Ano 7 • nº 1044 Outubro/2013
Barra do Mendes
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
União, perseverança e transformação Através dos projetos de convivência com o semiárido, as famílias que vivem no sertão podem produzir e ter esperanças de dias melhores. São iniciativas como o projeto P1+2 “Uma terra e Duas Águas”, implementado pelo Centro de Assessoria do Assuruá (CAA) membro integrante da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS), que garantem a estas famílias, a possibilidade de produzirem e melhorarem sua qualidade de vida. As tecnologias de captação da água da chuva e acesso a água, vêm mudando a visão de mundo e Experiência com Bomba BAP muda a vida de Agricultores em Barra do Mendes (BA) a vida dos agricultores do semiárido. Uma das tecnologias que contribui para esse processo é a Bomba D'água Popular (BAP). Destinada para a captação de água em poços desativados com profundidade de até 100 metros, a tecnologia tem como um de seus objetivos fazer com que as famílias possam ter recursos hídricos e tocar pequenas produções e, com o convívio da lida na roça, possam trocar conhecimentos entre si, valorizando o saber popular e promovendo a organização e mobilização comunitária, e a participação das mulheres e dos jovens nas ações. O Sr. Edenilton Mendes Barbosa, presidente da Associação Gigante da Lagoa do Peixe, soube das iniciativas de convivência com o semiárido e mobilizou sua comunidade para receber as tecnologias de captação de água. A princípio a comunidade recebeu a cisterna de consumo, de 16.000 litros e posteriormente, por meio do programa P1+2, uma Bomba “BAP” foi instalada pelo CAA, que, desde de 2012, atua no município de Barra do Mendes com projetos de segunda água. Na comunidade Lagoa do Peixe a Entidade atende sete famílias, orientado-as a produzir comunitariamente e de forma sustentável. A engenhosidade popular... A bomba “BAP” é uma tecnologia que utiliza o manejo manual para a extração da água de poços artesianos de baixa vazão. Girando o “volante” para que a água saia pelo tubo de saída, os agricultores, apenas com a força braçal, conseguem retiram uma quantidade considerável de água para irrigar pequenas plantações e matar a sede dos animais... Porém, girar a roda era um trabalho um tanto quanto penoso, principalmente para as mulheres. O As mulheres da comunidade se unem para cuidar das hortas agricultor Claudenor da Silva, um dos representantes das sete famílias que trabalham nos canteiros próximos à bomba, conta que esse foi um dos principais desafios no trabalho com a tecnologia: como tornar o manuseio mais simples para que as mulheres pudessem trabalhar?.