Ano 7 • nº1238 Dezembro/2013 João Alfredo
Boletim Informativo do Programa Uma Terra e Duas Águas
Com melhores condições para produzir, João permanece no Semiárido junto à família Pressionado pelas dificuldades encontradas no Semiárido pernambucano, João Rodrigues, em 1974, partiu para São Paulo em busca de realizar o sonho de melhorar as condições de vida. Para ele, as principais barreiras enfrentadas como educação, trabalho e água foram determinantes para alçar voo do seu lar, em João Alfredo, para aquela cidade que nunca havia nem visitado. Ao chegar à terras paulistanas, o agricultor trocou as ferramentas do campo pelas da construção civil, além de ter trabalhado no setor metalúrgico e também como vigia noturno. Mas seu João não foi o único. Sua esposa, dona Josefa Margarida da Silva, o acompanhou na viagem. Após 10 anos vivendo por lá, João soube pelo então sogro que havia um terreno à venda na sua terra natal e de imediato ele retornou com a esposa. Mas eles não voltaram sozinhos, trouxeram também uma companhia: a filha de 10 meses chamada Paula Rodrigues da Silva.
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Gado complementa renda de João e sua família
Mesmo sendo proprietário da sua terra, isso não foi suficiente para convencer João a permanecer em Pernambuco, pois alguns problemas ainda persistiam e isso o fez retornar a São Paulo. Para o agricultor, essas idas e vindas se justificavam também pelos períodos de estiagem que sua região enfrentava. “Quando estava na cidade grande ou até mesmo em minha terra, era difícil prever a chuva. A seca às vezes castigava por muito tempo”, relembra. Nesse momento, quando João viajou pela segunda vez, a sua família tinha crescido. Desta vez, ele já não contava somente com a companhia de dona Josefa e da filha, a família se completava com a chegada de Lucas Rodrigues da Silva, filho que o casal adotou no momento em que João partia novamente para São Paulo. “A saudade da família foi grande e não aguentei passar muito tempo distante dela e voltei de uma vez para Pernambuco”, comenta o agricultor. Decidido a educar seus filhos e proporcionar uma vida diferente da que tinha quando jovem, João fez um concurso público para trabalhar como agente de limpeza na prefeitura de João Alfredo, em 1997. Sem muitas esperanças o agricultor foi surpreendido pelo resultado positivo.