicina Dentária equipa multidisciplinar
investimento constante em tecnologia permitiu-nos estar sempre capazes de oferecer aos pacientes os clinicamente mais previsíveis em todas as áreas
Estas tecnologias facilitam claramente o desenvolvimento do nosso trabalho, aumentando a rapidez de resposta e o perfeccionismo das peças, com melhores resultados para os pacientes.
A Medicina Dentária, e as soluções e tratamentos que hoje disponibiliza, evoluíram muito nos últimos anos?
A evolução foi extraordinária. A Medicina Dentária quando eu comecei a trabalhar resumia-se a um leque de tratamentos muito mais reduzido, constituído por restaurações dentárias, desvitalizações, extracções e a colocação de próteses fixas sobre dentes e próteses removíveis. Faziam-se alguns aparelhos de ortodontia que passavam invariavelmente pela colocação de “brackets” metálicos.
Actualmente, o desenvolvimento da implantologia e das técnicas de regeneração óssea e gengival criou uma revolução na reabilitação oral funcional e estética. As técnicas digitais e o uso de sistemas de ampliação, tais como o microscópio e lupas, ajudaram a desenvolver um nível de perfeição difícil de imaginar à alguns anos atrás. Os aparelhos de
ortodontia, por exemplo, agora são alinhadores invisíveis produzidos de forma totalmente digital.
Na sua opinião, o facto de o Serviço Nacional de Saúde não ter incluído, inicialmente, a carreira de Medicina Dentária, foi prejudicial para a saúde dos portugueses?
Hoje é mais fácil o acesso a tratamentos dentários, ou continua a ser difícil por parte dos cidadãos?
Em Portugal e na maior parte dos países do mundo, os tratamentos de saúde oral funcionam na rede abrangente de Clínicas Privadas que se tem desenvolvido a um ritmo impressionante. Eu acho que o Estado deveria
comparticipar melhor no acesso de pacientes mais necessitados às Clínicas Privadas. Nós sabemos que neste momento cerca de 1/3 da população não tem acesso a tratamentos dentários devido a limitações económicas.
A Medicina Dentária no SNS deveria ser essencialmente preventiva para que se possam atingir melhores níveis de saúde oral logo na infância, reduzindo a necessidade de tratamentos dentários ao longo da vida
Na minha opinião, a Medicina Dentária no SNS deveria ser essencialmente preventiva para que se possam atingir melhores níveis de saúde oral logo na infância, reduzindo a necessidade de tratamentos dentários ao longo da vida.
A Clínica Delille trabalha com a generalidade dos subsistemas de saúde e seguradoras?
Não, na Clínica Delille optámos por trabalhar com uma tabela privada própria com boa relação qualidade-preço coadjuvada pela disponibilidade de facilidades de pagamento e possibilidade de financiamento personalizado.
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 19
“ Uma
aposta
prestação
99547
de serviços
prestação de serviços
Hospital CUF Coimbra a cuidados de saúde
Cinco anos depois de se instalar na cidade, o Hospital CUF Coimbra faz de 600 colaboradores. Bruno Andrade, administrador CUF, destaca que
Que balanço faz do trabalho que tem sido desenvolvido pelo Hospital CUF Coimbra, desde que chegou à cidade?
O balanço é muito positivo. O Hospital CUF Coimbra instalou-se na cidade há cinco anos e desde então tem vindo a disponibilizar uma oferta de cuidados de saúde abrangente por forma a dar resposta às necessidades de saúde da população da região. A estratégia implementada, suportada nos valores e cultura da CUF, tem permitido, por um lado, aumentar a acessibilidade aos cuidados de saúde na região e, por outro, alargar a oferta de forma crescente e com elevados níveis de qualidade e segurança clínica. Ao longo destes últimos 5 anos, o Hospital CUF Coimbra consolidou o seu projeto clínico com o envolvimento de todas as equipas – cerca de 600 colaboradores – que diariamente abraçam este projeto com toda a dedicação e empenho, e que traduzem um dos maiores motivos de orgulho da CUF.
Nestes 5 anos, as equipas do Hospital CUF Coimbra deram resposta às necessidades de saúde de mais de 78 mil pessoas, foram realizadas mais de 186 mil consultas, 120 mil exames de imagiologia, 9 mil cirurgias e mais de 2 mil tratamentos oncológicos.
Para além da prestação de cuidados de saúde direta à população que nos procura, o Hospital CUF Coimbra tem sido um parceiro da comunidade, com ligação à Universidade de Coimbra, com políticas de cidadania empresarial, com ações de deteção precoce e de literacia em saúde realizadas em espaços públicos para toda a população.
A CUF Coimbra beneficiou do knowhow e capital de confiança deste grupo de saúde, com mais de 70 anos?
O funcionamento em rede dos 24 hospitais e clínicas CUF é um dos maiores ativos estratégicos do nos -
so modelo de prestação de cuidados, permitindo a cada hospital e clínica CUF beneficiar com o trabalho e metodologias desenvolvidas nas demais, complementando entre si a oferta de serviços. Este modelo é diferenciador pelo resultado que consegue evidenciar em matérias de organização, qualidade e segurança clínica e acesso a tecnologia de ponta, com reflexos positivos e distintos nos cuidados de saúde prestados a quem nos procura. A confiança que os portugueses depositam na marca CUF há 78 anos, aliada à qualidade das equipas clínicas locais, permite afirmarmonos como marca de saúde escolhida por cada vez mais pessoas na região. O desempenho do Hospital CUF Coimbra e demais unidades da região - em Viseu e Leiria - contribuem, igualmente, para o reforço da marca CUF e para a cultura global da rede.
Como gostam de frisar, a meta é centrar os serviços no doente e não apenas na doença, isto é, a humanização dos cuidados de saúde é uma prioridade? Ter uma resposta de saúde abrangente e flexível e adequada a cada pessoa, garantida pelas melhores e mais experientes equipas, com acesso aos meios tecnológicos mais diferenciados, é a proposta de valor da CUF. Acreditamos que cuidados de saúde personalizados, humanizados e centrados no doente e nas suas múltiplas necessidades são a melhor forma de assegurar uma resposta às necessidades da população. Centramos os cuidados no doente e não apenas numa das suas doenças pela qual nos procurou, porque cada vez mais as pessoas têm necessidades de saúde mais complexas e que exigem o contributo de várias especialidades. É por esse motivo que privilegiamos a criação de equipas multidisciplinares por patologia, com planos de cuidados para os quais contamos com a diferen-
20 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
diferenciados
Bruno Andrade, administrador dos Hospitais CUF Coimbra e Viseu e Clínica CUF Leiria
Coimbra “aumentou acessibilidade saúde diferenciados na região”
Coimbra faz um “balanço muito positivo” da concretização do seu projeto clínico, com o envolvimento destaca que a oferta de serviços de saúde tem sido “crescente e com elevados níveis de qualidade”
ciação e experiência de profissionais de diversas áreas, com o objetivo de alcançar os melhores resultados para cada doente.
Complementarmente, a consideração das várias dimensões da pessoa (vida pessoal, familiar…), permitem adequar os cuidados e conferir-lhes uma componente de humanização. Esta premissa encontra-se, desde logo, presente no nosso Código de Ética e nos valores que adotamos no dia a dia, de onde destaco o respeito pela dignidade e bem-estar da pessoa, que incluem a capacidade de estar com quem sofre, procurando o bem-estar integral da pessoa em todos os momentos e a empatia que permite um atendimento humano e personalizado.
O Hospital CUF Coimbra tem aumentado valências e serviços disponibilizados à população, como o Serviço de Oncologia e a Cirurgia Cardiotorácica?
O aumento das valências e serviços disponibilizados pelo Hospital CUF Coimbra é uma ambição contínua e que traduz um dos nossos eixos de atuação: a diferenciação no continuum de cuidados. Queremos estar ao lado das pessoas ao longo da vida, seja na prevenção, no diagnóstico, no tratamento e durante a recuperação. O processo contínuo de reforço dos cuidados de saúde assenta numa procura regular de soluções que garantam uma resposta adequada às necessidades dos dias atuais, pelo que para além da nossa rede de hospitais e clínicas, dispomos ainda de uma resposta de proximidade através dos Cuidados Domiciliários, ou, ainda, os canais digitais através da teleconsulta ou o Avaliador de Sintomas no My CUF.
Paralelamente, e percebendo o aumento da necessidade de cuidados oncológicos, melhoramos, igualmente, a nossa capacidade de resposta nesta
área, onde procuramos garantir o acesso à melhor tecnologia de diagnóstico e tratamento, cirúrgico ou farmacológico. A área cardíaca é uma das áreas onde também temos vindo a acrescentar valências, aliando equipas especializadas a tecnologias avançadas, como são exemplo a cirurgia cardíaca, mas também a intervenção eletrofisiológica, ou resposta integrada em insuficiência cardíaca.
Este crescimento exponencial foi acompanhado pelo investimento em infraestruturas e equipamentos inovadores?
Sendo a tecnologia um dos três ativos estratégicos da CUF, temos vindo a investir em equipamentos com a mais recente e avançada tecnologia. Seja o novo sistema de mapeamento cardíaco 3D, que permite o tratamento de arritmias com maior precisão e segurança, a laparoscopia 3D, que possibilita a realização de cirurgias minimamente invasivas, ou, ainda, os endoscópicos de Gastrenterologia e os de imagiologia que garantem todas as valências nesta área, incluindo a mamografia 3D e ressonância mamária com biópsia.
CUF Coimbra na disponibilização de uma oferta cada vez mais abrangente e completa à população da região.
Que apostas destaca para o futuro?
