Ano 7 • nº 1187 Agosto/2013 Soledade - PB
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
O valor que a água tem, Dona Marli e Seu Anchieta conhecem bem Casados há 35 anos, Marli Lopes do Nascimento e José de Anchieta Torres do Nascimento vivem com as filhas Ana Maria e Joseane Lopes, na comunidade Cachoeirinha dos Torres, município de Soledade, no cariri paraibano, onde moram e trabalham numa propriedade de 5 hectares, herdada do pai de Anchieta, e cultivam alimentos saudáveis. Dona Marli e seu Anchieta contam que a maior dificuldade sempre enfrentada pela família foi a falta de água na propriedade, por terem tido apenas um barreiro para armazená-la, e que, no passado, em anos de seca, chegavam a andar 2 km para pegar Ana Maria, Seu Anchieta e Dona Marli água na Comunidade Santa Luzia. Mas o amor pela agricultura motiva a família a buscar formas de conviver na região. Para enfrentar essas dificuldades, eles resolveram participar das reuniões da Associação Comunitária de Cachoeirinha dos Torres e Santa Luzia, na qual seu Anchieta foi presidente. Hoje, é Ana Maria, a filha, quem preside a Associação e ainda participa da Conselho de Desenvolvimento Rural de Soledade e do Coletivo Regional da Organizações da Agricultura Familiar do Cariri, Curimataú e Seridó paraibano. Em 2012, a família teve acesso, através do Programa Uma Terra e Duas Águas, da ASA, a um barreiro-trincheira de 500 mil litros e uma bomba popular para elevação da água de um poço que estava desativado, que serve para as 15 famílias da comunidade. Além de uma cisterna de 16 mil litros. Hoje, a capacidade de estocagem de água na propriedade aumentou bastante e foi preciso organização para usar bem cada gota d'água. Por isso o controle da água na propriedade é rigoroso. Dos barreiros e dos poços é retirada água para o uso doméstico, para dar de beber as 9 vacas, 10 ovelhas, guinés, galinhas e porcos e para aguar os canteiros de coentro, alface, cebola, beterraba, cenoura e couve. Todos os dias são utilizados até 600 litros para aguar os canteiros. E da cisterna é retirada a água de beber da família. “A gente tem a preocupação de não desperdiçar água”, reforça o agricultor. Outro importante passo, dado pela família, foi a Plantação de alfaces participação em Fundos Rotativos Solidários organizados pela comunidade, como os Fundos Rotativos de cercas de arame, campos de palma e fogão ecológico.