Ano 7 • n 1048 Dezembro/2013
Taiobeiras Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Escola Família Agrícola Nova Esperança fortalece o protagonismo da juventude do campo
Educação contextualizada, no semiárido, envolve estudantes do Alto Rio Pardo próximo a Taiobeiras/MG. A Escola Família Agrícola Nova Esperança é uma experiência de educação do campo, construída a partir do saber dos agricultores e agricultoras familiares. Os estudantes por meio da educação contextualizada se envolvem em atividades que possibilitam construção de conhecimento junto com os agricultores, contribuindo para a valorização das iniciativas de convivência e valorização do semiárido. Essa realidade iniciou em 2012, no território Alto Rio Pardo – Norte de Minas, município de Taiobeiras/MG.A escola teve origem a partir da iniciativa da Associação Escola Família Agrícola do Alto Rio Pardo – AEFARP composta pelos pais de estudantes e parceiros, como uma tentativa de resposta aos problemas da região, sobretudo no meio rural. E por acreditar que a partir da educação é possível mudar surgiu a Escola Família Agrícola Nova Esperança. Daniela Soares dos Santos de 17 anos, estudante do 2º ano do curso Técnico em Agropecuária, filha de agricultores familiares mora no assentamento Vale do Guará, zona rural de Taiobeiras, com sua família. Ela relata que a família faz a produção de pequenos animais e o cultivo de horta agroecológica e para eles é um meio de se manterem no campo além de valorizar a educação diferenciada. A estudante explica que tudo que aprende na escola é aplicado na pequena propriedade. “A escola família agrícola é importante porque não precisamos sair do campo e ir para cidade. Somos incentivados a ficar e progredir com a nossa família”, analisa. Antes da EFA, os estudantes eram submetidos a problemas comuns no campo: deficiência da escola básica no meio rural, jovens que iam estudar na cidade e não queriam mais trabalhar no campo, o despreparo dos jovens que deixam o campo em busca da cidade, acirrando dos problemas urbanos, violência e desemprego, entre outros. Somente após cinco anos de preparação e construção da proposta da escola junto com parceiros que a EFA tornou-se realidade.