O aumento das valências e serviços disponibilizados pelo Hospital CUF Coimbra é uma ambição contínua e que traduz um dos nossos eixos de atuação
Claramente a aposta que fazemos no talento das nossas equipas. É a diferenciação e o conhecimento dos nossos profissionais que permitem à CUF alcançar os elevados níveis de serviço e qualidade clínica. O nosso compromisso permanente com os colaboradores é uma aposta contínua na gestão do seu talento e na promoção da melhor experiência profissional. Acreditamos que esta aposta será um fator de atração de mais profissionais altamente qualificados e que a nossa resposta de carreira profissional irá ao encontro das suas pretensões ao continuarmos a proporcionar um ambiente onde a tecnologia, a organização e a cultura são os motores que nos permitem proporcionar cuidados de saúde de elevada qualidade. Pretendemos continuar a fomentar relações de proximidade com entidades locais, como parceiro participativo nesta comunidade, à qual nos orgulhamos de pertencer.
Mas também ao nível das infraestruturas, temos vindo a capacitar muitas outras áreas como a Unidade de Cuidados Intermédios, para cuidados altamente especializados a doentes que necessitam de maior vigilância, o Hospital de Dia ou a Imagiologia. Estes investimentos vêm reforçar a aposta do Hospital
A CUF Coimbra trabalha com a generalidade dos subsistemas de saúde e das seguradoras?
Sim, o Hospital CUF Coimbra dispõe de acordos com os principais seguros e subsistemas de saúde, onde se inclui a ADSE, para consultas, exames e cirurgias, na maioria das especialidades.
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 21
“
prestação
de serviços
Hospital da Luz Saúde dos serviços e duplica
Cinco anos após a instalação do Hospital da Luz Saúde em Coimbra o administrador na prestação de cuidados diferenciados na região. Destaca a qualidade
O Hospital da Luz chegou a Coimbra em 2018. Que balanço faz deste percurso?
Faço um balanço bastante positivo. O Hospital da Luz Coimbra tem vindo a fazer um caminho consistente. Ao longo dos anos, fomos desenvolvendo novas valências clínicas tendo o hospital sofrido profundas reestruturações, que permitiram, sem dúvida, consolidar a nossa oferta diferenciada de cuidados de saúde.
Nos últimos cinco anos, modernizámos tecnologicamente o Hospital, reforçamos o corpo clínico, criámos uma Unidade de Cuidados Intensivos e Intermédios, Cardiologia de Intervenção e Cirurgia Cardíaca, reforçámos a segurança clínica, estabelecemos parcerias com instituições e alterámos o modelo de governação.
Sentimos que as pessoas confiam no Hospital da Luz Coimbra, porque nos escolhem diariamente para cuidar da sua saúde. Entre 2018 e 2023 o Hospital da Luz Coimbra, praticamente, duplicou o volume de atividade, o que expressa a afirmação do Hospital da Luz Coimbra na região Centro. Como tal, é com satisfação que posso dizer que os objetivos têm sido alcançados. Creio que hoje, passados cinco anos, podemos dizer que somos uma referência na prestação de cuidados de saúde.
Neste período, afirmou-se como a maior unidade de saúde privada a prestar cuidados de saúde especializados, em rede, na região Centro?
O Hospital da Luz Coimbra tem-se diferenciado consistentemente. Diria que temos, nas diferentes valências clínicas, áreas de grande diferenciação, como a área cardiovascular, a oftalmologia, a cirurgia geral, a ginecologia, a neurocirurgia, a otorrinolaringologia, a urologia ou a ortopedia. Isto é possível devido à grande qualidade do nosso corpo clínico e a toda uma estrutura
que suporta o exercício das melhores práticas clínicas, de que destaco a existência da Unidade de Cuidados Intermédios/Intensivos, que permite realizar cirurgias altamente diferenciadas, e do Centro de Oncologia.
A título de exemplo, diria que o nosso programa clínico de cardiologia alcança uma dimensão e uma diferenciação de elevado destaque, seja na área da arritmologia, da intervenção estrutural ou da cirurgia cardíaca. Estamos, neste momento, a desenvolver diversos projetos clínicos, que se iniciarão num breve prazo e que farão a diferença nas áreas cardiovasculares, neurologia e otorrinolaringologia.
É verdade, sim, que somos a maior unidade hospitalar privada da região Centro, mas temos a vontade de continuar a crescer, pois sabemos que fazemos a diferença na vida de muitas pessoas.
O Hospital da Luz Coimbra possui mais de 40 especialidades e apostou em serviços e equipamentos de ponta e inovadores?
O Hospital da Luz Coimbra tem uma política de investimento consistente, o que permite praticar uma medicina avançada onde a segurança clínica é um fator fundamental.
Recentemente, fizeram-se investimentos significativos em equipamentos do bloco operatório, onde se destaca a aquisição de um microscópio de última geração e estamos a iniciar o processo de instalação de mais uma ressonância magnética de 3 Tesla, que fará, seguramente, a diferença no diagnóstico clínico. De referir, também, a existência de equipamentos no hospital que permitem a cirurgia ao cérebro e à coluna por neuro-navegação, utilizados pela neurocirurgia e ortopedia.
Estamos também empenhados em inovar processos de trabalho, no senti-
22 | DIÁRIO
ASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
Saúde aposta na qualidade duplica volume de atividade
Coimbra o administrador Pedro Beja Afonso afirma que a unidade de saúde se afirmou com uma referência qualidade e humanização dos cuidados de saúde e a diferenciação do corpo clínico
do de melhorar a experiência do cliente e os resultados em saúde. Nesta área, não posso deixar de referir o trabalho excecional que a Luz Saúde tem feito no âmbito no desenvolvimento da medicina baseada no valor (Value Based Healthcare). O Hospital da Luz Coimbra está a iniciar este caminho na área da ortopedia, prevendo-se estender a outras áreas clínicas num futuro próximo.
A Medicina, ou melhor, toda a atividade que envolve a área da Saúde, está em constante evolução, o que exige das equipas clínicas e das instituições de saúde um trabalho e uma atenção constantes às inovações, à atualização científica e técnica e ao investimento em equipamentos que permitam oferecer aos doentes o estado da arte da Medicina. O Hospital da Luz Coimbra posiciona-se num contexto de medicina diferenciada e de equipa, daí ser fundamental ter uma oferta clínica bastante extensa, e, para isso, contamos com excelentes profissionais e meios tecnológicos modernos. Não esquecendo que promovemos uma cultura organizacional baseada na responsabilidade social, na integridade, no respeito pelo próximo e na humildade.
Na zona Centro o Hospital da Luz tem feito vários investimentos, com a criação de clínicas-satélite em várias cidades… É verdade. O último investimento feito pela Luz Saúde foi na Covilhã, há cerca de 15 meses. O Hospital da Luz Clínica da Covilhã tem vindo a fazer um caminho consistente, temos diferenciado a oferta de cuidados de saúde, tanto ao nível das especialidades médicas como dos próprios exames realizados. Hoje, podemos dizer que melhorámos consideravelmente o acesso aos cuidados de saúde na região da Beira Interior e que já somos uma referência.
Numa visão mais lata, o grande projeto é alicerçar a rede Hospital da Luz
na região Centro, fortalecendo a articulação entre os seus três hospitais (Aveiro, Coimbra e Oiã) e as seis clínicas (Águeda, Cantanhede, Covilhã, Figueira da Foz, Pombal e Solum).
É muito importante que um cliente que se dirige a uma das nossas unidades saiba que está a entrar numa rede de saúde que tudo fará para o ajudar a resolver o seu problema, seja numa clínica, num dos hospitais da região Centro ou, por último, no Hospital da Luz Lisboa, unidade de última linha da nossa rede hospitalar.
Há novos investimentos previstos, em Coimbra ou na região Centro?
Presentemente, estamos a construir uma nova unidade na Figueira da Foz, que, acreditamos, fará toda a diferença na oferta de saúde da cidade. No Hospital da Luz Coimbra temos clientes de toda a região Centro, logo, temos motivação e interesse em estender o nosso projeto clínico a outras zonas da região numa lógica de serviços de proximidade e, como tal, em breve serão anunciados novos investimentos.
da saúde digital, pois o digital e a saúde irão estar cada vez mais associados. No Hospital da Luz Coimbra temos assistido a um crescimento muito grande na utilização da aplicação My Luz, o que na realidade traz consigo vantagens fantásticas na relação que o hospital tem com os seus clientes. Nesta plataforma, o cliente pode consultar relatórios e imagens dos exames, marcar consultas e exames para si e para a sua família, realizar videoconsultas, fazer registos de saúde, entre muitas outras funcionalidades.
Sentimos que as pessoas confiam no Hospital da Luz Coimbra, porque nos escolhem diariamente para cuidar da sua saúde
O Hospital da Luz Coimbra tem outras mais-valias, como a aposta na humanização?
Preocupamo-nos muito com as dimensões da humanização e da comunicação nos cuidados de saúde, pois sabemos que estas dimensões bem concretizadas têm impacto nos resultados em saúde. Entre vários exemplos, destaco o investimento que temos na área
Temos também desenvolvido muito a oferta de videoconsultas de especialidade, que é uma forma inovadora e prática de os médicos fazerem um acompanhamento dos seus doentes, sem implicar deslocações desnecessárias ao hospital. A nossa videoconsulta também está disponível para situações urgentes, tanto para adultos como para crianças. Por outro lado, a Luz Saúde desenvolveu um serviço único no setor privado que é a Luz 24, um serviço de triagem clínica, feita por enfermeiros, que encaminha os nossos clientes, adultos e crianças, para os cuidados de saúde mais apropriados – urgência, consulta ou videoconsulta ou até autocuidados - e no tempo mais adequado.
A Luz Coimbra trabalha com subsistemas de saúde e seguradoras?
Sim, o Hospital da Luz Coimbra tem acordos com os sub-sistemas de saúde (ADSE, etc) e com a generalidade das seguradoras.
