O que parece impossível torna-se possível no Sertão: FAMÍLIAS PRODUZEM E COMERCIALIZAM ORGÂNICOS.

Page 1

Ano 7 n˚1286 Setembro / 2013 Juru | Tavares

O que parece impossível torna-se possível no Sertão:

famílias produzem e comercializam orgânicos José Pereira da Silva(Juru), Marli Leite de Lima(Juru), Adeildo Estévão da Silva(Tavares), Cilene Pereira da Silva(Tavares), Maria do Nascimento Alves Silva(Tavares), Selma Alves Pereira de Andrade(Tavares), Maria do Socorro Marques de Lima Alves(Tavares), Maria Nicácio Ferreira(Tavares), Maria Ramiro da Silva(Tavares), são produtores e comercializadores de hortaliças orgânicas de comunidades vizinhas dos Municípios de Juru e Tavares próximas à rodovia PB 306 sentido Água Branca Princesa Isabel. “A gente planta e trata sem veneno. Nossos produtos são sadios, Ave Maria! O povo na feira já sabe, já procura a gente”, diz Dona Selma colhendo o coentro. Com os seus trabalhos essas famílias mostram que o que parece ser impossível aos olhos de muitos torna-se possível no Sertão. Com pouca água e sem produtos químicos essas famílias se dedicam a plantar: cebolinha, pimentão, coentro, alface, etc. A maioria já tem essa atividade há mais de 20 anos. A experiência dos mais antigos e persistentes serviu de motivação para outras famílias. Dona Selma diz que foi isso que a motivou: “Vendo outros agricultores produzindo e obetendo lucro”. Quando entrevistados dizem dos muitos benefícios que a atividade tem trazido para a família: ter uma renda extra(é o benefício mais citado), garante a feira da semana, ter produtos sadios na mesa, o trabalho exige pouca mão de obra, é acessível às mulheres, não exige tanta água. Antes só plantavam milho e feijão e a família não tinha outra fonte de renda a não ser quando trabalhava dias de aluguel ou de benefícios emergenciais do governo. O que hoje produzem tinham que comprar na feira, dizem. “Era uma vida difícil e muito sofrida” diz Dona Maria Ramiro. Embora, em muitos casos, sejam os homens os responsáveis pela experiência, são as mulheres que assumem o trabalho com muita garra: plantam, colhem, vão às feiras e articulam todo o trabalho. Na maioria, todos os que estão em casa se envolvem com o processo incluindo jovens e adolescentes.

“A gente planta e trata sem veneno. Nossos produtos são sadios, Ave Maria!...” Dona Selma - Tavares-PB

Dona Marli e seu esposo na coleta dos produtos para feira.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.