Ano 7 n˚1287 Novembro / 2013 Princesa Isabel
A cisterna não é só para botar água
Severino André de Lima(Piraia), Maria Vilma Lopes e seus filhos Janaina e Jéferson
Muitas famílias do semiárido já conhecem o processo de fazer uma cisterna: cavar o buraco junto da casa ou no quintal(alicerce); fazer as placas e demais lajes para construí-la; fazer os acabamentos e tubulações; pinta-la de branco; enche-la de água... mas, ao redor da cisterna redonda está envolvido um sentimento humano-afetivo da família com ela e de toda a comunidade com ela. A Comunidade Várzea, no Município de Princesa Isabel-PB, com gestos humanitários e solidários, entendeu e comparou o processo de fazer e ter uma cisterna com a vida da comunidade. É o que se ver nessa história da família de Piraia e Vilma com seus dois filhos Janaina(19 anos) e Jéferson(18 anos): Severino André de Lima(Piraia) e Maria Vilma Lopes estavam cadastrados para receber uma cisterna do Programa P1+2 patrocinado pela PETROBRAS através da ARTICULAÇÃO DO SEMIÁRIDO – ASA e executado pela UGT-CAMEC(Unidade Gestora da Central das Associações Comunitárias do Município de Cacimbas-PB) com o buraco da cisterna já preparado, quando, devido um problema de saúde com a filha Janaina, Piraia teve que se ausentar para a capital do Estado em vista do tratamento dela enquanto a esposa também não podia se ausentar do trabalho de funcionária pública pró-tempore. Imaginavam, por isso, perder a cisterna. Vilma conta: “quando o rapaz(animador) chegou, eu disse: meu Deus, como vai ser? A menina no hospital internada e um de nós dois tinha que ficar lá, com ela; nunca tava os dois em casa. Foi quando eu pedi ao rapaz para deixar prá fazer a nossa por última porque eu também trabalho, né?. Ai ele saiu. Depois chegou o presidente da Associação Comunitária e disse que iam começar a cisterna no outro dia e que eu não me