“
prestação
serviços DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 23
de
prestação de serviços
Sanfil Medicina “Cuidar e os melhores meios
A Sanfil Medicina consegue neste momento dar resposta a todos os
Para a Sanfil Medicina, tal como para o Grupo Global Health Company (GHC), onde está integrada, a humanização da saúde e a aposta num corpo de profissionais de grande diferenciação e qualidade são palavras de ordem?
Para a Sanfil Medicina os cuidados de saúde começam e acabam no melhor cuidado possível para o nosso utente. Acreditamos que num momento de fragilidade de saúde a experiência do utente junto dos nossos profissionais de saúde e administrativos que o acolhem, podem fazer a diferença no tratamento e no modo como encaram esse momento mais complexo. O nosso mote é cuidar com proximidade e humanidade, sempre com recurso aos melhores meios profissionais e técnicos que temos ao nosso alcance.
A Sanfil Medicina orgulha-se de estar, há muitas décadas, ao lado dos utentes que necessitam de cuidados de saúde?
O crescimento da nossa atividade como Grupo Sanfil Medicina levounos a perceber que segmentar os nossos serviços era a melhor forma de proporcionar qualidade no cuidado aos nossos utentesforam criadas três marcas: Nefrovida, Diaton/Unilabs e Sanfil Medicina
A Sanfil Medicina comemora este ano 70 anos de existência, marcados pelo aniversário da criação da Casa de Saúde de Santa Filomena, em Coimbra. Os nossos hospitais e clínicas procuram ser a
escolha da população pela sua oferta integrada e diversificada de serviços, qualidade na prestação de cuidados, e confiança no serviço, sempre com o nosso compromisso de presença e evolução. Acreditamos que a familiaridade com os nossos médicos, a proximidade com os nossos colaboradores (muitos de longa data), fazem da Sanfil Medicina uma instituição próxima dos seus utentes. Agradecemos a confiança demonstrada ao longos dos anos, e isso muito nos orgulha, mas sobretudo, responsabilizanos para a inevitável melhoria contínua. Queremos poder corresponder às exigências, cada vez maiores dos nossos utentes, médicos e colaboradores. Queremos, todos os dias, honrar a nossa assinatura: “Aqui, para cuidar de si.
As várias valências juntas formavam as maiores redes de cuidados na região. Foi a dimensão e particularidade dos serviços que levou à individualização da Nefrovida e Diaton/ Unilabs?
O crescimento da nossa atividade como Grupo Sanfil Medicina levou-nos a perceber que segmentar os nossos serviços era a melhor forma de proporcionar qualidade no cuidado aos nossos
24 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
Pedro Marcelino, administrador do Grupo Sanfil Medicina
“
“Cuidar com humanidade meios profissionais e técnicos”
todos os cuidados de saúde necessários à população, quer serviços em ambulatório, como cirúrgico
utentes. Desse modo, em 2022 foi decidido separar as três grandes valências em três marcas distintas. A Nefrovida dedicada exclusivamente à hemodiálise, atualmente com uma unidade em Coimbra e em Lisboa e, brevemente, com uma unidade em Leiria (junto do Hospital de S. Francisco) e outra em Alcobaça (junto à Clinica de S. Francisco Alcobaça. A Diaton que divide a sua atividade em radiologia e medicina nuclear com unidades próprias em Aveiro, Viseu, Coimbra e Leiria. E, finalmente, a Sanfil Medicina, com três hospitais - Casa de Saúde de Santa Filomena, em Coimbra, e Hospital S. Francisco e HDMA - Hospital D. Manuel De Aguiar Unipessoal Lda, ambos em Leiria e ainda outras três clínicas espalhadas pela zona centro – Coimbra, Figueira da Foz, Lousã, Cantanhede, Marinha Grande, Alcobaça.
Nos últimos anos, o Grupo Global Health Company (GHC) cresceu, com novas infraestruturas, e alargou a sua área de influência. Há novos planos de crescimento?
Os investimentos estão nos planos do Grupo Global Health Company (GHC) e continuam em curso, mas daquelas com maior impacto e visibilidade, destacamos as novas infraestruturas em dois pisos do Hospital São Francisco, um alocado ao serviço de Medicina Física e Reabilitação, e outro ao serviço de Atendimento Permanente e consultas de especialidades médico-cirúrgicas. Futuramente contaremos com uma requalificação do exterior da Casa de Saúde de Santa Filomena e, brevemente daremos início à construção do novo hospital junto ao Edifício DIATON, nos Olivais, com a criação de quatro
salas de bloco operatório e espaço de internamento integralmente novo e modernizado. Também o bloco operatório do Hospital S. Francisco em Leiria será objeto de requalificação, com quatro novas salas.
Esta expansão foi acompanhada por um investimento contínuo nas infraestruturas, em equipamentos de ponta e na inovação?
Vivemos num tempo em que há sempre planos em cima da mesa. A estabilidade da Sanfil Medicina oferece confiança ao mercado, e por isso, temos hoje várias solicitações de parcerias e outros investimentos.
Também na ótica de renovação e modernização de equipamentos, foi feito um elevado investimento na área da Oftalmologia, com a substituição de equipamentos e aquisição de outros inexistentes na região, oferecendo assim, uma resposta muito diferenciada nessa área quer em Leiria como, desde de meados de março, na Casa de Saúde de Santa Filomena.
A Sanfil Medicina consegue neste momento dar resposta a todos os cuidados de saúde necessários à população, quer serviços em ambulatório, como cirúrgico. Em breve a Sanfil Medicina lançará um novo site com um portal de marcações integrado que permitirá aos utentes marcar as suas consultas rapidamente, aceder ao histórico de atos médicos que já realizou nos nossos hospitais e clínicas e, com a possibilidade de, a breve trecho, marcar exames e aceder aos resultados dos mesmos.
Faremos uma requalificação do exterior da Casa de Saúde de Santa Filomena e vamos dar início à construção do novo hospital junto ao Edifício DIATON, nos Olivais, com quatro salas de bloco operatório e internamento integralmente novo e modernizado
A Sanfil trabalha com vários subsistemas de saúde e com a generalidade das seguradoras?
A Sanfil Medicina reúne hoje todas as valências para prestar cuidados de saúde de forma integral aos seus clientes? Vai haver novidades neste capítulo?
A Sanfil Medicina tem acordo com todos os subsistemas de saúde, tais como ADSE, PSP, GNR e IASFA e é ainda titular de convenções para áreas da medicina física e reabilitação, cardiologia, cirurgias SIGIC, gastroenterologia. No conjunto dos nossos hospitais e clínicas trabalhamos há mais de 10 anos com as grandes seguradoras nacionais: Multicare, Medis, Advancecare, Tranquilidade, Fidelidade. As nossas parcerias dizem respeitam a seguros de saúde do ramo vida, acidentes de viação e desportivos e uma grande franja do ramo de acidentes de trabalho.
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 25
“
prestação
de serviços
Spine Center junta várias tratar em exclusivo as
“Os critérios de qualidade, a personalização dos cuidados e a proximidade do Spine Center, centro que apesar de ser altamente tecnológico não
O Spine Center afirmou-se como uma unidade de referência nacional no estudo e tratamento das diversas patologias da coluna vertebral. O que é preciso fazer para trilhar um percurso como este?
Desde o início tivemos por objetivo criar uma unidade dedicada exclusivamente à coluna vertebral, ao contrário daquilo que havia em Portugal, onde existiam unidades ortopédicas que envolviam diversas patologias. Quisemos juntar várias áreas de especialidade que lidam com tudo que são patologias da coluna vertebral, nomeadamente: ortopedia, neurocirurgia, neurologia, fisiatria e medicina da dor.
Assim criámos uma unidade onde o doente pode ser estudado em todos os aspetos da coluna, independentemente da área da patológica que esteja envolvida, podendo recorrer às diversas especialidades e estas especialidades podendo interagir entre si com vista a obtenção dos melhores diagnósticos e ao encaminhamento para o melhor tipo de tratamento. Por outro lado, entendemos que deveríamos seguir as guidelines que orientavam as unidades de coluna a nível internacional e iniciámos processos de controlo rigorosos da qualidade, como são os casos dos processos da certificação tendo sido a primeira unidade certificada em Portugal internacionalmente e sendo a única unidade certificada pela UKAS (United Kingdom Accreditation Service).
O Spine Center cresceu de mãos dadas com as mais recentes tecnologias.
Em 2013 introduziu em Portugal a tecnologia de neuronavegação com sistema de imagem intraoperatória 3D (O-arm). Foi a primeira unidade de a fazer uma cirurgia com tecnologia robótica. Esta aposta vai continuar?
Sim, sem dúvida. A cirurgia da coluna conheceu nos últimos 20 anos um
conjunto de revoluções tecnológicas que permitiram tornar-se numa cirurgia mais segura e com melhores resultados.
A cirurgia minimamente invasiva, a cirurgia por neuronavegação e a cirurgia robótica foram três dos aspetos mais importantes naquilo que são os avanços tecnológicos da cirurgia da coluna a nível internacional.
Tivemos por isso de acompanhar toda esta evolução, fazendo o treino dos nossos cirurgiões, inicialmente no estrangeiro nas unidades que já utilizavam estas tecnologias, e depois iniciando a sua aplicação a nível nacional, onde fomos pioneiros nestas três áreas.
A preocupação em introduzir os mais recentes recursos tecnológicos no diagnóstico e tratamento de patologia da coluna não deixou para segundo plano a vertente da humanização… Não, pelo contrário. A humanização é um tema muito importante para nós e costumo muitas vezes afirmar que queremos ser altamente tecnológicos naquilo que é o tratamento do doente em particular no bloco operatório, mas queremos ser mais conservadores, tradicionais, humanistas e dar um tratamento personalizado na nossa relação entre o médico e o doente.
