Assentamento Lagoa D´Outra Banda mostra que com solidariedade é muito mais produtivo

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Ano 7 • nº1367 Novembro/2013 Afogados da Ingazeira Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas

Assentamento Lagoa D´Outra Banda mostra que com solidariedade é muito mais produtivo Quem chega ao assentamento Lagoa D'Outra Banda, município de São José do Egito, Sertão pernambucano, se pergunta como é possível em meio à estiagem do Semiárido há três anos, encontrar plantas viçosas e produtivas, um verdadeiro tapete verde encravado na sequidão da Caatinga. A resposta é a dedicação de uma família inteira apaixonada pela vida no campo e que mesmo diante de tantas dificuldades, escolheu permanecer na comunidade e produzir produtos agroecológicos. Estamos falando da família de Dona Helena Moisés de Brito, 57 anos, o marido Abdias, Seu Bida, de 64 anos, Dona Helena e seu tapete verde das filhas Elaine (30), Elba(26) e dos filhos Júnior (23), Laércio(20) e Fábio(18). Eles transformaram sua parcela no assentamento em uma área produtiva e lucrativa, através da força de vontade, coragem de trabalhar e auxílio técnico de organizações como a Casa da Mulher do Nordeste e Diaconia. No local há mais de 30 anos, Dona Helena conta que a vida antes de ser dona de sua propriedade era muito sofrida. A família trabalhava para o proprietário da terra em troca do leite do gado usado para o sustento das crianças e fabricação de queijo. Sem terra própria e sem ajuda, não plantavam como hoje e viviam com muitas dificuldades. Desde a criação do assentamento em 2005, quando as 8 famílias que moram no local receberam do governo parcelas com 20 hectares de terra e uma casa cada uma, a história dos Moisés de Brito tomou novo rumo. Foram criados a associação comunitária e o Grupo de Mulheres Nova Esperança, abrindo as portas para a chegada de tecnologias fundamentais como as mandalas, implantadas pela Comissão Pastoral da Terra e reativadas pela Casa da Mulher do Nordeste, bombas para puxar água de dois poços amazonas, energia solar, cisternas de 16 e 52 mil litros do P1MC e P1+2, respectivamente, além de fogão agroecológico, três silos para armazenamento de ração, forrageira, siladeira, sistema de irrigação e reservatórios. Todas as tecnologias foram implementadas pela Casa da Mulher do Nordeste, que até hoje presta assessoria técnica às famílias assentadas. Mandala, tecnologia muito usada pela família, que no momento aguarda a chegada de chuvas.


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