Não é por acaso que apesar da enorme procura e das listas de espera que não param de aumentar, nunca optámos pela massificação da nossa produção clínica. Entendemos que os critérios de qualidade, a personalização dos cuidados e a proximidade ao doente são aspetos que nos diferenciam de outras unidades existentes a nível nacional ou internacional, sendo uma razão pelas quais o doente muitas vezes opta por nós aquando do momento da escolha.
Enquanto especialista na cirurgia da coluna tem procurado passar a
26 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
Luís Teixeira, fundador e diretor-geral do Spine Center
várias especialidades para as patologias da coluna
proximidade ao doente são aspetos que nos diferenciam, afirma Luís Teixeira, fundador e diretor-geral não descura a vertente da humanização
mensagem que a cirurgia à coluna é hoje uma intervenção segura. Ainda há muitos receios, por parte dos doentes?
Sim, costumo dizer que a cirurgia de coluna não conseguiu afastar de si o chamado “fantasma da cadeira de rodas”, mas hoje é uma cirurgia segura quando praticada por cirurgiões experientes e em unidades altamente diferenciadas.
As patologias da coluna estão entre aquelas que mais afetam a população,?
Sim, ainda recentemente um estudo da Lancet apontou que a nível da Europa Ocidental a dor lombar é a maior causa de incapacidade
temporária ou definitiva em termos laborais, em Portugal também o é, e a dor da coluna vertebral representa a segunda maior causa de consulta na especialidade de medicina geral e familiar. Não é estranho que haja cada vez maior procura de doentes com este tipo de patologia, sendo algumas das causas de tal subida galopante no mundo ocidental a obesidade, o sedentarismo e alguns dos aspetos ligados as atividades laborais.
O Spine Center nasceu e cresceu com sede em Coimbra, mas já está instalado noutros pontos do país?
O Spine Center está sediado em Coimbra onde centraliza todos os seus meios mais diferenciados, particularmente no diagnóstico e tratamento. Temos outras clínicas em Lisboa, Viseu, Guarda e Funchal, no sentido de permitir às populações daquelas áreas o acesso aos cuidados de saúde na nossa unidade.
O Spine Center trabalha com subsistemas de saúde e seguradoras? Sim, atualmente trabalhamos com os principais subsistemas de saúde e as principais seguradoras, mas alguns atos médicos poderão não estar abrangidos. Os doentes podem nos contactar para confirmar.
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 27
prestação de serviços 99728
DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
Morada Coimbra | Sede
Edificio Diaton - Piso 3
Urb. Espirito Santo | Calçada do Gato, Lt 2
3000-199 Coimbra
Lisboa
Avenida Sidónio Pais
Nº 14 – R/C Esquerdo
1050-214 Lisboa
Viseu
Rua da árvore
Nº 10 – R/C Esquerdo
3500-085 Viseu
Guarda
Rua Calouste Gulbenkian, B3
6300-670 Guarda
Funchal
Rua Nova do Vale da Ajuda, Nº 16
9000-720 Funchal
Contatos
Spine Center prestação de serviços
geral@spinecenter.pt
www.spinecenter.pt
COIMBRA - T. 239 098 665
Tlm. 915 005 400
LISBOA - T. 211 359 754
Tlm. 915 005 400
VISEU - T. 232 092 750
Tlm. 915 017 188
GUARDA - T. 271 211 416
Tlm. 915 005 400
FUNCHAL - T. 291 721 370
Tlm. 915 005 400
Serviços/Valências
Patologias
• Abaulamento Discal
• Degenerescência Facetária
• Espondilolistesis
• Estenose do canal vertebral
• Hérnia de disco e Degenerescência
Discal
• Escoliose
• Cifose
• Fracturaosteoporótica
• Fractura de origem traumática
• Lesão tumoral da coluna vertebral
Cirurgias
• Cirurgia da hérnia discal e da compressão nervosa
• Cirurgia por neuronavegação
• Artrodese da coluna vertebral
• Artroplastia do disco intervertebral
• Fixação Dinâmica da coluna lombar
• Técnicas cirúrgicas minimamente invasivas
Especialidades
• Ortopedia
• Neurocirurgia
• Neurologia
• Anestesiologia
• Reumatologia
Terapêutica da Dor
• Dor de origem discal
• Dor com origem nas raízes nervosas
• Dor de origem facetaria
• Outros procedimentos para dores crónicas da coluna
Acordos
• ADSE
• ADM/IASFA
• SAD PSD
• SAD GNR
• Advancecare
• Médis
• Multicare
• Medicare
• Montepio
• Sams Centro
• Sams Quadros
• Sams SIB
• Sãvida
• Serviços Sociais da CGD
• Allianz
• Fidelidade
• Future Healthcare
• Generali Seguros
• Liberty Seguros
• Lusitânia
• Tranquilidade
• RNA
• Victoria Seguros
• Zurich
28 |
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 29 99560
prestação de serviços
Irmãs Hospitaleiras prestam na área da psiquiatria e saúde
Em Condeixa-a-Nova, as Irmãs Hospitaleiras | Casa de Saúde Rainha Santa Isabel (CSRSI) disponibilizam
Presentes há mais de 135 anos, as Irmãs Hospitaleiras possuem 12 unidades de saúde em Portugal. Com mais de 2.800 camas, são especialistas em Psiquiatria e Saúde Mental, demências, reabilitação física e cuidados paliativos, desenvolvendo a sua intervenção segundo o modelo assistencial hospitaleiro e os valores institucionais, com destaque para o serviço aos doentes e necessitados, sensibilidade para com os excluídos, acolhimento libertador, saúde inte-
gral, qualidade profissional, humanização de cuidados, ética em toda a atuação e consciência histórica.
Com mais de 2.000 profissionais de múltiplos ramos da saúde, abrange praticamente todas as atividades e serviços inerentes à saúde mental.
As Irmãs Hospitaleiras Condeixa-aNova | Casa de Saúde Rainha Santa Isabel (CSRSI), inaugurada em 1959, têm como missão a prestação de cuidados diferenciados e humanizados em saúde mental e psiquiatria, com
o objetivo de alcançar os melhores resultados com qualidade clínica e técnica, rigor científico e inovação, no respeito pela individualidade e sensibilidade do utente, numa visão humanista e integral da pessoa.
É um estabelecimento de saúde inserido na comunidade, em contínua evolução no sentido de uma adequação sistemática e progressiva às necessidades da população.
Com uma capacidade de 422 camas de internamento, em 2022 foram as-
1. Unidades de Internamento
a. Psiquiatria: curto, médio e longo internamento;
b. Psicogeriatria;
c. Deficiência Intelectual ligeira, moderada e grave.
2. Residência de Apoio Máximo
– RAMa.
3.Ambulatório
a. Consulta externa:
i.Psiquiatria;
1. Psiquiatria Geral;
2. Psicogeriatria;
3. Patologia aditiva;
4. Cessação tabágica
5. Burnout
6. Consulta pós-covid;
ii. Pedopsiquiatria;
iii. Neurologia;
iv. Medicina física e reabilitação;
v. Psicologia:
1. Psicoterapia cognitivo-comportamental;
2. Psicoterapia 3ª geração;
3. Avaliação neuropsicológica;
4. Reabilitação cognitiva – Doença mental / doenças degenerativas / dano cerebral;
vi. Fisioterapia;
vii. Terapia da Fala;
viii. Psicologia da infância e da adolescência
b. Sala de Snoezelen®
4. Respostas integradas
a. Centro de Tratamento DE DEPENDÊNCIAS COMPORTAMENTAIS (jogo, internet, telemóvel);
b. CENTRO DE AVALIAÇÃO, DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DE PERTURBAÇÕES NEUROCOGNITIVAS;
c. Centro de Tratamento de Depressão Resistente Unidade de Administração de Escetamina
5. Unidade de Reabilitação psico-social
a. Unidade de Ganho de Autonomia;
b. Quinta Pedagógica das Romãzeiras;
c. Apartamento “Sol a brilhar”;
d. Vivenda S. José.
6. Apartamentos terapêuticos
Acordos com Serviço Nacional de Saúde, Subsistemas de Saúde (ADSE, IASFA, GNR, PSP), Multicare e Médis.
30 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
a nossa oferta - valências assistenciais atualmente existentes na
cuidados diferenciados
mental
disponibilizam os apartamentos terapêuticos, para pessoas com doença mental
sistidas em ambulatório 1.175 pessoas.
Apartamentos Terapêuticos
Os apartamentos terapêuticos (AT) constituem uma resposta específica destinada a pessoas com doença mental, quadros de deterioração cognitiva e/ou física que pretendam um espaço habitacional individualizado. Estão preparados para receber utentes e acompanhantes num espaço individual e totalmente equipado (quarto,
CSRSI
Unidades de Internamento
Psiquiatria: curto, médio e longo internamento;
Psicogeriatria;
Deficiência Intelectual ligeira, moderada e grave.
Residência de Apoio Máximo – RAMa
Ambulatório - Consulta externa
Psiquiatria - Psiquiatria Geral Psicogeriatria
Patologia aditiva
Cessação tabágica
Burnout
Consulta pós-covid
Pedopsiquiatria
Neurologia
Medicina física e reabilitação
sala, casa de banho e cozinha). Os AT são uma solução ideal para tratamentos que necessitem de repouso ou reabilitação já que proporcionam um ambiente caseiro e com todo o conforto. Uma equipa multidisciplinar especializada possibilita a realização de um plano de cuidados individualizado e adaptado às necessidades, potencialidades e expectativas dos utentes.
A CSRSI dispõe de um conjunto de espaços e serviços como, piscina, sala de Snoezelen®, jardins terapêuticos,
sala de fisioterapia, salas de atividades, cafetaria, capela e auditório. Proporciona-se o acesso a programas e recursos terapêuticos, com acompanhamento médico (Psiquiatria/Medicina Interna/ Clínica Geral) e psicoterapêutico (Psicologia Clínica), cuidados de enfermagem, avaliação e reabilitação cognitiva, reabilitação psicossocial (Terapia Ocupacional), reabilitação física (consulta de Fisiatria/Fisioterapia, cinesiterapia, psicomotricidade) e apoio do Serviço Social.
prestação de serviços
Psicologia Psicoterapia cognitivo-comportamental; Psicoterapia 3ª geração; Avaliação neuropsicológica; Reabilitação cognitiva – Doença mental / doenças degenerativas / dano cerebral
Fisioterapia
Terapia da Fala
Psicologia da infância e da adolescência
Sala de Snoezelen®
Respostas integradas
Centro de Tratamento de Dependências Comportamentais (jogo, internet, telemóvel)
Centro de Avaliação, Diagnóstico e Tratamento de Perturbações Neurocognitivas
Centro de Tratamento de Depressão Resistente Unidade de Administração de Escetamina
Unidade de Reabilitação psico-social
Unidade de Ganho de Autonomia
Quinta Pedagógica das Romãzeiras
Apartamento “Sol a brilhar”
Vivenda S. José
Apartamentos terapêuticos
contactos:
R. Padre Bento Menni | 3150-146
Condeixa-a-Nova
Tel. (+351 ) 239 949 070 (chamada para rede fixa nacional)
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 31 prestam
saúde
existentes na
CHUC está a elaborar que surge 12 anos após
Os projetos considerados estruturantes, a transição digital e a excelência são alguns dos temas abordados por Carlos Santos, presidente do Conselho
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra viu ser aprovado um valor de investimento de 137 milhões de euros para o período 2023-2025, em linha com o seu Plano de Desenvolvimento Estratégico.
A aprovação do Plano de Atividades e Orçamento do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra para 2023 marca uma nova fase na estabilização do Plano Plurianal de Investimentos 2023-2025, cujo valor global ronda os 137M€ e que está alinhado com os principais objetivos estratégicos que são (i) a internalização da prestação de cuidados, (ii) o acesso, (iii) a qualidade e segurança e (iv) a produtividade e eficiência.
Dos projetos abrangidos por este volume de investimento, quais gostaria de destacar?
O Plano Plurianual de investimentos é um instrumento coerente pela interdependência das diversas componentes e do seu impacto nos objetivos estratégicos. Em todo o caso há um conjunto de projetos, que designamos como “projetos estruturantes”, com um valor de investimento da ordem dos 91,5 milhões de euros e que são (i) o novo serviço de obstetrícia e neonatologia (designado genericamente como nova maternidade), com um valor de 45M€; (ii) um novo edifício multifuncional para logística no polo do Hospital Geral dos Covões (HG), com um valor estimado de 14M€; (iii) um novo edifício destinado a ambulatório polivalente no HG com um valor de investimento de 10M€; (iv) a ampliação e remodelação do serviço de urgência do polo HUC, em curso, com um valor de 9,5M€; (v) as novas instalações da psiquiatria forense no valor de 7M€ e, finalmente, ampliação do serviço de medicina intensiva no valor de 6,1M€.
É importante sublinhar que está em elaboração o Plano Diretor do CHUC, documento estratégico para a caracterização atual e para o desenvolvimento futuro deste Centro Hospitalar. Trata-se do primeiro Plano Diretor do CHUC, 12 anos após a fusão, e estará concluído até ao final do corrente ano de 2023.
O CHUC, um dos maiores hospitais do país, continua a afirmar-se pela qualidade dos seus serviços. Sinónimo disso são, por exemplo, os centros de referência hospitalar?
O CHUC é uma das principais referências do Serviço Nacional de Saúde. É a única unidade hospitalar do seu grupo (Grupo E) na Região Centro que é, como sabemos, a Região mais envelhecida do País. Dispõe de respostas únicas a nível nacional e tem reconhecidos 18 Centros de Referência, estando um 19º Centro de Referência, o CR de ECMO, em processo de aprovação. É o Centro Hospitalar que, em Portugal, dispõe do maior número de Centros de Referência o que nos confere um estatuto de excelência clínica a par de um papel incontornável no ensino e na investigação.
O Centro Académico Clínico de Coimbra, consórcio formado pelo CHUC e pela Universidade de Coimbra, com a Faculdade de Medicina numa posição central, acaba de ser avaliado positivamente por um painel de peritos internacional independente, resultando dessa avaliação uma responsabilidade acrescida relativamente à qualidade dos cuidados de saúde, ao ensino e à investigação, responsabilidade essa que tem sido materializada em projetos concretos de que são exemplo a abertura do Biobanco CACC ou a instalação simultânea de dois equipamentos de PET/CT, um no CHUC, orientado para uma vertente clínica (e que consiste no primeiro e até agora único PET/CT digital no SNS) e outro no ICNAS, orientado
32 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
do Conselho de Administração do CHUC
elaborar o primeiro Plano Diretor após a fusão dos hospitais
excelência clínica de um hospital que é uma das principais referências do Serviço Nacional de Saúde, do Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC)
para uma vertente de investigação.
O CHUC está ainda presente em 10 Redes Europeias de Referenciação, o que lhe confere uma posição única em Portugal no que se refere à ligação à European Reference Network com benefícios clínicos evidentes para os doentes.
O que podem esperar, profissionais e utentes, das obras de expansão e requalificação do Serviço de Urgência?
A requalificação do Polo HUC do Serviço de Urgência do CHUC, é um dos projetos estruturantes do Plano de Investimentos e que está em plena execução. Trata-se de uma remodelação profunda do serviço de urgência orientada por um novo modelo de abordagem da urgência e emergência hospitalar polivalente, que deixa de estar assente numa organização por especialidades, para se organizar em função do nível de complexidade e severidade da situação clínica do doente. Se quisermos socorrer-nos de uma imagem mais gráfica, diríamos que o doente deixa de se deslocar em direção aos recursos e são os recursos que se deslocam ao doente.
Naturalmente que uma intervenção com esta complexidade coloca, ao longo das suas diversas fases, desafios enormes para os doentes e para os profissionais. A uns e outros o Conselho de Administração deixa um profundo agradecimento pela compreensão com que todos os impactos têm sido encarados, pela plasticidade das Equipas, pela forma como todos têm conseguido interiorizar que este período difícil, que se estenderá por mais cerca de 10 meses, é indispensável para virmos a prestar um melhor serviço, com mais qualidade, mais conforto e mais segurança para doentes e profissionais.
Recentemente lançada, a App MyCHUC facilita a vida aos utentes e familiares?
A APP MyCHUC insere-se na estratégia
ANO 2022
de transformação digital do CHUC, promovendo a proximidade do utente com a instituição, constituindo um importante passo na concretização de uma saúde mais digital e inclusiva. Temos cerca de 30.000 doentes registados na APP MyCHUC. Estes doentes têm a possibilidade de receber notificações dos agendamentos das consultas e de alguns MCDT, solicitar reagendamentos, emitir comprovativos de consulta, solicitar relatórios clínicos e a emissão de atestados multiusos (doentes oncológicos), pagar taxas moderadoras, etc. Todas estas funcionalidades estão, pois, disponíveis sem necessidade de o utente se deslocar à instituição. Na verdade, a APP MyCHUC permite interações várias com o Hospital, prescindindo-se da presença do utente no CHUC, o que nos leva a crer que prestamos um serviço mais humano e próximo de quem precisa de nós. Lançámos há aproximadamente um mês, a funcionalidade do acompanhamento, em tempo real, dos doentes no serviço de urgência. Através desta nova função, o utente poder indicar, no ato da sua inscrição, um acompanhante que receberá uma notificação, permitindo, saber por exemplo a cor da triagem, a evolução do episódio de
urgência, ou seja, o acompanhamento do percurso do utente enquanto este permanece no serviço de urgência. Com as obras do serviço de urgência do polo HUC, esta funcionalidade é um instrumento por demais importante no reforço da comunicação, estando a ter muito boa aceitação por parte dos doentes e acompanhantes. Com um mês de implementação temos registo de mais de 6.500 acompanhantes, perto de 35% das urgências gerais de adultos, valor que tem potencial de melhoria, permitindo-nos olhar para este projeto como uma aposta bem-sucedida e mais uma vez mais próxima da comunidade em que o CHUC se insere, facilitando, naturalmente, a vida dos utentes/ familiares. Vamos lançar ainda este mês, a APP do profissional – MyCHUC PRO- com funcionalidades várias. Esta constitui mais um canal de comunicação com os profissionais do CHUC, com potencial para várias interações desmaterializadas com a Instituição.
O CHUC criou em 2021 um Gabinete de Humanização. Era necessário?
A Humanização dos cuidados de saúde não é um trabalho de uma Comissão ou de um Gabinete. É antes uma estratégia cuja operacionalização deve estar presente em todos os processos que se relacionam diretamente ou indiretamente com os doentes. Numa unidade hospitalar como o CHUC, os avanços no conhecimento científico e a sofisticação das técnicas impõem ritmos e gestos cada vez mais padronizados, porque é essa padronização que garante a reprodutibilidade dos resultados clínicos.
O Gabinete de Humanização, através da sua forma especial de olhar para a prestação de cuidados, tem um papel imprescindível para que a frieza da tecnologia não anule a empatia de que o doente necessita para se sentir menos vulnerável.
prestação de serviços
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 33
CHUC
4.589 partos 276.237 atendimentos de urgência 50.947 altas de internamento 224.037 primeiras consultas 900.018 consultas externas 7.350 cirurgias urgentes 35.789 cirurgias programadas 105.242 sessões em Hospital de Dia 21.656 tratamentos de Radioterapia 5.481 visitas domiciliárias 358 transplantes 177 colheitas de órgãos
prestação de serviços
IPO aumenta números apesar das dificuldades
Em entrevista, Margarida Ornelas, presidente do Conselho de Administração e na aquisição de equipamentos, que ditam uma extensa requalificação
O IPO de Coimbra tem feito um esforço enorme na renovação de edifícios e equipamentos?
Sim, esta é uma das nossas áreas basilares, estando a ser cumprido um exigente plano de investimentos. Ao nível da infraestrutura física e tecnológica, o IPO tem vindo a crescer e a modernizar-se. Só nos últimos 2 anos, o investimento realizado, foi superior a 13,6M€.
As obras, e a demolição de um edifício, têm causado alguns constrangimentos e obrigado à procura de soluções, algumas bastante inovadoras?
Face às alterações estruturais, em curso, houve a necessidade de uma grande adaptação, para garantir a continuidade da resposta nas áreas do internamento cirúrgico, do Bloco Operatório e da Imagiologia, serviços que funcionavam no edifício de Cirurgia/Imagiologia, entretanto demolido. Naquele edifício funcionavam, também, um conjunto de serviços de apoio: esterilização, espaço de culto ecuménico, área afeta à empresa prestadora dos serviços de limpeza, vestiários e armazéns. Tivemos de encontrar soluções que garantissem a atividade, durante a empreitada, designadamente concretizando alguns investimentos prévios: a construção de um bloco operatório periférico, com duas salas; a conversão do espaço do Hotel de Doentes para acolher o internamento cirúrgico e a adaptação da Biblioteca e áreas adjacentes, transformando-as em espaço para acomodar parte do Serviço de Imagiologia. Paralelamente, foi reestruturado o funcionamento interno do bloco operatório, com atividade a desenvolver-se ao longo de todo o dia
e ao fim de semana e desencadeada uma aposta na cirurgia de ambulatório. Houve, ainda, lugar a processos de aquisição com vista à externalização de parte da atividade cirúrgica programada, sendo que as nossas equipas se deslocam à entidade contratada. O mesmo se passa com parte da atividade do Serviço de Imagiologia, com a deslocação de recursos humanos próprios do IPO a uma entidade externa, assegurando deste modo a realização de exames, nomeadamente TC e RM. Refira-se, ainda, o protocolo celebrado com o CHUC para assegurar o Serviço de Esterilização.
Quando estiver pronto, o novo edifício de cirurgia e imagiologia – o investimento mais vultuoso - vai ser sinónimo de um maior acesso a cuidados de saúde diferenciados?
Claramente que sim. A empreitada de requalificação do edifício de Cirurgia e Imagiologia, de valor superior a 28,4M€, é o investimento mais relevante, inscrito no nosso Plano Plurianual de Investimentos de 2023 – 2025. A requalificação do edifício terá 16.270 m2 de construção – quando o edifício anterior tinha (apenas) 4.960 m2, aumentando a área de prestação direta de cuidados, em cerca de 32%. O novo espaço terá 6 pisos, um deles subterrâneo, e servirá para instalar os Serviços de Imagiologia, Medicina Nuclear, Gastrenterologia e respetivas áreas técnicas, 5 salas de bloco operatório e 1 sala de cirurgia de ambulatório, 1 unidade para doentes críticos e uma área de internamento com 98 camas (4 delas de isolamento).
O que podem esperar profissionais e utentes deste novo edifício?
O novo edifício permitirá melhorar a qualidade e segurança nos cuidados prestados, em condições hoteleiras
34 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
Margarida Ornelas, presidente do Conselho de Administração do IPO de Coimbra
números da produção clínica dificuldades provocadas pelas obras
Administração do IPO de Coimbra, fala sobre os investimentos na construção de novos edifícios requalificação dos serviços da unidade hospitalar
mais alinhadas com os atuais padrões, permitindo a gestão dos recursos disponíveis, alicerçada em critérios de eficácia e eficiência e obtendo deles o maior proveito socialmente útil. Esta requalificação terá impacto na qualificação organizacional e relacional, potenciando uma maior satisfação dos utentes e reforçando a confiança dos profissionais, pois melhorará de forma substancial as condições para os doentes e profissionais.
Os trabalhos prosseguem, prevendose que o atual investimento entre em pleno funcionamento em 2024. De acordo com o mais recente relatório técnico de acompanhamento da empreitada, a sua conclusão está prevista para o primeiro semestre de 2024.
O IPO de Coimbra renovou também os equipamentos, nomeadamente os aceleradores lineares. Há outros investimentos previstos?
A aquisição recente de dois aceleradores lineares foi muito relevante, mas, mesmo nesta área, terá de se prosseguir o esforço de modernização tecnológica do Serviço de Radioterapia, com a aquisição de um novo equipamento, na sequência da já conseguida autorização de licença para instalação de um quarto acelerador linear.
Por outro lado, teremos de garantir o reapetrechamento do novo edifício, atualizando e reforçando a infraestrutura tecnológica, incluindo-se, neste âmbito, a aquisição de equipamento médico pesado para o Serviço de Imagiologia e para o Serviço de Medicina Nuclear e diverso equipamento para a área cirúrgica.
Atualmente temos em curso um concurso público para aquisição de dois equipamentos de Tomografia Computorizada (TC) multicorte e uma Câmara Gama com tecnologia híbrida de tomo-
grafia computorizada - SPECT/CT.
Mesmo com os constrangimentos das obras, o IPO de Coimbra tem mantido bons números na atividade assistencial e na redução das listas de espera?
Apesar dos constrangimentos, decorrentes da execução da empreitada que provocaram uma redução da capacidade instalada disponível de bloco operatório e de internamento, fruto das medidas alternativas que enunciámos, conseguimos assegurar e até mesmo superar a produção face a anos anteriores.
Na atividade cirúrgica, registou-se, em 2022, um crescimento de mais 357 doentes intervencionados e uma diminuição da lista de espera, em mais de 5%, face a 2021.
Nas consultas externas, numa avaliação de 2019 (ano prépandemia) até ao ano 2022, tem-se registado um aumento, com uma variação positiva de aproximadamente 35%, tendo sido realizadas mais 44.143 consultas, comparando o ano de 2022 com o ano de 2019. Por outro lado, é de assinalar que o número de primeiras consultas realizadas, comparando o ano de 2022 com o ano de 2019, registou um incremento de 3.854 consultas, uma variação positiva de cerca de 16,8%. Este número de primeiras consultas integra as consultas referenciadas pelos Cuidados de Saúde Primários (CSP) que registaram uma variação positiva face a 2019 de 20% (mais 1.098 consultas).
Estes resultados só têm sido possíveis graças ao elevado nível de profissionalismo e compromisso dos nossos profissionais que, todos os dias, dão o seu melhor
No que respeita à mediana do tempo de espera para consulta, referenciada dos CSP, o IPO concluiu o ano de 2022 com um tempo de espera de 12 dias e um grau de cumprimento do Tempo Máximo de Resposta Garantido das consultas realizadas de 99,8%. No que concerne aos tratamentos, na área da Radioterapia e da Quimioterapia, para dar outro exemplo, os resultados, também, são positivos. Na Radioterapia, com a renovação do parque tecnológico, houve uma alteração substancial da produção, com particular destaque para a maior execução de tratamentos complexos, face a quaisquer dos anos do último triénio. Já no que concerne aos tratamentos de Quimioterapia, assinalou-se nos últimos anos uma tendência crescente, no número total de tratamentos, com a realização de mais sessões de tratamento, em Hospital de Dia, face aos anos anteriores.
Que balanço faz destes dois mandatos?
O balanço é muito positivo, já que temos conseguido concretizar aqueles três principais pilares que norteiam a nossa estratégia: o acesso, a coesão interna e os investimentos. É claro que estes resultados só têm sido possíveis graças ao elevado nível de profissionalismo e compromisso dos nossos profissionais que, todos os dias, dão o seu melhor, contribuindo de forma incontornável, para o prestígio da Instituição, reforçando o orgulho de dela fazermos parte.
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 35
“
prestação
de serviços
prestação de serviços
Nova ULS é o maior dos cuidados de saúde
O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) é uma referência nacional serviço prestado e nas condições de trabalho resulta no aumento da capacidade de administração, Ana Raquel Santos
Quando é que a Unidade Local de Saúde (ULS), com sede no HDFF, entra em funcionamento? Qual será a sua área de influência? Que benefícios terá para os utentes e outras unidades envolvidas?
Ainda não foi definida a data para o início da atividade. A criação da ULS do Baixo Mondego é o maior projeto de reforma dos cuidados de saúde a implementar nos concelhos da Figueira da Foz, de Montemoro-Velho e de Soure.
A estratégia definida pela tutela de reorganização em estruturas verticalmente integradas, que sejam responsáveis pela oferta global de cuidados de saúde à população da sua área geográfica, pretende maximizar o acesso dos cidadãos, melhorar a integração de cuidados, potenciar o acompanhamento ao longo do percurso de vida das pessoas, aumentar a eficiência e a proximidade entre as diferentes instituições que a compõem.
a informação relevante do utente, clínica e social, de forma a que, a todo o tempo, qualquer prestador de cuidados possa conhecer e adaptar a cada utente os cuidados de que este necessita.
A plataforma Clinico-Social pretende agregar num único repositório toda a informação relevante do utente, clínica e social, de forma a que, a todo o tempo, qualquer prestador de cuidados possa conhecer e adaptar a cada utente os cuidados de que este necessita
Em que consiste portal Clinico-social e quantos parceiros envolve?
A plataforma Clinico-Social, cofinanciada pelo PT 2020, pretende agregar num único repositório toda
O sistema de informação, em desenvolvimento, visa permitir a integração e transmissão de dados do utente, presente nas instituições de saúde, sociais, Segurança Social e câmara municipal, pois a prestação de cuidados de saúde, por si só, não responde de forma integral às necessidades dos cidadãos, dado que a influência do contexto social é, muitas vezes, determinante na evolução do seu estado de saúde. Esta complementaridade é fulcral para a integração de cuidados e a garantia do seu continuum ao longo do tempo, sempre primando pela autonomia e capacitação do utente/doente.
Que mais-valias resultarão das obras, em curso, nas especialidades médicas?
A remodelação das enfermarias de especialidades médicas e medicina interna irá permitir a melhoria do
Ana Raquel Santos, presidente do Conselho de Administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz
“
36 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
projeto de reforma saúde no Baixo Mondego
nacional entre as unidades hospitalares da sua dimensão. O constante investimento na melhoria do da capacidade de resposta, como se depreende desta entrevista à presidente do conselho
conforto aos doentes internados, quer por via da instalação de equipamento de ar condicionado, quer por via da beneficiação estrutural de toda a enfermaria. Os doentes irão dispor de instalações totalmente renovadas e climatizadas, o que contribuirá para a sua recuperação.
A propósito de obras, quando é que ficam concluídas a nova Unidade de Hospital de Dia e a Unidade de Convalescença?
No que respeita à nova Unidade de Convalescença, representa um reforço da diferenciação do HDFF, pois o hospital não dispunha de cuidados continuados. Serão 20 camas, que contribuirão para o aumento da capacidade de resposta, em especial, a doentes do foro cirúrgico-ortopédico. O Hospital de Dia será dotado de novas instalações, com aumento da área afeta a tratamentos e contribuindo para maior qualidade, humanização e bem-estar. O investimento será assegurado, parcialmente, com verbas do PRR e estará concluído no final de 2025.
Para quando está previsto transformar a antiga Casa da Mãe numa Unidade de Cuidados Paliativos?
Quanto à remodelação da Casa da Mãe, encontra-se em fase final de elaboração dos projetos de especialidades. Ainda é cedo para ser assumida uma meta temporal.
Que investimento representa a instalação dos painéis fotovoltaicos e que poupança proporcionam na fatura de eletricidade?
de serviços
A instalação dos painéis fotovoltaicos, financiada pelo POSEUR, representou um investimento de 384.700,49€, sendo estimada uma poupança energética de 30 por cento.
Como está o quadro do pessoal do HDFF?
O quadro de recursos humanos, desde o início do ano, registou um aumento de 27 trabalhadores. As especialidades de cardiologia, medicina interna, otorrinolaringologia e ortopedia viram-se reforçadas com mais médicos especialistas.
Qual é a dimensão da lista de espera para cirurgias?
No ano de 2023, registou-se um aumento do número de inscritos para cirurgia, face ao período homólogo (mais 36 por cento), totalizando a lista de inscritos para cirurgia 2011 utentes, que têm uma mediana do tempo de espera de 60 dias, sendo, para um doente com prioridade normal, o tempo máximo de resposta garantido previsto na legislação, 180 dias. Este indicador bom reflete o esforço e compromisso das equipas do HDFF
com os utentes que servem.
Qual é o tempo médio para as consultas?
No que respeita a pedidos de pedidos de consulta provenientes dos cuidados de saúde primários, em relação a maio do ano anterior, verificou-se um aumento de 33 por cento, sendo a mediana do tempo de espera de 64 dias. Para um doente com prioridade normal, o tempo máximo de resposta garantido previsto na legislação é de 120 dias.
O Hospital de Dia será dotado de novas instalações, com aumento da área afeta a tratamentos e contribuindo para maior qualidade, humanização e bem-estar. O investimento será assegurado, parcialmente, com verbas do PRR e estará concluído no final de 2025
Qual é número de pacientes/ano que o HDFF recebe de outros hospitais?
O HDFF recebeu, em 2022, para primeira consulta, cerca de um quarto de utentes de fora da sua área de influência, os pedidos foram solicitados por médicos de família de outros agrupamentos de centros de saúde.
Para cirurgias, o HDFF recebe doentes de fora da sua área de influência no âmbito do mecanismo de colaboração para realização de cirurgia atempada no SNS.
Este ano, já recebemos 12 doentes, até maio. Em 2021, recebemos 61 doentes e, em 2022, recebemos 75 doentes.
maior
prestação
“ DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 37
prestação de serviços
Hospital Arcebispo
de proximidade aumentou
A integração de cuidados e a estratégia de proximidade às expectativas Diana Breda, presidente do Conselho Diretivo do hospital de Cantanhede, O Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede, tem-se afirmado como um hospital de proximidade?
Quando aceitamos o desafio de gerir hospital, o nosso mandato era o de desenvolver o modelo de um hospital de proximidade, que respondesse às necessidades da população que serve, esse foi um eixo estratégico bem como o da integração de cuidados. Tentámos mobilizar os principais agentes locais e regionais no sentido de avançar com políticas locais que correspondam realmente às expectativas dos cidadãos, o que levou a um aumento de 30% de novos doentes em três anos.
A valência dos cuidados continuados assume cada vez mais importância no quadro atual dos serviços de saúde do Serviço Nacional de Saúde?
Sabemos que existe um problema de internamento sociais nos hospitais (o Barómetro Social, indica para 9,4%, com um custo de 226 M€), mas o sistema só funciona se mantivermos as indicações para cada tipologia. No nosso caso, a unidade de convalescença tem 30 camas e tempo de internamento de 30 dias, nos quais realizamos a avaliação integral das necessidades da pessoa promovendo a recuperação contínua ou manutenção da funcionalidade e da autonomia, em articulação com a família.
Para além disto, defendemos a reabertura da Unidade de Medicina Interna até porque a população de referência tem um índice de envelhecimento de 269,3 /100 jovens, muito mais elevado que o valor nacional que é de 182,1. Em 2021, esteve em funcionamento com taxa de ocupação muito elevada e resultados clínicos interessantes, porque temos capacidade instalada para o efeito que permitiria o internamento em proximidade de cerca de 300 doentes/
ano que são agora internados noutros hospitais mais distantes.
A unidade hospitalar tem inovado na prestação de cuidados de saúde, nomeadamente disponibilizando serviços ao sábado?
Realmente realizamos alguma Inovação Organizacional através da transformação digital centrada no cidadão, reorganizando o atendimento, definimos o percurso ideal do doente para cada unidade, novos circuitos e processos mais amigáveis e lógicos para os cidadãos, envolvendo as equipas através de workshops, com identificação das oportunidades de melhoria, comparando com boas práticas nacionais e internacionais. A caracterização da jornada emocional do doente permitiu identificar os momentos menos bons e implementar melhorias.
Exemplos desta inovação foram a abertura do ambulatório ao sábado de manhã (quando as pessoas têm mais disponibilidade), mas também os MCDT de proximidade (em colaboração com a Câmara Municipal de Cantanhede, deslocar equipas para realizar exames aos centros de saúde e às IPSS).
Podemos dizer que na gestão do Hospital de Cantanhede as palavras de ordem são a prestação de serviços clínicos de qualidade, a satisfação dos utentes e a sustentabilidade social e financeira?
O serviço que prestamos ao cidadão já foi sinalizado por diversas entidades que nos entregaram prémios como Institute of Healthcare Improvement, de Boston, em 2023, com o reconhecimento como “Age Friendly Healthsystem”.
Em termos de satisfação dos cidadãos, realizámos um inquérito com classificação média de 3,65 em 4, levado a cabo por uma equipa externa ao
38 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
João
Diretivo do Hospital de Cantanhede
João Crisóstomo Modelo aumentou novos doentes
expectativas dos cidadãos levou a um aumento de 30% de novos doentes em três anos, destaca Cantanhede, que fala também sobre a projetada integração do HAJC no CHUC
hospital. A dimensão em que melhor pontuamos foi “Respeito”, o que nos deve fazer refletir.
Em termos de sustentabilidade financeira – ainda que o modelo do SPA tenha muitas limitações relativas à autonomia – conseguimos uma situação financeira equilibrada, mesmo que as verbas que nos são diretamente transferidas do OE não sejam suficientes para o funcionamento, através de uma estratégia de obtenção de receitas próprias. Para além dos benefícios para todos os envolvidos, conseguimos um aumento da eficiência da gestão, demonstrado no aumento muito significativo dos doentes do internamento (+ 36% var. 2019/22). Aumentámos também o número de especialidades na consulta externa, a autonomia ao nível dos exames realizados e criámos um hospital de dia.
O hospital tem um projeto, já premiado, que é o “Hospital Amigo dos + Velhos”. Em que consiste este projeto?
Este projeto fomenta a solidariedade intergeracional e o respeito pelo passado como contribuição para o futuro. O projeto é fundado nos Direitos Humanos, mas é também uma medida de racionalidade financeira, uma vez que permite uma recuperação mais célere das capacidades.
Implementámos um modelo de melhoria da qualidade, através da redefinição de processos, numa ótica de maior humanização, participação e formação dos cuidadores e respeito pela individualidade da pessoa, fundamentado na abordagem geriátrica multidimensional e transdisciplinar.
As boas práticas aplicadas são adaptadas da Metodologia 4M’s da IHI, baseada em quatro elementos: Motivação (ajustar os cuidados prestados ao resultado esperado por cada doente); Medicação (adequar a medicação
ao doente, seu estado e expectativas), Estado Mental (prevenir, identificar e tratar a demência, depressão e estados confusionais) e Mobilidade (incentivar a mobilidade e a funcionalidade).
Os profissionais de saúde aderiram à prossecução deste projeto?
Clarificámos aquilo que esperávamos da nossa equipa e corresponderam. Acreditamos que o salário emocional é um complemento importante e isso é demonstrado pela capacidade de atração (dezenas de pedidos de mobilidade para o HAJC, quando o MS conferiu vagas médicas estas foram ocupadas rapidamente), ainda que não sejamos imunes ao fenómeno geral de algum cansaço dos profissionais de saúde...
Os profissionais, em geral, têm sido participantes, o que faz deste projeto uma coconstrução no sentido que há abertura para incluir propostas de profissionais, como a existência de copos medidores individuais para aporte de líquidos ou o “ioga para todos”.
tidade e pelos seus profissionais.
Ainda que as decisões políticas sejam importantes, será difícil que a integração de cuidados se faça por despacho. Os pilares da integração de cuidados são a partilha de uma visão e de valores entre profissionais, instituições e cidadãos, atalhando a fragmentação dos cuidados prestados, desenvolvendo a capacidade colaborativa de equipas interdisciplinares e multissectoriais, em modelos de governação em rede. O envolvimento da comunidade, o empoderamento do cidadão bem como a medição e publicitação do progresso e resultados alcançados são também aspetos muito importantes.
Em termos de satisfação dos cidadãos, realizámos um inquérito com classificação média de 3,65 em 4, levado a cabo por uma equipa externa ao hospital
Está em curso um processo de fusão do HAJC no CHUC. Como é que vê este processo?
Em dezembro, a Direção Executiva do SNS deliberou criar um grupo de trabalho para a integração do HAJC no CHUC, ao qual o Conselho Diretivo pertenceu. Colaborámos com o grupo com o maior empenho, defendendo a importância deste hospital para a população e o respeito pela sua iden-
O caminho de integração com os interlocutores relevantes foi trilhado pelo HAJC, quer com os Cuidados de Saúde Primários e IPSS da região (44, em 400 KM2), como prova o premiado projeto MCDT de proximidade; com os outros hospitais, em especial com o CHUC (com quem sempre articulámos sem necessidade de fusão), a colaboração com a Câmara de Cantanhede, com quem sempre contámos. Também com a ligação à comunidade, com a adesão a programas de voluntariado no hospital (as sessões de música, tricô, ações temáticas das crianças da catequese, etc.), a sessões de lançamento de livros com clubes de leitura, as sessões de cinema ao ar livre (os doentes viam cinema dos seus quartos) com Cineclube da Bairrada e com a Liga de Amigos do Hospital (reativada há menos de um ano).
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 39
“ Arcebispo
prestação
de serviços
Hospital da Mealhada a cuidados de saúde
O Hospital da Misericórdia da Mealhada tem um conjunto de serviços com celeridade e eficácia, afirma João Moreira Peres, provedor da Santa
O Hospital da Misericórdia da Mealhada (HMM) tem vindo, desde 2006, a disponibilizar cada vez mais serviços. Que balanço faz da evolução desta unidade hospitalar do setor social, ao longo dos anos?
Fazemos uma avaliação muito positiva. Temos procurado ao longo destes anos ir ao encontro das maiores necessidades dos cidadãos, adaptando-nos, criando soluções que lhes permitam uma maior qualidade de vida e o acesso a cuidados de saúde de qualidade. Ampliando valências, como a Medicina Física e de Reabilitação, melhorando espaços de internamento médico cirúrgico, por exemplo, tendo novas especialidades clínicas, mais meios auxiliares de diagnóstico, entre outras inovações. Somos uma unidade social que preza pela qualidade dos serviços e pela satisfação integral dos nossos utentes, sempre e ao longo dos tempos, de forma cada vez melhor e mais próxima.
Para a SCMM é importante manter um hospital, e as suas valências, disponíveis para a comunidade em geral? Isto faz da Misericórdia também um importante empregador na região da Bairrada?
A Santa Casa da Misericórdia da Mealhada (SCMM) foi fundada há quase 117 anos com a missão de gerir um hospital, que o Dr. Costa Simões, com o apoio de mecenas amigos, entendeu criar na Mealhada. Na altura, o principal mecenas entendeu que a forma ideal de garantir a satisfação completa para o dinheiro que estava a oferecer era ser uma Santa Casa da Misericórdia a
gerir o hospital. E assim foi. Ao longo de 100 desses anos o hospital teve momentos altos, fechou, reabriu, foi nacionalizado e depois devolvido à Santa Casa. Em 2006 recuperámo-lo, ressuscitámo-lo e, desde aí, tem sido um projeto âncora de toda a instituição. E assim continuará a ser, com todas as dificuldades a terem de ser ultrapassadas, colocando o foco na prestação de cuidados de saúde que permitam um padrão de excelência e de conforto na qualidade de vida das pessoas.
A SCMM na sua globalidade é um importante empregador da região – não só da Bairrada, mas de toda a região mais alargada – e o Hospital, por maioria de razão, também.
O Hospital da Misericórdia da Mealhada dispõe da generalidade das valências?
Sim. Para além das Consultas de Especialidade, com 34 especialidades disponíveis, temos o Serviço de Atendimento Permanente e o Bloco Operatório com Internamento Médico-Cirúrgico. Temos ainda, o serviço de Medicina Física e de Reabilitação e uma Unidade de Cuidados Continuados que está integrada nas instalações do Hospital. Depois, há toda a dimensão dos meios de diagnóstico, dos serviços farmacêuticos, de unidades mais especializadas – como do risco cardiovascular, por exemplo, ou da saúde materno-infantil, ou da Medicina no Trabalho.
A unidade hospitalar tem apostado também na área dos cuidados continuados?
Os Cuidados Continuados são uma área que em Portugal é gerida de uma forma integrada pela Segurança Social e pela Saúde. Ou seja, não se
40 | DIÁRIOASBEIRAS // DIRETÓRIO DE SAÚDE ‘23
provedor da Santa Casa da Misericórdia da Mealhada
Mealhada garante o acesso saúde de qualidade
de alto gabarito, reconhecido mérito e provas dadas, que com equipas administrativas, técnicas e operacionais formam um conjunto excecional.
A qualidade é uma preocupação permanente na prestação de cuidados de saúde por parte da unidade hospitalar? Isso levou à criação de um Departamento de Qualidade?
serviços que, articulados e em harmonia, permitem ao utente uma resposta de grande qualidade, Santa Casa da Misericórdia da Mealhada pode considerar como uma valência exclusivamente hospitalar, dado que tem uma intervenção relevante por parte do Ministério que tutela a Segurança Social. A aposta que a Santa Casa da Misericórdia da Mealhada fez ao ter instalada a Unidade de Cuidados Continuados no mesmo edifício – e em comunicação e integração completa – no edifício do Hospital, especialmente na altura que o fizemos, foi arrojada e corajosa. Desde logo porque nos permite partilhar muitas competências e conhecimento e alguns recursos, o que melhora substancialmente a qualidade dos cuidados e a sustentabilidade que, como é do conhecimento público, é um dos principais problemas das Unidades de Cuidados Continuados. Apesar de contribuírem significativamente para uma gestão eficaz da rede de cuidados do SNS e com resultados em saúde, continua a ser subfinanciada pelo Estado. Muitas unidades estão em sérias dificuldades.
estratégica da instituição.
O que diferencia o Hospital da Misericórdia da Mealhada dos restantes hospitais que abrangem também a Mealhada?
Para além das condições de acesso – facilidade de estacionamento, proximidade com transportes públicos, localização –, o HMM tem um conjunto de serviços que, articulados e em harmonia, permitem ao utente uma resposta de grande qualidade, com celeridade e eficácia. E ainda o facto de sermos um hospital que, com a nossa dimensão, permite uma humanização de cuidados, uma proximidade e uma atenção ao doente que outras realidades não permitem. Tudo isto com o beneficio de termos um corpo médico e de enfermagem
Nos tempos que vivemos – e ainda bem – há a necessidade de que os serviços associados à prestação de cuidados (não só de saúde, mas a todos os níveis) se prestem por referenciais de excelência. Os utentes e as suas famílias exigem isso, os parceiros exigem isso, os médicos, enfermeiros e todos os profissionais exigem isso. Para além de toda a dimensão de satisfação dos clientes e dos colaboradores, de resposta e de interação, há padrões nacionais e internacionais – com lógicas de mudança legislativa a ritmos alucinantes e de grande dificuldade em descodificar e integrar – que exigem que haja um permanente estado de autoavaliação. O nosso Departamento de Qualidade – que não é apenas do HMM, mas de toda a Santa Casa da Misericórdia da Mealhada – procura ser um elemento chave no acompanhamento de todos estes aspetos e em cada momento. É, para nós, um pilar com importância
Somos uma unidade social que preza pela qualidade dos serviços e pela satisfação integral dos nossos utentes, sempre e ao longo dos tempos, de forma cada vez melhor e mais próxima
A proximidade com o doente e a humanização dos cuidados de saúde são também caraterísticas que distinguem a unidade hospitalar? Acreditamos que sim e esforçamonos para isso. O Hospital Misericórdia da Mealhada tem como missão a prestação de serviços de saúde humanizados, de qualidade técnica, científica e ética, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, tendo na base, uma organização hospitalar autossustentável. Para isso mobilizamos sinergias, visando a construção diária de um hospital de referência, quer para os seus utentes, quer para os seus colaboradores. Procuramos esbater assimetrias de índole geográfica e social, no acesso aos cuidados de saúde da população. A gestão interna do hospital visa a sustentabilidade e a eficiência na aplicação dos recursos materiais, humanos e financeiros, colocando-os ao serviço dos utentes. Qualidade, Ética, Respeito pelo Indivíduo, Performance, Inovação, Dedicação são os seis pilares em que se baseiam os valores de uma resposta social da instituição que há mais de cem anos procura servir as comunidades do concelho da Mealhada, e territórios envolventes, no bem mais precioso que o ser humano pode almejar, a sua Saúde.
prestação de serviços
DIRETÓRIO DE SAÚDE ’23 // DIÁRIOASBEIRAS | 41
“